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\. Volume 1
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'-t .32 músicas contendo melodia, letra e harmonia (acordes cifrados)
'1 , \ para violão, guitarra, piano, órgão e outros instrumentos.
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~! • Todos os acordes cifrados estão representados graficamente
'I para violão e guitarra.
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n Lumiar Editora
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Volume 1 Volume 2
A transparência em pessoa I Almir Chediak 6 "Caju, cantar é que é a tua" / Leo Jaime O
Uma inteligência muito especial / Gal Costa 11 Um Caju ácido e doce / Roberto Frejat o
Álbum de farnflia 12 Sob o signo da mutação / Muniz Sodré o
Biografia I Jarnari França 18
O beijo na boca do lixo / Jamari França 22 I
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Entre amigos 32
Lançamento do Songbook de Caetano Veloso 38
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MÚSICAS MÚSICAS
Azul e amarelo ,................................ 44 Amor amor o
Baby suporte 46 Bilhetinho azul o
Balada do Esplanada .48 Blues do iniciante ; o
Bete Balanço 50 Boas novas o
Billy Negão 52 Brasil o
Blues da piedade 54
B urguesla. o
Carente profissional :................................ 56 Certo dia na cidade o
Cobaias de Deus 58 Como já dizia Djavan o
Codinome Beija-flor 60 Completamente blue o
Conto de fadas 62 Cúmplice o .J
De quem é o poder 64 Down em mim O
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1990
o 0:-. copyrighe, da~ L"OlllpO:-.il,;Út.':-. o Coordenação e Produção Gráfica: Muvsulinc Alvcx. Ricardo Giltv .
Romildo CJ"rr\l1. Paulo C~,ar GIlIllt."
rnu . .,jcai, inscrida-, neste álbum estão Tonico Fcmandes
indivada:•. no final de cudu mú ...ica. do ....Santo ...Junior. Fatima Pereira do-,
o Revisão de Texto:
Saruos . Ncrv a! M. Gonculvc ...•. C Direitos de Ediçâo para li Brasil:
o Editor Responsável: Fátima Pires tios Sunu»
J. Cu rio.'" va-, ...
:tIIlL'I..'!O".
o Capa:
Snngbook:
Cri-rim, Diuv. Frcd Maninv.
o Compoxiçáo (;rafir.a da.'
Partituras:
Bruno Libcruti Ht'mmJino Rl.!i:-. (Dininho), Ldú ~\'h.'lInc Sou/a
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, A transparênciaem pessoa_~
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empre tive um especial carinho pelo Cazuza:
e admiração por seu trabalho. Faz parte do
noite, Cazuza procurou-me em outros dois mornen-
tos para que eu lhe falasse da sua letra. Lembro-me
\ meu show, Brasil, Maior abandonado, To- de ter dito que ele. era uma pessoa por demais criati-
~ do amor que houver nesta vida, Preciso dizer que te va e que sua inteligência era mais intuitiva do que
amo são músicas que vão ficar para sempre, têm matemática. Ele concordou. Conheci neste dia um
uma comunicação muito forte. Cazuza está entre os' Cazuza tímido e introspectivo, que ouvia mais do
letristas mais significativos de nossa música. Sua que falava. No final da festa, trocamos nossos tele-
obra é uma das mais extensas, levando-se em conta fones e prometi lhe mandar meu primeiro livro, o
seus 32 anos de existência. Deixou aproximada- Dicionário de acordes cifrados -- ele havia cornen-
mente 350 letras, grande parte gravada em discos e o tado sobre o seu pouco conhecimento dos nomes dos
restante ainda sem as músicas. Suas canções foram acordes. Meses depois, encontrei-o no Circo Voa-
gravadas por grandes intérpretes, como Gal Costa, dor e perguntei-lhe se havia estudado os acordes.
Caetano Veloso, Rita Lee, Ney Matogrosso e Simo- Ele respondeu que não, porque era muito preguiço-
ne. Teve a felicidade de ver reconhecido o seu 50. Em 1988, voltamos a nos encontrar. Cazuza re-
trabalho, viver o auge da sua carreira. o que não solveu deixar a preguiça de lado para ter algumas au-
aconteceu com artistas como Noel Rosa ou Newton Ias de violão, mas era muito papo e pouca aula. Eu
Mendonça, que morreram sem ver o sucesso. gostava muito de conversar com ele. Era uma pessoa
Falando de Newton Mendonça, lembrei-me de totalme~te transpar~nte, p~ra. Muitas vezes me pas-
Cazuza dizendo que não compunha muito as músi- sava ate u~a ~erta ingenuidade, apesa: de todas as
cas deixando isso mais para seus parceiros, porque suas expenencias com o lado louco ~a .vlda. Falava o
, d . 1- t d" f id que sentia, sem a menor censura, nao Importava que
quan o pegava no VIOao u o icava pareci o com _ .
., assunto fosse; nao havia superego em Cazuza. Sua
bossa nova. Um fato que tem a ver com
. . tudo ISSOe vid a me Iem b ra um diita d o d o saábi101m
filI oso fIa dee VI T'
que Faz parte do meu show era originalmente um M' "T d ê tud da
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k " d R L dei I d C ala: u o e tu o e na a e na a.
roc com musica e enato a eira e etra e az~- Foi difícil para mim acreditar que o Cazuza sério
za, gravado pelo gru?O He.rva ~oce, mas_ a versao e compenetrado que eu havia conhecido naquela
\ que se tomou conhecida foi na mterpretaçao de Ca- noite de Natal em 1985 fosse o mesmo que estava
• zuza, que a transformou em bossa nova. certo dia rolando no chão de um bar no Baixo Le-
Conheci Cazuza no Natal de 1985, apresentado blon, festejando o encontro de uma amiga comum
• por Moraes Moreira, na festa de comemoração que que acabara de entrar. Como eu estava um pouco
Lucinha e João Araújo ofereciam, quase todos os distraído e não percebi quem era o rapaz, perguntei
anos. Nesta noite, conversamos muito sobre música ao Moraes Moreira quem era aquele louco que esta-
· e grafologia. Cheguei mesmo à fazer a sua análise va ali, e ele me respondeu: "É o exagerado Cazuza."
· grafológica. Ele ficou particularmente interessado Quando olhei novamente, já eram duas pessoas ro-
" quando lhe disse que sua letra era semelhante à de lando no chão: a amiga acabara de entrar na loucura
Caetano Veloso, seu grande ídolo. Nesta mesma de Cazuza.
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Para ilustrar um pouco mais esse seu lado espon- porque ele sabia que estava doente, e pela humilda-
tâneo, vou contar um fato que ocorreu numa dessas de e firmeza com que me respondeu. Não tive 'nem
nossas aulas e que me marcou -- foi a única vez ern- iniciativa, nem argumentos para convencê-Io.
que ele se irritou comigo e me deu uma bronca. De Meses depois, pensei em telefonar para ele e con-
repente, o alarme de um carro estacionado na rua vencê-Ia a fazer um Songbook menor e, dali a algum
disparou. Fomos àjanela e vimos de longe duas pes- tempo, um outro. Nada impediria que fosse assim.
soas perto dos carros estacionados e, como estava O tempo foi passando, cheguei a telefonar uma vez
escurecendo, fiquei achando, embora sem certeza, mais e não consegui falar. Ele havia piorado e logo
que poderia ser o meu. Em seguida, Cazuza come- depois foi para os Estados Unidos. Fui reencontrá-Ia
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, çou a gritar "pega ladrão", enquanto eu descia c_ar- numa reunião na casa de Chico Buarque. Nós nos
rendo. Ao chegar, vi que se tratava de um outro car- abraçamos e a primeira coisa que me disse, bastante
ro, cujo alarme havia disparado sozinho. Logo che- eufórico, foi que havia gravado Esse cara, COI11
gou o dono. Quando voltei, ele me deu a maior acompanhamento de piano, e que havia ficado mui-
bronca, dizendo que se eu tivesse prestado mais to bonito. Foi meu último encontro com Cazuza.
atenção não teria sido preciso aquele escândalo to- Aproveito a oportunidade para agradecer aos pais de
do. Pedi desculpas e retomamos ao violão. Cazuza, Lucinha e João Araújo, por terem acompa-
Por ocasião do lançamento do Songbook de Cae- nhado de perto todas as fases de produção deste tra-
balho. Enfim, agradeço a todos que colaboraram,
tano Veloso, convidei Cazuza para participar da fes-
para que este Songbook se tornasse realidade.
ta, cantando algumas músicas. Ele achou o máximo
e disse que cantava se eu o acompanhasse ao violão.
Marcamos um ensaio e combinamos que seriam três
Almir Chediak
músicas. Eu sugeri Esse cara. Ele completou com Al-
guém cantando e Janelas abertas n: 2. No meio do en-
saio, ele disse: "Acho que você canta superbem e é afi-
nado. Vamos cantar juntos." E determinou as partes
que cada um deveria cantar. Para mim, foi O máxi-
mo me apresentar ao lado de Cazuza.
Este Songbook já era para ter sido feito há muito
tempo, se não fosse um lado muito modesto de Ca-
zuza, apesar de ele declarar o contrário. Quando lhe
, propus fazer o seu Songbook ; ele me respondeu que
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o poeta de suageracão__
primeira lembrança que tenho de Cazuza é a doras tanto procuram. Na minha frente, Guto pegou
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A de um pouco mais que adolescente, anima-
díssimo, bebendo, dançando e falando alto:
um dos freqüentadores-emblema da Frenetic Dan-
o telefone e falou a João Araújo sobre a nova banda
com grande entusiasmo. Não vi a cara do João do
outro lado da linha, mas posso imaginar a sua
cin'Days Discoteca, que abri no Shopping da Gávea expressão quando, ao final de seu testemunho entu-
em meados dos anos 70 e foi a primeira discoteca siasmado, Guto lhe disse que se tratava de Cazuza.
brasileira. Lá, Cazuza fervia todas as noites e penso Foi lindo, como um filme, cenas de antinepotismo
mesmo que receberia o troféu de assiduidade, caso explícito, com final surpreendente e feliz: Cazuza e
existisse algo semelhante naqueles tempos de loucu- o Barão Vermelho contratados pela Som Livre.
ra e dança. Simpático, alegre, superbonitinho, vejo- Alguns meses depois, saiu o disco e me impres-
o ainda na pista rodopiando. Vejo a casa quase vazia sionei tanto com a crueza delicada dos versos de Ca-
nos fins de noite e ele lá, rindo e dançando, sempre zuza, com sua suave contundência, com seu estilo
dos últimos a sair, sabe-se lá para onde. forte e original que, quando ele apareceu na noite de
O Dancin' acabou após três meses de festa inin- autógrafos de meu livro Música, humana música,
terrupta e Cazuza seguiu. Pouco depois me chegou, . não hesitei em colocar na dedicatória: "Para o maior
através de Ezequiel Neves, um cassete de uma nova poeta de sua geração ... "
banda de rock, Ouvi e gostei, gostei muito; gostei E era mesmo.
especialmente das letras, vivas, modernas, furiosas, Segui acompanhando a evolução de seu trabalho
surpreendentemente maduras e ao mesmo tempo com crescente entusiasmo e vendo que a dedicatória
mantendo o frescor e a fúria dos muito jovens. Eram que eu lhe tinha escrito com pretenso sentimento de
Cazuza e o Barão Vermelho. Gostei tanto que uma profecia era apenas uma constatação do óbvio.
tarde, indo à Som Livre, acabei mostrando para o Anos depois, fui a Roma. Não para ver o Papa,
Guto Graça Mello, que era o diretor artístico, sem mas para, a pretexto de acompanhar uma Semana de
\ dizer quem cantava e fazia as letras da banda. Ele Música Brasileira - organizada por Gianni Amico,
<I. também ficou muito impressionado, e muito mais com shows de Caetano, Gil, Gal, Caymmi, Moraes
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quando eu lhe disse quem era. Era do filho do dono Moreira e o nosso papa João Gilberto -, tentar cu-
da gravadora, que nem desconfiava que tinha em ca- rar formidável dor-de-cotovelo. Naturalmente, pou-
sa um daqueles talentos raros e claros que as grava- ca coisa me fazia rir naqueles dias. Mas, já em Ro-
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Álbum de família
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Cazuza
no primeiro carnaval,
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Cazuza com
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no primeiro carnaval,
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Cazuza com 2 anos de idade
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-:Álbum de família
De bicicleta na
Rua Prudente de Moraes
em Ipanema, 1%7
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Foto para passaporte,
abril de 1978
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Com o pai, João, Com a mãe, Lucinha,
em Vassouras, 1966 aos 3 anos de idade,
na praia de Ipanerna,
verão de 1962
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Cazuza com o pai, João Araújo - dia dos pais, 1984
o dia 4 de abril de 1958, nascia não foi do tipo barulhento. Era quieto, ti- gundo ele, seria o maior do mundo. Ca-
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Songbook o ÚlZUZa
Ruul Seixas t' os Novos Baiauos que. um Ela, então, resolveu tornar providên-
belo dia. b:ltl.'ral11na poria dos Araújos. cias e pediu para administrar o dinheiro.
l l.rvi.un acabado de chegar ao Rio para dele. Cazuza concordou, passando uma
~ra\'ar um disco com a produção do João procuração em cartório para a mãe cuidar
~\ratí.iLle n,-IOtinham onde ficar. de tudo. Ele era totalmente esbanjador,
:\quL'la tribo de loucos Instalou o caos principalmente com os amigos. pagando
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nu qU:lrlo-e-sala dos Araújos. Cazuza fi- uísque para todo mundo nos bares .do
cou fascinado por eles. Tinha noite de Baixo Leblon.
J,):-IO L'Lúcia chegarem em casa e encon- No começo do Barão, ele foi morar no
tr.ucm o filho alimentando a sempre in- Alto Leblon, num apartamento dos pais,
':Il'i,í"cl fome dos Novos Baianos. Sob a na terceira vez em que tomava o rumo de
prl'ss,-IOpaterna. Cazuza foi trabalhar co- fora de casa. Da primeira vez. Cazuza se' "
mo divuluador da Som Livre, com O salá- instalara num apartamento na rua MOT)te~ -'-.
rio pago pelo pai do próprio bolso, como negro. em Ipanerna. de onde acabou: re-
se a empresa estivesse pagando. bocado de volta pelo pai, porque acontc-
A promessa de um carro, se passasse cia de tudo por lá. Numa outra vez, mo-
no vestibular, levou Cazuza a se reconci- rou com Patrícia Casé , num apartamento
liar temporariamente com os estudos for- no Jockey Club, na época em que fazia
mais, terminando o científico através do
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teatro.
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Songhook o Caznza
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Cazuza recém-chegado dos EUA, onde estudou fotografia, 1980
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Songbook o Cazuza
Barão Vermelho Numa viagem aos Estados Unidos, sacanagem com A noviça rebelde, o filme
das dos ex-escravos negros. O Barão, ali quando tinha 20 anos, instalado em San com a Julie Andrews. Na versão 'cazuzes-
com menos de um ano de vida, tinha um Francisco por sete meses, Cazuza desco- ca', os filhos do barão Von Trapp desco-
som enérgico, ainda amador, mas vivo e briu que os mestres do blues também briam que a noviça era um travesti ...
estimulante. Acontecera de novo aqui no gostavam do que ele chamava de 'temáti- E isso era só o começo. Cazuza não
Brasil como acontecera no mundo todo. ca contramão', de 'sempre amar a pessoa estava na vida para dar mole pra nin-
\ O som negro bateu primeiro na preferên- errada'. Cazuza já fazia essa poesia de guém. Rapaz comportado até a adoles-
" cia da juventude inglesa dos anos 60, que contramão desde a época do Colégio
o se encarregou de espalhá-Io ao mundo, Santo Inácio , onde passou dez anos, jun- Sociedade dos
mobilizando jovens de todos os quadran- to com um grupo de amigos que se acha-
vam superiores ao resto e formavam uma
Poetas Mortos
• tes com sangue negro nas veias.
Cazuza conheceu o som negro de espécie de Sociedade dos Poetas Mortos, cência, aos 15 anos rodou a baiana, tor-
Rolling-Stones e Janis Joplin quando ti- somando os dotes intelectuais aos exces- nando-se um menino-problema para os
nha 14 anos, identificando-se
o da mesma sos comuns da adolescência. pais e um alucinado companheiro de es-
maneira com que se identificava com a Quando voltou dos Estados Unidos, bómia para os amigos. Nessa época, ele
resolveu mergulhar nas artes, deixando começou a criar o personagem que iria J.
música de Caetano Veloso, Gilberto Gil
e outros nomes da música popular brasi- de lado outros pendores como a geogra- usar durante 15 anos - "boêmio, aluci-
leira. Através do apelo dos tropicalistas fia, a arquitetura e o urbanismo. Come- nado, apaixonado, pessoa que vive na
aos nomes antigos da MPB, Cazuza tinha çava a trajetória rumo ao Barão Verme- noite, na loucura, procurando sempre
aprendido a ouvir e gostar de nomes co- lho. A trupe do Asdrúbal Trouxe o Trom- uma coisa que não encontra".
'mo Lupiscínio Rodrigues, Nelson bone já levantara a lona do Circo Voador A 'fórmula' do personagem incluía
Gonçalves e DaIva de Oliv.eira, sem falar no Arpoador, onde rolavam mil e uma doses generosas dos "meus heróis, Hum-
'em outros que faziam parte do cotidiano atividades. Cazuza se engajou num gru- phrey Bogart, James Dean, Lupiscínio
graças ao pai, João Araújo, então produ- po de teatro e estreou como cantor na pe- Rodrigues" mais os anti-heróis da beat
tor e hoje big boss da empresa de marke- ça Pára-quedas do coração. Ele cantava generation - Kerouac, Ginsberg, Bur-
,ting Som Livre. o tempo inteiro, com destaque para uma roughs -, responsáveis pelo way of lije
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Cantando numa oas apresentações do Barão Vermelho, 1985
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Songbook o Cazuza
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rocker adotado por Cazuza, simbolizado Cazuza no Barão Vermelho. O Barão, Duran, Nelson Gonçalves, uma alma to-
em eternos jeans colados no corpo, tênis um bando de garotos loucos que ensaiava talmente samba-canção. Uma vez, num
ou botas, camiseta, jaqueta jeans e o no Rio Comprido perturbando a sanidade programa da Rádio Cidade, onde funcio-
lenço na cabeça. Como também não po- da vizinhança, soou aos ouvidos de Ca- nou como disc-jockey, Cazuza tocou bo-
dia deixar de ser, drogas e mais drogas: zuza como uma espécie de Led Zeppelin, lero, blues, samba-canção e bossa nova.
uísque, uísque, maconha. cocaína e sei lá um 'rockão gostoso' e ele foi chegando Rock, nada.
mais o quê. Ah, e sexo pra cacete com to- de fininho. A banda tocava muito cover, A roupagem sonora do Barão serviu
do mundo que lhe desse tesão, não im- mas Cazuza se animou a.mostrar suas le- para dar uma moldura superforte para
porta se homem, mulher ou uma das inú- suas letras. O rhythm' n' blues e o blues
meras variedades existentes por esse
mundo afora.
o que não é rock: são sentimento acima de tudo e os meni-
nos do Barão tinham o feeling certo. A
Ariano com ascendente em Sagitário, é o acomodado pegada da:'guitarra de Frejat mostrava a
Cazuza passou a viver sob o signo do negritude de sua alma. O mesmo aconte-
excesso, da overdose de vida, do escan- tras para Roberto Frejat. Houve a empa- cia com a base de Dé/ Guto ecom Maurí-
caramento, tudo isso tendo como pano de tia e o início de uma parceria que ia durar cio, cigarro no canto da boca e dedos no
fundo o desencontro, a fossa, a incapaci- para sempre. órgão Korg, fazendo-o chorar com um
dade de ser feliz, a sensação de não per- Cazuza proclamadamente não enten- blueseiro do delta do Mississippi.
tencer a lugar nenhum. Isso aparecia toda dia de rock' n' rol! e nem esse era seu gê- A primeira tendência do Rock Brasil a
hora nas letras, dando um toque para se nero musical favorito, mas tinha cons- se projetar na mídia, via Blitz, tinha um
entender o Cazuza oculto no persona- ciência de uma coisa: "Rock é a música approach humorístico ou então um estilo
gem: "Eu não amo ninguém, parece in- do século 20. Tudo é rock. O que não é mais ingênuo que falava em fazer amor
crível/ não amo ninguém/ e é só amor que rock é o acomodado, o que não reclama." de inadrugada e em passeios de lambreta
. eu respiro". Daí, ele mergulhou de boca no rock, tra- perturbados por um guarda careta. Nesse
Corte para a confusão do Circo Voa- zendo para o som do Barão um estilo de quadro, o som do Barão Vermelho se
dor no verão de 1982. Por lá também cir- letra que misturava o grito dos algodoais destacava pelas tintas fortes de uma poe-
culava um jovem goiano, Léo Jaime, que do Mississippi com a dor-de-cotovelo do sia sofisticada que resgatav:a temas de
acabaria sendo a ponte para a entrada de Lupiscínio. Ele adoravaMaysa, Dolores fossa do brega e da cafonice para uma
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Cazuza com Bebel Gilberto no Circo Voador, 1981 Sháw do Barão Vermelho na Sucata, 1983
linguagem atual, cheia de gírias do coti- Voador, já instalado nos arcos sonoros frescura, sem nada de bem-comportado,
diano, refletindo a vida da juventude ur- da Lapa, e às demotapes enviadas para a garagem mesmo. Ultimamente as coisas
bana de classe média, justamente o gran- Rádio Fluminense. O Barão já tinha en- andam muito inofensivas, sem rebeldia,
de mercado abandonado pela MPB, solto contrado a sua fada madrinha, um tres- e se continuam assim morrem."
no ar e ávido por algo com que se identi- loucado personagem que Cazuza chama- (Era a definição perfeita para a música
ficar: va de 'O Abominável Ezequiel das Ne- do Barão. De quebra, Zeca se confessava
E essa identificação veio através de ves'. Era Zeca Jagger ou Angela Dust, um exagerado e foi pensando nele que
jovens iguais a eles, cantando músicas duas facetas do mesmo personagem, um Cazuza compôs a música que puxaria seu
sobre àzarações movidas a chope e batata primeiro disco solo em 1985 e grudaria
frita, mas também falando coisas como: na pe1e como definição perfeita de sua
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I "Eu não sei o que meu corpo abriga! Nes-
Mercado [dele, Cazuza] imagem pública.)
sas noites quentes de verão/ E nem im- abandonado Os deuses conspiravam pelo rock e
porta que mil raios partam/ Qualquer pelaMPB naquele mesmo 1982 o Barão chegou ao
se~tiqo vago de razão/ Eu ando tão.down/ vinil, ironicamente pela Som Livre de
Outra vez vou te cantar, vou te gntar, te dos jornalistas musicais mais brilhantes João Araújo, mas sem qualquer mordo-
rebocar do bar." Qual era a daquela ban- (e põe 'brilho' nisso) que já viram a luz mia. Produzido pelo Zeca e por Guto
da de garotos com um som tão sofrido e do sol nesta Terra de Santa Cruz. Graça Mello, o LP lançado em outubro
um cantor de voz rouca vomitando isso aí Zeca é a própria paixão em forma hu- parecia uma gravação pirata. Seu som
em cima e mais versos bukowskianos co- mana e tomou-se de amores 'passionalér- precário, totalmente chapado, sem gra-
mo: "Da privada eu vou dar com a minha ves ou agudos, prejudicava bastante a au-
rimos' pelo Barão e por Cazuza em espe-
cara de babaca pintada no espelho/ E me dição da música do Barão. A reação da
cial. "Pode ser que eu seja exagerado.
lembrar sorrindo que o banheiro é a igre- crítica foi chamar a banda de verde mas
ja de todos os bêbados/ Eu ando tão Está bem, eu sou exagerado. mas nin- promissora e quase nada aconteceu em
down"? guém escreve como Cazuza. É como ou- termos de mídia.
Aí tinha coisa. O rock começou a des- vir um rock em inglês. Fiquei inteira- O primeiro LP já explicitava as in-
pertar a atenção de gravadoras e da mídia mente louco e gratificado de ter uma gen- tenções do Barão, ao proclamar que
,~raças à série Rock Voador do Circo te tocando e cantando assim. É rock sem "rock em geral é bem alto, pra se ouvir
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$t4FM.';
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I'[ 1·
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em qualquer nave". c linha roques di!c-
rentes corno li histôria de Billy Ncgüo,
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um m.rl.mdro rOIll:lIlIico que bateu uma
carteira para pagar o pivô c "sorrir cheio \"
t,
de dentes para o meu amor/ Mas ~I,~.nem
olhou: Foi me chamando de ladrao .
Tumbém no primeiro disco estava To- h
tio (/11/(11' (I{/(' houver nesta vida, a belíssi-
111~1 letra que Caetano Veloso resgataria
L',lillUllla roupagem mais adequada que o
arr.uuo original no show UIlS. de 1983,
IlHlst'rand(; em toda plenitude um elos
Ill~lisbelos poemas de Cazuza. Ao ouvir
tl disco cio Barão, Caetano rompera em
I~ígl'imas c diagnosticara: "Esse menino é
um poeta.
A grande
verdade
não dita
Muita gente ouviu Todo amor ... no
LP ao vivo O tempo não pára e levou um
susto ao saber que a música era do pri-
meiro LP elo Barão. É mais uma prova da
miopia (e ela surdez) ele setores da mídia
que precisam de estímulos extramusicais
para reconhecer talentos. Estava tudo lá
desde o começo, mas o endeusamento só
começou quando a notícia da Aids se es-
palhou e passou a ser a grande verdade
não dita. até Cazuza abrir o jogo em feve- ·t,
reiro de 1989. Cazuza numa das aprcscntaçócs do Barão Vermelho. 1985
Os jovens que lotavam as noites de
sexta e sábado do Circo Voador soube- até chegar a ajuda de dois medalhões da tâneia contra o original e começaram a
ram reconhecer logo o Barão; o mesmo MPB. O já citado Caetano Veloso. um dos tocar o Barão. Daí, tudo começou a se
aconteceu com jovens de outros quadran- ídolos maiores de Cazuza, não só cantou precipitar. Na Rede Globo, pintou parti-
tcs e, nos palcos, os barões entraram o Todo (/11101' qi« houver nesta vida no Ca- cipação no especial PIIIIICt, Plact, Zum
ano ele 1983 a caminho do segundo dis- necâo, como abriu o verbo contra as rádios fi, todos os barões caracterizados de um
CO, o Barão Vermelho 2, o LP da virada. por não tocarem as músicas cio Barão. jeito diferente: Cazuza se vestiu de ro-
Mais à frente, um grande sucesso deles Aí entrou em cena Ney Matogrosso e queiro dos anos 50, com terno, gravata e
diria "quem tem um sonho não dança". O aqui passo a palavra a Cazuza numa ma- cabelo com brilhantina. A música que
Barão tinha um sonho e não dançou. téria que fiz para o Jornal do Brasil em ja- eles cantavam era Subproduto de rock e a
Quando Barão 2 foi para a rua, com neiro de 1984, com o título "Barão Ver- uma insinuação minha de que era auto-
e-
, um som bem gravado e um notável pro- melho: os malditos chegam ao sucesso": biográfica, Cazuza me mandou "engolir
gresso na parte musical, as coisas come- "O Ney chegou lá em casa, tocou a a língua para morrer envenenado".
çaram a acontecer. Até a crítica não- campainha, a empregada atendeu e me A grande oportunidade veio através
roqueira recebeu bem o disco, corno foi o acordou dizendo que 'seu Ney Matogros-
caso ele Joaquim Ferreira elos Santos, da so estava aí'; eu resmunguei "ah, traz a "Os malditos
Veja, um amante da música cios anos 50 e Gal Costa também' e continuei dormin-
da velh~ MPB. Mr. Ferreira definiu o elo. O Ney foi no quarto, começou a bater chegam
. Barão numa frase genial: "O estranho ca- na minha cara - nós temos intimidade ao sucesso"
samento do rock visceral dos Rolling pra isso -, gritando pra eu acordar e ga-
Stones com as imagens despudora- nhar dinheiro. Ele tinha ouvido o disco e do convite do diretor Lael Rodrigues
damente românticas e violentas de Lu- resolveu gravar Pro dia nascer feliz. Eu (1951-89) para fazer o tema e participar
piscínio Rodrigues." disse 'não, pelo amor de Deus, é nossa do filme Bete Balanço, O Barão aparecia
Na veia. A parte musical pulsava for- música de trabalho, grava outra'. Ele ba- como uma banda de rock em algumas ce-
,te, enquanto Cazuza soltava suas histó- teu o pé e acabou sendo nossa fada ma- nas, uma delas gravada no Circo Voador,
rias de amores mal resolvidos ou ocasio- drinha. Ney provou que o Barão é viável, com Caz u z a vestido num modelito
nais e as desesperanças de uma vida boê- discutiu com a gravadora, que não queria Fredelie Mercury (Queen), para simboli-
mia bem ao estilo cabaré anos 80. Disco botar essa música de trabalho no disco zar o ideal de uma banda de rock nos so-
na rua, a banda ficou naquela tensão do dele, e soltou na rua." nhos da personagem Bete (Débora Blo-
vai ou não vai, toca na rádio ou não toca, Logo as rádios abandonaram a relu- ch), A música estourou nas rádios de to-
26
Songbook o Cazuza
Interrompia
sempre com
suas loucuras
exemplo, Guto , Maurício e Robcrto res-
pondiam às perguntas, enquanto Cazuza,
além de responder uma coisa ou outra,
interrompia sempre com suas loucuras,
Quando isso acontecia, os demais se eu-
Iavam, esperavam ele acabar e retoma-
vam o papo, Uma vez, eles estavam fa-
lando de sua nova aparelhagem, citando
guitarras, tambores, falantes e amplifica-
dores, quando Cazuza mandou: "Eu vou
cantar com 14 gargantas e nove bucetas",
emendando em seguida com vários pala-
vrões dirigidos ao repórter.
Cantando numa das apresentações cio Barão Vermelho, 1985 Ao lançar Maior abandonado, em ou-
tubro de 1984, o Barão já ostentava sta-
não se levar muito a sério. Às vezes, con- /I/S estelar e a música-título, mais lima
do O país em meados de 1984, puxando o
fessava se sentir "um pouco meio Carli- dor-de-cotovelo lupiscín io-cazuzcsca ,
filme para uma bilheteria que chegou ao
tos", para definir sua falta de jeito nas logo se tornou sucesso estrondoso. Além
milhão e meio de espectadores, e proje-
coisas do dia-a-dia, ou então se intitulava da aparelhagem maravilhosa, era o pri-
tando o Barão Vermelho ao estrelato.
Nessa época, Cazuza estava instalado "o Ibrahim Sued do rock", para auto- meiro 5170\\' com cenário e roupas espe-
num apartamento no Alto Leblon, dado sacanear a falta de intimidade com a gra- ciais para usar no palco, nada muito dife-
pelo pai, com carro também dado pelo mática, "Tenho o dom de escrever, mas rente do cotidiano, mas pela primeira vcz
pai e grana insuficiente no bolso. O di- sou nulo em ortografia, O meu cópi é o não entraram em cena com a roupa da
nheiro escorria fácil em romarias pela Ezequiel Neves. Uma vez eu quis rimar rua, Em Sarnpa , lotararn o Radar Tantâ;
noite do Baixo Leblon (Guanabara e Real 'não me importam que mil raios me par- no Rio, entupiram o Circo Voador.
Astória), regadas a uísque e cocaína, as tam' e o Zeca quase morreu quando ou- Maior teve uma das primeiras letras
drogas favoritas. Ele vivia mergulhado viu," Ele também definia o esc ancara- de Cazuza falando de temas sociais, Mi-
na personalidade pública que adotara, re- mento como uma forma de esconder a ti- lagre: "Que tempo mais vagabundo esse
midez e, pela mesma razão, andava sem- agora! Que escolheram pra gente viver."
"Eu preciso dos pre em bandos: "Eu 'preciso dos amigos Ele só entraria mesmo nos temas sociais e
para me proteger." políticos a partir do segundo disco solo, Só
amigos para A timidez só acabava no palco, como se for a dois, influenciado pela engajada
me proteger" definiu a Playhoy, em 1984: "(No palco) Legião Urbana. "Eu tenho inveja do Re-
aflora um lado sensual meio incontrolá- nato Russo. inveja criativa", proclamava,
forçando-a em entrevistas onde se, pro- vel. Às vezes entro de pau duro. Outras Mas antes teve o primeiro semestre de
clamava louco, escancarado, bêbado e vezes, entro morrendo de medo, mas 1985, vivido na euforia do sucesso, casa
'porra-louca'. Quem passasse pelo Bai- cantando solta o tesão, Sem brincadeira, cheia para todo lado, Rock in Rio, e a
xo às cinco da manhã de um dia qual- é lance sexual mesmo. Fora do palco, realização dos sonhos intelectuais e ma-
quer, poderia comprovar tudo isso. Com sou tímido, um menininho, e me sinto teriais. Na hora de preparar o quarto dis-
sorte, talvez pegasse Cazuza em cima de profundamente desajeitado, mas no pal- co, a coisa ficou feia. No começo de
uma mesa ameaçando tirar a roupa-em al- co sou um Super-Homem." agosto de 1985, o repórter que vos fala
tos brados. No contato com as grandes platéias, anunciava. no Jornal do Brasil, "O últi-
Não dispensava a ironia em relação a Cazuza foi se tornando superstar. A rní- mo ato do Barão Vermelho", o divórcio,
si mesmo. Tinha uma coisa saudável de dia começou a se interessar pela banda ironicamente com uma foto onde segura-
27
~,
~-+-~-~--.-...,...
~",-·~,..~Ie'rt'"-.L"A
--------------------~~=~
Songhook o Cazuza " ',"""",
varn seu primeiro disco de ouro, faturado usada como ponto de partida para uma basta! ( ... ) Um vício pra mim é pura cas-
com Maior abandonado, investida edipiana. Nas entrevistas se- cata/ Faço 13 pontos! Sou pule premiada
Foi uma lavação de roupa suja. O Ba- guintes, não deixou por menos: admitiu no jogo do bicho! Eu sou o beijo da boca
rão acusou Cazuza de sair na última hora comer a mãe e o pai. O personagem ainda do luxo na boca do lixo! Eu sou o beijo da
com o disco pronto. Cazuza não negou continuava forte nele. boca do lixo na boca do luxo."
1 isso. Comentou apenas que queria fazer As letras estavam cada vez mais pesa- Cazuza adorou estes dois últimos ver-
I- um som mais adulto, menos garagem, sos, achou bem a sua cara, circulando
mais chique. Nesse dia, 3 de agosto de Pelado pelos nos ambientes mais luxuosos e tendo o
1985, ele estava internado no Hospital mesmo trânsito nas bocas do lixoda vi-
São Lucas, em Copacabana, atingido por corredores da. Para os eternamente escandalizados
uma inflamação pulmonar, a primeira do hotel com seu jeito de ser, ele respondia com
manifestação da Aids que o mataria no Mal nenhum , composta em parceria com
dia 7 de julho de 1990. das, envolvidas com um sentimento qua- outro exagerado, Lobão. "Eu não posso
Nesses 1.798 dias, Cazuza gravaria se punk: "Você nunca sonhou! Ser curra- causar mal nenhum! A não ser a mim
cinco discos solo (um duplo e um ao vivo) do por animais! Nem transou com cadá- mesmo! A não ser a mim."
e daria uma lição de coragem, cujo traço veres! Nunca traiu teu melhor amigo?! E Uma outra música de Lobão, lado A
, maior foi continuar lutando até o fim. Ele nem quis comer a sua mãe." E mais: "Ca- do single do Grande Lobo que tinha Mal
se transformou gradualmente num adul- güetern-se solidários! Antes do interro- nenhum, Decadénce avec elegance, tra-
to, numa pessoa capaz de admitir a felici- gatório! Engrandeçam a mentira! Dêem zia outro verso que caía bem como um
dade, num crente em Deus -- antes con- sentido à vida! Tenham fé, tenham medo! jeans desbotado em Cazuza: "É melhor
fundido com os padres do Santo Inácio, Ou usem anestesias/ Uniformes, fantasias! viver dez anos a mil do que mil anos a
odiados por ele. Vejam que liquidação!/ E se as suas cons- dez." Em 1986, esse ritmo de vida super-
ciências/ Tão bondosas dizem não/ Já é sônico e desregrado começou a cobrar a
Cazuza-estreou solo com Exagerado,
no final de 1985, ele na capa, com seu um bom motivo/ Pra gente comemorar/ O conta. Depois de lançar Exagerado, a ale-
uniforme jeans, envolvendo um disco rock da descerebração." (Rock da desce- gria pelo sucesso foi abalada pelos proble-
ainda cheio de rockn' roll, com pistas da rebração, usado na peça Ubu Rei, dirigida mas de saúde, ainda insuficientes para
suavidade que estava por vir em Codino- por Luiz Antônio Martinez Correa.) comprometer o fôlego para o trabalho.
me Beija-Flor. A sempre saudável auto- Wally Salomão compôs junto com No segundo semestre de 1986, estava
ironia brilhava em Medieval /1: "Será que
eu sou medieval! Baby, eu me acho um
Frejat Balada de um vagabundo, inspira-
do numa viagem que ele fez com Cazuza
pronto o segundo LP individual, Só sefor
a dois, lançado apenas em março de
"I
'cara tão atual! Na moda da nova Idade a Salvador, em que se impressionou com 1987, devido à mudança de gravadora. A ,",I
Média! Na mídia da novidade média." o escancaramento de Cazuza, saindo pe- Som Livre acabou com o cast e o LP saiu
Pra não perder a fidelidade ao persona- lado pelos corredores do hotel aos bra- pela PolyGram, saudado pela crítica co-
---I
gem, que aqui ganhava seu hino-Exa- dos, com o telefone arrancado da parede mo um momento de virada. A capa mos- -"I
gerado --, Cazuza cantava Só as mães
são felizes, uma frase de J ack Kerouac
na mão, para protestar contra o péssimo
roam service. "Um vício só pra mim não
trava Cazuza de roupa suja deitado no
meioda rua, com um sorriso bem mole- ~I
""""""'I
I
28
J
_~L
Songbook O Cazuza
Oshow
celebrava
a vida
temos que tomar cuidado porque a edu-
cação sexual nos colégios hoje cst~i as-
sim: 'Você tem que casar virucm com a
sua namoradinha virucm , s~não você
morre.' É o que estão armando. aliando o
sexo à morte o tempo todo", denunciou
ele aoiomal do Brasil, em abril de 1988.
~\ , Cazuza ainda teria forças para levar
Ideologia aos palcos a partir de agosto ele
que, e a música de trabalho, O nosso ce imperdível, registrada em especial pe- 1988, com o pontapé inicial dado em São
amor a gente inventa, dava a impressão la TV Manchete e que merecia virar ho- Paulo. Não era mais o espetáculo de
de que Cazuza andava suavizando-se, me video . rock , mas um show mais MPB, chique,
mas isso não era verdade ainda. A Aids voltou a se manifestar em ou- produzido por Ney Matogrosso, com um
A música-título, uma das mais bri- tubro de 1987. Cazuza baixou à Clínica Cazuza comedido. elegantemente vesti-
lhantes escritas por ele, mesclava o rela- São Vicente, no Rio, para tratar nova do por Gregorio Faganello. O sliow cele-
pneumonia. A doença não seria assumi- brava a vida e era impossível não ir às lá-
grimas quando ele abria com uma inter-
Prenunciando da publicamente antes de fevereiro de
pretação sentida de Vida louca vida ,de
1989, numa entrevista à Folha de S, Pau-
a explosão lo nos Estados Unidos, enquanto se trata- Bemardo Vilhena e Lobão. A indignação
futura va no New England Medical Center, em também estava presente em Brasil, a mú-
Boston. Em 1987, ele alegou seqüelas da sica que melhor traduzia o sentimento
cionamento pessoal com um agudo senti- pneumonia que o tinha derrubado dois dos brasileiros com o estado do país na
do social e político, prenunciando a anos antes e o emagrecimento foi atribuí- época,
explosão futura de Brasil -- composta do a problemas do fígado. O sucesso, estrondoso de ponta a pon-
para o filme Rádio Pirata, de Lael Rodri- No final do ano, Cazuza passou três ta, encheu casas e mereceu manchetes
gues --, Ideologia e Burguesia. "Aos fi- meses internado em Boston, quando viu elogiosas Brasil afora, Quando aportou
lhos de Gandhi! Morrendo de fome! Aos a cara da morte, mas conseguiu adiar o no Canecão, no Rio de Janeiro, em outu-
filhos de Cristo/ Cada vez mais ricos! fim com a determinação de legar seu tra- bro, houve a gravação de um LP ao vivo,
(...)0 mundo é azul! Qual é a cor do oalho solo mais bonito, o álbum Ideolo- puxado pela antológica e indispensável
amor/ O meu sangue é negro, branco, gia. Também voltou totalmente diferente O tempo não pára, uma espécie de conti-
~I
amarelo e vermelho/ ( ... )As possibili- dos Estados Unidos. O exagerado ficou nuação de Brasil. Cazuza denunciava a
~'I dades de felicidade/ São egoístas, meu
amor/Vlver a liberdade, amar de verda-
para trás, trocado por uma pessoa madu-
ra, amante da vida e crente na felicidade.
transformação do país, então sob Samey,
num puteiro, em nome do lucro pessoal
de/ Só se for a dois." Essa recoriciliação consigo mesmo e com de uma meia dúzia. Ironizava os abutres
da imprensa, que viviam antecipando seu
=1
'--i
A volta aos palcos aconteceu em maio
de 1987, quando Cazuza estreou um
a vida apareceu em Ideologia com uma
face dúbia, em cima do muro. Os heróis funeral nos versos: "Eu vou sobreviven-
do sem um arranhão/ Da caridade de
i ShOlV no Teatro Ipanema com uma forte mortos de overdose, os inimigos no po-
postura roqueira simbolizada nas ,duas der, o prazer como risco de vida. No quem me detesta." E advertia: "Se você
guitarras pesadas de Torcuato Mariano e mesmo momento em que mergulhava em achar que eu estou derrotado/ Saiba que
Ricardo Palmeira. Neste ShOlV, foi apre- si mesmo procurando se entender melhor ainda estão rolando os dados/ Porque o
sentado pela primeira vez Brasil, sucesso como pessoa, Cazuza não dispensava a tempo não pára."
e prêmio Sharp apenas em 1988, no ras- ironia, anunciando ter pagado a conta do Infelizmente, depois disso, tudo foi
tro de uma novela global das oito. Era o analista para nunca mais saber quem era. ficando mais difícil. Internaçôes no Rio,
último ShOlV do personagem exagerado, Nessa difícil e sorrida fase terminal, em São Paulo e Boston mobilizaram to-
sua despedida do rock numa perjorman- Cazuza jamais perdeu o espírito libertá- dos os recursos da medicina para prolon-
29
----------------------------------------,----------,--~--------~~,-===~-:~~~,~~~~~~;
I _~ __
Songbook o Cazuza
Um gênio
rebelde
premiado
bebida: bebo, fico bêbado e caio). Era
uma ironia com seus vícios. Na fase difí-
cil da doença, tentou controlar o consumo '"
de álcool e drogas, mas havia recaídas que
preocupavam os amigos e os pais. Ficar
totalmente careta era impossível. '"
Tudo isso fez de Burguesia, seu últi- Cazuza com Dé, 1983
mo disco, um produto confuso e polêmi- ~
.a:I>
co. A crítica não soube o que dizer, divi- c
;:. ~
dindo-se entre o aplauso discreto e a ava- o
.n
liação negativa comedida. É um mau dis- ~
co, não há como negar, fruto de uma si- ~ '""'
.-...,
tuação caótica totalmente inadequada pa-
ra se gravar um LP: a saúde precária, a .--..,
gravação confusa, arranjos malfeitos, a
imprensa vudu, a voz fraca. "
Ainda assim, havia momentos bri- '"
lhantes. A fúria da faixa-título assustou
.-..,
muita gente, O disco azul (rock) foi exe-
crado, mas o amarelo, soft ; MPB, trazia ~
belos momentos como Azul e amarelo e
Cobaias de Deus, Prêmio Sharp póstumo -e-,
1990 . Cobaias foi escrito com Ângela
Rô Rô, outra ídala, eAzul e amarelo com "
~
J amari França Prêmio Sharp 1988 - melhor música, melhor cantor pop rock
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Show Só sefor a dois, Teatro Ipanerna, maio de 1987
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Entre amigos
Cazuza com
Lobão no Morro
da Urca, 1983
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I' ~ '~{:
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e Cazuza.:
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1986 ~ .J.\ ' \
Cazuza com
Sandra de Sá
1986 '
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L Regina Casé
Roberto MenescaJ'
t Caetano Veloso'
Herbert Vianna'
, Grande ütelo'
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e
Cazuza Zizi Possi
num programa
I da TVE, 1984 ~~~.'
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Cazuza com
, Ezequiel Neves -
I Vernissage de
: Maurício Arraes,
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Caetano Veloso,
Ney Matogrosso e . j
Cazuza na cobertura i
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da Lagoa, 1988 ~
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Entre amigos
Elvira Pagã e
Cazuza num coquetel,
1983
Cazuza com
João Araújo, Gilda
Mattoso e Cacaia -
Teatro Ipaiiema,
maio de 1987
Cazuza com Dé
(Barão Vermelho) em
seu apartamento
da Lagoa, 1988
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Lucinha Araújo .
. Cazuza e Marina=-s
aniversário de
Cazuza no Castel,
1985
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Cazuza cantando Todo amor que houver nessa vida
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máquina elétrica. estou ouvindo o último disco do the
Smiths e me sentindo meio hemisfério norte; o cara na sala
'
~~
, \
"
conserta o 'meu vldeo. estou com um da Billie Holiday lindo, "
\
viz resolvi que preciso fazer análise, porque tehho seritido
muito medo. medo de voar, de entrar no palco, de amar, de
morrer, de sse r-feliz. medo de fazer análise e não ter mais
problemas e perder a inspiração .••eu fiz 28 anos e descobri
um cara solitário sem vocação pl'á solidão. ultimamente
eu passo mal quando não tem ninguém perto, chego a ter
febre, é uma loucura. o menino sõzinho brincando de cidades
desertas cresceu e quer amar, mas é tão dificil. eu vou
chegar pro analista e vou dizer: eu quero aprender a mar.
estou gravando um disco, está quase pronto, e as músicas
revelam muito isso que eu tô te contando, só que de um jeito
sarcástico, debochado e por isso mesmo profundamente triste.
~iver é bom nas curvas da estrada, solidão que nadaL
viver é bom partida e chegada, solidão que nadal
esse é o refrão de uma balada blue que talvez seja a música
de trabalho, e é a minha vida nesses m~ses, de aeroporto
em aeroporto (cada aeroporto é um nome num papel, um novo
rOEto atr;c do mesmo v~u). daqui a pouco eu e~CI'evu a letra
todal tem um blues que fala "ando apaixonado por cachorros
e bichas, duques e xerifes, porque eles sabem que amar é
abanar o rabo, lamber e dar a pata". forte, né?
ah , estou .f'Lc ando 'careca, fico passando minoxidil prá fingir
que é possivel parar o tempo. eu queria parar o tempo e
voltar prábarriga da mamãe, ma~ ia ficar tudo tãó parado.
voe e vai continuar ga.l\tandode mim se eu ficar careca?
eu penso mui to em voe ai, menina linda tent ando o grande
é
\,
\ nise DU(I\on\.
\
I
Carta para De
I
,
/
'-,
Songbook o Cazuza
Maior abandonado
FREJAT E CAZUZA
E I I I I I I I I I I I C#m7 I B7I E I I I I I .I
Eu tõ perdido Sem pai nem mãe Bem rra porta da tua ca--sa Eu tô pedindo A tua mão
I I I I I C#m7 I B7 I A II I B7 I I I A I I I B7 I I I A I I I G#m I
E um pouquinho do bra-ço Migalhas dormidas do teu pão Raspas e res-tos Me
I I F#7 I I I I I I I B7 I I IIIIIE - I I I I I I I I I I I
inte-res-sam Me inte-res-sam Eu tô pedindo A tua mão Me leve para qualquer
C#m7 I B7 I E I I I I I I I I I I I C#m7 I B7 I A I I I B7 I I
Ia do Só um pouquinho De proteção Ao maior abandona--do Teu corpo com amor
/ I I B7 / I I A I I I G#ml I I F#7 I I I I I I I B7 I I I I I I I
Mentiras since-ras me inte-res-sam Me inte-res-sam
43 1
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Songbook o Cazuza
Azul e amarelo
CAZUZA, LOBÃO E CARTOlA
li I I I IlII I I h
I
'.-...,
G / G7 / C / Cm / Gm / CO / C / C#o / G
Anjo bom, anjo mau Anjos existem E são meus inimigos E são amigos meus E as fadas
/ G7 / C / Cm / Gm / CO / G / C#o / G7M /
As fadas também existem São minhas namoradas Me beijam pela manhã Gnomos existem
/ Gm / CO / C / C#o /
pronto para ir ao teu encontro, senhor Mas não quero, não vou, eu não quero não quero, não vou, eu
/
perigos ...
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Songbook o Cazuza
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Songbook o Cazuza
Baby suporte
CAZUZA, BARROS, PEQUINHO E EZEQUIEL
G D7 F# F D~(9) C
ma I ti a I I
I I I
D C# G/B Bm C/G 07(#9)
IJlIIlIIJlIIlJI
I I I Ii I I Ii I I Ii I IIIIIIIIIIG I I I
Suporte baby, baby supor-te, suporte baby, baby supor-te Amor escravo de
D7 II I G I I I D7 I I I G. I I I F# I I I F I II G I I
nenhuma palavra Não era isso que você procurava Não viu no fundo da retina a mágoa A luz confusa
D I I C# C I I I o/B. I I I D IIIIIII Bm I I I D I II G
amor e o escárnio? Cada carinho é o fio de uma navalha Oh! Baby não chore Foi
I )/G G D III Bm I I I D I I I C I I I Bm I C C# D F / I
apenas um corte A vida é bem mais Perigosa Que a morte Suporte oh, Baby su-porte!
G7(#9) I II I II II I II I I D!(9) I
Supor--te Baby, Baby suporte suporte baby, baby supor-te
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:\ Rua Visconde de Ouro Preto, 75 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
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Songbook o Cazuza
Balada do Esplanada
CAZUZA - POEMA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
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C7(13) / / / F7(9) / / / C7(13) / / / F7(9) / / / C7(13) /
Ontem de noite eu Procurei Ver se aprendia como é que se fazia Uma
/ / Ab7 / / / G7 / / / Bb7 / / / G7 / / /
balada, antes de ir pro meu hotel É que esse coração Já se cansou de viver só E quer então Morar
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Dete Balanço
CAZUZA E FREJAT
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/ Em7 / / / / / / / / / / / / / / / Am7 / / / / / /
Pode seguir a sua estrela O seu brinquedo de "star" Fantasiando em segredo O ponto aonde
/ Em7 / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / Am7 / / / /
quer che-gar O teu futuro é duvidoso Eu vejo grana, eu vejo dor No paraíso perigoso
/ / / / / / / Bm / / / F#m / / / Brn / / / Em / / / Bm / / /
Não ligue pra essas caras tristes Fingindo que a -gente não existe Sentadas, são
/ / / / / / / / / / / / / / / / / Am7 / / / / / / /
O teu futuro é duvidoso Eu vejo grana, eu vejo dor No paraíso perigoso Que a palma da tua mão
. / Em7 / / /
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Eu conheci um cara Num bar lá do Leblon Foi se apresentando "Eu sou Billy Negão" A turma da Baixada
/ / / / / D / / / / / / / A / / G# G / / G#
Fala que eu sou durão Eu s6 marco touca É com o coração. . . Bati uma carteira pra pagar o meu pivô
I
---.
A / / G# A / / G# A / / G# G / / G# A / / G#
Sorri cheio de dentes Para meu amor! Mas ela nem olhou Foi me xingando de ladrão! Pega ladrão!
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G7 / / / / / / / D / / / C / / / D / / / C / /. / / / / / D / / / / / /
Pega ladrão! Alguém passava perto E sem querer escutou --"-
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/, / / / / / / / / G7 / / / / / / / D / /
Correu no delegado E me dedurou Que logo o bairro inteiro Caiu na minha esteira Pois nesta D.P. Eu I
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/ / // / A / / G# G / / G# A / / G#
estava na maior sujeira E nesse instante Eu vi parar um camburão E O Billy sartô fora Cum a minha
A ! / G# A / / G# G / / G# A / / G# G7 / / / / / / /
grana na mão Deixou na minha conta Um conhaque de alcatrão Pega ladrão, pega ladrão
G// / D // / / / / / / // / / // / G / / / / / /
Billy dançou, dançou coitado! Billy dançou, foi baleado Billy dançou coitado
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Songbook O Cazuza
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53
Songbook o Cazuza
G A7 B7 C7 B7(1)13) . D6/F#
Em
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Em / / / G / / / A7 / / /
Agora eu vou cantar pros miseráveis Que vagam pelo mundo derrotados Pra essas sementes mal plantadas Que já
B7 / / / Em
\
/ / / C7 / / / A7
nascem com cara de abortadas Pras pessoas de alma bem pequena Remoendo pequenos problemas Querendo
/ / / Em / / / / / / / C7 / / / A7 /
sempre aquilo que não têm Pra quem vê a luz Mas não ilumina suas mini-incertezas Vive contando
/ / Em / / / A7 / / / Em / / / A7 / /
dinheiro E não muda quando é lua cheia Pra quem não sabe amar Fica esperando Alguém que
I Em / / / A7 / / / B7(b13) / B7 / G /
caiba no seu sonho Como vanzes que vão aumentando Como insetos em volta da lâmpada Vamos pedir
/ / / / Em I / / / /// G / / / A7 / l/Em / / / / / /
lhes dê grandeza e um pouco de co-ra-gem Quero cantar só para
/ C7 / / / A7 / / / Em
as pessoas fracas Que estão no mundo e perderam a viagem Quero cantar os blues Com o pastor e o
/ / / / / / / C7' / / / A7 / / /
bumbo na praça Vamos pedir piedade Pois há um incêndio sob a chuva rala Somos iguais em desgraça
B7(b13) / B7 / G / D6/F# /
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". " Vamos cantar o blues da piedade Vamos pedir pieda--de ...
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Songbôok o Cazuza
Carente profissional
CAZUZA E FREJAT
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A / / / o/G / / / D / / / o/c / / / A / / / o/G / / / D
Tudo azul no céu desbotado E a alma lavada Sem ter onde secar Eu corro eu berro Nem do-pante
/ // C / / 0// E ;' / / D / 0/
C# / E ./ / / D / 0/ C# / E / / / O
me dopa A vida me endoida Eu me-reço um lu-gar ao sol me-reço Ganhar pra ser
/ 0/ C# / E / / / D / 0/ C# / A / / / G 0/ / / / D / /
Carente profissional Se eu vou pra casa Vai .faltando um pedaço Se eu fico eu venço
/ D / 0/ C# / E / / / D / 0/ C# / E / / l D / o/C# / E / / / D /
me-reço um lu-gar ao sol me-reço Ganhar pra ser Carente profissional Ca-rente
0/ C# / A / / / G / / 0/ / D / / / 0/
C / / / A / / /
Levando em frente Um coração dependente viciado em amar erra-do Crente que o que ele
0/ G / / / D / / / 0/ C / / / E / / / D / 0/
C# / E / / / D / 0/ C#
sente É sagrado... E é tudo piada tudo piada Eu me-reço um lu-gar ao sol me-reço
/ E / / / D / C# / E / / / D / 0/ C# / A / / / 0/ 0/ G / / / A / / /
Ganhar pra ser Carente profissional carente profis-sional
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Cobaias de Deus
CAZUZA E ÂNGELA RÔ RÔ
Dm Bb c G
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Dm / Bb / Dm / / / / / Bp / Dm / / / /. / Bb / Dm / .I / / /
Se você quer saber Como eu me sinto vai a um laboratório ou um
Bb / Dm / / / C / co / C / / / / / c- / C / / / / / / / c- / / /
labirinto Seja atropela-do por esse trem. da morte Vai ver as cobaias de Deus
G / / / / / / / c- / / / G / / / / / / / C / / / Dm
andando na rua pedindo perdão Vai a uma igreja qualquer, pois lá se desfazem em sermão Me
/ Bb / Dm / / / / / Bb / Dm / / / _ / / Bb / Dm / / / / /
sinto uma cobaia um rato enorme nas mãos de Deus mulher de um Deus de
Bb / Dm / / / C / c- / C / / / / / e / C / / / Dm / Bb / Dm / / / / / Bb / Dm
sa-Ia cagando e andando vou ver o E.'-T. Ouve o cantor de Blue em outra encarna-ção
/ / / C / / / c- / / / C / / / c- / / / C / / / e / / / C
Nós as cobaias de Deus Nós somos cobaias de Deus Nós somos as cobaias de Deus
Bp /Dm / / / C / c- / C / / / / / e / C / / / Dm / Bb-/Om / / / / /
maquiavé-lico Meu pai e minha mãe Eu tê com medo Porque eles vão deixar . a sorte
Bb / Dm / / / / / Bb / Dm / / / / / Bp / Dm / / / / / BO / Dm / / / / / Bb
me levar Você vai me aju-dar Traga a garrafa Estou desmelingííido cara de boi
/ Dm / / / C / e / C / / / / / c- / C / / / Dm / Bb / / / / / / / Dm / / /
\ lavado Traga uma corda irmão irmão a-cor-da Nós as cobaias vivemos muito sós L,
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C / e / Dm / / / / / Bp / Dm / / / / / Bb / Dm / / / / / / Bb /
Por isso Deus tem pena e nos põe na cadeia e nos faz contar dentro ,de u-ma
Dm, /, / / C / e / C/ / / / / c- / C/ / / / / / / e / / / C / / /
cadeia - e nos põe numa clínica e nos faz voar Nós as cobaias de Deus Nós somos I
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cobaias de Deus Nós somos cobaias de Deus
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em flor Entre os meus inimigos, beija-flor Eu protegi teu nome por amor Em um
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Songbook o Cazuza
Conto de fadas
CAZUZA E BARROS
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Tudo bem, vo-cê se mandou, Não agüentou o peso da barra Que é escolher vi-ver de verdade Se
/ G / D II I I I I I Bb I Ii F I G I D Ii li I
arregou, parou na metade Agora vai, vai correndo pra casa Papai e mãe tão na 'sala Te esperando,
/ / F I G I D I I I G I F I D I I / .F I G / D I I I o/F# I G I IYG# I
tão jantando E, planejando um futuro normal, que mal!
c / / I D/I / F I G I A I I I D' I I I Bb I I I F / G I DI I I I
Princesinha dos- cachos de mel Vai enfim calçar seu sapato
/ / / Bb / / / F I G I D I I I I I I I Bb / / I F / G / D I / / /
Esquecido num baile. . . ih ih Vai rasgar os meus retratos E chorar sozinha no quarto Se
/ G / IYG# I C / / I D / / / F I G / A / I I D
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/ / é o po--der? Quem man-da na minha vi-da? De quem é? De quem é?
De quem
//G / A / G / A / G / A / G
Uns dizem que vem de Deus Outros, do guarda da esquina Uns dizem que é do presidente Outros,.
/ A / J) / / / / / I I I I I I / / / I G7 I I I
que vem mais de cima De quem é? De quem é? Quem in-ventou essa ta-ra?
A .; G / A / IID / / / G///D / I I
Que não têm contas a prestar Me dê o poder e te mostro O mais inteiro dos
muitos loucos
G / / / D / / / Em / / / A4 / / / A / / I
As grandes verdades da vida São sempre ditas na cama
sonhos
D/ '/D / D I '/D / G7 / I I I I I I D I / / / / I / G, I
É do ativo ou do passivo? De quem é? De quem é? As vezes
A / G I A / G / A / G / A I D /
você me domina dizendo que eu sou teu' dono Às vezes você me dá nojo Seguindo feliz o reba-nho
/// I/ / // / / / / / / G7 /. / / / / / / D / / I / I // G / A
Aonde Vai dar tu-do isso? Prender alguém ou
/ G / A / G / A / G / A /
Quem é o mais infeliz? Eu, dando ordem o dia inteiro? Você, que nem sabe o que diz?
ser preso?
I I D / / / G /I / D I / / G / / / D / / / Em
Me dê o poder e te mostro O mais inteiro dos sonhos As grandes verdades da vida
I
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~ ,árvore de Natal e todo dinheiro falso do mundo Eu queria te dar um
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conversível
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Forrado
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Uma viagem pelo mundo
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/ / F#m7(b5) / / / 87(b13) / / / Em7(9) / / / / / A7(13) / D7M /
Num navio branco E um sapato com salto de brilhante Pra você passear !
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G7M / G6 / G7M / G6 / C~(9) / / / / / C7(9) / F7M(9) / / / Fm(7M) / FI1l6
queria te dar um vison Pra você andar no inver-no na pra-ia Em Santa
Catarina Eu queria te dar Eu queria te dar o amor Que talvez eu' não ! !
A~(9) / A7(9)/ D7M(9) / / / B7(b13) / / / Em7(9) / / / A~(9) / A7(9) / D7M(9) / / / F' / / / Em7(9) I!
,tenha pra dar Você,
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/ / / A~(9) / / / D7M / / / / / F' / Em7(9) / A7(13) / A~(9) / A7(9)
não é bonita Você não é nem charrnosa É tímida e enver-go-nhada
/ D7M(9) / / / Bb7(#11) / /
/ Am7 / / / / / D7(b9) / G7M / G6 / G1rI,1 / G6
Minha Olívia Palito Mas singraria sete mares A tua pro-cura .
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/ C~(9) / / / / / C7(9) / F7M(9) / / / Bb7(#11) / /-/ Em7(9) / / / A~(9) / A7(9) /
E te daria uma vida bem segura As vezes te vejo
F#m7(bS) / / / B7(b13) / / / Em7(9) / / / A~(9) / A~(9) /
lavando a sua roupa Com aquele cheirinho de sabão Eu queria te dar uma
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D7M(9) / / / B7(b13) / / / Em7 // / A!(9) / A7(9) / D7M(9)
máquina de lavar Secar, lavar prato Te maquiar Te ensinar a falar inglês.
/ / / B7(b13) / / / G7M / / / C7(9) / / / F#m7 / / / B7(b13) / / / Em7
Porque você é uma rainha Mas a vida é assim O que tem
/ / / A~(9) / / / D7M(9)
que ser já é ' bonito Doralinda ...
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Solidão a dois de dia Faz calor depois faz frio Você diz já foi Eu concordo contigo
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Você sai de perto eu penso em suicídio Mas no fundo eu nem ligo Você sempre
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volta com as mesmas notí-",<:Ías Eu queria ter uma bomba Um flit paralisante qualquer
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Pra podet me li-vrar do prático e-fei~to Das tuas frases- feitas Das tuas noites
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Solidão a dois de dia Faz calor depois faz frio Você diz já foi Eu concordo
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contigo Você sai de perto eu penso em homicídio Mas no fundo eu nem ligo
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Você volta sempre com as mesmas notí-cias Eu queria ter uma bomba Um flit
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você não vê Meu sonho que você não, crê não crê Eu queria ter uma I
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bomba, Um flit parali-sante qualquer Pra poder te ne-gar bem no último instante j.
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CAZUZA E RENATO ROCKET
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Quero alguém Na areia da praia Quero alguém Que use calça -ou saia Quero alguém É melhor
I I I I Ii I I I I I I I I I I I I I
que nada Quero alguém Pra ter do meu lado Pessoa rica Pessoa pobre Pessoa que ouve Pessoa surda
I G7 (13) - I I I D7 I .-I I I I I II I I I I I I I I I I
Meu chachorro não me lambe Mas eu quero alguém Quero alguém Que
I .-I I I I I I I I I I I I I I I I I I I
me dê um cigarro Quero alguém Que puxe o meu saco Quero alguém Pra Ir no cinema Quero
I I I I I I II II I IIIII IIIIIII I I II I I I I I
alguém Não sou exigente Quero alguém Que seja gentil Quero
I / I I I I I I I II I I
I
! ! I I I I / I
alguém Que pareça com gente Quero 'alguém Na hora do jantar Quero alguém No shopping da
I I I I I I I Ii I II I I I I I I I I
Barra Pessoa jovem Pessoa velha Pessoa estranha Pessoa santa Diabólica, matemática Emocionada,
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Songbook o Cazuza
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Hei rei
CAZUZA E FREJAT
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Seus olhos são tristes E fundos como os meus E os meus cabelos Já não têm mais caracóis Você é
I C ID I C I G I I / / I I I I I, I I ~
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um rei E eu um barão Eternamente vermelho Totalmente doidão Nós dois cantamos o amor E
I I I I C I I IGIII / / I /
aprendemos a aceitar a dor E a tua voz me acalma O coração Nós dois fumamos tranqüilos O
I Ii IC I I I G IIIDI I I IIIIII
cigarro proibido Prometemos o céu Pra cada homem ou mulher Somos seres delicados
G I I I D I I I C I I f Em I I / D I C I G I I I I I I /
poeta Hei rei eu também errei estamos na estrada certa a trilha louca do poeta
Am I I I o/B I I I C I I I D I
Você tem um ideologia Eu tenho outra opinião Você é o pierrot-retrocesso Com a graça de Deus
CII I IIGIII
tamos fazendo sucesso
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Mal nenhum
CAZUZA E LOBÃO
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Em / / / A(add9) / / / C7 / A / Em /
Nunca viram ninguém triste Por que não me deixam em paz As guerras são tão tristes E não tem .nada
/ / / / / / A(add9) / / / C7 / A / Em /
de mais Me deixem bicho acuado Por um inimigo imaginário Correndo at-rás' dos carros Como um cachorro
/ / / / / / / A(add9) / - / / C7M / A / Em
uma topada Me deixem amolar e esmurrar a faca cega Cega da paixão E dar tiros ti esmo e ferir
/ / / / / / / A(add9) / / / C7M
o mesmo Cego coração Não escondam suas crianças não Nem chamem o síndico Nem chamem a
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/ A / Em / / / / / / I A(add9) IAm I C
polícia Nem chamem o hospício, não Eu não posso causar mal nenhum A não ser a mim
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não ser a mim mesmo a não ser a mim
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Songbook o Cazuza
Manhatá
CAZUZA E LEONI
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Deixando as louras. loucas Com meu latin style Não sou mais paraíba Sou South American Aqui em
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Songbook o Cazuza
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CAZUZA E GEORGE ISRAEL
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G I I IIIII C I I IIIII A I II I I I I C7 I B7'
Nabuco foi um cara Conheci no enterro Que tinha um cavalo Um cavalo chamado
I A7 II I C7 I B7 I A7 IIIIII/ G I I ttttr » I I
Agenor Um cavalo chamado Agenor Nabuco era matuto Elegante e astuto
IIIII A I / III// C7 I B7 I A7 I I / C7 I B7 I A7
Assim como eu sou E era também meu avô E era também meu avô
C í I í III I A I // I I I I C7 / B7 I A7 II/ C7 I B7
ser louco como eu sou E meu avô também era O advo-gado Agenor O advo-gado
I A7 I / /
Agenor
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Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso Minha metralhadora cheia de mágoas Eu sou o cara
/ / / / Am7 / / / D / / / Em7
Cansado de correr Na direção contrária Sem pódium de chegada ou beijo de namorada Eu sou mais um cara
/ / / / / / / Am7 / / / D / /
Mas se você achar Que eu estou derrotado Saiba que ainda estão rolando os dados Porque o
C / / / G / / / Am / I / .D / D#o /
não pára Eu vejo o futuro repetir o passado eu vejo um museu de. grandes novidades O tempo
/ Am7 / / / D I I I Em7 Ii I /
nascer Nas de calor se escolhe: é matar ou morrer E assim nos tornamos brasileiros Te chamam de
I I I Am7 I I I D I I .I Em7
, .ladrão, .de bicha, maconheiro Transformam O país inteiro num puteiro Pois assim se ganha mais dinheiro
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Songbook O Cazuza
Posando de star
CAZUZA
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I I I I I I Ii I I II I I I I I IE I I
Pouco importa o que essa gente vá falar mal, falem mal! Eu já estou prá Ia de rouco, louco total!
F I I E.I I F I I E I IFII E I I
Eu sou o teu amor me entenda ... Você precisa descobrir o que está perdendo o que está
F I I I I / cI .I I Fm I I I C II I A7 I I I C II I FmlllAm
perden.----do Botando banca posando de star Você precisa, é dar!!
I I I I I I I I I C I D I Aro /' I I I I I I I IC I
Vem viver comigo, vem me experimentar, me experimenta!!! Solta as coisas lindas que. te
D IE711 I F7 I I I E7 I I I F7 I I I E7 I I I F7 I
ardem, me traz Você sem texto sem ci-nema Não faz do sexo um problema Eu armo uma cena
I I E7 I I I F7 I I I I II I C I I I Fm I II C I I I A7 I I I C I I I
eu armo uma ce;-----:na Quebro garra-fa morro de chorar Mas ainda te
i I li Am I / I I II I / I C I D ! Am I I Ii I11 I I C
faço dar! Tudo que eu quero é uma noite de luar, de luar São palavras doces
I D I E7 I I I F7 I I I E7 II I F7 I I I E7 II I F7 I
as que eu quero escutar Eu sou o seu amor, me entenda, Você precisa descobrir, o que está perdendo!
/ I E7 I I I F7 I I I I II I C I I I Fm / / I C / I I A7 I / I C / / I /
O que está perden do Botando banca posando de star, Ah, você
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E eu não sei em que hora dizer, Me dá um
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di-zer que eu te amo Te ganhar ou perder sem engano Eu preciso di-zer que eu te "amo
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A I I I ryA I I I Dm/A / I I / Ii IryAA I I / I I I ryA
Todo dia a insônia Me convence que o céu Faz tudo ficar infini-to E que a solidão é
I I I Dm/A I I I I I I I ryAA I I G I I I I I I IF I
pretensão De quem fica Escondido fazendo fi-ta Todo dia tem a hora da sessão coruja,
I I I I I / G I I I D7 I I I F4 I I I I I I I F / I I A I I
Só entende quem namo-ra Agora vamo "bora", Estamos meu bem por um triz
I G I I I D7 I / I G I I I D7 I I f G I / / D7 / I / F / I I A
Pro dia nascer feliz! Pro dia nascer feliz! O mundo acordar E a gente dormir dormir
 / / / I I ./ ry A I / .I Dm/ AI I I / I / I ry A A / I G I
Procurando vaga Uma hora aqui, outra ali . No vai e vem de seus quadris Nadando
I / F I I I G I I IF I I I G I I I F4 / I / I / I I F I I
contra a corren-te Só pra exercitar Todo o músculo que sen-te Me dê de presente o
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seu bis Pro dia nascer feliz essa é a vida que eu quis ...
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C7(1)9) F7M Bm7(1)5) E7(1)9) Am7 G7(9) Pm6 Pm7 G7 i
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Fique em si--lên-cio Quando eu estiver. cantan-do Não cante comigo
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Quarta-feira
CAZUZA E ZÉ LUÍS
G7 Bb F Ab Db7
I I
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I I IVI I
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D7 I II C7 I I ID7I I I C7 III D7 í II C7
Livro depressivo Na areia da praia Eu Banco o depressivo Talvez você cala Na
I II D7 I I I C7 III G7 I I I Bb I I I
minha rede um dia Cheia de cacos de vidro E O galã Não vê que é bombardeado Com balas
F II I Ab I I I G7 I I I Bb II I
de hortelã Com balas de hortelã E a santa milagrosa Vê que Deus não dá esmola Subitamente
F II I Ab I Bb7 I D7 I I I C7 I I I D7 I I I C7
assalta Subitamente assal-ta Quero que você Me ame bastante Daqui até a Constante Ramos
III D7 I I I C7 I II D7 I I I C7./ I I G7 I I I
Vamos lado a lado Como dois gigantes Enfrentando os ônibus E o menino triste Quer
Bb I I I F I II Ab I I I G7 I I I Bb Ii
ser um herói Mesmo um herói triste Mesmo um herói triste E a dama sem cara Das bolsas vazias
/ F / / / Ab I Bb7 / D7 / / I C7 / l/Di I I /
Sente um amor aflito Sente um amor a-fli-to Ando apaixonado Por cachorros e bichas Duques
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C7 I II D7 I I I C7 I I I D7 I I I C7 / II G7
e xeri-fes Porque eles sabem Que amar é abanar o rabo Lamber e dar a pa-ta E as
/ / / Bb / / / F III Ab I / / G7 / / I
mulatas sonham Que são raptadas Por sheiks alemães Por sheiks alemães No escritório sonham
Bb / / / F / / / Ab / Bb7 I
4_ \ Oúe já é de tarde Todas as manhãs Todas as manhãs
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Ritual
CAZUZA E FREJAT
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F / Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / F /
Pra que sonhar A vida é tão desconhecida e mágica Que dorme às vezes do teu Ia-do Calada
Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / F
Calada Pra que buscar o paraíso Se até o po-eta fecha o livro .
/ Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / F / Eb / Bb / / / Gm7 / / /
Sente o perfume de uma flor no lixo E fuxica fu-xica Tantas histórias De um
/ / C7 / // F / Eb / .Bb / / / F· / Eb Bb / / / F
uma Mi-lhares de dias Ao mesmo Deus que Ensina o prazo A~ais esperto e ao mais otário Que
/ Eb / Bb / / / F / EIJ / Bb / / / F / Eb / BIJ
o amor na prática é sempre ao contrário Que o amor na prática é sempre ao contrário Pra que cho-rar
/ / / F / Eb / Bb / í / F / Eb / Bb / F / Eb / Bb / I / F
A vida é bela e cruel despida Tão desprevenida e exata Que um dia acaba .... acaba
/ Eb / Bb / / /
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Gm7 C7 Gm7
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Songbook o Cazuza
E A B D
E / / /
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/ / / / / / / / / / / / A / //
Você nunca varou A Duvivier às cinco Nem levou um susto Saindo do Vai Improviso Era quase meio-dia
B / A /E/////I// / / / / / / / / /
Do lado escuro da vida Nunca viu Lou Reed "Walking on the wild side" Nem Melodia
/ / / / / /A / / / / / / /E /
transvirado Rezando pelo Estácio Nunca viu Allen Ginsberg Pagando um michê na Alasca Nem Rimbaud
/ / / / / / / / A / B /A / E / A
pelas tantas Negociando escravas brancas Você nunca ouviu falar em maldição Nunca viu um milagre
/B/A/E / A / B / A/E / A / B / D /E/////l/
Nunca chorou sozinha num banheiro sujo Nem nunca quis ver a face de Deus
/ / / / / / J / /- / / // / / /
Já freqüentei grandes festas Nos endereços mais quentes Tomei champagne e cicuta Com comentários inteligentes
B / A / E / / // / / / /
Mais tristes que os de uma puta No Barbarella às quinze pras sete Reparou como os velhos Vão perdendo a
/ / // / / / / / // B / A/ E / ///
esperança Com seus bichinhos de estimação e plantas Já viveram tudo E sabem que a vida é bela
/ // / //// / /// ///B / A/ E
Reparou na inocência cruel das criancinhas Com seus comentários desconcertantes Adivinham tudo E sabem que
/ /// / / / A / / /E / / /A ///E / I
a vida é bela Você nunca sonhou Ser currada por animais Nem transou com cadáveres Nunca traiu o
/ A /// B / D/E// / //////////////
teu melhor amigo Nem quis comer a sua mãe Só as mães são felizes Você
A / B /A / E /A/B/A/E / A / B / A/E
nunca ouviu falar em maldição Nunca viu um milagre Nunca chorou sozinha num banheiro sujo
/ A / B / D /E///
Nem nunca quis ver a face de Deus
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Songbook O Cazuza
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Copyright by SIGEM - SISfEMA GLOBO DE EDIÇÕES MUSICAIS LIDA
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Rua Visconde de Ouro Preto, 75 - Rio de Janeiro - Brasil. Todos os direitos reservados.
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Songbook o Cazuza
Subproduto do rock
CAZUZA E FREJAT
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Mamãe, tá certo Eu me dei mal na esco-la isso acontece Mês que vem eu melhoro
/ / / / C / / / A / / / E7 / / / / ///C / / /
Mamãe, tá certo Eu pisei na bola Quebrei vidraça Fiz a maior pirraça Mamãe, tá certo Eu fui
A / / / B / / / / / / / A / / / / / / / E7 / / / / / / / A / / /
pro fundo e não pode O mar tá bravo, que bo--de Pode cortar televisão e vitrola Parar o
/ / / / E7 / / / / / / / C / / / A I // B / / / I /
jogo, Você é dona da bola S6 não me xingue, s6 não me xingue De sub sub sub sub sub O
/ / C / / / A / // B / / / / / / /A / / /G/
que? S6 não me xingue, s6 não me xingue De sub sub sub sub sub O que? Sub-produto de rock
//A / / /G / //A / / /G / / / D / / /A
Será um tipo de inhoque? Sub-produto de rock Alguém me dê um toque O que é que quer dizer?
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Vai à luta
CAZUZA E ROGÉRIO MEANDA
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Gm7 EI> BI> AI> Dm7 EI>7M C7(9)
111
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Gm7 I I I I I I I Eb I I I I I I I Gm7 I I I Ii I
Eu li teu nome num cartaz Com letras de néon e tudo Ano passado diriam Que eu estava
I Eb / / / / / I I Gm7 I I I I I I I Eb I / / I I I IGm7 I /
ma-lu-co O pessoal gosta de escrachar De ver a gente por baixo Pra depois
I / / / / Eb I / I / I I I Bb I I I Ab I I I Gm7 II I Ab
aconselhar Dizer o que é certo e errado Eu te avisei vai à lu-ta Marca teu ponto na jus-ta eu te
I / / I / / I Gm7 / / I / I I I Eb I I I I I I I Gm7 / / / / / /
O resto deixa pra lá deixa deixa pra lá Você ouviu mas fingiu
I Eb / I I I / / / Gm7 I I I/ I I / Eb I I / / /I / Dm7 / I
Que não tinha ouvido nada Armou de boca calada E ago-ra se deu bem Passa toda
.I !! ! ! Eb7M / / / / I / / Dm7 / / / / / Ii
deslumbrada Sem um tostão pra me emprestar Com um cordão de puxa-sacos pra
C7(9) . / I / / / / / Bb / / I Ab / /
te paparicar Eu te avisei vai à lu-ta marca o teu ponto ..,
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102
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Songbook o Cazuza
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Vem comigo I
CAZUZA, DÉ E GOFFI
D Bm G A Bb
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I II I I
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D I I I I I I I Bm I II I I I / D / I I I /
Bebe a saideira que agora é brincadeira ninguém Vai reparar Já que é festa que tal uma em
I I Bm I I I I I I I G I I I A I / / Bb
;. I I AI I I I / / /
particular os dias que eu planejo imprecionar você mas eu fiquei sem assunto Vem
D I I I I I I / Bm I / I / I I / D / / / / / / I Bm I I I I I I I A / /
comigo no caminho eu explico Vem comigo vai ser divertido vem comigo
I I I I I D I II / I / / Bm / / / -I / I / D/I I / / / / Bm / / I I / /
Vem junto comigo eu quero te contaminar de loucura até a febre acabar
I G I / / A / I I Bb / l/A / / / / / / / D / / / / I /
A dias que eu sonho beijos ao luar em ilhas de fantasia A dias com azia o· remédio e
/ Bm I I / / / I / D I / / I I / I Bm I / / / / I / G / l/A / /
Teu mel eu sinto tanto frio no calor do Rio Já mandei olhares prometendo o céu
/ Bb / / I A/I/li I fD/////1 / Bm I / I / / / I D //
agora eu quero é no grito Vem Vem comigo Vem comigo
/ / II / / Bm / / / / / / / A / I / / I / I D
no caminho eu explico vem comigo vem
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Songbook O Cazuza
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Songbook o Cazuza
Ponto fraco
I
CAZUZA E FREJAT ~
A7
IlltlllTII
/ / / / / / / / / / / / / / / / - / / / 07/ / / / / /. ~
Benzinho eu ando pirado Rodando de bar em bar Jogando conversa fora Só pra te ver
Om7 / / / A7 / / / F#7/ / / D / / /E / / / A7 /
passando gingando Me encarando, me enchendo de esperança Me maltratando a visão Girando
/ / / / / / / / / / / / / / / / / / 07 / / / / / / I Om7
de mesa em mesa Sorrindo pra qualquer um Fazendo cara de fácil -é Jogando duro com o
/ / / A7 / / / F#7 / / / O / F E A7 / / / 07 /
coração, gracinha, Todo mundo tem um ponto fraco Você é o meu, porque não? Você é o
F E A7 / / / E / / /
meu, porque não?
A7
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07 -$-
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3
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Discografia J
I"
. ! ~
• Barão Vermelho
(Columbia Pus, 1982) À
O Lado 1 .~
1. Posando de star (Cazuza)
2. Down em mim (Caz uz a) ~
3. Conto de fadas (Cazuza e .i,
Barros) 4. Billy Negão (Cazu-
za, Barros e Goffi) 5. Certo dia
na cidade (Cazuza, Barros e
Gofft) A
O Lado 2 .-l
1. Rock'n geral (Cazuza e Fre-
jat) 2. Ponto fraco (Cazuza e A
Frejat) 3. Por aí (Cazuza e Fre- --l
jat) 4. Todo amor que houver
nessa vida (Cazuza e Frejat) A
5. Bilhetinho azul (Cazuza e
--l
~:
Frejat)
--l
I
I
I
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I
I
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A
A
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I \
I
I
I
I
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---l.
~
• Barão Vermelho 2
(Columbia Pus, 1983) ~t
O Lado 1 ---1
1. lntro (Barros) 2. Menina mi-
, mada (Cazuza e Barros) 3. O ~
\
que a gente quiser (Frejat e Nai-
~t
Ia Skorpio) 4. Vem comigo
(Cazuza, Goffi e Dé) 5. Bicho ",I
humano (Caz uz a e Frejat) ---J
6. Largado no mundo (Cazuza
e Frejat) ,J
O Lado 2
1. Carne de pescoço (Cazuza e ---I
Frejat) 2. Pro dia nascer feliz
(Cazuza e Frejat) 3. Manhã de
~I
sonho (Cazuza e Dé) 4. Carente
profissional (Cazuza e Frejat)
---I
5. Blues do iniciante (Cazuza, ~I
• -"1
Frejat, Barros, Dé e Goffi) .,
~
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"4 ~. ~._. '~~~:llT! ~_~. _
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Discograjia
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'I Arnaldo Brandão) 2. Só as
mães são felizes (Cazuza e Fre-
'---I jat) 3. O nosso amor a gçnte
\...~ inventa - estória romântica (Ca- .
zuz a , Rogério Meanda cRc-
~
I
bouças) 4. Exagerado (Cazuza, 11
Ezequiel Neves e Lconi) 5. Faz
~I
"--1
'--~
I
parte do meu show (Cazuzae
Renato Ladeira) II
r-IÉ~Q9..l!!MLBillJ!.AIA!'IÇQ __ \
\..~ \
• Barão Vermelho - • Cazuza 1
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Tema do filme Bete (Som Livre, 1985) 1
~t 109
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'-...-
'Outros lançamentos da Lumiar Editora
• Harmonia e Improvisação - em dois volumes
Autor: Almir Chediak
(Primeiro livro editado no Brasil sobre técnica de improvisação e harmonia funcional aplicada em mais de'
140 músicas populares) .
• Songbook de Caetano Veloso - VoI. I -",
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r~--_-~ ~ ~ ~,A