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Você sabia que das 20 frutas mais comercializadas no Brasil, apenas três são nativas de nosso país?
É contraditório pensar que um dos países mais ricos em biodiversidade do mundo consuma tão
poucas frutas nativas. O impacto disso é a ameaça de extinção de diversas espécies, que aos poucos,
estão sendo esquecidas da memória e desaparecendo do mapa.
Para o botânico Ricardo Cardim, é preciso mudar a concepção cultural e agronômica: “Podemos
começar a divulgar e cultivar nas cidades os frutos nativos, de forma a resgatarmos sabores
esquecidos e ajudarmos no reequilíbrio ecológico urbano. Plantar árvores frutíferas nativas da
região é um método eficaz de atrair a biodiversidade e tornar as cidades mais acolhedoras”, diz o
botânico em seu blog, Árvores de São Paulo.
Abaixo Cardim lista dez frutas nativas dos biomas ameaçados Cerrado e Mata Atlântica que
poderiam entrar para o cardápio (e jardins) dos brasileiros.
1. Gabiroba (Campomanesia pubescens)
Foto: Wikimedia/CC3.0
Também conhecida como guabiroba, guavira ou araçá-congonha, é um arbusto com fruto
arredondado, de coloração verde-amarelada, com polpa esverdeada, suculenta, envolvendo diversas
sementes e muito parecido com uma goiabinha. Ela pode ser consumida ao natural ou na forma de
sucos, doces e sorvetes e ainda serve para fazer um apreciado licor. A gabiroba pode ser encontrada
nos cerrados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. No sul do Brasil, na região norte e
oeste do Paraná além da variedade de cerrado, dissemina-se também a variedade arbórea que
alcança vários metros de altura, produzindo frutos com sabor e aparência da variedade de campo,
porém quando maduros apresentam a cor amarela.
2. Tarumã-do-cerrado (Vitex polygama)
Foto: HuertasUrbanas.com
Também conhecido por guabiroba verde, sete-cascas, sete-capas, sete-casacas, capoteira, araçá-
do-mato ou araçazeiro-grande, o sete-capotes é uma importante árvore frutífera silvestre, com
frutos doces e comestíveis, apreciados pelo homem e pela fauna. Seu fruto, que quando maduro
possui coloração verde-clara, pode ser consumido naturalmente ou aproveitados em doces e na
elaboração de sucos e sorvetes (neste caso deve-se separar a polpa da semente). A árvore, que mede
até seis metros de altura, é muito bonita, especialmente pela exuberância de suas flores e folhas.
8. Cambuci (Campomanesia phaea)
Foto: slowfoodsp
O cambucizeiro, árvore da Mata Atlântica originalmente encontrada na Serra do Mar, chegou a estar
em perigo de extinção pelo uso excessivo de sua madeira e pelo alto crescimento urbano da região.
O cambuci era muito abundante na cidade de São Paulo, chegando a dar nome a um de seus bairros
tradicionais. Após um forte movimento para trazer o cambuci de volta para a região (veja aqui), a
espécie está sendo preservada.
O nome cambuci é de origem indígena e deve-se ao formato de seus frutos, semelhantes a potes de
cerâmica, que recebem o mesmo nome. Ricas em vitaminas, suas frutas têm um perfume intenso e
adocicado, mas seu sabor é ácido como o do limão. Por essa razão, poucos apreciam consumi-la in
natura. A fruta pode ser utilizada na produção de geleias, sorvetes, sucos, licores, mousse, sorvete,
bolo, além do tradicional suco.
9. Cagaita (Eugenia dysenterica)
http://ciclovivo.com.br/noticia/10-frutas-nativas-brasileiras-que-voce-precisa-provar-antes-de-
morrer/