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Larissa Azevedo Curty

Estudo Experimental dos Consoles Curtos de Concreto


Armado Reforçados com Compósitos de Fibras de
Carbono
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Dissertação de Mestrado

Dissertação apresentada como requisito parcial para


obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio.

Orientadores: Marta de Souza Lima Velasco


Emil de Souza Sánchez Filho

Rio de Janeiro, Agosto de 2009


II

Larissa Azevedo Curty

Estudo Experimental dos Consoles Curtos de Concreto


Armado Reforçados com Compósitos de Fibras de
Carbono

Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção


do título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Engenharia Civil da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão


Examinadora abaixo assinada.

Profa. Marta de Souza Lima Velasco


Orientador
Departamento de Engenharia Civil – PUC-Rio

Prof. Emil de Souza Sánchez Filho


Co-orientador
Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil – UFF

Prof. Giuseppe Barbosa Guimarães


Departamento de Engenharia Civil – PUC-Rio

Dr. Julio Jerônimo Holtz Silva Filho


Avantec

Prof. Luiz Antonio Vieira Carneiro


Instituto Militar de Engenharia – IME

José Eugênio Leal


Coordenador(a) Setorial do Centro Técnico Científico – PUC-Rio

Rio de Janeiro, 18 de Agosto de 2009


III

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total


ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, da
autora e do orientador.

Larissa Azevedo Curty


Graduou–se em Engenharia Civil na UENF (Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro).

Ficha Catalográfica

Curty, Larissa Azevedo.

Estudo experimental dos consoles curtos de concreto


armado reforçados com compósitos de fibras de carbono ⁄
Larissa Azevedo Curty ; orientadores: Marta de Souza
Lima Velasco, Emil de Souza Sánchez Filho. – 2009.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

193 f. : il (col) ; 30 cm

Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) –


Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2009.

Inclui bibliografia

1. Engenharia Civil – Teses. 2. Console curto. 3.


Compósitos de fibra de carbono. 4. Reforço estrutural. 5.
Análise experimental. 6. Concreto armado. I. Velasco,
Marta de Souza Lima. II. Sánchez Filho, Emil de Souza. III.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Departamento de Engenharia Civil. IV. Título.

CDD: 624
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Aos meus pais


IV
V

Agradecimentos

A Deus.

Ao meu pai e amigo de profissão Emar por suas palavras de incentivo, carinho e
amor.

A minha amada mãe Regina pelo sua compreensão e dedicação fundamentais


para o término desta dissertação.

Ao meu querido namorado Magnus Thiago da Rocha Meira por sempre estar ao
meu lado.

A minha irmã Luciana, meu cunhado Fernando e minha sobrinha Natália por
todo carinho e amor.
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As minhas avós Nair e Terezinha por sempre rezarem por mim.

À todos da minha família e amigos que me proporcionaram momentos


descontraídos.

Aos orientadores Marta de Souza Lima Velasco e Emil de Souza Sánchez Filho
pelos ensinamentos e orientação deste trabalho.

Aos amigos de profissão, Paulo César Azevedo, Nilson Costa Roberty , Maikon
Pessanha, Cristiano Miller e Jean Crispim.

Aos amigos da PUC que ajudaram a realização deste trabalho, Arthur Medeiros,
Fernando Ramires, João Krause, Juliana Vianna, Paula Coutinho, Paul Antezana
e Suelen Rodrigues.

Aos professores e amigos da UENF (Universidade Estadual do Norte


Fluminense), em especial aos professores Jean Marie Desir e Sérgio Luis
Gonçales.

Aos amigos da Avantec Engenharia, em especial Júlio Holtz que me indicou o


curso da pós-graduação da PUC-Rio.
VI

À Rita e aos funcionários do laboratório de estruturas PUC–Rio José Nilson,


Euclides, Evandro e Haroldo pelos serviços prestados na execução dos ensaios.

À CONCRELAGOS pela doação do concreto utilizado para a confecção dos


consoles.

A CAPES pelo apoio financeiro.


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VII

Resumo

Curty, Larissa Azevedo; Velasco, Marta de Souza Lima; Sánchez Filho,


Emil de Souza. Estudo Experimental dos Consoles Curtos de Concreto
Armado Reforçados com Compósitos de Fibras de Carbono. Rio de
Janeiro, 2009. 193p. Dissertação de Mestrado - Departamento de
Engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Este trabalho é uma pesquisa experimental realizada no Laboratório de


Estruturas e Materiais da PUC–Rio, utilizando–se a técnica de aplicação do
compósito de fibras de carbono (CFC) colados externamente em consoles curtos
de concreto armado. Foram ensaiados seis consoles curtos, sendo: um de
referência, três com reforço de CFC na horizontal e dois com reforço de CFC na
diagonal. A resistência média do concreto aos 28 dias foi de 30 MPa. A seção
transversal do pilar foi de 25 cm × 50 cm e a seção do transversal console foi de
25 cm × 37,5 cm. O diâmetro da armadura tracionada em laço era de 10 mm e o
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diâmetro da armadura de costura era de 6,3 mm. Os consoles foram


instrumentados com extensômetros elétricos de resistência na armadura
tracionada, no estribo, no concreto e no CFC. Os ensaios comprovaram um
razoável desempenho dessa técnica de reforço. Os resultados experimentais
foram comparados com os resultados obtidos no modelo de Bielas e Tirantes e
no modelo cinemático da Teoria da Plasticidade, visando a comparação das
forças verticais últimas teóricas e experimentais. Foi avaliado o ângulo de
inclinação das bielas e o fator de efetividade da deformação específica no
reforço de CFC.

Palavras-chave
Console Curto; Compósitos de Fibras de Carbono; Reforço Estrutural;
Análise Experimental; Concreto Armado.
VIII

Abstract

Curty, Larissa Azevedo; Velasco, Marta de Souza Lima; Sánchez Filho,


Emil de Souza (Advisors). Experimental Study of Reinforced Concrete
Short Corbels with Carbon Fiber Composites. Rio de Janeiro, 2009.
193p. Msc. Dissertation – Civil Engineering Departament, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro.

This work is an experimental research of concrete short corbels wrapped


with Carbon Fiber Reinforced Polymer (CFRP) strips. Different strengthening
configurations were used. Was carried out on six corbels strengthened by CFRP.
One control specimen without CFRP, three corbels with horizontal CFRP strips
and two corbels with diagonal CFRP strips. The concrete had a 28 day
compressive strength of 30 MPa. The column cross-section dimensions were 25
cm x 50 cm and the corbel cross-section dimensions were 25 cm x 37,5 cm. The
flexural reinforcement consisted of four deformed bars each of diameter 10 mm
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with four transverse bars of diameter 6,3 mm. The corbels were instrumented
with strain gages in flexural reinforcement, stirrup, concrete surface and CFRP
strips. The analytical models based on Strut-and-Tie model and in the kinematic
model of the Theory of Plasticity, allows one to determine the bearing capacity of
corbels. The experimental values are then compared with the analytical results,
showing good agreement. The strut angle and the strengthening effectiveness
were evaluated.

Keywords
Corbel; Carbon Fiber Reinforced Polymer; Structural Strengthening;
Experimental Analysis; Reinforced Concrete.
IX

Sumário

1 Introdução 24
1.1. Generalidades 24
1.2. Objetivos 24
1.3. Organização do trabalho 25

2 Reforço Estrutural com Compósitos de Fibras de Carbono 26


2.1. Introdução 26
2.2. Tipos de Fibras 27
2.3. Tipos de Resina 27
2.4. Compósitos de Fibras de Carbono 28
2.5. Aplicações do CFC na Engenharia Civil 29
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3 Revisão Bibliográfica 35
3.1. Introdução 35
3.2. Considerações Gerais Sobre o Comportamento dos Consoles Curtos 35
3.2.1. Modos de Ruptura 35
3.3. Modelos Teóricos 38
3.3.1. Modelo de Bielas e Tirantes 38
3.3.1.1. Classificação das bielas e nós 39
3.3.1.2. Tirantes 42
3.3.1.3. Dimensionamento de Console 43
3.3.1.4. Recomendações de Normas e Autores 45
3.3.2. Teoremas da Análise Limite 48
3.3.2.1. Modelo Cinemático 50
3.4. Revisão da Literatura 58
3.4.1. CORRY e DOLAN (2001) 58
3.4.2. ELGWADY et al. (2002) 60
3.4.3. SOUZA et al. (2006) 63
3.4.4. RIBEIRO et al. (2007) 67

4 Programa Experimental dos Consoles Curtos Reforçados com Tecido de Fibras


de Carbono 70
X

4.1. Introdução 70
4.2. Ensaios de Caracterização dos Materiais 70
4.2.1. Tecido de Fibras de Carbono 70
4.2.1.1. Ensaio de Resistência à Tração do Compósito de Fibras de Carbono 71
4.2.2. Aço 73
4.2.3. Concreto 77
4.2.3.1. Resistência à Compressão 78
4.2.3.2. Resistência à Tração por Compressão Diametral de Corpos-de-Prova
Cilíndricos 79
4.2.3.3. Módulo de Elasticidade e Diagrama Tensão Deformação Específica 80
4.3. Programa Experimental 83
4.3.1. Descrição dos Consoles 83
4.3.2. Características Geométricas 84
4.4. Aplicação do Sistema de Reforço com CFC 86
4.5. Instrumentação 88
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4.5.1. Extensômetros Elétricos de Resistência 88


4.5.1.1. Aço 88
4.5.1.2. Concreto e CFC 88
4.5.2. Transdutor de Deslocamentos 90
4.6. Esquema de Ensaio 90
4.7. Execução dos Ensaios 92

5 Apresentação e Análise dos Resultados 94


5.1. Introdução 94
5.2. Rupturas dos Consoles 94
5.2.1. Modo de Ruptura 94
5.2.2. Força de Ruptura 96
5.3. Deformações Específicas nas Armaduras de Aço e CFC 98
5.3.1. Aço 98
5.3.2. CFC 102
5.4. Deformações Específicas na Biela 105
5.5. Análise do ângulo de Inclinação da Biela 106
5.6. Deslocamentos 109
5.7. Análise dos Modelos Teóricos 112
5.7.1. Modelo de Bielas e Tirantes 112
5.7.2. Modelo Cinemático 114
XI

5.8. Comparação entre os Valores Experimentais e os Valores Teóricos Obtidos


pelo Modelo Cinemático e Modelo de Bielas e Tirantes 117

6 Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 118


6.1. Sugestões para trabalhos futuros 119

Referências Bibliográficas 120

Anexo A Registros Fotográficos 124

Anexo B Resultados dos Ensaios dos Consoles 136

Anexo C Rotinas de Cálculo das Forças Teóricas 170


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XII

Lista de figuras

Figura 2.1 – Micrografia estrutural das fibras de carbono


(http://www.carbonfiber.gr.jp/english/, visitado em 20/09/08). 26
Figura 2.2 – Fibras de vidro, aramida e carbono
(http://www.fibertex.com.br/plasticoreforcado.htm, visitado em 20/09/08). 27
Figura 2.3 – Compósito de fibras de carbono
(http://www.cesec.ufpr.br/pet/titulos/biblioteca/seminarios/arquivo_seminario
s/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado
em 20/09/08). 28
Figura 2.4 – Ampliação em microscópio eletrônico da matriz polimérica
(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios
/construcao_civil/reforco_ estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado
em 20/09/08). 29
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Figura 2.5 – Ponte Storchen na Suíça


(http://www.compositesworld.com/ct/issues/2006/February/1180/3). 29
Figura 2.6 – Cabo de compósito de fibras de carbono utilizado na Ponte
Storchen em Switzerland
(http://www.compositesworld.com/ct/issues/2006/February/1180/3). 30
Figura 2.7 – Reabilitação de ponte utilizando CFC
(http://www.compositesworld.com/ct/issues/2006/April/1240). 30
Figura 2.8 – Laje e viga reforçada no viaduto de Santa Tereza
(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios
/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado
em 20/09/08). 31
Figura 2.9 – Reforço em console (http://www.kcg.cc/index.php?id=117 visitado
em 18/05/2009). 31
Figura 2.10 – Reforço á flexão e à força cortante de viga externa do Edifício da
Alcan Alumino do Brasil em Ouro Preto
(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios
/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado
em 20/09/08). 31
Figura 2.11 – Reforço de pilares retangulares e de colunas
(http://media.wiley.com/product_data/excerpt/61/04716812/0471681261.pdf,
visitado em 20/09/08). 32
XIII

Figura 2.12 – Reforço da Torre da Rede Globo de Televisão no Rio de Janeiro


RJ
(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios
/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado
em 20/09/08). 32
Figura 2.13 – Fábrica de Laticínios Itambé em Sete lagoas MG
(http://www.cesec.ufpr.–
Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_civil/reforc
o_estrutural_ com_fibras_de_carbono.pdf). 33
Figura 2.14 – Fábrica de Laticínios Itambé em Sete lagoas MG, onde foi
executado um reforço ao redor dos furos na laje
(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/semina–
rios/arquivo_seminarios/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_
carbono.pdf, visitado em 20/09/08). 33
Figura 2.15 – Reforço da viga à flexão e à força cortante na Fundação Mineira de
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Educação e Cultura – FUMEC


(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios
/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado
em 20/09/08). 34
Figura 3.1 – Trajetórias de tensões (FRANZ, 1970). 36
Figura 3.2 – Modos de ruptura: (a) ruptura por flexão; (b) ruptura por
fendilhamento da biela; (c) ruptura por cisalhamento. 37
Figura 3.3 – Modos de ruptura: (a) falha na ancoragem; (b) força horizontal; (c)
esmagamento do concreto. 37
Figura 3.4 – Exemplos de regiões D (SCHÄFER e SCHLAICH,1988). 38
Figura 3.5 – Configurações típicas de campos de tensão de compressão
(SCHÄFER e SCHLAICH,1988). 40
Figura 3.6 – Tipos de nós: (a) nó CCC; (b) nó CCT; (c) nó CTT; (d) nó TTT (ACI
– 318, 2008). 41
Figura 3.7 – (a) Modelo de Bielas e Tirantes; (b) Configuração da treliça do
modelo de Bielas e Tirantes. 43
Figura 3.8 – Modelo de Bielas e Tirantes com a parcela do CFC; (a) CFC na
horizontal; (b) CFC na diagonal. 44
Figura 3.9 – Modelo de Bielas e Tirantes para console curto (NBR 6118:2004). 46
Figura 3.10 – Armadura típica de console curto (NBR 6118:2004). 47
Figura 3.11 – Critérios para armadura do tirante (LEONHARDT e MÖNNIG,
XIV

1978). 48
Figura 3.12 – Posição da placa de força (LEONHARDT e MÖNNIG, 1978). 48
Figura 3.13 – Armaduras de tração: (a) para uma força axial de compressão
pequena; (b) para uma força axial de compressão grande (LEONHARDT e
MÖNNIG, 1978). 48
Figura 3.14 – Soluções usando-se os teoremas da Análise Limite. 50
Figura 3.15 – Parâmetros geométricos do console curto de concreto armado. 51
Figura 3.16 – Parâmetros geométricos do console curto de concreto armado
reforçado com CFC. 51
Figura 3.17 – Parâmetros geométricos do console curto de concreto armado com
x=0. 55
Figura 3.18 – Geometria e armadura do console (CORRY e DOLAN, 2001). 58
Figura 3.19 – Descolamento do reforço (CORRY e DOLAN, 2001). 59
Figura 3.20 – Dimensões (centímetro) dos consoles curtos ensaiados por
ELGWADY et al. (2002). 61
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Figura 3.21 − Consoles ensaiados: a) console de referência (CONT); b) 11 HOR;


61
c) 21HOR; d) 61DIG; e) 82 HAD; f) 32 HOR; ELGWADY et al. (2002). 61
Figura 3.22 – Dimensões dos consoles curtos ensaiados por SOUZA et al.
(2006). 64
Figura 3.23 – Descrição consoles (Ribeiro et al., 2007). 68
Figura 3.24 – (a) Armadura dos consoles; (b) realização do ensaio (RIBEIRO et
al.,2007). 69
Figura 4.1 – Dimensões dos corpos-de-prova para ensaio à tração do CFC de
acordo 71
com a ASTM D 3039 / D 3039 M. 71
Figura 4.2 – (a) Corpos–de–prova de CFC, (b) Ensaios dos corpos–de–prova
(SPAGNOLO, 2008). 73
Figura 4.3 − Ensaio à tração dos corpos–de–prova: (a) Laboratório de Estruturas
e Materiais; (b) ITUC. 74
Figura 4.4 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 5,0
mm. 75
Figura 4.5 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 6,3
mm. 76
Figura 4.6 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 10,0
mm. 76
XV

Figura 4.7 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 12,5


mm. 77
Figura 4.8 – Variação da resistência média à compressão do concreto para
diferentes idades. 78
Figura 4.9 – Ensaio de resistência à tração do concreto por compressão
diametral. 80
Figura 4.10 – Diagrama tensão x deformação específica do corpo−de−prova 1.81
Figura 4.11 – Diagrama tensão x deformação específica do corpo−de−prova 2.82
Figura 4.12 – Diagrama tensão x deformação específica do corpo−de−prova 3.82
Figura 4.13 − Fluxograma das séries dos consoles. 83
Figura 4.14 − Geometria dos consoles (medidas em cm). 84
Figura 4.15 − Armadura de aço dos consoles. 85
Figura 4.16 − Posições do reforço em CFC: série H e série D. 86
Figura 4.17 – Preparação das superfícies. 87
Figura 4.18 − Instrumentação nas armaduras internas de aço. 88
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Figura 4.19 – Posições das rosetas no CFC dos consoles das séries H e D
(medidas em centímetros). 89
Figura 4.20 − Posições dos ERR no CFC dos consoles das séries H e D
(medidas em centímetros). 89
Figura 4.21 − Posições das réguas de deslocamento linear (medidas em
centímetros). 90
Figura 4.22 − Esquema do ensaio. 91
Figura 4.23 −Esquema de ensaio do console RUD2. 91
Figura 4.24 – Consoles ensaiados. 93
Figura 5.1 – Tipos de fissuras. 95
Figura 5.2 – Comparação entre as forças de fissuração. 95
Figura 5.3 – (a) ruptura por destacamento da fibra; (b) ruptura por fendilhamento
da biela. 96
Figura 5.4 – Comparação entre as forças últimas de ruptura. 97
Figura 5.5 – Força x deformação específica das armaduras internas do console
de referência. 98
Figura 5.6 – Força x deformação específica das armaduras internas do console
RUH1. 99
Figura 5.7 – Força x deformação específica das armaduras internas do console
RUH2. 99
Figura 5.8 – Força x deformação específica das armaduras internas do console
XVI

RUH3. 100
Figura 5.9 – Força x deformação específica das armaduras internas do console
RUD1. 100
Figura 5.10 – Força x deformação específica das armaduras internas do console
RUD2. 101
Figura 5.11 – Força x deformação específica do CFC do console RUH1. 102
Figura 5.12 – Força x deformação específica do CFC do console RUH2. 102
Figura 5.13 – Força x deformação específica do CFC do console RUH3. 103
Figura 5.14 – Força x deformação específica do CFC do console RUD1. 103
Figura 5.15 – Força x deformação específica do CFC do console RUD2. 104
Figura 5.16 – Ângulo θCR medido por meio digital. 107
Figura 5.17 – Ilustração do ângulo da biela. 107
Figura 5.18 – Ângulo da biela vs força: (a) console de referência; (b) console
RUD1; (c) console RUD2; (d) console RUH1; (e) console RUH2; (f) console
RUH3. 108
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Figura 5.19 – Esquema dos deslocamentos dos consoles. 110


Figura 5.20 – Força x deslocamentos do console de referência. 110
Figura 5.21 – Força x deslocamentos do console RUH1. 110
Figura 5.22 – Força x deslocamentos do console RUH2. 111
Figura 5.23 – Força x deslocamentos do console RUH3. 111
Figura 5.24 – Força x deslocamento do console RUD1. 111
Figura 5.25 – Força x deslocamento do console RUD2. 112
Figura 5.26 – Representação das armaduras analisadas por meio do modelo de
Bielas e Tirantes. 113
Figura 5.27 – Comparação das razões entre a força última experimental e as
forças últimas teóricas obtidas nos dois modelos teóricos. 117
Figura A.1 – Tecido de fibras de carbono. 124
Figura A.2 – Resina epoxídica componentes A e B. 124
Figura A.3 – Rolo: material utilizado para aplicação da resina. 125
Figura A.4 – Armaduras dos consoles. 125
Figura A.5 – EER sendo colado na armadura interna. 126
Figura A.6 – Formas e armaduras. 126
Figura A.7 – Montagem dos consoles antes do recebimento do concreto. 127
Figura A.8 – Enchimento do carrinho de mão com o concreto do caminhão
betoneira. 127
Figura A.9 – Vista superior de todos os consoles preparados para receber o
XVII

concreto. 128
Figura A.10 – Consoles concretados. 128
Figura A.11 – Transporte das peças. 129
Figura A.12 – Arrumação das peças a serem ensaiadas. 129
Figura A.13 – Série H. 130
Figura A.14 – Detalhe da roseta. 130
Figura A.15 – Detalhe do console RUD1. 131
Figura A.16 – Console RUD2, ruptura do CFC na face lisa. 131
Figura A.17 – Console RUD2, ruptura do CFC na face rugosa. 132
Figura A.18 – Ensaio do console RUH1. 132
Figura A.19 – Ensaio do console RUH2, descolamento do CFC na face rugosa.
133
Figura A.20 – Detalhe do console RUH2. 133
Figura A.21 – Ensaio do console RUH3. 134
Figura A.22 – Bombas hidráulicas de pressão controlada, marca AMSLER. 134
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Figura A.23 – Prensa Contenco com capacidade de 2400kN. 135


Figura A.24 – Atuadores Hidráulicos. 135
XVIII

Lista de tabelas

Tabela 3.1 – Valores de β s . 41

Tabela 3.2 – Valores de β n . 42


Tabela 3.3 – Resultados experimentais e teóricos. 63
Tabela 3.4 – Dimensionamento no Estado Limite Último. 65
Tabela 3.5 – Largura da biela e tensão. 65
Tabela 3.6 – Características dos consoles. 68
Tabela 3.7 – Força e modo de ruptura. 69
Tabela 4.1 – Geometria dos corpos–de–prova de CFC recomendada pela ASTM
D 3039 ⁄ D3039 M. 72
Tabela 4.2 – Resultados dos ensaios de resistência à tração dos corpos-de-
prova com uma camada de CFC. 73
Tabela 4.3 – Resultados dos ensaios das barras de aço. 75
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Tabela 4.4 – Consumo de materiais por m 3 de concreto. 77


Tabela 4.5 – Valores médios da resistência à compressão do concreto. 79
Tabela 4.6 – Resultados dos ensaios de resistência à tração do concreto por
compressão diametral. 80
Tabela 4.7 – Resultados dos ensaios de módulo de elasticidade. 81
Tabela 5.1 – Força (kN) das primeiras fissuras dos consoles. 95
Tabela 5.2 – Valores da força última. 97
Tabela 5.3 – Deformações específicas efetivas nas armaduras de aço. 101
Tabela 5.4 – Deformações específicas efetivas nos reforços do CFC. 104
Tabela 5.5 – Tensão na armadura nos reforços de CFC e fator de efetividade.
105
Tabela 5.6 – Deformações específicas lidas na superfície do concreto dos
consoles para força de ruptura. 106
Tabela 5.7 – Ângulos θ cr e θε . 109
Tabela 5.8 – Resultados das forças últimas do modelo de Bielas e Tirantes. 113
Tabela 5.9 – Variáveis do modelo cinemático. 115
Tabela 5.10 – Valores das dimensões x e y. 115
Tabela 5.11 – Força vertical última. 116
Tabela B.1 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console de
referência. 136
XIX

Tabela B.2 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do


console de referência. 138
Tabela B.3 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUH1.
140
Tabela B.4 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do
console RUH1. 142
Tabela B.5 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUH1. 144
Tabela B.6 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUH2.
146
Tabela B.7 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do
console RUH2. 148
Tabela B.8 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUH2. 150
Tabela B.9 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUH3.
152
Tabela B.10 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do
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console RUH3. 154


Tabela B.11 – Leitura dos extensômetros colados no de CFC do console RUH3.
156
Tabela B.12 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console
RUD1. 158
Tabela B.13 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do
console RUD1. 160
Tabela B.14 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUD1. 162
Tabela B.15 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console
RUD2. 164
Tabela B.16 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do
console RUD2. 166
Tabela B.17 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUD2. 168
XX

Lista de símbolos

Romanos
a Distância da face do pilar até o eixo de aplicação da força externa
Af Área da seção transversal do reforço

As Área de aço
b Largura do console
c1 Distância do bordo da placa de apoio até o bordo do pilar

d Altura útil
ds Distância da zona comprimida até a armadura principal

di Distância da zona comprimida até a camada i de armadura

df Braço de alavanca do reforço

Ec Módulo de elasticidade do concreto


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Ef Módulo de elasticidade do reforço

Ef ,ef . Módulo de elasticidade efetiva do CFC

Es Módulo de elasticidade do aço

Esec,0,3 Módulo de elasticidade secante

fc Resistência do concreto à compressão

fce Resistência efetiva das bielas e dos nós

ff Resistência à tração do reforço

ff ,e Resistência efetiva à tração do reforço

ff ,u Resistência última à tração do reforço

ft Resistência do concreto à tração

ft ,D Resistência à tração do concreto por compressão diametral

fy Resistência de escoamento do aço

fyi Resistência de escoamento do aço na camada i

fyd Resistência de escoamento de cálculo do aço

FCFC Força resistida do reforço

Fmáx ,f Força máxima no reforço

Fn Força nominal resistente da biela, tirante ou nó


XXI

Fxf Força na direção x do reforço

h Altura total do console


h' Recobrimento da armadura do tirante
H Força na horizontal
Hu Força na horizontal teórica última

li Comprimento do elemento i

Ti Força na biela ou no tirante i

T Força atuante no tirante


V Força vertical atuante
Vexp er . Força vertical experimental

Vteorica Força vertical teórica

Vu Força vertical última

Vu,ref Força vertical última do console de referência

x Posição horizontal da fissura inclinada


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y Posição vertical da fissura inclinada


z Braço de alavanca

w Rotação virtual
WEXT Trabalho virtual externo
WINT Trabalho virtual interno
XXII

Gregos
α Ângulo entre a força de tração e a biela comprimida
α' Inclinação do reforço diagonal do CFC

βn Fator determinado pelo tipo de nó

βs Fator determinando pelo tipo de biela

ε 1,2 Deformações específicas principais

εx Deformação específica do concreto na direção x

εy Deformação específica do concreto na direção y

ε 45o Deformação específica do concreto na diagonal à 45°

εc Deformação específica do concreto

ε c,máx Deformação especifica máxima do concreto

ε f ,e Deformação específica efetiva da fibra

ε f ,ef . Deformação específica efetiva do CFC


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εi Deformação específica média do elemento i

ε f ,u Deformação específica última do CFC

ε s,u Deformação específica última do aço

φr Coeficiente de redução para bielas , nós e tirantes

φ Diâmetro da barra de aço


γf Fator de ponderação da força

νc Fator de efetividade à compressão do concreto

νf Fator de efetividade do CFC

νt Fator de efetividade à tração do concreto

θ Ângulo de inclinação da biela de concreto (campo de compressão)


θCR Ângulo de inclinação fissura

θe Ângulo de deformação específica principal


ρ Taxa de armadura
ϖ EXT Trabalho virtual externo

ϖ INT Trabalho virtual interno

δ' Deslocamento horizontal no topo do pilar

δ '' Deslocamento vertical na extremidade do console


XXIII

Lista de abreviaturas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ACI American Concrete Institute
ASTM American Society for Testing and Materials
CEB Comité Euro–International du Béton
CFC Compósitos de Fibras de Carbono
CFRP Carbon Fiber Reinforced Polymer
CCC Nó que recebe três barras comprimidas
CCT Nó que recebe duas barras comprimidas e uma tracionada
CTT Nó que recebe uma barra comprimida e duas tracionadas
EER Extensômetro elétricos de resistência
ITUC Instituto Tecnológico da PUC–Rio
LEM Laboratório de Estruturas e Materiais
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NBR Norma Brasileira


PUC–RIO Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
TD Transdutor de deslocamento
TTT Nó que recebe três barras tracionadas
1
Introdução

1.1.
Generalidades

Nos últimos anos a técnica de recuperação estrutural utilizando materiais


compósitos evoluiu significativamente. Fato esse devido às propriedades
mecânicas desses materiais, facilidade de aplicação e alta resistência à tração
quando comparado com materiais convencionais tais como chapas de aço. A
necessidade de se reforçar uma estrutura ocorre devido ao desgaste natural ao
longo da sua vida útil, à deformações exageradas, a acidentes, a incêndios e ao
aumento da força solicitante, entre outros.
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Em várias obras em concreto armado foi utilizada a técnica de reforço com


compósitos de fibras de carbono (CFC), pois nesses casos se optou por uma
execução rápida, limpa e sem alteração significativa das dimensões da
estruturas. Atualmente tem–se um cuidado maior com o controle da qualidade
das construções, para evitar gastos prematuros obtendo–se o aumento da vida
útil da edificação.
Existem poucas referências bibliográficas sobre o estudo de reforço com
CFC em consoles de concreto armado, mesmo sendo essa técnica muito
utilizada. Neste trabalho apresenta–se uma pesquisa experimental realizada no
Laboratório de Estruturas e Materiais da PUC–Rio utilizando a técnica de reforço
com CFC aplicado externamente em consoles curtos de concreto armado.

1.2.
Objetivos

O objetivo deste trabalho é avaliar a eficiência do reforço com compósito


de fibras de carbono em consoles curtos de concreto armado. O objetivo
secundário é comparar os resultados experimentais com dois modelos teóricos,
são eles o modelo de Bielas e Tirantes e o modelo cinemático da Teoria da
Plasticidade.
25

1.3.
Organização do trabalho

Este trabalho contém esta introdução e mais cinco capítulos


O Capítulo 2 apresenta as propriedades e as aplicações na engenharia
civil de reforços com CFC.
No Capítulo 3 é realizada uma revisão bibliográfica e são apresentados os
modelos tradicionais para cálculo dos consoles curtos de concreto armado, mais
a contribuição da parcela do CFC.
O Capítulo 4 detalha o programa experimental desenvolvido.
No Capítulo 5 são apresentados e analisados os resultados dos ensaios, e
comparados com os resultados dos modelos desenvolvidos.
O Capítulo 6 relata as conclusões obtidas e são feitas sugestões para
trabalhos futuros. Nos anexos A, B e C são apresentados, respectivamente,
registros fotográficos da análise experimental, resultados dos ensaios dos
consoles e memórias de cálculo das forças teóricas.
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2
Reforço Estrutural com Compósitos de Fibras de Carbono

2.1.
Introdução

A partir de 1980 a produção comercial de fibras de carbono desenvolveu-


se em grande escala no Japão. Isto ocorreu como resultado da crescente
atenção para o problema ambiental. Os construtores de automóveis passaram a
usar os materiais compósitos de fibras de carbono para reduzir o peso das peças
dos automóveis, o que leva a um menor consumo de combustível. Na indústria
petrolífera cada vez mais a redução de peso para cabos de apoio de
construções offshore e dos tubos para bombear óleos são necessárias, daí o uso
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deste material. A micrografia estrutural das fibras de carbono é apresentada na


Figura 2.1.
Para aumentar a vida útil das estruturas de concreto, tais como pontes,
edifícios e construções industriais, o reforço com compósitos de fibras de
carbono está sendo muito utilizado, pois se trata de medida eficaz para aumentar
a resistência dessas estruturas.

X 1.500 X 3.000 X 20.000


Figura 2.1 – Micrografia estrutural das fibras de carbono
(http://www.carbonfiber.gr.jp/english/, visitado em 20/09/08).

No Brasil o uso da técnica do reforço com compósito de fibras de carbono


(CFC) ocorreu pela primeira vez em 1990 com o reforço do viaduto Santa Tereza
em Belo Horizonte.
27

O sistema de reforço com CFC é indicado também quando ocorre


mudança de utilização da estrutura, erros de projetos ou construção e para a
reabilitação após abalos sísmicos ou incêndios, etc.
Esse sistema é indicado para reforço de vigas, lajes, paredes, pilares, etc.
A sua boa flexibilidade permite a adaptação a várias formas, e a facilidade
de aplicação leva à economia de custos e redução do tempo de paralisação,
além de ser não-corrosivo, o que garante maior durabilidade e quase nenhuma
manutenção.
Este capítulo apresenta os tipos de fibras e tipos de resinas para
fabricação de materiais compósitos e algumas aplicações desses produtos na
Engenharia Civil.

2.2.
Tipos de Fibras

As fibras são os elementos que proporcionam a resistência e a rigidez que


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se pretende atribuir aos materiais compósitos (Figura 2.2).


Fibras de Carbono: as principais propriedades são rigidez, leveza, baixa
deformação, satisfatória condutividade térmica e reduzido peso específico.
Fibras de Aramida: grande resistência mecânica; não corrói em água
doce nem em água salgada e é incombustível.
Fibras de Vidro: bom isolante térmico, boa resistência ao fogo, alta
resistência mecânica, etc. É um material compósito produzido basicamente a
partir da aglomeração de finíssimos filamentos flexíveis de vidro com resina
poliéster (ou outro tipo de resina), e posterior aplicação de uma substância
catalisadora de polimerização.

Figura 2.2 – Fibras de vidro, aramida e carbono


(http://www.fibertex.com.br/plasticoreforcado.htm, visitado em 20/09/08).

2.3.
Tipos de Resina

As matrizes poliméricas são responsáveis por envolver as fibras e


transmitir as forças externas para as mesmas por meio das tensões tangenciais.
28

As resinas são os componentes mais importantes da matriz. Existem dois


grupos de matrizes: as termoplásticas e as termo-rígidas ou termofixas. A
escolha do tipo a utilizar é condicionada pelas propriedades que se pretendem
obter e pelo custo de produção.
As resinas termo-rígidas são caracterizadas como ideais para confecção
dos CFC, porque proporcionam boa estabilidade térmica, boa resistência
química e baixa fluência em relação às termoplásticas. As resinas termofixas
curam num estado irreversível, porque sua estrutura molecular é interligada.
Como exemplo de resinas termofixas para compósitos tem-se o epóxi, as
resinas fenólicas, etc.
Uma resina termoplástica tem estrutura molecular linear, que amolece
repetidamente quando aquecida até o seu ponto de fusão e endurece quando
resfriada. As resinas termoplásticas apresentam melhor tenacidade e um valor
de deformação específica à ruptura mais elevada. Como exemplos de resinas
termoplásticas para compósitos tem-se o polipropileno, o polietileno, etc.
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2.4.
Compósitos de Fibras de Carbono

Os materiais compósitos são uma combinação de pelo menos dois


materiais, que após a união ainda são identificados, sendo que juntos as
propriedades do compósito por vezes se tornam superiores às de seus
constituintes em separado (Figuras 2.3 e 2.4).

Fibras de Carbono

Matriz Polimérica

Figura 2.3 – Compósito de fibras de carbono


(http://www.cesec.ufpr.br/pet/titulos/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao
_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado em 20/09/08).
29

Resina Polimérica

Fibra de Carbono

AMPLIAÇÃO

10 MICROMETROS

Figura 2.4 – Ampliação em microscópio eletrônico da matriz polimérica


(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_
civil/reforco_ estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado em 20/09/08).

Os compósitos são formados pela matriz e por fibras dispostas


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aleatoriamente ou em direções definidas. A matriz serve como meio de


transferência e distribuição de tensões entre as fibras, protege de agressões
exteriores e impede os deslocamentos horizontais e transversais das fibras. As
fibras têm a finalidade de restringir a propagação das fissuras funcionando como
ponte de transferência das solicitações, garantindo assim a capacidade
resistente após a abertura da mesma.

2.5.
Aplicações do CFC na Engenharia Civil

Em 1996 foi concluída a primeira ponte que utilizou cabos de compósitos


de fibras de carbono: a ponte Stork na Suíça. Dois dos seus 24 cabos são
constituídos de compósito de fibras de carbono. Os demais cabos são de aço
(Figuras 2.5 e 2.6).

Figura 2.5 – Ponte Storchen na Suíça


(http://www.compositesworld.com/ct/issues/2006/February/1180/3).
30

Figura 2.6 – Cabo de compósito de fibras de carbono utilizado na Ponte Storchen em


Switzerland (http://www.compositesworld.com/ct/issues/2006/February/1180/3).
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A ponte Jamestown–Verrazano em Rhode Island foi reforçada com


sucesso com compósito de fibras de carbono no início de 2006. A ponte
concluída em 1992 liga as cidades de Jamestown e North Kingstown sobre
Narrangansett Bay e substitui uma ponte em treliça. O trabalho de reforço foi
desafiador devido às condições meteorológicas e ao difícil acesso (Figura 2.7).

Figura 2.7 – Reabilitação de ponte utilizando CFC


(http://www.compositesworld.com/ct/issues/2006/April/1240).

As Figuras 2.8 a 2.15 mostram fotos de aplicações dos compósitos de


fibras de carbono em reforços de estruturas de concreto.
31

Figura 2.8 – Laje e viga reforçada no viaduto de Santa Tereza


(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_
civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado em 20/09/08).
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Figura 2.9 – Reforço em console (http://www.kcg.cc/index.php?id=117 visitado em


18/05/2009).

Reforço à força cortante

Figura 2.10 – Reforço á flexão e à força cortante de viga externa do Edifício da Alcan
Alumino do Brasil em Ouro Preto
(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_
civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado em 20/09/08).
32

Figura 2.11 – Reforço de pilares retangulares e de colunas


(http://media.wiley.com/product_data/excerpt/61/04716812/0471681261.pdf, visitado em
20/09/08).
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Figura 2.12 – Reforço da Torre da Rede Globo de Televisão no Rio de Janeiro RJ


(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_
civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado em 20/09/08).
33

Reforço da laje de piso

Figura 2.13 – Fábrica de Laticínios Itambé em Sete lagoas MG (http://www.cesec.ufpr.–


Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_civil/reforco_estrutural_
com_fibras_de_carbono.pdf).
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Figura 2.14 – Fábrica de Laticínios Itambé em Sete lagoas MG, onde foi executado um
reforço ao redor dos furos na laje (http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/semina–
rios/arquivo_seminarios/construcao_civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf,
visitado em 20/09/08).
34

Figura 2.15 – Reforço da viga à flexão e à força cortante na Fundação Mineira de


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Educação e Cultura – FUMEC


(http://www.cesec.ufpr.Br/pet/titulo/biblioteca/seminarios/arquivo_seminarios/construcao_
civil/reforco_estrutural_com_fibras_de_carbono.pdf, visitado em 20/09/08).
3
Revisão Bibliográfica

3.1.
Introdução

Neste capítulo são apresentados os modelos de análise e as conclusões


obtidas em trabalhos encontrados na literatura. No que concerne aos consoles
curtos reforçados com materiais compósitos foram encontradas poucas
pesquisas experimentais e teóricas.
Para dar suporte à execução dos ensaios foi realizada uma análise dos
seguintes modelos teóricos: o modelo de Bielas e Tirantes e foi usada uma
formulação fundamentada no Teorema Cinemático da Análise Limite.
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3.2.
Considerações Gerais Sobre o Comportamento dos Consoles Curtos

Atualmente análises realizadas por programas que usam o método de


Elementos Finitos permitem definir as trajetórias de tensões que ajudam a
compreender melhor o comportamento dos consoles. Anteriormente estas
tensões eram obtidas por estudos fotoelásticos. A Figura 3.1 apresenta as
trajetórias de tensões em consoles curtos de concreto armado.
Comparando–se os desenhos da Figura 3.1, observa–se que o console
localizado a esquerda tem uma região no seu canto inferior isenta de tensões, a
qual não contribui para a resistência da peça, daí usa–se a configuração de
consoles com altura variável.
Por meio de ensaios observou–se que as tensões de tração existentes na
região superior do console são praticamente constantes entre o ponto de
aplicação do carregamento e o pilar.

3.2.1.
Modos de Ruptura

Os modos de rupturas usuais dos consoles curtos são:


• ruptura por flexão – ocorre devido à falta ou insuficiência de armadura de
flexão, ou seja, armadura do tirante; observa-se apenas uma fissura
36

principal que se desenvolve de modo significativo com acréscimo do


carregamento aplicado (Figura 3.2a);
• ruptura por fendilhamento da biela – ocorre após a abertura da fissura de
flexão; a fissura na biela começa no bordo da placa de apoio e termina no
canto inferior, junto ao pilar; pode ocorrer o esmagamento da biela
(Figura 3.2b);
• ruptura por cisalhamento – ocorre após a abertura de fissuras inclinadas
ao longo da junção do console com o pilar (Figura 3.2c).
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Figura 3.1 – Trajetórias de tensões (FRANZ, 1970).

Podem ocorrer ainda rupturas devido a falhas no detalhamento dos


consoles curtos de concreto armado. Esses modos de ruptura são:
• ruptura por falta de armação adequada – ocorre quando a armadura
localiza–se longe da face do console; a causa é a falta de ancoragem ou
o posicionamento incorreto da armadura que origina uma fissura que se
desenvolve paralela a essa face (Figura 3.3a);
• ruptura devido à força horizontal H – ocorre se o valor de h’ é muito
pequeno comparada à altura (h) do console junto ao pilar, logo os efeitos
da força horizontal H são acentuados; observa-se uma fissura que surge
37

na placa de apoio alcançando a face inclinada; essa fissura não se


desenvolve até o pilar (Figura 3.3b);
• ruptura por esmagamento local – ocorre quando a placa de apoio é muito
pequena ou quando a tensão de compressão na região de aplicação do
carregamento é muito elevada (Figura 3.3c);
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(a) (b) (c)


Figura 3.2 – Modos de ruptura: (a) ruptura por flexão; (b) ruptura por fendilhamento da
biela; (c) ruptura por cisalhamento.

(a) (b) (c)


Figura 3.3 – Modos de ruptura: (a) falha na ancoragem; (b) força horizontal;
(c) esmagamento do concreto.
38

3.3.
Modelos Teóricos

3.3.1.
Modelo de Bielas e Tirantes

Geralmente para o dimensionamento das estruturas de concreto armado e


protendido, adota-se a hipótese de pequenas deformações e a hipótese de
Bernouille ou das seções planas. Contudo, existem estruturas que são especiais
e não atendem a hipótese de Bernouille devido às condições estáticas e
geométricas. Por isso uma alternativa para estes casos é a utilização de
modelos de Bielas e Tirantes.
Para elaboração de modelos de Bielas e Tirantes é necessário identificar
as regiões da estrutura que exibem comportamento diferenciado em relação às
distribuições de tensões e deformações. Divide-se a estrutura em regiões onde
se tem um campo de tensões contínuas ou regiões B, e regiões com
descontinuidades físicas ou geométricas ou regiões D. Nas regiões B é válida a
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hipótese de Bernouille, ou seja, distribuição linear de deformação ao longo da


seção transversal. As regiões D representam regiões onde ocorre a
descontinuidade (perturbações) nas distribuições de tensões provocadas por
forças concentradas ou descontinuidades geométricas. As seções das regiões D
não permanecem planas após a deformação.
A Figura 3.4 apresenta exemplos de descontinuidades mecânicas (ações
concentradas e reações) e geométricas (aberturas em vigas e nós de pórticos).

Figura 3.4 – Exemplos de regiões D (SCHÄFER e SCHLAICH,1988).

O modelo de Bielas e Tirantes é composto por um sistema reticulado de


barras comprimidas e tracionadas, conectadas em suas extremidades por meio
de nós. Os elementos comprimidos são representados por bielas de compressão
39

de concreto e os elementos tracionados são representados por tirantes


compostos por barras de aço. Eventualmente as tensões de tração podem ser
resistidas pelo concreto.
Esses modelos são concebidos considerando-se o fluxo de tensões no
interior da estrutura. Caso se disponha das tensões e suas direções principais
provenientes de uma análise elástica, o desenvolvimento do modelo é imediato.
O modelo mais adequado de Bielas e Tirantes é aquele que tiver menor
número de tirantes e comprimentos menores para as bielas. Esse critério para
otimizar o modelo é representado por:

∑T l ε
i i i = mínimo (3.1)

onde
Ti – força na biela ou no tirante i;
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l i – comprimento do elemento i;

ε i – deformação específica média do elemento i.

Portanto, o modelo que obtiver o produto da equação 3.1 menor será o


modelo que terá menor deformação e menor quantidade de aço, resultando no
modelo mais adequado.

3.3.1.1.
Classificação das bielas e nós

As bielas são discretizações de campos de tensões de compressão no


concreto. Podem ser classificadas segundo o campo de distribuição de tensão
ao longo da estrutura.
As bielas são classificadas nos seguintes tipos:
1. tipo “leque” – representa as tensões de compressão que se
distribuem de forma radial sem o surgimento de tensões
transversais de tração (Figura 3.5a);
2. tipo “garrafa” – representa uma campo de tensões de compressão
com tensões transversais de tração (Figura 3.5b);
3. tipo “prismática” – representa o campo de tensões de compressão
é uniforme, sem perturbação, e não produz tensões transversais de
trações (Figura 3.5c).
40

(a) (b) (c)


Figura 3.5 – Configurações típicas de campos de tensão de compressão (SCHÄFER e
SCHLAICH,1988).
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É importante assinalar que a resistência do concreto nas bielas é função


do estado multiaxial de tensões e das perturbações causadas pelas fissuras e
armaduras. A compressão transversal é favorável principalmente se ocorre em
ambas às direções transversais; este é o caso de regiões confinadas por
armaduras. As tensões de tração transversais e as fissuras por elas provocadas
são prejudiciais, e podem conduzir à ruptura do concreto com tensões inferiores
à sua resistência à compressão.
Os nós são pontos de interseções dos eixos das bielas, tirantes e forças
concentradas, representam a união de barras no modelo de Bielas e Tirantes.
Para se manter o equilíbrio em qualquer nó devem existir pelo menos três forças.
Os nós são classificados de acordo com o tipo das forças que neles convergem
(Figura 3.6).
1. nó CCC – para o qual convergem três forças de compressão
(Figura 3.6a);
2. nó CCT – para o qual convergem duas forças de compressão e
uma força de tração (Figura 3.6b);
3. nó CTT – para o qual convergem uma força de compressão e duas
forças de tração (Figura 3.6c);
4. nó TTT – para o qual convergem três forças de tração (Figura
3.6d).
41

Figura 3.6 – Tipos de nós: (a) nó CCC; (b) nó CCT; (c) nó CTT; (d) nó TTT (ACI – 318,
2008).
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De acordo com o ACI-318 (2008) a resistência efetiva das bielas é dada


por
fce = 0,85 β s fc (3.2)

onde
fce – resistência efetiva das bielas;

fc – resistência do concreto à compressão;

βs – fator determinado pelo tipo de biela.

A Tabela 3.1 apresenta os valores de β s para cada caso particular de


biela.

Tabela 3.1 – Valores de β s .

βs Classificação
1,00 bielas prismáticas
0,40 bielas em elementos tracionados
0,75 bielas do tipo garrafa com armadura satisfatória
0,60 bielas do tipo garrafa sem armadura satisfatória
0,60 para todos os outros casos

Para a resistência efetiva da zona nodal o ACI-318 (2008) apresenta a


seguinte expressão:
42

fce = 0,85 β n fc' (3.3)

onde
fce – resistência efetiva dos nós;

β n – fator determinado pelo tipo de nó.

A Tabela 3.2 apresenta os valores de β n para cada caso particular de


região nodal. Numa região nodal, a resistência efetiva diminui à medida que se
aumenta o número de tirantes que concorrem nesta região.

Tabela 3.2 – Valores de β n .

βn Classificação
1,00 nenhum tirante concorre na região nodal
0,80 apenas um tirante concorre na região nodal
0,60 mais de um tirante concorre na região nodal

O ACI-318 (2008) especifica um coeficiente adicional de redução φr da


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resistência das bielas, nós e tirantes, quando se realiza o dimensionamento no


Estado Limite Último; seguindo–se:

Vu ≤ φr Fn = 0,75 Fn (3.4)

onde
Vu – força vertical última;

Fn – força nominal resistente da biela, tirante ou nó;

φr – igual a 0,75 para bielas, nós e tirantes.

3.3.1.2.
Tirantes

As forças de tração são resistidas por tirantes constituídos de barras de


aço, devido à capacidade limitada do concreto para resistir às tensões de tração.
O dimensionamento é realizado considerando-se a força no tirante e a
tensão de escoamento do aço. A área da armadura do tirante é dada por:

T (3.5)
As =
fyd

onde
As – área de aço;
43

T – força atuante no tirante;


fyd – resistência de escoamento de cálculo do aço.

Visando–se limitar a abertura e a distribuição das fissuras, recomenda–se


que as armaduras calculadas sejam distribuídas ao longo de toda a zona
efetivamente tracionada.

3.3.1.3.
Dimensionamento de Console

No console de altura h mostrado na Figura 3.7a tem–se uma força V


aplicada a uma distância a da face externa do apoio. A força será transmitida ao
pilar por meio de um sistema mecânico assimilado como uma treliça; esta força
terá uma componente formando uma biela comprimida que vai direto ao pilar, e
uma zona tracionada.
Em todo comprimento a as tensões de tração são praticamente
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constantes, indicando que a força T permanece com o mesmo valor, desde o


ponto de aplicação da força até a seção de engastamento.
Para resolução da treliça na Figura 3.7a tem–se o esquema de treliça
mostrado na Figura 3.7b.

(a) (b)

Figura 3.7 – (a) Modelo de Bielas e Tirantes; (b) Configuração da treliça do modelo de
Bielas e Tirantes.
44

O ângulo α é dado por:


V z
tg α = = (3.6)
T a
Seguindo–se:
Va
T= (3.7)
z
Tz
V= (3.8)
a

sendo
T = As fy (3.9)

onde
a – distância da face do pilar até o eixo de aplicação da força externa;
h – altura total do console;
V – força vertical atuante;
T – força atuante no tirante;
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As – área de aço;
z – braço de alavanca igual a 0,8d recomendado por LEONHARDT e
MÖNNIG (1978)
α – ângulo de inclinação da biela de concreto (campo de compressão)

A Figura 3.8 mostra a parcela do CFC no modelo de Bielas e Tirantes a ser


analisado.

(a) (b)
Figura 3.8 – Modelo de Bielas e Tirantes com a parcela do CFC; (a) CFC na horizontal;
(b) CFC na diagonal.
45

Adotando–se a expressão 3.8 tem–se a parcela do CFC:

T z Fxf d f
V= + (3.10)
a a

sendo Fxf para o CFC na diagonal, então

( )
Fxf = E f ,ef . ε f ,ef . Af cos α ' (3.11)

E sendo Fxf para o CFC na horizontal, tem–se

Fxf = E f ,ef . ε f ,ef . Af (3.12)

onde
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df – braço de alavanca do reforço;


Fxf – força na direção x do reforço;
Ef ,ef . – módulo de elasticidade efetivo do CFC;
ε f ,ef . – deformação específica efetiva do CFC;
Af – área da seção transversal do reforço.

α' – inclinação do reforço diagonal do CFC

3.3.1.4.
Recomendações de Normas e Autores

A norma NBR 6118:2004 recomenda a utilização dos Modelos de Bielas e


Tirantes (Figura 3.9). Geralmente estes modelos simulam a distribuição de
tensão no elemento por meio de uma treliça, onde as bielas correspondem aos
elementos comprimidos e os tirantes correspondem aos elementos tracionados.
Nos modelos de Bielas e Tirantes, as tensões nas regiões nodais e nas
bielas devem ser verificadas para que a ruptura frágil seja evitada. A NBR
6118:2004 não prescreve quais seriam as tensões limites nessas regiões, mas
recomenda a sua verificação. Implicitamente recomenda a utilização do Método
dos Elementos Finitos, com o qual se pode realizar análise de modelos planos
elásticos ou não–lineares.
46

Os consoles são classificados segundo a NBR 6118:2004 em função da


razão a/d (Figura 3.9).
Com essa classificação tem–se:
• o console é curto se 0,5 d ≤ a ≤ d e muito curto se a < 0,5 d;
• se a > d deve ser tratado como viga em balanço e não mais como
console.
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Figura 3.9 – Modelo de Bielas e Tirantes para console curto (NBR 6118:2004).

Segundo a NBR 6118:2004 alguns aspectos são fundamentais para a


eficiência do modelo de Bielas e Tirantes:
• ancoragem adequada do tirante envolvendo a biela logo abaixo do
aparelho de apoio;
• a taxa de armadura do tirante a ser considerada no cálculo deve ser
limitada superiormente, de modo a garantir o escoamento antes da
ruptura do concreto;
• é fundamental a consideração de solicitações horizontais no
dimensionamento dos consoles e o seu efeito desfavorável na inclinação
da resultante Fd (Figura 3.9); a NBR 9062:2001 estabelece valores
mínimos para essas solicitações;
• no caso geral em que existem forças horizontais, transversais ou
excentricidade da força vertical na largura do console, tem-se uma
“torção” do console; o comportamento estrutural que se observa neste
47

caso é o de um modelo de Bielas e Tirantes fora do plano médio do


console, usualmente com biela e tirante mais estreitos, ou seja, não se
forma a treliça espacial observada na torção de vigas, uma vez que falta
comprimento suficiente para tal;
• verificação da resistência à compressão da biela ou da tensão tangencial
equivalente na face do pilar, garantindo com segurança adequada que a
ruptura frágil da biela não ocorra. Para a verificação da biela pode ser
considerada a distribuição da força sob a placa de apoio, conforme
mostrado na Figura 3.9, limitada a uma inclinação máxima de 1:2 em
relação à vertical, nos pontos extremos A e C (ou E) da área de apoio
ampliada.
A Figura 3.10 mostra um detalhe genérico dos arranjos de armaduras para
um console curto de concreto armado.
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Figura 3.10 – Armadura típica de console curto (NBR 6118:2004).

A armadura de costura é fundamental para permitir uma ruptura mais dúctil


do console e contribui para a força de ruptura.
Quando existir força indireta deve-se prever armadura de suspensão para
a totalidade da força aplicada.
As Figuras 3.11 a 3.13 mostram algumas recomendações de
LEONHARDT e MÖNNIG (1978), necessárias para que se tenha um bom
detalhamento dos consoles de concreto armado.
48

Figura 3.11 – Critérios para armadura do tirante (LEONHARDT e MÖNNIG, 1978).


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Figura 3.12 – Posição da placa de força (LEONHARDT e MÖNNIG, 1978).

(a) (b)
Figura 3.13 – Armaduras de tração: (a) para uma força axial de compressão pequena; (b)
para uma força axial de compressão grande (LEONHARDT e MÖNNIG, 1978).

3.3.2.
Teoremas da Análise Limite

A Análise Limite da Teoria da Plasticidade tem três teoremas


fundamentais: o Teorema Estático, ou Lower–Bound, o Teorema Cinemático, ou
Upper Bound, e o Teorema da Unicidade.
49

O Teorema Estático aplicado aos elementos de concreto estrutural admite


que o estado de tensão máximo em que se encontra a estrutura é o seu limite
plástico. Esse limite se dá por escoamento das armaduras (comportamento
dúctil) ou ruptura do concreto (comportamento frágil). Para o cálculo deste limite
são utilizadas as equações de equilíbrio, as condições de contorno e os critérios
de plastificação ou ruptura dos materiais. As condições de compatibilidade
cinemática não são necessariamente satisfeitas.
O Teorema Estático fornece o limite inferior para a solicitação em regime
plástico.
O Teorema Cinemático aplicado aos elementos de concreto estrutural
admite que a compatibilidade cinemática é atendida, assim como as leis de
plastificação do aço e o critério de ruptura do concreto, sendo o limite plástico
obtido considerando-se a igualdade entre o trabalho interno produzido pelo aço e
concreto e o trabalho produzido pelas solicitações externas.
O Princípio dos Trabalhos Virtuais é expresso por:
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WEXT = Wint (3.13)

O Teorema Cinemático fornece o limite superior para a solicitação em


regime plástico.

Esses teoremas são enunciados como:


Teorema Estático
“Dado um carregamento para a qual existe um estado de tensões – ou
solicitações internas –, estável e estaticamente admissível, este será menor ou
igual ao carregamento de colapso”.

Teorema Cinemático
“Dado um carregamento para o qual existe um estado cinemático de
deslocamentos, admissível e instável, este será maior ou igual ao carregamento
de colapso”.
O Teorema da Unicidade é atendido nos casos em que as soluções
estáticas e cinemáticas são idênticas, obtendo–se a solução exata do problema.
Porém, quando isso não ocorre, tem–se que a solução exata ficará sempre
entre esses dois limites, então:

S estática ≤ S exata ≤ Scinemática


50

A Figura 3.14 ilustra esses casos, mostrando a variação das soluções Pi


em função das variáveis xi.

Figura 3.14 – Soluções usando-se os teoremas da Análise Limite.


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3.3.2.1.
Modelo Cinemático

Neste modelo a força vertical última Vu é obtida aplicando-se o Teorema


Cinemático da Análise Limite.
A Figura 3.15 apresenta os parâmetros geométricos de um console curto
de concreto armado, onde se tem uma linha de descontinuidade composta de
dois trechos (SÁNCHEZ, a ser publicado). A Figura 3.16 apresenta os
parâmetros geométricos de um console curto de concreto armado reforçado com
CFC. O trecho AO e o trecho OB delimitam duas partes do elemento estrutural,
que são considerados como corpos rígidos: parte I e parte II. A parte II gira em
relação à parte I em torno dessa linha, sendo que o ponto O forma um pólo para
esse giro.
Admita-se que o giro entre os corpos rígidos I e II será dado por uma
rotação virtual w& .
O critério de plastificação dos aços das armaduras é admitido como uma
lei de plastificação que considera apenas a tensão de escoamento do aço.
O critério de ruptura para o reforço em CFC é admitido considerando-se a
sua resistência à tração axial máxima na direção das fibras.
O critério de ruptura do concreto admite a sua resistência à tração,
adotando-se o critério de ruptura de Coulomb-Mohr generalizado.
51

A formulação dessa análise considera que rupturas prematuras não


ocorram. São consideradas rupturas prematuras a falta de ancoragem adequada
das barras de aço e de CFC, e qualquer tipo de falha devida à aderência do CFC
ao substrato de concreto.
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Figura 3.15 – Parâmetros geométricos do console curto de concreto armado.

Figura 3.16 – Parâmetros geométricos do console curto de concreto armado reforçado


com CFC.

Por considerações geométricas tem-se:

[ ]
1
OA = (h − y ) + (3.14)
2 2 2
x
52

( )
1
OB = x 2 + y 2 2 (3.15)

O trabalho realizado pelas forças externas é dado por:

WEXT = V (a + x )w& (3.16)

A dissipação de energia devida à armadura é dada por:

n
Ds =∑ A f (d
i =1
Si yi i − y )w& (3.17)

A dissipação de energia devida ao CFC é dada por:

(
Df = Af ff ν f d f − y w& ) (3.18)
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sendo

ff = ε f ,ef . Ef ,ef . (3.19)

onde
di – distância efetiva da zona comprimida até a camada i de armadura;
df – braço de alavanca do reforço;
ff – resistência à tração do reforço;
νf – fator de efetividade do CFC;

w – rotação virtual.

A energia interna armazenada pelo concreto é:

[ ] 21 [(h − y ) + x ] w&
1 1
DC = v t ft b (h − y ) + x 2
2 2 2 2 2

( ) 21 (x )
1 1
+ v c fc b x 2 + y 2 2 2
+ y 2 2 w&

1
2
[ 2 1
2
]
DC = v t ft b (h − y ) + x 2 w& + v c fc b x 2 + y 2 w& ( ) (3.20)
53

sendo
a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2) (1− 0,25 h )
νc = h (3.21)
fc

onde
b – largura do console;

h – altura total do console;

ft – resistência do concreto à tração;

fc – resistência do concreto à compressão;

νc – fator de efetividade à compressão do concreto;

νt – fator de efetividade à tração do concreto;

ρ – taxa de armadura.
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O valor do fator de efetividade do concreto foi retirado de NIELSEN (1999),


o qual considera o efeito escala, a taxa geométrica da armadura, a posição da
força aplicada e a resistência do concreto.
Adotando–se o Princípio dos Trabalhos Virtuais dado pela expressão
3.13 tem-se o valor da força vertical última:

(d i − y )w& + Af ff ν f (d f )
n
V (a + x )w& = ∑A Si f yi − y w& +
i =1

+
1
2
( )
1
2
2
[
v c fc b x 2 + y 2 w& + v t ft b (h − y ) + x 2 w& ]
( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d F − y ) +
1
Si yi i v c fc b x 2 + y 2
i =1 2
V= +
(a + x )
1
2
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
] (3.22)
+
(a + x )

sendo

ε f ,ef .
νf = (3.23)
ε f ,u
54

A pesquisa do valor mínimo para essa função é realizada derivando-a em


relação às variáveis x e y.
Derivando-se em relação à variável y e igualando-se a zero essa
derivada resulta:

y=
∑A Si fyi + v t ft b h + Af ff ν f (3.24)
(v c fc + v t ft )b

A expressão 3.24 fornece o valor da variável y, que substituído na


expressão 3.22 a coloca somente como função da variável x.
Derivando-se a expressão 3.22 em relação à variável x e igualando-se a
zero essa derivada seguem-se:

1 
V' x =  v c fc b2 x + v t ft b2 x  (a + x )
1
2 2 
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n
−  Asi fyi (d i − y ) + Af ff ν f (d f − y )

 i =1
1
2
( 1
2
) [
2 
− v c fc b x 2 + y 2 + v t ft b (h − y ) + x 2  = 0

]
1 
x 2  v c fc b + v t ft b  + x (v c fc + v t ft )ab − ASi fyi (d i − y ) −
1
(3.25)
 2 2 

− v c fc by 2 − v t ft b(h − y ) − Af ff ν f (d f − y ) = 0
1 1 2

2 2

A resolução da equação do 2o grau dada pela expressão 3.25 fornece o


valor da variável x, que substituído na expressão 3.22 fornece o valor da força
vertical última.
A seguir são apresentados alguns casos particulares desse modelo.
Para x = 0 tem-se que na linha de descontinuidade física os pontos A e B
mostrados na Figura 3.17 ficam sobre uma linha sem o ponto de inflexão O
(Figura 3.16).
Por considerações geométricas tem–se:

c1
tanθ = (3.26)
h
h = AB sen θ (3.27)
55

Figura 3.17 – Parâmetros geométricos do console curto de concreto armado com x=0.

O trabalho realizado pelas forças externas é dado por:


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WEXT =V u& cos (α − θ ) (3.28)

A dissipação de energia devida à armadura é dada por:

n
DS = ∑A Si fyi u& sen (α − θ ) (3.29)
i =1

A dissipação de energia devida ao reforço em CFC é dada por:

DF = Af ff ν f u& sen (α − θ ) (3.30)

A energia interna armazenada pelo concreto é:


1 h (3.31)
DC = v c fc u& b
2 senθ

a) Para x = 0 e α = 0

V u& cos (− θ ) = (− θ ) + Af ff ν f u& sen (− θ ) + 1 v c fc u&b h


∑A &
Si fyi u sen
2 sen θ
56

n
sen (− θ ) + Af ff ν f sen (− θ ) + v c fc b
1 h
∑A
i =1
Si fyi
2 senθ (3.32)
V=
cos (− θ )

Pela expressão 3.32 pode–se observar que as parcelas da força resistidas


pela armadura e pelo CFC são negativas, pois multiplicam o valor sen ( −θ ) que

será sempre negativo, pois 00 ≤ θ ≤ 900 .


Como a armadura e o CFC deverão estar sempre acrescentando
resistência, conclui–se que deverá ser utilizado o módulo de sen ( −θ ) , donde:

n
sen (θ ) + Af ff ν f sen (θ ) + v c fc b
1 h
∑A
i =1
Si fyi
2 senθ (3.33)
V=
cosθ

Para x = 0 e 0 < α < ϕ , onde ϕ é o ângulo de atrito do concreto, tem–se:


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n
V u& cos (α − θ ) = ∑A Si f yi u&sen (α − θ )
i =1

+ Af ff u&sen (α − θ ) + v c fc u&b
1 h
2 sen θ
n
sen (α − θ ) + Af ff ν f sen (α − θ ) + v c fc b
1 h
∑A
i =1
Si fyi
2 senθ (3.34)
V=
cos (α − θ )

Pelas mesmas conclusões obtidas do caso particular x = 0 e α = 0 , será


utilizado o módulo do ângulo α − θ para o cálculo da força vertical última, então:

n
sen (α − θ ) + Af ff ν f sen (α − θ ) + v c fc b
1 h
∑A Si fyi
2 senθ (3.35)
V= i =1
cos (α − θ )

Para x=0 e α = ϕ tem–se:

n
V u& cos (ϕ − θ ) = u&sen (ϕ − θ ) + Af ff ν f u&sen (ϕ − θ ) + v c fc u&b
1 h
∑A
i =1
Si fyi
2 senθ
57

n
sen (ϕ − θ ) + Af ff ν f sen (ϕ − θ ) + v c fc b
1 h
∑A
i =1
Si fyi
2 senθ (3.36)
V=
cos (ϕ − θ )

Pelas mesmas conclusões obtidas do caso particular x = 0 e α = 0 , será


utilizado o módulo do ângulo ϕ − θ para o cálculo da força cortante, donde:

n
sen (ϕ − θ ) + Af ff ν f sen (ϕ − θ ) + v c fc b
1 h
∑A Si fyi
2 senθ (3.37)
V= i =1
cos (ϕ − θ )

Para x = 0 e α > ϕ , onde ϕ é o ângulo de atrito do concreto, a energia


interna armazenada pelo concreto será diferente dos outros casos, pois deverá
ser considerada a resistência à tração, logo:
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DC = v c fc u& b (l − m sen α )
1
(3.38)
2

onde

v t ft sen ϕ
l = 1− 2 × (3.39)
v c fc 1 − senϕ

v t ft 1
m = 1− 2 × (3.40)
v c fc 1− senϕ

seguindo–se

n
V u& cos (α − θ ) = ∑A Si fyi u&sen (α − θ )
i =1

+ Af ff ν f u&sen (α − θ ) + v c fc u&b(l − msenα )


1
2

n
sen (α − θ ) + Af ff ν f sen (α − θ ) + v c fc b(l − m sen α )
1
∑A
i =1
Si fyi
2 (3.41)
V=
cos (α − θ )
58

Pelas mesmas conclusões obtidas do caso particular x = 0 e α = 0 , será


utilizado o módulo do ângulo α − θ para o cálculo da força vertical última, donde:

n
sen (α − θ ) + Af ff ν f sen (α − θ ) + v c fc b(l − m sen α )
1
∑A Si fyi
2 (3.42)
V= i =1
cos (α − θ )

Esse modelo será confrontado com os resultados experimentais, de modo


a se obter um valor limite para a força de ruptura do console reforçado com CFC.

3.4.
Revisão da Literatura

3.4.1.
CORRY e DOLAN (2001)
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A pesquisa desenvolvida por CORRY e DOLAN (2001) avaliou o


comportamento de um console curto de concreto armado reforçado com CFC. A
geometria e a armadura do console são mostradas na Figura 3.18. A peça foi
construída para que o atuador hidráulico pudesse ficar posicionado entre os
consoles, facilitando a execução dos ensaios.
Foi dada uma inclinação na base onde o atuador hidráulico estava
posicionado e na superfície do ponto de aplicação da força ao console. Esta
inclinação gerou uma força horizontal igual a 10% da força vertical aplicada.

Figura 3.18 – Geometria e armadura do console (CORRY e DOLAN, 2001).


59

As armaduras de tração adotadas foram 2 φ 10 mm e 1φ 12,5 mm,


resultando numa área de aço total de 281 mm2. A tensão de escoamento das
barras era de 380 MPa. O concreto aos 28 dias apresentou uma resistência à
compressão de 23,4 MPa.
O procedimento inicial foi carregar o console até 75% da capacidade
teórica ( 215 kN ). Durante o carregamento ocorreu o aparecimento de fissuras
entre o pilar e o console. Depois de retirada a força aplicada ao console, este foi
reforçado com duas tiras de CFC de 150 mm, colocadas ao longo do console e
na lateral do pilar.
Em seguida o console foi carregado por duas vezes, em dias consecutivos,
até a força máxima do atuador hidráulico (532kN). No primeiro ensaio surgiram
fissuras na região da biela de compressão, com posterior descolamento do
reforço. No segundo ensaio o deslocamento inicial medido no console foi maior
do que no ensaio anterior, porém, a partir do meio do ensaio os deslocamentos
foram equivalentes.
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O console foi ensaiado novamente após corte do reforço na interface pilar–


console, para se observar a estrutura sem a contribuição do CFC. Ao se atingir a
força de 204 kN um dos cantos do console rompeu. Após uma pausa o console
foi carregado com uma força adicional de 178 kN , resultando numa força total de
ruptura de 382 kN (Figura 3.19).

Figura 3.19 – Descolamento do reforço (CORRY e DOLAN, 2001).


60

Essa pesquisa mostrou a importância da utilização de no mínimo duas


camadas de reforço, pois proporciona uma maior proteção na região fissurada,
ocorrendo à redistribuição das solicitações.

3.4.2.
ELGWADY et al. (2002)

Esses autores ensaiaram seis consoles curtos reforçados com CFC, com
diferentes configurações de reforço nas faces dos mesmos. O objetivo era
estudar a eficácia desse material no aumento da capacidade de resistente
desses elementos estruturais.
A armadura de flexão consistiu em 3 φ 12 mm e estribos horizontais
fechados 2 φ 10 mm. Foram usados três extensômetros elétricos de resistência
(EER) em cada console, um na barra média de flexão e outros dois nos estribos
superiores horizontais fechados situados na face do console ao lado do pilar. O
CFC tinha largura de 50 mm e espessura de 1,2 mm. O reforço foi executado
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somente nas laterais do console, sem envolvimento da seção do pilar devido às


considerações práticas que impediam a colocação de faixas em torno de todos
os lados do console.
A Figura 3.20 mostra as dimensões das peças ensaiadas e o local de
aplicação da força vertical V, cujo valor máximo foi 450 kN. Essa força foi
aplicada em incrementos de 20 kN até surgir a primeira fissura, e após o início
da fissuração estes incrementos foram reduzidos para 5 kN. A ruptura dos
consoles foi definida quando as fissuras se tornaram excessivas e as faixas de
CFC se descolaram das faces das peças, com diminuição da capacidade da
força aplicada.
Os consoles foram classificados de acordo com a seguinte nomenclatura:
o primeiro número quantifica o número de faixas, o segundo número quantifica o
número de camadas e as letras indicam o sentido das faixas. As peças
mostradas na Figura 3.21 são definidas como:
• primeira peça CONT: peça de referência sem reforço;
• segunda peça 11HOR: uma faixa horizontal em uma camada de CFC;
• terceira peça 21HOR: duas faixas horizontais em uma camada de CFC;
• quarta peça 61DIG: seis faixas diagonais em uma camada de CFC;
• quinta peça 82 HAD: oito faixas sendo duas horizontais e seis diagonais;
• sexta peça 32 HOR: três faixas horizontais; a faixa superior tinha duas
camadas e a faixa mais baixa tinha somente uma camada de CFC.
61

Figura 3.20 – Dimensões (centímetro) dos consoles curtos ensaiados por ELGWADY et
al. (2002).
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Figura 3.21 − Consoles ensaiados: a) console de referência (CONT); b) 11 HOR;


c) 21HOR; d) 61DIG; e) 82 HAD; f) 32 HOR; ELGWADY et al. (2002).

O comportamento das fissuras de cada console foi observado e descrito


separadamente, de modo a determinar a melhor configuração a ser adotada. A
ruptura se deu quando do descolamento das faixas de CFC ou o esmagamento
do concreto.
O console de referência CONT rompeu para a força última de 180 kN. A
primeira fissura surgiu na interseção do console com o pilar quando a força
62

atingiu 60 kN. A outra fissura foi diagonal com inclinação de 45 para 33% da
força última. A ruptura dessa peça ocorreu quando surgiu uma fissura a partir do
ponto de interseção do pilar com o console e foi até o ponto de aplicação da
força. O triângulo inferior da zona de compressão foi esmagado antes da fissura
se propagar ao redor da faixa de CFC. Essa ruptura foi devida à força cortante.
O console 11 HOR rompeu para uma força última de 195 kN (aumento de
8% em relação ao console de referência). A primeira fissura surgiu para a força
de 80 kN, e ocorreu da borda superior do CFC até a face inferior do console com
um comprimento de 20 mm. A maior fissura foi observada para a força de
150 kN. A ruptura ocorreu da mesma maneira que a do console de referência.
O console 21 HOR rompeu para a força última de 215 kN (aumento 20%
em relação ao console de referência). A maior fissura surgiu com o
carregamento de 180 kN (300%comparado com o do console de referência). A
propagação das fissuras foi similar às das peças anteriores.
O console 61 DIG suportou a força última de 310 kN (aumento de 72% em
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relação ao console de referência). A primeira fissura ocorreu na região localizada


entre as faixas de CFC para a força de 210 kN (aumento de 350% em relação ao
console de referência). As fissuras se diferenciaram daquelas das peças
anteriores, pois foram quase perpendiculares e com formações mais lentas. A
ruptura ocorreu quando as faixas de CFC se descolaram das faces do console,
não havendo o esmagamento do concreto como nas peças anteriores.
O console 32 HOR rompeu com a força última de 240 kN (aumento de
30% em relação ao console de referência). A primeira fissura surgiu com a força
de 170 kN (aumento de 280% em relação console de referência).
O console 82 HAD rompeu com a força última de 220 kN (aumento de 20%
em relação ao console de referência). A primeira fissura surgiu com a força de
80 kN (aumento de 30% em relação ao console de referência). Nenhuma outra
fissura foi encontrada até se alcançar a força última. A ruptura foi similar à da
peça 32 HOR.
A análise teórica dos consoles CONT, 11 HOR e 21 HOR foi realizada
usando-se o programa de elementos finitos ANSYS 5.5, modelando-se o console
de concreto armado, a resina e as faixas de CFC.
Os resultados teóricos foram satisfatórios quando comparados aos
resultados experimentais na fase anterior ao início das fissuras, e divergiram
após o surgimento das fissuras, pois foi negligenciado o comportamento não-
linear na fase fissurada (Tabela 3.3).
63

Tabela 3.3 – Resultados experimentais e teóricos.


Deformações quando ocorre a abertura da primeira fissura no ponto
de interseção entre a face do pilar e a superfície horizontal do console
Amostras
Coef. de Variação
Experimental (‰) Teórico (‰)
(%)
CONT 0,22 0,19 13
11HOR 0,37 0,44 16
21HOR 0,51 0,586 15
Média 15

As conclusões dessa pesquisa foram:


• o reforço externo com CFC aumenta a capacidade resistente do console,
sendo esse acréscimo dependente da configuração do reforço; o uso das
faixas CFC na direção diagonal aumentou a força última em 70% quando
comparada com a força última do console de referência; os outros
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consoles tiveram forças últimas maiores do que da peça de referência,


variando entre 8% e 30%;
• a maioria dos consoles apresentou ruptura frágil, e como a rigidez de
todas as peças foi aumentada a ruptura acorreu subitamente sem aviso;
todas as peças apresentaram fissuras entre 70% e 80% da força última;
• a tensão real em todas as faixas do CFC é menor do que a capacidade
última, em todas as peças devido à ligação das faixas;
• não se recomenda usar duas camadas do CFC como usado no console
82 HAD, isso conduz à espessura elevada do adesivo o que não fornece
bons resultados;
• não se recomenda interromper as faixas do CFC antes que termine o
console, pois é nessa região onde as fissuras se propagam mais
facilmente.

3.4.3.
SOUZA et al. (2006)

Esses autores ensaiaram dois consoles duplos de concreto armado. No


primeiro a armadura do tirante foi dimensionada pelo modelo de Bielas e
Tirantes, e no segundo foi adotada a mesma armadura, sendo distribuída entre a
armadura do tirante e lâminas de CFC. Foi utilizada a técnica de inserir os
laminados na camada de recobrimento.
64

A Figura 3.22 mostra as dimensões das peças ensaiadas dimensionadas


para uma força de 100 kN.

Figura 3.22 – Dimensões dos consoles curtos ensaiados por SOUZA et al. (2006).
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As expressões seguintes se destinam a determinar o ângulo de inclinação


das bielas, as forças atuantes no console e a armadura necessária no tirante,
utilizando–se o modelo de Bielas e Tirantes.

d 18
tg θ = = = 1,20 → θ = 50°
e a 40 20 (3.43)
− −
2 4 2 4
PK
CK = (3.44)
2 sen θ
PK P
TK = CK cos θ = cos θ = K (3.45)
2 sen θ 2 tg θ
γ n γ f TK 1,1 1,4 TK (3.46)
As = =
fyd fyk
1,15

Nota–se que na expressão 3.46 foram adotados os coeficientes diferentes


da unidade, o que não é admitido para uma pesquisa experimental.
A Tabela 3.4 mostra que no console B foi utilizada uma armadura de
3 φ 5 mm (A s = 0,59 cm2 ) e uma lâmina de fibras de carbono MFC (0,32 cm2 ) ,
capazes de resistir as forças de 39,33 kN e 60,66 kN, respectivamente. As
propriedades do CFC são: módulo de elasticidade 240 GPa, tensões de projeto
entre 960 a 1440 MPa e resistência última igual a 3900 MPa.
65

Tabela 3.4 – Dimensionamento no Estado Limite Último.


As adotada
Consoles Pk (kN) Tk (kN) As (cm2 ) Areforço necessária
Tirante
A 100 41,95 1,48 3 φ 8 mm –
B 100 (100 - 39) 0,59 3 φ 5 mm 0,27

Na Figura 3.28 o nó é do tipo CCC. Segundo SCHÄFER e SCHLAICH


(1991) essa região atenderá a um critério de ruptura se todas as tensões
exercidas pelos elementos que chegam ao nó forem inferiores a
0,8 f cd = 0,8 . 3,0 / 1,4 = 17,1MPa .
A verificação da largura das bielas é realizada pela expressão 3.47, que
leva em consideração as condições de apoio da peça, o cobrimento e diâmetro
da armadura. A peça foi apoiada sobre placas metálicas de 5 cm × 20 cm, e o
cobrimento utilizado para as armaduras foi de 2,0 cm.
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w s = w t . cos θ + l b sen θ = ( 2 c + φ) cos θ + l b sen θ (3.47)

γ n .γ f Pk 1,1 . 1,4 .100


Cd = = = 100,51kN (3.48)
2 sen θ 2 sen 50o

A Tabela 3.5 apresenta os valores da largura da biela e a tensão para os


dois consoles em estudo.

Tabela 3.5 – Largura da biela e tensão.

Consoles ω s (cm) σ ef (kN/cm2)

A 6,91 0,72

B 6,72 0,74

As expressões 3.49 a 3.51 permitem a verificação para os apoios, e as


expressões 3.52 a 3.56 foram utilizados para as verificações dos tirantes.

γ n γ f Pk 1,1 1,4 100


R apoio = = = 77 kN (3.49)
2 2

σ ef = 0,8 f cd = 17,1MPa ≥ σ biela (3.50)


66

Rapoio Rapoio 77
σ biela = = = = 7,7 MPa → OK! (3.51)
Aapoio b lb 20 x 5

γ n γ f Pk 1,1 1,4 100


T d = = = 64,61 kN (3.52)
2 tg 50o 2 tg 50o

σ ef = 0,8 f cd = 17,1MPa ≤ σ biela (3.53)

Td Td 64,61
σ biela = = = = 6,7MPa → OK! (3.54)
Atirante b ws 20 . 4,8

σ ef = 0,8 f cd = 17,1MPa ≤ σ biela (3.55)

Td Td 64,61
σ biela = = = = 7,1MPa → OK! (3.56)
Atirante b ws 20 . 4,5

O concreto atingiu uma resistência à compressão mínima de 30 MPa. Aos


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28 dias seis corpos–de–prova foram ensaiados atingindo–se uma resistência


média à compressão de 32,83 MPa com um desvio padrão de 2,89 MPa. Aos
25 dias foram feitos entalhes de 1,0 cm e uma limpeza com de jato de ar
comprimido para a colocação da lâmina de CFC.
Os ensaios foram realizados aos 28 dias no Laboratório de Estruturas da
Universidade Estadual de Maringá. Foram medidas as deformações específicas
na direção das bielas oblíquas e o alongamento dos aços na região dos tirantes.
Foi utilizada uma célula de carga com capacidade máxima de 300 kN; as
tensões nas bielas de concreto foram calculadas usando–se as leituras dos
extensômetros removíveis, e os alongamentos nas regiões do tirante foram
medidos por um transdutor de deslocamento (TD).
Para o console A a fissuração iniciou–se com o carregamento igual a
69,85 kN e ocorreu na face lateral do console, na direção da biela comprimida
até a região de apoio. A tensão na biela foi de17 MPa. A ruptura ocorreu para
uma força de 217,08 kN sem aviso, caracterizando uma ruptura frágil. A tensão
na biela quando da ruptura foi de 6,7 MPa, com um alongamento de 1,15 mm no
tirante.
O escoamento experimental da armadura longitudinal ocorreu para um
alongamento de δ = ε l 0 = 0,00238 x 110 = 0,26 cm , uma força correspondente de

133,82 kN e uma tensão na biela de 21 MPa.


67

Para o console B ocorreu a fissuração para uma força de 95,58 kN na


mesma região que o console A. A tensão na biela foi de 15 MPa. A ruptura
ocorreu para uma força de 257,97 kN sem aviso, caracterizando uma ruptura
frágil. A tensão na biela foi de 4,8 MPa e seu alongamento foi de 1,41 mm.
O escoamento da armadura longitudinal do console B ocorreu para um
alongamento de δ = ε l 0 = 0,00238 x 110 = 0,26 cm , uma força de 127,03 kN e

uma tensão na biela de 1,8 MPa.


O modelo de Bielas e Tirantes mostrou–se eficiente apresentando uma
boa margem de segurança. Comparando-se com a força característica de
100 kN há uma margem de 33,8% e 27% para os consoles A e B,
respectivamente.
Adotou-se a condição de ductilidade do modelo para caracterizar o Estado
Limite Último, ou seja, o escoamento da armadura deve anteceder a ruína da
biela.
O modelo analítico apresentou um resultado razoável, com um erro médio
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global em torno de 20%.


A técnica de reforço com CFC usando-se lâminas inseridas na peça de
concreto apresenta muitas vantagens, como por exemplo, a de não se encontrar
exposta diretamente a condições ambientais agressivas, ação do fogo e
vandalismos.
A falta de armadura de costura e pele foi responsável pela ruptura frágil e
sem aviso de fissuração, ressaltando-se a importância deste tipo de armadura
nas peças estruturais.

3.4.4.
RIBEIRO et al. (2007)

A pesquisa desenvolvida por RIBEIRO et al. (2007) buscou avaliar o


comportamento de consoles curtos reforçados a flexão e ao cisalhamento com
CFRP. Foram ensaiados quatro consoles, sendo um de referência e três com
configurações diferentes de reforço (Figura 3.23).
As armaduras de tração utilizadas foram de aço CA–50 com 12,5 mm de
diâmetro, e as armaduras de costuras foram de aço CA–60 com 5,0 mm de
diâmetro. A resistência à compressão do concreto ficou em torno de 40 MPa. O
tipo de reforço de cada console é descrito na Tabela 3.6.
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Figura 3.23 – Descrição consoles (Ribeiro et al., 2007).

Tabela 3.6 – Características dos consoles.


Console Tipo de Reforço N°. Camadas Afibra (cm2)
CCR–01 Referência sem reforço – –
CRF–20 Reforço à flexão 2 0,340
Reforço à flexão e ao
CRF–30 2 0,566
cisalhamento
Reforço à flexão e ao
CRF–40 2 0,418
cisalhamento

A metodologia utilizada para dimensionamento foi o modelo das Bielas e


Tirantes. Foi considerada uma razão a⁄d igual a aproximadamente 0,71, e a
distância a da base do console igual a 200 mm. A largura do elemento de apoio
era de 85 mm.
69

A Figura 3.24a mostra a armadura utilizada nos consoles. A armadura do


tirante foi do tipo estribo aberto; os estribos verticais foram utilizados para
enrijecer a armadura, e os estribos horizontais de costura para aumentar a
resistência e ductilidade da biela de compressão. Os estribos tinham área de aço
igual à metade da área da armadura do tirante. Para a realização dos ensaios
optou–se por posicionar o console curto de forma que a armadura do tirante
ficasse voltada para baixo (Figura 3.24b).
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(a) (b)
Figura 3.24 – (a) Armadura dos consoles; (b) realização do ensaio (RIBEIRO et al.,2007).

A Tabela 3.7 apresenta de forma resumida os resultados das forças e


modos de ruptura dos consoles.

Tabela 3.7 – Força e modo de ruptura.


Console Vu (kN) Modos de ruptura Acréscimo de Força (%)
CCR–01 210 Flexão –
CRF–20 240 Cisalhamento 15
CRF–30 265 Flexão 26
CRF–40 265 Flexão 26

Concluiu–se que o reforço estrutural utilizando–se colagem externa de


manta de fibras de carbono aumentou a capacidade resistente dos consoles
curtos em até 26%. A melhor alternativa em reforçar os consoles é a
configuração CRF–40 que utilizou tiras de CFRP dispostas diagonalmente (45°).
Já a configuração CRF–20 à flexão não é prática, pois sendo a principal função
do console servir de apoio a outros elementos estruturais, sendo difícil executar
esse tipo de reforço.
4
Programa Experimental dos Consoles Curtos Reforçados
com Tecido de Fibras de Carbono

4.1.
Introdução

Este capítulo descreve o programa experimental relativo aos ensaios de


seis consoles de concreto armado, sendo cinco reforçados com tecidos de fibras
de carbono e um de referência. São apresentadas as propriedades de todos os
materiais utilizados para a execução das peças, a metodologia de aplicação do
CFC, a instrumentação das armaduras, do concreto, do tecido de fibras de
carbono e o esquema de ensaio utilizado para obtenção dos resultados.
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4.2.
Ensaios de Caracterização dos Materiais

4.2.1.
Tecido de Fibras de Carbono

Nos reforços dos consoles curtos de concreto armado foi utilizado o


mesmo tecido de fibras de carbono de SPAGNOLO JUNIOR (2008), cujas
propriedades foram determinadas por esse autor em ensaios normatizados.
Esses materiais são o SIKAWARP–230C e SIKADUR 330, que tem as
características a seguir descritas:

Resina epoxídica ou adesivo epóxi (SIKADUR 330)


• Média viscosidade, tixotrópico e bicomponente de pega normal.
• Componente A: branco.
• Componente B: cinza escuro.
• Mistura A+B: cinza claro
• Proporção dos componentes: 20% de componente A e 80% de
componente B (em peso).
• Consumo: 1ª camada (0,7 a 1,2 kg/m2) e 2ª camada (0,5 kg/m2).
• Tempo de vida útil da mistura (pot–life): 40 min (25°C).
71

• Cura total: sete dias

Tecido de fibras de carbono (SIKAWARP–230C)


• Base : tecido de fibras de carbono unidirecional.
• Cor: preta.
• Densidade: 1,78 g/cm3.
• Peso: 220 g/m2.
• Dimensão (rolo): 30 cm de largura x 50 m de comprimento.
• Espessura: 0,122 mm.
• Módulo de elasticidade: 230 GPa.
• Resistência à tração: 4100 MPa.
• Deformação específica: 17,0‰.

4.2.1.1.
Ensaio de Resistência à Tração do Compósito de Fibras de Carbono
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Para realização desse ensaio foi utilizado o método da norma ASTM D


3039 / D 3039 M, que especifica os procedimentos para determinação da
resistência à tração e do módulo de elasticidade de materiais compostos de
fibras revestidos com matriz polimérica (resina epoxídica).
A Figura 4.1 apresenta as dimensões mínimas estabelecidas por essa
norma para os corpos-de-prova.

Figura 4.1 – Dimensões dos corpos-de-prova para ensaio à tração do CFC de acordo
com a ASTM D 3039 / D 3039 M.

Os corpos-de-prova unidirecionais tinham abas com o objetivo de evitar o


surgimento de falhas prematuras quando da aplicação da força.
A Tabela 4.1 apresenta algumas dimensões recomendadas pela norma
ASTM D 3039 / D 3039 M em função da orientação das fibras.
72

Tabela 4.1 – Geometria dos corpos–de–prova de CFC recomendada pela ASTM D 3039 ⁄
D3039 M.
Orientação Largura Comp. Espessura Aba (mm)

das Fibras (mm) (mm) (mm) Comp. Espessura

0°° unidir. 15 250 1,0 56 1,5

90°° unidir. 25 175 2,0 25 1,5

Fios
25 250 2,5 – –
descont.

SPAGNOLO JUNIOR (2008) realizou ensaios à tração em cinco corpos-


de-prova de CFC unidirecional revestidos com resina epoxídica, com dimensões
de 1,5 cm de largura e 25 cm de comprimento (Figura 4.2a). Os ensaios foram
realizados na máquina MTS do Laboratório do Departamento de Engenharia
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Mecânica da PUC–Rio (Figura 4.2b). Foram coladas, com a mesma resina


epoxídica, duas (uma em cada lado) pequenas “chapas” de alumínio (placas de
fixação) em cada uma das extremidades da amostra. Foram feitas ranhuras em
ambos os lados de cada uma das “chapas” para promover uma melhor
aderência entre a mesma e o tecido de fibras de carbono, e evitar o
escorregamento entre a garra de fixação e o corpo-de-prova.
A resistência última à tração do CFC á dada por:

Fmáx ,f (4.1)
ff ,u =
Af

Ressalta–se que os valores da resistência à tração do CFC foram


inferiores aos valores fornecidos pelo fabricante, tal como já verificado em
pesquisas anteriores realizadas na PUC–Rio (MACHADO,2004;
MENEGHEL,2005; PACHECO,2006; SILVA FILHO,2007), o que indica que os
valores fornecidos em catálogos devem ser considerados como valores
máximos. Nessas pesquisas foram usados materiais de dois fabricantes
nacionais com tecidos de fibras de carbono distintos, e com ensaios realizados
em dois laboratórios da PUC–Rio, por diversos técnicos e em datas diferentes.
Os resultados do ensaio são apresentados na Tabela 4.2. Para a
determinação da tensão de ruptura a espessura considerada foi a indicada pelo
fabricante 0,122 mm.
73

Tabela 4.2 – Resultados dos ensaios de resistência à tração dos corpos-de-prova com
uma camada de CFC.
Tensão de Deformação Módulo de
Força de
CP ruptura específica Elasticidade
ruptura (kN)
(MPa) (‰) (GPa)
1 5,122 2724,26 11,223 242,74
2 5,640 3004,37 11,477 261,77
3 6,777 3562,02 13,411 265,60
4 5,063 2646,86 10,255 258,10
5 5,474 2908,31 11,812 246,22
Média 5,615 2969,16 11,636 255,17
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(a) (b)

Figura 4.2 – (a) Corpos–de–prova de CFC, (b) Ensaios dos corpos–de–prova


(SPAGNOLO, 2008).

4.2.2.
Aço

As armaduras internas de aço eram formadas por barras de aço CA-50 e


CA-60. As barras de φ = 5,0 mm foram utilizadas nas armaduras transversais do
pilar e do console; φ = 10,0 mm foram utilizadas na armadura tracionada do
console; para a armadura principal dos pilar adotou–se φ =12,5 mm e φ = 6,3 mm
para armadura de costura do consoles.
74

Os ensaios para determinar as propriedades mecânicas dos aços foram


realizados no Laboratório de Estruturas e Materiais e no ITUC da PUC–Rio, de
acordo com a NBR 6152:1980.
Para caracterização dos aços foram retiradas três amostras de cada tipo
de barra de aço. As barras de φ = 5,00 mm foram ensaiadas no Laboratório de
Estruturas e Materiais da PUC–Rio, num pórtico de reação, utilizando–se um
atuador hidráulico da marcar ENERPAC, com capacidade de 1600 kN e uma
célula de carga da marca KYOWA, com capacidade para 2000 kN (Figura 4.3a).
As barras foram instrumentadas com extensômetros elétricos de resistência.
As barras de φ 6,3 mm e φ 10,0 mm foram ensaiadas no ITUC da PUC–
Rio, utilizando-se uma máquina da marca INSTRON, com capacidade para
100 kN (Figura 4.3b). As barras foram instrumentadas com clip-gage. As barras
de φ12,5 mm foram ensaiadas no ITUC da PUC–Rio, utilizando–se um atuador
hidráulico da marcar AMSLER, com capacidade de 200 kN, visto que a
capacidade da máquina INSTRON é muito próxima da capacidade última da
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amostra da barra de φ12,5 mm. As barras foram instrumentadas com


extensômetro mecânico. Devido há dificuldade na realização das leituras da
deformação específica com forças pequenas, só foi possível a aquisição dos
dados a partir da força de 80 kN, conforme Figura 4.7.
A Tabela 4.3 apresenta os valores da tensão de escoamento, da tensão de
ruptura e do módulo de elasticidade dos corpos-de-prova ensaiados. As Figuras
4.4 a 4.7 apresentam os diagramas tensão x deformação específica dos corpos–
de–prova, nos quais são mostradas as deformação específica de escoamento
ε y = 2 ‰ e a deformação específica última ε su ≥ 10 ‰.

(a) (b)
Figura 4.3 − Ensaio à tração dos corpos–de–prova: (a) Laboratório de Estruturas e
Materiais; (b) ITUC.
75

Tabela 4.3 – Resultados dos ensaios das barras de aço.

Amostra f y (MPa) f u (MPa) E s (GPa)


CP 1 609,00 679,30 207,50
CP 2 622,30 678,70 203,80
CP 3 666,00 711,00 199,10
φ 5,0

Média 632,44 689,65 203,47


Desvio Padrão 29,82 18,45 4,21
Coef. Variação(%) 4,71 2,68 2,07
CP 1 661,72 860,65 206,90
CP 2 667,40 860,16 217,66
CP 3 662,29 857,08 200,06
φ 6,3

Média 663,80 859,30 208,21


Desvio Padrão 3,13 1,94 8,87
Coef. Variação (%) 0,47 0,23 4,26
CP 1 619,82 734,63 200,27
CP 2 635,17 745,49 208,16
CP 3 644,36 756,33 228,27
φ 10,0

Média 633,12 745,48 212,23


Desvio Padrão 12,40 10,85 14,44
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Coef. Variação (%) 1,96 1,46 6,80


CP 1 579,36 695,23 204,75
CP 2 583,36 707,22 207,10
φ 12,5

CP 3 579,36 703,22 201,41


Média 580,69 701,89 204,42
Desvio Padrão 2,31 6,10 2,86
Coef. Variação (%) 0,40 0,87 1,40

Amostra de φ 5,0mm

700

600

500
Tensão (MPa)

400 CP1
CP2
300 CP3

200

100

0
0 2 4 6 8 10
Deformação Específica ( ‰ )

Figura 4.4 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 5,0 mm.
76

Amostra de φ 6,3mm

700

600

500
Tensão (MPa)

400 CP1
CP2
300 CP3

200

100

0
0 2 4 6 8 10
Deformação Específica ( ‰ )

Figura 4.5 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 6,3 mm.
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Amostra de φ 10,0mm

700

600

500
Tensão (MPa)

400 CP1
CP2
300 CP3

200

100

0
0 2 4 6 8 10
Deformação Específica ( ‰ )

Figura 4.6 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 10,0 mm.
77

Amostra de φ 12,5mm

700

600

500
Tensão (MPa)

400 CP1
CP2
300 CP3

200

100

0
0 2 4 6 8 10
Deformação Específica ( ‰ )

Figura 4.7 − Diagrama tensão x deformação específica para as barras de φ 12,5 mm.
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4.2.3.
Concreto

Para a realização dos ensaios do concreto foram moldados corpos-de-


prova cilíndricos com as dimensões 100 mm × 200 mm, de acordo com as
recomendações da NBR 5738:1994. O total de corpos-de-prova moldados foi
determinado de modo a permitir a realização dos ensaios de resistência à
compressão, resistência à tração por compressão diametral, e módulo de
elasticidade.
O concreto utilizado foi fornecido pela empresa CONCRELAGOS
CONCRETO LTDA, sendo dosado para atingir uma resistência de 30 MPa aos

28 dias, com slump de 120 mm ± 20 mm. A marca do cimento e aditivo não


foram fornecidos pela concreteira. A dosagem utilizada é apresentada na
Tabela 4.4.

Tabela 4.4 – Consumo de materiais por m 3 de concreto.

Material Quantidade
Cimento CP III 40 RS (kg) 315
Brita 0 (kg) 281
Brita 1 (kg) 316
Areia média lavada (kg) 245
Areia fina (kg) 439
Aditivo (l) 1,10
78

4.2.3.1.
Resistência à Compressão

Os ensaios para obtenção da resistência à compressão foram realizados


aos 7 ,14 21 e 28 dias e nos dias de ensaio para obter a curva de variação da
resistência ao longo do tempo. Na mesma semana dos ensaios dos consoles
foram ensaiados três corpos–de–prova. A Figura 4.8 e a Tabela 4.5 apresentam
os resultados da evolução da resistência à compressão.
Os ensaios de resistência à compressão foram realizados na prensa
CONTENCO, com capacidade de 2400kN, do Laboratório de Estruturas e
Materiais (LEM) da PUC–Rio.
Observa–se que a resistência de dois corpos–de–prova (138 e 142 dias)
apresentaram pequeno decréscimo da resistência quando comparados com o
corpo–de–prova ensaiado cerca de 20 dias antes, porém, a resistência obtida
aos 138 e 142 dias é muito próxima da resistência obtida aos 28 dias. Essa
discrepância pode ter como origem alguma deficiência na moldagem, no
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capeamento ou na cura dos corpos–de–prova. Aos 142 dias foi executado um


ensaio de corpo–de–prova para verificar o resultado inferior obtido aos 138 dias,
contudo, tal fato se repetiu para o corpo–de–prova que havia sido separado
como reserva para dirimir tal tipo de óbice. Ressalta–se que a Tabela 4.5
apresenta os valores da resistência média à compressão de concreto obtida com
os resultados de três corpos–de–prova.

40

35

30
Tensão (MPa)

25

20

15

10

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Idade do Concreto (dias)

Figura 4.8 – Variação da resistência média à compressão do concreto para diferentes


idades.
79

Tabela 4.5 – Valores médios da resistência à compressão do concreto.

Tensão máxima Desvio


Idade Amostra Média Consoles
(MPa) Padrão
CP1 18,6
7 CP2 18,0 18,06 0,54 –
CP3 17,6
CP1 25,1
14 CP2 25,8 25,52 0,40 –
CP3 25,7
CP1 25,1
21 CP2 29,1 27,42 2,08 –
CP3 28,1
CP1 30,3
28 CP2 28,3 30,43 2,18 –
CP3 32,7
CP1 35,3
118 CP2 34,0 33,15 2,61 –
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CP3 30,2
CP1 28,8
28,5 RUH1, RUH2 e
138 CP2 30,02 2,31
RUD1
CP3 32,7
CP1 30,5
34,0 REF., RUH3 e
141 CP2 30,87 2,94
RUD2.
CP3 28,1
CP1 34,2
152 CP2 33,4 34,24 0,84 –
CP3 35,1

4.2.3.2.
Resistência à Tração por Compressão Diametral de Corpos-de-Prova
Cilíndricos

Os ensaios para obtenção da resistência à tração do concreto por


compressão diametral foram realizados na prensa CONTENCO, com capacidade
de 2400 kN, do Laboratório de Estruturas e Materiais (LEM) da PUC–Rio e de
acordo com a NBR 7222:1994.
Foram ensaiados três corpos–de–prova cilíndricos com dimensões de
100 mm × 200 mm. A resistência média à tração foi de 3,52 MPa, o desvio
padrão de 0,18 e o coeficiente de variação 5,08% (Tabela 4.6 e Figura 4.9).
80

Tabela 4.6 – Resultados dos ensaios de resistência à tração do concreto por


compressão diametral.

Força última ft,D


Corpo−de−prova
(kN) (MPa)
1 106,17 3,37
2 109,79 3,48
3 116,81 3,72
Média 110,92 3,52
Desvio padrão 5,41 0,18
Coef. de variação (%) 4,88 5,08
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Figura 4.9 – Ensaio de resistência à tração do concreto por compressão diametral.

4.2.3.3.
Módulo de Elasticidade e Diagrama Tensão Deformação Específica

Os ensaios para obtenção do módulo de elasticidade do concreto foram


realizados na prensa CONTENCO com capacidade de 2400 kN, do Laboratório
de Estruturas e Materiais (LEM) da PUC – Rio e de acordo com a NBR
8522:1984.
Foram ensaiados três corpos–de–prova, instrumentados com dois
extensômetros elétricos de resistência colados à meia altura em lado opostos.
81

Foi adotado o plano de carga 3. O carregamento aplicado é crescente á


velocidade de 0,5 ± 0,05 MPa s , efetuando–se pausa de 60 segundos às tensões
seguintes, após as quais se devem obter as correspondentes leituras médias de
deformações em tempos máximos de 60 segundos. Prosseguiu–se o
carregamento nessa velocidade até a ruptura.

Tabela 4.7 – Resultados dos ensaios de módulo de elasticidade.

Força Tensão
εc,max Esec,0,3
Corpo−de−prova última máxima

(kN) (MPa) (‰) (GPa)

1 241,74 30,78 2,05 31,28

2 288,56 36,74 2,28 27,50

3 215,98 27,50 2,39 23,59


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Média 248,76 31,67 2,24 27,49

Desvio padrão 36,79 4,68 0,17 5,51

Coef. de variação ( % ) 14,79 14,79 7,75 20,04

40

35

30
Tensão (MPa)

25

EER1
20
EER2
15

10

0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
ε (‰)
(

Figura 4.10 – Diagrama tensão x deformação específica do corpo−de−prova 1.


82

40

35

30
Tensão (Mpa)

25

EER1
20
EER2
15

10

0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
ε (‰)
(

Figura 4.11 – Diagrama tensão x deformação específica do corpo−de−prova 2.


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40

35

30
Tensão (MPa)

25

EER1
20
EER2
15

10

0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
ε (‰)
(

Figura 4.12 – Diagrama tensão x deformação específica do corpo−de−prova 3.


83

4.3.
Programa Experimental

4.3.1.
Descrição dos Consoles

As dimensões de todos os consoles curtos, a taxa de armadura interna, a


resistência à compressão do concreto e a taxa de aplicação da força no pilar
foram mantidas constantes.
As variáveis principais são:
• orientação do reforço em CFC: horizontal e diagonal;
• número de camadas de CFC, sendo uma camada de 150 mm, duas
camadas de 75 mm e três camadas de 75 mm.
Um dos consoles não foi reforçado com o CFC de modo a se ter um
console de referência, sendo os demais divididos em uma série de três e uma
série de dois, uma com reforço horizontal e outra com reforço diagonal. A Figura
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4.13 apresenta um esquema detalhando as duas séries dos consoles e o


console de referência.

Figura 4.13 − Fluxograma das séries dos consoles.

Na notação mostrada na Figura 4.13 as siglas significam:


• CRef – console de concreto armado de referência (somente
armadura interna);
• RUH – console de concreto armado com reforço em estribo aberto
em U na direção horizontal (direção da armadura principal do aço);
84

• RUD – console de concreto armado com reforço em estribo aberto


em U na diagonal (costurando a fissura na junção pilar–console).
A numeração após as letras indica a quantidade de camadas de CFC
usadas no reforço dos consoles.

4.3.2.
Características Geométricas

Os consoles curtos tem as dimensões apresentadas na Figura 4.14,


realçando–se que essas dimensões foram adotadas tendo–se como referência
NAEGELI (1988).
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Figura 4.14 − Geometria dos consoles (medidas em cm).

A armadura principal do pilar foi composta por 10 φ 12,5 mm e uma


armadura transversal φ 5,0 mm . O console foi composto por uma armadura do
tirante composta de dois laços abertos de 2 φ 10 mm , uma armadura transversal
de φ 5,0 mm e uma armadura de costura de φ 6,3 mm (Figura 4.15). A
armadura adotada visou estudar a ruptura por flexão.
85

Foi adotada a razão a = 0,59 (razão entre a distância do centro da placa


d
sobre a qual aplicada a força, a = 240 mm, e a altura útil do console d = 405
mm). A largura do elemento era de 85 mm.
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Figura 4.15 − Armadura de aço dos consoles.

Os três consoles da série H, RUH1, RUH2 e RUH3 apresentam a mesma


armadura interna de aço que a do console de referência, sendo o reforço de
CFC formado por uma camada com 150 mm, duas camadas de 75 mm e três
camadas de 75 mm de largura, respectivamente. O reforço foi executado de
modo a envolver o console, sendo ancorado 100 mm após ultrapassar o eixo do
pilar (Figura 4.16).
Os dois consoles da série D, RUD1 e RUD2 apresentam a mesma
armadura interna de aço que o console de referência, sendo o reforço de CFC
formado por uma camada com 150 mm e duas camadas de 75 mm de largura,
respectivamente. O reforço foi executado de modo a envolver o console, sendo
ancorado a 150 mm a partir da junção console-pilar (Figura 4.16).
86

Figura 4.16 − Posições do reforço em CFC: série H e série D.


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4.4.
Aplicação do Sistema de Reforço com CFC

A aplicação do reforço com CFC é bem simples, porém, devido ao uso


inadequado das ferramentas pode ocorrer o deslocamento prematuro do reforço.
Portanto, a fase de preparação e colagem torna-se primordial para um bom
desempenho da estrutura reforçada. A superfície deve estar sã, isenta de
qualquer partícula solta, pinturas, desmoldantes, contaminações de graxa ou de
quaisquer outros materiais estranhos.
O manual técnico da SIKA (2008) recomenda:
• a umidade do substrato deve ser inferior a 4%;
• a idade mínima do concreto deve ser de 28 dias;
• a resistência de aderência à tração do adesivo na superfície do substrato
a ser reforçado deve ser superior a 1,5 MPa;
• as quinas e bordas de vigas e pilares devem ser arredondados com um
raio de pelo menos 12,5 mm.
Inicialmente foi necessário regularizar a superfície com o uso da talhadeira
(Figura 4.17a) e escova de aço (Figura 4.17b). As bordas foram arredondadas
com a talhadeira para que não cortassem o CFC. Após esse processo foi
utilizado o aspirador de pó para retirar qualquer poeira existente na superfície
sobre a qual foi colado o CFC (Figura 4.17c).
87

(a) (b)
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(c) (d)

(e) (f)

(g) (h)
Figura 4.17 – Preparação das superfícies.
88

Realizada a mistura da resina epóxica na proporção de 1:4, a mesma foi


aplicada à na superfície do concreto e na superfície da fibra (Figuras 4.17d e
4.17e). Após ocorreu a utilização do rolo (Figura 4.17f) e a colocação do tecido
na superfície (Figuras 4.17g e 4.17h).

4.5.
Instrumentação

4.5.1.
Extensômetros Elétricos de Resistência

4.5.1.1.
Aço

Nas armaduras de aço internas dos consoles foram colados seis


extensômetros elétricos de resistência (EER) da marca EXCEL, para possibilitar
o acompanhamento das deformações específicas dessas armaduras, sendo
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quatro EER colados na armadura do tirante e dois na armadura de costura


(Figura 4.18).

Figura 4.18 − Instrumentação nas armaduras internas de aço.

4.5.1.2.
Concreto e CFC

Cada console foi instrumentado com duas rosetas para medir as


deformações específicas no concreto (Figura 4.19).
89

No CFC os EER foram colados na direção das fibras, sendo utilizados seis
EER (Figura 4.20).
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Figura 4.19 – Posições das rosetas no CFC dos consoles das séries H e D (medidas em
centímetros).

Figura 4.20 − Posições dos ERR no CFC dos consoles das séries H e D (medidas em
centímetros).
90

4.5.2.
Transdutor de Deslocamentos

Com o objetivo de acompanhar o deslocamento do console, foram


instalados três transdutores de deslocamento (TD) da marca GEFRAM, com
precisão de 0,02 % . A Figura 4.21 mostra as posições em que se encontram os
TD.
• TD1: localizada na parte superior do pilar;
• TD2: localizada na parte inferior do pilar;
• TD3: no console.
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Figura 4.21 − Posições das réguas de deslocamento linear (medidas em centímetros).

4.6.
Esquema de Ensaio

Para a realização dos ensaios dos consoles foi preciso esquematizar uma
estrutura que evitasse a rotação indesejada e favorecesse um bom
funcionamento do conjunto (Figura 4.22). Adotou–se uma excentricidade de
10 cm em relação ao eixo do pilar para aplicação da força no pilar.
Os elementos utilizados para preparação e realização do ensaio foram:
• uma viga metálica formada por perfil I utilizada para travar a parte
inferior da peça apoiada nos pilares do pórtico;
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Figura 4.22 − Esquema do ensaio.

Figura 4.23 −Esquema de ensaio do console RUD2.


92

• um perfil metálico C localizado ao longo da altura do pilar no lado


oposto ao console;
• seis barras rosqueadas φ 25 mm CA–50, utilizadas como tirantes
para travar a parte superior do pilar;
• seis perfis I, sendo quatro para o suporte das barras rosqueadas e
dois para auxiliar o travamento da viga metálica;
• duas chapas de aço utilizadas para distribuir a força transmitida do
pilar para a laje de reação;
• duas chapas de aço utilizadas para distribuir a força aplicada pelos
atuadores hidráulicos no pilar e no console;
• dois atuadores hidráulicos, ambos da marca AMSLER com
capacidade de 1000 kN, utilizados para aplicar a força no pilar e no
console; a alimentação foi realizada por meio de bombas
hidráulicas de pressão controlada da marca AMSLER;
• duas células de carga com capacidade igual à capacidade dos
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atuadores hidráulicos;
• duas barras soldadas φ 25 mm CA–50 com a finalidade de travar o
perfil C evitando o giro da estrutura.

4.7.
Execução dos Ensaios

Os Consoles foram ensaiados no Laboratório de Estruturas e Materiais da


PUC–Rio (LEM).
O carregamento no pilar foi aplicado por meio de um atuador hidráulico
com capacidade de 1000 kN. Para aplicação do carregamento no console foram
seguidos os procedimentos:
• inicialmente foi aplicada uma força no pilar de acomodação igual a
1/3 da força prevista para o início da fissuração, visando–se
verificar o comportamento da instrumentação e da montagem;
• o carregamento no pilar foi de 800 kN aplicado em incrementos de
50 kN;
• o carregamento no console foi aplicado em incrementos de 10 kN
até a ruptura.
O carregamento foi aplicado de forma similar em todos os consoles.
Para aquisição dos dados foram utilizados dois equipamentos da
NATIONAL INSTRUMENTS, sendo o sistema de aquisição de dados (combo)
93

modelo NI PXI-1052 com 4 slots PXI e 8 slots SCXI, controlado pelo software
computacional LABVIEW 8.2. O controle da força no pilar e no console foi
realizado por dois transdutores de pressão ligados à bombas hidráulicas de
pressão.
A Figura 4.24 a seguir apresenta fotos dos ensaios de cada console, (a)
console de referência, (b) console RUH1, (c) console RUH2, (d) console RUH3,
(e) console RUD1 e (f) console RUD2.

(a) referência (b) RUH1


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(c) RUH2 (d) RUH3

(e) RUD1 (f) RUD2


Figura 4.24 – Consoles ensaiados.
5
Apresentação e Análise dos Resultados

5.1.
Introdução

Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos nos


ensaios dos seis consoles, comparando-os com os valores teóricos dos modelos
apresentados na revisão bibliográfica do capítulo 3. Os valores efetivos das
resistências do concreto, aço e CFC são analisados de acordo com os ensaios
realizados nestes materiais, cujos resultados são mostrados no item 4.2 do
Capítulo 4.
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5.2.
Rupturas dos Consoles

5.2.1.
Modo de Ruptura

Em todos os consoles ensaiados as fissuras das duas faces


desenvolveram–se com a mesma configuração. A primeira fissura de flexão que
se localizou na junção do pilar com o console. Após o desenvolvimento desta
fissura e com o aumento da força aplicada, surgiu uma fissura por fendilhamento
da biela. Esta começou no bordo da placa de apoio e terminou no canto inferior
do console, ocorrendo o esmagamento do concreto na parte inferior da biela, na
linha de interseção com o pilar (Figura 5.1).
A Tabela 5.1 apresenta as forças para as quais surgiram as três primeiras
fissuras de flexão e da biela; a Figura 5.2 um gráfico de barras comparando a
força para as quais surgiram a primeira fissura de flexão; a Figura 5.3a
apresenta a ruptura por arrancamento do CFC; a Figura 5.3b mostra a ruptura
por fendilhamento da biela.
Nota–se que os consoles da série horizontal apresentaram resultados
superiores de força para a abertura da primeira fissura de flexão; o console
RUH1 apresentou um aumento de 31%, RUH2 de 37% e RUH3 de 38%. Já a
série diagonal o console RUD1 apresentou um aumento de 15% e RUD2 de
23%.
95

Figura 5.1 – Tipos de fissuras.

Tabela 5.1 – Força (kN) das primeiras fissuras dos consoles.


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Fissuras de Flexão Fissuras que formam a Biela


Console
1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª
Cons. Ref. 130 150 180 205 226 323
RUH1 170 240 370 250 287 325
Série 234 254 268
RUH2 178 340 –
H
RUH3 180 250 – 235 340 380
Série RUD1 150 180 340 240 248 –
D RUD2 160 218 223 238 268 338

200

180

160

140

120
Força (kN)

100

80

60

40

20

0
REF. RUH1 RUH2 RUH3 RUD1 RUD2
Figura 5.2 – Comparação entre as forças de fissuração.
96

(a) (b)
Figura 5.3 – (a) ruptura por destacamento da fibra; (b) ruptura por fendilhamento da
biela.

No console de referência as fissuras se desenvolveram e tiveram sua


abertura aumentada de modo significativo com o incremento da força. Durante o
ensaio houve uma inclinação da aplicação da força resultando numa
componente da força menor do que a lida. A ruptura ocorreu por escoamento da
armadura. Ressalta–se que o console de referência apresentou a primeira
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fissura com carregamento inferior aos consoles reforçados com CFC.


Nos consoles da série horizontal e diagonal ocorreram a ruptura por
escoamento da armadura do tirante. Observou–se também que o CFC enrijece a
peça, evitando a abertura excessiva das fissuras, porém, quando essa descola o
aumento da abertura das fissuras é imediato.
No console RUH1 não houve arrancamento do CFC, já no console RUH2
ocorreu o escoamento da armadura do tirante juntamente com o arrancamento
do CFC em uma das faces. Por sua vez no console RUH3 o CFC não descolou.
Na série diagonal o console RUD1 apresentou o escoamento da armadura
do tirante juntamente com o arrancamento do CFC, e no console RUD2 ocorreu
o escoamento da armadura do tirante e o CFC decolou nas duas faces
simultaneamente.

5.2.2.
Força de Ruptura

A Tabela 5.2 apresenta os valores da força máxima observada nos seis


consoles ensaiados.
Os consoles RUH1 e RUH2 foram em média 13% mais resistentes do que
o console de referência. O valor médio de resistência foi de 408,38 kN, com o
desvio padrão de 50,30 kN e coeficiente de variação de 12,32%.
97

Os dois consoles da série diagonal foram em média 13% mais resistentes


do que o console de referencia. O valor médio de resistência foi de 409,03 kN,
com o desvio padrão de 6,87 kN e o coeficiente de variação de 1,68%.
As duas séries apresentaram resultados bem próximos.
O aumento da resistência máxima para série horizontal foi de 22% e para
série diagonal foi de 14%.

Tabela 5.2 – Valores da força última.

Vu Vu
Consoles Tipos de Ruptura
(kN) Vu, ref
Cons. Ref. 362,49 – escoamento da armadura de aço
RUH1 372,81 1,03 escoamento da armadura de aço
Série H RUH2 443,94 1,22 escoamento da armadura de aço
RUH3 393,48 1,09 escoamento da armadura de aço
RUD1 413,89 1,14 escoamento da armadura de aço
Série D
RUD2 404,17 1,11 escoamento da armadura de aço
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RUH1 Média 408,38 1,13


e Desv. Pad. 50,30 0,14
RUH2 Coef. Var. (%) 12,32
Média 409,03 1,13
Série D Desv. Pad. 6,87 0,02
Coef. Var. (%) 1,68

A Figura 5.4 apresenta um gráfico de barras comparando–se as forças


últimas de ruptura.

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
REF. RUH1 RUH2 RUH3 RUD1 RUD2
Figura 5.4 – Comparação entre as forças últimas de ruptura.
98

5.3.
Deformações Específicas nas Armaduras de Aço e CFC

5.3.1.
Aço

As Figuras 5.5 a 5.10 mostram os diagramas força vs. deformação


específica das armaduras de aço internas de todos os consoles. Os ERR E3 e
E6 estavam localizados nos estribos e os ERR E1, E2, E4 e E5 estavam colados
nas armaduras do tirante.
Os ERRs E3 e E6 que estavam posicionados na armadura transversal dos
consoles apresentaram pequena deformações específicas. Essa armadura é
necessária apenas para auxiliar a construção das armaduras principais e no
confinamento do concreto da biela.
Após a fissuração da biela nos consoles as deformações específicas foram
excessivas, mas ainda apresentando um comportamento linear.
A partir dos ensaios de resistência à tração da barra de aço φ = 10 mm
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apresentado no capítulo 4, foi determinado o valor médio da deformação


específica de escoamento de 2,92‰. Este valor é adotado nas Figuras 5.5 a
5.10 como a deformação de escoamento média da armadura do tirante. Quando
as deformações específicas medidas pelos EERs E1, E2, E4 e E5 atingem
2,92‰ ocorre o escoamento teórico da armadura do tirante.

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deformação específica (‰)
E1 E2 E3 E4 E5 E6
Figura 5.5 – Força x deformação específica das armaduras internas do console de
referência.
99

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deformação específica (‰)
E1 E3 E4 E5 E6
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Figura 5.6 – Força x deformação específica das armaduras internas do console RUH1.

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deformação específica (‰)
E1 E2 E3 E4 E5 E6

Figura 5.7 – Força x deformação específica das armaduras internas do console RUH2.
100

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deformação específica (‰)

E1 E2 E3 E4 E5 E6
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Figura 5.8 – Força x deformação específica das armaduras internas do console RUH3.

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deformação específica (‰)
E1 E2 E3 E4 E5 E6

Figura 5.9 – Força x deformação específica das armaduras internas do console RUD1.
101

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Deformação específica (‰)
E1 E2 E3 E4 E5 E6
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Figura 5.10 – Força x deformação específica das armaduras internas do console RUD2.

A Tabela 5.3 apresenta os valores das forças aplicadas nos consoles


quando a deformação específica de escoamento média, igual a 2,92‰, é
alcançada nos extensômetros E1, E2, E4, E5.

Tabela 5.3 – Deformações específicas efetivas nas armaduras de aço.

Força Equivalente (kN)


Vu
E1 E2 E4 E6 (kN)

Cons. Ref.
311,42 331,44 293,34 302,69 362,49
RUH1
329,25 282,87 282,64 372,81
*
RUH2
340,70 403,09 367,25 334,15 443,94
RUH3
383,10 385,60 317,67 393,48
**
RUD1
360,58 372,65 324,28 289,65 413,89
RUD2
342,46 374,56 309,38 323,34 404,17
* extensômetro perdido;

** extensômetro não alcançou a deformação específica de escoamento média.


102

5.3.2.
CFC

As Figuras 5.11 a 5.15 mostram os diagramas força vs. deformação


específica das armaduras de CFC de todos os consoles.

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50
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0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deformação específica (‰)
F1 F2 F3 F4 F5 F6

Figura 5.11 – Força x deformação específica do CFC do console RUH1.

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deformação específica (‰)
F1 F2 F3 F4 F5 F6

Figura 5.12 – Força x deformação específica do CFC do console RUH2.


103

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deformação específica (‰)
F1 F2 F3 F4 F5 F6

Figura 5.13 – Força x deformação específica do CFC do console RUH3.


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450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deformação específica (‰)
F1 F2 F3 F4 F5 F6

Figura 5.14 – Força x deformação específica do CFC do console RUD1.


104

450

400

350

300
Força (kN)

250

200

150

100

50

0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deformação específica (‰)
F1 F2 F3 F4 F5 F6

Figura 5.15 – Força x deformação específica do CFC do console RUD2.


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Para determinar os valores das deformações específicas efetivas dos


reforços de CFC, foi utilizado o critério de maior força obtida nos ensaios dos
consoles. A Tabela 5.4 apresenta esses valores e a localização dos EER.

Tabela 5.4 – Deformações específicas efetivas nos reforços do CFC.

Vu ε f ,ef .
Consoles Localização
(kN) (‰)
RUH1 372,81 0,647 F4
Série H RUH2 443,94 2,256 F2
RUH3 393,48 2,677 F2
RUD1 413,89 5,673 F5
Série D
RUD2 404,17 1,903 F4

De acordo com os resultados dos ensaios de resistência à tração do


compósito de fibras de carbono apresentados no capítulo 3, o valor médio do
módulo de elasticidade encontrado foi de 255,17 GPa e a deformação específica
foi de 11,636‰. Com esses valores foram calculados a tensão nas armaduras
de reforço em CFC e o fator de efetividade do CFC, conforme as fórmulas
apresentadas no capítulo 3. O fator de efetividade ν f é a razão entre a

deformação específica efetiva no reforço ε f ,ef . e a deformação específica obtida


105

nos ensaios de tração axial ε f ,u ; a tensão nas armaduras é obtida por meio da

multiplicação da deformação específica efetiva no reforço ε f ,ef . pelo módulo de

elasticidade obtido nos ensaios de tração axial Ef ,exp . .

A Tabela 5.5 apresenta os valores correspondentes às tensões nas


armaduras do CFC em cada console e os valores do fator de efetividade.

Tabela 5.5 – Tensão na armadura nos reforços de CFC e fator de efetividade.

ff
Consoles νf
(MPa)
RUH1 165,09 0,06
Série H RUH2 575,66 0,19
RUH3 683,09 0,23
RUD1 1447,58 0,49
Série D
RUD2 485,59 0,16
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O fator de efetividade do reforço para o console RUH1 apresentou


resultado inconsistente em relação aos demais consoles, devido à localização do
extensômetro numa área onde a resina polimérica não obteve a cura necessária.
O valor médio do fator de efetividade ν f do CFC, sem considerar os
valores dos consoles RUH1 e o RUD1, é igual a 0,20. Esse valor foi usado nos
cálculos da força teórica última. SILVA FILHO (2007) e SPAGNOLO JUNIOR
(2008) chegaram a resultados superiores a este valor, mas para vigas reforçadas
à torção e à força cortante, respectivamente.

5.4.
Deformações Específicas na Biela

As deformações específicas principais na biela foram calculadas pela


expressão:

εx +εy
ε1,2 =
2
±
1
2
(ε x
2
(
− ε y ) + 2ε 45 o − ε x − ε y )
2
(5.1)

onde
ε1,2 – deformações específicas principais;
106

εx – deformação específica na direção x, α = 0 o ;

εy – deformação específica na direção y, α = 90o ;

ε 45 o – deformação específica α = 45 o .

No capítulo 4 foi mostrada a localização dos extensômetros em cada face


do console. A Tabela 5.6 mostra os resultados das deformações específicas
principais da biela.

Tabela 5.6 – Deformações específicas lidas na superfície do concreto dos consoles para
força de ruptura.

ε y (‰) ε 45 o (‰)
Console ε x (‰) ε 1 (‰) ε 2 (‰)

Ref. 0,025 -0,268 -0,304 0,113 -0,356


RUD1 -0,496 -0,028 -0,43 0,026 -0,550
Face Rugosa

RUD2 -0,350 0,0070 -0,3500 0,081 -0,424


RUH1 0,124 -0,189 -0,529 0,488 -0,553
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RUH2 – 0,345 -0,490 – –


RUH3 -0,138 -0,226 -0,420 0,060 -0,42
Ref. -0,303 -0,066 -0,34 0,011 -0,380
RUD1 – -0,069 0,754 – –
Face lisa

RUD2 2,970 -0,1160 -0,4920 3,889 -1,035


RUH1 – -0,195 -0,813 – –
RUH2 -0,329 -0,007 -0,357 0,080 -0,416
RUH3 – -0,653 -0,270 – –

5.5.
Análise do ângulo de Inclinação da Biela

Para o estudo da biela comprimida foram obtidos em cada console dois


diferentes ângulos de inclinação para a mesma: o ângulo das fissuras θCR e o

ângulo da deformação específica principal θε . Estes ângulos foram analisados


para as duas faces do console.
O ângulo θCR foi obtido através da utilização de um programa de
computador para determinação gráfica (Figura 5.16). A partir de cada foto digital
dos consoles foram realizadas medições dos ângulos, sendo que o ângulo θCR
foi obtido usando–se a média dos valores lidos. Os valores obtidos são
apresentados na Tabela 5.7.
107

Figura 5.16 – Ângulo θCR medido por meio digital.

O ângulo θε para cada lado do console foi determinado em função das


deformações específicas lidas pelos EER (roseta tripla), e foi calculado por meio
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das expressões da Resistência dos Materiais. A Figura 5.17 ilustra a


representação destes ângulos.

2ε 45 o − ε 0o − ε 90 o
tg 2α I,II = (5.2)
ε 0o − ε 90o

1  2ε 45o − ε 0o − ε 90o 
α I,II = arctg   (5.3)
2  ε 0o − ε 90 o 
 

Figura 5.17 – Ilustração do ângulo da biela.


108

A Figura 5.18 apresenta os gráficos dos ângulos da biela θε vs. força


aplicada no console. Para a execução dos gráficos foi utilizada a força inicial de
100 kN até a força de ruptura de cada console. Todos os consoles sem exceção
apresentaram fissuras na face lisa que cortaram os extensômetros, prejudicando
a leitura do ângulo θε . Já na face rugosa dos consoles RUH1 e RUH2 os
extensômetros foram perdidos.

2
75 y = -0,0002x + 0,0708x + 60,308 75 2
y = -7E-06x + 0,0803x + 40,434
2
70 R = 0,6967 70
2
R = 0,9187
65 65

θε ( )
60 60
θε ( )

o
ο

55 2
55
y = 0,0002x - 0,0856x + 67,551
50 2 50 2
R = 0,8662 y = -0,0014x + 0,4442x + 21,026
45 45 2
R = 0,9849
40 40
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Força (kN) Força (kN)
Face Rugosa Face Lisa Face Rugosa Face Lisa

(a) (b)
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75 2
75
2
y = 5E-05x + 0,0125x + 54,645 y = -0,001x + 0,3007x + 39,376
70 2 70 2
R = 0,8654 R = 0,8637
65 65
θε ( )

θε ( )

60 60
o

55 55
2
50 y = -0,0013x + 0,4465x + 20,07 50 2
2
y = -0,0005x + 0,1394x + 46,243
45 R = 0,9238 45 2
R = 0,9888
40 40
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Força (kN) Força (kN)
Face Rugosa Face Lisa Face Rugosa Face Lisa

(c) (d)
2 2
75 y = -6E-05x + 0,045x + 55,211 75 y = -0,0004x + 0,197x + 39,526
2 2
70 R = 0,5829 70 R = 0,1657

65 65
θε ( )

θε ( )

60 60
o

55 55
2
y = 0,0003x - 0,247x + 86,386
50 50 2
R = 0,8676
45 45
40 40
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
Força (kN) Força (kN)
Face Lisa Face Rugosa Face Lisa

(e) (f)
Figura 5.18 – Ângulo da biela vs força: (a) console de referência; (b) console RUD1; (c)
console RUD2; (d) console RUH1; (e) console RUH2; (f) console RUH3.

A Tabela 5.7 apresenta os resultados dos ângulos θε e θCR variando em

torno de 60° nas duas faces do console.


109

Tabela 5.7 – Ângulos θ cr e θε .

Consoles θcr θe

Ref. 63,43° 64,04°


RUD1 62,18° –
RUD2 66,29° –
Face lisa
RUH1 56,66° –
RUH2 62,48° 63,39°
RUH3 53,97° 55,21°
Ref. 55,71° 64,36°
RUD1 60,64° 64,63°
RUD2 67,17° 66,72°
Face rugosa
RUH1 58,57° –
RUH2 52,70° –
RUH3 52,43° 41,52°
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5.6.
Deslocamentos

Para análise do deslocamento real do console foi estudada a relação entre


o deslocamento do pilar e do console, como mostra a Figura 5.19. A expressão
para se obter o valor do deslocamento no console é:

δ ' δ ''
= (5.4)
h l
l
δ '' = δ ' × (5.5)
h

As Figuras 5.20 a 5.25 mostram os diagramas força vs. deslocamentos de


todos os consoles. O TD1 localiza–se na parte superior a 5 cm do topo do pilar;
o TD2 localiza–se na parte inferior a 5 cm da base do pilar e o TD3 localiza–se
no console a 2 cm da face lateral.
Analisando–se os três deslocamentos dos consoles nota–se que o TD2 em
todos os gráficos não se deslocou com o aumento da força vertical. O TD1 e o
TD3 se deslocaram no sentido negativo quando a força foi aplicada no pilar e no
sentido positivo quando a força foi aplicada no console, indicando uma rotação
na parte superior do console durante o ensaio.
110

Figura 5.19 – Esquema dos deslocamentos dos consoles.

450

400

350

300
TD1
Força (kN)
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250 TD3

200

150

100

50
TD2
0
-0,5 1 2,5 4 5,5 7 8,5 10 11,5 13
Deslocamento (mm)

TD1 TD2 TD3 Desl. relativo no console

Figura 5.20 – Força x deslocamentos do console de referência.

450

400

350

300
TD1
Força (kN)

250
TD3

200

150

100

50
TD2
0
-0,5 1,0 2,5 4,0 5,5 7,0 8,5 10,0 11,5 13,0
Deslocamento (mm)

TD1 TD2 TD3 Desl. Relativo no console

Figura 5.21 – Força x deslocamentos do console RUH1.


111

450

400

350

300
TD1

Força (kN)
250 TD3

200

150

100

50
TD2
0
-0,5 1,0 2,5 4,0 5,5 7,0 8,5 10,0 11,5 13,0
Deslocamento (mm)
TD1 TD2 TD3 Desl. Relativo no console

Figura 5.22 – Força x deslocamentos do console RUH2.

450

400

350
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

300
TD1
Força (kN)

250
TD3

200

150

100

50
TD2
0
-0,5 1 2,5 4 5,5 7 8,5 10 11,5 13
Deslocamento (mm)

TD1 TD2 TD3 Desl. Relativo no console

Figura 5.23 – Força x deslocamentos do console RUH3.

450

400

350

300
TD1
Força (kN)

250 TD3

200

150

100

50
TD2
0
-0,5 1 2,5 4 5,5 7 8,5 10 11,5 13
Deslocamento (mm)

TD1 TD2 TD3 Desl. relativo no console

Figura 5.24 – Força x deslocamento do console RUD1.


112

450

400

350

300
TD1

Força (kN)
250 TD3

200

150

100

50
TD2
0
-0,5 1 2,5 4 5,5 7 8,5 10 11,5 13
Deslocamento (mm)

TD1 TD2 TD3 Desl. relativo no console

Figura 5.25 – Força x deslocamento do console RUD2.

5.7.
Análise dos Modelos Teóricos
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5.7.1.
Modelo de Bielas e Tirantes

Neste item são apresentados os resultados da aplicação do modelo de


Bielas e Tirantes proposto no capítulo 3 para calcular a força vertical última
aplicada ao console. Para a análise de todas as peças foram adotados os
mesmos valores para os seguintes parâmetros:
• distância da face do pilar até a aplicação da força, a = 0,24 m;
• largura, b = 0,25 m;
• altura h correspondente para a armadura de φ = 10 mm , h=0,43 m, para a
primeira camada de φ = 6,3 mm , h = 0,2215 m e para a segunda camada
de φ = 6,3 mm , h = 0,1065 m;

• tensão de escoamento das amaduras de φ = 6,3 mm , fy = 526,41MPa ,

φ = 10 mm , fy = 633,12 MPa ;

• área de aço das armaduras de φ = 10 mm ; A s = 3,14 cm2 , φ = 6,3 mm ,

As = 1,24 cm2 ;

• módulo de elasticidade do CFC, Ef = 255,17 GPa .


Adotando–se a expressão 3.9 tem–se o valor da tração T para as
armaduras principais e secundárias, 198,90 kN e 32,92 kN, respectivamente
(Figura 5.26).
113

Figura 5.26 – Representação das armaduras analisadas por meio do modelo de Bielas e
Tirantes.

Substituindo–se o valor de T na expressão 3.8 tem–se o valor da força


vertical última V= 329,94 kN, correspondente às armaduras internas de todos os
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consoles.
A parcela do CFC é analisada de acordo com a Figura 3.9, adotando–se
as expressões 3.11 e 3.12. Para o valor da força vertical última adotou–se a
expressão 3.10, onde são somadas as parcelas das contribuições do aço e do
CFC; esses valores são apresentados na Tabela 5.8.

Tabela 5.8 – Resultados das forças últimas do modelo de Bielas e Tirantes.

Af Vexp er . Vteorica Vexp er .


Consoles ε f ,ef .
(cm2) (kN) (kN) Vteórica

Ref. – – 362,49 329,94 1,10


RUH1 0,366 0,647 372,81 338,88 1,10
Série H RUH2 0,366 2,256 443,94 364,40 1,22
RUH3 0,549 2,677 393,48 391,27 1,01
RUD1 0,366 5,673 413,89 352,20 1,18
Série D
RUD2 0,366 1,903 404,17 340,66 1,19

No console de referência a razão entre a força experimental e a teórica é


igual a 1,10. Isto significa que o valor experimental apresenta um resultado 10%
superior ao valor estimado pelo modelo teórico. Este valor pode variar devido a
armadura secundária não estar instrumentada.
114

Como o console RUH1 tem apenas uma camada de CFC, o acréscimo da


força de ruptura é pequeno e o valor da razão Vexper. Vteórica é igual ao do

console de referência. O console RUH2 tem a mesma taxa geométrica do


console RUH1, porém, a sua configuração permite um aumento da força de
ruptura devido a um maior braço de alavanca. Nesse caso a força de ruptura
experimental foi 22% maior do que a teórica.
Comparando–se o console RUH3 com o console RUH2 tem–se pelo
modelo teórico que a força de ruptura do console RUH3 é maior, porém,
experimentalmente isso não ocorreu devido às duas camadas de CFC
apresentarem eficiência superior a estimada pelo método de cálculo. A razão
Vexper. Vteórica do console RUH3 foi igual a 1,01, demonstrando boa concordância

entre os resultados teóricos e experimentais.


Os consoles RUD1 e RUD2 apresentaram resultados da razão
Vexper. Vteórica próximos. Isto indica que o modelo teórico representa

adequadamente as diferentes configurações dessa série. Esses valores são


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iguais a 1,18% e 1,19% para os consoles RUD1 e RUD2, respectivamente.

5.7.2.
Modelo Cinemático

Neste item é apresentado o modelo cinemático proposto no capítulo 3 para


calcular a força vertical última aplicada ao console. Para a análise de todas as
peças foram adotados os mesmos valores para os seguintes parâmetros:
• distância da face do pilar até a aplicação da força, a = 0,24 m;
• largura, b=0,25 m;
• altura total, h=0,43 m;
• tensão de escoamento das armaduras de φ = 6,3 mm , f y = 526,41 MPa ,

φ = 10 mm , fy = 633,12 MPa ;

• tensão de tração do concreto, ft ,exp =3,52 MPa ;

• tensão de tração do CFC, ff = 2969,16 MPa ;

• área de aço total, soma das áreas das barras da amadura do tirante
( 4 φ 10 mm ) e da armadura de costura ( 4 φ 6,3 mm ), As = 4,4 cm2 ;

• taxa geométrica das armaduras, referente a área de aço total, ρ = 0,41 % .

Adotou–se o fator de efetividade do concreto à tração ν t = 0,50 , visto não


existir uma expressão para esse parâmetro, sendo este valor recomendado por
115

NIELSEN (1999). O valor médio do fator de efetividade do CFC ν f , com exceção


do console RUH1 e RUD1, foi igual a 0,20. A resistência a compressão do
concreto foi obtida de acordo com o prescrito capítulo 4, e o fator de efetividade
do concreto de acordo com o prescrito no capítulo 3.
O fator de efetividade do CFC varia de acordo com a área de contato na
lateral do console reforçado. Caso o console esteja com toda a sua lateral
reforçada com CFC, a força de ruptura aumenta até um nível em que o CFC seja
mais solicitado, aumentando o fator de efetividade ν f .
Os ensaios dos consoles foram realizados após 138 dias da concretagem,
em um período de duas semanas. Desta forma o valor médio dos ensaios à
compressão dos corpos–de–prova acima dos 100 dias foi de 32,07 MPa. Este
valor foi adotado em todas os espécimes.
A Tabela 5.9 apresenta os parâmetros utilizados nos cálculos.

Tabela 5.9 – Variáveis do modelo cinemático.


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fc Af
Consoles df νc
(MPa) (cm2)
Ref. 32,07 – – 0,3367
RUH1 32,07 0,366 0,355 0,3367
Série H RUH2 32,07 0,366 0,3925 0,3367
RUH3 32,07 0,549 0,3925 0,3367
RUD1 32,07 0,366 0,23 0,3367
Série D
RUD2 32,07 0,366 0,33 0,3367

Os valores das dimensões x e y são apresentados na Tabela 5.10; para se


obter esses parâmetros foram utilizadas as expressões 3.16 e 3.17.

Tabela 5.10 – Valores das dimensões x e y.

x y
Consoles
(m) (m)
Ref. 0,110 0,145
RUH1 0,114 0,152
Série H RUH2 0,114 0,152
RUH3 0,117 0,152
RUD1 0,112 0,152
Série D
RUD2 0,113 0,152

A Tabela 5.11 apresenta os valores da força vertical última experimental,


teórica e a razão entre essas forças. Foi utilizada a expressão 3.22 para o
cálculo da força vertical teórica.
116

Tabela 5.11 – Força vertical última.

Vexper. Vteorica Vexper.


Consoles
(kN) (kN) Vteórica

Ref. 362,49 344,26 1,05


RUH1 372,81 357,04 1,04
Série H RUH2 443,94 359,34 1,24
RUH3 393,48 366,65 1,07
RUD1 413,89 349,33 1,18
Série D
RUD2 404,17 355,50 1,14

Os resultados obtidos pelo modelo cinemático foram inferiores aos valores


obtidos experimentalmente. Comparando–se o console RUH1 com o console
RUH2 verifica–se que ambos tem a mesma área de reforço, porém, o RUH2
apresenta uma altura efetiva maior devido à concentração de área reforçada na
parte superior, o que conduz a uma maior força de ruptura teórica. Contudo, o
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valor deste aumento, comparando–se os valores experimentais foi muito maior.


Comparando–se o console RUH2 com o console RUH3 verifica–se que há
um pequeno aumento na força teórica, visto que o RUH3 tem uma maior área
reforçada e ambos apresentam a mesma altura efetiva. Com base nos valores
experimentais observa–se que há uma redução na força de ruptura do RUH3,
devido a não aderência do CFC com o concreto em algumas regiões.
Comparando–se o console RUD1 com o console RUD2 verifica–se que há
um pequeno aumento na força teórica, visto que o RUD2 tem a mesma área de
reforço, porém, com uma altura efetiva maior. Experimentalmente ocorreu o
inverso, porém como os resultados são muito próximos, é possível ter ocorrido
alguma imperfeição durante um dos ensaios que gerou essa diferença.
Analisando–se os dados da Tabela 5.11 observam–se dois grupos de
valores da razão entre a força vertical última experimental e a teórica. No
primeiro estão contidos os valores 1,05, 1,04 e 1,07 dos consoles de referência,
RUH1 e RUH3, respectivamente. Nos dois últimos ocorreram problemas com
aderência do CFC, pois a resina polimérica não curou completamente em
algumas regiões.
O segundo grupo são representados pelos consoles RUH2, RUD1 e
RUD2. Estes consoles apresentam um valor médio de 1,19 para a razão entre a
força vertical última experimental e a teórica. Portanto, os resultados
experimentais são 19% superiores ao estimado pelo modelo cinemático,
admite–se que neste caso ocorre a perfeita aderência entre o CFC e o concreto.
117

5.8.
Comparação entre os Valores Experimentais e os Valores Teóricos
Obtidos pelo Modelo Cinemático e Modelo de Bielas e Tirantes

A Figura 5.27 apresenta a comparação entre os resultados dos modelos


teóricos estudados. Em todos os casos os dois modelos teóricos tiveram a razão
entre a força experimental e teórica superior ou igual a 1,00.
No modelo cinemático os consoles de referência, RUH1 e RUD2
apresentaram valores da razão Vexper. Vteórica iguais a 1,05, 1,04 e 1,14,

respectivamente. Estes valores são mais próximos de 1,00 do que os valores


estimados pelo método de Bielas e Tirantes. O console RUD1 é o único que
apresenta o mesmo valor da razão Vexper. Vteórica no dois modelos teóricos.

O consoles RUH2 e RUH3 apresentaram valores da razão Vexper. Vteórica

iguais a 1,22 e 1,01, respectivamente. Sendo o modelo de Bielas e Tirantes o


que apresenta resultados mais próximos de 1,00.
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Os valores médios da razão Vexper. Vteórica dos métodos de cálculo

estudados são muito próximos, a constar 1,13 e 1,12 para o modelo de Bielas e
Tirantes e o modelo cinemático, respectivamente. Sendo assim ambos os
modelos estão aptos a estimar a força de ruptura dos console de concreto
armado reforçados com compósitos de fibras de carbono.

1,4

1,2

1
Vexperimental / Vteórico

0,8

0,6

0,4

0,2

0
REF. RUH1 RUH2 RUH3 RUD1 RUD2
Modelo de Bielas e Tirantes Modelo Cinemático
Figura 5.27 – Comparação das razões entre a força última experimental e as forças
últimas teóricas obtidas nos dois modelos teóricos.
6
Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros

Os resultados experimentais obtidos permitem concluir que:


1. o reforço de consoles curtos de concreto armado com estribos de
CFC em U aumentou em média a capacidade resistente desses
elementos estruturais em 11% e 19% nas séries horizontais e
diagonais, respectivamente; esse acréscimo obtido não foi de
grande magnitude devido às baixas taxas geométricas do reforço
em CFC;
2. o console com reforço horizontal com três camadas apresentou
resultado experimental inferior ao de duas camadas;
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3. a melhor configuração do reforço é a horizontal porque o RUH2


obteve a maior força de ruptura e a maior força que causa a
primeira fissura;
4. estima–se que o aumento de força última possa ser maior quando
se utiliza o reforço ao longo de toda a superfície lateral do console,
utilizando–se no máximo duas camadas de reforço de CFC;
5. as bielas de concreto dos consoles reforçados apresentam
comportamento similar ao das bielas do console de referência; o
ângulo da biela de concreto varia em torno de 60°, sendo que o
ângulo da fissura e o ângulo obtido por meio das deformações
específicas principais no concreto são próximos;
6. o fator de efetividade do reforço em CFC é aproximadamente 20%,
ou seja, a deformação específica do CFC colado à peça é cerca de
20% da deformação específica última obtida para esse material
num ensaio de tração axial;
7. o modelo de Bielas e Tirantes para o console de referência
apresentou a razão Vexper. Vteórica = 1,10 , nos consoles reforçados o

valor médio dessa razão foi igual a 1,14%;


8. o modelo cinemático apresentou a razão Vexper. Vteórica = 1,05 para

o console de referência e o valor da média dos consoles reforçados


foi igual a 1,13%;
119

9. verifica–se que o comportamento dos consoles curtos de concreto


armado reforçados com CFC é análogo aos de concreto armado, e
que as sistemáticas usuais de análise e dimensionamento podem
ser adaptadas para esses elementos reforçados.
10. o fator de efetividade ν f parece ser o melhor indicativo para se
analisar a eficiência do reforço em CFC, entretanto, o reduzido
número de peças ensaiadas não permite uma avaliação do
incremento de resistência nesse tipo de peça.

6.1.
Sugestões para trabalhos futuros

A seguir são apresentadas sugestões para trabalhos futuros de modo a dar


continuidade a esta linha de pesquisa:
1. estudar a influência da variação da resistência à compressão do
concreto na resistência última do console reforçado;
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2. estudo de consoles reforçados com CFC com uma taxa mecânica


maior que a taxa geométrica de aço do tirante usando–se a tensão
efetiva no CFC para o cálculo da taxa mecânica;
3. estudo de consoles reforçados com CFC com uma taxa geométrica
de reforço maior, distribuídas em camadas;
4. análise das diferentes configurações de reforço com CFC,
preferencialmente na diagonal;
5. estudo de peças com duas mísulas;
6. avaliar de modo mais apurado a contribuição da armadura de
costura na capacidade resistente do console;
7. estudar o comportamento dos nós do modelo de Bielas e Tirantes,
sob a força aplicada e na junção inferior do console com o pilar;
8. medir as deformações específicas com mais EER e avaliar o
comportamento da biela de concreto de modo a estudar a
contribuição da armadura de costura no seu confinamento;
9. avaliação de outros modelos teóricos, tal como o modelo da Teoria
do Atrito ( Shear Friction).
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Anexo A Registros Fotográficos
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Figura A.1 – Tecido de fibras de carbono.

Figura A.2 – Resina epoxídica componentes A e B.


125

Figura A.3 – Rolo: material utilizado para aplicação da resina.


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Figura A.4 – Armaduras dos consoles.


126

Figura A.5 – EER sendo colado na armadura interna.


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(a) (b)
Figura A.6 – Formas e armaduras.
127

Figura A.7 – Montagem dos consoles antes do recebimento do concreto.


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Figura A.8 – Enchimento do carrinho de mão com o concreto do caminhão betoneira.


128

Figura A.9 – Vista superior de todos os consoles preparados para receber o concreto.
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Figura A.10 – Consoles concretados.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA 129

Figura A.11 – Transporte das peças.

Figura A.12 – Arrumação das peças a serem ensaiadas.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA 130

Figura A.13 – Série H.

Figura A.14 – Detalhe da roseta.


131

Figura A.15 – Detalhe do console RUD1.


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Figura A.16 – Console RUD2, ruptura do CFC na face lisa.


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Figura A.17 – Console RUD2, ruptura do CFC na face rugosa.

Figura A.18 – Ensaio do console RUH1.


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Figura A.19 – Ensaio do console RUH2, descolamento do CFC na face rugosa.

Figura A.20 – Detalhe do console RUH2.


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Figura A.21 – Ensaio do console RUH3.

Figura A.22 – Bombas hidráulicas de pressão controlada, marca AMSLER.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA 135

Figura A.23 – Prensa Contenco com capacidade de 2400kN.

Figura A.24 – Atuadores Hidráulicos.


Anexo B Resultados dos Ensaios dos Consoles

Tabela B.1 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console de referência.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
1,41 0,037 0,036 -0,044 0,075 0,029 -0,001 -0,353 0,014 -0,168
6,66 0,044 0,043 -0,045 0,087 0,032 -0,003 -0,241 0,014 -0,116
14,83 0,058 0,055 -0,048 0,106 0,038 -0,006 -0,046 0,014 -0,014
22,46 0,075 0,068 -0,051 0,128 0,045 -0,008 0,189 0,014 0,106
32,72 0,097 0,094 -0,055 0,156 0,053 -0,012 0,484 0,014 0,242
42,41 0,121 0,127 -0,060 0,181 0,062 -0,015 0,769 0,014 0,400
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51,21 0,152 0,167 -0,066 0,214 0,072 -0,019 1,084 0,014 0,584
61,92 0,193 0,216 -0,074 0,255 0,083 -0,025 1,434 0,014 0,758
72,38 0,265 0,296 -0,085 0,327 0,114 -0,033 1,812 0,013 0,970
81,47 0,353 0,365 -0,095 0,423 0,175 -0,044 2,156 0,014 1,162
91,56 0,448 0,455 -0,102 0,541 0,268 -0,053 2,501 0,013 1,392
102,31 0,557 0,565 -0,107 0,680 0,380 -0,058 2,908 0,011 1,607
112,19 0,652 0,662 -0,110 0,803 0,481 -0,060 3,268 0,010 1,818
122,63 0,767 0,786 -0,115 0,951 0,606 -0,060 3,649 0,007 2,059
132,28 0,872 0,907 -0,121 1,084 0,730 -0,061 4,004 0,005 2,269
141,89 0,967 1,013 -0,127 1,201 0,844 -0,064 4,334 0,002 2,454
153,83 1,110 1,164 -0,132 1,370 1,029 -0,066 4,827 -0,001 2,733
162,42 1,184 1,253 -0,137 1,476 1,152 -0,069 5,080 -0,002 2,915
172,05 1,259 1,352 -0,141 1,588 1,291 -0,071 5,395 -0,003 3,119
183,29 1,353 1,426 -0,146 1,754 1,487 -0,075 5,793 -0,007 3,401
191,83 1,441 1,518 -0,149 1,888 1,660 -0,078 6,158 -0,009 3,657
200,13 1,785 1,622 0,337 1,933 1,920 -0,040 6,470 -0,012 4,089
211,09 1,944 1,714 0,516 2,057 2,060 -0,042 6,841 -0,016 4,337
222,26 2,069 1,795 0,606 2,179 2,182 -0,042 7,213 -0,022 4,603
232,75 2,172 1,875 0,665 2,296 2,292 -0,041 7,571 -0,029 4,848
241,23 2,256 1,945 0,696 2,390 2,381 -0,039 7,874 -0,033 5,067
251,97 2,352 2,033 0,724 2,504 2,487 -0,036 8,260 -0,042 5,310
262,16 2,415 2,092 0,743 2,580 2,553 -0,035 8,479 -0,049 5,470
271,81 2,499 2,176 0,763 2,685 2,637 -0,032 8,748 -0,056 5,686
137

Tabela B.1 – Continuação.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
282,62 2,588 2,269 0,786 2,799 2,729 -0,027 9,098 -0,062 5,888
291,71 2,682 2,370 0,807 2,902 2,823 -0,022 9,445 -0,067 6,167
301,92 2,783 2,475 0,827 2,995 2,913 -0,015 9,697 -0,073 6,400
310,76 2,908 2,594 0,845 3,054 2,996 -0,003 10,029 -0,079 6,671
315,76 2,998 2,663 0,859 3,177 3,075 0,009 10,190 -0,081 6,807
319,04 3,042 2,696 0,865 3,193 3,086 0,016 10,262 -0,081 6,874
331,63 3,329 2,929 0,899 3,196 3,171 0,077 10,628 -0,088 7,240
340,15 3,895 3,192 0,918 3,204 3,176 0,103 10,920 -0,097 7,571
350,10 3,284 3,574 0,953 3,231 3,245 0,171 11,215 -0,103 7,932
352,11 3,138 3,688 0,963 3,259 3,260 0,187 11,285 -0,105 8,041
354,26 3,186 3,784 0,969 3,270 3,270 0,197 11,330 -0,106 8,113
356,17 3,178 3,877 0,975 3,289 3,287 0,211 11,393 -0,107 8,213
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

358,40 3,245 4,226 0,973 3,371 3,333 0,235 11,501 -0,110 8,501
360,81 3,275 3,930 0,979 3,410 3,372 0,246 11,563 -0,111 8,686
362,49 3,206 3,905 1,000 3,761 3,417 0,267 11,670 -0,112 8,964
282,62 2,588 2,269 0,786 2,799 2,729 -0,027 9,098 -0,062 5,888
291,71 2,682 2,370 0,807 2,902 2,823 -0,022 9,445 -0,067 6,167
138

Tabela B.2 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do console de


referência.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


1,41 -0,010 -0,015 0,001 -0,009 -0,006 0,008
6,66 -0,010 -0,018 -0,001 -0,008 -0,009 0,007
14,83 -0,009 -0,023 -0,004 -0,008 -0,013 0,004
22,46 -0,007 -0,029 -0,008 -0,007 -0,018 0,001
32,72 -0,005 -0,035 -0,013 -0,007 -0,024 -0,002
42,41 -0,003 -0,041 -0,019 -0,007 -0,029 -0,005
51,21 -0,001 -0,048 -0,025 -0,006 -0,036 -0,010
61,92 0,003 -0,054 -0,032 -0,004 -0,043 -0,015
72,38 0,008 -0,058 -0,041 -0,002 -0,050 -0,022
81,47 0,014 -0,062 -0,050 0,001 -0,057 -0,030
91,56 0,019 -0,066 -0,058 0,004 -0,063 -0,039
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

102,31 0,024 -0,069 -0,067 0,008 -0,070 -0,047


112,19 0,027 -0,074 -0,073 0,011 -0,076 -0,053
122,63 0,027 -0,081 -0,080 0,012 -0,082 -0,057
132,28 0,027 -0,087 -0,085 0,013 -0,087 -0,061
141,89 0,027 -0,094 -0,090 0,014 -0,093 -0,065
153,83 0,026 -0,104 -0,097 0,015 -0,103 -0,070
162,42 0,024 -0,111 -0,102 0,015 -0,109 -0,073
172,05 0,024 -0,118 -0,107 0,016 -0,116 -0,077
183,29 0,025 -0,125 -0,114 0,016 -0,126 -0,081
191,83 0,026 -0,133 -0,120 0,016 -0,135 -0,085
200,13 0,062 -0,130 -0,151 -0,027 -0,166 -0,131
211,09 0,049 -0,143 -0,157 -0,039 -0,188 -0,144
222,26 0,045 -0,154 -0,164 -0,045 -0,204 -0,154
232,75 0,043 -0,163 -0,170 -0,049 -0,217 -0,163
241,23 0,042 -0,169 -0,176 -0,053 -0,227 -0,170
251,97 0,042 -0,178 -0,183 -0,057 -0,240 -0,178
262,16 0,041 -0,183 -0,188 -0,059 -0,248 -0,184
271,81 0,042 -0,191 -0,195 -0,062 -0,258 -0,191
282,62 0,043 -0,200 -0,202 -0,065 -0,269 -0,200
291,71 0,043 -0,209 -0,210 -0,067 -0,280 -0,209
301,92 0,042 -0,219 -0,216 -0,070 -0,291 -0,224
139

Tabela B.2 – Continuação.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


310,76 0,041 -0,230 -0,223 -0,072 -0,302 -0,242
315,76 0,039 -0,236 -0,226 -0,071 -0,307 -0,251
319,04 0,038 -0,239 -0,228 -0,072 -0,309 -0,255
331,63 0,033 -0,258 -0,235 -0,069 -0,317 -0,272
340,15 0,028 -0,273 -0,243 -0,068 -0,324 -0,282
350,10 0,027 -0,286 -0,253 -0,067 -0,330 -0,289
352,11 0,026 -0,290 -0,256 -0,067 -0,331 -0,292
354,26 0,026 -0,292 -0,258 -0,067 -0,333 -0,294
356,17 0,026 -0,294 -0,260 -0,067 -0,335 -0,295
358,40 0,025 -0,298 -0,263 -0,066 -0,336 -0,299
360,81 0,025 -0,301 -0,265 -0,066 -0,338 -0,300
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA
140

Tabela B.3 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUH1.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
1,04 0,043 - 0,007 0,042 0,018 0,003 - 0,018 -0,452
5,43 0,048 - 0,006 0,048 0,022 0,002 - 0,019 -0,454
10,85 0,055 - 0,005 0,054 0,026 0,001 - 0,019 -0,454
20,53 0,072 - 0,002 0,073 0,036 -0,002 - 0,019 -0,460
41,74 0,113 - -0,005 0,119 0,059 -0,005 - 0,003 -0,463
50,69 0,140 - -0,010 0,154 0,069 -0,007 - -0,009 -0,463
59,73 0,176 - -0,015 0,206 0,083 -0,008 - -0,016 -0,454
70,80 0,224 - -0,023 0,264 0,105 -0,010 - -0,030 -0,277
80,10 0,270 - -0,029 0,316 0,133 -0,012 - -0,036 -0,078
91,79 0,365 - -0,043 0,424 0,209 -0,023 - -0,051 0,209
99,98 0,470 - -0,049 0,548 0,316 -0,031 - -0,059 0,359
110,86 0,585 - -0,053 0,694 0,456 -0,035 - -0,066 0,592
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

120,76 0,687 - -0,056 0,822 0,583 -0,039 - -0,073 0,762


130,31 0,789 - -0,058 0,952 0,716 -0,042 - -0,079 0,950
140,79 0,910 - -0,060 1,095 0,869 -0,045 - -0,084 1,226
151,54 1,031 - -0,064 1,233 1,017 -0,049 - -0,091 1,513
161,13 1,134 - -0,066 1,348 1,148 -0,052 - -0,099 1,711
171,32 1,240 - -0,069 1,468 1,287 -0,055 - -0,105 1,909
179,77 1,340 - -0,072 1,581 1,441 -0,056 - -0,111 2,142
189,65 1,423 - -0,074 1,686 1,573 -0,057 - -0,117 2,334
200,40 1,510 - -0,078 1,800 1,713 -0,057 - -0,126 2,555
211,15 1,599 - -0,082 1,926 1,867 -0,056 - -0,136 2,810
220,85 1,680 - -0,085 2,046 2,009 -0,053 - -0,143 2,977
229,96 1,747 - -0,088 2,150 2,132 -0,050 - -0,152 3,135
240,90 1,829 - -0,091 2,277 2,277 -0,042 - -0,160 3,363
250,55 1,910 - -0,098 2,389 2,401 -0,029 - -0,165 3,567
260,55 2,179 - -0,051 2,662 2,711 -0,031 - -0,173 4,165
269,93 2,266 - -0,049 2,758 2,788 -0,028 - -0,180 4,344
280,06 2,380 - -0,045 2,890 2,890 -0,023 - -0,189 4,579
289,82 2,475 - -0,043 3,009 2,998 -0,016 - -0,196 4,766
301,13 2,579 - -0,040 3,138 3,116 -0,006 - -0,205 4,955
310,31 2,683 - -0,035 3,275 3,367 0,008 - -0,211 5,152
319,91 2,803 - -0,022 3,484 3,713 0,031 - -0,218 5,364
141

Tabela B.3 – Continuação.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
329,77 2,926 - 0,013 3,628 4,044 0,063 - -0,225 5,553
340,23 3,056 - 0,075 3,641 4,330 0,095 - -0,229 5,788
350,11 3,242 - 0,123 3,663 5,288 0,154 - -0,235 6,041
360,83 3,585 - 0,176 3,671 5,657 0,245 - -0,241 6,360
362,22 3,619 - 0,180 3,671 5,663 0,252 - -0,241 6,391
364,65 3,812 - 0,200 3,673 5,707 0,290 - -0,245 6,516
366,90 3,945 - 0,213 3,685 5,751 0,314 - -0,248 6,594
368,38 3,979 - 0,216 3,688 5,763 0,320 - -0,248 6,607
370,46 4,171 - 0,230 3,696 5,805 0,349 - -0,248 6,689
371,71 4,826 - 0,248 3,711 5,879 0,381 - -0,252 6,785
372,81 5,357 - 0,253 3,717 5,917 0,392 - -0,252 6,815
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA
142

Tabela B.4 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do console


RUH1.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


1,04 -0,007 0,003 0,006 -0,007 0,001 0,010
5,43 -0,007 -0,001 0,003 -0,007 -0,003 0,008
10,85 -0,008 -0,005 0,001 -0,007 -0,008 0,006
20,53 -0,008 -0,015 -0,004 -0,006 -0,017 0,001
41,74 -0,010 -0,035 -0,014 -0,005 -0,038 -0,008
50,69 -0,011 -0,044 -0,019 -0,005 -0,048 -0,014
59,73 -0,010 -0,053 -0,025 -0,004 -0,058 -0,019
70,80 -0,010 -0,065 -0,033 -0,002 -0,071 -0,027
80,10 -0,009 -0,075 -0,040 0,000 -0,083 -0,034
91,79 -0,006 -0,087 -0,054 0,003 -0,099 -0,046
99,98 -0,002 -0,094 -0,067 0,005 -0,110 -0,055
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

110,86 0,001 -0,102 -0,079 0,007 -0,123 -0,064


120,76 0,002 -0,110 -0,090 0,008 -0,136 -0,072
130,31 0,002 -0,119 -0,099 0,009 -0,148 -0,078
140,79 0,002 -0,128 -0,106 0,010 -0,163 -0,084
151,54 0,001 -0,137 -0,114 0,010 -0,178 -0,091
161,13 0,000 -0,146 -0,121 0,011 -0,192 -0,096
171,32 -0,002 -0,156 -0,130 0,012 -0,209 -0,101
179,77 -0,005 -0,167 -0,139 0,013 -0,228 -0,105
189,65 -0,006 -0,177 -0,147 0,015 -0,247 -0,110
200,40 -0,008 -0,187 -1,082 0,018 -0,268 -0,114
211,15 -0,011 -0,198 -1,094 0,022 -0,295 -0,103
220,85 -0,014 -0,206 -1,099 0,021 -0,325 -0,100
229,96 -0,018 -0,214 -1,105 0,021 -0,346 -0,094
240,90 -0,025 -0,225 -1,110 0,022 -0,371 -0,072
250,55 -0,042 -0,253 -1,113 0,024 -0,392 0,035
260,55 -0,089 -0,337 -1,179 -0,124 -0,540 -
269,93 -0,095 -0,349 -0,615 -0,130 -0,566 -
280,06 -0,103 -0,367 -0,525 -0,138 -0,598 -
289,82 -0,106 -0,380 0,400 -0,143 -0,621 -
301,13 -0,113 -0,395 0,368 -0,150 -0,645 -
310,31 -0,120 -0,409 0,174 -0,156 -0,667 -
319,91 -0,128 -0,427 0,164 -0,163 -0,693 -
143

Tabela B.4 – Continuação.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


329,77 -0,136 -0,442 0,155 -0,168 -0,715 -
340,23 -0,145 -0,459 0,148 -0,173 -0,736 -
350,11 -0,156 -0,477 0,141 -0,179 -0,761 -
360,83 -0,171 -0,500 0,134 -0,186 -0,787 -
362,22 -0,172 -0,502 0,133 -0,186 -0,788 -
364,65 -0,178 -0,511 0,131 -0,188 -0,796 -
366,90 -0,180 -0,515 0,129 -0,190 -0,801 -
368,38 -0,181 -0,517 0,129 -0,190 -0,802 -
370,46 -0,184 -0,522 0,128 -0,192 -0,806 -
371,71 -0,188 -0,527 0,124 -0,195 -0,812 -
372,81 -0,189 -0,529 0,124 -0,195 -0,813 -
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA
144

Tabela B.5 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUH1.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


1,04 0,007 0,005 0,011 0,003 0,000 0,004
5,43 0,008 0,007 0,012 0,005 0,001 0,006
10,85 0,009 0,008 0,014 0,006 0,001 0,007
20,53 0,012 0,012 0,019 0,009 0,003 0,010
41,74 0,019 0,019 0,029 0,017 0,006 0,015
50,69 0,022 0,023 0,034 0,021 0,008 0,018
59,73 0,025 0,027 0,040 0,025 0,008 0,020
70,80 0,028 0,033 0,047 0,031 0,008 0,023
80,10 0,032 0,038 0,054 0,037 0,008 0,027
91,79 0,043 0,054 0,072 0,057 0,014 0,041
99,98 0,055 0,072 0,096 0,083 0,017 0,059
110,86 0,066 0,091 0,123 0,112 0,011 0,075
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

120,76 0,074 0,106 0,145 0,133 0,003 0,083


130,31 0,084 0,126 0,170 0,160 -0,005 0,097
140,79 0,094 0,144 0,198 0,193 -0,018 0,109
151,54 0,100 0,161 0,225 0,225 -0,032 0,120
161,13 0,106 0,176 0,248 0,250 -0,044 0,128
171,32 0,111 0,190 0,272 0,276 -0,053 0,134
179,77 0,103 0,181 0,268 0,274 -0,085 0,112
189,65 0,107 0,184 0,283 0,286 -0,104 0,109
200,40 0,112 0,192 0,318 0,305 -0,107 0,111
211,15 0,109 0,200 0,369 0,326 -0,111 0,115
220,85 0,111 0,209 0,396 0,342 -0,116 0,116
229,96 0,115 0,220 0,414 0,352 -0,118 0,116
240,90 0,118 0,226 0,428 0,363 -0,117 0,116
250,55 0,129 0,231 0,439 0,378 -0,113 0,116
260,55 0,234 0,305 0,556 0,493 -0,087 0,137
269,93 0,240 0,305 0,559 0,489 -0,087 0,129
280,06 0,246 0,303 0,558 0,476 -0,089 0,119
289,82 0,251 0,304 0,562 0,472 -0,095 0,113
301,13 0,270 0,301 0,573 0,473 -0,089 0,111
310,31 0,290 0,299 0,592 0,481 -0,078 0,114
319,91 0,313 0,299 0,619 0,492 -0,064 0,119
145

Tabela B.5 – Continuação.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


329,77 0,337 0,303 0,656 0,508 -0,047 0,127
340,23 0,356 0,290 0,677 0,527 -0,028 0,136
350,11 0,387 0,277 0,694 0,563 -0,001 0,152
360,83 0,411 0,242 0,685 0,592 0,028 0,168
362,22 0,413 0,239 0,682 0,595 0,031 0,170
364,65 0,414 0,213 0,663 0,609 0,044 0,177
366,90 0,418 0,207 0,653 0,619 0,054 0,184
368,38 0,418 0,204 0,650 0,622 0,056 0,185
370,46 0,420 0,193 0,633 0,629 0,065 0,191
371,71 0,420 0,183 0,610 0,642 0,077 0,199
372,81 0,420 0,180 0,603 0,647 0,082 0,202
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA
146

Tabela B.6 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUH2.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
4,08 0,034 0,038 0,011 0,049 0,016 0,027 -0,387 0,001 -0,001
9,42 0,039 0,043 0,009 0,055 0,019 0,026 -0,387 0,001 -0,001
13,40 0,043 0,051 0,009 0,065 0,023 0,024 -0,387 0,001 -0,001
18,20 0,050 0,058 0,007 0,074 0,028 0,023 -0,388 0,000 -0,002
29,06 0,062 0,073 0,004 0,094 0,036 0,020 -0,396 -0,001 -0,002
38,81 0,084 0,094 0,001 0,121 0,046 0,017 -0,325 -0,001 -0,001
48,34 0,114 0,118 -0,004 0,152 0,055 0,014 -0,203 -0,002 0,084
58,82 0,147 0,150 -0,008 0,195 0,065 0,011 -0,086 -0,004 0,180
68,85 0,181 0,195 -0,014 0,257 0,075 0,007 0,028 -0,006 0,258
78,98 0,216 0,241 -0,021 0,307 0,089 0,003 0,169 -0,009 0,356
90,23 0,253 0,292 -0,029 0,364 0,103 -0,001 0,297 -0,011 0,452
99,09 0,295 0,351 -0,037 0,423 0,124 -0,006 0,406 -0,015 0,536
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

109,93 0,338 0,419 -0,045 0,481 0,155 -0,012 0,523 -0,018 0,623
119,78 0,396 0,483 -0,054 0,532 0,239 -0,020 0,657 -0,021 0,695
129,95 0,457 0,555 -0,058 0,596 0,336 -0,029 0,858 -0,024 0,801
139,59 0,529 0,645 -0,063 0,677 0,439 -0,034 0,933 -0,028 0,909
150,34 0,632 0,759 -0,067 0,800 0,570 -0,033 1,063 -0,032 1,038
159,70 0,742 0,883 -0,071 0,933 0,717 -0,032 1,179 -0,036 1,151
169,60 0,820 0,968 -0,076 1,025 0,819 -0,033 1,295 -0,040 1,259
179,91 0,907 1,069 -0,081 1,142 0,941 -0,037 1,445 -0,046 1,365
191,02 1,006 1,178 -0,086 1,242 1,069 -0,039 1,592 -0,051 1,510
199,49 1,089 1,264 -0,091 1,317 1,167 -0,029 1,718 -0,056 1,628
208,97 1,192 1,373 -0,097 1,393 1,286 0,010 1,850 -0,061 1,765
218,66 1,305 1,480 -0,102 1,471 1,458 0,112 1,999 -0,067 1,941
230,31 1,492 1,574 -0,060 1,577 1,711 0,248 2,169 -0,075 2,132
238,96 1,647 1,628 0,091 1,671 1,883 0,350 2,306 -0,078 2,270
248,51 1,811 1,682 0,177 1,775 2,035 0,445 2,451 -0,084 2,428
259,83 2,067 1,745 0,307 1,882 2,161 0,591 2,603 -0,091 2,620
267,98 2,222 1,803 0,374 1,974 2,257 0,676 2,741 -0,102 2,783
278,73 2,421 1,845 0,453 2,084 2,371 0,761 2,902 -0,119 2,944
288,18 2,523 1,903 0,496 2,178 2,462 0,820 3,044 -0,131 3,079
298,93 2,625 1,978 0,543 2,292 2,570 0,881 3,213 -0,152 3,234
305,57 2,676 2,023 0,566 2,351 2,627 0,909 3,297 -0,166 3,304
147

Tabela B.6 – Continuação.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
307,94 2,699 2,049 0,576 2,381 2,657 0,924 3,336 -0,171 3,344
318,86 2,778 2,136 0,607 2,480 2,756 0,971 3,526 -0,195 3,492
329,57 2,847 2,224 0,639 2,575 2,855 1,013 3,696 -0,221 3,644
338,80 2,907 2,314 0,674 2,668 2,964 1,036 3,890 -0,251 3,820
349,60 2,971 2,399 0,708 2,752 3,171 1,068 4,010 -0,270 3,972
358,85 3,021 2,484 0,743 2,831 3,355 1,103 4,191 -0,298 4,149
363,37 3,059 2,530 0,761 2,877 3,455 1,122 4,276 -0,310 4,245
370,42 3,112 2,592 0,791 2,957 3,635 1,149 4,421 -0,333 4,369
381,15 3,192 2,694 0,839 3,074 4,200 1,193 4,596 -0,370 4,582
391,30 3,270 2,792 0,892 3,176 5,753 1,242 4,756 -0,409 4,784
400,22 3,384 2,885 0,964 3,129 7,934 1,283 4,927 -0,442 4,969
410,73 2,790 3,011 1,061 3,196 11,420 1,346 5,164 -0,489 5,298
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

420,19 2,869 3,089 1,142 3,243 15,143 1,423 5,338 -0,522 5,525
430,19 1,786 3,225 1,378 3,290 17,657 1,571 5,507 -0,553 6,003
432,17 1,966 3,362 1,439 3,296 17,558 1,630 5,544 -0,560 6,141
434,09 2,060 3,449 1,473 3,306 17,572 1,677 5,569 -0,565 6,238
436,02 2,049 5,053 1,555 3,295 17,589 1,881 5,629 -0,581 6,562
438,29 2,094 8,093 1,579 3,325 17,949 1,949 5,689 -0,588 6,737
440,80 2,128 4,140 1,607 3,345 18,456 1,995 5,732 -0,594 6,882
441,37 2,124 4,057 1,623 3,352 18,661 2,014 5,742 -0,596 6,941
442,24 2,112 4,032 1,629 3,354 18,756 2,022 5,745 -0,597 6,967
442,80 2,111 4,028 1,630 3,354 18,775 2,023 5,745 -0,597 6,971
443,07 2,087 3,895 1,641 3,359 19,077 2,045 5,780 -0,601 7,054
443,61 2,083 3,865 1,640 3,363 19,161 2,051 5,780 -0,602 7,090
443,94 2,082 3,861 1,638 3,364 19,174 2,052 5,781 -0,602 7,094
148

Tabela B.7 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do console


RUH2.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


4,08 -0,005 -0,004 - -0,006 -0,001 0,016
9,42 -0,005 -0,009 - -0,006 -0,003 0,014
13,40 -0,005 -0,013 - -0,006 -0,005 0,013
18,20 -0,004 -0,018 - -0,005 -0,008 0,011
29,06 -0,003 -0,027 - -0,004 -0,013 0,008
38,81 -0,003 -0,036 - -0,003 -0,019 0,004
48,34 -0,002 -0,046 - -0,002 -0,025 0,000
58,82 0,000 -0,055 - -0,001 -0,030 -0,004
68,85 0,002 -0,064 - 0,001 -0,036 -0,010
78,98 0,005 -0,074 - 0,003 -0,043 -0,016
90,23 0,007 -0,084 - 0,005 -0,049 -0,022
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

99,09 0,010 -0,092 - 0,008 -0,055 -0,028


109,93 0,013 -0,101 - 0,011 -0,061 -0,035
119,78 0,017 -0,111 - 0,014 -0,066 -0,043
129,95 0,020 -0,121 - 0,017 -0,070 -0,048
139,59 0,023 -0,129 - 0,020 -0,074 -0,054
150,34 0,025 -0,138 - 0,022 -0,079 -0,057
159,70 0,026 -0,146 - 0,022 -0,084 -0,060
169,60 0,026 -0,155 - 0,024 -0,089 -0,065
179,91 0,027 -0,166 - 0,025 -0,096 -0,070
191,02 0,027 -0,178 - 0,029 -0,100 -0,078
199,49 0,028 -0,189 - 0,030 -0,102 -0,088
208,97 0,030 -0,202 - 0,029 -0,105 -0,093
218,66 0,032 -0,213 - 0,023 -0,117 -0,095
230,31 0,043 -0,224 - 0,019 -0,133 -0,102
238,96 0,048 -0,228 - 0,019 -0,144 -0,110
248,51 0,051 -0,236 - 0,020 -0,156 -0,121
259,83 0,049 -0,247 - 0,022 -0,163 -0,141
267,98 0,050 -0,258 - 0,022 -0,170 -0,151
278,73 0,051 -0,271 - 0,019 -0,180 -0,160
288,18 0,053 -0,283 - 0,019 -0,188 -0,167
298,93 0,055 -0,297 - 0,018 -0,199 -0,174
305,57 0,057 -0,305 - 0,018 -0,205 -0,178
149

Tabela B.7 – Continuação.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


307,94 0,059 -0,309 - 0,017 -0,208 -0,180
318,86 0,064 -0,321 - 0,017 -0,219 -0,187
329,57 0,069 -0,333 - 0,016 -0,229 -0,194
338,80 0,075 -0,344 - 0,014 -0,240 -0,201
349,60 0,082 -0,355 - 0,012 -0,251 -0,208
358,85 0,094 -0,367 - 0,011 -0,262 -0,217
363,37 0,098 -0,373 - 0,010 -0,267 -0,221
370,42 0,108 -0,381 - 0,009 -0,275 -0,229
381,15 0,123 -0,394 - 0,008 -0,287 -0,240
391,30 0,144 -0,406 - 0,006 -0,298 -0,254
400,22 0,161 -0,414 - 0,005 -0,309 -0,264
410,73 0,192 -0,426 - 0,004 -0,321 -0,281
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

420,19 0,210 -0,437 - 0,004 -0,332 -0,292


430,19 0,254 -0,445 - 0,000 -0,346 -0,307
432,17 0,274 -0,441 - 0,000 -0,348 -0,310
434,09 0,294 -0,438 - 0,000 -0,349 -0,313
436,02 0,320 -0,441 - 0,004 -0,347 -0,320
438,29 0,331 -0,445 - 0,002 -0,351 -0,323
440,80 0,341 -0,450 - 0,000 -0,353 -0,326
441,37 0,346 -0,452 - 0,000 -0,355 -0,326
442,24 0,348 -0,453 - -0,001 -0,355 -0,327
442,80 0,348 -0,453 - -0,001 -0,355 -0,327
443,07 0,355 -0,461 - -0,003 -0,356 -0,328
443,61 0,348 -0,483 - -0,006 -0,357 -0,328
443,94 0,345 -0,490 - -0,007 -0,357 -0,329
150

Tabela B.8 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUH2.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


4,08 0,010 0,028 0,011 0,009 0,005 0,011
9,42 0,012 0,035 0,013 0,012 0,008 0,013
13,40 0,013 0,041 0,014 0,011 0,008 0,012
18,20 0,016 0,049 0,015 0,013 0,011 0,014
29,06 0,020 0,066 0,020 0,016 0,017 0,016
38,81 0,026 0,090 0,024 0,019 0,026 0,019
48,34 0,031 0,116 0,028 0,021 0,035 0,021
58,82 0,036 0,155 0,032 0,022 0,052 0,021
68,85 0,041 0,208 0,035 0,022 0,072 0,023
78,98 0,048 0,249 0,039 0,024 0,093 0,024
90,23 0,055 0,307 0,043 0,025 0,127 0,026
99,09 0,065 0,377 0,048 0,026 0,171 0,029
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

109,93 0,075 0,445 0,052 0,030 0,208 0,032


119,78 0,095 0,497 0,052 0,036 0,288 0,035
129,95 0,123 0,557 0,055 0,044 0,358 0,040
139,59 0,163 0,647 0,060 0,051 0,489 0,049
150,34 0,263 0,760 0,070 0,065 0,614 0,062
159,70 0,439 0,866 0,085 0,097 0,655 0,090
169,60 0,527 0,922 0,096 0,131 0,651 0,118
179,91 0,615 0,979 0,123 0,167 0,666 0,220
191,02 0,741 1,009 0,147 0,243 0,695 0,294
199,49 0,797 1,026 0,162 0,329 0,718 0,346
208,97 0,849 1,027 0,193 0,548 0,711 0,391
218,66 0,884 1,018 0,209 0,777 0,683 0,434
230,31 0,919 1,037 0,246 0,915 0,619 0,425
238,96 0,947 1,063 0,313 0,861 0,606 0,421
248,51 0,973 1,101 0,374 0,805 0,572 0,414
259,83 0,985 1,128 0,439 0,768 0,535 0,405
267,98 1,005 1,151 0,491 0,760 0,526 0,408
278,73 1,038 1,193 0,560 0,629 0,459 0,388
288,18 1,058 1,225 0,606 0,643 0,478 0,391
298,93 1,060 1,243 0,631 0,624 0,472 0,404
305,57 1,062 1,252 0,641 0,622 0,470 0,411
151

Tabela B.8 – Continuação.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


307,94 1,065 1,258 0,650 0,625 0,472 0,419
318,86 1,079 1,277 0,688 0,637 0,475 0,446
329,57 1,107 1,297 0,723 0,670 0,476 0,491
338,80 1,149 1,321 0,760 0,812 0,482 0,525
349,60 1,176 1,344 0,796 0,780 0,484 0,551
358,85 1,209 1,368 0,832 0,769 0,486 0,562
363,37 1,230 1,386 0,855 0,758 0,488 0,570
370,42 1,256 1,406 0,883 0,743 0,485 0,578
381,15 1,306 1,445 0,925 0,819 0,497 0,587
391,30 1,362 1,485 0,962 0,777 0,485 0,612
400,22 1,464 1,556 1,014 0,615 0,412 0,594
410,73 1,571 1,642 1,064 0,674 0,438 0,626
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

420,19 1,727 1,729 1,113 0,730 0,469 0,673


430,19 1,965 1,931 1,327 0,735 0,502 0,702
432,17 1,968 1,958 1,388 0,799 0,544 0,727
434,09 1,968 1,971 1,445 0,825 0,495 1,012
436,02 1,807 1,924 1,450 0,938 0,627 1,117
438,29 1,881 1,973 1,490 1,066 0,695 1,127
440,80 1,964 2,048 1,577 1,088 0,728 1,135
441,37 1,999 2,092 1,619 1,109 0,743 1,135
442,24 2,013 2,111 1,636 1,119 0,751 1,137
442,80 2,016 2,115 1,639 1,124 0,753 1,138
443,07 2,052 2,211 1,676 1,132 0,767 1,139
443,61 2,066 2,250 1,698 1,130 0,768 1,129
443,94 2,069 2,256 1,702 1,127 0,766 1,121
152

Tabela B.9 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUH3.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
8,46 0,182 0,030 -0,056 0,033 0,027 0,049 -0,014 0,000 -0,035
14,70 0,190 0,036 -0,057 0,040 0,035 0,047 -0,014 0,000 -0,035
23,69 0,203 0,047 -0,059 0,052 0,046 0,045 -0,014 0,000 -0,036
28,43 0,210 0,051 -0,060 0,057 0,052 0,044 -0,015 -0,004 -0,035
39,46 0,234 0,064 -0,062 0,077 0,072 0,040 0,006 -0,016 0,007
49,56 0,257 0,078 -0,064 0,101 0,092 0,036 0,487 -0,021 0,228
59,20 0,282 0,090 -0,065 0,123 0,112 0,033 0,809 -0,025 0,399
69,91 0,317 0,107 -0,067 0,155 0,141 0,029 1,295 -0,028 0,668
82,60 0,365 0,145 -0,068 0,203 0,182 0,023 1,972 -0,029 0,994
89,81 0,405 0,197 -0,064 0,252 0,221 0,016 2,473 -0,031 1,315
100,94 0,437 0,287 -0,056 0,324 0,263 0,004 2,907 -0,034 1,672
107,89 0,485 0,352 -0,053 0,410 0,316 -0,005 3,297 -0,033 1,952
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

118,35 0,558 0,420 -0,055 0,516 0,388 -0,016 3,566 -0,035 2,237
129,39 0,620 0,485 -0,051 0,623 0,456 -0,019 3,817 -0,039 2,442
138,38 0,708 0,575 -0,044 0,773 0,546 -0,021 4,367 -0,044 2,585
148,63 0,785 0,653 -0,037 0,900 0,627 -0,023 4,526 -0,049 2,725
158,58 0,866 0,743 -0,028 1,042 0,720 -0,026 4,865 -0,052 2,970
168,79 0,937 0,831 -0,022 1,178 0,809 -0,028 5,211 -0,053 3,186
179,15 1,013 0,912 -0,020 1,309 0,893 -0,031 5,572 -0,054 3,432
187,84 1,080 0,992 -0,019 1,439 0,969 -0,033 6,084 -0,056 3,694
198,39 1,155 1,072 -0,017 1,577 1,047 -0,034 6,885 -0,060 4,149
208,74 1,228 1,170 -0,120 1,711 1,127 -0,031 7,824 -0,063 4,701
218,81 1,300 1,231 -0,114 1,820 1,203 -0,028 8,566 -0,064 5,121
229,15 1,378 1,300 -0,119 1,934 1,280 -0,023 9,200 -0,064 5,465
239,24 1,473 1,377 -0,130 2,041 1,350 -0,009 9,720 -0,063 5,783
243,46 1,546 1,478 -0,086 2,252 1,457 0,002 9,798 -0,063 6,175
248,87 1,583 1,519 -0,083 2,289 1,488 0,002 9,898 -0,063 6,253
259,00 1,667 1,607 -0,079 2,378 1,558 0,003 10,180 -0,063 6,527
269,40 1,745 1,685 -0,074 2,461 1,622 0,004 10,448 -0,064 6,747
279,11 1,829 1,766 -0,068 2,549 1,691 0,006 10,733 -0,063 6,943
288,84 1,909 1,844 -0,063 2,635 1,754 0,007 10,966 -0,063 7,115
299,84 1,999 1,942 -0,059 2,742 1,832 0,009 11,240 -0,063 7,343
307,69 2,072 2,045 -0,054 2,828 1,894 0,011 11,455 -0,074 7,532
153

Tabela B.9 – Continuação.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
323,79 2,211 2,184 -0,047 2,972 1,997 0,015 11,802 -0,074 7,784
327,67 2,253 2,232 -0,047 3,019 2,029 0,016 11,904 -0,074 7,862
340,01 2,330 2,333 -0,046 3,118 2,098 0,019 12,091 -0,080 8,037
348,72 2,377 2,447 -0,046 3,221 2,170 0,024 12,313 -0,080 8,233
359,19 2,446 2,565 -0,046 3,318 2,231 0,028 12,594 -0,086 8,480
369,23 2,521 2,658 -0,047 3,617 2,288 0,030 12,679 -0,085 8,635
372,10 2,554 2,701 -0,047 3,690 2,315 0,032 12,724 -0,090 8,717
380,63 2,657 2,821 -0,048 4,017 2,375 0,036 12,900 -0,090 8,935
382,34 2,679 2,847 -0,048 4,102 2,387 0,037 12,919 -0,090 8,973
383,85 2,695 2,870 -0,048 4,215 2,397 0,038 12,949 -0,090 9,012
386,31 2,721 2,902 -0,048 4,378 2,417 0,040 12,982 -0,093 9,060
388,04 2,744 2,937 -0,049 4,552 2,438 0,041 13,021 -0,095 9,135
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

390,11 2,752 2,949 -0,049 4,878 2,446 0,042 13,035 -0,095 9,158
391,11 2,770 2,973 -0,048 5,460 2,460 0,043 13,053 -0,095 9,210
392,53 2,817 3,028 0,066 7,023 2,477 0,040 13,094 -0,094 9,371
393,28 2,822 3,032 0,073 7,143 2,479 0,040 13,098 -0,094 9,381
393,48 2,836 3,047 0,091 7,749 2,481 0,039 13,114 -0,094 9,433
154

Tabela B.10 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do console


RUH3.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


8,46 -0,005 -0,011 -0,005 0,002 -0,010 0,039
14,70 -0,004 -0,014 -0,005 -0,002 -0,010 0,037
23,69 -0,004 -0,018 -0,006 -0,009 -0,010 0,033
28,43 -0,003 -0,020 -0,006 -0,012 -0,010 0,032
39,46 -0,002 -0,025 -0,008 -0,021 -0,010 0,027
49,56 -0,001 -0,029 -0,009 -0,029 -0,010 0,023
59,20 0,001 -0,031 -0,010 -0,036 -0,010 0,019
69,91 0,003 -0,035 -0,011 -0,045 -0,009 0,013
82,60 0,007 -0,038 -0,012 -0,054 -0,008 0,005
89,81 0,012 -0,039 -0,014 -0,062 -0,007 -0,002
100,94 0,019 -0,038 -0,016 -0,072 -0,006 -0,011
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

107,89 0,025 -0,036 -0,017 -0,080 -0,004 -0,019


118,35 0,031 -0,034 -0,020 -0,090 -0,001 -0,029
129,39 0,034 -0,035 -0,021 -0,097 0,001 -0,037
138,38 0,036 -0,037 -0,021 -0,105 0,003 -0,045
148,63 0,036 -0,041 -0,022 -0,113 0,005 -0,053
158,58 0,035 -0,045 -0,023 -0,122 0,006 -0,058
168,79 0,034 -0,051 -0,022 -0,131 0,008 -0,064
179,15 0,031 -0,056 -0,023 -0,141 0,009 -0,069
187,84 0,028 -0,063 -0,024 -0,150 0,010 -0,072
198,39 0,024 -0,070 -0,026 -0,161 0,010 -0,072
208,74 0,016 -0,080 -0,028 -0,172 0,011 -0,065
218,81 0,007 -0,089 -0,029 -0,177 0,012 -0,015
229,15 -0,006 -0,102 -0,033 -0,191 0,000 0,037
239,24 -0,038 -0,129 -0,036 -0,211 -0,019 -0,013
243,46 -0,142 -0,262 -0,074 -0,337 -0,103 -0,067
248,87 -0,140 -0,263 -0,077 -0,347 -0,107 -0,075
259,00 -0,143 -0,275 -0,083 -0,369 -0,115 -0,091
269,40 -0,146 -0,285 -0,088 -0,388 -0,123 -0,107
279,11 -0,150 -0,296 -0,094 -0,408 -0,131 -0,124
288,84 -0,154 -0,306 -0,099 -0,428 -0,138 -0,143
299,84 -0,158 -0,319 -0,105 -0,454 -0,148 -0,182
307,69 -0,160 -0,327 -0,111 -0,476 -0,158 -0,214
155

Tabela B.10 – Continuação.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


323,79 -0,166 -0,344 -0,118 -0,512 -0,174 -0,286
327,67 -0,169 -0,349 -0,120 -0,524 -0,180 -0,310
340,01 -0,174 -0,359 -0,124 -0,549 -0,191 -0,348
348,72 -0,181 -0,370 -0,126 -0,577 -0,208 -0,373
359,19 -0,189 -0,380 -0,129 -0,604 -0,227 -0,365
369,23 -0,195 -0,390 -0,132 -0,620 -0,237 -0,312
372,10 -0,197 -0,394 -0,133 -0,625 -0,242 -0,242
380,63 -0,206 -0,405 -0,136 -0,642 -0,255 0,384
382,34 -0,208 -0,407 -0,136 -0,647 -0,258 0,676
383,85 -0,210 -0,409 -0,136 -0,651 -0,260 0,992
386,31 -0,213 -0,412 -0,137 -0,656 -0,262 1,347
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

388,04 -0,216 -0,414 -0,136 -0,662 -0,266 1,959


390,11 -0,217 -0,414 -0,136 -0,664 -0,267 2,127
391,11 -0,219 -0,415 -0,136 -0,665 -0,270 2,655
392,53 -0,224 -0,420 -0,138 -0,658 -0,271 -
393,28 -0,225 -0,420 -0,138 -0,657 -0,271 -
393,48 -0,226 -0,420 -0,138 -0,653 -0,270 -
156

Tabela B.11 – Leitura dos extensômetros colados no de CFC do console RUH3.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


8,46 0,020 0,038 0,005 0,026 0,051 0,046
14,70 0,024 0,047 0,010 0,030 0,059 0,051
23,69 0,031 0,061 0,017 0,037 0,071 0,058
28,43 0,033 0,068 0,020 0,040 0,077 0,062
39,46 0,042 0,096 0,031 0,048 0,104 0,072
49,56 0,049 0,129 0,041 0,054 0,138 0,080
59,20 0,055 0,159 0,052 0,059 0,179 0,086
69,91 0,062 0,204 0,065 0,065 0,229 0,096
82,60 0,072 0,266 0,077 0,075 0,299 0,108
89,81 0,079 0,318 0,085 0,091 0,342 0,114
100,94 0,093 0,374 0,091 0,121 0,386 0,118
107,89 0,108 0,424 0,095 0,141 0,464 0,124
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

118,35 0,138 0,487 0,109 0,156 0,638 0,141


129,39 0,182 0,564 0,125 0,179 0,782 0,165
138,38 0,268 0,674 0,146 0,225 0,944 0,209
148,63 0,379 0,777 0,174 0,290 1,082 0,258
158,58 0,511 0,884 0,216 0,452 1,217 0,315
168,79 0,651 0,970 0,284 0,748 1,320 0,377
179,15 0,779 1,057 0,355 1,181 1,376 0,475
187,84 0,894 1,138 0,428 1,745 1,441 0,558
198,39 1,016 1,215 0,497 1,870 1,493 0,656
208,74 1,131 1,288 0,585 1,998 1,523 0,715
218,81 1,212 1,323 0,709 2,122 1,573 0,795
229,15 1,299 1,393 0,802 2,213 1,630 0,892
239,24 1,370 1,450 0,877 2,183 1,689 1,015
243,46 1,528 1,616 1,024 2,102 1,639 1,010
248,87 1,550 1,654 1,061 2,119 1,664 1,035
259,00 1,609 1,740 1,150 2,151 1,726 1,100
269,40 1,666 1,816 1,228 2,176 1,780 1,144
279,11 1,728 1,893 1,308 2,202 1,841 1,184
288,84 1,792 1,968 1,389 2,226 1,898 1,244
299,84 1,874 2,061 1,478 2,258 1,959 1,337
307,69 1,946 2,135 1,549 2,250 1,978 1,389
157

Tabela B.11 – Continuação.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


323,79 2,052 2,231 1,653 2,273 2,029 1,448
327,67 2,085 2,262 1,682 2,275 2,042 1,490
340,01 2,154 2,326 1,737 2,284 2,074 1,578
348,72 2,228 2,393 1,798 2,297 2,109 1,682
359,19 2,291 2,451 1,857 2,316 2,134 1,816
369,23 2,350 2,507 1,907 2,336 2,157 1,915
372,10 2,379 2,535 1,932 2,350 2,168 1,952
380,63 2,437 2,589 1,999 2,367 2,094 1,952
382,34 2,448 2,598 2,008 2,375 2,096 1,972
383,85 2,457 2,607 2,015 2,378 2,102 2,003
386,31 2,478 2,625 2,029 2,387 2,117 2,052
388,04 2,494 2,644 2,040 2,392 2,128 2,086
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

390,11 2,504 2,653 2,046 2,396 2,133 2,095


391,11 2,521 2,667 2,054 2,405 2,143 2,114
392,53 2,546 2,675 2,060 2,430 2,174 2,171
393,28 2,548 2,676 2,060 2,433 2,178 2,176
393,48 2,555 2,677 2,061 2,445 2,189 2,192
158

Tabela B.12 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUD1.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
8,71 0,040 0,029 -0,016 0,057 0,021 0,051 0,000 0,006 -0,023
10,67 0,041 0,031 -0,017 0,059 0,022 0,050 0,000 0,006 -0,024
23,15 0,053 0,042 -0,020 0,080 0,032 0,047 0,000 0,006 0,060
34,59 0,069 0,059 -0,023 0,114 0,045 0,043 0,155 0,003 0,276
40,35 0,078 0,067 -0,026 0,128 0,052 0,041 0,324 0,002 0,381
50,06 0,098 0,082 -0,030 0,156 0,063 0,038 0,616 0,000 0,560
60,92 0,137 0,105 -0,033 0,191 0,077 0,035 0,898 -0,005 0,696
70,41 0,180 0,133 -0,037 0,230 0,093 0,031 1,156 -0,024 0,856
82,12 0,227 0,182 -0,042 0,284 0,112 0,026 1,402 -0,029 0,976
90,87 0,267 0,236 -0,048 0,341 0,132 0,019 1,619 -0,037 1,097
99,90 0,314 0,305 -0,056 0,422 0,160 0,010 1,810 -0,042 1,219
111,34 0,375 0,396 -0,066 0,525 0,226 0,001 2,054 -0,047 1,401
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

122,05 0,446 0,484 -0,070 0,651 0,333 -0,002 2,222 -0,053 1,532
131,49 0,530 0,569 -0,067 0,786 0,498 0,001 2,422 -0,062 1,677
142,95 0,653 0,694 -0,064 0,939 0,776 -0,001 2,659 -0,069 1,867
152,61 0,739 0,749 -0,063 1,038 0,956 -0,002 2,825 -0,077 1,979
161,07 0,823 0,816 -0,064 1,134 1,118 -0,004 2,979 -0,086 2,105
171,33 0,913 0,896 -0,066 1,239 1,284 -0,005 3,151 -0,091 2,251
180,73 0,994 0,984 -0,067 1,341 1,430 -0,008 3,326 -0,098 2,409
191,48 1,084 1,080 -0,069 1,446 1,592 -0,010 3,514 -0,103 2,554
200,07 1,175 1,177 -0,071 1,548 1,751 -0,015 3,731 -0,109 2,737
209,85 1,262 1,275 -0,072 1,652 1,900 -0,017 3,920 -0,119 2,937
220,79 1,344 1,371 -0,076 1,753 2,039 -0,020 4,092 -0,123 3,030
231,94 1,705 1,506 -0,017 1,893 2,291 0,020 4,326 -0,135 3,354
238,42 1,786 1,560 -0,013 1,953 2,351 0,019 4,438 -0,138 3,422
242,94 1,836 1,595 -0,008 1,995 2,392 0,019 4,509 -0,141 3,470
248,08 1,897 1,640 0,001 2,048 2,446 0,018 4,599 -0,143 3,536
249,84 1,938 1,670 0,008 2,085 2,483 0,018 4,654 -0,146 3,585
259,56 2,040 1,760 0,053 2,192 2,587 0,018 4,817 -0,149 3,754
270,93 2,142 1,860 0,119 2,307 2,704 0,018 5,008 -0,154 3,940
281,21 2,237 1,957 0,168 2,421 2,819 0,018 5,184 -0,159 4,081
289,65 2,322 2,044 0,211 2,526 2,924 0,018 5,356 -0,163 4,249
291,88 2,341 2,063 0,221 2,550 2,949 0,018 5,401 -0,165 4,284
300,32 2,424 2,145 0,265 2,653 3,053 0,018 5,570 -0,170 4,438
159

Tabela B.12 – Continuação.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
310,08 2,516 2,240 0,314 2,776 3,175 0,019 5,787 -0,174 4,633
321,23 2,607 2,328 0,357 2,885 3,290 0,019 5,977 -0,180 4,855
330,55 2,699 2,408 0,406 3,005 3,464 0,019 6,190 -0,185 4,961
340,45 2,716 2,495 0,458 3,121 3,760 0,020 6,421 -0,191 5,159
349,83 2,805 2,608 0,509 3,326 5,026 0,021 6,664 -0,199 5,315
360,58 2,917 2,732 0,535 3,562 - 0,023 6,900 -0,207 5,546
370,81 3,042 2,862 0,575 3,621 - 0,028 7,120 -0,212 5,766
380,53 3,173 3,163 0,614 3,695 - 0,035 7,299 -0,220 6,036
390,14 3,349 4,767 0,659 3,719 - 0,047 7,491 -0,228 6,408
400,33 3,823 3,521 0,797 4,182 - 0,063 7,801 -0,240 7,225
402,20 8,141 3,461 0,847 11,029 - 0,058 7,901 -0,243 7,691
404,03 4,186 3,475 0,885 13,928 - 0,071 7,961 -0,245 8,009
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

406,05 3,972 3,398 0,944 14,972 - 0,090 8,079 -0,248 8,475


408,65 3,848 3,398 0,967 16,261 - 0,089 8,155 -0,251 8,783
409,27 3,698 2,699 0,983 - - 0,084 8,240 -0,254 9,424
410,21 3,699 2,695 0,983 - - 0,084 8,242 -0,254 9,434
411,31 3,848 2,195 1,003 - - 0,082 8,333 -0,256 10,127
412,33 3,784 2,118 1,007 - - 0,083 8,347 -0,256 10,319
411,60 3,781 2,113 1,008 - - 0,083 8,349 -0,257 10,334
413,89 3,764 1,981 1,028 - - 0,084 8,391 -0,257 10,725
160

Tabela B.13 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do console


RUD1.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


8,71 -0,008 -0,012 0,030 -0,008 -0,001 0,022
10,67 -0,008 -0,013 0,029 -0,008 -0,002 0,021
23,15 -0,008 -0,021 0,026 -0,008 -0,012 0,016
34,59 -0,008 -0,029 0,022 -0,007 -0,022 0,011
40,35 -0,008 -0,033 0,021 -0,007 -0,028 0,008
50,06 -0,007 -0,040 0,017 -0,007 -0,037 0,003
60,92 -0,006 -0,047 0,013 -0,006 -0,047 -0,003
70,41 -0,005 -0,053 0,009 -0,006 -0,058 -0,009
82,12 -0,003 -0,061 0,002 -0,004 -0,070 -0,017
90,87 -0,001 -0,067 -0,004 -0,003 -0,081 -0,025
99,90 0,003 -0,072 -0,011 -0,001 -0,092 -0,034
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

111,34 0,006 -0,079 -0,019 0,001 -0,105 -0,046


122,05 0,010 -0,083 -0,025 0,005 -0,117 -0,057
131,49 0,013 -0,087 -0,030 0,008 -0,128 -0,067
142,95 0,014 -0,093 -0,035 0,011 -0,141 -0,078
152,61 0,015 -0,098 -0,038 0,012 -0,153 -0,085
161,07 0,015 -0,104 -0,041 0,012 -0,165 -0,091
171,33 0,015 -0,111 -0,044 0,014 -0,180 -0,096
180,73 0,015 -0,119 -0,048 0,014 -0,195 -0,101
191,48 0,013 -0,127 -0,052 0,016 -0,214 -0,105
200,07 0,008 -0,135 -0,055 0,017 -0,251 -0,107
209,85 0,004 -0,144 -0,058 0,015 -0,278 -0,108
220,79 -0,002 -0,153 -0,061 0,013 -0,300 -0,098
231,94 0,033 -0,168 -0,146 -0,042 -0,387 2,658
238,42 0,031 -0,176 -0,155 -0,042 -0,404 -
242,94 0,030 -0,182 -0,160 -0,044 -0,415 -
248,08 0,028 -0,189 -0,167 -0,048 -0,428 -
249,84 0,027 -0,194 -0,171 -0,049 -0,436 -
259,56 0,023 -0,206 -0,182 -0,054 -0,460 -
270,93 0,022 -0,219 -0,194 -0,057 -0,485 -
281,21 0,019 -0,230 -0,205 -0,061 -0,508 -
289,65 0,018 -0,240 -0,215 -0,064 -0,530 -
291,88 0,017 -0,242 -0,217 -0,065 -0,535 -
300,32 0,015 -0,252 -0,227 -0,068 -0,556 -
161

Tabela B.13 – Continuação.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


310,08 0,014 -0,264 -0,240 -0,072 -0,580 -
321,23 0,014 -0,275 -0,251 -0,074 -0,602 -
330,55 0,014 -0,286 -0,263 -0,077 -0,622 -
340,45 0,014 -0,299 -0,274 -0,080 -0,642 -
349,83 0,016 -0,315 -0,295 -0,081 -0,665 -
360,58 0,016 -0,331 -0,328 -0,084 -0,684 -
370,81 0,013 -0,346 -0,356 -0,084 -0,698 -
380,53 0,009 -0,362 -0,388 -0,084 -0,708 -
390,14 0,006 -0,377 -0,419 -0,083 -0,715 -
400,33 -0,010 -0,396 -0,456 -0,080 -0,713 -
402,20 -0,014 -0,402 -0,467 -0,077 -0,715 -
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

404,03 -0,019 -0,407 -0,472 -0,075 -0,721 -


406,05 -0,021 -0,414 -0,481 -0,073 -0,733 -
408,65 -0,022 -0,417 -0,487 -0,073 -0,738 -
409,27 -0,023 -0,421 -0,491 -0,071 -0,742 -
410,21 -0,023 -0,422 -0,491 -0,071 -0,742 -
411,31 -0,024 -0,426 -0,496 -0,069 -0,748 -
412,33 -0,026 -0,428 -0,496 -0,069 -0,750 -
411,60 -0,026 -0,428 -0,496 -0,069 -0,750 -
413,89 -0,028 -0,430 -0,496 -0,069 -0,752 -
162

Tabela B.14 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUD1.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


8,71 0,004 0,029 -0,005 -0,004 -0,023 -0,033
10,67 0,004 0,029 -0,005 -0,004 -0,022 -0,033
23,15 0,005 0,038 -0,004 -0,002 -0,012 -0,031
34,59 0,007 0,047 -0,004 0,000 -0,002 -0,030
40,35 0,007 0,049 -0,003 0,001 0,001 -0,030
50,06 0,008 0,054 -0,003 0,003 0,005 -0,030
60,92 0,009 0,061 -0,002 0,004 0,009 -0,029
70,41 0,010 0,068 -0,002 0,006 0,012 -0,029
82,12 0,012 0,079 -0,002 0,009 0,014 -0,029
90,87 0,014 0,089 -0,002 0,011 0,014 -0,029
99,90 0,015 0,105 -0,002 0,012 0,014 -0,030
111,34 0,017 0,114 -0,001 0,012 0,014 -0,030
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

122,05 0,018 0,122 -0,001 0,002 0,012 -0,031


131,49 0,017 0,144 -0,001 -0,012 0,017 -0,030
142,95 0,015 0,154 -0,001 -0,021 0,026 -0,030
152,61 0,013 0,158 -0,001 -0,023 0,034 -0,029
161,07 0,012 0,166 -0,001 -0,022 0,040 -0,028
171,33 0,014 0,180 -0,001 -0,021 0,047 -0,028
180,73 0,015 0,198 -0,001 -0,021 0,055 -0,027
191,48 0,016 0,221 -0,001 -0,022 0,065 -0,026
200,07 0,018 0,238 0,000 -0,024 0,076 -0,026
209,85 0,021 0,253 -0,002 -0,027 0,094 -0,025
220,79 0,024 0,271 -0,001 -0,030 0,123 -0,024
231,94 0,759 0,293 -0,002 0,725 0,179 -0,025
238,42 0,752 0,310 -0,002 0,976 0,187 -0,025
242,94 0,755 0,321 -0,002 1,134 0,193 -0,024
248,08 0,762 0,334 -0,002 1,380 0,205 -0,023
249,84 0,769 0,343 -0,002 1,497 0,213 -0,023
259,56 0,785 0,369 -0,002 1,781 0,259 -0,022
270,93 0,797 0,399 -0,002 2,026 0,310 -0,021
281,21 0,785 0,434 -0,002 2,221 0,360 -0,020
289,65 0,770 0,476 -0,002 2,396 0,399 -0,019
291,88 0,773 0,489 -0,002 2,437 0,409 -0,019
300,32 0,781 0,521 -0,002 2,599 0,454 -0,018
163

Tabela B.14 – Continuação.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


310,08 0,794 0,549 -0,002 2,741 0,520 -0,017
321,23 0,808 0,575 -0,002 2,840 0,587 -0,016
330,55 0,820 0,602 -0,003 2,923 0,661 -0,016
340,45 0,818 0,628 -0,003 3,016 0,730 -0,015
349,83 0,839 0,651 -0,002 3,116 0,860 -0,014
360,58 0,838 0,661 -0,003 3,186 1,033 -0,013
370,81 0,801 0,659 -0,002 3,082 1,203 -0,012
380,53 0,781 0,666 -0,002 3,222 1,465 -0,012
390,14 0,714 0,715 -0,002 3,435 1,848 -0,012
400,33 0,708 0,913 -0,002 3,586 3,007 -0,012
402,20 0,783 1,006 -0,001 3,712 3,732 -0,011
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

404,03 0,750 0,989 -0,001 3,909 4,258 -0,010


406,05 0,849 1,036 0,000 4,311 5,153 -0,005
408,65 0,921 1,052 0,000 4,493 5,600 -0,001
409,27 1,272 1,079 0,003 4,704 5,962 0,150
410,21 1,269 1,079 0,003 4,706 5,971 0,153
411,31 1,646 1,098 0,005 4,913 6,235 2,290
412,33 1,678 1,123 0,006 4,776 6,083 1,317
411,60 1,680 1,125 0,007 4,775 6,087 1,285
413,89 1,747 1,174 0,010 4,681 5,763 0,518
164

Tabela B.15 – Leitura dos TD e extensômetros colados no aço do console RUD2.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
7,03 0,053 0,045 -0,019 0,064 0,026 0,030 -0,001 -0,009 0,142
22,15 0,067 0,064 -0,021 0,090 0,038 0,027 0,190 -0,027 0,397
31,34 0,078 0,077 -0,023 0,111 0,046 0,025 0,461 -0,036 0,557
43,45 0,093 0,095 -0,026 0,138 0,055 0,022 0,801 -0,049 0,753
53,62 0,117 0,126 -0,029 0,187 0,065 0,019 1,210 -0,059 0,988
65,79 0,158 0,180 -0,036 0,255 0,084 0,013 1,691 -0,066 1,280
77,23 0,207 0,227 -0,042 0,304 0,112 0,009 2,002 -0,076 1,453
85,74 0,244 0,269 -0,047 0,349 0,141 0,004 2,250 -0,087 1,598
97,78 0,305 0,340 -0,054 0,421 0,212 -0,006 2,578 -0,098 1,796
106,35 0,383 0,439 -0,053 0,495 0,310 -0,015 2,823 -0,103 1,957
115,77 0,458 0,539 -0,051 0,558 0,418 -0,019 3,052 -0,105 2,089
126,48 0,571 0,692 -0,050 0,699 0,570 -0,019 3,354 -0,112 2,277
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

137,48 0,660 0,814 -0,051 0,815 0,694 -0,019 3,614 -0,119 2,455
146,37 0,739 0,923 -0,053 0,911 0,812 -0,022 3,869 -0,124 2,607
155,91 0,815 1,060 -0,055 1,034 0,973 -0,025 4,146 -0,131 2,781
166,50 0,893 1,206 -0,059 1,174 1,150 -0,028 4,411 -0,140 2,970
176,96 0,946 1,306 -0,062 1,284 1,270 -0,029 4,621 -0,147 3,108
186,61 1,004 1,417 -0,064 1,406 1,401 -0,030 4,898 -0,156 3,279
195,74 1,060 1,520 -0,066 1,522 1,533 -0,031 5,175 -0,164 3,416
207,08 1,133 1,634 -0,068 1,660 1,683 -0,032 5,490 -0,173 3,603
217,15 1,198 1,715 -0,069 1,772 1,809 -0,032 5,754 -0,180 3,778
227,30 1,272 1,802 -0,070 1,890 1,931 -0,031 6,017 -0,188 3,941
237,82 1,708 1,887 0,032 2,152 2,236 0,018 6,451 -0,200 4,509
247,22 1,801 1,942 0,048 2,228 2,285 0,017 6,543 -0,203 4,631
257,85 1,916 2,020 0,137 2,336 2,360 0,018 6,804 -0,208 4,822
277,13 2,122 2,163 0,226 2,549 2,515 0,020 7,275 -0,227 5,169
285,70 2,226 2,226 0,265 2,653 2,594 0,021 7,531 -0,227 5,340
297,12 2,371 2,291 0,325 2,787 2,695 0,025 7,852 -0,238 5,567
306,08 2,475 2,341 0,360 2,883 2,765 0,028 8,078 -0,242 5,737
312,95 2,553 2,365 0,386 2,960 2,823 0,028 8,257 -0,250 5,863
321,91 2,662 2,403 0,420 3,069 2,907 0,031 8,511 -0,261 6,068
331,90 2,780 2,466 0,447 3,186 3,003 0,034 8,773 -0,271 6,272
340,26 2,891 2,522 0,464 3,279 3,092 0,039 9,005 -0,279 6,457
165

Tabela B.15 – Continuação.

Força
no E1 E2 E3 E4 E5 E6 TD1 TD2 TD3
console
(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (mm) (mm) (mm)
352,18 3,085 2,614 0,487 3,368 3,433 0,048 9,302 -0,293 6,686
360,70 3,416 2,704 0,510 3,406 4,426 0,059 9,542 -0,301 6,900
365,90 3,763 2,797 0,529 3,426 1,882 0,066 9,695 -0,307 7,042
371,56 4,511 2,877 0,552 3,441 1,824 0,076 9,847 -0,313 7,192
372,43 4,731 2,890 0,556 3,445 1,828 0,078 9,870 -0,314 7,210
376,05 5,547 2,941 0,573 3,469 1,852 0,084 9,971 -0,316 7,359
381,79 5,014 3,023 0,602 3,494 1,897 0,094 10,127 -0,318 7,485
386,20 3,076 3,098 0,634 3,517 1,911 0,107 10,251 -0,324 7,649
390,99 2,914 3,189 0,663 3,540 1,936 0,116 10,370 -0,331 7,800
397,27 2,882 3,409 0,698 3,598 2,054 0,133 10,537 -0,343 8,054
400,10 2,908 3,591 0,708 3,627 2,144 0,145 10,637 -0,349 8,219
402,30 2,876 3,662 0,705 3,666 2,222 0,157 10,720 -0,350 8,344
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

404,17 2,903 3,762 0,690 3,882 2,444 0,195 10,749 -0,354 8,570
166

Tabela B.16 – Leitura dos extensômetros colados na superfície do concreto do console


RUD2.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


7,03 -0,007 -0,013 -0,006 -0,009 0,001 0,023
22,15 -0,006 -0,023 -0,011 -0,009 -0,008 0,018
31,34 -0,005 -0,030 -0,014 -0,009 -0,013 0,016
43,45 -0,004 -0,037 -0,018 -0,009 -0,020 0,012
53,62 -0,003 -0,045 -0,022 -0,008 -0,027 0,007
65,79 -0,002 -0,056 -0,027 -0,008 -0,037 0,000
77,23 0,000 -0,063 -0,033 -0,006 -0,045 -0,006
85,74 0,001 -0,069 -0,038 -0,005 -0,051 -0,011
97,78 0,003 -0,077 -0,044 -0,003 -0,059 -0,020
106,35 0,006 -0,080 -0,050 0,000 -0,067 -0,029
115,77 0,008 -0,084 -0,054 0,002 -0,073 -0,037
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

126,48 0,009 -0,090 -0,059 0,005 -0,080 -0,046


137,48 0,009 -0,097 -0,062 0,007 -0,086 -0,052
146,37 0,009 -0,104 -0,066 0,008 -0,092 -0,057
155,91 0,009 -0,112 -0,069 0,008 -0,099 -0,062
166,50 0,009 -0,120 -0,073 0,007 -0,107 -0,066
176,96 0,009 -0,127 -0,076 0,007 -0,113 -0,069
186,61 0,009 -0,135 -0,080 0,007 -0,120 -0,072
195,74 0,010 -0,142 -0,085 0,008 -0,127 -0,075
207,08 0,010 -0,151 -0,090 0,013 -0,134 -0,073
217,15 0,009 -0,159 -0,094 0,017 -0,139 -0,071
227,30 0,008 -0,168 -0,099 0,023 -0,143 -0,062
237,82 0,030 -0,186 -0,152 -0,080 -0,259 2,508
247,22 0,028 -0,196 -0,157 -0,088 -0,271 2,730
257,85 0,026 -0,205 -0,167 -0,096 -0,287 2,953
277,13 0,025 -0,222 -0,187 -0,107 -0,312 3,306
285,70 0,025 -0,229 -0,198 -0,113 -0,324 3,465
297,12 0,021 -0,238 -0,213 -0,119 -0,338 3,592
306,08 0,021 -0,247 -0,219 -0,123 -0,349 3,456
312,95 0,021 -0,248 -0,222 -0,127 -0,358 3,452
321,91 0,022 -0,250 -0,228 -0,131 -0,368 3,488
331,90 0,022 -0,258 -0,237 -0,135 -0,382 3,560
340,26 0,021 -0,266 -0,247 -0,138 -0,392 3,624
167

Tabela B.16 – Continuação.

Força no
C1 C2 C3 C4 C5 C6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


352,18 0,022 -0,279 -0,270 -0,141 -0,406 3,723
360,70 0,022 -0,291 -0,282 -0,142 -0,413 3,803
365,90 0,022 -0,297 -0,291 -0,141 -0,417 3,852
371,56 0,020 -0,306 -0,302 -0,141 -0,421 3,893
372,43 0,020 -0,307 -0,306 -0,141 -0,421 3,900
376,05 0,019 -0,314 -0,313 -0,140 -0,423 3,928
381,79 0,018 -0,321 -0,322 -0,139 -0,426 3,956
386,20 0,014 -0,331 -0,330 -0,137 -0,428 3,928
390,99 0,010 -0,338 -0,336 -0,134 -0,428 3,911
397,27 0,006 -0,352 -0,345 -0,128 -0,425 3,737
400,10 0,007 -0,356 -0,352 -0,125 -0,432 3,612
402,30 0,008 -0,354 -0,353 -0,123 -0,446 3,371
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

404,17 0,007 -0,350 -0,350 -0,116 -0,492 2,970


168

Tabela B.17 – Leitura dos extensômetros colados no CFC do console RUD2.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


7,03 0,004 0,093 0,004 -0,001 -0,019 -0,027
22,15 0,006 0,116 0,006 0,005 0,003 -0,023
31,34 0,007 0,137 0,007 0,008 0,016 -0,021
43,45 0,009 0,167 0,008 0,010 0,033 -0,019
53,62 0,010 0,219 0,008 0,013 0,054 -0,018
65,79 0,009 0,229 0,007 0,012 0,052 -0,020
77,23 0,009 0,240 0,007 0,014 0,068 -0,019
85,74 0,009 0,249 0,007 0,015 0,080 -0,018
97,78 0,007 0,256 0,007 0,017 0,105 -0,017
106,35 0,007 0,278 0,007 0,012 0,149 -0,016
115,77 0,005 0,288 0,007 0,008 0,190 -0,015
126,48 0,000 0,345 0,008 0,002 0,252 -0,014
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

137,48 -0,002 0,368 0,008 0,002 0,306 -0,013


146,37 -0,003 0,381 0,008 0,001 0,372 -0,011
155,91 -0,004 0,394 0,008 0,002 0,470 -0,010
166,50 -0,003 0,422 0,009 0,002 0,708 -0,007
176,96 -0,003 0,447 0,010 0,003 0,772 -0,004
186,61 -0,002 0,465 0,010 0,004 0,778 -0,001
195,74 -0,001 0,486 0,011 0,002 0,892 0,002
207,08 0,001 0,515 0,010 0,001 0,946 0,006
217,15 0,001 0,539 0,011 0,002 1,011 0,009
227,30 0,003 0,561 0,013 0,003 1,076 0,014
237,82 1,067 0,589 0,013 0,200 1,017 0,021
247,22 0,854 0,594 0,015 0,217 1,030 0,021
257,85 0,731 0,604 0,015 0,358 1,045 0,023
277,13 0,635 0,624 0,017 0,568 1,072 0,036
285,70 0,611 0,637 0,019 0,676 1,103 0,045
297,12 0,585 0,650 0,020 1,475 1,085 0,061
306,08 0,538 0,650 0,022 1,524 1,108 0,078
312,95 0,532 0,658 0,023 1,698 1,114 0,091
321,91 0,533 0,668 0,025 1,735 1,105 0,116
331,90 0,541 0,671 0,027 1,728 1,111 0,151
340,26 0,544 0,671 0,031 1,755 1,138 0,173
169

Tabela B.17 – Continuação.

Força no
F1 F2 F3 F4 F5 F6
console

(kN) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰) (‰)


352,18 0,554 0,671 0,035 1,751 1,175 0,220
360,70 0,571 0,676 0,037 1,755 1,201 0,297
365,90 0,575 0,673 0,038 1,749 1,216 0,369
371,56 0,572 0,673 0,038 1,772 1,218 0,503
372,43 0,570 0,674 0,038 1,785 1,219 0,517
376,05 0,554 0,679 0,039 1,809 1,230 0,579
381,79 0,577 0,690 0,042 1,774 1,247 0,665
386,20 0,588 0,694 0,044 1,714 1,258 0,745
390,99 0,605 0,699 0,047 1,756 1,259 0,801
397,27 0,616 0,708 0,051 1,762 1,279 0,883
400,10 0,660 0,725 0,054 1,814 1,318 0,909
402,30 0,639 0,748 0,059 1,861 1,369 0,952
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

404,17 0,620 0,801 0,073 1,903 1,391 1,063


Anexo C Rotinas de Cálculo das Forças Teóricas

C.1.
Console de Referência

Dados de Entrada:

a = 0,24 m
h = 0,43 m
b = 0,25 m

φ = 6,3mm → fy = 526,41MPa

φ = 10,0mm → fy = 633,12 MPa


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

ft = 3,52 MPa

fc = 32,07 MPa

As1 = 1,58 cm 2

As 2 = 1,58 cm 2

As 3 = 0,62 cm 2

As 4 = 0,62 cm 2

As ,T = 4,4 cm 2

As,T 4,4
ρ= = = 0,41%
b × h 25 × 43
d1 = 0,405 m

d 2 = 0,39 m

d 3 = 0,275 m

d 4 = 0,16 m

ν t = 0,50
h2 = 0,2215 m

h3 = 0,1065 m
171

Força última teórica segundo o modelo de Bielas e Tirantes.

Ti
Asi = ∴Ti = Asi × fyi
fyi

T1 = 2 × 2 × 0,785 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 = 198,80 kN

T2 = T3 = 2 × 0,31×10 −4 × 526,41×103 = 32,82 kN

Vteórica × a T × 0,8 h
T= ∴ Vteórica =
0,8 × h a
Somando a parcela da armadura de costura tem–se :
T × 0,8 h Ti × hi
Vteórica = + ∑
a a
198,80 × 0,8 × 0,43 32,82 × 0,2215 32,82 × 0,1065
Vteórica = + + = 329,94 kN
0,24 0,24 0,24
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172

Força última teórica segundo o modelo cinemático.

a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2 ) ( 1− 0,25 h )
νc = h
fc

0,24
0,60 ( 2 − 0,4 × ) ( 0,41% + 2 ) ( 1− 0,25 × 0,43 )
0,43
νc = = 0,3367
32,07

∑A si fyi +ν t ft b h + Af ff ν f
y=
(ν c fc +ν t ft ) b

∑A si fyi = (1,58 × 10 −4 × 633,13 ×10 3 ) × 2 + ( 0,62 ×10 −4 × 526,41×103 ) × 2 = 265,34

265,34 + 0,50 × 3,52 × 10 3 × 0,25 × 0,43


y=
( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) × 0,25

y = 0,145m

1 1
x 2 ( ν c fc b + ν t ft b ) + x (ν c fc +ν t ft ) a b − Asi fyi ( d i − y )
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

2 2
1 1
− ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y ) = 0
2 2
1 1
A = ν c fc b + ν t ft b
2 2
1 1 kN
A = × 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 + × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 = 1,57 ×10 3
2 2 m
B = (ν c fc +ν t ft ) a b

B = ( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) 0,24 × 0,25 = 753,49 kN

1 1
C = − Asi fyi (d i − y ) − ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y )
2 2
Cálculo das parcelas individuais :

∑A si fyi (d i − y ) = 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,405 − 0,145 )

+ 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,39 − 0,145 ) + 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,145 )

+ 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,145 )

∑A si fyi (d i − y ) = 55,31kNm

1 1
ν c fc b y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × 0,145 2 = 28,29
2 2
1 1
ν t ft b ( h − y )2 = 0,5 × 3,52 ×103 × 0,25 ( 0,43 − 0,145 )2 = 17,90
2 2
173

Logo, o valor de C é:
C = − 55,31 − 28,29 − 17,90 − 0 = − 101,50
Os valores de x1 e x2 são:

− B + B2 − 4 AC
x1 =
2A

− 753,49 + 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −101,50 )


x1 = = 0,110 m
2 ×1,57 × 103

− B − B2 − 4 AC
x2 =
2A

− 753,49 − 753,49 2 − 4 × 1,57 ×10 3 × ( −101,50)


x2 = = − 0,5897m
2 ×1,57 ×10 3
Portanto, o valor de x = 0,110 m
Para o cálculo da força última teórica Vteórica, foi utilizada a seguinte fórmula:

( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d f − y ) +
1
v c fc b x 2 + y 2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Si yi i
i =1 2
Vteórica =
(a + x )
1
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
]
+ 2
(a + x )
1
2
( 1
)
v c fc b x 2 + y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × (0,110 2 + 0,145 2 ) = 44,52
2
1
2
[ 2 1
2
] 2
[
v t ft b (h − y ) + x 2 = × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 (0,43 − 0,145 ) + 0,110 2 = 20,54 ]
A força última teórica é:
55,31+ 0 + 44,52 + 20,54
Vteórica = = 344,26 kN
0,35
174

C.2.
Console RUH1

Dados de Entrada:

a = 0,24 m
h = 0,43 m
b = 0,25 m

φ = 6,3mm → fy = 526,41MPa

φ = 10,0mm → fy = 633,12 MPa

ft = 3,52 MPa

fc = 32,07 MPa

Af = 0,366 cm 2

As1 = 1,58 cm 2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

As 2 = 1,58 cm 2

As 3 = 0,62 cm 2

As 4 = 0,62 cm 2

As ,T = 4,4 cm 2

As,T 4,4
ρ= = = 0,41%
b × h 25 × 43
d1 = 0,405 m

d 2 = 0,39 m

d 3 = 0,275 m

d 4 = 0,16 m

d f 1 = 0,3550 m

ν t = 0,50
ν f = 0,20
h2 = 0,2215 m

h3 = 0,1065 m

Ef = 255,17 GPa

ε f = 0,647‰
Força última teórica segundo o modelo de bielas e tirantes.
175

Ti
Asi = ∴Ti = Asi × fyi
fyi

T1 = 2 × 2 × 0,785 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 = 198,80 kN

T2 = T3 = 2 × 0,31×10 −4 × 526,41×103 = 32,82 kN

Vteórica × a T × 0,8 h
T= ∴ Vteórica =
0,8 × h a
Somando–se a parcela da armadura de costura segue–se para a força última
teórica :
T × 0,8 h Ti × hi
Vteórica = + ∑
a a
198,80 × 0,8 × 0,43 32,82 × 0,2215 32,82 × 0,1065
Vteórica = + + = 329,94 kN
0,24 0,24 0,24

Parcela do reforço:
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Fxf = Ef × ε f × Af

Fxf = 255,17 ×10 6 × 0,000647 × 0,0000366 = 6,04 kN

Portanto, a força última teórica é:


T × 0,8 h Ti × hi Fxf × d f 1
Vteórica = + ∑ +
a a a
6,04 × 0,355
Vteórica = 329,94 + = 338,88 kN
0,24
176

Força última teórica segundo o modelo cinemático.

a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2 ) ( 1− 0,25 h )
νc = h
fc

0,24
0,60 ( 2 − 0,4 × ) ( 0,41% + 2 ) ( 1− 0,25 × 0,43 )
0,43
νc = = 0,3367
32,07

∑A si fyi +ν t ft b h + Af ff ν f
y=
(ν c fc +ν t ft ) b
Cálculo da parcela da armadura interna:

∑A si fyi = (1,58 × 10 −4 × 633,13 ×10 3 ) × 2 + ( 0,62 ×10 −4 × 526,41×103 ) × 2 = 265,34

Portanto, o valor de y é:
265,34 + 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 × 0,43 + 3,66 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20
y=
( 0,3367 × 32,07 × 10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) × 0,25
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

y = 0,152 m
Cálculo do valor de x:
1 1
x 2 ( ν c fc b + ν t ft b ) + x (ν c fc +ν t ft ) a b − Asi fyi ( d i − y )
2 2
1 1
− ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y ) = 0
2 2
Cálculo dos parâmetros da equação do 2º grau:
1 1
A = ν c fc b + ν t ft b
2 2
1 1 kN
A = × 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 + × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 = 1,57 ×10 3
2 2 m
B = (ν c fc +ν t ft ) a b

B = ( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) 0,24 × 0,25 = 753,49 kN

1 1
C = − Asi fyi (d i − y ) − ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y )
2 2
Cálculo das parcelas individuais :

∑A si fyi (d i − y ) = 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,405 − 0,152)

+ 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,39 − 0,152) + 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

+ 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

∑A si fyi (d i − y ) = 53,47 kNm


177

1 1
ν c fc b y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × 0,1522 = 31,06
2 2
1 1
ν t ft b ( h − y )2 = 0,5 × 3,52 ×103 × 0,25 ( 0,43 − 0,152)2 = 17,04
2 2
Af ff ν f ( d f − y ) = 3,6 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20 × ( 0,355 − 0,152) = 4,42
Logo, o valor de C é:
C = − 53,47 − 31,06 − 17,04 − 4,42 = − 105,99
Os valores de x1 e x2 são:

− B + B2 − 4 AC
x1 =
2A

− 753,49 + 753,49 2 − 4 ×1,57 × 10 3 × ( −105,99 )


x1 = = 0,114 m
2 ×1,57 ×10 3

− B − B2 − 4 AC
x2 =
2A
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

− 753,49 − 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −105,99 )


x1 = = −0,5937 m
2 ×1,57 ×10 3
Portanto, o valor de x = 0,114 m
Para o cálculo da força última teórica Vteórica, foi utilizada a seguinte fórmula:

( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d f − y ) +
1
Si yi i v c fc b x 2 + y 2
i =1 2
Vteórica =
(a + x )
1
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
]
+ 2
(a + x )
1
2
( 1
)
v c fc b x 2 + y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × (0,114 2 + 0,1522 ) = 48,52
2
1
2
[ 2 1
2
] 2
[
v t ft b (h − y ) + x 2 = × 0,50 × 3,52 × 103 × 0,25 (0,43 − 0,152 ) + 0,114 2 = 19,88 ]
A força última teórica é:
53,47 + 4,42 + 48,52 + 19,88
Vteórica = = 357,04 kN
0,354
178

C.3.
Console RUH2

Dados de Entrada:

a = 0,24 m
h = 0,43 m
b = 0,25 m

φ = 6,3mm → fy = 526,41MPa

φ = 10,0mm → fy = 633,12 MPa

ft = 3,52 MPa

fc = 32,07 MPa

Af = 0,366 cm 2

As1 = 1,58 cm 2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

As 2 = 1,58 cm 2

As 3 = 0,62 cm 2

As 4 = 0,62 cm 2

As ,T = 4,4 cm 2

As,T 4,4
ρ= = = 0,41%
b × h 25 × 43
d1 = 0,405 m

d 2 = 0,39 m

d 3 = 0,275 m

d 4 = 0,16 m

d f 1 = 0,3925 m

ν t = 0,50
ν f = 0,20
h2 = 0,2215 m

h3 = 0,1065 m

Ef = 255,17 GPa

ε f = 2,256‰
179

Força última teórica segundo o modelo de Bielas e Tirantes.

Ti
Asi = ∴Ti = Asi × fyi
fyi

T1 = 2 × 2 × 0,785 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 = 198,80 kN

T2 = T3 = 2 × 0,31×10 −4 × 526,41×103 = 32,82 kN

Vteórica × a T × 0,8 h
T= ∴ Vteórica =
0,8 × h a
Somando–se a parcela da armadura de costura segue–se para força última
teórica :
T × 0,8 h Ti × hi
Vteórica = + ∑
a a
198,80 × 0,8 × 0,43 32,82 × 0,2215 32,82 × 0,1065
Vteórica = + + = 329,94 kN
0,24 0,24 0,24
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Parcela do reforço:
Fxf = Ef × ε f × Af

Fxf = 255,17 ×10 6 × 0,002256 × 0,0000366 = 21,07 kN

Portanto, a força última teórica é:


T × 0,8 h Ti × hi Fxf × d f 1
Vteórica = + ∑ +
a a a
21,07 × 0,3925
Vteórica = 329,94 + = 364,40 kN
0,24
180

Força última teórica segundo o modelo cinemático.

a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2 ) ( 1− 0,25 h )
νc = h
fc

0,24
0,60 ( 2 − 0,4 × ) ( 0,41% + 2 ) ( 1− 0,25 × 0,43 )
0,43
νc = = 0,3367
32,07

∑A si fyi +ν t ft b h + Af ff ν f
y=
(ν c fc +ν t ft ) b
Cálculo da parcela da armadura interna:

∑A si fyi = (1,58 × 10 −4 × 633,13 ×10 3 ) × 2 + ( 0,62 ×10 −4 × 526,41×103 ) × 2 = 265,34

Portanto, o valor de y é:
265,34 + 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 × 0,43 + 3,66 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20
y=
( 0,3367 × 32,07 × 10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) × 0,25
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

y = 0,152 m
Cálculo do valor de x:
1 1
x 2 ( ν c fc b + ν t ft b ) + x (ν c fc +ν t ft ) a b − Asi fyi ( d i − y )
2 2
1 1
− ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y ) = 0
2 2
Cálculo dos parâmetros da equação do 2º grau:
1 1
A = ν c fc b + ν t ft b
2 2
1 1 kN
A = × 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 + × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 = 1,57 ×10 3
2 2 m
B = (ν c fc +ν t ft ) a b

B = ( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) 0,24 × 0,25 = 753,49 kN

1 1
C = − Asi fyi (d i − y ) − ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y )
2 2
Cálculo das parcelas individuais :

∑A si fyi (d i − y ) = 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,405 − 0,152)

+ 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,39 − 0,152) + 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

+ 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

∑A si fyi (d i − y ) = 53,47 kNm


181

1 1
ν c fc b y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × 0,1522 = 31,06
2 2
1 1
ν t ft b ( h − y )2 = 0,5 × 3,52 ×103 × 0,25 ( 0,43 − 0,152)2 = 17,04
2 2
Af ff ν f ( d f − y ) = 3,6 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20 × ( 0,3925 − 0,152) = 5,23
Logo, o valor de C é:
C = − 53,471 − 31,06 − 17,04 − 5,23 = − 106,81
Os valores de x1 e x2 são:

− B + B2 − 4 AC
x1 =
2A

− 753,49 + 753,49 2 − 4 ×1,57 × 10 3 × ( −106,81)


x1 = = 0,114 m
2 ×1,57 × 10 3

− B − B2 − 4 AC
x2 =
2A
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

− 753,49 − 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −106,81)


x1 = = − 0,5945 m
2 ×1,57 × 103
Portanto, o valor de x = 0,114 m
Para o cálculo da força última teórica Vteórica, foi utilizada a seguinte fórmula:

( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d f − y ) +
1
Si yi i v c fc b x 2 + y 2
i =1 2
Vteórica =
(a + x )
1
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
]
+ 2
(a + x )
1
2
( 1
)
v c fc b x 2 + y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × (0,114 2 + 0,152 2 ) = 48,75
2
1
2
[ 2 1
2
] 2
[
v t ft b (h − y ) + x 2 = × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 (0,43 − 0,152 ) + 0,114 2 = 19,92 ]
A força última teórica é:
53,47 + 5,23 + 48,75 + 19,92
Vteórica = = 359,34 kN
0,354
182

C.4.
Console RUH3

Dados de Entrada:

a = 0,24 m
h = 0,43 m
b = 0,25 m

φ = 6,3mm → fy = 526,41MPa

φ = 10,0mm → fy = 633,12 MPa

ft = 3,52 MPa

fc = 32,07 MPa

Af = 0,549 cm 2

As1 = 1,58 cm 2
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As 2 = 1,58 cm 2

As 3 = 0,62 cm 2

As 4 = 0,62 cm 2

As ,T = 4,4 cm 2

As,T 4,4
ρ= = = 0,41%
b × h 25 × 43
d1 = 0,405 m

d 2 = 0,39 m

d 3 = 0,275 m

d 4 = 0,16 m

d f 1 = 0,3925 m

ν t = 0,50
ν f = 0,20
h2 = 0,2215 m

h3 = 0,1065 m

Ef = 255,17 GPa

ε f = 2,677‰
183

Força última teórica segundo o modelo de Bielas e Tirantes.

Ti
Asi = ∴Ti = Asi × fyi
fyi

T1 = 2 × 2 × 0,785 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 = 198,80 kN

T2 = T3 = 2 × 0,31×10 −4 × 526,41×103 = 32,82 kN

Vteórica × a T × 0,8 h
T= ∴ Vteórica =
0,8 × h a
Somando–se a parcela da armadura de costura segue–se para a força última
teórica :
T × 0,8 h Ti × hi
Vteórica = + ∑
a a
198,80 × 0,8 × 0,43 32,82 × 0,2215 32,82 × 0,1065
Vteórica = + + = 329,94 kN
0,24 0,24 0,24
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Parcela do reforço:
Fxf = Ef × ε f × Af

Fxf = 255,17 ×10 6 × 0,002677 × 0,0000549 = 37,50 kN

Portanto a força última teórica é:


T × 0,8 h Ti × hi Fxf × d f 1
Vteórica = + ∑ +
a a a
37,50 × 0,3925
Vteórica = 329,94 + = 391,27 kN
0,24
184

Força última teórica segundo o modelo cinemático.

a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2 ) ( 1− 0,25 h )
νc = h
fc

0,24
0,60 ( 2 − 0,4 × ) ( 0,41% + 2 ) ( 1− 0,25 × 0,43 )
0,43
νc = = 0,3367
32,07

∑A si fyi +ν t ft b h + Af ff ν f
y=
(ν c fc +ν t ft ) b
Cálculo da parcela da armadura interna:

∑A si fyi = (1,58 × 10 −4 × 633,13 ×10 3 ) × 2 + ( 0,62 ×10 −4 × 526,41×103 ) × 2 = 265,34

Portanto, o valor de y é:
265,34 + 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 × 0,43 + 5,49 × 10 −5 × 296,9 × 10 4 × 0,20
y=
( 0,3367 × 32,07 × 103 + 0,50 × 3,52 × 10 3 ) × 0,25
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y = 0,155m
Cálculo do valor de x:
1 1
x 2 ( ν c fc b + ν t ft b ) + x (ν c fc +ν t ft ) a b − Asi fyi ( d i − y )
2 2
1 1
− ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y ) = 0
2 2
Cálculo dos parâmetros da equação do 2º grau:
1 1
A = ν c fc b + ν t ft b
2 2
1 1 kN
A = × 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 + × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 = 1,57 ×10 3
2 2 m
B = (ν c fc +ν t ft ) a b

B = ( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) 0,24 × 0,25 = 753,49 kN

1 1
C = − Asi fyi (d i − y ) − ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y )
2 2
Cálculo das parcelas individuais :

∑A si fyi (d i − y ) = 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,405 − 0,155 )

+ 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,39 − 0,155 ) + 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,155 )

+ 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,155 )

∑A si fyi (d i − y ) = 52,55 kNm


185

1 1
ν c fc b y 2 = 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 × 0,155 2 = 32,50
2 2
1 1
ν t ft b ( h − y )2 = 0,5 × 3,52 ×103 × 0,25 ( 0,43 − 0,155)2 = 16,62
2 2
Af ff ν f ( d f − y ) = 5,49 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20 × ( 0,3925 − 0,155 ) = 7,74
Logo, o valor de C é:
C = − 52,55 − 32,50 − 16,62 − 7,74 = − 109,40
Os valores de x1 e x2 são:

− B + B2 − 4 AC
x1 =
2A

− 753,49 + 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −109,40 )


x1 = = 0,117 m
2 ×1,57 ×10 3

− B − B2 − 4 AC
x2 =
2A
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

− 753,49 − 753,49 2 − 4 × 1,57 ×10 3 × ( −109,40 )


x1 = = − 0,5968 m
2 ×1,57 ×10 3
Portanto, o valor de x = 0,117 m
Para o cálculo da força última teórica Vteórica, foi utilizada a seguinte fórmula:

( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d f − y ) +
1
Si yi i v c fc b x 2 + y 2
i =1 2
Vteórica =
(a + x )
1
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
]
+ 2
(a + x )
1
2
( 1
)
v c fc b x 2 + y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × (0,117 2 + 0,155 2 ) = 50,91
2
1
2
[ 2 1
2
] 2
[
v t ft b (h − y ) + x 2 = × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 (0,43 − 0,155 ) + 0,1178 2 = 19,62 ]
A força última teórica é:
52,55 + 7,74 + 50,91+ 19,62
Vteórica = = 366,65 kN
0,357
186

C.5.
Console RUD1

Dados de Entrada:

a = 0,24 m
h = 0,43 m
b = 0,25 m

φ = 6,3mm → fy = 526,41MPa

φ = 10,0mm → fy = 633,12 MPa

ft = 3,52 MPa

fc = 32,07 MPa

Af = 0,366 cm 2

As1 = 1,58 cm 2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

As 2 = 1,58 cm 2

As 3 = 0,62 cm 2

As 4 = 0,62 cm 2

As ,T = 4,4 cm 2

As,T 4,4
ρ= = = 0,41%
b × h 25 × 43
d1 = 0,405 m

d 2 = 0,39 m

d 3 = 0,275 m

d 4 = 0,16 m

d f 1 = 0,230 m

ν t = 0,50
ν f = 0,20
h2 = 0,2215 m

h3 = 0,1065 m

Ef = 255,17 GPa

ε f = 5,673‰
187

Força última teórica segundo o modelo de Bielas e Tirantes.

Ti
Asi = ∴Ti = Asi × fyi
fyi

T1 = 2 × 2 × 0,785 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 = 198,80 kN

T2 = T3 = 2 × 0,31×10 −4 × 526,41×103 = 32,82 kN

Vteórica × a T × 0,8 h
T= ∴ Vteórica =
0,8 × h a
Somando–se a parcela da armadura de costura segue–se para a força última
teórica :
T × 0,8 h Ti × hi
Vteórica = + ∑
a a
198,80 × 0,8 × 0,43 32,82 × 0,2215 32,82 × 0,1065
Vteórica = + + = 329,94 kN
0,24 0,24 0,24
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Parcela do reforço:
Ff = Ef × ε f × Af

Ff = 255,17 ×10 6 × 0,005673 × 0,0000366 = 52,98 kN


Componente x é:
Fxf = Ff × cosθ

sendo θ = 64o

Fxf = 52,98 × cos 64 o = 23,23 kN

Portanto, a força última teórica é:


T × 0,8 h Ti × hi Fxf × d f 1
Vteórica = + ∑ +
a a a
23,23 × 0,23
Vteórica = 329,94 + = 352,20 kN
0,24
188

Força última teórica segundo o modelo cinemático.

a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2 ) ( 1− 0,25 h )
νc = h
fc

0,24
0,60 ( 2 − 0,4 × ) ( 0,41% + 2 ) ( 1− 0,25 × 0,43 )
0,43
νc = = 0,3367
32,07

∑A si fyi +ν t ft b h + Af ff ν f
y=
(ν c fc +ν t ft ) b
Cálculo da parcela da armadura interna:

∑A si fyi = (1,58 × 10 −4 × 633,13 ×10 3 ) × 2 + ( 0,62 ×10 −4 × 526,41×103 ) × 2 = 265,34

Portanto, o valor de y é:
265,34 + 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 × 0,43 + 3,66 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20
y=
( 0,3367 × 32,07 × 10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) × 0,25
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

y = 0,152 m
Cálculo do valor de x:
1 1
x 2 ( ν c fc b + ν t ft b ) + x (ν c fc +ν t ft ) a b − Asi fyi ( d i − y )
2 2
1 1
− ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y ) = 0
2 2
Cálculo dos parâmetros da equação do 2º grau:
1 1
A = ν c fc b + ν t ft b
2 2
1 1 kN
A = × 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 + × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 = 1,57 ×10 3
2 2 m
B = (ν c fc +ν t ft ) a b

B = ( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) 0,24 × 0,25 = 753,49 kN

1 1
C = − Asi fyi (d i − y ) − ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y )
2 2
Cálculo das parcelas individuais :

∑A si fyi (d i − y ) = 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,405 − 0,152)

+ 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,39 − 0,152) + 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

+ 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

∑A si fyi (d i − y ) = 53,47 kNm


189

1 1
ν c fc b y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × 0,1522 = 31,06
2 2
1 1
ν t ft b ( h − y )2 = 0,5 × 3,52 ×103 × 0,25 ( 0,43 − 0,152)2 = 17,04
2 2
Af ff ν f ( d f − y ) = 3,6 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20 × ( 0,230 − 0,152) = 1,70
Logo, o valor de C é:
C = − 53,47 − 31,06 − 17,04 − 1,70 = − 103,27
Os valores de x1 e x2 são:

− B + B2 − 4 AC
x1 =
2A

− 753,49 + 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −103,27 )


x1 = = 0,111m
2 ×1,57 ×10 3

− B − B2 − 4 AC
x2 =
2A
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

− 753,49 − 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −103,27 )


x1 = = −0,5913 m
2 ×1,57 ×10 3
Portanto, o valor de x = 0,111 m
Para o cálculo da força última teórica Vteórica, foi utilizada a seguinte fórmula:

( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d f − y ) +
1
Si yi i v c fc b x 2 + y 2
i =1 2
Vteórica =
(a + x )
1
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
]
+ 2
(a + x )
1
2
( 1
)
v c fc b x 2 + y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × (0,1112 + 0,1522 ) = 47,77
2
1
2
[ 2 1
2
] 2
[
v t ft b (h − y ) + x 2 = × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 (0,43 − 0,152 ) + 0,1112 = 19,76 ]
A força última teórica é:
53,47 + 1,70 + 47,77 + 19,76
Vteórica = = 349,33 kN
0,351
190

C.6.
Console RUD2

Dados de Entrada:

a = 0,24 m
h = 0,43 m
b = 0,25 m

φ = 6,3mm → fy = 526,41MPa

φ = 10,0mm → fy = 633,12 MPa

ft = 3,52 MPa

fc = 32,07 MPa

Af = 0,366 cm 2

As1 = 1,58 cm 2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

As 2 = 1,58 cm 2

As 3 = 0,62 cm 2

As 4 = 0,62 cm 2

As ,T = 4,4 cm 2

As ,T 4,4
ρ= = = 0,41 %
b× h 25 × 43

d1 = 0,405 m

d 2 = 0,39 m

d 3 = 0,275 m

d 4 = 0,16 m

d f 1 = 0,330 m

ν t = 0,50
ν f = 0,20
h2 = 0,2215 m

h3 = 0,1065 m

Ef = 255,17 GPa

ε f = 1,903‰
191

Força última teórica segundo o modelo de Bielas e Tirantes.

Ti
Asi = ∴Ti = Asi × fyi
fyi

T1 = 2 × 2 × 0,785 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 = 198,80 kN

T2 = T3 = 2 × 0,31×10 −4 × 526,41×103 = 32,82 kN

Vteórica × a T × 0,8 h
T= ∴ Vteórica =
0,8 × h a
Somando–se a parcela da armadura de costura segue–se para a força última
teórica:
T × 0,8 h Ti × hi
Vteórica = + ∑
a a
198,80 × 0,8 × 0,43 32,82 × 0,2215 32,82 × 0,1065
Vteórica = + + = 329,94 kN
0,24 0,24 0,24
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

Parcela do reforço:
Ff = Ef × ε f × Af

Ff = 255,17 ×10 6 × 0,00103 × 0,0000366 = 17,77 kN


Componente x é:
Fxf = Ff × cosθ

sendo θ = 64o

Fxf = 17,77 × cos 64o = 7,79 kN

Portanto, a força última teórica é:


T × 0,8 h Ti × hi Fxf × d f 1
Vteórica = + ∑ +
a a a
7,79 × 0,33
Vteórica = 329,94 + = 340,66 kN
0,24
192

Força última teórica segundo o modelo cinemático.

a
0,60 ( 2 − 0,4 ) ( ρ + 2 ) ( 1− 0,25 h )
νc = h
fc

0,24
0,60 ( 2 − 0,4 × ) ( 0,41% + 2 ) ( 1− 0,25 × 0,43 )
0,43
νc = = 0,3367
32,07

∑A si fyi +ν t ft b h + Af ff ν f
y=
(ν c fc +ν t ft ) b
Cálculo da parcela da armadura interna:

∑A si fyi = (1,58 × 10 −4 × 633,13 ×10 3 ) × 2 + ( 0,62 ×10 −4 × 526,41×103 ) × 2 = 265,34

Portanto, o valor de y é:
265,34 + 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 × 0,43 + 3,66 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20
y=
( 0,3367 × 32,07 × 10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) × 0,25
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

y = 0,152 m
Cálculo do valor de x:
1 1
x 2 ( ν c fc b + ν t ft b ) + x (ν c fc +ν t ft ) a b − Asi fyi ( d i − y )
2 2
1 1
− ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y ) = 0
2 2
Cálculo dos parâmetros da equação do 2º grau:
1 1
A = ν c fc b + ν t ft b
2 2
1 1 kN
A = × 0,3367 × 32,07 ×103 × 0,25 + × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 = 1,57 ×10 3
2 2 m
B = (ν c fc +ν t ft ) a b

B = ( 0,3367 × 32,07 ×10 3 + 0,50 × 3,52 ×10 3 ) 0,24 × 0,25 = 753,49 kN

1 1
C = − Asi fyi (d i − y ) − ν c fc b y 2 − ν t ft b ( h − y )2 − Af ff ν f ( d f − y )
2 2
Cálculo das parcelas individuais :

∑A si fyi (d i − y ) = 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,405 − 0,152)

+ 1,58 ×10 −4 × 633,12 ×10 3 ( 0,39 − 0,152 + 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

+ 0,62 ×10 −4 × 526,41×10 3 ( 0,275 − 0,152)

∑A si fyi (d i − y ) = 53,47 kNm


193

1 1
ν c fc b y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × 0,1522 = 31,06
2 2
1 1
ν t ft b ( h − y )2 = 0,5 × 3,52 ×103 × 0,25 ( 0,43 − 0,152)2 = 17,04
2 2
Af ff ν f ( d f − y ) = 3,6 ×10 −5 × 296,9 ×10 4 × 0,20 × ( 0,330 − 0,152) = 3,88
Logo, o valor de C é:
C = − 53,47 − 31,06 − 17,04 − 3,88 = − 105,45
Os valores de x1 e x2 são:

− B + B2 − 4 AC
x1 =
2A

− 753,49 + 753,49 2 − 4 ×1,57 ×10 3 × ( −105,45 )


x1 = = 0,113 m
2 ×1,57 ×10 3

− B − B2 − 4 AC
x2 =
2A
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0710932/CA

− 753,49 − 753,49 2 − 4 ×1,57 ×103 × ( −105,45 )


x1 = = −0,5932 m
2 ×1,57 ×10 3
Portanto, o valor de x = 0,113 m
Para o cálculo da força última teórica Vteórica, foi utilizada a seguinte fórmula:

( )
n

∑ A f (d − y ) + Af ff ν f (d f − y ) +
1
Si yi i v c fc b x 2 + y 2
i =1 2
Vteórica =
(a + x )
1
[
v t ft b (h − y ) + x 2
2
]
+ 2
(a + x )
1
2
( 1
)
v c fc b x 2 + y 2 = 0,3367 × 32,07 ×10 3 × 0,25 × (0,113 2 + 0,152 2 ) = 48,37
2
1
2
[ 2 1
2
] 2
[
v t ft b (h − y ) + x 2 = × 0,50 × 3,52 ×10 3 × 0,25 (0,43 − 0,153 ) + 0,113 2 = 19,86 ]
A força última teórica é:
53,47 + 3,88 + 48,37 + 19,61
Vteórica = 86 = 355,50 kN
0,353

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