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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CLÍNICO EM

IMAGEM MÉDICA E RADIOTERAPIA I

Unidade curricular de Estágio Clínico em Imagem Médica e Radioterapia I


Ano Letivo 2020/2021

Docentes: António Saraiva e Rute Santos


Discente: Francisca Teixeira Oliveira, nº 201700833

Dezembro de 2020
ÍNDICE
1.Introdução ..................................................................................................................... 2

2.Técnicos Responsáveis .................................................................................................. 3

3.Local de estágio ............................................................................................................. 3

4. Caraterização do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde (CHPVVC) . 3

4.1.Serviço de imagiologia do CHPVVC ............................................................................ 3

5. Análise Crítica (Pontos fracos) ...................................................................................... 4

6. Sugestões de Melhoria ................................................................................................. 5

7.Conclusão ........................................................................ Erro! Marcador não definido.

8. Bibliografia .................................................................................................................... 6

9. Anexos .......................................................................................................................... 7
1.INTRODUÇÃO

No sentido de proporcionar um primeiro contacto e, posteriormente, uma melhor


integração dos alunos do 3º ano com o meio hospitalar e com a toda dinâmica e fluxo de
trabalho foi proposta a realização de um estágio clínico, em diversos serviços de
Radiologia, no âmbito da unidade curricular de Estágio Clínico em Imagem Médica e
Radioterapia I com a duração de, aproximadamente, um mês.
Ora, o plano curricular do referido estágio clínico I menciona uma vertente mais
observacional, porém é expectável que os alunos executem algumas atividades práticas
com o intuito de aplicarem, não só, conhecimentos e competências adquiridas em
unidades curriculares anteriores, mas também de incitarem o sentido crítico e autónomo
de trabalho, criando hábitos relativamente à prática da proteção radiológica e a uma boa
prestação de cuidados de saúde.
Contudo, devido à atipicidade do decorrente ano letivo, não foi exequível a
realização do estágio clínico de acordo com o plano curricular normal, sendo que o
presente relatório será referente ao primeiro local de estágio da unidade curricular de
Estágio Clínico em Imagem Médica e Radioterapia II na valência Radiologia Convencional.
Assim, o presente relatório tem como objetivo a partilha e apreciação da minha
primeira experiência como estagiária no serviço de Radiologia do Centro Hospitalar da
Póvoa de Varzim e Vila do Conde (CHPVVC) que teve inicio às nove da manhã do passado
dia 6 de outubro e terminou no dia 12 de novembro do corrente ano.
2.TÉCNICOS RESPONSÁVEIS

Técnico Renato Eusébio

Técnica Fernanda Dourado

3.LOCAL DE ESTÁGIO

Centro Hospitalar Da Póvoa De Varzim e Vila Do Conde (CHPVVC)

4. CARATERIZAÇÃO DO CENTRO HOSPITALAR DA PÓVOA DE


VARZIM E VILA DO CONDE

Constituído a 27 de abril de 2000, ao abrigo da Portaria nº 235/2000, o Centro


Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde (CHPVVC) instituiu-se como resultado da
fusão do Hospital São Pedro Pescador, situado na Póvoa de Varzim, e do Hospital Distrital
de Vila do Conde, passando a integrar essas duas unidades hospitalares que, por sua vez,
distam entre si três quilómetros. Como tal, a criação do referido Centro Hospitalar
possibilitou, não só, a permanente articulação entre as duas unidades hospitalares e um
melhor aproveitamento da capacidade de ambas, mas também a obtenção de uma maior
rentabilidade e eficiência na prestação de cuidados de saúde (Figura 1).
Ora, em 2008, conforme o Decreto-Lei nº 180/2008 de 26 de agosto, o CHPVVC
passou a Entidade Pública Empresarial (E. P.E), o que aliou vantagens relativamente à
gestão, já que passou a ser uma instituição pública integrada no Sistema Nacional de
Saúde (SNS).
Assim, o CHPVVC constitui a instituição de referência para os municípios da Póvoa
de Varzim e de Vila do Conde e ainda para algumas freguesias de municípios próximos,
tais como Esposende, Barcelos e Famalicão, abarcando cerca de 150 000 habitantes.
Relativamente à estrutura do CHPVVC, a unidade hospitalar situada na Póvoa de
Varzim dispõe de dois edifícios diferentes, o antigo e o principal (mais recente). No rés-
do-chão do edifício principal localiza-se o serviço de imagiologia, na qual efetuei estágio
na valência de radiologia geral, junto do serviço de urgência, da consulta externa e da
área destinada aos doentes de Covid-19.

1.1. SERVIÇO DE IMAGIOLOGIA DO CHPVVC

Estruturalmente, o serviço de imagiologia do CHPVVC integra uma sala destinada


à valência de Radiologia Geral, uma sala de Tomografia Computorizada e uma de
Ecografia, estendendo a atividade à área da Pediatria, Neonatologia e ao Bloco
Operatório. A unidade dispõe ainda de uma sala reservada ao médico radiologista, diretor
de serviço e à equipa que abarca 20 técnicos de radiologia.
Sem embargo, a sala destinada à radiologia geral, apresenta a cabine de comando,
na qual o técnico de radiologia controla as requisições, efetua o pós-processamento e os
ajustes nos parâmetros de exposição, uma casa de banho para uso dos profissionais de
saúde e, por fim, um vestiário destinado aos doentes (Figura 2 e 3).
Relativamente ao equipamento este apresenta um sistema de aquisição digital é
da marca Caretream, anteriormente designada por Kodak, modelo DR7500 de aquisição
direta, que integra um potter-bucky que realiza movimentos verticais e horizontais, a
ampola e uma mesa móvel, de tampo e altura adaptáveis (Figuras 4 e 5). Contém ainda
um sistema de aquisição por image plate (IP´s) (aquisição indireta) e um digitalizador.
Este sistema de deteção de imagem é bastante utilizado em casos em que não seja
possível a deslocação do doente para a mesa do equipamento ou em doentes com
mobilidade reduzida. É ainda parte integrante da sala de radiologia geral, um suporte
vertical para realização de exames extralongos, da mesma marca que o restante
equipamento, que permite a colocação de quatro IP’s (35x43 cm), sendo que as imagens
são posteriormente obtidas, ordenadas e unidas por um software (Figura 6).
Além disso, face ao aumento da necessidade de diagnósticos por imagem, devido
à covid-19, foi instalado ainda um equipamento de Raios-X portátil digital direto, da
marca OR Technology, modelo Amadeo M–DRw Mini (Figura 7). Assim, este aparelho
permite a realização de exames a doentes cuja deslocação até ao serviço de imagiologia
não se mostre exequível.

5.ANÁLISE CRÍTICA (PONTOS FRACOS)

Saliente-se, primeiramente, que o estágio clínico para além de me permitir


adquirir e consolidar conhecimentos e práticas anteriormente lecionadas, permitiu-me
compreender mais relativamente ao funcionamento exímio de um serviço de radiologia,
bem como todas as caraterísticas que deverá apresentar para tal.
Deste modo, neste tópico serão abordados os pontos fracos do serviço de
radiologia do CHPVVC que, a meu ver, poderiam ser alterados para um melhor
funcionamento do mesmo.

1- Primeiramente, no que diz respeito às instalações da unidade de imagiologia, os


espaços destinados aos técnicos de radiologia são insuficientes e limitados, uma vez
que o serviço não dispõe de cacifos suficientes, vestiários ou balneários adequados.
Com efeito, o serviço dispõe apenas uma casa de banho que serve conjuntamente de
vestiário para os técnicos.
2- Além disso, a área destinada ao descanso/pausas dos técnicos é também bastante
reduzida, não dispondo de cadeiras suficientes, nem de espaço para realização de
refeições.
3- Em relação à sala de radiologia geral, um dos aspetos negativos prende-se ao facto
da área da cabine de comandos ser bastante reduzida, não sendo ergonómica ao
trabalho do técnico de radiologia.
4- Ademais, o campo de visão do vidro plúmbeo a partir cabine de comandos não
permite visualizar totalmente doente aquando a aquisição de imagem.
5- Relativamente ao equipamento, este apresenta avarias constantes, dificultando e,
por vezes, suspendendo a realização de exames.
6- Ainda relativamente à sala de radiologia geral, a mesma não apresenta material de
apoio para que seja garantida uma boa imobilização e, por conseguinte, uma boa
radiografia.
7- Além disso, nem sempre é garantida a proteção radiológica do doente por falta de
material, sendo que, durante a aquisição de imagem não era fornecida a proteção
específica e necessária
8- Outro aspeto a considerar é o facto de, nem sempre, se proceder à colimação
adequada da estrutura anatómica em estudo, irradiando desnecessariamente
estruturas adjacentes.
9- Por fim, o circuito efetuado pelos doentes e pelos profissionais é também um ponto
fraco do CHPVVC, pois ambas apresentam o mesmo percurso de entrada e saída na
sala de radiologia.

SUGESTÕES DE MELHORIA
Neste tópico, serão explanadas sugestões que visam melhorar ou solucionar os
pontos fracos do serviço de radiologia do CHPVVC mencionados anteriormente.
Deste modo, para cada sugestão de melhoria associarei o ponto fraco
correspondente.

Em primeiro lugar, a solução para o primeiro e segundo pontos fracos seria,


respetivamente, a colocação de cacifos individuais para cada técnico do serviço, proceder
à construção de balneários ou vestiários, masculinos e femininos, e, por fim, edificar uma
área mais ampla e cómoda, tanto para o descanso dos técnicos, como para a realização
de refeições.
A resolução aplicável aos pontos fracos alusivos ao reduzido espaço da cabine de
comandos e ao campo de visão do vidro plúmbeo (pontos 3 e 4), passaria por ampliar a
cabine, de modo a que o trabalho fosse executado de forma cómoda e, ainda, aumentar
o vidro plúmbeo afim de permitir a total visibilidade do doente.
Relativamente ao equipamento, algumas avarias transcendem os profissionais de
saúde, por esse motivo, a sugestão de melhoria para esta problemática seria a verificação
constante do equipamento através de testes de controlo de qualidade (testes X) e ainda
apelar ao manuseamento adequado dos mesmos por meio sinalização que o relembre.

Outra solução para o ponto fraco referente à inexistência de material de imobilização


e posicionamento do doente seria a aquisição de apoios radiotransparentes,
nomeadamente cunhas, rolos e almofadas, afim de garantir a imobilização do doente e
evitar a repetição de exames.

Quanto à problemática associada à proteção radiológica usada nos doentes aquando


da realização de exames esta poderá ser colmatada através da formação continua dos
técnicos e do apelo para a realização das boas práticas em radiologia, bem como a
aquisição nesse material.

A sugestão de melhoria para o nono aspeto negativo relativo à colimação


inadequada, seria igualmente garantir a formação continua dos técnicos no que toca às
boas praticas em radiologia, visando reduzir a exposição desnecessária do doente.

Por fim, o ultimo ponto fraco menciona o circuito dos doentes e dos profissionais,
uma vez que no serviço de radiologia do CHPVVC os doentes efetuam o mesmo circuito
que os restantes profissionais. Porém, o problema não advém da arquitetónica do
serviço, mas sim do percurso estabelecido para os doentes, uma vez que entram pelo
corredor onde se encontram as salas e zonas de apoio destinadas aos profissionais. Deste
modo, a minha sugestão seria a alteração deste percurso, na qual os doentes entrariam
diretamente pelos vestiários da sala de radiologia geral, exceto nos doentes internos que
acederão à sala por intermédio da circulação efetuada pelos técnicos, evitando o
cruzamento destes percursos, contribuindo para um ambiente organizado e
maximizando a eficiência do trabalho dos técnicos e restantes profissionais de saúde.

Os aspetos negativos mencionados nos pontos 8 e 9, relativos à falta proteção


radiológica e à colimação inadequada, poderão ser colmatados através da formação
continua dos técnicos e do apelo para a realização das boas práticas em radiologia.

CONCLUSÃO

Inequivocamente, o estágio proposto pela unidade curricular de Estágio em Imagem Médica


e Radioterapia I, para além de proporcionar o contacto com o meio hospital e com a dinâmica do
serviço de radiologia, permitiu incrementar e consolidar conhecimentos lecionados anteriormente.
BIBLIOGRAFIA

Instalação de RX portátil no Hospital da Póvoa do Varzim (https_micromil.pt)


Despacho_258_2003_Guia_Boas_Praticas.pdf (sprmn.pt)
Microsoft Word - MBP VERSAO FINAL COLEGIO OM.doc (sprmn.pt)
RELATÓRIOS DE MESTRADO IR VER

ANEXOS
Figura 1- CHPVVC- Unidade hospitalar situada na Figura 2- Workstation da sala de imagiologia do
Póvoa de Varzim. CHPVVC

Figura 4- Equipamento da unidade de Radiologia


Figura 3- Vestiários destinados aos doentes. Geral do CHPVVC (ampola, potter-bucky e mesa)
Figura 6- Equipamento de Raios-X portátil digital
Figura 5- Equipamento para realização de exames
direto.
extralongo

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