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ESTE020 – Instalações Elétricas II

DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES

Profas. Fabiana Ap. de Toledo Silva / Patrícia Teixeira Leite Asano /


José Alberto Torrico Altuna
toledo.silva@ufabc.edu.br / patricia.leite@ufabc.edu.br /
jose.torrico@ufabc.edu.br
1
OBSERVAÇÃO

O OBJETIVO DESTE MATERIAL É APRESENTAR


RESUMIDAMENTE O CONTEÚDO DO PROGRAMA DA
DISCIPLINA, DE FORMA A MINIMIZAR O TEMPO QUE É
GASTO COM ANOTAÇÕES.

ESTE MATERIAL PODE SER UTILIZADO COMO GUIA DE


ESTUDO, MAS NÃO SUBSTITUI A LEITURA DO LIVRO TEXTO
E BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. FIOS E CABOS CONDUTORES
3. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
4. CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES
I – DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR FASE
II – DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DO CONDUTOR NEUTRO
III – DIMENSIONAMENTO DA SEÇÃO DO CONDUTOR DE PROTEÇÃO (TERRA)
5. EXERCÍCIO
6. ATIVIDADE EXTRA-CLASSE
7. REFERÊNCIAS

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1 – INTRODUÇÃO

Segundo Mamede Filho (2010), um mau dimensionamento de um


condutor, pode levar à operação inadequado da carga bem como representar risco
de incêndio para o patrimônio, principalmente se o projeto de proteção é
deficiente. Assim, para o dimensionamento adequado do condutor, é necessário
que as sobrecargas e sobrecorrentes presumidas do sistema não afetem a sua
isolação.

Ainda segundo o autor, os fatores básicos para um bom


dimensionamento do condutores são:

→ Tensão nominal → Frequência nominal


→ Potência ou corrente da carga a ser suprida → Fator de potência da carga
→ Tipo de sistema (1ϕ, 2ϕ ou 3ϕ) → Corrente de curto-circuito
→ Tipo de Carga (iluminação, motores, capacitores etc)
→ Método de instalação dos condutores
→ Distância da carga ao ponto de suprimento
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2 – FIOS E CABOS CONDUTORES

Apesar do condutor de alumínio apresentar boas características elétricas e ter um


preço de mercado inferior aos condutores de cobre, o seu uso em instalações fica reduzido
em função de suas características mecânicas, pois necessita de maiores cuidados na sua
manipulação e instalação.

O que o que mais impacta na restrição de seu uso é a dificuldade de assegurar


uma boa conexão com os terminais dos aparelhos consumidores, uma vez que a maioria
destes é própria para conexão com condutores de cobre ( o que requer mão-de-obra de boa
qualidade e técnicas apropriadas).

A título de exemplo, a Tabela 1 (Tabela 36 da NBR 5410/2004) mostra a


Capacidade de Condução de Corrente (A) para Condutores de Cobre ou Alumínio –
Métodos de Referência A1, A2, B1, B2 C e D.

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FIOS E CABOS CONDUTORES

Tabela 1 –
Capacidade de
Condução de
Corrente (A) para
Condutores de Cobre
ou Alumínio –
Métodos de
Referência A1, A2,
B1, B2 C e D
(tabela 36 da NBR
5410/2004)

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Fonte: NBR 5410 (2004)
FIOS E CABOS CONDUTORES

Figura 1 – Tipos de Cabos

Condutor isolado → 1 condutor + camada isolante (sem capa de proteção)

Cabo unipolar → 1 condutor + camada isolante + capa de proteção

Cabo multipolar → mesma capa de proteção + 2 (ou mais) condutores + 1 camada


isolante/condutor

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Fonte: MAMEDE (2010)
Tabela 2 – Vantagens e Desvantagens de
Alguns Materiais Isolantes FIOS E CABOS CONDUTORES

MATERIAL ISOLANTE VANTAGENS DESVANTAGENS

 Boas propriedades elétricas  Não admite altas


Cloreto de Polivinila (PVC) e mecânicas temperaturas
 Boa resistência à chama
(Não propaga chama)

 Ótimas propriedades  Baixa flexibilidade


Borracha Etileno-Propileno (EPR) elétricas

 Boa resistência térmica  Baixa resistência à chama

 Ótimas propriedades  Baixa resistência mecânica


Polietileno Reticulado (XLPE) elétricas

 Boa resistência térmica  Baixa resistência à chama

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Fonte: Baseado em MAMEDE FILHO (2010); MAMEDE FILHO (2013)
FIOS E CABOS CONDUTORES

Tabela 3 – Características dos Dielétricos Sólidos

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Fonte: MAMEDE FILHO (2010); MAMEDE FILHO (2013)
3 – SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

De acordo com a carga da instalação e o seu tipo, podem ser utilizados vários
sistemas de distribuição, levando em conta os condutores vivos (corrente alternada) e o
sistema de aterramento.

Condutores Vivos:

Figura 2 – Sistema 1ϕ a Figura 3 – Sistema 2ϕ a


Dois Condutores (F-N) Três Condutores (2F-N)
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

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Recomendado para pequenas instalações residenciais e comerciais (carga de iluminação e motores).
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Figura 4 – Sistema 3ϕ a Três Condutores (3F)

a) Ligação Delta (Δ) b) Ligação Estrela (Y)


Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

Recomendado para instalações industriais, onde há predominância de motores.

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SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Aterramento:

1ª Letra – indica a situação da alimentação em relação à terra:


T – ponto diretamente aterrado.

I – nenhum ponto aterrado ou aterrado por meio de impedância razoável.

2ª Letra – indica as características do aterramento do massa:


T – massas diretamente aterradas, independentemente do eventual aterramento da
alimentação.

N – massas sem nenhum aterramento próprio no local, mas que utilizam o


aterramento da fonte de alimentação por meio de um conduotr separado (PE)
ou condutor neutro (PEN).

I – massas isoladas (não aterradas).

Fonte: COTRIM (2009) 12


SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Outras Letras – indicam a forma de aterramento das massas, utilizando o aterramento da


fonte de alimentação:

S – separado → o aterramento da massa do equipamento é feito por um condutor


(PE) diferente do condutor neutro.

C – comum → o aterramento da massa do equipamento elétrico é feito pelo próprio


condutor (PEN).

Fonte: COTRIM (2009) 13


SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Figura 5 – Esquema TN-S Figura 6 – Esquema TN-C-S

Fonte: NERY e KANASHIRO (2014), MAMEDE FILHO (2013)


O condutor neutro e o condutor de O condutor neutro e o condutor de proteção são
proteção são separados ao longo da combinados em um único condutor em uma
instalação. parte da instalação.

Figura 7 – Esquema TN-C Figura 8 – Corrente de Defeito


em um Sistema TN

O condutor neutro e o condutor de


proteção são combinados em um único 14
condutor ao longo de toda a instalação.
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Figura 8 – Esquema TT Figura 9 – Corrente de Defeito em


um Esquema TT

Fonte: NERY e KANASHIRO (2014), MAMEDE FILHO (2013)


O condutor neutro é aterrado de forma
independente do aterramento das massas.

Figura 10 – Esquema IT

O condutor neutro é aterrado na alimentação através de 15


impedância, de forma independente do aterramento das massas.
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Tabela 4 – Comparação Entre Sistemas de Aterramento

Fonte: NERY e KANASHIRO (2014) 16


4 – CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

O dimensionamento dos condutores deve ser realizado de acordo com as etapas:

I – Dimensionamento da seção mínima do condutor fase

 Verificação da seção mínima em função da aplicação do circuito


Fonte: NERY e KANASHIRO (2014), MAMEDE FILHO (2013)

 Dimensionamento pelo critério da máxima capacidade de condução de corrente


(ampacidade)
 Dimensionamento pelo critério da queda de tensão admissível nos condutores
 Dimensionamento da capacidade de corrente de curto-circuito por tempo limitado

II – Dimensionamento da seção do condutor neutro

III – Dimensionamento da seção do condutor de proteção (terra)

OBS.: A seção dos condutores somente estará completamente definida após a coordenação
entre a atuação dos dispositivos de proteção (contra sobrecorrentes) existentes comercialmente.
Ou seja, quando for feito o dimensionamento das proteções, é necessário verificar os valores
das mesmas, e os respectivos tempos de duração, com os valores máximos admitidos pelos
isolamentos dos condutores utilizados.
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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

I – Dimensionamento da seção mínima do condutor fase


A) Verificação da seção mínima em função da aplicação do circuito
(iluminação, tomadas, cargas gerais):

Tabela 5 – Seção Mínima Dos Condutores (Tabela 47 Da NBR 5410:2004)


Fonte: NERY e KANASHIRO (2014), MAMEDE FILHO (2013)

18
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

B) Dimensionamento pelo critério da máxima capacidade de condução de corrente:


Pare este cálculo, deve ser levado em conta o seguintes itens:

 Corrente de projeto (IB) - tipo de carga e respectivas correções (temperatura


e maneira de instalar)

 Método de instalação (Tabela 33 da NBR 5410/2004)

 Material do condutor : cobre ou alumínio

 Número de condutores carregados do circuito (fase ou neutro):


o Dois para circuitos monofásicos ou bifásicos
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

o Três para circuitos trifásicos

Utilizar o condutor com maior capacidade de condução de corrente (IZ, valor


apresentado na tabela) maior ou igual ao valor da corrente de projeto corrigida:

I Z ≥ I B´ 19
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

 Corrente de projeto (IB)

a) Iluminação, tomadas e cargas em geral:

Pc arg a S c arg a
Circuito 1ϕ → IB = ou IB =
V f × cos φ Vf

Pc arg a − 2φ S c arg a − 2φ
Circuito 2ϕ → IB = ou IB =
VL × cos φ VL
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

Pc arg a −3φ S c arg a −3φ


Circuito 3ϕ → IB = ou IB =
3VL × cos φ 3VL

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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

b) Motor (circuito terminal):

736 × Pnm
I B = FS × I nm = FS ×
3Vnm ×η × cos φ

Sendo: FS = Fator de serviço do motor (igual a 1 quando não especificado)

I nm = Corrente Nominal do Motor (A)

Pnm = Potência Nominal do Motor (cv)

→ ver Tabela 6
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

Vnm = Tensão Nominal do Motor (V)

η = Rendimento do Motor

cos φ = Fator de Potência do Motor (V)

21
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 6 – Motores
Assíncronos Trifásicos Com
Rotor Em Curto-Circuito
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

c) Grupo de Motores (CCM – Centro de Controle de Motores):

n
I B = FS (1) × I nm (1) + FS ( 2 ) × I nm ( 2 )  FS ( n ) × I nm ( n ) → I B = ∑ FS (i ) × I nm (i ) [ A]
i =1

Sendo:
n = Número total de motores agrupados no CCM

FS = Fator de serviço do motor

I nm = Corrente nominal de cada motor que compõe o CCM


Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

OBS.:
 Se os motores possuírem fatores de potência muito diferentes, o valor de IB
deve ser calculado através da soma vetorial das componentes ativas e reativas
da corrente.
 Quando não for especificado o fator de serviço do motor, adotá-lo igual a 1.
23
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

d) Capacitor:
A capacidade mínima de corrente do condutor deve ser igual a 135% do valor da
corrente nominal do capacitor ou banco de capacitores.

1.000 × Qcap
I B = 1,35 × I ncap = 1,35 × [ A]
3VLcap

Sendo:

I ncap = Corrente Nominal do Capacitor ou Banco (A)


Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

Qncap = Potência do Capacitor ou Banco (kvar)

VLcap = Tensão de Linha Sobre o Capacitor (V)

24
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Fonte: MAMEDE FILHO (2013)


 Fatores de Correção da Corrente de projeto (IB)

IB
I B´ = I Bcorrigida = [ A]
f1 × f 2 × f 3
Sendo:

f1 = Fator de correção para Temperatura Ambiente (TA) →se TA ≠ 30º

f2 = Fator de correção para Resistividade Térmica do Solo (RTS) → se RTS ≠ 2,5K·m/W

f3 = Fator de correção para Agrupamento de Circuitos (AgCir) → se Agcir ≥ 4 condutores carregados

OBS.: Com os valores das correntes máximas calculadas para cada tipo de carga, e de
acordo com o método de instalação (tabelas de métodos de referências e tabela de tipos de
linhas elétricas), determinar a seção nominal do condutor utilizando as tabelas de
capacidade de condução de corrente. Aplicar os fatores de correção de correntes quando as
condições da instalação forem diferentes daquelas das tabelas de capacidade de condução
25
de correntes.
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 6 – Fatores De Correção Para


Temperaturas Ambientes Diferentes De
30º Para Linhas Não-subterrâneas E De
20º (Temperatura Do Solo) Para Linhas
Subterrâneas (Tabela 40 Da NBR 5410)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004)


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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 7 – Fatores De Correção Para Cabos Em Eletrodutos No Solo, Com


Resistividade Térmica Diferente De 2,5k·m/W A Serem Aplicados Às Capacidade
De Condução De Corrente Do Método De Referência

27
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 8 – Fatores de correção para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares aplicáveis aos
valores de capacidade de condução de corrente dados nas Tabelas 3.6, 3.7, 3.8 e 3.9

OBS.: Se um agrupamento consiste em N condutores isolados ou cabos unipolares, pode‐se


considerar tanto N/2 circuitos com 2 condutores carregados como N/3 circuitos com 3
condutores carregados.

28
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

 Método de Instalação
Tabela 9 – Métodos de Referência (item 6.2.5.1.2 da NBR 5410)

Fonte: MAMEDE FILHO (2013) 29


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 10 – Métodos de Referência Definidos na Tabela 9


- Tipos de Linhas Elétricas (Tabela 33 da NBR 5410)
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004)

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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 10 – Métodos de Referência Definidos na Tabela 9


- Tipos de Linhas Elétricas (Tabela 33 da NBR 5410) - continuação
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004)

31
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 10 – Métodos de Referência Definidos na Tabela 9


- Tipos de Linhas Elétricas (Tabela 33 da NBR 5410) - continuação
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004)

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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

 Material do condutor (cobre ou alumínio) e número de condutores carregados do


circuito (fase ou neutro)

Tabela 11 – Temperaturas Características dos Condutores


(Tabela 35 da NBR 5410)

Fonte: NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004) 33
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 12 – Capacidade de Condução de


Corrente (A) para Métodos de Referência
A1, A2, B1, B2 C e D – Isolação PVC
(Tabela 36 da NBR 5410)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004) 34


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 13 – Capacidade de Condução de


Corrente (A) para Métodos de Referência
A1, A2, B1, B2 C e D – Isolação EPR ou
XLPE
(Tabela 37 da NBR 5410)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004) 35


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 14 – Capacidade de Condução de


Corrente (A) para Métodos de Referência
E, F e G – Isolação PVC
(Tabela 38 da NBR 5410)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004) 36


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 15 – Capacidade de Condução de


Corrente (A) para Métodos de Referência
E, F e G – Isolação EPR ou XLPE
(Tabela 39 da NBR 5410)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004) 37


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 16 – Fatores de Correção aplicáveis


a agrupamentos Consistindo em mais de
uma Camada de Condutores – Método de
Referência C
(Tabela 36 e 37), E e F (Tabelas 38 e 39 da
NBR 5410)

Tabela 17 – Fatores de Agrupamentos para


Linhas com Cabos Diretamente Enterrados
(Tabela 44 da NBR 5410)

Fonte: ABNT NBR 5410 (2004) 38


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

C) Dimensionamento pelo critério da queda de tensão admissível nos condutores:

O objetivo deste critério é fazer com que os níveis de tensão em todos os


pontos da instalação estejam dentro de valores especificados pela NBR5410 (2004), de
modo que os equipamentos ligados aos circuitos terminais tenham um bom
funcionamento.

Tabela 18 – Limites de Queda de Tensão


Fonte: MAMEDE FILHO (2013)

39
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Figura 12 – Exemplo de Distribuição da Queda de Tensão para os itens “a”, “b” e “d” da Tabela 18

C
Iluminação

QDL /QDF /QDLF C


Tomadas

C
Outras Cargas

∆V = 2% ∆V = 3% ∆V = 2%

Fonte: Adaptado de NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004) 40
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Figura 13 – Exemplo de Distribuição da Queda de Tensão para o item “c” da Tabela 18

Fonte: NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004) 41
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Este critério pode ser utilizado para qualquer tipo de carga.

n
 Circuito 1F / 2F → 2 ρ ∑  i I Bi
→ ∆VMÁX = 2 ×  × I B × (R cos φ + Xsenφ ) [V ]
S MÍN = i =1
[mm 2 ]
V f × ∆VMÁX
Esta expressão é útil quando se têm em mãos as
tabela com valores de resistência e reatância dos
condutores por unidade de comprimento da linha
e é conhecido também o fator de potência.
Sendo:
Fonte: MAMEDE FILHO (2013); NERY (2014)

ρ= Resistividade do Material Condutor

= Comprimento do circuito (m) → distância entre quadro e carga

Tensão entre fase e neutro (V) - monofásico


Vf = Tensão entre fases (V) - bifásico

∆VMÁX = Queda de Tensão Máxima Admitida (V)

42
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

n
3ρ ∑  i I Bi
S MÍN = i =1
[mm 2 ]
V ff × ∆VMÁX
 Circuito 3F → 3 ×  × I B × (R cos φ + Xsenφ )
→ ∆VMÁX = [%]
n
10 × N cp × V ff
3ρ∑ I Bi
S MÍN = i =1
[mm 2 ]
V ff × ∆VMÁX

N cp = Número de condutores em paralelo por fase


Sendo:

R = Resistência do condutor (mΩ/m)

X = Reatância Indutiva do condutor (mΩ/m)

V ff = Tensão entre fases (V)

cos φ = Fator de Potência da Carga


43
Fonte: NERY e KANASHIRO (2014); MAMEDE FILHO (2013); ABNT NBR 5410 (2004)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 18 – Resistência e Reatância dos Condutores


de cobre (Valores Médios)

44
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

D) Dimensionamento da capacidade de corrente de curto-circuito por tempo limitado

Com base na corrente de curto-circuito, podem-se admitir dois critérios básicos


para o dimensionamento da seção do condutor de fase:

a) Limitação da seção do condutor para uma determinada corrente de curto-circuito

b) Limitação do comprimento do circuito em função da corrente de curto-circuito

Fonte: MAMEDE FILHO (2010) 45


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

a) Limitação da seção do condutor para uma determinada corrente de curto-circuito


É de grande importância o conhecimento do nível das correntes de curto-
circuito nos diferentes pontos da instalação para o dimensionamento dos condutores,
pois os efeitos térmicos decorrentes destas correntes podem afetar o isolamento dos
mesmos.

Uma vez que os condutores são dimensionados para transportar as


respectivas correntes de carga em regime normal, eles podem apresentar limitações
para transportar as correntes de curto-circuito, que podem atingir valores da ordem de
100 vezes o valores das correntes de carga.
Te ⋅ I cs Sendo:
SC = [mm ]2

 234 + T f  I CS = Corrente simétrica de curto-circuito trifásico (kA)


0,34 ⋅ log 
 234 + Ti 
Te = Tempo de eliminação da falta (s)
Isolação do
Tf (ºC) Ti (ºC)
condutor
T f = Temperatura máxima de curto-circuito suportada
PVC 160 70
pela isolação do condutor (ºC)
EPR ou XLPE 250 90
Ti = Temperatura máxima admissível pelo condutor em
regime normal de operação (ºC) 46
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Figura 13 – Capacidade Máxima da Figura 14 – Capacidade Máxima da


Corrente de Curto-Circuito Corrente de Curto-Circuito
(Cabos de PVC 70º C) (Cabos de EPR/XLPE 90º C)

Fonte: MAMEDE FILHO (2010) 47


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

b) Limitação do comprimento do circuito em função da corrente de curto-circuito

O comprimento de um determinado circuito deve ser limitado em função da


atuação do dispositivo de proteção para uma dada corrente de curto-circuito fase e
terra no ponto da instalação.
0,95 ⋅ V ff
− Z mp
3 ⋅ I ft
LC = [ m]
2 ⋅ Z jp
1000
Sendo:
V ff = Tensão entre fases do sistema (V)

I ft = Corrente de curto-circuito que assegura a atuação da proteção da barra de onde deriva o circuito de comprimento
Lc (A)

Z mp = Impedância de sequência positiva desde a fonte até a barra de onde deriva o circuito já referido (Ω)

Z jp = Impedância de sequência positiva a jusante da barra , ou seja, aquele que deve ter o seu valor limitado ao comprimento Lc (mΩ/m)

Fonte: MAMEDE FILHO (2010) 48


CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

II – Dimensionamento da seção mínima do condutor neutro (NBR 5410:2004)


a) O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito.

b) O condutor neutro deve possuir a mesma seção que os condutores fase nos seguintes casos:

 Circuitos monofásicos;
 Circuitos bifásicos com neutro (2 fases + neutro), quando a taxa de 3ª harmônica e seus
múltiplos não for superior a 33%;
 Circuitos trifásicos com neutro, quando a taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos não for
superior a 33%.

c) De acordo com a NBR‐5410, apenas para os circuitos trifásicos é que admite-se a redução
do condutor neutro, desde que atenda, simultaneamente, as três condições a seguir:

 O circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;


 A corrente das fases não contiver uma taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos superior a
15%;
 O condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes.
49
Fonte: MAMEDE (2010); ABNT NBR 5410 (2004)
Fonte: MAMEDE (2008); ABNT NBR 5410 (2004)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

e) Em um circuito trifásico com neutro ou em um circuito com duas fases e um neutro com
taxa de componentes harmônicos superior a 33%, a seção do condutor neutro pode ser
maior do que seção dos condutores fase, devido ao valor da corrente que circula no
condutor neutro a ser maior do que as correntes que circulam nos condutores fase.


I neutro = Fcn ⋅ I condutor = Fcn ⋅ I + ∑ I h2 [ A]
2
f
h=2

Sendo:

Fcn = Fator de correção da corrente de neutro → ver Tabela 20

I f = Corrente de carga ou de projeto na frequência fundamental (A)

I h = Corrente harmônica (A)

h= Ordem harmônica
50
Fonte: MAMEDE (2010); ABNT NBR 5410 (2004)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

e) Em um circuito trifásico com neutro ou em um circuito com duas fases e um neutro com
taxa de componentes harmônicos superior a 33%, a seção do condutor neutro pode ser
maior do que seção dos condutores fase, devido ao valor da corrente que circula no
condutor neutro a ser maior do que as correntes que circulam nos condutores fase.
Tabela 19 – Seção Reduzida do Condutor Neutro Tabela 20 – Fator de correção para a
(Tabela 48 da NBR 5410-2004) Determinação da Corrente de Neutro
(Tabela F.1 da NBR 5410-2004)

51
Fonte: MAMEDE (2010); ABNT NBR 5410 (2004)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

III – Dimensionamento da seção do condutor de proteção

Todas as partes metálicas não condutoras de uma instalação devem ser


obrigatoriamente aterradas cm fins de proteção ou funcional.

O sistema de aterramento deve ser o elemento responsável pelo escoamento à


terra de todas as correntes resultantes de defeito na instalação, de forma a prover total
segurança às pessoas que a operam e dela se utilizam.

A seção do condutor de proteção pode ser determinada:

1. Em função dos condutores de fase, considerando que o condutor de proteção


é do mesmo material que o condutor fase.

2. Através de equação, quando o tempo de atuação do elemento de proteção for


inferior a 5 segundos.

52
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

1. Critério da seção mínima dos condutores de proteção

Tabela 21 – Seção Mínima do Condutor de Proteção (“Terra”)


(Tabela 58 da NBR 5410-2004)

OBS.:
O condutor PEN (neutro e proteção no mesmo condutor) só pode ser empregado,
conforme NBR 5410, para seções do condutor de proteção iguais ou superior a 10 mm2
em cobre, ou 16 mm2 em alumínio.

53
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

2. Através de equação quando o tempo de atuação do elemento de proteção < 5s

I 2ft máx ⋅ Tc
Sp = [mm 2 ]
K
Sendo:

I ft máx = Valor eficaz da corrente de falta fase-terra máxima que pode atravessar o dispositivo
de proteção (A)

Tc = Tempo de eliminação da falta (s)

Fator que depende da natureza do metal do condutor de proteção, das isolações e outras
K = coberturas e temperatura inicial e final
(ver Tabelas 22 a 26)

54
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 22 Tabela 23

55
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 24 Tabela 25

56
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 26

OBS.: A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não esteja
contido no mesmo conduto fechado que os condutores de fase não deve ser inferior a:
- 2,5 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se for provida proteção contra danos mecânicos.
- 4 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se não for provida proteção contra danos mecânicos.

57
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004); MAMEDE (2010)
5 – EXERCÍCIOS

5.1) EXEMPLO 2 – p. 111 - NERY(2014)

Dimensionar os condutores do seguinte circuito:

 Seis tomadas de uso geral de 200W, FP=1, V=115 V


Carga:
(A) Uma tomada de uso geral a 5 m;
(B) Uma tomada de uso geral a 10 m;
(C) Uma tomada de uso geral a 15 m;
(D) Uma tomada de uso geral a 3 m;
(E,F) Duas tomadas de uso geral a 7 m;

 No percurso destes condutores tem-se:


 Seis condutores carregados instalados em eletroduto (três circuitos).
 Condutores de cobre em PVC-70º , em eletrodutos embutido em alvenaria,
temperatura ambiente de 30º .

58
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS

RESOLUÇÃO:

a) Pelo critério da máxima capacidade de condução de corrente:

IB =
∑ P = 200 + 200 + 200 + 200 + 400 = 1200 = 10,4 [ A]
V 115 115

IB IB
I B´ = I Bcorrigida = [ A] I B´ = I Bcorrigida = [ A]
f1 × f 2 × f 3 f1 × f 3

f1 = 1
Fator de correção para Temperatura Ambiente (TA) – Tabela 6 → TA =30º

f2 = 1 Fator de correção para Resistividade Térmica do Solo (RTS) → se RTS = 2,5K·m/W

f 3 = 0,70 Fator de correção para Agrupamento de Circuitos (AgCir) – Tabela 8 → 3 condutores carregados
59
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS

Tabela 10 – Métodos de Referência Definidos na Tabela 9


- Tipos de Linhas Elétricas (Tabela 33 da NBR 5410)
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004)

60
EXERCÍCIOS

Tabela 8 – Fatores de correção para agrupamento de circuitos ou cabos multipolares aplicáveis aos
valores de capacidade de condução de corrente dados nas Tabelas 3.6, 3.7, 3.8 e 3.9

OBS.: Se um agrupamento consiste em N condutores isolados ou cabos unipolares, pode‐se


considerar tanto N/2 circuitos com 2 condutores carregados como N/3 circuitos com 3
condutores carregados.

61
Fonte: MAMEDE FILHO (2013)
EXERCÍCIOS

10,4
I B´ = I Bcorrigida = = 14,9 [ A]
1× 0,70

Pela Tabela 12 ( Tabela36 da NBR 5410/2004), a seção do condutor é de 1,5 mm2, com
capacidade de condução de 17,5 A, satisfazendo esse critério.

S = 1,5 mm 2

62
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS

Tabela 12 – Capacidade de Condução de


Corrente (A) para Métodos de Referência
A1, A2, B1, B2 C e D – Isolação PVC
(Tabela 36 da NBR 5410)

Fonte: MAMEDE FILHO (2013) 63


EXERCÍCIOS

b) Pelo critério da máxima queda de tensão:

∆VMÁX % = 2%

n
 200 200 400 200 200 
2 ρ ∑  i I Bi 2 3 × + 5× + 7× + 10 × + 15 × 
S MÍN = i =1
[mm 2 ] S MÍN =  115 115 115 115 115 
V f × ∆VMÁX 57 ×115 × 0,02

S MÍN = 1,36 mm 2 Portanto: S MÍN = 1,5 mm 2

64
Fonte: NERY (p.111, 2014)
EXERCÍCIOS

c) Seção mínima admitida pela norma para esse tipo de circuito (tomadas):

S MÍN = 2,5 mm 2

Comparando os três resultados, temos:

a) I MÁX ⇒ S = 1,5 mm 2

b) ∆Vmáx ⇒ S = 1,5 mm 2

c) S MÍN ⇒ S = 2,5 mm 2
Portanto:
 A seção do condutor fase a ser adotada será de 2,5 mm2.
 A seção do condutor neutro a ser adotada será de 2,5 mm2.
 A seção do condutor terra a ser adotada será de 2,5 mm2.
65
Fonte: NERY (p.111, 2014)
5.2) EXEMPLO DE APLICAÇÃO (3.10 – MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

Determinar o comprimento máximo de um circuito que alimenta um motor de 40 cv/380


V – IV polos, sabendo-se que a corrente de curto-circuito fase e terra no CCM que
assegura o disparo da proteção fusível em 0,2 segundos é de 500 A. A impedância do
sistema desde a fonte até o referido CCM é de (0,014+j0,026 ) Ω . Os condutores são
isolados em PVC e estão instalados em eletroduto no interior de canaleta fechada com
dimensão de 30x30 cm. O comprimento do circuito terminal do motor é de 50 m.

RESOLUÇÃO:
1) Determinar a seção do condutor pelos critérios de:
a) Corrente de carga
b) Queda de tensão
c) Capacidade de corrente de curto-circuito

(Obs.: a seção do condutor deverá ser o maior valor obtido entre os 3 critérios)

2) Calcular o comprimento máximo do circuito em função da corrente de curto-circuito

66
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

RESOLUÇÃO:

a) Critério da corrente de carga

a.1) Calcular a corrente do motor

736 × Pnm
I c = FS × I nm = FS × → ver dados na Tabela 6
3Vnm ×η × cos φ

736 × 40
I c = 1× I c = 57,82 [ A] Ou direto da Tabela 6: I c = 56,6 [ A]
3 × 380 × 0,91× 0,85

67
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

Tabela 6 – Motores
Assíncronos Trifásicos Com
Rotor Em Curto-Circuito

→ ver Tabela 6

68
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

a.2) Determinar a seção do condutor em função do método de referência (Tabela


10)

Tabela 10 => Método de instalação 41

Tabela 3.6 => Método de instalação 41


+ S c = 3#16 mm 2
corrente de projeto
(Tanto para B1 ou B2)
(57,82 [A])

69
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Tabela 10 – Métodos de Referência Definidos na Tabela 9


- Tipos de Linhas Elétricas (Tabela 33 da NBR 5410) - continuação
Fonte: ABNT NBR 5410 (2004)

70
CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO
DOS CONDUTORES

Fonte: MAMEDE FILHO (2013) 71


EXERCÍCIOS

b) Critério da queda de tensão

n
3ρ ∑  i I Bi 100 × 3 × ρ × ∑ Lc × I c
S MÍN = i =1 2
[mm ] S MÍN = [mm 2 ]
V ff × ∆VMÁX V ff × ∆VMÁX

100 × 3 × (1 / 56) × 50 × 57,82 S c = 3#16 [mm 2 ]


Sc = S c = 11,77 [mm 2 ]
380 × 2

72
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

c) Critério da capacidade da corrente de curto-circuito

Te ⋅ I cs 0,2 × 0,5
SC = [mm 2 ] SC = = 1,95 [mm 2 ]
 234 + T f   234 + 160 
0,34 ⋅ log  0,34 ⋅ log 
 234 + Ti   234 + 70 

Isolação do
Tf (ºC) Ti (ºC)
condutor
S c = 3#2,5 [mm 2 ]
PVC 160 70

EPR ou XLPE 250 90

73
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

Comparando os três resultados, temos:

a) I MÁX ⇒ S = 16 mm 2

b) ∆Vmáx ⇒ S = 16 mm 2

c) I curto ⇒ S = 2,5 mm 2

Portanto:
 A seção do condutor fase a ser adotada será de 16 mm2.
 A seção do condutor neutro a ser adotada será de 16 mm2.
 A seção do condutor terra a ser adotada será de 16 mm2.
74
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
EXERCÍCIOS

2) Calcular o comprimento máximo do circuito em função da corrente de curto-circuito


Z mp = 0,014 + j 0,026 [Ω]
0,95 ⋅ V ff Z mp = 0,02952∠61,70° [Ω]
− Z mp
3 ⋅ I ft
LC = [ m]
2 ⋅ Z jp Z jp = 1,3899 + j 0,1173 [mΩ / m]
1000 S c = 16 [mm ]
2
Z jp = 1,3948 ∠4,82° [mΩ / m]
Ver Tabela 3.22 – Resistência e
reatância dos condutores de cobre
(valores médios)
(MAMEDE, 2010)
0,95 × 380
− 0,02952
LC = 3 × 500 [ m] LC = 138,8 [m]
2 ×1,3948
1000

Obs.:
Como foi adotado inicialmente a seção de 16mm2, que satisfazia os 3 critérios, o
comprimento de 138,8 m também satisfaz os mesmos critérios.
75
Fonte: MAMEDE FILHO (2010)
6 – ATIVIDADE EXTRA-CLASSE

Estudar:

MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais. 8ª Edição. Editora LTC (Grupo


GEN), 2010.
 Capítulo 3

Complementar os estudos com:

COTRIM, A. A. M. B. Instalações Elétricas. Editora Pearson. 5ª Edição, São Paulo, 2009.


 Capítulo 4
 Capítulo 5

NERY, N., Instalações elétricas : princípios e aplicações. São Paulo: Editora Érica, 2ª
Edição, 2014.
 Capítulo 7

MAMEDE FILHO, J. Manual de Equipamentos Elétricos. 4ª Edição. Editora LTC (Grupo


GEN), 2013.
 Capítulo 4 76
7 - REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações


Elétricas de Baixa Tensão. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em:
http://portal.biblioteca.ufabc.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=57&
Itemid=29. Acesso em: 08 fev. 2019.

COTRIM, A. A. M. B. Instalações Elétricas. Editora Pearson. 5ª Edição, São Paulo, 2009.

MAMEDE FILHO, J. Instalações Elétricas Industriais. 8ª Edição. Editora LTC (Grupo


GEN). 2010.

MAMEDE FILHO, J. Manual de Equipamentos Elétricos. 4ª Edição. Editora LTC (Grupo


GEN), 2013.

NERY, N.; KANASHIRO, N. M. Instalações Elétricas Industriais. 2 Edição. Editora Érica.


São Paulo, 2014.

77

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