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Brasileira instalou alto-falantes nos pavilhões da exposição,
distribuídos e interligados de forma que todos pudessem ouvir as
mensagens transmitidas de uma emissora no alto do corcovado.
Montada pela Westinghouse Electric em caráter experimental, a
primeira emissora instalada no Brasil transmitia música e discursos
das autoridades, começando pelo presidente da República, Epitácio
Pessoa.
Em 23 de abril de 1923, foi inaugurada pelos professores
Roquete Pinto e Henrique Morize a Rádio Sociedade do Rio de
Janeiro, cuja instalação foi possível graças à concessão pelo governo
da emissora Western Electric, importada para o serviço de
telégrafos. Uma segunda emissora foi concedida ao funcionário dos
telégrafos Elba Dias que, em 1924, fundou com amigos a Rádio
Clube do Brasil.
Paradoxalmente, como em todo o processo de disseminação
de uma novidade tecnológica, só os ricos podiam comprar os
aparelhos de rádio. Sem publicidade, a rádio se mantinha graças
às contribuições mensais de cada sócio, o que obviamente terminou
por inviabilizar sua sobrevivência comercial. O resultado foi a sua
doação ao Ministério da Educação, em 1936, sob a condição de que
fosse mantido o seu caráter educativo e cultural.
O governo de Getúlio Vargas criou o Serviço de Radiodifusão
Educativa, em 1937, órgão responsável pela irradiação dos
programas educativos. Durante a ditadura do Estado novo, o DIP,
Departamento de Imprensa e Propaganda, interferiu muitas vezes
no conteúdo para divulgar sua política.
A concessão dada pelo governo estipulava que as
emissoras, no primeiro ano de funcionamento experimental, não
podiam veicular comerciais. No início, a mensagem publicitária
dependia de um improviso do locutor. Com o tempo, passou a existir
o texto de locução gravada, previamente escrito por um redator,
com um formato semelhante aos nossos atuais spots publicitários.
Mais tarde, um spot, e, finalmente, surgiu a mensagem musicada, o
jingle.
Desde 1932, o governo, através do decreto-lei 21.111,
normatizava a veiculação de propaganda no rádio, fixando o limite
de 10% da programação. E, na mesma ocasião, adotava o modelo
americano, que permitia a concessão de canais para a iniciativa
privada, o que resultou em grande impulso para a exploração
comercial do meio. Começava, então, no país, uma nova fase do
rádio, que não podia mais prescindir de dois aspectos outrora
relegados: visão de mercado e aprovação ou rejeição do público. As
rádios se profissionalizavam, ao mesmo tempo em que os preços
dos aparelhos receptores ficavam mais baratos, aumentando a
audiência e incrementando vendas. Nos anos 1930, as rádios
Mayrink Veiga e Philips, no Rio, e a Record e a Cruzeiro do Sul, em
São Paulo, começaram a pagar cachês para os artistas que se
apresentavam em seus programas.
Esta mesma década de 1930 assistiu à grande expansão do
rádio no Brasil. O primeiro jingle improvisado do rádio brasileiro foi
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ao ar em 1932, composto na hora pelo compositor e cartunista
Antônio Nássara:
E hoje ?
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BIBLIOGRAFIA:
GONTIJO, Silvana. O livro de ouro da comunicação. RJ: Ediouro, 2004