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0.1 DETERMINANTES
Definição 0.1.1. (Determinante). Chama-se determinante de uma matriz quadrada a todo
número que corresponde a uma matriz quadrada que goza de algumas propriedades, e este
número não depende da terceira operação elementar.
Definição 0.1.2. Determinante de uma matriz de segunda ordem, é o produto entre os ele-
mentos da diagonal principal menos o produto dos elementos da diagonal secundária, isto é,
" # " #
a11 a12 a11 a12 a
11 a12
Se A = , então det (A) = det = = a11 a22 − a12 a21
a21 a22 a21 a22 a21 a22
Resolução:
5 2
1) = 3 · 5 − 1 · 2 = 13 (Calculo directo).
1 3
Ou
5 2 2+3 1+1 2 1 3 1
= = + = 5 + 8 = 13 (Propriedade1)
1 3 1 3 1 3 1 3
8 4
2) = 3 · 8 − 1 · 4 = 24 − 4 = 20 (Cálculo directo).
1 3
8 4 2·4 2·2 4 2
= = 2· = 2(12 − 2) = 20 (Propriedade2).
1 3 1 3 1 3
2 2
3) = 6 − 6 = 0 (Propriedade3).
3 3
O grupo de ALGA
2 Instituto Superior Politécnico de Songo
1 0
4) = 1. (Propriedade4).
0 1
Para facilitar o cálculo do determinante de terceira ordem podemos formar um dispositivo prá-
tico, denominado de regra de Sarrus.
a11 a12 a13
Seja a21 a22 a23 uma matriz da terceira ordem.
a31 a32 a33
= (a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 ) − (a31 a22 a13 + a32 a23 a11 + a33 a21 a12 )
1 1 −1
Exemplo 0.1.2. Usando a regra de Sarrus, calcule determinante de A, onde A = 2 3 −2
3 −2 1
Resolução :
O grupo de ALGA
Teoria 3
Então
1 1 −1
det(A) = 2 3 −2 = 4.
3 −2 1
Desenvolvimento de Laplace
Vamos agora estudar uma fórmula que nos permite reduzir o cálculo de um determinante de
ordem n para determinantes de ordem n − 1. Esta fórmula pode ser mais cómoda do que o
método de eliminação se uma das linhas ou colunas da matriz tiver muitos zeros.
Comecemos com o caso n = 3. Dada A = [aij ]3×3 , tem-se pela definição ,
det (A) = a11 a22 a33 + a13 a21 a32 + a12 a23 a31 − a13 a22 a31 − a12 a21 a33 − a11 a23 a32 .
Agrupemos as parcelas que contém a11 , a12 e a13 :
− a23 a32 )
det A = a11 (a22 a33 − a12 (a21 a33
− a23 a31 ) − a13 (a21 a32
− a22 a31 ),ou seja
a22 a23 a21 a23 a21 a22
det (A) = a11 det − a12 det + a13 det
a32 a33 a31 a33 a31 a32
Definição 0.1.3. Seja A = [aij ]n×n . Chama-se complemento algébrico de um elemento aij
de A a (−1)i+j det(Aij ), onde Aij designa a submatriz de A obtida por supressão da linha i e
da coluna j .
1 3 6
Exemplo 0.1.3. Seja −2 2 -1 .
5 0 4
" #
−2 −1
O complemento algébrico do elemento 3 é: (−1)1+2
5 4
" #
1 3
O complemento algébrico do elemento -1 é: (−1)2+3
5 0
" #
3 6
O complemento algébrico do elemento 5 é: (−1)3+1
2 −1
" #
1 3
O complemento algébrico do elemento 4 é: (−1)3+3
−2 2
O grupo de ALGA
4 Instituto Superior Politécnico de Songo
Esta fórmula pode ser generalizada para matrizes n × n obtendo-se o seguinte teorema:
n
X
−1)i+j aij det (Aij
det (A) =
j=1
5 0 0 2
2 1 −3 0
Exemplo 0.1.4. Usando o teorema de Laplace, calcule det A, onde A= .
0 −1 2 1
2 0 −1 −1
Resolução :
5 0 0 2
2 1 −3 0 1 −3 0 2 −3 0
det = 5(−1)1+1 det −1 2 1 + 0(−1)1+2 det 0 2 1 +
0 −1 2 1
0 −1 −1 2 −1 −1
2 0 −1 −1
2 1 0 2 1 −3
0(−1)1+3 det 0 −1 1 + 2(−1)1+4 det 0 −1 2 =
2 0 −1 2 0 −1
(Desenvolvendo o primeiro e o quarto destes determinantes pela primeira linha e primeira co-
luna," respectivamente)
" ## " " ## " " ##
2 1 −1 1 −1 2
= 5 1(−1)1+1 det −3 (−1)1+2 det + (−2) 2(−1)1+1 det +
−1 −1 0 −1 0 −1
" " ##
1 −3
2 (−1)3+1 det = 10
−1 2
O grupo de ALGA
Teoria 5
Aula 4
Então det A = 1.
1 0 0
(b) B = 0 1 0
0 0 1
1 0 0
det B = 0 1 0 usando a desenvolvimento segundo a primeira linha, teremos:
0 0 1
1 0
1· = 1 · 1 − 0 + 0 = 1;
0 1
Então det B = 1.
1 0 0 0
0 1 0 0
(c) C =
0 0 1 0
0 0 0 1
1 0 0 0
0 1 0 0
det C = usando o desenvolvimento segundo a primeira coluna, te-
0 0 1 0
0 0 0 1
remos:
1 0 0 1 0 0
1· 0 1 0 − 0 + 0 − 0 = 0 1 0 = 1 (determinante da matriz identidade
0 0 1 0 0 1
de ordem calculado na alínea anterior).
Então det C = 1.
O grupo de ALGA
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1 3 4
(c) det B = 0 2 3 usando desenvolvimento segundo a primeira coluna, teremos:
0 0 3
2 3
1· = 1 · (2 · 3 − 0) = 1 · 2 · 3 = 6
0 3
Então det B = 1 · 2 · 3 = 6
1 2 3 4
0 5 6 7
(d) C =
0 0 8 9
0 0 0 10
1 2 3 4
0 5 6 7
det C = usando desenvolvimento segundo a primeira coluna, te-
0 0 8 9
0 0 0 10
remos:
5 6 7 5 6 7
1· = 0 8 9 − 0 + 0 − 0 = 1· 0 8 9 Usando o desenvolvimento se-
0 0 10 0 0 10
gundo a primeira coluna, teremos:
8 9
1 · 5· = 1 · 5 · (8 · 10 − 0) = 1 · 5 · 8 · 10 = 400
0 10
O grupo de ALGA
Teoria 7
(b) Se junta a uma linha ou coluna uma combinação linear de outras linhas ou colunas
paralelas;
O grupo de ALGA
8 Instituto Superior Politécnico de Songo
1 6 7 1 6 7
1· 5 8 9 −0+0−0 = 5 8 9 usando o desenvolvimento segundo a
0 0 10 0 0 10
terceira linha, teremos:
1 6
10· = 10 · (8 − 30) = −220
5 8
5) O valor dos determinantes de uma matriz e da sua transposição são iguais, |A| = AT
O grupo de ALGA
Teoria 9
0 0 0 10
1 2 3 4
0 5 6 7
Então det C = = 1 · 5 · 8 · 10 = 400 (determinante duma matriz
0 0 8 9
0 0 0 10
triangular superior).
6) Um determinante muda de sinal sempre que se trocam entre si duas linhas ou colunas
paralelas.
Exemplo 0.1.9. Calcule o valor dos determinantes das matrizes abaixo.
O grupo de ALGA
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" #
2 3
(a) A =
0 4
2 3
det A = =2·4−0·3=8
0 4
" #
2 3
Trocando previamente a primeira e a segunda linha, teremos: A0 =
0 4
0 4
então det A0 = = 0 − 8 = −8.
2 3
1 3 4
(b) B = 0 2 3
0 0 3
1 3 4
Então det B = 0 2 3 = 1 · 2 · 3 = 6.
0 0 3
4 3 1
Trocando previamente a primeira e a segunda coluna, teremos: B 0 = 3 2 0
3 0 0
4 3 1
0
det B = 3 2 0 usando o desenvolvimento segundo a terceira linha, teremos:
3 0 0
3 1
3· = 3(0 − 2) = −6.
2 0
1 3 4
(c) C = 2 5 1 Transformemos o determinante acima, em triangular superior,
1 2 1
isto é:
O grupo de ALGA
Teoria 11
1 3 4
0 −1 −7 = 1 · (−1) · (4) = −4
0 0 4
1 2 1
Trocando previamente a primeira e a terceira linha, teremos: C 0 = 2 5 1
1 3 4
1 2 1
det C 0 = 2 5 1 Transformemos o determinante acima, em triangular supe-
1 3 4
rior, isto é:
det C = −det C 0 .
1 2 3 4 1
2 3 4
0 5 6 7 0 5 6 7
(d) D = então det D = = 1 · 5 · 8 · 10 = 400 (deter-
0 0 8 9 0 0 8 9
0 0 0 10 0 0 0 10
minante duma matriz triangular superior).
4 2 3 1
7 5 6 0
Trocar previamente a primeira e a quarta coluna, teremos: D0 =
9 0 8 0
10 0 0 0
Calculemos determinante de D0 , isto é,
4 2 3 1
7 5 6 0
det D0 = usando o desenvolvimento segundo a quarta linha, teremos:
9 0 8 0
10 0 0 0
2 3 1
10· 5 6 0 usando desenvolvimento segundo a terceira linha, teremos:
0 8 0
O grupo de ALGA
12 Instituto Superior Politécnico de Songo
2 1
10 · 8· = 10 · 8 · (0 − 5) = −400.
5 0
7) Se numa matriz as linhas ou colunas forem linearmente dependentes, então o seu deter-
minante é nulo. Em particular, quando a matriz tiver:
(a) Uma linha ou coluna de zeros (todos seus termos são nulos);
(c) Uma linha ou coluna for combinação linear de outras linhas ou colunas;
4 8 0 1
Observe que a terceira
coluna constituida
somente por zeros. Achemos o det B ,
1 5 0 −1
2 6 0 2
isto é, det B = usando o desenvolvimento segundo a terceira co-
3 7 0 −3
4 8 0 1
luna, teremos:
2 6 2 1 5 −1 1 5 −1 1 5 −1
0· 3 7 −3 −0· 3 7 −3 +0· 2 6 2 −0· 2 6 2 = 0.
4 8 1 4 8 1 4 8 1 3 7 −3
1 2 3
(c) C = 1 2 3
4 5 6
O grupo de ALGA
Teoria 13
Observe que temos duas linhas paralelas iguais(a primeira e a segunda). Calcu-
lemos det C , isto é,
1 2 3
1 2 3 usando o desenvolvimento segundo a terceira linha, teremos:
4 5 6
2 3 1 3 1 2
4· −5· +6· = 4(6 − 6) − 5(3 − 3) + 6(2 − 2) = 0.
2 3 1 3 1 2
1 1 1 0
1 0 1 1
(d) D =
0 0 1 1
1 1 1 0
Observe que temos duas linhas paralelas iguais(a primeira e a quarta). Calcule-
mos det D , isto é,
1 1 1 0
1 0 1 1
usando o desenvolvimento segundo a terceira linha, teremos:
0 0 1 1
1 1 1 0
1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1
0· 0 1 1 −0· 1 1 1 +1· 1 0 1 −1· 1 0 1
1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1
1 1 0 1 1 1
= 1 0 1 − 1 0 1 = 1 − 1 = 0.
1 1 0 1 1 1
1 1 0
1 0 1 = 1 (usando o desenvolvimento segundo a terceira coluna).
1 1 0
1 1 1
1 0 1 = 1 (usando o desenvolvimento segundo a segunda linha).
1 1 1
1 1 1
(e) E = −1 −1 2 .
1 1 3
Observe que temos duas colunas paralelas (a primeira e a segunda). Calculemos
det E .
1 1 1
−1 −1 2 usando o desenvolvimento segundo a terceira coluna, teremos:
1 1 3
−1 −1 1 1 1 1
1· −2 +3 = (−1+1)−2·(1−1)+3·(−1+1) = 0.
1 1 1 1 −1 −1
O grupo de ALGA
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1 1 1 0
1 1 1 1
(f ) F =
1 0 1 0
0 2 0 1
Observe que temos duas colunas paralelas (a primeira e a terceira). Calculemos
det F .
1 1 1 0
1 1 1 1
Usando o desenvolvimento segundo a segunda coluna, teremos:
1 0 1 0
0 2 0 1
1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0
= −1· 1 1 0 +0· 1 1 0 −0· 1 1 1 +2· 1 1 1
0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0
1 1 1 1 1 0
= − 1 1 0 +2· 1 1 1 = 0.
0 0 1 1 1 0
1 1 1
1 1 0 = 0 (usando o desenvolvimento segundo a terceira linha).
0 0 1
1 1 0
1 1 1 = 0 (usando o desenvolvimento segundo a terceira linha).
1 1 0
8) Se multiplicarmos uma linha ou coluna de uma matriz por um número o seu determinante
vem multiplicado por esse número (todos os termos do determinante são multiplicados
por esse factor). Esta propriedade, diz que:
(a) Multiplica-se um determinante por um factor, multiplicando esse número pelos ele-
mentos de uma linha ou coluna. E ainda que, se dividirmos uma linha ou coluna de
uma matriz por um número diferente de zero, o seu determinante vem dividido por
esse número;
(b) Se todos os elementos de uma matriz quadrada A forem multiplicados por uma
constante k , então verifica-se a relação |kA| = k n |A|, onde n é a ordem da matriz;
O grupo de ALGA
Teoria 15
O grupo de ALGA
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3 6 3
−3 −3
det B 0 = 0 −3 −3 = 3· = 3 · (27 − 63) = −33 · 4 = −108.
−21 −9
0 −21 −9
Temos
det B 0 =34 · det B .
1 2 3 4
0 5 6 7
(c) C =
0 0 8 9
0 0 0 10
1 2 3 4
0 5 6 7
Agora calculemos det C , isto é, C = = 1 · 5 · 8 · 10 = 400 (de-
0 0 8 9
0 0 0 10
terminante duma matriz triangular superior).
i. Agora calculemos det C 0 , onde C 0 é a matriz resultante C , cuja primeira linha
1
é multiplicada por , isto é,
2
1 1 3 2
2 2
0 5 6 7 1
det C 0 = = (·5 · 8 · 10) = 200
0 0 8 9 2
0 0 0 10
1
ii. Agora achemos det C 00 , onde C 00 = · B , isto é,
2
1 2 3 4
2 2 2 2
0 5 6 7 1 5 8 10 1 4
00 2 2 2 =
det C = · · · = · 400 = 25
0 0 2 29 2 2 2 2
8
2
0 0 0 10
2
4
00 1
Temos det C = · det C
2
Nota 0.1.1. O mesmo se verifica, se multiplicarmos uma coluna por uma cons-
tante.
(a) Por exemplo, se cada elemento de uma linha ou coluna é a soma de duas parcelas, en-
tão o determinante é igual á soma dos determinantes que dele se obtém substituindo
os elementos dessa linha ou coluna, num caso pelas primeiras parcelas e noutro pelas
segundas parcelas;
O grupo de ALGA
Teoria 17
Resolução:
O grupo de ALGA
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1 2 0 1
(a) det A = = 4 − 6 = −2 e det B = = 0 + 1 = 1.
3 4 −1 2
" # " # " #
1 2 0 1 −2 5
A·B = · = .
3 4 −1 2 −4 11
−2 5
então |A · B| = = −22 + 20 = −2
−4 11
e
1 0 0
det B = 1 2 0 = = 1·2·3 = 6 (determinante duma matriz triangular inferior).
5 6 3
1 1 0 1 0 0 2 2 0
A·B = 0 1 3 · 1 2 0 = 16 20 9 .
0 0 4 5 6 3 20 24 12
2 2 0
Então det A · B = 16 20 9 Usando o desenvolvimento segundo a primeira
20 24 12
linha, teremos:
2 2 0
20 9 16 9
16 20 9 = 2 · − 2 · = 2(24 − 12) = 24.
24 12 20 12
20 24 12
4 2 1 1 0 0 4 1
1 0 0 0
2 2 0 0
det A = = 1 · 2 · (−1) · 1 = −2.
3 1 −1 0
4 2 1 1
O grupo de ALGA
Teoria 19
ceira), isto é,
1 1 1 1
0 2 2 1
(Multiplicando a primeira linha por -1 e adicionar a terceira linha),
0 0 2 0
0 0 4 1
isto é,
1 1 1 1
0 2 2 1
(Multiplicando a segunda linha por -2 e adicionar a quarta linha),
0 0 2 0
0 0 0 1
isto é,
1 1 1 1
0 2 2 1
= 1 · 2 · 2 · 1 = 4(Matriz triangular superior).
0 0 2 0
0 0 0 1
O grupo de ALGA
20 Instituto Superior Politécnico de Songo
11) A característica de uma matriz (não nula) pode ser indicada pela mais alta ordem dos
determinantes não nulos das suas submatrizes quadradas;
O grupo de ALGA
Teoria 21
Aula 4
Definição 0.1.4. Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Diremos que A é invertível se
existir uma matriz X , quadrada de ordem n, tal que AX = XA = In .
" # " #
1 2 −1 2
Exemplo 0.1.14. A matriz é invertível, sendo a sua inversa a matriz .
1 1 1 −1
" # " #
−1 2 1 2
Provemos que a matriz é a inversa da matriz .
1 −1 1 1
Usando
" #a fórmula
" A·X #=X " · A =#In , teremos:
" # " # " #
1 2 −1 2 1 0 −1 2 1 2 1 0
. = = I2 e . = = I2
1 1 1 −1 0 1 1 −1 1 1 0 1
Algorítmo. Cálculo da inversa de uma matriz: seja dada An×n . Para calcular a inversa de
A (se existir) leva-se a cabo com a matriz n × 2n [A|In ] a parte descendente do método de
eliminação de Gauss-Jordan aplicado a A. Se houver menos de n pivots, A não é invertível.
Se houver n pivots, logo a matriz é invertível.
Para achar a matriz inversa, anulamos todos os elementos por cima e por baixo da diagonal
da matriz á esquerda usando as operações elementares. Finalmente divide-se cada linha pelo
respectivo pivot. No fim deste processo, a matriz obtida é [In |A−1 ].
Logo a matriz da direita A−1 é a matriz inversa de A.
O grupo de ALGA
22 Instituto Superior Politécnico de Songo
2 1 0 0
1 0 −1 1
(c) C= .
0 1 1 1
−1 0 0 3
Resolução :
(a) Coloquemos a matriz junto com a identidade e apliquemos as operações com linhas, para
reduzir a parte esquerda (que corresponde a A) á forma escada linha reduzida (ou matriz
identidade)
" e efectuando
# simultaneamente cada operação na parte direita.
2 3| 1 0
. Troquemos a primeira linha com a segunda linha, isto é,
1 4| 0 1
" #
1 4| 0 1
. Multipliquemos a primeira linha por -2, e adicionemos a segunda li-
2 3| 1 0
nha, isto é,
" #
1 4| 0 1 1
. Multipliquemos a segunda linha por − , isto é,
0 −5| 1 −2 5
" #
1 4| 0 1
. Multipliquemos a segunda linha por -4, e adicionemos a primeira
0 1| − 51 25
linha, isto é,
" # " #
1 0| 54 − 35 4
− 3
. Logo A−1 = 5 5
0 1| − 15 25 − 51 25
(b) Coloquemos a matriz junto com a identidade e apliquemos as operações com linhas, para
reduzir a parte esquerda (que corresponde a B ) á forma escada linha reduzida (ou matriz
identidade) e efectuando simultaneamente cada operação na parte direita.
2 1 0| 1 0 0
−3 1 4| 0 1 0 . Troquemos a primeira linha com a terceira linha, isto é,
1 6 5| 0 0 1
1 6 5| 0 0 1
−3 1 4| 0 1 0 . Multipliquemos a primeira linha por 3 e -2, e adicionemos
2 1 0| 1 0 0
a segunda e terceira linha, respectivamente, isto é,
1 6 5| 0 0 1
1
0 19 19| 0 1 3 . Multipliquemos a segunda linha por , isto é,
19
0 −11 −10| 1 0 −2
1 6 5| 0 0 1
1 3
0 1 1| 0 19 . Multipliquemos a segunda linha por 11 e adicionemos
19
0 −11 −10| 1 0 −2
a terceira, isto é,
O grupo de ALGA
Teoria 23
1 6 5| 0 0 1
1 3
0 1 1| 0 19 . Multipliquemos a terceira linha por -5 e -1, e adicionemos
19
11 5
0 0 1| 1 19 − 19
a primeira e segunda linha, respectivamente, isto é,
1 6 0| −5 − 55 19
44
19
10 8
0 1 0| −1 − 19 19 . Multipliquemos a segunda linha por -6 e adicionemos a
11 5
0 0 1| 1 19
− 19
segunda linha, isto é,
5 4 5 4
1 0 0| 1 19
− 19 1 19
− 19
−1
0 1 0| −1 − 10 8
. Logo C = −1 − 10 8
.
19 19 19 19
11 5 11 5
0 0 1| 1 19
− 19 1 19
− 19
(c) Coloquemos a matriz junto com a identidade e apliquemos as operações com linhas, para
reduzir a parte esquerda (que corresponde a C ) á forma escada linha reduzida (ou matriz
identidade) e efectuando simultaneamente cada operação na parte direita.
2 1 0 0 | 1 0 0 0
1 0 −1 1 | 0 1 0 0
0 1 1 1 | 0 0 1 0
−1 0 0 3 | 0 0 0 1
1 0 −1 1 | 1 0 0 0
2 1 0 0 | 0 1 0 0
trocando a primeira linha e a segunda linha, obtemos
0 1 1 1 | 0 0 1 0
−1 0 0 3 | 0 0 0 1
Agora somando á quarta a primeira, e á segunda, a primeira multiplicada por −2, obte-
mos
1 0 −1 1 | 0 1 0 0
0 1 2 −2 | 1 −2 0 0
subtraindo a segunda linha da terceira linha, obte-
0 1 1 1 | 0 0 1 0
0 0 −1 4 | 0 1 0 1
mos
1 0 −1 1 | 0 1 0 0
0 1 2 −2 | 1 −2 0 0
trocando o sinal da terceira linha e, subsequente-
0 0 −1 3 | −1 2 1 0
0 0 −1 4 | 0 1 0 1
1 0 0 −2 | 1 −1 −1 0
0 1 0 4 | −1 2 −2 0
mente, anulamos o resto da terceira coluna Final-
0 0 1 −3 | 1 −2 −1 0
0 0 0 1 | 1 −1 −1 1
mente, obtemos a identidade á esquerda e a inversa de A á direita.
O grupo de ALGA
24 Instituto Superior Politécnico de Songo
1 0 0 | 3
0 −3 −3 2
0 1 0 | −5
0 6 6 4
0 0 1 | 4
0 −5 −4 3
0 0 0 | 1
1 −1 −1 1
3 −3 −3 2
−5 6 6 4
portanto C −1 =
4 −5 −4 3
1 −1 −1 1
Dada a matriz A, com os cofactores ∆ij = (−1)ij det Aij dos elementos aij da matriz A,
podemos formar
uma nova matriz A, denominada
matriz dos cofactores de A, A = [∆ij ].
∆11 ∆12 ∆13 ... ∆1n
∆21 ∆22 ∆23 ... ∆2n
A = [∆ij ] = ∆31 ∆32 ∆33 ...
∆1n
... ... ... ... ...
∆n1 ∆n2 ∆n3 ... ∆nn
1 4 3
Exemplo 0.1.16. Determine a matriz dos cofactores da matriz A = 2 5 4
1 −3 −2
Resolução :
O grupo de ALGA
Teoria 25
2 8 −11
A = −1 −5 7
1 2 −3
Definição 0.1.5. Dada a matriz quadrada A, chamamos de matriz adjunta de A á transposta
da matriz dos cofactores de A, isto é, adj A = AT .
2 −1 1
T
No exemplo anterior adj A = 8 −5 2
−11 7 −3
Suponhamos agora que An×n tenha inversa, isto é, existe A−1 tal que A · A−1 = I . Usando
o determinante temos, det (A · A−1 ) = det I ⇔ det A · detA−1 = 1.
1) det A 6= 0.
1
2) det A−1 =
det A
1 1
A· · AT = I , então A−1 = (adj A).
det A det A
O grupo de ALGA
26 Instituto Superior Politécnico de Songo
Teorema 0.1.4. Uma matriz quadrada A admite uma inversa, se e somente se det A 6= 0.
(a) Para calcular a inversa da matriz, primeiro calcula-se o determinante dessa matriz. E
calculando o determinante da matriz, teremos:
2 3
detA= =8−3=5
1 4
Terceiro, dividir a matriz transformada pelo valor det A e assim obtemos a matriz in-
versa, isto é,
" # " #
4 3
1 4 −3 −
A−1 = = 5 5 .
5 −1 2 − 15 52
Ou
1
Sabe-se que a matriz inversa de A é dada por A−1 = (adj A), então:
det A
O grupo de ALGA
Teoria 27
1
(b) Sabe-se que a matriz inversa de B é dada por B −1 = (adj B), então:
det B
1
(c) Sabe-se que a matriz inversa de C é dada por C −1 = (adj C), então:
det C
O grupo de ALGA
28 Instituto Superior Politécnico de Songo
2 1 0 2 1 0
∆23= (−1)2+3 0 1 1 = −5 ∆24 = (−1)2+4 0 1 1 = −1
−1 0 3 −1 0 0
1 0 0 2 0 0
∆31= (−1)3+1 0 −1 1 = −3 ∆32 = (−1)3+2 1 −1 1 = 6
0 0 3 −1 0 3
2 1 0 2 1 0
∆33= (−1)3+3 1 0 1 = −4 ∆34 = (−1)3+4 1 0 −1 = −1
−1 0 3 −1 0 0
1 0 0 2 0 0
∆41= (−1)4+1 0 −1 1 = 2 ∆42 = (−1)4+2 1 −1 1 = −4
1 1 1 0 1 1
2 1 0 2 1 0
∆43= (−1)4+3 1 0 1 = 3 ∆44 = (−1)4+4 1 0 −1 = 1
0 1 1 0 1 1
3 −5 4 1
−3 6 −5 −1
Então, a matriz dos cofactores é C = .
−3 6 −4 −1
2 −4 3 1
Segundo, achemos a matriz adjunta de C ;
3 −3 −3 2
−5 6 6 4
T
A adjunta é adj C = C =
4 −5 −4 3
1 −1 −1 1
2 1 0 0
1 10 −1 1
Terceiro, calculemos det C ; det C = =1
0 1 1 1
−1 0 0 3
−1 1
Por fim,usando a fórmula C = det C (adj C), teremos:
3 −3 −3 2
−5 6 6 4
−1
C =
4 −5 −4 3
1 −1 −1 1
O grupo de ALGA
Teoria 29
Aula 4
0.1.6 Generalidades
Definição 0.1.7. Uma equação linear nas incógnitas x1 , . . . , xn é uma equação do tipo
a1 x1 + . . . + an · xn = b, onde a1 . . . an e b são números. A b costuma chamar-se segundo
membro ou termo independente da equação .
3
2) 2x1 − x2 + x3 = 1
2
Um sistema de equações lineares é um conjunto composto por duas ou mais equações line-
ares ou é um conjunto finito de equações lineares (todas nas mesmas incógnitas). Um sistema
genérico com m equações e n incógnitas
a11 x1 + . . . + a1n xn = b1
a x
21 1 + . . . + a2n xn = b2
... ... ... ... ... ... ...
a x + ... + a x = b
m1 1 mn n m
Estesistema, pode ser apresentada
forma
na abreviada
Ax = b, onde
a a12 . . . a1n x b
11 1 1
a21 a22 . . . a2n x2 b2
A=
, x=
e b=
... ... ... ... ... ...
am1 am2 . . . amn xn bm
A é a matriz do sistema, x é a matriz-coluna das incógnitas e b é a matriz-coluna do segundo
membro ou, abreviamente, o segundo membro do sistema.
a11 a12 . . . a1n b1
a21 a22 . . . a2n b2
Uma outra matriz que podemos associar ao sistema é [Ab]=
que
... ... ... ... ...
am1 am2 . . . amn bm
se chama matriz ampliada.
2x1 + 5x2 − x3 = 3
Exemplo 0.1.19. 4x1 + 9x2 + x3 = 7
x − 2x + 3x = 0
1 2
3
2 5 −1 x1 3
A matriz do sistema é 4 9 1 , enquanto que x= x2 e b= 7 são, respecti-
1 −2 3 x3 0
vamente, as matrizes-coluna das incógnitas e do segundo membro.
O grupo de ALGA
30 Instituto Superior Politécnico de Songo
2 5 −1 3
4 9 1 7 é a matriz ampliada.
1 −2 3 0
Definição 0.1.9. Dois sistemas com o mesmo número de equações e de incógnitas dizem-se
equivalentes se tiver os mesmos conjuntos de soluções .
( (
3x1 + 6x2 = 42 x1 + 2x2 = 14
Exemplo 0.1.20. Os sistemas e são equiva-
2x1 − 4x2 = 12 x1 − 2x2 = 6
lentes, pois admitem a mesma solução x1 = 10 e x2 = 2.
Definição 0.1.10. Chamam-se variáveis livres as incógnitas xi que não aparecem no começo
de nenhuma equação do sistema na forma escalonada.
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 3
Exemplo 0.1.21. Dados os sistemas (i) 0x1 + x2 − 3x3 + x4 = −3 e
0x + 0x − 10x + 7x = −11
1 2 3 4
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 3
(ii) 0x1 + x2 − 3x3 + x4 = −3 na forma escalonada. Indique as variáveis li-
0x + 0x + 0x + 0x = 0
1 2 3 4
vres em cada sistema.
Resolução:
(i) a variável livre é x4 ( porque não aparece no começo de nenhuma equação do sistema
na forma escalonada).
(ii) as variáveis livres são x3 e x4 ( porque não aparecem no começo de nenhuma equação
do sistema na forma escalonada).
O grupo de ALGA
Teoria 31
Definição 0.1.11. Um sistema de equações lineares que tenha pelo menos uma solução diz-se
possível ou compatível
Teorema 0.1.5. O sistema é compatível se a característica da matriz dos coeficientes coincide
com a característica da matriz ampliada.
Definição 0.1.12. Um sistema de equações lineares que não tenha nenhuma solução diz-se
impossível ou Incompatível.
Teorema 0.1.8. O sistema é incompatível se a característica da matriz ampliada for maior
que a característica da matriz dos coeficientes.
Nota 0.1.3. Se ocorre uma equação 0x1 +. . .+0xn = b, b 6= 0, então o sistema é imcompatível,
isto é, o sistema não tem solução.
(
2x1 + 5x2 = 3
Exemplo 0.1.22. 1) O sistema é determinado, sendo que tem única
4x1 + 9x2 = 7
" #
4
solução
−1
( " #
2x1 + 4x2 = 12 6 − 2α
2) O sistema é possível e indeterminado, com solução
4x1 + 8x2 = 24 α
, para qualquer α ∈ R.
(
2x1 + 4x2 = 5
3) O sistema é impossível.
4x1 + 8x2 = 7
O grupo de ALGA
32 Instituto Superior Politécnico de Songo
(b) Se a última linha não nula tem pivot na última coluna, então o sistema é incompa-
tível.
(c) Se cada coluna, excepto a última tem pivot, então tem única solução ˙
Neste caso para obter solução é preciso transformar matriz á forma escalonada
reduzida e secrever o sistema correspondente.
(d) Se a última coluna não tem pivot e existe pelo menos uma outra coluna que também
não contém pivot, então o sistema tem infinidades de soluções.
Para obter a solução geral, é preciso transformar a matriz á forma escalonada re-
duzida e escrever o sistema correspondente. Depois atribuir os valores paramétricos
para incógnitas cujas colunas respectivas não têm pivots e expressar as outras incóg-
nitas atravéz destes paramétros.
O grupo de ALGA
Teoria 33
x1
+ 2x2 + 2x3 − x4 = 3
(b) 2x1 + 3x2 + x3 − x4 = 3
x
1 + 3x2 + 5x3 − 2x4 = 6
x1
+ 2x2 + 2x3 = 3
(c) 2x1 + x2 + 3x3 = 0 .
x
1 − x2 + x3 = 1
Resolva usando o método de Gauss.
Resolução:
1
x + 4x 2 + 3x 3 = 1 1 4 3 1
(a) 2x1 + 5x2 + 4x3 = 4 a matriz ampliada será: 2 5 4 4 (1)
x − 3x − 2x = 5
1 2 3 1 −3 −2 5
Primeiro passo: Eliminemos a variável x1 das equações 2 e 3. Para o efeito,
multiplicamos a equação 1 por −2 e adicionamos a equação a equação 2, e de
seguida multiplicaremos a equação por −1 e adicionamos a equação 3. Daqui
resulta
a equação (2).
1
x + 4x 2 + 3x 3 = 1 1 4 3 1
0 − 3x2 − 2x3 = 2 a matriz ampliada será: 0 −3 −2 2 (2)
0 − 7x − 5x = 4
2 3 0 −7 −5 4
Segundo Passso: Tornemos a equação do sistema 2 igual a 1. Para tal vamos
1
multiplicar a equação 2 por − . Daqui resulta a equação (3).
3
1
x + 4x 2 + 3x 3 = 1 1 4 3 1
0 + x2 + 23 x3 = − 32 a matriz ampliada será: 0 1 2
− 23 (3)
3
0 − 7x − 5x = 4 0 −7 −5 4
2 3
Terceiro Passo: Eliminemos a variável x2 das equações 1 e 3 do sistema (3). Para
tal vamos multiplicar a equação2 por −4 e adicionarmos a equação 1, e de seguida
multipliquemos a equação por 2 por 7 e adicionemos a equação 3. Daqui resulta
osistema (4).
1 11 1 11
1
x + 0 + x
3 3
= 3
1 0 3 3
0 + x2 + 23 x3 = − 23 a matriz ampliada será: 0 1 23 − 23 (4)
0 + 0 − 1x = −2
0 0 − 31 − 23
3 3 3
Quarto: Tornemos o coeficiente x3 do sistema equação 1 do sistema 4 igual a 1.
tal multipliquemos a equação 3 por −3. Daqui resulta
Para o sistema (5).
1 11 1 11
1
x + 0 + x
3 3
= 3
1 0 3 3
0 + x2 + 23 x3 = − 23 a matriz ampliada será: 0 1 32 − 23 (5)
0 + 0 + x
3 = 2 0 0 1 2
Quinto Passo: Eliminemos x3 das duas primeiras equações do sistema (5). Para
1
tal multipliquemos a equação 3 por − e adicionamos a primeira equação e de
3
2
seguida multipliquemos a equação 3 por − . Daqui resulta o sistema (6)
3
x1 + 0 + 0 = 3
1 0 0 3
0 + x2 + 0 = −2 a matriz ampliada será: 0 1 0 −2 (6)
0 + 0 + x = 2
3 0 0 1 2
O grupo de ALGA
34 Instituto Superior Politécnico de Songo
x1 = 3
Ou seja: x2 = −2
x = 2
3
Assim, cada sistema foi obtido a partir do sistema anterior, por operação es que
preservam as igualdades. O ponto fundamental deste procedimento é que as etapas
todas reversíveis. Por exemplo partindo do sistema (ii) podemos obter o sistema (i).
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 3
(b) 2x1 + 3x2 + x3 − x4 = 3
x + 3x + 5x − 2x = 6
1 2 3 4
1 2 2 −1 3
A matriz ampliada do sistema será: 2 3 1 −1 3 .
1 −3 5 −2 6
Apliquemos o algorítmo de Gauss, isto é,
x1 = x4 + 3 − 2x2 − 2x3 , ⇒ x1 = 4a − b + 3.
O grupo de ALGA
Teoria 35
4a − b + 3
−3a + b
Sol : X = a, b ∈ R.
a
b
x1 + 2x2 + 2x3 = 3
(c) 2x1 + x2 + 3x3 = 0 .
x − x + x = 1
1 2 3
1 2 2 3
A matriz ampliada do sistema será: 2 1 3 0 .
1 −1 1 1
Apliquemos o algorítmo de Gauss, isto é,
O grupo de ALGA
36 Instituto Superior Politécnico de Songo
Aula Teorica
PROCEDIMENTO:
Consideremos as matrizes A, b e I de ordem n, matriz do sistema, matriz do segundo
membro e a matriz identidade respectivamente.
Primeiro Passo: Multipliquemos em ambos os membros da equação A · x = b por A−1 ,
isto é, A−1 · (A · x) = A−1 · b, onde A−1 é a matriz inversa da A e b é a matriz coluna do
segundo membro.
Segundo Passo: Apliquemos a propriedade associativa da multiplicação das matrizes,
isto é (A−1 · A)b = A−1 · b. sabe-se que A · A−1 = I , daqui teremos ⇐⇒ I · x = A−1 · b =⇒
x = A−1 · b.
Resolução:
O grupo de ALGA
Teoria 37
(a) Escrevemos
" #este sistema
" #na forma
" matricial
# A · x = b, onde:
2 5 x1 3
A= , x= e b=
5 9 x2 7
5
Multiplicando a segunda linha por − e adicionar a primeira, teremos:
2
" #
1 0 | − 92 52
0 1 | 2 −1
" #
9 5
−
Daqui, temos: A−1 = 2 2
2 −1
" # " # " #
9 5
− 3 4
Como x = A−1 · b, então x= 2 2 · =
2 −1 7 −1
Portanto, a solução é x1 = 4; e x2 = −1 .
(b) Escrevemos
este sistema
na
forma A · x = b, onde:
matricial
1 4 3 x1 1
A= 2 5 4 , x= x2 e b= 4
1 −3 −2 x3 5
A resolução do sistema usando a matriz inversa, consite em determinar
a ma-
1 4 3 | 1 0 0
triz x, usando o procedimento acima. 2 5 4 | 0 1 0 Multiplicando a
1 −3 −2 | 0 0 1
primeira linha por -2 e -1 e adicionar a segunda e terceira linha respectivamente,
teremos:
1 4 3 | 1 0 0
1
0 −3 −2 | −2 1 0 Multiplicando a segunda linha por − , teremos:
3
0 −7 −5 | −1 0 1
O grupo de ALGA
38 Instituto Superior Politécnico de Songo
1 4 3 | 1 0 0
2
0 1 | 23 − 13 0 Multiplicando a segunda linha por 7 e adicionar a
3
0 −7 −5 | −1 0 1
terceira linha, teremos:
1 0 13 | − 53 − 34 0
0 1 23 | 23 − 31 0 Multiplicando a terceira linha por -3, teremos:
0 0 − 13 | 11 3
− 37 1
1 0 13 | − 35 4
3
0
2 1
0 1 23 | 2
− 1
0 Multiplicando a terceira linha por − e − e adi-
3 3
3 3
0 0 1 | −11 7 −3
cionar a segunda e primeira linha, respectivamente, teremos:
1 0 0 | 2 −1 1
0 1 0 | 8 −5 2
0 0 1 | −11 7 −3
2 −1 1
−1
Daqui, temos: A = 8 −5 2
−11 7 −3
2 −1 1 1 3
−1
Como x = A · b, então x= 8 −5 2 · 4 = −2
−11 7 −3 5 2
Portanto, a solução é x1 = 3; x2 = −2 e x3 = 2.
3) Regra de Cramer
O grupo de ALGA
Teoria 39
a a12 . . . a1n x b
11 1 1
a21 a22 . . . a2n x2 b
= 2
· ou A · X = B .
... ... ... ... ... ...
am1 am2 . . . amn xn bm
x b1
1
x2 b2
Onde é a matriz dos coeficientes e
é
a matriz das incógnitas, e
a matriz
... ...
xn bm
dos termos independentes.
Suponhamos que detA 6= 0 e portanto, a matriz A tenha a inversa A−1 . A · X = B ⇔
A−1 · (A · X) = A−1 · B ⇔(A−1· A) · X = A−1 · B ⇔ I· X = A−1· B ⇔ X = A−1 · B
x a a12 . . . a1n b
1 11 1
x2 a21 a22 . . . a2n b2
Na forma matricial = ·
... ... ... ... ... ...
xn am1 am2 . . . amn bm
−1 1
Usando
a relação A = detA (AdjA), para a
matrizinversa, temos:
x 4 412 . . . 41n b
1 11 1
421 422 . . . 42n b2
x2 1
= ·
detA
... ... ... ... ... ...
xn 4n1 4n2 . . . 4nn bm
b1 411 +b2 421 +...+bn 4n1
Assim, x1 = det A
Observe que o numerador desta fracção é igual ao determinante da matriz que obtemos de
A, substituindo a primeira coluna pela matriz dos termos independentes. Isto é, usando
o desenvolvimento de Laplace, obtemos:
b1 a11 . . . a1n
b2 a22 . . . a2n
det
= b1 411 + b2 421 + . . . + bn 4n1 ou seja
... ... ... ...
bn an2 . . . ann
O grupo de ALGA
40 Instituto Superior Politécnico de Songo
b1 a11 . . . a1n
b2 a22 . . . a2n
... ... ... . . .
bn an2 . . . ann
x1 =
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2n
... ... ... . . .
am1 am2 . . . amn
a11 . . . b1 a1n
a22 . . . b2 a2n
... ... ... . . .
an2 . . . bn ann
Fazendo deduções análogas, obtemos xi =
Para i = 1, 2, 3, . . . n.
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2n
... ... ... . . .
am1 am2 . . .
amn
Note que no denominador temos o determinante da matriz dos coeficientes e no numera-
dor aparece o determinante da matriz A, substituindo a i-ésima coluna pela coluna dos
termos independentes.
Este método é chamado regra de Cramer.
Resolução :
(a) Achemos
o determinante
do sistema, isto é,
2 5
det = = 2 · 9 − 4 · 5 = −2
4 9
Para achar, x1 e x2 faremos o seguinte:
O grupo de ALGA
Teoria 41
3 5
7 9
3·9−7·5 −8
x1 = −2
= −2
= −2
= 4 =⇒ x1 = 4.
2 3
4 7
2·7−4·3 2
= 4 =⇒ x2 = −1.
x2 = −2
= −2
= −2
Definição 0.1.13. Um sistema em que os segundos membros das equações são todos
iguais a zero, diz-se homogéneo.
um sistema homogéneo, tem a forma matricial seguinte Ax = 0.
(
x1 − 2x2 = 0
Definição 0.1.14. (a)
−2x1 + 5x2 = 0
x1 + 5x2 − x3 = 0
(b) 4x1 + x2 + x3 = 0
x − 2x + x = 0
1 2 3
O grupo de ALGA
42 Instituto Superior Politécnico de Songo
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 0
(c) 2x1 + 3x2 + x3 − x4 = 0 .
x + 3x + 5x − 2x = 0
1 2 3 4
Nota 0.1.5. Um sistema homogéneo é sempre possível (possui sempre, pelo menos uma
solução , a chamada solução nula).
Resolução:
( " #
x1 − 2x2 = 0 1 −2 0
(a) A matriz ampliada do sistema será: .
−2x1 + 5x2 = 0 −2 5 0
O grupo de ALGA
Teoria 43
Multiplicando a primeira linha por -4 e -1, e adicionar a segunda e terceira linha res-
pectivamente, teremos:
1 5 −1 0
1
0 −19 5 0 Multiplicando a segunda linha por − , teremos:
19
0 −7 2 0
1 5 −1 0
5
0 1 − 19 0 Multiplicando a segunda linha por 7 e adicionar a terceira linha,
0 −7 2 0
teremos:
1 5 −1 0
5
0 1 − 19 0 . Daqui, podemos ver que a característica da matriz do sistema (3)
3
0 0 19 0
é igual ao número de incógnitas (3), logo o sistema tem somente solução nula, isto é,
x1 = 0, x2 = 0 e x3 = 0.
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 0
(c) 2x1 + 3x2 + x3 − x4 = 0
x + 3x + 5x − 2x = 0
1 2 3 4
Multiplicando a primeira linha por -2 e -1, e adicionar a segunda e terceira linha res-
O grupo de ALGA
44 Instituto Superior Politécnico de Songo
pectivamente, teremos:
1 2 2 −1 0
0 −1 −3 1 0 Multiplicando a segunda linha por 1 e adicionar a terceira li-
0 1 3 −1 0
nha, teremos:
1 2 2 −1 0
0 −1 −3 1 0 .
0 0 0 0 0
Para achar a solução do sistema, primeiro reescevemos o sistema, de segida, identifi-
quemos as variáveis livres e atribuemos valores arbitrários, isto é,
(
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 0
.x3 e x4 são as variáveis livres (porque não apa-
− x2 − 3x3 + x4 = 0
recem no início de cada equação).
Seja x3 = a ∈ R e x4 = b ∈ R.
( (
x1 + 2x2 + 2x3 − x4 = 0 x1 = −2x2 − 2x3 + x4
⇔
− x2 − 3x3 + x4 = 0 x2 = 3x3 − x4
(
x1 = 4a − b
.
x2 = −3a + b
4a − b
−3a + b
Sol : X = a, b ∈ R.
a
b
Aulas Teóricas
Introdução
Nesta unidade, faz-se uma abordagem em relação à noção de matriz, característica, notação
módulo, expressão cartesiana do vector bem como as suas operações analíticas e geométricas
dos vectores.
No fim desta unidade, o aluno deve:
O grupo de ALGA
Teoria 45
O grupo de ALGA
46 Instituto Superior Politécnico de Songo
Grandezas vectoriais
São aquelas que para além de um número real, necessitam de uma direcção e sentido.
Definição 0.2.1. Chama-se vector a um segmento orientado, isto é, um segmento, para qual
foi indicado seu ponto inicial (origem) e ponto terminal.
1) Direcção ;
2) Sentido;
3) Comprimento.
→
− − →
(a) →
−
a , b ,→
c ,−
u ,→
−
v , ...;
(b) a, b, c, u, v, ...;
→
− −→
v = AB ou →
−
v = B − A;
O grupo de ALGA
Teoria 47
(d) Um par (no plano) ou terno ordenado (no espa?o) de números reais. →
−
v = (x1 , y1 ; z1 ),
onde (x1 , y1 ; z1 )– são coordenadas de extremidade do vector sendo a origem o ponto
O(0; 0; 0).
Exemplo 0.2.5.
|~u| = 5 |~v | = 5
Vector nulo
Vector Unitário
Exemplo 0.2.6. |→
−
u | = 1.
É um vector unitário que tem a direcção e o sentido do vector dado é tal que
V ers→
− −
→
v
v = −→ |v|
Exemplo 0.2.7. a)
V ers~v = 13 ~v
b)
V ers~u = 15 ~u
O grupo de ALGA
48 Instituto Superior Politécnico de Songo
(a) →
−
u = (2; −3; 4);
(b) →
−
v = (0; 1; −1);
c →
−
a = (0; 3)
→
−
(d) b = (−1; 2)
Resolução :
→
− →
− →
−
(a) →
−
u =2 i −3j +4k
→
− →− → − − →
→ −
(b) →
−
v =0i + j − k = j − k
→
− →
− →
−
(c) →
−
a =0 i +3j =3j
→
− →
− →
−
(d) b = −1 i + 2 j
Seja k um escalar e →
−
v um vector.
O produto do vector →
−v pelo número real k é um vector representado por k →
−v tal que:
a) Se k > 0 , →
−
v e k→−
v têm a mesma direcção , mesmo sentido e |k →−
v | = k.|→
−v |;
b) Se k < 0, →
−
v e k→
−
v têm a mesma direção e sentido oposto e |k →
−
v | = |k|.|→
−
v |.
O grupo de ALGA
Teoria 49
Exemplo 0.2.9.
Considere o vector →
−
u e |→
−
u | = 2.
Determine o módulo, direcção e sentido de k →
−
v , sabendo que :
1) k = 3;
2) k = −3.
Resolução :
2) k = −3 < 0, assim →
−
u e k→
−
u t?m a mesma direcção e sentidos opostos. |k →
−
u | = |k|.|→
−
u|=
| − 3|.2 = 6
Adição de vectores
O grupo de ALGA
50 Instituto Superior Politécnico de Songo
Método geométrico
−→ −→ − →
AC é o vector resultante, ou seja AC = →
u +−
v.
2) Regra do paralelogramo
Fixa-se um ponto A do plano, e considera-se B = A + →
−
u.
Considera-se D = A + →
−
v.
Completa-se o paralelogramo ABCD .
−→
O vector →
−
u +→ −
v coincide com a diagonal AC .
Método Analítico
1) Sejam →−
u = (x1 ; y1 ; z1 ) ∈ R3 e → −v = (x2 ; y2 ; z2 ) ∈ R3 , então:
→
−
u +→ −
v = (x1 ; y1 ; z1 ) + (x2 ; y2 ; z2 ) = (x1 + x2 ; y1 + y2 ; z1 + z2 )
⇒ →−u +→−v = (x + x ; y + y ; z + z ).
1 2 1 2 1 2
→
−
2) Sejam →−
a = (x1 ; y1 ) ∈ R2 e b = (x2 ; y2 ) ∈ R2 , então:
→
− →
−
a + b = (x ; y ) + (x ; y ) = (x + x ; y + y )
1 1 2 2 1 2 1 2
→
−
⇒ →
−
a + b = (x1 + x2 ; y1 + y2 ).
O grupo de ALGA
Teoria 51
Exemplo 0.2.10.
→
− →
−
Se →
−a = (2; 3) e b = (−2; −3), então → −
a + b = (2 + (−2); 3 − 3) = (0; 0).
−c = (1; 2; 3) e →
Se →
− −c + →
d = (−1; 2; 1), então →
−
d = (1 + (−1); (2 + 2); (3 + 1)) = (0; 4; 4)
1) Comutativa: →
−
u +→
−
v =→
−
v +→
−
u;
2) Associativa: (→
−
u +→
−
v)+→
−
w =→
−
u + (→
−
v +→
−
w );
→
−
3) Elemento neutro: →
−
u + 0 =→
−
u;
→
−
4) Oposto: →
−
u + (−→
−
u)= 0 ;
5) →
−
u +→
−
v =→
−
u +→
−
w ⇒→
−
v =→
−
w.
Subtracção de vectores
→
−
u −→
−
v =→
−
u + (−→
−
v)
1) Método Geométrico
Regra do Triângulo:
(a)
(b)
(c)
−−→ − →
?BD = →
v −−
u;
O grupo de ALGA
52 Instituto Superior Politécnico de Songo
2) Método Analítico
(a) Se →
−
u = (x1 ; y1 ; z1 ) ∈ R3 e → −v = (x2 ; y2 ; z2 ) ∈ R3 , então:
→
−
u −→ −
v = (x1 ; y1 ; z1 ) − (x2 ; y2 ; z2 ) = (x1 − x2 ; y1 − y2 ; z1 − z2 )
⇒ →−
u −→−v = (x − x ; y − y ; z − z ).
1 2 1 2 1 2
→
−
(b) Se →
−
a = (x1 ; y1 ) ∈ R2 e b = (x2 ; y2 ) ∈ R2 , então:
→
− →
−
a − b = (x ; y ) − (x ; y ) = (x − x ; y − y )
1 1 2 2 1 2 1 2
⇒ →
−
u −→
−
v = (x1 − x2 ; y1 − y2 ).
Exemplo 0.2.11.
→
− →
−
Se →
−a = (2; 3) e b = (−2; −3), então → −a − b = (2 − (−2); 3 − (−3)) = (4; 6).
−c = (1; 2; 3) e →
Se →
− −c − →
d = (−1; 2; 1), então →
−
d = (1 − (−1); (2 − 2); (3 − 1)) = (2; 0; 2)
Casos particulares
→
−
1) 0.→
−
v = 0;
→
−
2) k.→
−
v = 0 ⇒k =0∨→
−
v = 0;
3) (−1).→
−
v = −→
−
v (Oposto de →
−
v ).
1) Associativa: m.(n.→
−
v ) = n.(m.→
−
v ) = (m.n).→
−
v;
2) Distribuitiva1: (m + n).→
−
v = m→
−
v + n→
−
v;
3) Distribuitiva2: m(→
−
v +→
−
w ) = m→
−
v + m→
−
w;
4) Se →
−
v = (x1 ; y1 ; z1 ) ⇒ m→
−
v = (mx1 ; my1 ; mz1 ).
Aula Teórica
Introdução
Nesta unidade, são abordados os produtos vectores, com especial atenção as aplicações do
produto vectorial (cálculo da área de quadriláteros, particularmente da área do triângulo) e do
O grupo de ALGA
Teoria 53
• Usar as fórmulas dos produtos de vectores para o cálculo de ângulos entre vectores, áreas
de quadrilátero, volumes de paralelepípedos e tetraedros.
O grupo de ALGA
54 Instituto Superior Politécnico de Songo
Definição 0.3.1. Chamamos ângulo de dois vectores não nulos, α, ao menor ângulo formado
por dois segmentos orientados, com a mesma origem, que representem os vectores, 0 ≤ α ≤ π .
π
Quando o ângulo entre os dois vectores é recto, α = , dizemos que os dois vectores são
2
vectores ortogonais (ou vectores perpendiculares entre si).
−→ −−→
Para obter o ângulo α de dois vectores AB e BC , convém reduzi-los a origem comum escolher
o ângulo menor não negativo.
Portanto 0 ≤ α ≤ 180o ;
Exemplo 0.3.1.
→
−
1) α = (→
−
a , b );
−→ −−→ −→ −−→
2) Determine α = (AB, BC) ⇒ Reduzimos a origem comum os vectores AB e BC ;
Exemplo 0.3.2.
O grupo de ALGA
Teoria 55
Notação
Exemplo 0.3.3.
−→ −−→
(b) AB.BC
Resolução :
−→ −→ −→ −→ −→
(a) AB.AC = |AB|.|AC|. cos(AB, AC) = 2.2. cos 60 = 4. 21 = 2;
−→ −−→ −→ −−→ −→ −−→
(b) AB.BC = |AB|.|BC|. cos(AB, BC) = 2.2 cos(120) = 2.2(− 12 ) = −2.
O produto interno →
−
u .→
−
v = 0 se:
→
− − →
→ − →
− →
−
1) Em R2 (plano). Seja →−
a = a1 i + a2 j e b = b1 i + b2 j , o que é o mesmo →
−
a = (a1 ; a2 )
→
−
e b = (b1 ; b2 ).
→
− →
− →
− →
− →
− →
− →
−→− →
−→− →
−→− →
−→ −
a . b = (a i + a j ).(b i + b j ) = a .b i i + a .b i j + a .b j i + a .b j j =
1 2 1 2 1 1 1 2 2 1 2 2
→
−
= a1 .b1 .| i |2 + 0 + 0 + a2 .b2 |j|2 = a1 .b1 + a2 .b2 ;
→
− →
−
⇒→−a . b = a1 .b1 + a2 .b2 ; onde → −a = (a1 ; a2 ) e b = (b1 ; b2 ).
O grupo de ALGA
56 Instituto Superior Politécnico de Songo
→
− →
− →
− →
− −
→
Sabe-se também que →
−a . b = |→
−
a |.| b |. cos(→
−
a , b ) ⇒ cos(→
− −
→a.b a1 .b1 +a2 .b2
a, b)= −
→ −
→ = −
→
| a |.| b | |−→
a |.| b |
→
−
Do mesmo modo, se →−
a ⊥ b , então:
a1 .b1 + a2 .b2 = 0.
→
− →
− →
− − →
− →
− →
−
2) Em R3 (Espaço). Seja → −
u = u1 i + u2 j + u3 k e → v = v1 i + v2 j + v3 k .
⇒→−u .→
−
v = u1 .v1 + u2 .v2 + u3 .v3 ;
Sabe-se também que →− u .→
−v = |→−u |.|→
−
v |. cos(→
−
u ,→
−
v ) ⇒ cos(→
−
u ,→
− −
→
u .−
→
v u1 .v1 +u2 .v2 +u3 .v3
v)= − → − → = −
→ −
| u |.| v | → | u |.| v |
→
−
Do mesmo modo, se →
−
a ⊥ b , então:
u1 .v1 + u2 .v2 + u3 .v3 = 0.
n
X
u · v = u1 v1 + u2 v2 + . . . + un vn = ui vi .
i=1
→
− →
−
Exemplo 0.3.4. 1) Se →
−
a = (1; 2) e b = (3; 4), então →
−
a . b = (1.3 + 2.4) = 11.
2) Se →
−
u = (−2; 3; 1) e →
−
v = (1; 2; 3), então →
−
u .→
−
v = (−2.1 + 3.2 + 1.3) = 7.
2) αu = |α||u|.
O grupo de ALGA
Teoria 57
q
e em R , |→
3−
u|= u21 + u22 + u23 , onde →
−
u = (u1 , u2 , u3 ).
→
− →− →
− →
− →
−
Exemplo 0.3.5. Seja →
−
u =3i + j e →
−
v =2 i +2j −2k .
Calcule:
(a) →
−u .→
−v;
(b) |→
−
u | (usando o produto interno);
(c) |→
−v |;
(d) (→
−
u ,→
−
v ) o ângulo entre os vectores ~u e ~v .
Resolução :
→
−
u = (3; 1; 0) e →
−
v = (2; 2; −2);
(a) →
−u .→
−v;
→
− →
−
u . v = 3.2 + 1.2 + 0.(−2) = 8;
(b) |→
−u|
√
| u |2 = →
→
− −
u .→
−
u = 3.3 + 1.1 + 0.0 = 10 ⇒ |→
−
u | = 10;
(c) |→
−v |;
√
| v |2 = 2.2 + 2.2 + (−2).(−2) = 12 ⇒ |→
→
− −
v | = 2 3;
(d) (→−
u ,→−v ).
cos( u , →
→
− −v ) = √ 8 √ = √4 ⇒ (→
10.2 3
−
30
u ,→
−
v ) = arccos( 4 ). 30
−→ −−→
a) AB.BC ;
−→
AB = B − A=(5;-4);
−−→
BC = C − B = (0; −1);
−→ −−→
AB.BC = (5.0) + ((−1).(−4)) = 4;
−→ −−→
b) (AB, BC);
−→ −−→ −→ −−→
→ = √ 2
4√
cos α = (AB, BC) = −AB.
→ −
BC
− = 4
41
|AB|.|BC| 5 +(−4)2 . 02 +(−1)2
O grupo de ALGA
58 Instituto Superior Politécnico de Songo
4
⇒ α = arccos( 41 )
Em simbolos A0 B 0 = P roj− →
−
u v .
→
Do triângulo rectângulo AB 0 B :
A0 B 0 = AB · cos θ = |→
−
v | · cos θ .
Seja V ers→
−
u o versor do vector →
−
u . A última igualdade não se altera se multiplicarmos por
|V ers→
−u |.
A0 B 0 = |V ers→
−
u ||→
−
v | cos θ .
→
−
u
→
−
A igualdade acima mantém-se, se substituírmos por V ers u = → , isto é,
−
|u|
→
− →
−
u ·→−
→
− u → − v
P roj−
→
u v = |→
−
· | v | cos θ = →
− ou →
−
u ·→
−
v = |→
−
u |P roj− →
−
u v .
→
u| |v|
Se o ângulo entre →
−
u e →
−
v for agudo, a medida algébrica da projecção positiva. Se obtuso,
negativa.
√
Exemplo 0.3.6. Determine a projecção do vector →
−
u sobre →
−
v , se |→
−
u | = 3, |→
−
v | = 2,
→
− →
− o
( u , v ) = 30 .
Resolução:
→
− √
→
− u ·→−
v 3 · 2 · cos 30o 3
P roj−
→
v u = →
− = = .
|v| 2 2
O grupo de ALGA
Teoria 59
Notação
Os vectores →
−
u ,→
−
v ,→
−w , nesta ordem, formam um triedro positivo se um observador colocado em
→
−
w de frente pois tem a sua direita o vector →
−
u e á sua esquerda o vector →
−
v.
1) Á direcção : o vector →
−
w =→
−
u ×→
−
v é perpendicular aos vectores →
−
u e →
−
v.
2) Ao sentido: Os vectores →
−
u ,→
−
v e →
−
w nesta ordem formam triedro positivo;
3) Ao módulo: |→
−
w | = |→
−
u |.|→
−
v |. sin(→
−
u ,→
−
v );
→
− →− → −
I Produto Externo dos vectores unitários i , j e k
→
− → − →
− → − →
−
i × i =0 i × j = k;
→
− → − − →
→ − →
−
j × j =0 j × k = i ;
→
− → − − →
→ − →
−
k × k =0 i × k =−j ;
O grupo de ALGA
60 Instituto Superior Politécnico de Songo
(a) Em R3 .Seja → − →
−
u = (x1 ; y1 ; z1 ) e v = (x2 ; y2 ; z2 ):
→− → − → −
i j k
→
− →
−
− y1 z1 →
→ − x1 z1 →
+−
x1 y 1
u × v = x1 y2 y1 = i −j k =
y2 z2 x2 z2 x2 y 2
x2 v2 y2
→
− →
− →
−
i (y1 z2 − y2 z1 ) − j (x1 z2 − x2 z1 ) + k (x1 y2 − x2 y1 );
⇒→ −
u ×→ −v = (y z − y z ; x z − x z ; x y − x y )
1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2 1
(b) Em R2 .Seja →
−
u = (x1 ; y1 ;0) e →
−
v = (x2 ; y2 ; 0):
→
− →− → −
i j k
→
−
− y1 0 →
→ − x1 0 →
+−
x1 y 1
u ×→
−
v = x1 y1 0 = i −j k
=
y2 0 x2 0 x2 y 2
x2 y2 0
→
− →
− →
−
= i (y1 .0 − y2 .0) − j (x1 .0 − x2 .0) + k (x1 y2 − x2 y1 );
⇒→−
u ×→ −v = (0; 0; x y − x y )
1 2 2 1
→
− →
− →
− →
− →
−
Exemplo 0.3.7. Sejam dados os vectores →
−
u = 3i − j + k e →
−
v = i + k . Determine
→
−
u ×→
−v.
Resolução :
→
− →− → −
i j k
→
−
→
− →
− →
− →
− − →
→ −
u ×→−
v = 3 −1 1 = i (−1 − 0) − j (3 − 1) + k (0 + 1) = − i − 2 j + k ;
1 0 1
⇒→−
u ×→−
v = (−1; −2; 1).
→
−
u ×→
−
v = 0 se:
Proposição 0.3.2.
→
− → − − →
− →
− −
1) →
−
a × b e b ×→
a têm sentidos opostos: →
−
a × b =- b × →
a;
→
− −c ) + (→
− →
2) (→
−
a + b )×→
−c = (→−
a ×→ b + −c );
→
− →
− − →
−
a ×( b +→c ) = (→
−
a × b ) + (→−
a ×→−c );
O grupo de ALGA
Teoria 61
→
− →
− →
−
3) k(→
−
a × b ) = (k →
−
a)× b =→
−
a × (k b );
−→ −→
Exemplo 0.3.8. Seja dado o triângulo equilátero ABC de lado 3. Determine |AB × AC|
−→ −−→
e |AB × BC|.
Resolução :
−→ −→ −→ −→ √
|AB × AC| = |AB|.|AC|. sin(AB, AC) = 3.3. sin 60o = 9 2 3 ;
−→ −−→ −→ −−→ √
|AB × BC| = |AB|.|BC|. sin(AB, BC) = 3.3. sin 120o = 9 2 3 ;
Sabemos que SABCD = |AD|.h e h = |AB|. sin θ ⇒ SABCD = |AD|.|AB|. sin θ , mas sabe-se
que |→
−
u ×→−
v | = |→
−
u |.|→
−
v |. sin(→
−
u ,→
−
v ), logo
SABCD = |→
−
u ×→
−
v |.
Resolução:
O grupo de ALGA
62 Instituto Superior Politécnico de Songo
O módulo do produto geométrico tem sentido geométrico de área do paralelograo, daqui, a área
do rectângulo será igual a metade da área do paralelogramo.
Para calcular a área do paralegramo, temos que considerar a origem comum.
Para este exercício, consideremos o vértice comum A.
−→ −→
Achemos os vectores AB e AC
−→ −→
AB = B − A = (2; 0)e AC = C − A = (0; 1).
→
− →− → −
i j k →
−
Área= 2 0 0 = |2 k | = 2.
0 1 0
Notação
→
− − →
− −
A notação do produto interno é: (→
−
a , b ,→
c ), sendo →
−
a, b e →
c três vectores no espa?o.
→
− − →
− −
Definição 0.3.5. Chama-se produto interno a (→
−
a , b ,→
c ) = (→
−
a × b ).→
c.
Expressão cartesiana
a1 a2 a3
→
− →
− →
− →
− →
− →
−
( a , b , c ) = ( a × b ). c = b1 b2 b3
c1 c2 c3
→
−
Sendo → −a = (a1 ; a2 ; a3 ) b = (b1 ; b2 ; b3 ) →
−c = (c ; c ; c )
1 2 3
→
− →
− −
Exemplo 0.3.10. Sendo →
−
a = (1; 2; −1), b = (0; 1; 4)) e →
−c = (1; 3; −2). Determine (→
−
a , b ,→
c ).
Resolução :
O grupo de ALGA
Teoria 63
Segundo Método:
Usando
a expressão cartesiana:
1 2 −1
→
− −
(→
−
a , b ,→
c ) = 0 1 4 = 1(−2 − 12) − 2(0 − 4) − 1(0 − 1) = −14 + 8 + 1 = −5
1 3 −2
→
− −
(→
−
a , b ,→
c ) = 0 se:
→
− →
−
2) →
−
a for paralelo a b (pois neste caso, →
−
a × b = 0).
→
− −
VABCD = 16 |(→
−
a × b ).→
c |– Volume do Tetraedro.
O grupo de ALGA
64 Instituto Superior Politécnico de Songo
Resolução :
−→ −→ −−→
VABCD = 16 |(AB, AC.AD)|;
−→
AB = B − A = (2; −2; 0);
−→
AC = B − C = (3; 2; 4);
−−→
AD = D − A = (2;5; −4)
2 −2 0
−→ −→ −−→
(AB, AC.AD) = 3 2 4 = 2(−8 − 20) + 2(−12 − 8) = −56 − 40 = −96, então
2 5 −4
O grupo de ALGA
Teoria 65
0.4.1 Nocao
Propriedades Do Conjugado
o modulo ou valor absoluto de um numero complexo z = x+iy e definido como sendo o numero
p
|z| = x2 + y 2 .
Exemplo. Os modulos dos numeros complexos z1 = 2, z2 = −i e z3 = −3 − 4i e |z1 | =
p p p
(2)2 = 2, z2 = (−1)2 = 1 e |z3 | = (−3)2 + (−4)2 = 5 respectivamente.
Propriedades do Modulo
Adicao
O grupo de ALGA
Teoria 67
Multiplicacao
Divisao
Exemplos.Sabendo que:
I. z1 = 2 e z2 = 2i
II. z1 = 2 − 3i e z2 = −1 + 2i.
Calcule:
a) z1 + z2 ;
b) z1 z2 ;
z1
c) .
z2
Resolucao:
a.I) z1 + z2 = 2 + 2i;
z1 2 2.(−2i) 4i
c.I) = = =− ;
z2 2i 2i(−2i) 4
2 − 3i (2 − 3i)(−1 − 2i) −8 − i
c.II) = = .
−1 + 2i (−1 + 2i)(−1 − 2i) 5
O grupo de ALGA
68 Instituto Superior Politécnico de Songo
y
• ϕ = arctan caso x = Rez > 0;
x
y
• ϕ = π + arctan caso x = Rez < 0 ∧ y = Imz ≥ 0;
x
y
• −ϕ = π + arctan caso x = Rez < 0 ∧ y = Imz < 0;
π x
• ϕ = , caso x = Rez = 0 ∧ y = Imz > 0;
2π
• ϕ = − , caso x = Rez = 0 ∧ y = Imz < 0;
2
• ϕ = 0, caso Imz = 0 ∧ Rez > 0;
• ϕ = π , caso Imz = 0 ∧ Rez < 0.
Resolucao:
a) O angulo formado pelo numero complexo z = 1 e $ = 0;
√
r = 12 + 02 = 1;
Entao o numero complexo na forma polar e z = 1(cos 0 + i sin 0).
O grupo de ALGA
Teoria 69
π
b) O angulo formado pelo numero complexo z = 2i e ϕ = ;
√ 2
r = 02 + 22 = 2;
π π
Entao o numero complexo na forma trigonometrica e z = 2 cos + i sin .
2 2
π
c) O angulo formado pelo numero complexo z = 1 + i e ϕ = ;
√ √ 4
2 2
r = 1 + 1 = 2;
√ π π
Entao o numero complexo na forma polar e z = 2 cos + i sin .
4 4
Sobre dois numeros complexos dados na forma trigonometrica, isto e, z1 = r1 (cos ϕ1 + i sin ϕ1 )
e z2 = r2 (cos ϕ2 + i sin ϕ2 ), podem ser efectuadas as seguintes operacoes:
Adicao
Multiplicacao
Divisao
z1 r1 (cos ϕ1 + i sin ϕ1 ) r1
∗ = = [cos(ϕ1 − ϕ2 ) + i sin(ϕ1 − ϕ2 )].
z2 r2 (cos ϕ2 + i sin ϕ2 ) r2
π π 3π
Exemplo. Dados os numeros complexos z1 = 4 cos π + i sin e z2 = 2 cos + i sin ,
2 4 4
calcule:
a) z1 + z2 ;
b) z1 .z2 ;
z1
c) .
z2
Resolucao:
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70 Instituto Superior Politécnico de Songo
π π 3π
a) z1 + z2 = 2(2 cos π + cos ) + 2i(2 sin + sin );
4 2 4
5π 5π
b) z1 .z2 = 8(cos + sin );
4 4
z1 3π π
c) = 2(cos − i sin ).
z2 4 4
Formula De Moivre
Resolucao:
a) Achemos o angulo pelo numero complexo com o eixo OX ; O angulo formado pelo numero
π √ 2
complexo com o eixo OX e ϕ = ; e de seguida achemos r = 3 + 12 = 2.
3
Aplicando a formula de Moivre, sabendo que n = 6, teremos:
π π
z 6 = 26 | cos 6. + i sin 6. | = 64.
3 3
b) Achemos o angulo formado pelo numero complexo com o eixo OX ; O angulo formado pelo
3π p √
numero complexo com o eixo OX e ϕ = ; e de seguida achemos r = (−2)2 + 22 = 2 2.
4
Aplicando aformula de Moivre, sabendo que n = 4, teremos:
√ 3π 3π
z 4 = |2 2|4 cos 4 + i sin 4 = −64.
4 4
O grupo de ALGA
Teoria 71
√
p n p pϕ + 2πk pϕ + 2πk
No caso geral z = n z p = r cos
n + i sin , n ∈ N = {1; 2; 3; ...}, ,
n n
p ∈ Z = {0; ±1; ±2; ...}, k = 0; 1; 2; ...; (n − 1);
Resolucao:
√
a) 2i tem duas raizes, e vamos acha-los:
π
O angulo formado pelo numero complexo com o eixo OX e ϕ = ; O modulo e |z| = r = 2,
4
entao,
√ √
π + 4kπ π + 4kπ
2i = 2 cos + i sin .
4 4
Para achar o valor das raizes, vamos substituir com quaisquer valores k = 0; 1; 2; ...; (n − 1),
isto e,
√
Para k = 0, teremos 2i = 1 + i;
√
Para k = 1, teremos 2i = −1 − i.
1 + i e −1 − i sao as raizes de z = 2i.
2 2 π + 2kπ π + 2kπ
b) z = 2 cos
3 3 + i sin
3 3
√ √ ! √ √ !
√3 3 3 √
3
√3 3 3
Para k = 0; 1; 2, teremos 4 +i ; 4; 4 −i , respectivamente, que sao
3 3 3 3
2
as raizes de (2i) 3 .
p
A forma exponencial de um numero complexo e z = reiϕ , onde r = |z| = x2 + y 2 e modulo
do numero complexo, ϕ = argz ; sendo valido a formula de Euler: eiϕ = cos ϕ + i sin ϕ.
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72 Instituto Superior Politécnico de Songo
Sobre dois numeros complexos dados na forma trigonometrica, isto e, z1 = r1 eiϕ1 e z2 = r2 eϕ2 ,
podem ser efectuadas as seguintes operacoes:
Adicao
z1 + z2 = r1 eiϕ1 + r2 eiϕ2 .
Multiplicacao
Divisao
z1 r1
= ei(r1 −r2 ) .
z2 r2
z n = rn einϕ , n ∈ Z;
√ √ (ϕ+2πk)
n
z= n
r.ei n , n ∈ N, k = 0, 1, 2, ...(n − 1);
p √ p (pϕ+2πk)
zn = n
z p = r n .ei n , p ∈ Z, n ∈ N, k = 0, 1, 2, ..., (n − 1).
5π π
Exemplo. Dados os numeros complexos z1 = 4ei 4 e z2 = 2ei 4 , calcule:
a) z1 + z2 ;
b) z1 z2 ;
z1
c) .
z2
Resolucao:
O grupo de ALGA
Teoria 73
5π iπ
a) z1 + z2 = 2(2ei 4 + e 4 );
3π
b) z1 z2 = 8ei 2 ;
z1
c) = 2eiπ .
z2
O grupo de ALGA