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s 2 ° 16 yy 9 v > = w 9 7. ° c € © 0 6 oO “ MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA i o eresentacae CONG FAZCR A ESCOLA QUE QUEREMOS dé continuldade ao material que edilamos em julha de 1991 9 CADERNO DE FORMACAD n® 18: 0 que queremas cpm as escnlas das Assentamentos. Nele constam os obje~ tivose grinciples Ja escola que estamos tentanda canstruir a par- tir da nossa realidade. Sabemos que existem diferencas entre um Estado © outro, en- tre una Reqide e oulra.Cuntude ausses ebjetivas @ desafios 30 os mesmos. Precisanns RESISTIR ¥ PRODV7IR na terra que duramente conquistamos. Precisames construir uma VION NOVA. Ca scala que queremns deve ajudar neste processp COMU FAZER A ESCOLA QUE QUEREMOS apresenta um conjunto de orieatagies ¢ sugestées sobre como montar o curriculo ue nossas Escolas.tentamos pdr no papel o resyllada de uma caminhada de erdtica 2 reflexio que vem acontecenda pela Brasil afora a mais de dez anos. Este texto circulau em farma de apostila por varios Estadns do pais; em 1991 foram vealizados enenntres para discussBes ‘no Sul @ no Nordeste. 0 texto recebeu crfticas, completagies @ su- gestiies. Nesta edigaa procurames incorporar todo o gracessn de dts- cussic feila e apresentamos um material mais explicativo e com mais exemplos praticos 0 desatio agora # a prética @ a reflexdo coletiva sabre ela, Nao 6 cada professor sazinho que val canseguir levar adiante esta pro posta. Ela € aydaciosa e vel exigir muldto de todo o Assentamento E necessérin crfar qrupos yuc disculam ¢ planejem juntos o traba- Iho da Escola. Professores, pals,criangas, todas envalvides aesta nova pritica. 0 nove que queremas somente seré canstrufde pelo trabalhe . Avante cumpan‘wiros! OCUPAR - ALSISTIR E PRODUZIR, TAMJEM NA EDUCACTOL M51 - SETOR DE EDUcAgae FUNDER — DEPARTAMENTO DE EDUCAGAO RURAL/ DER 1992:500 ANOS DE RESISTENCIA POPULAR NA AMERICA LATINA DE QUE ESCOLA ESTAMOS FALANDO? UMA ESCOLA QUE NOS AJUDE A CONHECER A NOSSA REALIDADE: Um dos proposta pedagdégica mas Escolas dos Assentamentos prendizagem e todo o ensino PARTIR DA REALIDADE. Mas a que REALIDADE? Realidade € o meio em que vivemos. -B tudo aquilo que fazemos, pensamos; dizenos e sentimos na nossa vida pratica. £ o nosso trabalho. £ a nossa organizasfo. #£ a natureza que nos cerca. SSo as pessoas € o que acontece com elas. Sdo os dia a dia também os problemas da sociedade que se relacionam com nossa vida pessoal e coletiva. J Dizermos entSo que a educas&o deve’ partir da realidade quer dizer seguinte: Princtpios fund ntais da do MST ¢€ 0 de que toda a deves entendemos por UM = waVO ESCOLAS. Uma forma Principio de mudando oo Jjeito nossos problemas do iemPais e M dos de por partir - tudo Precisa estar pratica e concretas: comunidade} - tedos os conhecimentos que as criangas vdo produzindo na escola devem servir para que elas entendam melhor o mundo em i o mundo da sua escola, familia, do Assentamento, do municipio, do MST, do para que participea da solus4o problemas que estes mundos vo apresentando. Nas como Princ{pio aqui Escolas? o que as criangas estudam ligado com sua vida suas necessidades de seus pais, de sua com suas, este nossas por em pratica no dia a dia das CURRICULO PARA XOSSAS em pratica este da realidade ¢é de ordanizar oo curriculo de nossas Escolas. O que MUTA GEMTE Royo ~ CURKIEMRO E orang SE eg 1 \ ee Wo E50 1550. PURE GD E 0M CMTC bE BE CoWrEtoes oye ot PROFESSOR Réteigg & QUE DEVE Se6ize 4 RISCA. 2 he De rel 1 ees | ean vo é um CURRICULO? jeue TEM conten. A TICAS OME SAO VEDAS DE FORMA WE TAOA MELO COLETIW ESCOLA: Muita gente pensa que curriculo ¢ uma lista yecebe pronto e O curriculo @ s6 isso. praticas que forma planejada sfo Na nossa tem contetdo. O Curriculo é um conjunto de desenvolvidos de pela de contetdos que o professor aque deve seguir 4 Mas n&o coletivo da proposta queremos romper com a educagdo tradicional que organiza.- o curr{culo en despejados na preocupasdo com ® nosso curriculo™ desenvolvido a partir da realidade Proxima das criansas e através das experifncias praticas. @ aluno precisa peroeber claramente que aquilo que esté aprendendo ten sentido pratico na sua vida no Assentamento. Somente assim ele deve ser torno de conteddos cabesa das criangas, sem= alguma estes contetdos e a realidade. relas&o entres no cunnecamenty aa do MST como us do mundo. curriculo conseguiré avancsar realidade mais distant tedo, do Estado, do Pais, E como se organiza um desse jeito? Onde Ci€ncias, Portugués? ET contetdos de Matematicas ficarm os Estudos Sociais, UM CURRICULO CENTRADO NA PRATICA A primeira coisa que precisamos entender é que a crianga ndo aprende apenas quando esta na sala de aula estudando. A crianga aprende também quando esta fazendo un trabatho Pratico, quando esta planejando e fazendo brincadeiras, quando tem que resolver seus proprios problemas. E se a gente observar bem, quanto mais experi@ncia pratica a crianga tem, mais facil ela consegue aprender aquilo que estuda nos livros ou o que a professora explica. Se é assim, a nossa Escola nao pode se preocupar apenas com o que acontece nas aulas. Temos que pensar em todas as experi@ncias que a criansga deve ter dentro e fora da sala de aula @ de como a gente pode ligar uma coisa com a outra: como o professor pode aproveitar nas suas aulas aquela horta que as criangas estSo fazendo pra ter mais verduras na serenda da escola? Como transformar uma festa do dia da erianca numa aprendizagem de organizasdo e cultura? oO curriculo de una escola realmente diferente tem que garantir: - que as criansas tenham varias experi®ncias de trabalho pratico e com utilidade real: pode ser na arrumas4o da escola, na horta, numa pequena lavoura, numa farmacia caseira, numa Mini-industria, num mini-mercado, seja o que for .,.Este trabalho deve fazer parte do planejamento geral da escola e ser acompanhado pelos professores e ~ que elas tenham oportunidade de aprender a se organizar, a trabalhar en grupo, dividindo tarefas, tomando decisSes, resolvendo os problemas que a pratica vai apresentando. Pais e professores devem orientar o trabalho, os jogos, as brincadeiras, -0 estudo, mas quem deve planejar, executar @ avaliar 4 0 coletivo dos alunos; — gue estudem na sala de aula assuntos e conteidos que ajudem a compreender estas atividades que fazem fora da sala de aula, seja na escola, sej&a no dia a dia do Assentamento. E que consigam entender também a realidade distante, da cidade, do pais, do mundo. Quando as criangas estSo estudande os alimentos que a sua horta produz, podem estudar todo o problema da produsio no Assentamento; podem estudar como se alimentam as pessoas de uma outra regiso; podem estudar o problema da fome no Brasil e no mundo. Da pra ver que este nosso currfoulo tem pelo menos duas diferencas importantes relas’o aos currfculos tradicionais: 1) Tiramos o centro do processo de £5 aprendizager e de ensino da sala de aula: aprendemos e ensinamos a partir da prdtica, onde quer que ela acontesa. Pode ser na sala de aula mas taabén pode ser na biblioteca, na cozinha, na horta, etc. 2) Tiramos o foco dos conteddos. Qs oonteddos de matemdtica, Portuguas, Ci@ncias, eto, passam a ser escolhidos ea fungio de necessidades que a pratica vai criando ou e: funséo de temas que se relacionan com as necessidades coletivas do Assentamento. Ex: - se as ecrians estfo fazendo o plantio das sementes na sua horta, este @ o momento de estudar cientificamente todo ° processo de germinasio e desenvolvimento das plantasj - se as criangas esto estudando as caracteristicas do Assentamento, pode ser a hora do professor escolher na geografia o conteddo clima, para que elas entendan como ¢é o clima do Assentamento, mas também para saber -porque o clima varia de uma regiSo para outra, etc, ... Isto nfo quer dizer que a escola n&o tenha lista minima dos conteddos de cada matéria, ou em cada drea. Pode ter, Deve ter. S6 que o mais importante n&o € conseguir a qualquer custo seguir toda a lista. O mais importante ¢ fazer avansar o conhecimento das criansas sobre a realidade préxima e distante. Nessa proposta de curr{culo também é preciso que a Escola planeje adequadamente a distribuis40 do tempo. As criancsas devem ter um tempo determinado para o trabalho, para os jogos, para as brincadeiras, para a estudo. Mo é mais passar o dia inteiro sentadas na sala de aula nas também nSo é passar o dia na hortaj ¢ preciso equilibrar o tempo. Ler, escrever e contar, continuam sendo nuito importantes. *O ASSENTAMENTO NA ESCOLA E A ESCOLA NO ASSENTAMENTO Mio dé mem pra imaginar que este fovo curriculo e esta nova proposta de escola vio ser organizados e planejados pelo professor sozinho, Isto 6é impossivel. Este tipo de escola sé vai acontecer se © ASsentamento toda participar dela, professor precisa conhecer protundanenta a realidade do Assentamento: os problemas da produ¢So, da organizacdo, da formasSo, o tipo de educagdo que as criangas tem em casa, no grupo. Este conhecimento o professor s6 vai ter se ele participar ativamente do trabalho, das reuniSes, das festas do Assentamento. N&do tem outra jeito. Por outro lado os assentados devem ajudar a planejar este curriculo. escolaj estar 14 de acompanhar algumas o que acontece na vez em quando para atividades avaliar se a escola alguma forma, etc. E as oportunidade de os conhecimentos praticas criangas espalhar e multiplicar que vio produzindo na Saber das criangas} esta ajudando de Precisam ter a escola para o conjunto do Assentamento, sempre ligando a teoria com a pratica O TEXTO QUE SEGUE oO texto que segue tenta desenvolver @ detalhar melhor esta forma de organizar @ trabalhar o curriculo nas nossas escolas. Esta dividido em duas partes. Na 14 PARTE desenvolve através dé exemplos todo um planejamento de Escola de acordo com esta proposta. Vai descrevendo passo a passo qual a METODOLOGIA a seguir para fazer a Escola que Queremos.- A 28 PARTE traz um conjunto de sugestSes de TEMAS, de QUESTOES e de CONTEDDOS POR AREA, de modo a facilitar o trabalho de planejamento das Escolas. A 28 parte é onde os professores poder pesquisar para poder fazer o que diz na 1a, Mas, é bom lembrar que nfo se trata de um modelo ou receita magica. & uma proposta que deve servir para reflexdo de cada professor, de cada escola, de cada Assentamento. No mais, ¢ muita criatividade, ousadia e espirito de Te pesquisa para conseguir que no dia a [eERLOWE dia esta nova provosta va sendo construida, avaliada, revisada, vivida, enfim ... 12 PARTE COMO PLANEJAR NOSSO TRABALHO DE ACORDO COM ESTE CURRICULO QUE PARTE DA PRATICA desta deve festa, deve tempo curriculo queremosy Jogo, Dissemos que o escola deferente que incluir trabalho, organizas&o, estudo, e que tudo estar relacionado, misturando o todo a pratica com a teoria. Falando até que parece facil. Mas na hora de pSr em pratica a gente se da conta que esta proposta n&o acontece sé pela vontade. Mao é€ sé pela intengdo, pelo querer, que vamos ter alunos organizados, democraticos, trabalhadores; disciplinados e interessados pelo estudo. Precisamos antes nés sermos assin e organizar a escola de tal jeito que as criangas tenham condi¢Ges reais de aprender tudo isso. Um dos grande segredos do trabalho ¢ o PLANEJAHENTO. nosso Planejar é refletir antes de agir. Um professor que vai para a escola sem antes ter pensado sobre o que, porque e como vai trabalhar com seus alunos, nunca vai conseguir fazer um trabalho novo, criativo. Quando a gente néo planejas por mais que queira fazer um ensino diferente, ma pratica acaba repetindo o velho, o tradicional Foi assim que nos educara Toi assim que trabalhdvamos até agora. Encher a cabesa das criangas de conteidos @ muito mais facil. Mudar este jeito de ensinar exige una reflexSo constante. Antes, durante e depois da prdtica. Antes ¢@ o PLANEJAMENTO. Durante e depois 6 a AUVALIAGAO do qge foi planeJjada, Como ent&o planejar este nossa curriculo? Quais os passos principais? 1 “hr claro bem o2 cbjetivos da escola Nossa objetivos a prazo. Se n&o sabemos nfo temos como fazer traga bons resultados. Para entendermos melhor esta questio dos objetivos uma sugest&o 6 reler o Caderno de FormasSo n 18, "0 que queremos com as Escolas dos Assentamentos’. Depois é@ pensar na realidade do nosso Assentamento e discutir com a comunidade para ver o que realmente queremos atingir através da nossa Escola. Alguns objetivos est&o na cara, como o de que todas as trabalho curto, a precisa ter aédio e a longo o que queremos um trabalho que eriansas devenr aprender a ler; escrever, a fazer cdlculos. Nas outros objetivos dependen da realidade espec{fica. Por exemplo: Em alguns assentamentos a Escola pode ter o objetivo de preparay as criangas para trabalhar numa cooperativa de produs4o. Em outras pode ajudar a resolver os problemas de satde da comunidade. Os objetivos ndo sfo os mesmos Para sempre. Eles podem e devem ir mudando de acordo com as amudangas que vai Passando 0 conjunto do Assentamento e da sociedade. O importante ¢ que n&o seja o professor sozinho a definir os objetivos. #& a comunidade que deve assumir este papel. n WA iu KAVA | Tendo claro quais soos objetivos da Escola . s Precisamos responder a seguinte pergunta: 0 que os nossos alunos devem fazer na Escola para que estes objetivos sejam atingidos? Geralmente quando a gente faz esta Pergunta aos assentados a resposta costuma ser mais ou menas a seduinte: AS criangas tem que estudar: - A histé6ria do Assentamento e do KST; - 0s problemas da produs&o dos Assentamentos} - a coletivo; - Cooperasdo agricola; - Questéo da Assentamento} - Polftica agricola; - A vida na cidade} - Preservasdo da natureza; ~ Seca do Nordeste; = Sindicatos e partidos pol{ticos que tém relasdo com o Assentamento} - Técnicas agricolas, etc, etc... Como podemos notar, as respostas nSo indicam que as criangas deves estudar Matematica, Geografia ou Historia. A resposta fala da necessidade de estudar a realidade, comesando pela Proxima, do Assentamento, e mais distante. Esse “o que estudar"” vamos chamar de TEMAS GERADORES. Ou seja; temas geradores s40 assuntos, questtes ou problemas tirados da realidade das criangas e da sua comunidade. Eles permitem direcionar toda a aprendizagem Para a construsdo de um conhecimento concreto e com sentido real, tanto para as criansas como para a comunidade. Sio estes temas que vio determinar a #scolha dos conteddos, a metodologia de trabalho em sala de aula, o tipo de avaliag&o, tudo isso. Mas qual ¢ afinal, a diferensa entre aprender e ensinar através de TEAS e através de CONTEDDOS? Quando = falamos contetidos estamos nos referindo aquelas listas de Matematica, Ci@ncias, Linguagem, etc. Por exemplo, quando a professora chega na sala de aula e diz para as criangas: “Hoje vamos estudar arfidas de perimetro e 4rea", ela est& partindo de um contetdo, de Matematica no caso, Por mais que ela se esforce para explicar a importancia deste contetdo para os alunos e fasa dezenas de exercicios no trabalho individual e satde indo quadro, dificilmente vio conseguir entender para que serve otal Per{metro. #£ uma coisa abstrata. Completamente diferente seria se a professora estivesse estudando com as ecriangas as caracteristicas da drea do Assentamento e° 14 pelas tantas as criansas se interessassem em saber sobre como foram feitas as medidas de drea de cada lote, Daf a professora ensinaria oc contetda: cdlculo de drea para que as criansgas conseguissen entender uma das dimens6es do tema que estamos estudando: as caracteristicas do Assentamento, Também aproveitaria Para explicar em que outras situasées este cdiculo poderia ser usado. Neste caso aquelas dezenas de exercicios na quadro n3o teriam por objetivo somente que as criangas aprendessem a calcular a area e per{metro mas sim que aprendesse a calcular’ a area e o perimetro dos iotes do Assentamento. Esta é a diferensa basica entre partir de temas e partir de contetdos. Partindo de contetdos nem sempre conseguimos llevar a criansa a compreender a realidade. Partindo dos temas a criansa esta estudando a realidade diretamente. Quando e como escolher os geradores; No inicio do professores e alunos levantamento dos possiveis temas a serem = estudados durante o primeiro semestre; ou mesmo durante o ano todo. Mado se trata de uma camisa de forsa. 0 Planejamento é flexivel e novos temas Podem surdir da prépria realidade que esta sempre em transformasio. A idéia deste levantamento é permitir que a escola se programe e os professores possam se preparar e fazer un ensino de melhor qualidade. Para escolher os temas € preciso responder As seguintes perguntas: 1) Quais s&o atualmente os maiores problemas do nosso Assentamento? B a quest&o do produgi0?7 £ a satde? £ oO relacgionamento entre as familias? £ a falta de entendimento sobre o trabalho coletivo? & a falta participas&o das mutheres das criansas no trabalho e na organizasao? a> Quais destes podea/devem ser inclufdos como temas geradores no currfculo da Escola, de modo que os alunos e professores possam ajudar oa encontrar solusbes? Por ‘@xemplo: Se no Assentamento a plantasdo temas ano escolar, os podem fazer us problemas LS n§o estA4 produzindo como deveria. A terra parece fracae nfo ha dinheiro para comprar adubos. A pergunta €: que contribuigdo a escola poderia dar para a solusSo deste problema estudando sobre ele? Neste caso a resposta parece simples: As criansas poderiam aprender através da Escola a fazer um estudo cientifico sobre a composigao do solo do Assentamento e pesquisar sobre alternativas baratas de adubasdo ordanica da terra. Poderiam até experimentar estas alternativas na horta da escola. Poderiam participar do trabalho na plantasSo junto com os adultos. E através deste tema e desta pratica poderiam estudar varios conteddos de Gifnoias e de Estudos Sociais relacionados com técnicas agrf{colas, como por exemplo: controle natural das pragas, desenvolvimento dos varios tipos de lavoura, influ@ncia do clima sobre o solo e as plantas, etc... 3) Qual sera o ponte de partida do nosso trabalho neste ano? Qual a maior necessidade? O que traria resultados mais significativos para a comunidade? O que causaria maior interesse e entusiasmo para as coriangas? Certa vez discuss4o sobre servir de exemplo: assentados reunidos acompanhamos uma isso que pode aqui Professores e e tendo também a Participasdo de alguns alunos da quarta série, chegaram qual deveria a uma polfmica sobre sero primeiro tema do semestre. Todos constataram que um dos grandes problemas do -Assentamento era a satde precdria, que estava aumentando diariamente a mortalidade infantil e baixando as condistes dé vida de toda a comunidade. alguns diziam entSa que o primeiro tema deveria ser: as Principais doensas que temos no Assentamento, como tratd-las e como evita-las. Outros afirmavam que o tema inicial deveria ser: como ¢ e como deve ser a nossa alimentas&o0 e higiene, Porque segundo eles, ali estavam duas das principais causas do problema da satide no Assentamento: m4 alimentasdo e falta de hidgiene. Logo surgiu um terceiro grupo que se deu conta de que por traz dos problemas da alimentas4o e da higiene estava oa Problema da Produgdéo} o Assentamento ndo produzia alimentagSo suficiente para garantir o sustento sauddvel dos assentados e isto tinha a ver com o fato de que a maioria trabalhava individual e nSo coletivo. Dai o grupo defendia que o primeiro tema a ser estudado deveria ser o da ProdusSo coletiva. Discussso vais discussSo vera, chegaram a algumas conclusées no seu planejamento: — iriam comecar mesmo com a quest%o das doengas Porque isso permitiria 4s criansas se envolver diretamente na fabricasio de remédios caseiros, em campanha de Prevensdo, o que as entusiasmaria bastante e seria imediatamente dtil 4 comunidade; — comesando com as doengas logo chegariam ao estudo da alimentasie eda higiene porque estas fazem parte da prevensdo das doensas e bem poderiam engatar no estudo da produsdo destes alimentos. Qu seja, um tema puxa o outro, principalmente se for desenvolvido através de atividades praticas. 4) Quais destes temas ja foram de alguma forma estudados pelas criangas? Quais as caracter{sticas das séries com as quais vamos trabalhar? Que interesses e necessidades especificas t@m as criansas na faixa de idade em que se encontram nossos alunos? Se vamos trabalhar com 14 e 2¢ séries, por exemplo, quais destes temas ajudam também no objetivo especifico de alfabetizar rapidamente estas criangas? Ou seja, devemos lembrar que nfo Precisamos tratar de todos os problemas do Assentamento no mesmo ano e com tedas as criansas. N&o se trata de pensar, por exemplo que com as criansas Pequenas n4o podemos tratar de certos temas, come os ligados A produs4o ou a Politica, por exemplo. Has de repente posso deixar para aprofundar mais estas quest6es com os alunos da 4* série e garantir que os alunos menores conhecam com detalhes a histéria do Assentamento, as caracter{sticas da terra, das plantas, do clima do Assentamento e como influenciam a vida, a satde das pessoas, etc, etc ... Quanto Tempo Trabalhar Com Cada Tema A Escola pode escolher trabalhar com grandes temas. Por exemplo: o trabalho em nosso Assentamento. Qu, nossa savde aqui no Assentamento. Temas que para serem estudados terfo que ser repartidos em quest6es ou sub-temas menores. Assim, no tema: "Nossa Saude", podemos tratar da questéo das condisSes de higiene do assentamento, da quest4o da alimentas4o, da farmacia que poderia ser construf{da na escola, do posto de satide que nSo tem, etc. Isto quer dizer, que tema grande que ¢ a sadde no Assentamento a Escola, poderia trabalhar de diferentes formas, com muitos conteidos durante dois ,; tr@s, ou até quatro meses, dependendo do interesse das criangas e dos objetivas que se tem como estudo do tema. Também é possfvel trabalhar com menores © eR menos tempo. Problema da seca em nossa redido e@ com isso afeta nossa vida no Assentamento. Este tema poderia ser tratado em aldumas semanas dependende da abrang@ncia que o professor pensa em desenvolv@-lo, Se for um Assentamento do nordeste, este 6 um problema que Pode merecer um estudo bastante mais aprofundado que vai desde a questdo do clima até as quest6es politicas aque impedem uma solusdo real do problema da seca nesta regido ... O importante mesmo 6 garantir que os temas sejam garantidos e que se engatem um ao outro. # assim que vai acontecer o CONHECIKENTO DA REALIDADE, e a ligagdo entre teoria e pratica. em torno do temas Exemplo: o estamos Fazendo aqui é um exerc{cio de PLANEJAMENTO. JA temos claro quais $40 05 objetivos da nossa escola; ja discutimos como a comunidade quais os temas que vamos estudar durante o ane com as criangas, ja escolhemos com que tema vamos iniciar. Vamos dizer aque o tema escolhido foi ONS SADDE AQU1 NO ASSENTAHENTO" e o lrabalke sera realizado com criangas entre G7 e@ 12 anos, alunos de 15 A 48 série. MUITO BEN! QUAL O PROXIHO PASSO? A hera agora #@ fazer todo o ouejamento em torno deste tema ou os estamos chamando aqui, em terno sta UNIDADE TEMATICA, Enquanto n§o Pensamos tudo o aye possivel fazer @ estudar em tornado ne Noss Saude, nao sabemos xatamente quanto tempo pretendemos trabelhar com ele, se dias, semanas, ow nesess Frecisamos primeira estabelecer os OBJETIVOS em relasSo ao tema precisamos responder & PARA QUE ESTUDAR SOBRE DA SABDE NO ASSEXTAMENTO? Wamos estudar este tema porque em nosso assentamento hd problemas sérios no campo da satde: muitas criangas norrends, surto de piolhos} higiene e alimentas4o0 precdria, dgua nde tratada, falta de assist@ncia nédica: nSo temos Posto de satde, ete. Para definir 0 para precisamos levar em conta 3 coisas basicas: 1) que tipo de contribuisso peAtica queremos e podemos dar para solucionar alguns destes problemas referentes & satde? Ex.: pode ser nosso objetivo despertar nas criangas 0 interesse em conhecer melhor as doencas que tem aparecido no assentamento e cowo evild-ias. Mas também pode ser objetivo através deste estudo organizar uma campanha para fazer fossas no Assentamento ow ainda fazer um levantamento dos dados sobre a sade no assentamento, para reivindicar junto & Prefeirtuca a instalagdo de um Posto de Saide. Precisamos ter cuidade para nio estabelecermos com as criansas objetivos que so impossiveis de atingir. Por ex.: neste tema ter como objetivo “Acabar com as doengas no A QUESTAD qué, Assentamento”. £ claro que isso é 0 que todos queremos mas -este nfo é um objetivo a ser atingido apenas através do trabalho da escola. Este pode ser um objetivo do assentamento com um todo, mas nado é@ realizdvel apenas neste curto espaso de tempo de estudo do tema. 2) Quais as questSes principais que vamos tratar deste tema neste momento? O tema sadde ¢ bastante grande e talvez ndo seja oc caso de tratar todos os problemas de saide do assentamento de uma vez 56. Porque iszo demoraria muito tempo (meses) e@ as criangas, principalmente as menores poderiam enjoar. #& preciso entso focalizar o trabalho nos problemas aque s80 mais sérios. Ex.: principais doensas e o tipo de medicina para trata-los. Prevensdo das doengas através da hidgiene e alimentasdo. Atendimento médico no asseatamento. 3) Quais s$o 03 objetivos especificos das séries com as quais estamos trabalhando? Nido padenos esquecer que seja qual for o tema que estivermos estudando, se estamos com séries iniciais nossos objetivos tem que mencionar a quest4o da ALFABETIZAGAO. Qu seja, em primeiro ludar as criangas vem para 4 escola Para aprender a ler, escrever, contar, se expressar. 0 estudo a partir de temas deven tornar mais facil esta aprendizagem e jamais deixa-la de lado. E, de fatos os temas ajudam. Para una crianga que estS aprendendo as primeiras letras, por exemplo, & muito mais f4cil ela escrever sobre o piotho que tem na cabesa das criansas, do que sobre pipas que aparecem desenhadas nas cartilhas ... Além disso, se vamos trabalhar com © mesmo tema com criansas de séries diferentes, precisamos ter cuidado de verificar quais objetivos podem ser comuns para todos, mesmo que atingidos em graus diferentes, e quais s4o proprios para cada série. Ex.: Se temos como objetivo ao estudar o tema Nossa Satde, proporcionar uma experi@ncia de ordanizas&o coletiva do trabalho (as criansas terdo que organizar uma Pesquisa sobre satde, terdo que se organizar para fazer uma farmacia na escola, etc.), este objetivo ¢ valido para todas as séries, mesmo a gente tendo claro: que as criansas maiores poderdo ter uma experi€@ncia mais refletida e discutida, JA outro 10 objetivo, ao de aprender a fazer uma pesquisa cientfifica, com levantamentos de dados, com estatisticas, com desenho de grdficos, pode ser préprio para quarta série en&o para as outras. E isto nfo quer dizer que as criangas das outras séries nfo ajudem a fazer a Pesquisa. & sé que n&o t@m o mesmo objetivo. De qualquer forma vale o registro deste texto TRABALHO DAS e é central estamos Desde a introdusso estamos afirmando que o CRIANGAS deve fazer parte no nevo curricula que construindo nas nossas escolas. Has afinal, onde esta a novidade de as criansas trabalharem? Por acaso nde ¢ comum na maioria das escolas rurais as criangas ajudarem a cuidar da horta ou na limpeza da sala de aula? E além disso, as criansas ja néo trabalham que chega em casa ajudando os seus pais? O que ocorre é que a maioria das vezes o trabalho infantil 6 aceito por necessidade e n&o por que se acredite que possa ser educativo,. Ou seja, as criangas ajudam no trabalho familiar ou no trabalho da escola por que s80 n&o-de-obra barata e necessdria para garantir a sobrevivncia, especialmente da familia. De modo geral as criansas so as ajudantes e nfo as responsdveis pelas tarefas. Isto quer dizer que sua experifncia de trabalho é mec&nica e muito poucas vezes pode dispor de um acompanhamento pedagdgico. Nas escolas geralmente nfo h& nada aver entre o trabalho que as criansas realizame que estudam nas salas de aula. A diferensa do que estamos propondo é a seguinte: na nossa escola as criangas devem ter a oportunidade de ESTUDAR através do TRABALHO. Ou seja : 4 preciso fazer uma horta na escola para ter melhores alimentos na hora da merenda. sobre a importancia de se trabalhar com @ mesmo tera em varias séries. N&o sé é possivel como bastante recomenddvel. £ o melhor Jjeito de resolver o problema que costuma ser o trabalho com as classes multisseriadas. Permite a ajuda entre as criangas, a integra¢gSo entre o planejamento das varias sériess atividades comuns, etc. Vamos entSo aproveitar este trabalho (que ¢ um trabalho produtivo veal e Gtil para a comunidade) para que as criansas: -Pegduem = amor Pelo trabalho na terra e a querer permanecer trabalhando no Assentamento; -aprendam técnicas alternativas de cultivo que ja v&o lhe preparando para ajudar no conjunto do Assentamento a produzir mais @ Com menos gastos . e se ahorta da escola dd Certo ela pode Passar a produzir mais do que para a merenda sendo o excedente de verdurss distribuidos entre as familias ov vendidos nas feiras da cidade. Por que nao ? -aprendam a se trabalhar em conjunto e de modo cooperativo, du seja aprendam a tomar decisOes no coletivo, a dividir tarefas ® responsabilidades, a planejar avaliar o trabalho ae cada um etc.; -desenvolvam na prdtica os valores do companheirismo, da solidariedade, da disciplina.., Ja pensaram se o grupo da rega deixa de molharos canteiros recém semeados porque prefere jogar bola?... -tenham uma experi@ncia concreta de relacionar pratica com teoria facilitando sua aprendizagem sobre os temas e contetdos estudados em aulas. Assim, enguanto as criangas vdo cultivando a horta podem ir aprendendo toda a ci€ncia do desenvolvimento das Plantas; de tipo de sementes, de solo, de clima que permite plantar algumas verduras e outras ndo; Pode ir aprendendo também como ¢ que se mede um canteiro, em que diresdo do «-'* - * organizar e vento a horta deve ser feita, por que neste verSo deu uma seca que quase acabou a horta toda, etcyetc... Ou seja » de uma maneira bem mais facil e atraente a crianga vai produzindo conhecimento que tém para ela uma utilidade pratica, imediata e que também ela vai poder utilizar em cada situasSo de vida que for aparecendo... Mas = vamos veltar ao nosso Planejamento ... Se acreditamos nisso tudo que fai dito sobre a importdncia educativa do trabalho das criangas, j& quando definimos nossos objetivos em torno do tema que vai ser estudado, devenos mencionar algumas experi@ncias de trabalho. Em nosso exerc{cio, estavamos Planejando a unidade sabre "Nossa satde aqui no Assentamento'., E entre nossos objetivos chegamos a mencionar "fazer uma campanha para a construsso de fossas em nosso Assentamento”, " reivindicasSo de um posto de sadde”, etc ... Ent&o € isso: precigamos prever com as criansas, que tipo de trabalho pode ser realizado por elas durante o desenvolvimento do tema e verificar de que conhecimentos vo precisar para realizd-lo. Wo exemplo das fossas as criangas precisarao aprender varios contetdos: o que 6, para que serve e o que acontece com os detritos numa fossa; como deve ser feita, com que profundidade, em que diresdo, como caleular os custos de construsfo de uma fossa, poder&o estudar a propdésito das fossas toda a problematica de saneamento no munic{pio, Estado, pais, etc. Também dentro deste tema seria possivel que as criansas se envolvessen na construs&o de uma farmdcia de ervas medicinais ou mesmo chegassem a fazer uma horta para cultivar estas plantas. E assim muitas outras coisas. 0 importante ¢ que nfo sejam situasdes artificiais ou forgadas de trabalho mas sim que surjam pela prépria necessidade da escola ou da comunidade. Falta ainda chamar a atensSo para o seguinte; Em algumas estudo do tema e pratico. Outras © contrdério, partir do trabalho pratico, ou seja, da pratica, e depois chegar ao estudo. situac6es ae parte do cheda até o trabalho vezes @ possivel fazer Alguns exemplos para clarear esta diferensay No caso do tema "Nossa Satde", podemos comegar estudando sobre a realidade da saide no Assentamento, a Pesquisar nos livros as causas do aparecimento do piolho e a partir deste estudo desencadearnos atividades praticas de campanha, da fabricar4o de remédios caseiros, etc. Mas vamos imaginar agora que nosso segundo tema escolhido seja o TRABALHO ou a PRODUSAO nos assentamentos e o nosso objetivo principal seja que as criangas consigam entender a diferensa entre o trabalho individual e o trabalho coletivo. E vamos também que as criansas est&o em pleno vapor con sua horta e sua “farmdcia viva" (de ervas) ... Bom, neste caso, muito melhor que ir longe estudar o que ¢ o trabalho coletivo, a escola pode aproveitar esta experi@ncia concreta que as criansas est&o ftazendo de trabalho em conjunto para estudar com elas o que isto significa, aque problemas est&o encontrando, etc. Nao aque se deva ficar s6 nisso. Mas a idéia 6 partir desta experiéncia proxima e viva Fara as criansas e depois estudar o trabalho todo do assentamento, de outros assentamentos; conhecer uma Cooperativa etc, eto... De qualquer modo 0 que precisa ficar claro € que quanto mais experi@ncias prdticas a crianga liver mais sélida e significativa sera a sua aprendizagem e mais or{tica ela se torna, Uma criansa que sé aprende (ou decora) informasSes de livros ou que ouve da professora nfo tem condisbes de por em davida, confrontar ou criticar o que recebe} acaba submissa e obediente ao saber que the digem ser verdadeiro. Somente a pratica permite verificar a verdade do que se ouve ou v@. Foi assim, por exemplo, que certa vez um grupo de criansas assentadas comesou a criar coelhos seguindo a orientasSo de um livro de Cigneias que tinham recebido de presente. Ficaram surpresas e zangadas por que sua experi@ncia de criagdo mostrou que o livro contava muita mentira sobre como vivem e se reproduzem os coeihos. EF quanta gente foi que teve a oportunidade que tiveran estas criansas? S Excollien 00 contesides a serem desenvoluides Vamos relembrar a diferenga entre trabalho, tema » contetdo: TRABALHO: as criangas est8o construindo uma farmacia na Escola. TEMA: os principais problemas de satde do nosso assentamento. CONTEWDOS: cuidados com a Agua. Medidas de comprimento. Tipos de alimentos e sua importancia. ProdusSo de textos. Gu seja: o TRABALHO ¢ a pratica; o TENA ¢ um assunto ligado diretamente a quando fazemos realidade} problemas de assentamento?™ ou vealidade: ¢€ perguntas para esta Mquais os principais satde de nosso “Como so os rios do nosso municipio?". Eo CONTEDDOD ¢ o conhecimento cientifico que nos ajuda a realizar o trabalho ou a responder as nossas perguntas sobre a nossa realidade : se estou montando uma estante com prateleiras para minha farmacia preciso saber, por exemplo; que tipo de material ¢ melhor para fazer uma estante de remédios, preciso saber medir para que todas as prateleiras tenham o mesmo tamanhos etc, etc... Se quero discutir sobre uma melhor alimentagSo para nossa comunidade 5 preciso estudar que tipo de alimentos existem, como deve ser a compasisso destes nas refeis6es das criansas, des adultos, o que ¢@ uma vitamina, porque é importante comer verduras, etc, ete ... Na escola tradicional o que vem primeiro é a lista de contetidos que obrigatoriamente 0 professor deve desenvolver em cada série. HA casos de escola rurais, inclusive algumas de Assentamento , onde as Secretarias de Educas4o0 entregam a cada m@s planos de aula prontos para os professores das varias escolas do seu munic{pio. Tudo igual. & sé despejar na cabesa das criangas. Nestes planos o que consta é a lista de contetdos Por area pensamos sobre os objetivos em estudarmos este tema ... 4) definimos 0 trabalho das criangas como fonte Para o desenvolvimento do nosso tema e para estudo de contetdos importantes para as séries em que est&o nossos alunos ... 5) escolhenos alguns contetdos chaves para cada drea ... 6) planejamos como desenvolver esses conteddos na sala de aula Partindo da experi@ncia de trabalho das criangas .. 7) fizemos uma recursos que vamos desenvolvimento ... @> @ o momento em que chegasos agor Pensar como sera feita a avaliag&o de todo este trabalho ... previsao de utilizar no Ma escola tradicional o momento de avaliasdo ¢ muito simples: o professor aplica uma prova para os alunos, registra a nota no caderno e esta pronta a avaliasao. Em auitas escolas que se pretendem progressistas, encontrou-se um caminho também bastante simples para romper com a avalias4o da escola tradicional: deixar de fazer provas. Cada aluno se d& uma nota ou o professor inventa uma nota para cada alegando que a nota ndo € 0 mais importante. O que acontece tanto num caso como no outro, é que nhdo se faz de fato uma avalias4o; se confunde avaliagSo com nota que ¢ apenas o registro no papel deum resultado e que 6 a witima coisa que deve acontecer num processo de avaliasao. Hem é tipo de si combina com escola que Preciso explicar que este Plificasdo de avalias&o nfo “a proposta de educasSo e estamos desenvolvendo até aqui. Precisamos encontrar um jeito de avaliar que nos mostre se nosso trabalho esta ou nfo valendo& pena e o que podemos fazer para que o préximo plano seja melhor que este. Muito bem! E quais so 05 passos para nés pensarmos juntos sobre a avalias&o que vamos propor aos nossos alunos? As perguntas - precisamos responder seguintes: 120 avaliar? 2) Quando avalias4o? 3) Como avaliagdo? 4) Quem deve avatiar? Vamos refletir sobre delas: chave que aqui sa as que consideramos importante deve ser feita a Podemos fazer esta cada uma 17 A) O QUE AVALIAR Uma coisa ja ¢ certa: a avaliagdo nio pode se voltar sé para os conteidos. Nés somos um todo e se nossa educasio parte da pratica ¢ também na pratica que devemos avaliar nossa aprendizagem. Ou seja, ndo- adianta saber fazer contas no caderno e ndo conseguir usar estas contas para calcular os gastos para adubar a nossa horta ... M&o adianta escrever na prova sobre o que ¢ bom para acabar com os Piolhos e ter a cabesa povoada deles ++. M&o adianta saber discursar o que é ocracia e na pratica da escola n&o deixar ninguém participar impondo sempre as suas idéias. . Para decidirmos sobre o que é importante avaliar é necess4rio ter presente 0 que as criansas fazen na Escola e porque fazem: 1) A Escola é¢ o local de trabalho ent&o este trabalho tem que ser avaliado em funs4o dos objetivos dele. Ex.: se através do trabalho da horta das criansas estamos querendo que elas aprendam técnicas de Plantio e colheitas adequadas, aprendam a trabalhar cooperativanente, tomando decisfes coletivas dividindo tarefas, etc... Tudo isso deve ser observado na avaliasSo, precisamos saber até que ponto estes objetivos est&o sendo atingidos. 2) A Escola é local de produsio de conhecimento. Comesando com a aprendizagem do ler, escrever e calcular, a avaliasdo deve dar conta da quantidade do conhecimentao sobre a realidade que as criangas estio conseguindo se apropriar e produzir. Achamos importante, por exemplo que as criangas de 34 e 4% séries aprendam medidas de terra. Precisamos verificar se elas realmente conseguiriam aprender +s. Precisamos verificar até que pontc nés conseguimos fazer passar as informagdes necessarias para que elas aprendessem ... 3) A Escola é local de desenvolvimento integral das pessoas. # o trabalho, ¢ 0 estudo} mas também o relacionamento entre companheiros, a solidariedade, a disciplina, ° entrosamento e alegria nos jovens, nas festas como se tratam meninos e meninas, como éoa relas3o entre Professores e alunos, etc. Estes comportamentos geralmente n&o aparecem ditos ou escritos. Eles precisam ser observados e até merecem ser avaliados. 4) A Escota é local de preparasso de militantes. A disponibilidade em trabalhar pela comunidade, o interesse em conheter a histéria e os fatos da luta, 0 cultivo dos simbolos e da aistica do MST, etc, Isto também deve ser objeto de avaliasdo, B QUANDO AVALIAR Existem pelo enos dois momentos onde a avaliasao0 de um trabalho ¢ imprescind{vel: durante e depois. Durante, quer dizer que nos devemos encontrar momentos a cada dia acada semana para verificar e refleltir sobre co andamento do trabalho. Identificar problemas e falhas para encontrar saidas imediatas. O que adianta uma criansa ter problemas de relacionamento com as colegas e s6 ser dito isso a ela no final do ano? E se o professor constatar sé ta no fim do semestre que ndo sfo todas as criangas que est4o conseguindo entender os CONTEDDOS que ele tanto se esforsa por explicar? A avaliasdo depois 6 aquela que faz uma revis&o0 completa sobre tudo o que aconteceu durante um determinado perfodo de tempo e prepara o trabalho seguinte para que seJja melhor. Assim, no final da unidade temdtica "Nossa Sadde..." ¢ importante organizar formas para avaliar, registrar, e divulgar todas as dimens6es do trabalho realizado a partir deste tema e das praticas realizadas pelas criansas: campanhas, horta, farmacia, etc... ©) COMO AVALIAR disse que o bom aluno tudo o aque o Alguém ja aquele que faz mas sim aquele que Pensa sobre o que estuda e o que faz. E nao é professor determina o processo de avaliag$0 deve ser um momento privilegiado de parar para Pensar. Tanto para o professor como para os alunos e comunidade. Pensemos ent&o no planejamento que estamos fazendo aqui, que instrumentos poderfamos utilizar para a avalias&o desta unidade temdtica? Um dtimo instrumento de avaliacaéo @ a FICHA DE OBSERVACAQ que o professor pode ter de cada atuno. Uma papel ou um caderno onde vai anotar tudo 0 que acontéce com cada crianga: nas aulas, se uma tem dificuldade na leitura, outra no cAlculo, outra n&o aprendeu certo contetido; no trabalho, como estdo aprendendo, como se comportam, se saben trabalhar coletivament etc.} nos jogos; nas brincadeiras, nas festas, se tém problemas de relacionamento, em que lipo de atividade se destacam... e assia por diante. Através desta ficha . professor vai acompanhar ° desenvolvimento coletivo e pessoal da Pode discutir os problemas com @s prdéprias ou, o caso, com os pais. As fichas poder ser anotadas até diariamente. Gutro instrumento poderia ser o Diario das criangas. Um caderno onde as criangas vSo escrevendo diariamente, ao final da aulay o que estdo sentindo em relaséo a escola e a tudo o que fazem nela. Se estdo contentes com o trabalho, se estfo conseduindo compreender os contetdos, se est&o achando o professor muito chato, ov se gostam dele, quais atividades lhe chamam mais atensfo wae Seria interessante que cada crianga tivesse um diadrio como um caderno especial, como um espaso onde pode escrever o que quiser, Além de ser un Otimo estimulador da escrita da crianga;s fornece ao professor e aos pais excelentes elementos para identificar o problema que ° trabalho esta apresentando. G professor deve ler os diarios das criangas todos o5 dias Comentar com eles no dia seguinte; aproveitar as sugest6es para melhorar 0 seu trabalho. Os relatérios dos trabalhos realizados pelas criansas também sdo um jeito de avaliar: pesquisas, visitas, trabalhos praticos, todos podem ter um momento de relatério, oral ou escrito, que seja de acesso n&o sé do professor mas de toda a turma e também da comunidade. Por que nfo aproveitar una reuniado com a comunidade para que as criangas relatem sobre os trabalhos que esto fazendo na horta, na farmacia e na sala de aula? Wado seria um modo conereto de verificar 0 quanto estado aprendendo? Eas provas, fazer ou nfo fazer? Existe toda uma pol@mica sobre isso. Ha quem afirme que a prova @ uma caracteristica da escola tradicional , representando a cobranga fria e burocratica dos conteidos despejados na cabesa das criangas. Em muitas escolas ¢ isso mesmo. 56 que e@ sentido da prova depende do contexto e dos objetivas para que se realiza. Numa sociedade marcada por testes(provas de selegdo, concursass testes de motoristas, etc), aprender a fazer provas pode no ser assim téo negativo. O que precisamos ¢ desmistificar nossa idéia de prova ou de teste. Um teste nada mais 6 do que um momento pré-fixado e planejado onde as criancsas tem que provar de alguma maneira o que est4o aprendendo. E o resultado desta prova aparece através de um valor que pode ser um nimero, uma letra ou outro simbolo qualquer. No caso de nossa unidade tematica “Mossa Sadde ..." , vedamos alguns aspectos e situas6es de provas que Poderiam acontecer: ® Todos na hortat as criangas fazem perguntas entre elas sobre ervas plantadas eo grupo avalia se as respostas estSo corretas; E as criansas receben tabelas com tempos determinados: aedir a 4rea da sala de aula, calcular o prejuizo da horta em funco da dltima secaj localizar no mapa do municipio e identificar o que esta ao Norte, Sul, Leste, Oeste, ete... Tudo isso vai valendo pontos# * Gincanas culturais que estimul as criansas a retomar tudo o que aprenderam e também a fazer pesquisa vamos ver qual o grupo que consegue trazer a maior numero de ervas medicinais e consegue explicar para que servem. € Responder perguntas orais @ escritas sobre o tema estudado etc. Ou seja,» nesta nossa proposta as provas ou os testes perdem o cardter de ameasa ou punisdo. Q seu carater ¢ de comprovas&o qe conhecimentos e de estimulos ao crescimento de cada ua e do grupo inteiro. A prépria competi¢ao que aparece entre as criangas pode ser saudavel, desde que n&o se cultive como disputa individualista mas sim como impulso Para que cada pessoa queira ser cada vez melhor. Com isso o coletivo se enriquece e o processo educativo avanga. - QGutro instrumento de avaliasao que nfo pode deixar de ser usado, é a RODA DE DISCUSSAO LIVRE sobre os problemas da escola. Pode ser roda s6 de alunos} pode ser o professor junto; pode ser uma roda que junte alunos, professores e pais. O importante ¢ que seja um espaso aberto onde todos possam expressar o que estSo sentindo, o que est&o pensando, o que est&o esperando da escola. A horta deu certo ou néo deu certo? Todos, est&o se envolvendo como deveriamn? Por que nao conseguimos trazer mais pessoas da comunidade para nos explicar sobre o trabalho? Por que a professora n&o permitin ao Jodozinho que chegasse mais tarde na aula para poder participar de uma reunigo do assentamento ? Por que a Beti sé puxa os cabelos da Chica? Como podemos conseguir mais livros para a nossa biblioteca? Como fazer com aque os Assentados freqientem mais a nossa biblioteca? D)QUEM DEVE AVALIAR Aqui.estd um dos pontos chaves do Processo de avaliagao. Ka maioria das escolas o poder de avaliar esta somente como professor. Ele avalia a todos as alunos mas os alunos no podem jamais avalia-lo. - cada aluno precisa ter a oportunidade de avaliar a si mesmo, nas varias dimenstes: no trabalho, no estudo, no relacionamentoj - os alunos devem avaliar-se entre sie também avaliar o professor} processo - 0 professor precisa se autor A avaliar © avaliar cada aluno e o conjunto de todos os alunos; - a comunidade deve avaliar e ser avaliada na suas relag6es com a escola. Mesta proposta todo o educativo acontece de modo coletive. avaliasdo ndo pode ser diferente. Ou sejay 6 0 coletiva da escola que deve fazer a avaliagao. Cada um com sua responsabilidade e capacidade. Assi G Prever 0 tempo de duracdo deste plano. Apés plane jarmos pretendemos realizar, das atividades, tudo oo que © como e por que é preciso prever quanto serd necessd4rio para isso. Em tunsdo dos objetivos, das caracteristicas das Criansas, das séries, do interesse pelo tema. Um plano como este que estivemos exercitando aqui, poderia ser desenvolvido em um , dois ou trés meses. Tudo depende do proctesso de trabalho a ser desencadeado e a cCapacidade de planejamento e ao mesmo de tempo de flexibilidade de cada escola. As vezes agontece que um tema que pensavamos trabalhar, um m@s, desperta tanto interesse das criangas ou na comunidade que o prolongamos para mais dias ou meses, Nas o importante é que a tenha sempre uma previsSo de ainda que proviséria e flexivel. escola tempo, Agora com as possi{veis mudansas. Um plano a gente faz para orientar a nossa agdo. Depois de feito é€ 0 contrdrio a a¢3o vai orientando a execus&o do plano e vai tornando o trabalho cada vez mais vivo, din@mico e participativo ... Temos nosso plano. Pronto! sé se preocupar de irmos ver na pratic se este tipo de metodologia funciona mesmo, vamos prestar a atensio a mais alguns detalhes que so fundapentais. Has antes O QUE NAO PODEMOS ESQUECER DURANTE O DESENVOLVIMENTO DESTE , CURRICULO — QUE O TIPO DE ORGAWIZASKO E DE ADHIKISTRAGAO DA ESCOLA COD UH TODO, J SEJA PARA AS CRIANGAS A PRINCIPAL EXPERIEWCIA PRATICA DE TRABALHO COOPERATIVO E DE APREMDIZAGEM CONCRETA DA DEMOCRACIA. Ou seja: a Escola pode se organizar como uma espécie de cooperativa onde as criansas, junto com 05 professores e os assentados participem de todo o seu funcionamento. Podem ajudar na Secretaria, podem se responsabilizar pela limpeza, podem comandar a biblioteca, podem participar das reunidées de planejamento, podem ir reivindicar melhorias para a escola junto @ Prefeitura, etc ..- Daf os outros trabalhos que vdo aparecendo, como a horta, a farmacias 2 ~ QUE A ESCOLA SEJA UMA GRANDE ESTIMULADORA DA PRATICA DO HABITO 0A LEITURA, nfo sé entre as criangas, mas também no conjunto dos ascentados. Todas as experifncias de trabalhy, toda a organizagdo de aprendizager pratica sé tem sentido se forem reflelidas e atravessadas pein estudo © pela teoria. E a leitura ¢ uma das yrandes = fontes de informasio e formaséo, de alargamento de nossos horizontes. EF o hdbito de ler a gente adquire Lendo. E quanto mais cedo comecamos, mais rapido aprendemos ¢ passamos a gostar. Jornais, revistas, textes, livros. Be tudo ¢ preciso ler. Em muitos Assentamentos se alega que ndo se 18 por faita de material ou por gue nSo se sabe ler. HA de fato anita car@éncia de textos e hd ainda wuitos analfabetos entre os assentados de todas as idades. Mas entSo: por que a Escola ndo puxa a frente e¢ toma a iniciativa de montar a biblioteca do Passam a integrar a organizar da escola através de setores, de fungSes de responsabilidades de tarefas divididas entre as criansas; e principalmente decididas junto com elas pu até por elas sozinhas, conforme vdo ficando mais maduras. Assim temos a darantia que a horta nfo acaba quando acabar a unidade que estd estudando sobre ela: e que as criangas lerdo uma experi@ncia Fermanente de trabalho e de organizas3o. E com certeza: criansas que vivam a experi@ncia concreta de construir uma Escola democratica, vo ter bem mais facilidade de participar do caletivo do seu assentamento, da ardanizagdo do HST. do sindicato de seu municipio soe da luta pela DEKOCRATIZAGAG de toda a saciedade. ? As criangas se de euidar dela: Jornais do HST © outros o Assentamento = receb arceuad3gac revistas do Assentamento encarregarian arquivariam of materiats que organizariam Ccampanhas de de outros jornais @ municipio; vreaniriam livros jue cada companheirs tem em casa e nunca 18 & nem empresia; fariam campanhas de aso da biblicteca peios Assentados. Poderiam até promover rodas de leitura onde se faria leitura em drupo e em voz alta pera que os anaifabetos também pudessem participar ... E quem duvida que desta experifncia pudessem surgir grande campanha de alfabetizavdo de Jovens e adultos? Onde as préprias criangas pudessem ser es alfabetizadores? Com esse contato leitura, as criansas certamente vdeo pegar o gosto. de ter e querer ser exemplo para seus pais @ companheiros. Qu seja, estamos como se diz, pegando dois coelhos de uma s6 vez. Certo? tede com a 21 vy ) & a ESCOLA PERMANENTENENTE AS EXPRESSOES CULTURAIS DOS ASSEMTAMEMTOS E DA LUTA PELA TERRA COMO UM TODO. Cultura viver. Num grupos com diferentes costumes, diversos sobre musica, comida, divertimentos e até com Jeitas diferentes de trabalhar e de encarar o trabalho. Aos poucos este jeito vio se misturando e incorporandc as formas de cultura que foran produzidas durante a luta por esta terra, Sado as cangfes da luta, o8 simbolos, 0 jeito de viver em coletivo, as rezas com conteido de protesto; a poesia que junta povo, o jeito de ser da policia ou dos enganos do governo . Tudo isso. A Escola n&o pode ignorar este mundo. AS criangas precisam aprender a entender e valorizar sua cultura.’ E a distinguir os costumes e o jeito que precisam superar e quais as que dever cultivar nesta nova proposta de vida quer dizer: jeito de assentamento se juntan diferentes origens, vreligifes, gostos d ferente também ain eet ete wg . QUE A ESCOLA SEJA TAMBEN UK ESPAGO DE EXERCICIO PRATICO DOS VALORES QUE CARACTERIZAM O NOVO HOMEM , A NOVA KULHER, A MOVA SOCIEDADE Democracia. Organizag&o. Trabalho cooperativo. Nova cultura. Milit&ncia. Tudo isso yvequer além do esforgo ecoletiva uns mudansa pessoal, uma disposigSo de cada um em viver segundo uma nova ¢tica de comportamento e de relacionamento entre as pessoas. Trocar ° individualismo pelo espirito de sacrificio pelo avango do coletivo. Trocar oo autoritarismo pelo didlogo e pelo respeito as decistes do grupo, mesmo quando elas nado me favorecem como eu desejaria. Abandonar o machismo © estabelecer o respeito e a sQlidariedade entre os sexos. Rever certos valores morais sem cair na imoralidade companheiro ser verdadeiro, honesta. ser transparentes ee 25 DE MAIO oe ~ 32 ANIVERSARIC”, DG ASSENTAMENTO coletiva que Pesquisar a antes e depois do Estudar por que as diferentes de viver, da luta, assentamento. dos seus pais Assentamento pessoas tem jeitos Aprender os cantos fazer poesias, promover festas Para comemorar as datas significativas para os assentados, hastear a Bandeira do Movimento Sem Terra. Participar de atos de manifestasdo de assentados e acampados. Estas s4o algumas coisas que aescola pode fazer; ao mesmo tempo, valorizar a cultura existente no Assentamento e@ promover a nova cultura que alimenta e 4 exigida pela luta maior do MST, Trata-se da cultura da Cooperas&0; da cultura da RESISTENCEA; da cultura que se traduz numa mistica da militandéia: quando canto um hina, hasteio - bandeira, inauguro una biblioteca, faso uma coiheita, sinto renovar-se em mim aquela PAIXAQ por continuar lutando, continuar resistindo nesta terra e ajudar nas [utas dos demais companheiros SEH-TERRA e trabalhadores em geral. Se nossas criansas no se educarem nesta paixio, nossa Escola ndo atingiu seus objetivos histéria li Aceitar Estar aberto as mudangas. Ser : avaliasfes. Fazer criticas como companheiro: com a forsa que o avanso do coletivo reguer e com a ternura ¢ a compreensdo de quem n4&o quer perder ninguém para a luta. Trabalhar contra os vicios da bebida, do jogo, da corrups4o. Tudo isso e muito mais precisa comesar a ser desenvolvido nas criansas desde cedo. E nos adultos, desde que 6 possivel. Na Escola 6 preciso criar mecanismos de gbservasdo e de avaliacao entre as préprias criangas para que os comportamentos viciados sejam punidos e anova ética seja estimulada dentro de seu préprio coletiva. ° E os professores néo podem esquecer que o seu EXEXPLO PESSOAL vale muito mais do que todos os sermbes ou discursos que possa fazer... CHAMADA FINAL DEPOIS DE TODO OQ TRABALHO QUE REALIZAMOS ATRAVES DESTE TEXTO, FICAM ALGUNS DESAFIOS QUE MERECEN SER CHAMADOS A ATENCAO - Precisamos conseguir rechear Assentamentos, para trabalhar e toda esta proposta com nossa discutir este novo jeito de aprender e criatividade, ousadia, capacidade de ensinar. Devemos ter argumentos luta. Muitas dificuldades podem surgir. suficientes para explicar tuda isso Mas se acreditamos na forsa dos nossos para outros professores,; para os Propositos como na forsa da terra que diretores de nossas Escolas, para as conquistamos, encontraremos o melhor Secretarias de Educaso, etc, E ¢ jeito de fazer esta praposta acontecer sempre bom lembrar gue o maior na pratica. argumento @ 3 PRATICA e a REFLEXAO ~Precisamos criar nosso coletivo permanente sobre ela. de planejamento: com outros - Precisamos organizar cursos de professores, Assentamentos, e alunos. capacitas4o para aprofundar-mos e Este mesmo roteiro que utilizamos aqui discutirmos esta proposta. 0 nove nso Pode ser usado para fazer os pianos de nasce espontaneamente. Temos que nos aula de cada semana. Outras unidades preparar, nos educar para construt-lo. temAticas vao surdir, outras Podem ser encontros por Regio, Estado; experi@noias de trabalho das criangas Assentamento, oO importante é podem ser criadas e trocadas inclusive multiplicar 05 espasos de circulasfe, de uma escola para outra, de um divulgasS0, estudo e discussSa deste Assentamento para outro, Por isso a material e de nossa pratica. importancia do professor em naéa - Precisamos trabalhar pelo trabalhar sozinho. fortalecimento da nossa organizasSo em - Precisamos compreender e viver quanto Sétor de Educasdo, emquanto t4o intensamente esta proposta que assentados, enquanto MST. of ona possamos trazer junta outras organizay&c que nos alimentaremos para companheiros,; inclusive de fora dos levar adiante esta proposta. "...-POR ISSO & DESAFIO ESSA GRANDE CONSTRUCAO QUE NOS SO CONQUISTARENOS FAZENDO REVOLUCAO. & OCUPAR, RESISTIR E PRODUZIR. TAMBEM NA EDUCAGAO!" 22 PARTE MATERIAL _PARA SUA CONSULTA SUGESTOES DE TEMAS GERADORES 1.- Uma sugestdo da seqii@ncia de TEHAS que podem ser tratados nas escolas de Assentamento 6 a seguinte: 1- Nosso Assentamento 2- Nossa luta pela terra 3- Nossa cultura e nossa histdria de luta 4- Nossa 5S- NOs, nalureza 6- Nossa satde 7- N6s @ a politica. Vejamos o porqué de trabalhar com estes temas e o que poder{emos estudar em cada um deles: trabalho no Assentamento nosso trabalho e a 1- NOSSO ASSENTAKENTO Com esse tema darfamos estudo da realidade do Assentamento Cou Acampamento), chamando a atensio das criangas para tudo o que existe ao seu redor, tanto na natureza como no yeito que esta organizado ° Assentamento . A preocupas4o aqui seria ajudar a crianga a se socializar no espase do Assentamento e a localizar o Assentamento no espago maior do municipio, da Redido. Aqui também se pode levantar as caracteristicas principais do povo que Ali mora; como vive, de onde veio, como trabalha. Também 6 o momento de identificar os principais problemas e potencialidades do Assentamento, muitos dos quais serSo aprofundados nos temas préximos. infcio ao 2- MOSSA LUTA PELA TERRA. Um povo que nfo tem mendria n§o é capaz de fazer a sua hist6ria. Queremos que a [Escola crie oportunidades para as eriangas irem conhecendo, reconhecendo e registrando a sua historia, a histéyia da luta de seus pais, a historia de luta de outros trabalhadores, As criancgas participam da luta pela terra. # preciso que elas entendam o porqu@ desta luta. Que comecem a conhecer desde pequenas o HST como um todo e os principais fatos e dados que rodeiam a sua realidade especifica. A Escola deve ajudar a criar militantes, canalizando desde cede a energia e a capacidade infantil para atividades que ajudem o coletivo sua organizasdo e luta. 3- NOSSA CULTURA E NOSSA HISTORIA DE LUTA Dissemos recuperar a deste tema memoria é que é importante memoria da tLuta. Através queremos enfatizar que esta cultural, ¢é artistica, #¢ musical, poética , mistica. Quanto a produgdo cultural de nossos -assentamentos que nado passa nem perto de nossas escolast Queremos transformar a Escola num lugar onde circule, se rigistre e se reproduza a HEMORIA CULTURAL DA LUTA PELA TERRA . Que as criangas tenham a oportunidade de conhecer e refletir sobre os simbolos, aS cang6es, as histérias do MST. Que possam sentir e pensar também sobre o lado poético e belo da luta de que participamj que alimentem seu potencial criadorj que aprendam a se expressar cada vez melhor e que valorizem sua. propria cultura: que se preocupem em entender o jeito de viver e de pensar de seus pais e que seus companheiros sejam estimulados a inventar novos jeitos. Que a Escola estimule a vivéncia da fé e a discussd4o sobre a dimensdo religiosa da vida e sobre a relacSo entre religiso e tuta. Que estimute também a festejar as datas comemorativas para os trabalhadores cultivando novos valores que a luta vem propondo. Trata-se no fundo de fazer da escola um instrumento de construgéo e divuldas&o de uma nova ideologia; a ideolodia de uma classe trabalhadora que deseja construir o novo homem, a nova mulher, a nova sociedade. 4- wossO TAHENTO. O que queremos é trate com #5 criangas as questées ligadas a vida do Assentamento, em especial as Jigadas ao trabalho produtivo. Que as criangas possam entender ¢ participar das novas formas de trabalho que est4o sendo“propostas pelo MST. Nos Assentamento com trabalho coletive que a escola ajude as criangas a se envolver a entender o que significa a cooperasSo. Naqueles onde predomina o trabalho individual, que a Escola seja o Iugar onde as criangas ougam falar e; se possivel, experimentem o trabalho coletivo e a importancia da Divisdo Social do Processo Produtivo, Também queremos que a Escola ajude as criangas a entender como funciona o aundo do trabalho. Que consigam comparar o trabalho de seus pais € companheiros com o trabalho de outros trabalhadores do campo e da cidade. Que conhesam o funcionamento de uma granja de uma fAbrica; de um mercado, que saibam da complexidade do Processo produtivo, até aonde sua capacidade infantil permitir. Que entendam a importGncia do trabalho na sociedade tendo uma experi@ncia concreta de trabalho ttil na Escola e no proprio Assentamento. TRABALHO xo ASSEN- que a Escola S- NOS, WOSSO TRABALHO E A MATUREZA. A preocupasSo aqui é que as coriansas comecem a construir ua conhecimenta cient{fico da natureza e suas relagSes com nosso trabalho e vida como um todo. Especialmente queremos que a escola trabalhem algumas nosées bdsicas de adgricultura e pecuaria, Partindo da propria realidade do 25 Assentamento 7 comece a desenvolver Uambém a valorizacdo e a preservasdo da natureza semeando os princtpios de uma agricultura agroecolégica e economicamente vidvel. Que as criansas Possam participar da discuss§0 e do trabalho dos pais, por vezes levando inclusive desafios novos lansados pela Escola. Que a Escola eduque também militantes pela causa da VIDA e da NATUREZA; em todas as suas manifestastes. E que as criangas também se sintam responsdveis pelo desafio de fazer o Assentamento dar certo, assegurando a melhoria das condistes de vida de todo o grupo. Que continuem e qualifiquem na escola o aprendizado sobre a naturezae o trabalho que ja iniciaram no seu dia a dia na fam{flia e na terra do As’sentamento . 6- MOSSA SAUDE A Escola precisa ter utilidade Pratica. Queremos através deste termo que as crtansas aprendam a conhecer o préprio corpo, seus sinais de alarme quando adoece, o que fazer para manter- se sauddvel dentro das condistes de vida possiveis em cada Assentamento . Queremos desenvolver uma concepgsSa de satde que va bem além de aus®@ncia de doensas: saide como bem-estar fisico, mental, afetivo, social. A luta pela terra é também luta pela satde dos trabalhadores da terra . AS criansas precisam saber dos problemas do Assentamento nesta area e ajudar a encontrar alternativas e solusées. ter nos6es de primeiros socorros até como se mobiliza um grupo de pessoas para conseguir um Posto de Saude param o Assentamento . Aqui especialmente é possivel o conhecimento cientifico do corpo humano e da natureza, ao mesmo tempo que fazer atividades bem prAticas como, por exemplo, montar uma farmacia caseira & base de ervas medicinais. Queremos também que a escola ajude que as criangas ase expressar através do corpo e fortalec@-lo através de exercicias f{sicos e do cultivo de hdbitos saudaveis. 7- MOS E A POLITICA GQueremos que a Escola eduque os cidadfos que desde cedo compreendan qual ¢ o sentido de viver em sociedade e que especialmente a democracia como pratica de organizasio do coletivo. Através deste tema podemos iniciar as criangas no entendimento de como funciona uma organizag%o. A comesar pela escola, pelo Assentamento », até chegar no estudo do municipio e do Estado. Que a crianga comece a entender aquile que ela sé ouve falar. Por exemplo, que na época de eleisdes a Escola seja capaz de ajuday criansas a entender o que ¢ uma eleisdo, 0 que sao os partidos. Que consiga estabelecer relases com situasSes que vive no Assentamento . Queremos também que a escola encontre um jeito de trabalhar com as criansas, os princ{pios e os objetivos do MST, além dos principios das forgas opositoras como a UDR, por exemplo. A idéia, pois, n&o 6 falar de politica com as criansas mas sim proporcionar a elas 0 conhecimento da politica que est4 em seu dia a dia. II - QUESTOES OU PROBLEMAS LIGADOS AOS TEMAS GERADORES Cada um trabalhados torno delas destes TEMAS podem = ser através de questSes. Ee e que serdo planejadas as atividades e escolhidos os conteddos das varias Areas de estudo e que sfo proprias para estudos de séries da 1° & aa, Algumas quest6es importantes para estudo e trabalho nos varios podem ser os seguintes: 4. TEMA: NOSSO ASSEMTAMENTO QUESTOES: a) o que existe no nosso assentamento? ( na terra, no ar, ao redor; ...) b) o Assentamento onde a gente se Porque? ¢) © que voc® gostaria de conhecer na 4rea do Assentamento que ainda néo conhece? d) existem rios no Assentamento ? Como s40? E 4rvores, de que tipo? e> que tipo de animais s4o encontrados por aqui? f£) qual o tamanho da area do nosso Assentamento 7 gd? quantos Assentamento 7? Como éoum lugar sente bem? lotes fazem parte do estSo organizados estes lotes? h? qual o médulo mfnimo de terra nesta regido? i) qual era o dono antes de chegarmos aqui? Jj) quantas famflias moram no nosso Assentamento ? 1) de onde vieram estas familias? ma) quantas criangas vivem no Assentamento ? Todas v4o para a escola? Porqué? n) temos Assentamento 7 . temos posto de satde, farmacia? 0) 9 que mais produzimos aqui? Pp) a escola em que estudamos fica perto de qu@? E a nossa casa? Noramos perto ou longe da escola? E da estrada? E do rio? etc ... q) a qu@ aunicipio nosso Assentamento ? r) tem outros Assentamentos neste munic{pio? E na regido/ $3) em que lugar do municipio fica nosso Assentamento 7 t) quais os maiores problemas que temos em nosso Assentamento ? ud do que mais gostamos em nosso Assentamento ? desta terra Agua encanada no luze pertence o 26 2. TEMA: NOSSA LUTA PELA TERRA QUESTOES: a) quais os fatos wais importantes da histéria de nossa vida? E da histéria de nossa fam{lia? b) como chegamos até esta terra? ©) nossos pais jA tiveram terra antes? Por qué? 4> por que tivemos que Para conseguir terra? e> quando aconteceu nosso acampamento/ ocupagio quem nos ajudou? Quem foi contra nés? Por qué? f)e@ nas outras ocupastes que ja aconteceram como foi: quem ajudou/ quem ficou contra? 9) 0 que 6 o HST? O que quer dizer Reforma Agraria? hd) o que é UDR? Por contra os Sem Terra? i) existem sem terra em nosso municipio? 0 que eles est&o fazendo? i> existem sem terra em nossa Estado? Quantos? E no pats inteiro quantos tem ? 1) quantos Assentamentas no nosso Estado? E no pats? m> quantos Acampamentos existem? 0 que podemos fazer para ajudar nossos companheires acampados? n)o que fizeram as mulheres e as eriangas quando houve a nossa luta para conquistar esta terra? E hoje, o que fazemos no Assentamento 7? o> existem pessoas que participam da luta e nfo esto mais com a gente? Onde est&o estas pessoas hoje, o que estSo fazendo? PY quando terra no Brasil? aq) quem foram 05 primeiros habitantes do Brasil? Onde esto agora? rd) oe nés,; vamos conseguir Permanecer nesta terra? acampar qué a UDR é existem cemegcu a luta pela 3. TEMA: WOSSA CULTURA E NGSSA HISTORIA DE LUTA QUESTOES: a) voc® conhece a bandeira e o hino do MST? O que significam? Lb) voc® conhece outros simbolos do MST? Quais? ©) quais voc® conhece? gosta? Porque? d) no nosso Assentamento tem gente que faz misica e versos? Quem? E outro tipo de arte? e€) quais os cantos e poesias do UST que JA conhecemos? Como podemos conhecer outros? Quem de nés aqui na escola pode fazer canto e poesia? £30 radio e a TY divulgam as nossas misicas? Parque? g) tem diferensa entre as cansbes que ouvimos no radio e as cansbes que ouvimos no Assentamento ? Qual? h) qual a cansSo que vocé gosta? Por que? E a que voce desta, por qué? i) qual a data em que comemoramos a conquista de nosso Assentamenta 7 Como comemoramos esta data? gj) quais as maiores festas que acontecem em nosso Assentamento 7? Por que? os gritos de ordem que Qual destes voc® mais mais menos de nossas negro, dessas k) qual a descend@ncia fam{lias (alema, italiano, indio, etc?) Como € a cultura gentes? 1) qual 6 a religido que predomina entre nossas familias? n) como 6 cultivada a religiso em nosso Assentamento 7 0) 0 que nossos pais gostam de fazer quando ndo estSo trabalhando? P) qual o principal lazer dos homens, das mulheres, dos jovens e das criangas em nosso Assentamento 7 Qual o lazer que nSo tem no nosso Assentamento » @ que gostarfamos que tivesse? vr) a vida aqui @ diferente do lugar de onde viemos? Em qué? Por qué? 4. TEMA: TAXENTO GUESTOES: a) em gue Assentamenta? b)o aque 6 terra? c) quais o5 instrumentos usados no trabalho da terra? (usamos trator, mAquinas, el¢) E no trabalho com os animais? a> tem alguma diferensa entre o trabalho dos homens e das mulheres no nosso Assentamento ? Qual? e?) e as criangas, trabalham? No qua? f) todos as jovens do Assentamento trabalham? Quantos trabalham fora do Assentamento ? For qué? g) 0 que mais gostamos de quando estamos trabalhando? kh? como era o- nosso trabalho e a trabalho de nossos pais antes de chegarmos nesta terra? i) como € o trabalho no nosso Assentamento : dividual ov coletive? E em outros assentamentos, como 47 0 que quer dizer no coletivo? Q aue sabemos sobre cooperag4o agricola? i)? como .podemos organizar o nosso trabalho aqui na escola? k) poderfamos fazer uma horts coletiva aqui na escola? Como fartamos? 1) por que precisamos trabalhar? m> quem decide sobre 0 que plantar no nosso Assentamento 7 n) o que vendemos © o 4ue compramos no nosso Assentamento ? Poderfamos produzir aldumas das coisas que compramos? Como? o> para quem vendemos nossos produtos? Como e quem faz este negécio de nossos produtos? Podemos comprar tudo o que precisamus com o dinheiro da venda de nossos produtos? Por qué? P) para onde vai o que produzimos no Assentamento 2? Temos alguna indistria aqui? Poderfamos ter? Para qua? Como deveria funcionar? q> como funciona uma fdbrica 14 da cidade? vr) como é a vida de um trabalhador da cidade? Quantas horas trabalha por dia? Qual o seu saldrio? Tem casa para morar? Tem atendimento médico? tem escola para os filhos? Sua vida é6 muito diferente da nossa? NOSSO TRABALHO NO ASSEN- trabalhamos aqui no produzido em nossa também fazer 27 =) conhecemos alguém que vivia na rosa e que foi para a cidade trabalhar? Como esta vivendo esta pessoa? > sera que as lutas dos trabalhadores da cidade tem a ver com as nossos Jutas no Assentamento 7 u> com quantos anos se aposenta um trabalhador rural? E um trabalhador da Cidade? Com quantos anos nossos pais comecaram a trabalhar? vi existem muitos desempregados e nosso municipio? Por qu@? x) que tipo de Professores existem e nosso munic{pio? As pessoas esto contentes com o seu trabalha? S. TEWA: MATUREZA QUESTOES: a) que tipo de atividades Produtivas temos no nosso Assentamento ? Por que foram escolhidas estas? Quem decidiu? b) que tipo de lavoura temos em nosso Assentamento ? Como se desenvolve uma lavoura? Qual o tempo de plantio? Qual o tempo de colheita? ©) o que se planta Regido? Por qué? Sempre foi d) nossa terra é fértil? Precisamas usar adubos? Usamos adubos quimicos ou org§nicos? Por qué? Qual o gasto que temos com adubos em nosso Assentamento ? e) as sementes que de onde? . f) como de nossas maneiras de sabemos sobre pragas? 9g) quais os problemas de weneno nas plantases? kh) por que tem gente que destroi a natureza? Isso acontece em nosso Assentamento ? Em nosso munic{pio? Como? i) de onde vem nossa Agua? Jj) como esto os nossos Existe poluig40? Quem os polui/ k> coma podemos ajudar na preservas3o da natureza? 1) como 6 clima de nosso Assentamento ? E em nossa regiso? Sempre foi assim? Que mudangas ocorrem/ Por que? mw) que plantas nativas existem no Assentamento ? n) existe reflorestamento? Com que tipo de Arvores? Nossa escola pode ajudar a reflorestar ° nosso Assentamento ? o> existe alguma reserva florestal em nosso Assentamento ? Wo nosso municipio? Na RegiSo? Para aue serven as reservas florestais? Pp} produzimos frutas em nosso Assentamento ? GQuais? Que cuidados sfo necessdrios para o cultivo de Arvores frut{feras? aq) ¢ possivel aumentar a nossa produgsfo aqui no nosso Assentamento sem prejudicar a natureza? Como? MOS MOSSO ‘TRABALHO E A mais nesta assim? Plantamos vem so controladas as pragas lavouras? Existem autras fazer este controle? 0 que © controle bioldgico das usar rios? 28 6. TEHA : QUESTOES: A a> que tipo de alimento sais usamos em nosso Assentamento 7? Por qué? b) que tipo de alimento deveriamos consumir para termos uma boa satde? ©) que faz o nosso corpo com os alimentos que ingerimos? d)o que acontece com o nasso corpe quando nés o alimentamos mal? @) como funcionam o nosso corpo? O que significa ter satde? O que PrecisamoS em nossa vida para ter satde? f) por que precisamos nossos dentes? 9) quais as doensas mais comuns ew nosso Assentamento ? Coro tratd~los? Como evitd-los? h) quando temos verminose, tomamos remédio de farmacia ou remédio caseiro? i) por que existem tantos remédios A venda nas far@acias? Quem faz estes remédios? Para que serven? 5) temos atendimento médico em nosso Assentamento ? Por qu&? Temos farmacia? Como funciona? Temos hospital préximo? Como funciona? k) depois que viemos para 9 nosso Assentamento , nossa satde melhorou ou Picrou? Por que? 1) existem plantas medicinais em nosso Assentamento? Para qu servem? m) quais os nossos companheiros que entendem de cha e de fazer remédios caseiros? . n) existem agentes de saide em nosso Assentamento ? 0 que fazen? o> podertamos fazer uma medicinal aqui em nossa escola? P) como s&0 as casas em que noramos? Tenos banheiros no Assentamento ? Que cuidados devem ter com as fossas? qa) como era Acampamento? Por qué? r) como 530 as trabaihadores da cidade? 5) como dever ser as nossas casas Para que a gente se sinta bem dentro dela? t) como podemos ajudar a melhorar as condigSes de higiene do nosse Assentamento 7 ud existe em nosso Assentamento ? fazer sobre isso? v) quantas MOSSA SAUDE cuidar de horta nossa moradia no casas dos Problema de atcoolismo O que se pode pessoas fumam em nosso Assentamento ? Seo fumo faz mal a satde como podemos ajudar os nossos companheiros a deixar de fumar? x) como ¢ tratada a questdo da satde em outros Assentamentos? E no nosso municipio? Estado? Pais? 7. TEMA: QUESTOES: a) quem toma as decisfes em nossa familia? Por que? b) as famflias que moram aqui se retinea para discutir os problemas do Assentamento 7? O que mais 6 discutido? As criangas também participam? ce) quem decide en nosso Assentamento sobre o que plantar, o NOS E A POLITICA que comprar, 0 que vender? Todos trabalham? Por que? d) como so repartidos os produtos entre as fam{lias? Todos recebem pelo seu trabalho? e) o nosso Assentamento Quais sfo? Quem as fez? respeitam? f)e a nossa escola, tem leis? Quais? Quem as fez? Todos respeitamos? 9) poderfamos organizar nossa escola de um jeito d ferente? Como? h) alguém de nosso Assentamento , faz parte de alguma coordenas&o do HST? O que faz? ido que € o MST? Para qué existe? i) como esta organizado o MST para nés criangas? 1) 0 MST tem leis? Quais so? m) 0 que queren dizer os gritos de ordem: Ocupar, Resistir, Produzir? “Reforma Agraria: esta luta é nossa” “Terra ndo se ganha: se conquista”™ n)o que é a U.D.R? O que faz? Quem apéia a UDR em nossos municipios? Por aque? 0) 0 que dizem os HCS sobre a luta pela terra? P) que programas de radio nds mais ouvimos? Que tipo de Rensagens $40 transmitidas? tem leis? Todos I> 0 DE ESTUDO? responder a esta pergunta para que a gente possa fazer uma selecSo adequada dos contetdos. além de levar em conta quais sfo os contetdos que ajudam a resolver as quest6es levantadas en cada tena gerador, precisamos fazer uma dosagem equilibrada entre os contetdos de ComunicasSo e@ Expressio, Matematica, Cifncias e Estudos Sociais. Uma crianga n&o pnde por exemplo, ficar um nés inteiro sé estudando Estudos Sociais Porque © tema que esta sendo tratado diz mais respeito a esta d4rea, Durante © trabalho em cada tema € preciso desenvolver conhecimento variados, estejam ou n&o ligados diretamente ao tema. Para podermos fazer esta escolha temos que clarear quais sho os objetivos das varias areas no estudo de lea 4¢ série. A pergunta a final de contas @ a seguinte: por que e para que aprender Estudos Sociais? Ci€ncias ? Katendtica?... AREA DE ESTUDOS SOCIAL Q que queremos através dos conteddos desta area ¢ ajudar as eriansas dos Assentamentos - Situar-se no tempo e no espaso, primeiro na sua realidade préxima e aos Poucos no mundo como um todo ; -Resgatar a menéria histérica do ‘povo trabalhador a que representa, Principaimente aqueles elementos culturais que ajudem no avango na luta; -Ter uma experi®ncia concreta de Divis&o Social do Processo produtivo na propria escola; 2 # importante q> como municipio? patrocina?’ Cono radio? fr) voc® conhece o Jornal do MST? Que parte voc® gosta de ler? $s) e@ nosso municipio tem Quem as faz? Como? Quando? t) como funciona a Prefeitura de nosso munic{pio? Quem ¢€ o prefeito? Ele foi eleito? Quando? Tem apoiado nosso Assentamento ? Por qu@? ud de que partido ¢€ o nosso prefeito? E os nossos Vereadores? Que outros partidos Politicos existem em nosso munic{pio? O que defenden? v) Quen € 0 governador do nosso Estado? O Presidente da Republica? x) QO que s&o eleighes? Temos eleicsSes também em nosso Assentamento ? E nossa Escola? y) no nosso municipio existem um sindicato dos trabalhadores rurais? Coma funciona? Nosso Assentamento , tem relagSes com este sindicato? Existen outros sindicatos em nosso municipio? Quais? Nossos professores fazem parte do Sindicato dos Professores? Por qué? z) 0 que nosso pai pensa e fala sobre-pol{tica? E nés o que pensamos? funciona a radio de nosso Quem 6 o dono? Quem se faz um programa de leis? QUEREMOS COK CADA AREA -Situar-se no processo de trabalho produtivo entendendo as diferengas praticas entre as formas de trabalho, AREA DE CIENCIAS Através das Ci@ncias queremos que as criangas comecem a: ~ Entender tudo o que esta relacionado A vida e a& natureza, especialmente o que se refere & produsfo agricola e pecuaria; - Perceber o seu lugar na natureza, na sociedade, no mundo, como sujeito de equilfbrio mas também de conflito e transformacao} - Desenvolver a curiosidade cientifica e a capacidade de investigasdo sobre a realidade através da: OBSERVAGAQ—-EXPERIMENTAG AOQ-ANALISE DAS TRANSFORMASOES CDA NATUREZA/SOCIEDADE) E DAS RELAGOES entre as coisas do mundo vegetal, animal, mineral e social, AREA DE MATENATICA: Como estudo da Matematica o que queremos @ que as criancgas consigam: Resolver os problemas aatematicos da sua realidade neo Assentamento, ou sejary os cadlculos necessarios no dia a dia em casa e no trabalho, oc uso do dinheiro, a medigdo de terra eto} -Ajudar os pais oe sutras companheiras a se dar conta dos conhecimento matematicos que j& possuem na pradtica e de como podem aperfeisoa— los: =Dar-se conta das matematica presente na vida e na natureza e como é Possivel estuda-la. AREA DE COMUMICASAO E EXPRESSKO Queremos que as criangas dos Assentamentos aprendam a: - Expressar-se oralmente, por escrito, por gestos, ... Que dominem o necessario da linguagem oficial; - Usar os ais variados instrumentos de comunicasdo existentes Ww. DE COXTEDDOS e inventar novos; - Guvir os ‘outros com paci@ncia e respeito}; — Interpretar textos e realidade: entender o que est& dito ou escrito e também o que tem por tras das palavras; das asSes, dos gestos... - Valorizar e express6es culturais histéria de luta. - Desenvolver o Habito de teitura. atens4o, desenvolver ligadas & sua SUGESTOES DE LISTAGEM MINIMA A SEREK TRATADOS DE PRIMEIRA A QUARTA S#RIES MAS ESCOLAS DE ASSENTANENTOS AREA DE RSTUDOS SOCTATS FOCO: Nog&o de tempo e espaso na perspectiva de entender-o homem coro sujeito de transformasio da natureza e da sociedade. 1) Mogao de espaso ¢ de organizaga do espaso fisico e social a partir do Assentamento - a crianga em relas&0 a objetos préximos e distantes a pessoas, a lugares: localizasso da criangsa na sala de aula; no patio da escola; os lugares em relag&a ao conjunto ‘do espago do Assentamento j nosGes de direita} esquerda, dentré, fora, na frente... - construsdo de maquetes e mapas para represéntasdo especial do Assentamento ; teitura de mapas chegando a localizas&o’ do Assentamento no municfpio, de munic{pio no Estados outros ASsentamentos no Estado, 0 Estado no pats - limites do munic{pio, area geografica do Assentamento e do nunic{pio. 2) Caraterf{stica fisicas do Assentamento , do municipio, da Regido: relevos solo, clima, vegetasso. A utilizagao do meio natural como recurso para a Pprodus&o no Assentamento. 3) O trabalho € a organizasso social do tempo e do espaso: tipos de organizas8o do trabalho: individual, familiar e coletivo. O que ¢ uma cooperativa de produsdo e de Comercializagao? 4) Como se caracteriza o trabalho ha agricultura, na indastria,; no comércio. A trajetéria dos produtos do nosso Assentamento: para onde vdo? Ques industrializa? Quem comercializa? Como retorna =a nés? Como surgiu a -agricultura, como surgiu a indéstria e © comércio? Mo Assentamento , no muniof{pio, na regido. O que 4 desemprego. Por que muita gente sai do campo e vai para a cidade? 0 trabalho das mulheres e criangas no Assentamento ? 5) Trabalho e meios de transportes. Condigfes das estradas CAssentamento / municipios Regido). 6) Meios de comunicaco°no campo e na cidade 7) Saneamento basico. 8) Mosfo de tempo historico através da linha de tempo: reconstrugao da histéria da vida das criansas dentro das histéria de suas famflias, por sua da historia da conquista do associando com a histéria e com episddios da Estado e vez dentro Assentamento da luta pela terra histéria do municipio do Brasil. 9) SituasSo0 agraria (distribuisao de terra) no municipio, na regifo e estado. Conflitos e viol@ncia na luta pela terra. Migrastes e formagtes das populasGes do munic{pio, Regido, nos Assentamentos. 10> Gs ©3 Poderes mo Municipio: Legistativo, Judicidrio ¢ Executivo. 0 que sSo e como funcionam bem como para que serven. Fazer a relagao com Assentamento , com o estado e pals. 11. Funcionamento de Instituistes como: Bancos, hospital, INANPS, Posto de Satde, Correios e telégrafos, ..+ sempre fazendo relasSes com a realidade mais proxima. 12. Sindicatos e Politicos (comegando Hunicipio) o que S405 para que server. 13. Trabalho em torno de datas sidnificativas | para a classe trabalhadora (comesando pela festa do Assentamento e chedando a fatos histéricos da luta da classe trabalhadora no Brasil). Partidos pelos do como funcionam, AREA DE CIE£MCIAS; FOCO: GO homem e sua relagdo com os outros seres vivos na natureza, na sociedade. 1) 0 HOKEM - G homem como ser vivo, animal e€ humano. - Segundo expresses - Localizasdo espaso ... - Fung6es corporais basicas e suas relag&es com as partes do corpo humanot sustentagdo-respiragdo-circulagdo— digestdo-excresdo-reprodusso, - Ds sentidos humanos e& funsdes - 0 corpo produsdo de energia _ satde do corpo humano . estudo dos alimentos: formas de combinar - MogSes de higiene corporal, dos alimentos, da habitasdo, etc. .» Doengas que podem afetar o corpo o préprio corpo e suas do corpo humano no suas humano: consumo ¢ tipos e 30 humano: caracteristicas, cuidados Preventivos e tratamento mais adequado «Primeiros socorros ® dicina alternativa »Problemas causados pelo excessivo ce remédios quimicos -Vacinas e soros . Sexualidade: relasao homen— mulher (tratar a partir do interesse e das necessidades do grupo de alunos >. +Problemas do alcoolismo e¢ fum como supera-los 2) 08 AMENAIS como suas relasfes com o plantas, com a terra; - A diversidade caracter{isticas - Domesticas4o pelo homen. - Os animais como fonte de alimentasdo e de energia(trabalho) para o homen. - Fungtes. ais comparados com o homem - Principais tratos e cuidados com os animais uso seres vivas, homem, com as o ar, a agua. animal 6 suas e uso dos animais nos animais 13) AS PLAWTAS ~ As plantas como Suas relagfes com o animais, com a terra, - A diversidade caracteristicas - Uso das plantas alimentagdo, energia, medicina. Partes da planta - Fung6es vitais das plantas comparando com os animais e o homem - Desenvolvimento de uma plantag4o} acompanhar e explicar desde o preparo da terra até a colheita — CondisSes de saide das plantas: tratos e cuidados. seres vivos. homem, com o58 o ar ea Agua. vegetal e suas pelo homem: ornamentasSos 4) 0 AR - Evid@ncias propriedade do ar - Importancia do oar plantas, os animais e 0 homen - No¢gdo de ar atmosiéricos e suas camadas - Os diferentes fung6es no ambiente - Influ@ncia do ar nas alteragées climaticas e implicastes sobre os seres vivos ~ Enpregos produs#o. O ar Poluic&o do ar. - Tipos de da exist@ncia e para as gases e@ suas do ar nos processos de como fonte de energia. ventos 5) 0 SOLO - Importancia do solo na vida das Plantas, dos animais e dos homens. - Composisdo do solo - Diversidade de eplicasdes no plantio - 8 uso do solo vegetal e animal. - A transformasdo home: - Adubasdo (verde) e quimica. solo e suas na produsdo do solo pelo organica, folhear 31 &) AGUA - Caracteristicas da Agua, - Importa&ncia da agua na vida das Plantas, animais e do hom - Estado fisico da agua - 0 uso da ddua no trabalho homen - A Agua como fonte de energia ~ Localizasdo da Agua. - Diferentes tipos fontes - Cuidados com a higiene da Agua - Fen6Bsaenos da natureza que envolv: a agua e suas implicastes sobre os desenvolvimento das plantasées Chuva, formasdo de nuvens, geadas, neve, granizo do de posos @ orvalho, 7) 0 CALOR - Q sol como fonte calor. Sua influ@ncia sobre vivos - Qutras formas de obter calor. O que so combustiveis natural do os seres A influ@ncia animais eo 8) A lua e sua fases. da lua sobre as plantas, 05 homen. 9) Energia produgdo e consuso — MosSes de eletricidade. AREA DE MHATEMATICA Foco: Problemas vida pratica. 1) NosSes de numero. leitura dos algarismos. 2) Composis&0 e decomposi¢io dos nimeros. . ’ 3) Leitura e escrita dos nitmeros (através do preenchimento de cheques? matemAaticos da Escrita e 4) Adiga, subtrasdo, multiplicas4&o e divisSo no conJjunto dos nimeros natursis.( problemas da realidade> 5) Uso do dinheiro. 6% Leitura e escrita das Problemas reais envolvendo Choras e@ minutos) 7) MosSes de frasSo e sua utilizas'ao em situasfes de realidade ( meia, tersa, quarta, etc...) 8) Leitura e escrita de noneros decimais até centésimos. (aplicas&o ao uso do dinheiro ~ centavos? 9) Primeiras nogtes de juros e porcentagens ( entender a idéia e ndo apenas a férmula do calcula? 10) Organizas4o de tabelas e grdficos 11) Calculo mental e aproximasSo 12) Figuras geométricas. Perimetro e area e suas relasSes nas medi¢do de ‘terras. (figuras de mesmo per{metro com areas diferentes, perimetros diferentes com dreas iguais, etc) 13) Volume de sélidos ou cubagem de madeira. 14) Primeiras nos6es de escala em mapas. 15) Mogsdo Hedidas usadas padrfo: horas. tempo; dados en na cuba¢fo de capacidade na regido e litro e quilo @ massa. medidas~ ~AREA DE COMUNICACAO E EXPRESSAO FocO: Expresso oral, leitura, escrita ou produgdo de textos. 1) EXPRESSAO ORAL - Relato da experi@ncias pessoais, histéricas, familiares, histéria da luta, acontecimentos, trabalho realizado, Programas assistidos, entrevistas, etc... - Debates sobre assuntos lidos ou ouvidos ou ainda sobre situagées pol@micas do Assentamento ou da Escola, da famflia, etc... - Criasdo de adivinhasSes; poemas, etc - Cantos e dramatizasSes PRINCIPIO: Respeitar e valorizar o jeito de se expressar das criangas mas introduzgir e@ estiaular também o dominio da linguagem oficial, especialmente no que se refere a concordancia verbal e nominal, conjugag4o verbal, pronincia e acentuasdo. No conteido observar a clareza, o nivel dos argumentos, a coer@ncia entre as idéias, historias, 2) LEITURA - Pratica informativos e longos. - Leitura do finalidades e linguagem diferentes tratando do mesmo tema. Aproveitar todos os escritos que aparecem no dia a dia: Placas; rétulos, hulas de de leitura de narrativos, texto curtos ¢ texto com estilo, vemédios, cartazes, etc... ~ Dominio da mecSnica da leituya flu@ncia, entonas4o e ritmo. - CompreensSo e andlise do texto - Leitura de outras gestos, m{mica, dansga, coros. esculturas ..+ linguas: 3) ESCRITA a - Produsao de textos princi- palmente narratives sobre a realidade atual, a histéria ¢ a cultura do grupo ea partir de uma pratica anterior de express4o oral. Observar a clareza, a seqi@ncia ldégicas das idéias, a capacidade de argumentasSo, a corresSo ortografica, a pontuagio e a acentuasdo(mas n$o super valorizar isso.) Walorizar mais a riqueza de idéias e de palavras. - Uso e passagem do discurso direto ao indireto e vice versa. - Elaboraséo de noticias e de correspondEncias diversas: cartas, bilhetes, cartSes. offcios, etc. _ Andlise de textos diversos: jornal, histdérias, literatura Infantil, relatério de experi®ncias, documentos do MST que circulam nos Assentamentos, ete... - Produg&o de pequenas teatro, de poemas e cangées _ Jogos, cantigas e brincadeiras infantis ¢resgates de jogos e cantigas bem como brincadeiras populares da regiso. Pesas de 4) EXPRESSAO CORPORAL - Teatro, dansas, f{sicos ... - Mésica (fabricar musicais caseiros) - Jogos. exerctcios instrumentos 1) 0 EMNCONTRO DAS CRIANSAS CON A ESCRITA construgdo das do sew - Iniciar a histéria das criansas partindo NOME o contato como mundo escrita, envolvenda, as eriangas nas mais diversas formas de escrita: manusear livros, panfletoss faixas, rétulos de Produtos, etc...Jogasy dramatizasdes, brincadeiras onde as regras seJjam elaboradas e registradas por escrito no quadro ou em cartazes; . Visualizar varias formas e trasados das letras: TERRA-terra. Recortar palavras, letras » frases, textos etc... montando painéis; modelagen das formas das letras com massa de modelar, argila etc - Iniciar através da Desenho e escrita da sua histéria, do jeito que a crianga conseguir fazer mas sempre fazendo mais perguntas para que ela vd avangando na sua linguagem. - Estimular que a criansa viva a sua fantasia através de: relatos de fatos, receitas, cantos, histérias onde eo professor vai fazendo o registro no caderno da crianga ou no quadro. 2) A TEMAS GERADORES - Dentro dos temas geradares as criangas t@m um mundo maior para desenvolver a escrita - 0 trabalho fica facilitado nas classes multisseriadas. O tema 4 comum para todas as séries e as criansas que ja saber ler e escrever estimulam e ajudam as que ainda nfo saben. - Un exemplo: no tema "NOSSO ASSENTAMENTO" a classe vai fazer entrevista com os primeiros ocupantes da terra para saber de onde vieram, como eram suas vidas antes, etc. Esta entrevista vai ser planejada em sala de aula. A 1* série, participa deste planejamento como as outras, Individualmente ou em grupos de criangas registram as perguntas que vdo ser feitas. No inicio 0 professor pode registrar ele mesmo no caderno das criangas que ainda nfo escreven. Elas vSo se familiarizar com as palavras, frases, com os textos. As criangas 18em 0 que escrevem ou que outras criancsas escreveram -A alfabetizas4o vai acontecendo a partir da produsSo e leitura de Pequenos textos e no através de palavras soltas. 0 professor pode trabalhar com palavras, s{labas e sons das letras. Mas o primeiro encontro das eriangas 6, como texto todo. Depois trabalha as palavras. E os textos principais s8o os que eles mesos vio ALFABETIZA¢AO Passeios, visitas, eatrevistas, observas6es, fazendo experimentos, fazendo anotasSes com as criansas sobre Planejamento e avaliasdo. Exposisao do alfabeto maidsculo e minusculo e também em fun¢30 de jogos com o alfabeto para a formasfo de palavras e frases} jogos com letras: pular corda, amarelinhay cinco marias, variando as regras e¢ formas. - Trabalhar tudo isso com PAIXAO, FANTASIA E REALIDADE. As criangas precisam aprender a amar o mundo da escrita e da leitura. - Estimular sempre que as eriangas se expressem livremente sobre tudo que v@em , ouvem, pensam, vivem, trabalham. Estimular que escrevam oO maxino possivel , mesmo que paresa que elas ainda ndo sabem, Precisamos entender o Jjeito de escrever das criansas e ir apresentando exemplos de escrita correta. - Desenvolver muitas | destas atividades em grupos. As criansas se ajudam. Uma aprende com a outra. - Continuar fazendo atividades durante todo o ano. estas ATRAVES DOS produzindo, primeiro oralmente e depois por escrito. Isso acelera a capacidade de leitura e escrita das criangas. - #£ preciso relomar sempre o trabalho com as letras e e a pesquisa em varios materiais escritos. - # bom estimular que tanto a pesquisa de palavras e frases nos materiais escrito com a produsdo de textos sejam feitas em grupos. Isso acelera o crescimento das criansas ¢ desenvolve o valor do companheirismo e& da solidariedade. Como podemos notar nesta listagem n3o aparece uma divis&o por série. Alista é geral ao conjunto das quatro primeiras séries do primeirc grau, Foi feito assim por dois motivos principais: . a> Consideramos que principalmente que nas classes multisseriadas e possivel trabalhar com a maioria destes contedidos em todas as s@ries adequando as atividades e o jeito de trabalhar do professor as caracter{sticas e capacidade das criangas de cada série ou de cada idade. b> Meo caso de contetdos que precisem de conhecimentos anteriores e que por isso nio podem ser trabalhados em todas as séries, ( juros e percentagens na matematica, por exemplo) caberd ao professor 0 devido bom senso, deverd escolher os melhores conteidés para responder as quest6es dos temas geradores, mas respeitando as fases de desenvolvimento das criansas. 33 NOVA FORMA _DE _APRENDIZADO Ninguém educa ninguém Ninguém se educa sozinho ‘AS pessoas se educam entre si Descobrindo este novo caminho. Como pensa o MST Eo setor pensa a educagao Muito além do a,e,i,o,u, Ou um canudo na mao Professor tem que ser militante Ensinar dentro da realidade’ | A importaécia da Reforma Agraria A alianga do campo e cidade Discutindo as tarefas da escola Ensinando como o plano quer Ir gerando novos sujeitos da historia Novo homem e nova mulher Ze Pinto Combatendo o individualismo Se educando contra os opressores Aprendendo viver coletivo Construindo assim novos valores Discutindo cooperativismo Q avanco da organizacao £ na vida do assentanento Que a cringa aprende a licao Conhecer a caneta e a enxada Afinando estudo e trabalho Aprendendo teoria e pratica Nova forma de aprendizado Avangar nossa pedagogia Construir é.bem mais querer Educando pra sociedade Que implantaremos ao amanhecer. PRODUGRO-SETOR DE EDUCAGAO DO MST FUNDEP-DEPARTAMENTO DE EDUCACAO RURAL(DER) EDIGAO-SECRETARIA NACIONAL DO MST APOIO -AFC DO BRASIL CAMATL PEDIDOS: RUA MINISTRO GODOY, 1484 PERDIZES ,SP CEP:05015 FONE: (011) 864-8977

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