Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. FIOS E CABOS CONDUTORES
3. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
4. CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES
I – DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR FASE
II – DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DO CONDUTOR NEUTRO
III – DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO (TERRA)
5. EXERCÍCIO
6. ATIVIDADE EXTRA-CLASSE
7. REFERÊNCIAS
3
1 – INTRODUÇÃO
5
FIOS E CABOS CONDUTORES
Tabela 1 –
Capacidade de
Condução de
Corrente (A) para
Condutores de Cobre
ou Alumínio –
Métodos de
Referência A1, A2,
B1, B2 C e D
(tabela 36 da NBR
5410/2004)
6
Fonte: NBR 5410 (2004)
FIOS E CABOS CONDUTORES
7
Fonte: MAMEDE (2010)
Tabela 2 – Vantagens e Desvantagens de
Alguns Materiais Isolantes FIOS E CABOS CONDUTORES
8
Fonte: Baseado em MAMEDE FILHO (2010); MAMEDE FILHO (2013)
FIOS E CABOS CONDUTORES
9
Fonte: MAMEDE FILHO (2010); MAMEDE FILHO (2013)
3 – SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
De acordo com a carga da instalação e o seu tipo, podem ser utilizados vários
sistemas de distribuição, levando em conta os condutores vivos (corrente alternada) e o
sistema de aterramento.
Condutores Vivos:
10
Recomendado para pequenas instalações residenciais e comerciais (carga de iluminação e motores).
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
11
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
Aterramento:
Figura 10 – Esquema IT
OBS.: A seção dos condutores somente estará completamente definida após a coordenação
entre a atuação dos dispositivos de proteção (contra sobrecorrentes) existentes comercialmente.
Ou seja, quando for feito o dimensionamento das proteções, é necessário verificar os valores
das mesmas, e os respectivos tempos de duração, com os valores máximos admitidos pelos
isolamentos dos condutores utilizados.
17
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
18
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
I Z ≥ I B´ 19
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Pc arg a S c arg a
Circuito 1ϕ → IB = ou IB =
V f × cos φ Vf
Pc arg a − 2φ S c arg a − 2φ
Circuito 2ϕ → IB = ou IB =
VL × cos φ VL
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
20
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
736 × Pnm
I B = FS × I nm = FS ×
3Vnm ×η × cos φ
→ ver Tabela 6
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
η = Rendimento do Motor
21
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Tabela 6 – Motores
Assíncronos Trifásicos Com
Rotor Em Curto-Circuito
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
22
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
n
I B = FS (1) × I nm (1) + FS ( 2 ) × I nm ( 2 ) FS ( n ) × I nm ( n ) → I B = ∑ FS (i ) × I nm (i ) [ A]
i =1
Sendo:
n = Número total de motores agrupados no CCM
OBS.:
Se os motores possuírem fatores de potência muito diferentes, o valor de IB
deve ser calculado através da soma vetorial das componentes ativas e reativas
da corrente.
Quando não for especificado o fator de serviço do motor, adotá-lo igual a 1.
23
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
d) Capacitor:
A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual a 135% do valor da
corrente nominal do capacitor ou banco de capacitores.
1.000 × Qcap
I B = 1,35 × I ncap = 1,35 × [ A]
3VLcap
Sendo:
24
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
IB
I B´ = I Bcorrigida = [ A]
f1 × f 2 × f 3
Sendo:
OBS.: Com os valores das correntes máximas calculadas para cada tipo de carga, e de
acordo com o método de instalação (tabelas de métodos de referências e tabela de tipos de
linhas elétricas), determinar a seção nominal do condutor utilizando as tabelas de
capacidade de condução de corrente. Aplicar os fatores de correção de correntes quando as
condições da instalação forem diferentes daquelas das tabelas de capacidade de condução
25
de correntes.
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
27
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Tabela 8 – Fatores de correção para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares aplicáveis aos
valores de capacidade de condução de corrente dados nas Tabelas 3.6, 3.7, 3.8 e 3.9
28
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Método de Instalação
Tabela 9 – Métodos de Referência (item 6.2.5.1.2 da NBR 5410)
30
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
31
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
32
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Fonte: NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004) 33
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
39
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Figura 12 – Exemplo de Distribuição da Queda de Tensão para os itens “a”, “b” e “d” da Tabela 18
C
Iluminação
C
Outras Cargas
∆V = 2% ∆V = 3% ∆V = 2%
Fonte: Adaptado de NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004) 40
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Fonte: NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004) 41
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
n
Circuito 1F / 2F → 2 ρ ∑ i I Bi
→ ∆VMÁX = 2 × × I B × (R cos φ + Xsenφ ) [V ]
S MÍN = i =1
[mm 2 ]
V f × ∆VMÁX
Esta expressão é útil quando se têm em mãos as
tabela com valores de resistência e reatância dos
condutores por unidade de comprimento da linha
e é conhecido também o fator de potência.
Sendo:
Fonte: MAMEDE FILHO (2013); NERY (2014)
42
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
n
3ρ ∑ i I Bi
S MÍN = i =1
[mm 2 ]
V ff × ∆VMÁX
Circuito 3F → 3 × × I B × (R cos φ + Xsenφ )
→ ∆VMÁX = [%]
n
10 × N cp × V ff
3ρ∑ I Bi
S MÍN = i =1
[mm 2 ]
V ff × ∆VMÁX
44
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
I ft = Corrente de curto-circuito que assegura a atuação da proteção da barra de onde deriva o circuito de comprimento
Lc (A)
Z mp = Impedância de sequência positiva desde a fonte até a barra de onde deriva o circuito já referido (Ω)
Z jp = Impedância de sequência positiva a jusante da barra , ou seja, aquele que deve ter o seu valor limitado ao comprimento Lc (mΩ/m)
b) O condutor neutro deve possuir a mesma seção que os condutores fase nos seguintes casos:
Circuitos monofásicos;
Circuitos bifásicos com neutro (2 fases + neutro), quando a taxa de 3ª harmônica e seus
múltiplos não for superior a 33%;
Circuitos trifásicos com neutro, quando a taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos não for
superior a 33%.
c) De acordo com a NBR‐5410, apenas para os circuitos trifásicos é que admite-se a redução
do condutor neutro, desde que atenda, simultaneamente, as três condições a seguir:
e) Em um circuito trifásico com neutro ou em um circuito com duas fases e um neutro com
taxa de componentes harmônicos superior a 33%, a seção do condutor neutro pode ser
maior do que seção dos condutores fase, devido ao valor da corrente que circula no
condutor neutro a ser maior do que as correntes que circulam nos condutores fase.
∞
I neutro = Fcn ⋅ I condutor = Fcn ⋅ I + ∑ I h2 [ A]
2
f
h=2
Sendo:
h= Ordem harmônica
50
Fonte: MAMEDE (2010); ABNT NBR 5410 (2004)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
e) Em um circuito trifásico com neutro ou em um circuito com duas fases e um neutro com
taxa de componentes harmônicos superior a 33%, a seção do condutor neutro pode ser
maior do que seção dos condutores fase, devido ao valor da corrente que circula no
condutor neutro a ser maior do que as correntes que circulam nos condutores fase.
Tabela 19 – Seção Reduzida do Condutor Neutro Tabela 20 – Fator de correção para a
(Tabela 48 da NBR 5410-2004) Determinação da Corrente de Neutro
(Tabela F.1 da NBR 5410-2004)
51
Fonte: MAMEDE (2010); ABNT NBR 5410 (2004)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
52
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
OBS.:
O condutor PEN (neutro e proteção no mesmo condutor) só pode ser empregado,
conforme NBR 5410, para seções do condutor de proteção iguais ou superior a 10 mm2
em cobre, ou 16 mm2 em alumínio.
53
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
I 2ft máx ⋅ Tc
Sp = [mm 2 ]
K
Sendo:
I ft máx = Valor eficaz da corrente de falta fase-terra máxima que pode atravessar o dispositivo
de proteção (A)
Fator que depende da natureza do metal do condutor de proteção, das isolações e outras
K = coberturas e temperatura inicial e final
(ver Tabelas 22 a 26)
54
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Tabela 22 Tabela 23
55
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Tabela 24 Tabela 25
56
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
Tabela 26
OBS.: A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não esteja
contido no mesmo conduto fechado que os condutores de fase não deve ser inferior a:
- 2,5 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se for provida proteção contra danos mecânicos.
- 4 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se não for provida proteção contra danos mecânicos.
57
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
5 – EXERCÍCIOS
58
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS
RESOLUÇÃO:
IB =
∑ P = 200 + 200 + 200 + 200 + 400 = 1200 = 10,4 [ A]
V 115 115
IB IB
I B´ = I Bcorrigida = [ A] I B´ = I Bcorrigida = [ A]
f1 × f 2 × f 3 f1 × f 3
f1 = 1
Fator de correção para Temperatura Ambiente (TA) – Tabela 6 → TA =30º
f 3 = 0,70 Fator de correção para Agrupamento de Circuitos (AgCir) – Tabela 8 → 3 condutores carregados
59
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS
60
EXERCÍCIOS
Tabela 8 – Fatores de correção para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares aplicáveis aos
valores de capacidade de condução de corrente dados nas Tabelas 3.6, 3.7, 3.8 e 3.9
61
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
EXERCÍCIOS
10,4
I B´ = I Bcorrigida = = 14,9 [ A]
1× 0,70
Pela Tabela 12 ( Tabela36 da NBR 5410/2004), a seção do condutor é de 1,5 mm2, com
capacidade de condução de 17,5 A, satisfazendo esse critério.
S = 1,5 mm 2
62
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS
∆VMÁX % = 2%
n
200 200 400 200 200
2 ρ ∑ i I Bi 2 3 × + 5× + 7× + 10 × + 15 ×
S MÍN = i =1
[mm 2 ] S MÍN = 115 115 115 115 115
V f × ∆VMÁX 57 ×115 × 0,02
64
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS
c) Seção mínima admitida pela norma para esse tipo de circuito (tomadas):
S MÍN = 2,5 mm 2
a) I MÁX ⇒ S = 1,5 mm 2
b) ∆Vmáx ⇒ S = 1,5 mm 2
c) S MÍN ⇒ S = 2,5 mm 2
Portanto:
A seção do condutor fase a ser adotada será de 2,5 mm2.
A seção do condutor neutro a ser adotada será de 2,5 mm2.
A seção do condutor terra a ser adotada será de 2,5 mm2.
65
Fonte: NERY (p.111, 2014)
5.2) EXEMPLO DE APLICAÇÃO (3.10 – MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
RESOLUÇÃO:
1) Determinar a seção do condutor pelos critérios de:
a) Corrente de carga
b) Queda de tensão
c) Capacidade de corrente de curto-circuito
(Obs.: a seção do condutor deverá ser o maior valor obtido entre os 3 critérios)
66
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
RESOLUÇÃO:
736 × Pnm
I c = FS × I nm = FS × → ver dados na Tabela 6
3Vnm ×η × cos φ
736 × 40
I c = 1× I c = 57,82 [ A] Ou direto da Tabela 6: I c = 56,6 [ A]
3 × 380 × 0,91× 0,85
67
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
Tabela 6 – Motores
Assíncronos Trifásicos Com
Rotor Em Curto-Circuito
→ ver Tabela 6
68
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
69
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
70
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES
n
3ρ ∑ i I Bi 100 × 3 × ρ × ∑ Lc × I c
S MÍN = i =1 2
[mm ] S MÍN = [mm 2 ]
V ff × ∆VMÁX V ff × ∆VMÁX
72
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
Te ⋅ I cs 0,2 × 0,5
SC = [mm 2 ] SC = = 1,95 [mm 2 ]
234 + T f 234 + 160
0,34 ⋅ log 0,34 ⋅ log
234 + Ti 234 + 70
Isolação do
Tf (ºC) Ti (ºC)
condutor
S c = 3#2,5 [mm 2 ]
PVC 160 70
73
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
a) I MÁX ⇒ S = 16 mm 2
b) ∆Vmáx ⇒ S = 16 mm 2
c) I curto ⇒ S = 2,5 mm 2
Portanto:
A seção do condutor fase a ser adotada será de 16 mm2.
A seção do condutor neutro a ser adotada será de 16 mm2.
A seção do condutor terra a ser adotada será de 16 mm2.
74
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS
Obs.:
Como foi adotado inicialmente a seção de 16mm2, que satisfazia os 3 critérios, o
comprimento de 138,8 m também satisfaz os mesmos critérios.
75
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
6 – ATIVIDADE EXTRA-CLASSE
Estudar:
NERY, N., Instalações elétricas : princípios e aplicações. São Paulo: Editora Érica, 2ª
Edição, 2014.
Capítulo 7
77