Meu nome é Franciele Pinheiro Rocha, tenho 14 anos, estou cursando o 9º
ano da Escola Estadual Inácio Passos Estou escrevendo para parabenizá-lo pelos seus 300 anos. Em razão dessa comemoração, durante os estudos remotos tivemos a oportunidade de estudar um pouco mais sobre sua história, cultura, arte, gastronomia, personalidades, tradições como forma de homenagear. O que mais me chamou a atenção foi conhecer a história de Arraial Novo do Rio das Mortes, fundado entre 1704 e 1705, que deu origem a minha cidade, São João Del Rei. Naquela época durante a corrida do ouro São João del Rei tinha como objetivo ser um ponto de entre Paraty-RJ e as cidades de Ouro Preto e Mariana, mas a descoberta de ouro em São João Del Rei também a tornou ponto de mineração. A exploração aurífera nas encostas da Serra do Lenheiro estabeleceu o núcleo povoador de São João del-Rei. Uma informação bem interessante que me trouxe mais um aprendizado foi saber que os Quilombos não era apenas um espaço para onde os escravizados fugiam, eles são também um espaço de resistência da cultural que significa acampamento guerreiro na floresta na língua bantu. A população quilombola que vive em Minas Gerais é, em grande parte, oriunda do povo bantu. Bantu quer dizer que são oriundos da África do Sul. E ainda sobre as comunidades, gostei de saber que em 2017, havia cerca de quinze mil indígenas aldeados, além de um contingente significativo vivendo nos centros urbanos de Minas Gerais. Valorizo essas informações porque nelas estão contidas a raiz, o início da formação do povo brasileiro. Outro elemento que achei mais interessante foi sobre as festas religiosas que acontecem no Estado, pois aqui na minha cidade, faz parte da nossa tradição o Congado, Folia de Reis as Festas Juninas e a Festa do Divino. Não tenho membros de minha família que sejam integrantes dos grupos de apresentação dessas festas, apenas na minha escola anualmente acontece as Festas Juninas e eu sempre participo. Também vale mencionar que na agricultura, atualmente, sessenta e três produtos produzidos em larga escala no país, cinquenta são cultivados no território de Minas Gerais. E ainda, que seis entre os dez maiores produtores de café do Brasil estão localizados em Minas Gerais. E não esquecendo que Minas Gerais tem uma dívida histórica com a população afrodescendente porque o desenvolvimento do estado, por um longo período teve relação com a exploração do trabalho escravo, uma vez que o vigor das atividades agrícolas fez com que o contingente de escravizados se mantivesse em Minas Gerias até a Abolição. Além disso, sua gastronomia também merece ser exaltada, uma vez que a cozinha mineira mistura hábitos e ingredientes europeus, indígenas e africanos, sendo o feijão tropeiro, o angu com frango, a paçoca de carne seca, farofa, couve, lombo e o pernil assados, leitão à pururuca, torresmo, tutu, os mais cobiçados Ressalto que após esse estudo ficou evidente que Minas Gerais é muito importante para economia de todo o país em vários setores. Não podemos esquecer do suor dos povos negros, que escravizados, foram trazidos para Minas e deixaram suas marcas no desenvolvimento urbano, econômico, cultural e tecnológico. Ser mineiro para mim é ter idioma próprio e se fazer entendido em todo e qualquer lugar. O que mais gosto aqui em Minas é do jeito hospitaleiro de ser, o jeito de acolher o outro e a opção do mineiro pela simplicidade. Parabéns pelos seus 300 anos, Minas Gerais! Eu te amo! Franciele Pinheiro Rocha