Aqui a Cruz da matéria substitui e domina as perceções do
inconsciente coletivo. A compreensão de nossa herança e experiências passadas traz a maturidade e uma compreensão real de causa e efeito. No símbolo de Saturno, se a Cruz supera o Crescente, corremos o risco de nos tornarmos muito materialistas, frios e insensíveis às necessidades dos outros. Se o Crescente descendente supera a Cruz, ficamos presos no passado, temerosos do futuro, ignorantes de ideais ou dependentes do coletivo. Quando o Crescente e a Cruz estão em equilíbrio, nos tornarmos altamente pragmáticos, responsáveis e conscientes, com base na nossa compreensão do passado e das leis de causa e efeito. Aprendemos a viver em sociedade com responsabilidade e paciência. Saturno constitui um dos mais complexos arquétipos na mandala astrológica. A maior parte dos outros planetas revela seu lado problemático quando combinados com Saturno – e, realmente, Saturno é o capataz arquetípico entre os planetas. Escuridão, destruição, doenças e atraso são todos lançados sobre os ombros de Saturno. Mas, Saturno também era o regente da Idade de Ouro mitológica, a alegre primavera da humanidade. Reza a tradição astrológica que os benefícios de Saturno seriam maiores – ou ao menos mais substanciais – do que os de qualquer outro planeta. Claro, faz parte da natureza humana botar toda a culpa em um dos lados da cerca enquanto coloca simultaneamente todo o crédito em outro lugar e, na astrologia, esses papéis polarizados foram atribuídos a Saturno e Júpiter, respetivamente. Mas sempre há dois lados em tudo na natureza (e na astrologia) e, assim como vimos que Júpiter tem seu lado negativo, devemos também observar as características mais positivas de Saturno.
Com muita frequência, portanto, nos assuntos
humanos estamos sujeitos a Saturno, através do ócio, da solidão ou da força, através da Teologia e da mais secreta filosofia, através da superstição, da Magia, da agricultura e através da tristeza.