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CPA 20APOSTILA PARA EXAME


DE CERTIFICAÇÃO
ANBIMA

Atualização
Atualização de2020
2019
Última revisão de legislação - 2020
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cpa20 APOSTILA PARA EXAME DE


CERTIFICAÇÃO ANBIMA

Atualização 2020
Atualização de 2019
Esse é um material de apoio oferecido sem custo financeiro para você aluno. Trata-se de uma
compilação fiel das normas e regras atualizadas para sua certificação. A venda, cópia, distribuição
ou reprodução deste material é proibida.

A ANBIMA não tem envolvimento com a produção deste material.


Este material já está atualizado com as novidades que entraram para a certificação em 2019.

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Sumário 3

Módulo 1 4
1 . Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado 5
1.1 ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTORREGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 5
1.2 BANCOS MULTIPLOS 11
1.3 DISTRIBUIDORAS E CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E DE FUTUROS 11
1.4 INVESTIDORES QUALIFICADOS, INVESTIDORES PROFISSIONAIS E INVESTIDORES
NÃO-RESIDENTES 12
1.5 ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – EFPC 12
Módulo 2 14
2 . Compliance Legal, Ética e Analise do Perfil do Investidor 15
2.1 RISCO DE IMAGEM E RISCO LEGAL 15
2.2 CONTROLES INTERNOS 15
2.3 PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DINHEIRO OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREI-
TOS E VALORES 16
2.4 NORMAS E PADRÕES ÉTICOS 19
2.5 CÓDIGO DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO 20
2.6 ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR 32
2.7 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA DE FINANÇAS COMPORTAMENTAIS 33
Módulo 3 37
3 . Príncipios Básicos de Economia e Finanças 38
3.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA 38
3.2 CONCEITOS BÁSICOS DE FINANÇAS 44
Módulo 4 48
4.1 Instrumentos de Renda Variável 49
4.2 INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA 56
OFERTAS PÚBLICAS DE VALORES MOBILIÁRIOS 74
CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OFERTAS
PÚPLICAS DE DISTRIBUIÇÃO E AQUISIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS 76
Módulo 5 81
5.1 Fundos de Investimento 82
5.2 CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ADMINISTRA-
ÇÃO DE RECURSO DE TERCEIROS 102
Módulo 6 130
Previdência Complementar Aberta: PGBL e VGBL 131
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 133

Módulo 7 138
7.1 Ativos Livres de Riscos e Ativos com Riscos de Crédito 139
7.2 GESTÃO DE RISCO 142

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Módulo 1

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1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES
DO MERCADO 5

1.1 ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, AUTORREGULAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO
O Sistema Financeiro Nacional tem o importante papel de fazer a intermediação
de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de
recursos, tendo como resultado um crescimento da atividade produtiva.

- Conselho Monetário Nacional – CMN

O Conselho Monetário Nacional é o Órgão Máximo do Sistema


Financeiro Nacional.
Composição: Ministro da Economia (Presidente do Conselho); Presidente do
BACEN (Banco Central) e o Secretário Especial de Fazenda do Ministério da
Economia;

Principal atribuição: fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária


e de Crédito.

Demais objetivos e competências:

• Autorizar as emissões de Papel Moeda;


• Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária e de Crédito,
inclusive quanto à compra e venda de ouro;
• Disciplinar o Crédito em todas as modalidades;
• Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões
entre outras;
• Determinar o Percentual de recolhimento de compulsório;
• Regulamentar as operações de redesconto;
• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as
instituições financeiras que operam no País.

Comentário: Gosto muito de usar uma comparação com a hierarquia de uma


empresa comum que você conhece. Perceba que as competências do CMN
estão ligadas atividades de um “Chefe”. Fique atento a palavras chaves como:
Autorizar, Fixar, Disciplinar, Limitar, Regular. Lembre-se que o CMN não é um
Orgão que executa tarefas, ele dita NORMAS.

- Banco Central Do Brasil – BACEN

O Banco central, conhecido também como BACEN é uma autarquia vinculada


ao Ministério da Economia.

A Diretoria do BACEN é composta de até 9 membros (Presidente + 8 Diretores),


todos nomeados pelo Presidente da República e essa nomeação está sujeita
à aprovação no Senado. O BACEN é o principal órgão executivo do sistema
financeiro, ele cumpre todas as determinações do CMN.

Principais atribuições e competências do BACEN:

• Formular e executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as


diretrizes do Governo Federal;
• Executar as diretrizes e normas do CMN;
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• Regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional;
• Conduzir a política monetária;
• Administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante; 6
• Emitir papel-moeda;
• Receber os recolhimentos compulsórios dos bancos;
• Autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, punindo-
as, se for o caso;
• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros;
• Exercer o controle do crédito.

Comentário: Da mesma forma que fizemos a comparação com o CMN sendo o


chefe, aqui vamos imaginar o BACEN sendo o gerente direto do chefe. Palavras
como: conduzir, formular, regular, administrar, emitir, receber, autorizar, fiscalizar,
controlar e exercer, ilustram muito bem como esse órgão exerce suas atividades.
Lembre-se que o BACEN cumpre o que o CMN determina.

- Comissão de Valores Mobiliários – CVM

A Comissão de valores Mobiliários, conhecida também como CVM é uma


autarquia vinculada ao Ministério da Economia. Ela é um órgão normativo
voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliários;

Agora você deve estar se perguntando o que são títulos e valores mobiliários.
Pois bem, veja alguns exemplos: ações, debêntures, fundos de investimentos,
CRI, CRA, bônus de subscrição, e opções de compra e venda de mercadorias.

Objetivos da CVM:

• Estimular investimentos no mercado acionário;


• Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores mobiliários;
• Assegurar o funcionamento das Bolsas de Valores e Mercado de Balcão
Organizado;
• Proteger os titulares contra a emissão fraudulenta, manipulação de preços e
outros atos ilegais;
• Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos
emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto;
• Fortalecer o Mercado de Ações.

Comentário: Lembra que usando como método associativo que o BACEN é o


gerente? Neste caso a CVM tem o mesmo papel que o BACEN mas no mercado
mobiliário (ações, debêntures, fundos de investimento entre outros).

- Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

A Superintendência de Seguros Privados conhecida como SUSEP é uma


autarquia federal, vinculada ao Ministério da Economia. Ela é o órgão responsável
pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro.

Apesar de ser uma entidade supervisora, a Susep também é responsável por


regular os mercados em que está inserida, sempre respeitando as diretrizes
do órgão normativo que neste caso é o CNSP (Conselho Nacional de Seguros
Privados).

As atribuição da SUSEP são:

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• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada
Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo 7
CNSP;
• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua
através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização
e resseguro;
• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados
supervisionados;
• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional
de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua
expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial
os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que
por este forem delegadas;
• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

- Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma


autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e financeira
e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Economia. Terá atuação em
todo o território nacional como entidade de fiscalização e supervisão das
atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de
execução das políticas para o regime de previdência complementar operado
pelas referidas entidades.

As suas principais atribuições, segundo o decreto nº 12.154, de 2009, artigo


2º, são:

• Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência


complementar e suas operações;
• Apurar e julgar as infrações, aplicando as penalidades cabíveis;
• Expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas
relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho
Nacional de Previdência Complementar – CNPC;
• Autorizar: a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de
previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos
e regulamentos de planos de benefícios; as operações de fusão, de cisão, de
incorporação ou de qualquer outra forma de reorganização societária, relativas
às entidades fechadas de previdência complementar; a celebração de convênios
e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas
de patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos
de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades
fechadas de previdência complementar;
• Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência
complementar com as normas e políticas estabelecidas para o segmento;
• Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de
previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos
termos da lei;
• Promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência
complementar e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou
instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da

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lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

- ANBIMA 8

ANBIMA é a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de


Capitais. É uma associação de instituições como bancos, gestoras, corretoras,
distribuidoras e administradoras. Reuni diversas empresas diferentes entre
si com o objetivo de reproduzir dentro de casa a pluralidade dos mercados.
Segundo seu próprio site, a Anbima nasceu em 2009 a partir da união de duas
entidades (ANDIMA + ANBID), mas representa os mercados há quatro décadas.
O seu modelo de atuação é organizado em torno de quatro compromissos:
representar, autorregular, informar e educar.

Descubra as atividades desenvolvidas:

- Informação
ww
A ANBIMA é a principal provedora de informações sobre os segmentos de
mercado ela representa. A construção de uma base de dados consistente é
parte do seu esforço para dar mais transparência e segurança aos mercados e,
consequentemente, fomentar negócios.

Responsável por divulgar desde referências de preços e índices que refletem o


comportamento de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no
acompanhamento dos temas de interesse dos associados.

- Representação

São duas maneiras de representação da ANBIMA:

1. Promover o diálogo para construir propostas de aprimoramento do mercado,


que são apresentadas e discutidas com o governo e com outras entidades do
setor privado;

2. Propor boas práticas de negócios, que os associados seguem de forma


voluntária.

- Autorregulação

Sua autorregulação é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado


e em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores
Práticas, que são de adesão voluntária.

O cumprimento das normas é acompanhado de perto pela nossa equipe


técnica, que supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo.

- Educação

As ações da ANBIMA em educação se dividem em três vertentes:


1. Capacitação dos profissionais por meio de certificações;
2. Qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada;
3. Disseminação de conteúdo sobre educação financeira.

1.7.1 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa


de Certicação Continuada

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? Dica do Professor 9
Esse código regula as certificações ANBIMA, inclusive a que você
está estudando. Leia com atenção pois entender esse código fará
com que você tenha mais clareza dos motivos do mercado exigir
tal título de você profissional.

Criado em 2002 para promover padrões elevados de conduta entre o


crescente número de profissionais certificados pela ANBIMA, o Código
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação
Continuada (Código de Certificação) traz definições sobre a obrigatoriedade
da certificação adequada aos profissionais que desempenham as atividades de
comercialização e distribuição de produtos de investimento e aos profissionais
que desempenham a atividade de gestão profissional de recursos de terceiros.
Com esse objetivo, estabelece os princípios e os padrões de conduta que esses
profissionais devem utilizar no desempenho de suas atividades. Além disso, esse
código obriga as instituições participantes a exigir e fiscalizar o cumprimento
das disposições por parte de seus funcionários que atuem nessas atividades.

Quanto às obrigações específicas exigidas pelo Código de Certificação das


instituições participantes, podemos dizer que elas se dividem em dois grupos:
I. Obrigações de supervisão de seus profissionais.
II. Obrigações de estabelecimento e implementação adequada de controles
internos.

Em relação ao primeiro grupo, as obrigações de supervisão exigidas diretamente


das instituições participantes estão dispostas nos arts. 6o e 7o do Código de
Certificação, podendo ser resumidas em assegurar que seus profissionais:

- Possuam reputação ilibada e não tenham:


• Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e de-
mais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM, Superintendência
Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep.
• Sua autorização para o exercício da atividade suspensa, cassada ou cance-
lada.
• Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de sua
atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade sujeita
a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados.

Obs: Punição definitiva é considerada aquela a qual não caiba mais


recurso em âmbito administrativo, nem tenha dos seus efeitos
suspensos por decisão judicial.

- Exerçam suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade.

- Cumpram todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas


atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à
administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações
ou irregularidades que venham a ser come das.

- Norteiem a prestação de suas atividades pelos princípios da liberdade de


iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras
de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, respeitando os
princípios de livre negociação.

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- Evitem quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras
e princípios contidos no Código de Certificação e na Regulação em vigor.
10
- Adotem condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e
profissional.

- Vedem a intermediação de investimentos ilegais e não participem de qualquer


negócio que envolva fraude, corrupção, manipulação ou distorção de preços,
declarações falsas ou lesão aos direitos de investidores.

- Sejam diligentes e não contribuam para a veiculação ou circulação de no cias


ou de informações inverídicas ou imprecisas sobre o mercado financeiro e de
capitais.

- Zelem para que não sejam dadas informações imprecisas a respeito das
atividades que é capaz de prestar, bem como com relação a suas qualificações,
seus títulos acadêmicos e experiência profissional.

Quanto às obrigações impostas pelo Código de Certificação às instituições


participantes de estabelecimento e implementação adequada de controles
internos, merecem destaque:

- Implementar e manter, em documento escrito, regras, procedimentos


e controles internos que contenham, no mínimo:
• Procedimentos para identificação dos Profissionais Certificados na admissão
e no desligamento, bem como para atualização das informações desses profis-
sionais, de modo a manter atualizado o Banco de Dados da ANBIMA.
• Critérios adotados pelas instituições participantes para determinar as ativi-
dades elegíveis1 para cada uma das certificações.
• Critérios de identificação de elegibilidade de profissionais transferidos.
• Procedimento adotado para atualização de certificação de profissionais que
atuam em atividades elegíveis quando de seu vencimento.
• Procedimento para afastamento imediato dos profissionais que desempe-
nhem atividades elegíveis sem a devida certificação, ou com a certificação ven-
cida, bem como documentação formal que evidencie esse afastamento, obser-
vadas as exceções expressas no Código de Certificação.

- Assegurar que os profissionais vinculados à instituição participante conheçam


e assinem, de forma manual ou eletrônica, o código de ética por elas adotado
até o último dia do mês subsequente à sua contratação.

- Empenhar-se permanentemente para o aperfeiçoamento dos profissionais


vinculados à instituição participante, capacitando-os e fornecendo constante
atualização sobre as regras e normas aplicáveis às suas atividades.

Por fim, cabe salientar que as instituições participantes que descumprirem as


regras do Código de Certificação, ou cujos profissionais o façam, estão sujeitas
às penalidades previstas, que incluem:
(i) Advertência pública;
(ii) Multa de até 100 vezes o valor da maior mensalidade recebida pela ANBIMA;
(iii) Desligamento da ANBIMA.

Ademais, a Associação pode também cobrar uma multa equivalente a dez


taxas de supervisão da certificação vigente por dia de atraso às instituições
participantes que descumprirem prazos estabelecidos no Código de
Certificação, ou no preenchimento e manutenção do Banco de Dados.

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1.2 BANCOS MULTIPLOS
Os bancos múltiplos surgiram a fim de racionalizar a administração das institui- 11
ções financeiras. Veja agora as principais atividades:
• Underwriting;
• Negociação e distribuição de títulos e valores mobiliários;
• Administração de recursos de terceiros;
• Intermediação de câmbio;
• Intermediação de derivativos.

As carteiras de um Banco Multiplo poderão ser:


• Banco Comercial
• Banco de Investimento
• Banco de Desenvolvimento
• Sociedade de Crédito Imobiliário
• Sociedade de Arrendamento Mercantil
• Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras)

Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos
duas das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de investi-
mentos.

Uma informação importante é que as Sociedades de Crédito Financiamento e


Investimento, podem conceder empréstimos para financiamento de capital de
giro e capital fixo.

Outro fato relevante é que um banco múltiplo deve ser constituído com um
CNPJ para cada carteira, podendo publicar, se assim preferir, um único ba-
lanço.

1.3 DISTRIBUIDORAS E CORRETORAS DE TÍTULOS E


VALORES MOBILIÁRIOS E DE FUTUROS
Para iniciar os estudos desse tema não podemos de considerar uma informa-
ção de extrema importância. Desde 02/03/2009, por uma decisão conjunta do
BACEN e da CVM, não existe mais diferença na área de atuação entre as CTVM
e as DTVM.

Tanto a CTVM quanto a DTVM são constituídas sob a forma de S.A, dependem
da autorização do CVM para funcionar.
Elas são típicas do mercado acionário, e a especialidade delas é operar na com-
pra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários de terceiros;

Já que os investidores não operam diretamente nas bolsas ele abre uma conta
corrente na corretora, que atua nas bolsas a seu pedido, mediante cobrança
de comissão, amplamente conhecida como corretagem, que é de onde obtém
seus ganhos.

Veja mais detalhes:


• Uma corretora pode atuar também por conta própria;
• Têm a função de dar maior liquidez e segurança ao mercado acionário;
• Podem administrar fundos e clubes de Investimento;
• Podem intermediar operações de Câmbio.

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1.4 INVESTIDORES QUALIFICADOS, INVESTIDORES
PROFISSIONAIS E INVESTIDORES NÃO-RESIDENTES 12
-Investidores Qualificados

Segundo a Instrução CVM os Investidores Qualificados são aqueles que tem


mais condições do que o investidor comum de entender o mercado financeiro.

Veja agora quem são considerados INVESTIDORES QUALIFICADO:

• Investidores Profissionais.
• Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$ 1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua con-
dição de investidor qualificado mediante termo próprio;
• As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação
técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o
registro de agentes autônomos de investimento, administradores de carteira,
analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos pró-
prios.

- Investidores Profissionais

Também segundo a Instrução CVM, os Investidores Profissionais são os únicos


que podem constituir Fundos Exclusivos, um tipo de fundo que possui um único
cotista, que necessariamente deve ser um tipo de Investidor Profissional.

Veja agora quem são considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:

• Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em va-


lor superior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
• Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capitali-
zação.
• Fundos de Investimento;
• Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
• Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados
pela CVM em relação a seus recursos próprios.

- Investidor Não-Residente

Investidores Não-Residentes são pessoas físicas ou jurídicas (isso inclui fundos


ou outras entidades de investimento coletivo), com residência, sede ou domicí-
lio no exterior e que investem no Brasil.

DICA: Um regra importante é que para atuarem no Brasil estão sujeitos a regis-
tro prévio na CVM.

1.5 ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLE-


MENTAR – EFPC
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) são operadoras de
planos de benefícios, constituídas na forma de sociedade civil ou a fundação, e
sem fins lucrativos, que tenha por objeto operar plano de benefício de caráter
previdenciário, mediante contribuição de seus participantes, dos respectivos
empregadores ou de ambos.

São acessíveis exclusivamente aos empregados de uma só empresa ou de um


grupo de empresas, as quais são denominadas patrocinadoras.
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Informação importante: a constituição, organização e funcionamento depen-
dem de prévia autorização do Governo Federal, através da PREVIC – Superin- 13
tendência Nacional de Previdência Complementar.

Os recursos garantidores dos planos de benefícios da entidade fechada de pre-


vidência complementar devem ser alocados em quaisquer dos seguintes seg-
mentos de aplicação:

• Segmento de renda fixa;


• Segmento de renda variável;
• Segmento de imóveis; ou
• Segmento de empréstimos e financiamentos.

Dicas:
1.As EFPC é considerado Investidor Profissional
2.Podem cobrar taxa de Performance.

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2. COMPLIANCE LEGAL, ÉTICA E ANÁLISE DO PERFIL
DO INVESTIDOR 15

2.1 RISCO DE IMAGEM E RISCO LEGAL


Risco De Imagem (Reputação)

O Risco de Imagem é a possibilidade de perdas decorrentes de ter seu nome


desgastado diante da sociedade, mercado e às autoridades (publicidade nega-
tiva). Isso envolve situações verdadeiras ou não. Podemos citar como exemplo:
Operação Carne Fraca, onde tivemos queda no valor das ações das compa-
nhias, redução ou perda do apoio de seus clientes e redução de oportunidades
de negócios.

Risco Legal

Podemos definir o Risco Legal como a possibilidade de perdas decorrentes de


multas, penalidades ou indenizações resultantes de ações de órgãos de super-
visão e controle, bem como perdas decorrentes de decisão desfavorável em
processos judiciais ou administrativos.
Veja exemplos: documentações de forma geral insuficientes, falta de poderes
dos representantes da contraparte para assumir certos compromissos, desco-
nhecimento de algum aspecto jurídico relevante.

2.2 CONTROLES INTERNOS


Art. 1o Determinar às instituições financeiras e demais instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil a implantação e a implementação de
controles internos voltados para as atividades por elas desenvolvidas, seus sis-
temas de informações financeiras, operacionais e gerenciais e o cumprimento
as normas legais e regulamentares a elas aplicáveis.

Parágrafo 1o Os controles internos, independentemente do porte da instituição,


devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das
operações por ela realizadas.

Parágrafo 2o São de responsabilidade da diretoria da instituição:


I – a implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos
efetiva mediante a definição de atividades de controle para todos os níveis de
negócios da instituição;

II – o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos;

III – a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos


definido sem função do disposto no inciso II.

- Segregação De Atividades e Política De Segurança Da Informação


O objetivo da segregação de atividades é evitar possíveis conflitos de interesses
e definição de responsabilidades.

Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os fun-


cionários da instituição de forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva
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função no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da or-
ganização, devem prever
em especial: 16

• A definição de responsabilidades dentro da instituição;


• A segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de for-
ma a que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar
e monitorar adequadamente áreas identificadas como de potencial conflito da
espécie;
• A existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, se-
gundo o correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e
compreensíveis informações consideradas relevantes para suas tarefas e res-
ponsabilidades;
• A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da insti-
tuição;
• A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informa-
ções, em especial para os mantidos em meio eletrônico.

Segundo o parágrafo 1 do normativo, os controles internos devem ser perio-


dicamente revisados e atualizados, de forma a que sejam a eles incorporadas
medidas relacionadas a riscos novos ou anteriormente não abordados.

De acordo com o parágrafo 2, a atividade de auditoria interna deve fazer parte


do sistema de controles internos.

2.3 PREVENÇÃO E COMBATE A LAVAGEM DE DIN-


HEIRO OU OCULTAÇÃO DE BENS, DIREITOS E VA-
LORES
Segundo o Coaf, a lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso
transforma recursos obtidos através de atividades ilegais em ativos com uma
origem aparentemente legal.

Ainda de acordo com o Coaf, para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer
os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâ-
mico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitan-
do uma associação direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas várias
movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a
disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido
suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado
“limpo”.

Vale saber que temos um esforço internacional conjunto para combater a la-
vagem de dinheiro, envolvendo Governos de diversos países e também o setor
privado, especialmente o sistema financeiro.

Veja agora os detalhes desse tema:

Pena
• Reclusão de três a dez anos e multa.

Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens,


direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos

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neste artigo:

I – Os converte em ativos lícitos; 17


II – Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem
em depósito, movimenta ou transfere;

III – Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.

A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:

a) ao dobro do valor da operação;

b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela re-
alização da operação;

c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);

Principais operações que são indícios de crimes de lavagem de dinheiro:

• Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou


jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente
transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não
relacionado com o cliente;
• Troca de grandes quantidades de notas de pequeno valor por notas de
grande valor;
• Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda es-
trangeira e vice- versa;
• Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pa-
gamento ou outros instrumentos em grande quantidade – isoladamente ou em
conjunto – , independentemente dos valores envolvidos, sem evidências de pro-
pósito claro;
• Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
• Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade eco-
nômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do
cliente;
• Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em nome de um
mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem em quantia significativa;
• Abertura de conta em agência bancária localizada em estação de passagei-
ros – aeroporto, rodoviária ou porto – internacional ou pontos de atração turís-
tica, salvo se por proprietário, sócio ou empregado de empresa regularmente
instalada nesses locais;
• Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade
financeira do usuário.

Fases da lavagem do dinheiro

No geral são 3 e vamos tratá-las a seguir de acordo como são ilustradas e abor-
dadas pelo COAF:

1 - Colocação
A primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico.
Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em
países com regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema finan-
ceiro liberal.
A colocação se efetua por meio de:
• Depósitos;
• Compra de instrumentos negociáveis;

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• Compra de bens.

Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam 18


técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como:
• Fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro;
• Utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com
dinheiro em espécie.

2 - Ocultação
A segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil
dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibi-
lidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos
buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas
anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário –
ou realizando depósitos em contas “fantasmas”.

3 - Integração
Nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econô-
mico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que
facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre
si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro
ilegal.

Ilustração:

Fase 1 - Colocação Fase 2 - Ocultação Fase 3 - Integração

Identificação dos clientes

A legislação sobre crimes de “lavagem” de dinheiro, exige que as instituições


financeiras entre outros:

• Identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado (inclusive dos pro-


prietários e representantes das empresas clientes);
• Mantenham registro das transações em moeda nacional ou estrangeira, títu-
los e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de
ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade com-
petente e nos termos de instruções por esta expedidas;
• Atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições for-
muladas pelo COAF, que se processarão em segredo de justiça.

• Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transações.

Comunicação ao COAF

De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementa-


ção da Carta- Circular 3098/03, as instituições financeiras deverão comunicar
ao Banco Central:

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• As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos
e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido
em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00; 19
• As operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglo-
merado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou
entidade, em seu conjunto, o valor de R$ 10.000,00;
• Depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento
para saque, de valor igual ou superior a R$50.000,00, independentemente de
serem suspeitas ou não.
• Toda a operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10 mil
deve ficar registrada no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e
SUSPEITA deve ser reportada ao COAF, através do SISCOAF.

COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras

O COAF é o órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro e está vinculado


ao Ministério da Economia.
Banco Central do Brasil Tem como finalidade disciplinar, aplicar penas admi-
nistrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de ativida-
des ilícitas previstas na Lei.

Um ponto fundamental para que o trabalho do COAF seja efetivo, é importante


que, todas as instituições visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro,
cumpram seu papel: mantenham em registro, todas as informações de relevân-
cia sobre seus clientes e suas operações.

Não só os bancos devem combater a lavagem de dinheiro, mas também empre-


sas e instituições que trabalham com:
• Comercialização de joias;
• Vendas de metais preciosos;
• Obras de arte.

Convenção de Viena

Convenção de 1988 foi um marco e teve como propósito promover a coopera-


ção, entre os países participantes, contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de
substâncias psicotrópicas.

Veja abaixo um trecho do Decreto do então presidente Fernando Collor:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 84,


inciso IV da Constituição, e considerando que a Convenção Contra o Tráfico Ilí-
cito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas, foi concluída em Viena, a 20
de dezembro de 1988;

Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional,


pelo Decreto Legislativo no 162, de 14 de junho de 1991;

2.4 NORMAS E PADRÕES ÉTICOS


Neste tema tratamos da utilização indevida de informações privilegiadas

Informação privilegiada:
Toda e qualquer informação relevante, fora do domínio público, que o profis-
sional acaba obtendo por conta do exercício de suas atividades profissionais
diárias. “Insider trader”: O Insider Trader é o profissional que por conta de sua

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atividade tem acesso à informações privilegiadas e as usa em benefício próprio
ou de terceiros.
20
“Front runner”: Neste caso o termo é usado para denominar o indivíduo ou insti-
tuição que se utiliza de ordens de clientes para o seu próprio benefício. O front
runner neste caso realiza antes para si próprio a operação ordenada pelo clien-
te.

Confidencialidade
Profissional deve manter os mais restritos níveis de confidencialidade das infor-
mações com todos os clientes e patrocinadores, a menos que a divulgação seja
exigida por lei.

Conflitos de Interesse
É uma situação em que o profissional tem um interesse privado ou pessoal, su-
ficiente para dar a sensação de estar influenciando sobre a objetivo de suas
obrigações oficiais.
O Profissional deve procurar ser consciente de qualquer conflito mesmo que
potencial, divulgar abertamente e se oferecer para eliminar quando surgir um
conflito.

2.5 CÓDIGO DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE


INVESTIMENTO
NOTA: Coletânea respeitando o ajuste no conteúdo programático AN-
BIMA 2019.

? Dica do Professor
Utilizaremos o material do código na íntegra pois não há forma de
resumi-lo, mas darei dicas ao longo dele para que seu entendimento
fique mais simples.

Propósito e Abrangência (Cap. I)

? Dica do Professor
Dica do professor: Agora é hora de entender para que serve esse
código de regulação e quem e quem ele visa regular.

Art. 2o. O presente Código tem como objetivo estabelecer princípios e


regras para Distribuição de Produtos de Investimento visando, principalmente:

I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da


institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;

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II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos 21
de Investimento;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo
com o canal utilizado e as características dos investimentos; e
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na
Distribuição de Produtos de Investimento.

Art. 3o. Este Código se destina aos bancos múltiplos, bancos comerciais,
bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades corretoras e
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, assim como aos administradores
fiduciários e/ou gestores de recursos de terceiros quando distribuírem seus
próprios Fundos de Investimento.

§1o. Os administradores fiduciários e/ou gestores de recursos de terceiros


que, no exercício de suas atividades, estiverem distribuindo seus próprios
Fundos de Investimento, nos termos permitidos pela Regulação da Comissão
de Valores Mobiliários, estarão sujeitos às regras previstas neste Código,
observado o parágrafo 3º do artigo 61 e o parágrafo 5º do artigo 68, ambos
desse Código. §2o. A observância das normas deste Código é obrigatória para
as Instituições Participantes. §3o. As Instituições Participantes devem assegurar
que o presente Código seja também observado por todos os integrantes de
seu Conglomerado ou Grupo Econômico que estejam autorizados, no Brasil, a
distribuírem Produtos de Investimento.

§4o. A obrigação prevista no parágrafo acima não implica o


reconhecimento, por parte das Instituições Participantes, da existência de
qualquer modalidade de assunção, transferência de responsabilidade ou
solidariedade entre esses integrantes, embora todas as referidas entidades
estejam sujeitas às regras e princípios estabelecidos pelo presente Código.

§5o. As Instituições Participantes estão dispensadas de observar o


disposto neste Código na Distribuição de:

I - Produtos de investimento para:


a. União, Estados, Municípios e Distrito Federal, observado o parágrafo
6o deste artigo; e
b. Pessoa jurídica dos segmentos classificados como middle e corporate,
segundo critérios estabelecidos pela própria Instituição Participante;
II - Caderneta de poupança, observado o parágrafo 1º do artigo 56 deste
Código.

§6o. Os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) não estão incluídos


na dispensa de que trata o inciso I, alínea “a” do parágrafo acima.

Art. 4o. As Instituições Participantes submetidas à ação reguladora e


fiscalizadora do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e da
Comissão de Valores Mobiliários, concordam, expressamente, que a atividade
de Distribuição de Produtos de Investimento excede o limite de simples
observância da Regulação que lhe é aplicável, devendo, dessa forma, submeter-
se também aos procedimentos estabelecidos por este Código.

Parágrafo único. O presente Código não se sobrepõe à Regulação


vigente, ainda que venham a ser editadas normas, após o início de sua vigência,
que sejam contrárias às disposições ora trazidas, de maneira que deve ser
desconsiderada, caso haja contradição entre as regras estabelecidas neste

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Código e a Regulação em vigor, a respectiva disposição deste Código, sem
prejuízo das demais regras nele contidas.
22
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONDUTA – (Cap IV)

Art. 6o. As Instituições Participantes devem:


I. Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligência e lealdade;
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício
de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma
dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;
III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de
iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras
de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, respeitando os
princípios de livre negociação;
IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as
regras e princípios contidos neste Código e na Regulação vigente;
V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral
e profissional;
VI. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de
Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às
atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas
em contratos, regulamentos, neste Código e na Regulação vigente;
VII. Envidar (aplicar com empenho) os melhores esforços para que todos
os profissionais que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos
de Investimento atuem com imparcialidade e conheçam o código de ética da
Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
VIII. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca
dos riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento; e
IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que
possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas
à Distribuição de Produtos de Investimento.

Art. 7o. São considerados descumprimentos às obrigações e princípios


deste Código não apenas a inexistência ou insuficiência das regras e
procedimentos aqui exigidos, mas também a sua não implementação ou
implementação inadequada para os fins previstos neste Código.
Parágrafo único. São evidências de implementação inadequada das
regras e procedimentos estabelecidos neste Código:
I. A reiterada ocorrência de falhas, não sanadas nos prazos estabelecidos;
e
II. A ausência de mecanismo ou evidência que demonstre a aplicação dos
procedimentos estabelecidos por este Código.

REGRAS, PROCEDIMENTOS E CONTROLES – (Cap V)


Segurança e sigilo de informações - Seção II

Art. 11. As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para:


I. Propiciar o controle de informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas a que te- nham acesso os seus sócios, diretores, administradores,
profissionais e terceiros contratados;
II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os
sistemas de informa- ções, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e
III.
Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores,
administradores e profissionais que tenham acesso a informações confidenciais,
reservadas ou privilegiadas.

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Parágrafo único. As Instituições Participantes devem implementar e
manter, em documento escrito, regras e procedimentos para assegurar o
disposto no caput, incluindo, no mínimo: 23
I. Regras de acesso às informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas, indicando como se dá o acesso e controle de pessoas autorizadas
e não autorizadas a essas informações, inclusive nos casos de mudança de
atividade dentro da mesma instituição ou desligamento do profissional;
II. Regras específicas sobre proteção da base de dados e procedimentos
internos para tratar casos de vazamento de informações confidenciais,
reservadas ou privilegiadas, mes- mo que oriundos de ações involuntárias; e
III. Regras de restrição ao uso de sistemas, acessos remotos e qualquer
outro meio/veículo que contenham informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas no exercício de suas atividades.
Art. 12. As Instituições Participantes devem exigir que seus profissionais
assinem, de forma manual ou eletrônica, documento de confidencialidade sobre
as informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas que lhes tenham sido
confiadas em virtude do exercício de suas atividades profissionais, excetuadas
as hipóteses permitidas em lei.
Parágrafo único. Os terceiros contratados que tiverem acesso às
informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas que lhes tenham sido
confiadas no exercício de suas atividades devem assinar o documento previsto
no caput, podendo tal documento ser excepcionado quando o contrato de
prestação de serviço possuir cláusula de confidencialidade.

Gestão de Riscos – Seção IV

Art. 14. As Instituições Participantes devem ser capazes de identificar,


mensurar, avaliar, monitorar, reportar, controlar e mitigar os riscos atribuídos à
sua atividade (“Gestão de Riscos”).
§1o. A Gestão de Riscos deve ser:
I. Compatível com a natureza, porte, complexidade, estrutura, perfil
de risco dos Produtos de Investimento distribuídos e modelo de negócio da
instituição;
II. Proporcional à dimensão e à relevância da exposição aos riscos,
segundo critérios definidos pela instituição; e
III. Adequada ao perfil de risco e à importância sistêmica da instituição.
§2o. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em
documento escrito, regras, procedimentos e controles para assegurar o disposto
no caput que contenha, no mínimo:
I. Sistemas, rotinas e procedimentos para a Gestão de Riscos que:
a. Assegurem integridade, segurança e disponibilidade dos dados e dos
sistemas de informação utilizados;
b. Sejam robustos e adequados às necessidades e às mudanças do
modelo de negócio, tanto em circunstâncias normais, como em períodos de
estresse;
c. Incluam mecanismos de proteção e segurança da informação, com
vistas a prevenir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a ataques digitais;
II. Avaliação periódica da adequação dos sistemas, rotinas e procedimentos
de que trata o inciso acima;
III. Processos e controles adequados para assegurar a identificação prévia
dos riscos inerentes a:
a. Novos produtos;
b. Modificações relevantes em produtos existentes; e
c. Mudanças significativas em processos, sistemas, operações e modelo
de negócio
da Instituição Participante;
IV. Papéis e responsabilidades claramente definidas que estabeleçam

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atribuições aos profissionais da Instituição Participante em seus diversos níveis,
incluindo os terceiros contratados; e
V. Indicação de como é feita a coordenação da Gestão de Riscos da 24
instituição com a área de controles internos e de compliance prevista na seção
I deste capítulo.
Art. 15. A Gestão de Riscos deve prever regras e procedimentos sobre o
Plano de Continuidade de Negócios observando-se, no mínimo:
I. Análise de riscos potenciais;
II. Planos de contingência, detalhando os procedimentos de ativação, o
estabelecimento
de prazos para a implementação e a designação das equipes que ficarão
responsáveis
pela operacionalização dos referidos planos; e
III. Validação ou testes no mínimo a cada doze meses, ou em prazo inferior,
se exigido pela Regulação.

Parágrafo único. A validação ou testes de que trata o inciso III acima tem
como objetivo avaliar se os Planos de Continuidade de Negócios desenvolvidos
são capazes de suportar, de modo satisfatório, os processos operacionais
críticos para continuidade dos negócios da instituição e manter a integridade,
a segurança e a consistência dos bancos de dados criados pela alternativa
adotada, e se tais planos podem ser ativados tempestivamente. Art. 16. O
conteúdo dos documentos exigidos neste capítulo pode constar de um único
documento, desde que haja clareza a respeito dos procedimentos e regras
exigidos em cada seção.

Publicidade
Material Publicitário – Seção II

Art. 31. A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em


qualquer meio de comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou
caminho direcionando investidores ou potenciais investidores ao Material
Técnico sobre o(s) Produto(s) de Investimento mencionado(s), de modo que haja
conhecimento de todas as informações, características e riscos do investimento.
§1o. A Instituição Participante e empresas do Conglomerado ou Grupo
Econômico que fizerem menção de seus Produtos de Investimento nos Materiais
Publicitários de forma geral e não específica, devem incluir link ou caminho que
direcione os investidores ou potenciais investidores para o site da instituição.
§2o. A Instituição Participante deve incluir, quando da divulgação de
rentabilidade do Pro- duto de Investimento em Material Publicitário, o nome do
emissor e a carência, se houver.

Material Técnico – Seção III

Art. 32. O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes


informações sobre o Produto de Investimento:
I. Descrição do objetivo e/ou estratégia; II. Público-alvo, quando destinado
a investidores específicos; III. Carência para resgate e prazo de operação; IV.
Tributação aplicável; V. Informações sobre os canais de atendimento;
VI. Nome do emissor, quando aplicável;
VII. Classificação do Produto de Investimento, nos termos do artigo 49
deste Código; e
VIII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no
mínimo, os riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável.

Parágrafo único. Nas agências e dependências da Instituição Participante,


devem-se manter à disposição dos interessados, seja por meio impresso ou

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passível de impressão, as informações atualizadas previstas no caput para cada
Produto de Investimento distribuído nesses locais.
25
Avisos Obrigatórios – Seção VI

Art. 38. As Instituições Participantes devem incluir, com destaque, nos


Materiais Técnicos os seguintes avisos obrigatórios:

I. Caso faça referência a histórico de rentabilidade ou menção a


performance:
a. “Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de
resultados futuros.”; e
b. “A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos.”;
II. Caso faça referência a Produtos de Investimento que não possuam
garantia do fundo garantidor de crédito:
a. “O investimento em [indicar produto de investimento] não é garantido
pelo Fundo Garantidor de Crédito.”;
III. Caso faça referência à simulação de rentabilidade:
a. “As informações presentes neste material técnico são baseadas em
simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes.”

Parágrafo único. No uso de mídia impressa e por meios digitais escritos, o


tamanho do texto e a localização dos avisos e informações devem permitir sua
clara leitura e compreensão.

REGRAS GERAIS
Divulgação de Informações por Meios Eletrônicos - Seção I

Art. 41. As Instituições Participantes devem disponibilizar seção exclusiva


em seus sites na internet sobre os Produtos de Investimento distribuídos,
contendo, no mínimo, as seguintes informações:
I. Descrição do objetivo e/ou estratégia de investimento;
II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Nome do emissor, quando aplicável;
V. Tributação aplicável;
VI. Classificação do Produto de Investimento, nos termos estabelecidos
pelo artigo 49 deste Código;
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no
mínimo, os riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e
VIII. Informações sobre os canais de atendimento.

Parágrafo único. As Instituições Participantes, quando da divulgação de


informações dos Fundos de Investimento nos sites na internet, devem observar,
além do previsto no caput, o disposto do artigo 2o do anexo deste Código.

Art. 42. As Instituições Participantes devem possuir canais de atendimento


compatíveis com seu porte e número de investidores para esclarecimento de
dúvidas e recebimento de reclamações.

Conheça seu Cliente - Seção II

Art. 43. As Instituições Participantes devem no seu processo de Conheça


seu Cliente buscar conhecer seus investidores no início do relacionamento e
durante o processo cadastral, identificando a necessidade de visitas pessoais
em suas residências, seus locais de trabalho e em suas instalações comerciais.
§1o. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em

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documento escrito, re- gras, procedimentos que descrevam o processo de
Conheça seu Cliente adotado pela instituição.
§2o. O documento de que trata o parágrafo acima deve conter regras que 26
sejam efetivas e consistentes com a natureza, porte, complexidade, estrutura,
perfil de risco dos Produtos de Investimento distribuídos e modelo de negócio
da instituição e deve conter, no mínimo:
I. Procedimento adotado para aceitação de investidores, incluindo
procedimento para análise e validação dos dados, bem como a forma de
aprovação dos investidores;
II. Indicação dos casos em que são realizadas visitas aos investidores em
sua residência, local de trabalho ou instalações comerciais;
III. Indicação do sistema e ferramentas utilizadas para realizar o controle
das informações, dados e movimentações dos investidores;
IV. Procedimento de atualização cadastral, nos termos da Regulação em
vigor;
V. Procedimento adotado para identificar a pessoa natural caracterizada
como beneficiário final, nos termos da Regulação em vigor; e
VI. Procedimento adotado para veto de relacionamentos em razão dos
riscos envolvidos.
Art. 44. As Instituições Participantes devem manter as informações
cadastrais de seus investidores atualizadas, de modo a permitir que haja
identificação, a qualquer tempo, de cada um dos benefi- ciários finais, bem
como do registro atualizado de todas as aplicações e resgates realizados em
nome dos investidores, quando aplicável.

SUITABILITY - Seção III


Subseção I – Regras gerais

Art. 45. As Instituições Participantes, no exercício da atividade de


Distribuição de Produtos de Investimento, não podem recomendar Produtos
de Investimento, realizar operações ou prestar serviços sem que verifiquem sua
adequação ao perfil do investidor.
§1o. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em
documento escrito, regras e procedimentos que possibilitem verificar a
adequação dos Produtos de Investimento ao perfil dos investidores (“Suitability”),
devendo conter, no mínimo:
I. Coleta de informações: descrição detalhada do mecanismo de coleta
das informações junto ao investidor para definição de perfil;
II. Classificação do perfil: descrição detalhada dos critérios utilizados para
a classificação de perfil do investidor, devendo ser observadas as características
de classificação para cada perfil, conforme Diretriz ANBIMA de Suitability;
III. Classificação dos Produtos de Investimento: descrição detalhada
dos critérios utilizados para a classificação de cada Produto de Investimento,
devendo ser observado o artigo 49 deste Código;
IV. Comunicação com o investidor: descrição detalhada dos meios, forma
e periodicidade de comunicação utilizada entre a Instituição Participante e o
investidor para:
a. Divulgação do seu perfil de risco após coleta das informações; e
b. Divulgação referente ao desenquadramento identificado entre o perfil
do investidor
e seus investimentos, a ser efetuada sempre que verificado o
desenquadramento;
V. Procedimento operacional: descrição detalhada dos procedimentos
utilizados para a
aferição periódica entre o perfil do investidor e seus investimentos;
VI. Atualização do perfil do investidor: descrição detalhada dos critérios
utilizados para atualização do perfil do investidor, incluindo a forma como a

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Instituição Participante dará ciência desta atualização; e
VII. Controles internos: descrição detalhada dos controles internos e
mecanismos adotados pela Instituição Participante para o processo de Suitability 27
com o objetivo de assegurar a efetividade dos procedimentos estabelecidos
pela instituição, observada a seção I do capítulo V deste Código.

§2o. A verificação do perfil do investidor de que trata o caput não será


aplicada nas exceções previstas na Regulação vigente.
§3o. A Instituição Participante é responsável pelo Suitability de seus
investidores.
§4o. A coleta de informações do investidor de que trata o inciso I
deste artigo deve possibili- tar a definição de seu objetivo de investimento,
sua situação financeira e seu conhecimento em matéria de investimentos,
fornecendo informações suficientes para permitir a definição do perfil de cada
investidor.
§5o. Para definição do objetivo de investimento do investidor, a Instituição
Participante deve considerar, no mínimo, as seguintes informações:
I. Período em que será mantido o investimento;
II. As preferências declaradas quanto à assunção de riscos; e
III. As finalidades do investimento.
§6o. Para definição da situação financeira do investidor, a Instituição
Participante deve con- siderar, no mínimo, as seguintes informações:
I. O valor das receitas regulares declaradas;
II. O valor e os ativos que compõem seu patrimônio; e III. A necessidade
futura de recursos declarada. §7o. Para definição do conhecimento do
investidor, a Instituição Participante deve conside- rar, no mínimo, as seguintes
informações:
I. Os tipos de produtos, serviços e operações com os quais o investidor
tem familiaridade;
II. A natureza, volume e frequência das operações já realizadas pelo
investidor, bem como
o período em que tais operações foram realizadas; e
III. A formação acadêmica e a experiência profissional do investidor, salvo
quando tratar-se de pessoa jurídica.
§8o. As Instituições Participantes devem atualizar o perfil do investidor
em prazos não superiores a vinte e quatro meses.
§9o. As Instituições Participantes devem envidar os melhores esforços
para que todos os seus investidores tenham um perfil de investimento
devidamente identificado e adequado ao seu perfil de risco.
§10o. Os investidores que se recusarem a participar do processo de
identificação de seu perfil de investimento, independentemente de formalizarem
ou não esta condição, deverão ser con- siderados como investidores sem perfil
identificado e os procedimentos estabelecidos no artigo 47 deste Código devem
ser aplicados.
Art. 46. O disposto neste capítulo não se aplica aos Produtos Automáticos,
salvo se tais produtos tiverem como base um valor mobiliário.
§1o. Será admitido Suitability simplificado para Produtos Automáticos
que tenham como base Fundos de Investimento com a funcionalidade de
aplicação e resgate automáticos, ou opera- ções compromissadas, com lastro
em debêntures emitidas por empresas do mesmo conglomera- do ou grupo
econômico da Instituição Participante na qual o investidor seja correntista.
§2o. O procedimento simplificado de que trata o parágrafo 1o acima
consiste na obtenção de declaração assinada pelo investidor no momento da
contratação do Produto Automático, de acordo com modelo disponibilizado
pela ANBIMA. 33
§3o. Caso a Instituição Participante opte por aplicar o processo
simplificado para os Produtos Automáticos, tais produtos não deverão ser

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considerados na composição do portfólio de investi- mento do investidor para
fins de Suitability.
§4o. Serão admitidos como Produtos Automáticos apenas aqueles que 28
impliquem baixo risco de mercado e liquidez e, quando aplicável, risco de crédito
privado apenas da instituição mantenedora da conta corrente do investidor, ou
de seu Conglomerado ou Grupo Econômico.
Art. 47. É vedado às Instituições Participantes recomendar Produtos de
Investimento quando:
I. O perfil do investidor não seja adequado ao Produto de Investimento;
II. Não sejam obtidas as informações que permitam a identificação do
perfil do investidor; ou
III. As informações relativas ao perfil do investidor não estejam atualizadas,
nos termos do parágrafo 8o do artigo 45 deste Código.
§1o. Quando o investidor solicitar aplicação em investimentos nas
situações previstas no caput, antes da primeira aplicação com a categoria de
ativo, as Instituições Participantes devem:
I. Alertar o investidor acerca da ausência ou desatualização de perfil ou
da sua inadequação, com a indicação das causas da divergência; e
II. Obter declaração expressa do investidor de que deseja manter a
decisão de investi- mento, mesmo estando ciente da ausência, desatualização
ou inadequação de perfil, a qual deverá ser exclusiva para cada categoria de
ativo.
§2o. Para um Produto de Investimento ser considerado adequado ao perfil
do investidor, de- ve ser compatível com seus objetivos, situação financeira e
conhecimento.
§3o. As declarações referidas no inciso II do paragrafo 1o deste artigo
deverão ser renovadas em prazos não superiores a vinte e quatro meses.
§4o. Para fins deste artigo, as Instituições Participantes devem definir a
categoria de ativo conforme Diretriz ANBIMA de Suitability.
Art. 48. Cabe ao Conselho de Distribuição expedir diretrizes que devem
ser observadas pelas Instituições Participantes no que se refere ao Suitability.

Subseção II – Classificação de Produtos de Investimento

Art. 49. Para verificar a adequação dos Produtos de Investimento ao


perfil do investidor, as Instituições Participantes devem classificar seus produtos,
considerando, no mínimo:
I. Os riscos associados ao Produto de Investimento e seus ativos
subjacentes, conforme Diretriz ANBIMA de Suitability;
II. O perfil dos emissores e prestadores de serviços associados ao Produto
de Investimento;
III. A existência de garantias; e
IV. Os prazos de carência.
Art. 50. As Instituições Participantes devem atualizar a classificação de
seus Produtos de Investi- mento em prazos não superiores a vinte e quatro
meses, ou em prazo inferior, se exigido pela Re- gulação em vigor.
Art. 51. O Suitability das Instituições Participantes devem conter regras e
procedimentos específicos para a recomendação e classificação de Produtos
de Investimento complexos, conforme regras e procedimentos estabelecidos
pela Diretriz ANBIMA de Suitability.

PRIVATE

I. A Distribuição de Produtos de Investimento para os investidores que


tenham capacidade financeira de, no mínimo, três milhões de reais, individual

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ou coletivamente; e
II. A prestação dos seguintes serviços: a. Proposta de portfólio de produtos
e serviços exclusivos; e/ou 29
b. Planejamento financeiro, incluindo, mas não se limitando a: i. Análises
e soluções financeiras e de investimentos específicas para cada investidor,
observada a Regulação aplicável; e
ii. Constituição de Veículos de Investimento, que podem ser exclusivos,
reservados e personalizados segundo as necessidades e o perfil de cada
investidor, em parceria com administradores fiduciários e/ou gestores de
recursos de terceiros.

§1o. Sem prejuízo do disposto no caput, as Instituições Participantes


podem oferecer a seus investidores:
I. Planejamento fiscal, tributário e sucessório, que deve ser desempenhado
por profissional tecnicamente capacitado para esse serviço;
II. Planejamento previdenciário e de seguros, que deve ser desempenhado
em parceria com sociedade seguradora para a constituição de Fundos
Previdenciários personalizados segundo as necessidades e o perfil de cada
investidor, assim como análises e propostas de seguros, de forma geral; e
III. Elaboração de relatórios de consolidação de investimentos detidos em
outras instituições, que permitam uma análise crítica em relação às posições,
concentração de ativos, risco do portfólio, entre outros aspectos.

§2o. As Instituições Participantes, quando da prestação do serviço


previsto no inciso II, alínea “b” do caput, devem possuir contrato contendo, no
mínimo:
I. Descrição dos serviços contratados;
II. Descrição da forma de remuneração, incluindo os casos de múltipla
remuneração pela aquisição e manutenção dos investimentos;
III. Indicação de quem prestará o serviço (se a própria instituição ou
terceiro por ela contratado); IV. Descrição da prestação de informações
para o investidor, com a respectiva periodicidade; e V. Cláusula prevendo a
responsabilidade do terceiro contratado para a prestação dos serviços, quando
for o caso.
Art. 54. A Instituição Participante que oferecer para seus investidores o
serviço de Private deve possuir em sua estrutura:
I. Setenta e cinco por cento (75%) de seus gerentes de relacionamento
certificados CFP®, devendo estes profissionais ser funcionários das Instituições
Participantes e exercerem suas funções exclusivamente para o Private;
II. Profissional ou área responsável pela atividade de Estrategista de
Investimentos, de- vendo o profissional que atue nesta atividade ser certificado
pela Planejar – Certified Financial Planner (“CFP®”), ou, pela ANBIMA –
Certificação de Gestores ANBIMA (“CGA”), ou, pelo CFA Institute - Chartered
Financial Analyst (“CFA”), ou, ainda, possuir autorização da Comissão de Valores
Mobiliários para o exercício da atividade de admi- nistração de carteira de
valores mobiliários;
III. Profissional responsável pela análise de risco de mercado e de crédito
dos Produtos de Investimento recomendados aos investidores; e
IV. Economista.

Parágrafo único. Não é necessária dedicação exclusiva dos profissionais


mencionados nos incisos II, III e IV do caput para o serviço de Private, desde
que as outras atividades ou funções desempenhadas não gerem conflito de
interesses com o referido serviço.
Art. 55. As Instituições Participantes que decidirem prestar o serviço
de Private para seus investidores devem, previamente ao início da prestação,
informar à ANBIMA que passarão a prestar esse serviço e demonstrar que

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cumpriram com as exigências previstas neste capítulo.

SELO ANBIMA 30

Art. 57. A veiculação do selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva


demonstrar o compromisso das Instituições Participantes em atender às
disposições deste Código.
§1o. A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes dos
documentos divulgados pelas Instituições Participantes, ainda que façam uso do
selo ANBIMA, nem tampouco pela qualidade da prestação de suas atividades.
§2o. Cabe à Diretoria da Associação expedir diretrizes para regulamentar
as regras de uso do selo ANBIMA.

ANEXO I – DISTRIBUIÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

Art. 1o. O presente anexo aplica-se, em adição às regras do Código,


à distribuição dos Fundos de Investimento 555 (“Fundo 555”), Fundos de
Investimento em Direitos Creditórios (“FIDC”), Fundos de Investimento
Imobiliário (“FII”) e os Fundos de Investimento em Índice de Mercado (“Fundos
de Índice”) em conjunto (“Fundos”).
Parágrafo único. Em caso de eventual divergência entre as disposições
deste anexo e do Código, prevalecem as disposições deste anexo.

CAPÍTULO I – DISTRIBUIÇÃO

Art. 2o. As Instituições Participantes devem disponibilizar seção exclusiva


em seus sites na inter- net, observado o artigo 41 do Código, sobre os Fundos
de Investimento distribuídos, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
I. Política de investimento;
II. Classificação de risco do Fundo;
III. Condições de aplicação, amortização (se for o caso) e resgate
(cotização);
IV. Limites mínimos e máximos de investimento e valores mínimos para
movimentação e permanência no Fundo;
V. Taxa de administração, de performance e demais taxas;
VI. Rentabilidade, observado o disposto nas regras de Publicidade
previstas nos anexos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros, quando aplicável;
VII. Avisos obrigatórios, observado o disposto nas regras de Publicidade
previstas nos anexos do Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para
Administração de Recursos de Terceiros, quando aplicável; e
VIII. Referência ao local de acesso aos documentos do Fundo com
explicitação do canal destinado ao atendimento a investidores.
§1o. As Instituições Participantes podem disponibilizar as informações
exigidas pelo caput por meio de seu próprio site, ou por meio de link para os
sites dos administradores fiduciários e/ou gestores de recursos dos Fundos
distribuídos que contenham as informações.
§2o. Independentemente de qual seja a escolha do local para divulgar as
informações dos Fundos, conforme previsto no parágrafo anterior, a Instituição
Participante é responsável pelas informações divulgadas.
§3o. O disposto no caput aplica-se aos Fundos:
I. Constituídos sob a forma de condomínio aberto, cuja distribuição de
cotas independe de prévio registro na Comissão de Valores Mobiliários, nos
termos da Regulação vigente; e
II. Que não sejam Exclusivos e/ou Reservado, e que não sejam objeto de
oferta pública pela Instituição Participante.
Art. 3o. As Instituições Participantes devem disponibilizar aos investidores

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os documentos obrigatórios dos Fundos, conforme exigido pela Regulação em
vigor.
31
CAPÍTULO II – DISTRIBUIÇÃO POR CONTA E ORDEM

Art. 4o. As Instituições Participantes podem realizar a subscrição de cotas


dos Fundos 555 e dos FIDC por conta e ordem de seus respectivos investidores.
Parágrafo único. Para a adoção do procedimento de que trata esta seção,
o administrador fiduciário dos Fundos 555 e do FIDC e a Instituição Participante
responsável pela distribuição devem estabelecer, por escrito, a obrigação deste
último de criar registro complementar de cotistas, específico para cada Fundo
555 e FIDC em que ocorra tal modalidade de subscrição de cotas, de forma que:
54
I. A Instituição Participante responsável pela distribuição inscreva no
registro complementar de cotistas a titularidade das cotas em nome dos
investidores, atribuindo a cada cotista um código de investidor e informando tal
código ao administrador fiduciário do Fundo 555 e do FIDC; e
II. O administrador fiduciário, ou instituição contratada, escriture as cotas
de forma especial no registro de cotistas do Fundo 555 e do FIDC, adotando,
na identificação do titular, o nome da Instituição Participante responsável pela
distribuição, acrescido do código de investidor fornecido, e que identifica o
cotista no registro complementar.
Art. 5o. As aplicações ou resgates realizados nos Fundos 555 e no FIDC por
meio das Instituições Participantes responsáveis pela distribuição que estejam
atuando por conta e ordem de investido- res devem ser efetuadas de forma
segregada, de modo que os bens e direitos integrantes do patrimônio de cada
um dos investidores, bem como seus frutos e rendimentos, não se comuniquem
com o patrimônio daquele que está distribuindo as cotas.
Art. 6o. As Instituições Participantes que estejam atuando por conta e
ordem de investidores assumem todos os ônus e responsabilidades relacionados
aos investidores, inclusive quanto a seu cadastramento, identificação e demais
procedimentos que caberiam, originalmente, ao administrador fiduciário do
Fundo 555 e do FIDC, em especial no que se refere:
I. À responsabilidade de dar ciência ao cotista de que a distribuição é feita
por conta e ordem;
II. À comunicação aos investidores sobre a convocação de assembleias
gerais de cotistas e sobre suas deliberações, de acordo com as instruções e
informações que, com antecedência suficiente e tempestivamente, receberem
dos administradores fiduciários dos Fundos 555 e do FIDC;
III. Ao zelo para que o investidor final tenha pleno acesso a todos os
documentos e informações dos Fundos 555 e do FIDC, em igualdade de
condições com os demais cotistas;
IV. À manutenção de informações atualizadas que permitam a
identificação, a qualquer tempo, de cada um dos beneficiários finais, bem como
do registro atualizado de todas as aplicações e resgates realizados em nome de
cada um desses beneficiários; e 55
V. À obrigação de efetuar a retenção e o recolhimento dos tributos
incidentes nas aplicações ou resgates nos Fundos 555 e no FIDC, conforme
determinar a legislação tributária.
Art. 7o. A Instituição Participante que estiver atuando por conta e ordem
de investidores deve diligenciar para que o administrador fiduciário do Fundo
555 e do FIDC disponibilize, por meio eletrônico, os seguintes documentos:
I. Nota de investimento que ateste a efetiva realização do investimento
a cada nova aplicação realizada por investidores por conta e ordem, em até 5
(cinco) dias da data de sua realização; e
II. Mensalmente, extratos individualizados dos seus investidores por conta
e ordem, em até 10 (dez) dias após o final do mês anterior.

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§1o. A nota de investimento e o extrato mensal devem ser disponibilizados
com a identificação do administrador fiduciário e, qualquer um deles, deve
conter: 32
I. O código de identificação do investidor da Instituição Participante no
administrador fiduciário;
II. A denominação e número de inscrição do Fundo 555 e do FIDC investido
no CNPJ; e
III. A quantidade de cotas subscritas e valor investido no Fundo 555 e do
FIDC.
§2o. A nota de investimento deve informar a data da subscrição.
§3o. O extrato mensal deve informar o valor atualizado da posição do
investidor em cada Fundo 555 e em cada FIDC.

NOTA: Aluno, caso queira ler o documento na íntegra, você pode acessá-
lo diretamente pelo site da ANBIMA ou clicando aqui.

2.6 ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR


As pessoas habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição e os
consultores de valores mobiliários não podem recomendar produtos, realizar
operações ou prestar serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do
cliente.

Segundo a CVM a API pode ser realizadas mediante contato pessoal ou com o
uso de qualquer meio de comunicação, seja sob forma oral, escrita, eletrônica
ou pela rede (internet) mundial de computadores.

Algo importante a se dominar é a não obrigatoriedade da aplicação do API para


os clientes:

• Investidores Qualificados e Profissional


• Pessoa jurídica de direito público.
• Cliente tiver sua carteira de valores mobiliários administrada discriciona-
riamente por administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela
CVM.

Ao se aplicar a API deve se considerar três pilares para definição do perfil do


cliente:

I- Objetivos de Investimento
• Período em que o cliente deseja manter o dinheiro aplicado.
• Preferências declaradas do cliente quanto à assunção de riscos.
• Finalidades do investimento.

II- Situação Financeira


• Valor das receitas regulares declaradas pelo cliente.
• Valor e ativos que compõem o patrimônio do cliente.
• Necessidade futura de recursos declarada pelo cliente.

III- Conhecimento
• Tipos de produtos, serviços e operações com os quais o cliente tem familia-
ridade
• A natureza, o volume e a frequência das operações já realizadas pelo cliente,
bem como o período em que tais operações foram realizadas.
• Formação acadêmica e experiência profissional
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2.7 DECISÕES DO INVESTIDOR NA PERSPECTIVA DE
FINANÇAS COMPORTAMENTAIS 33
A Decisão do Investidor na Perspectiva das Finanças Comportamen-
tais

O conceito de Finanças Comportamentais veio com o intuito de complementar


o conceito de Finanças Tradicionais que defendiam até então 100% de raciona-
lidade do investidor no momento da tomada de decisão.
Nessa complementação os estudos de Finanças Comportamentais buscaram
colocar no aspecto de decisão do Investidor um pouco mais de psicologia e
sociologia. Com isso se descobriu que o investidor tinha a então denominada
Racionalidade Limitada.

Um ponto importante é que as Finanças Comportamentais não nega que várias


decisões econômicas são tomada de forma racional e deliberada. Mas enten-
dem que, se não forem levadas em conta também as decisões emocionais e au-
tomáticas, os modelos econômicos serão falhos para explicar o funcionamento
dos mercados.

A abordagem das finanças comportamentais defende que os indivíduos, ao to-


marem decisões, assumem diversas estratégias simplificadoras ou regras práti-
cas conhecidas como heurísticas. E é sobre essas heurísticas que vamos estudar
a partir de agora.

Algumas das Heurísticas

Segundo o Blog da Comissão de Valores Mobiliários (Penso logo Invisto) as


heurísticas são regras de bolso (atalhos mentais) que agilizam e simplificam
a percepção e a avaliação das informações que recebemos. Por um lado, elas
simplificam enormemente a tarefa de tomar decisões; mas, por outro, podem
nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam à racio-
nalidade ou estão em desacordo com a teoria da estatística. Esses erros ocor-
rem de forma sistemática e previsível, em determinadas circunstâncias, e são
chamados de vieses.

Disponibilidade:

Decisões influenciadas por ocorrências e eventos recentes na memória do in-


vestidor.

Estudos mostraram que exemplos de categorias mais numerosas são recorda-


dos mais rapidamente do que categorias menos numerosas, que ocorrências
prováveis são mais fáceis de imaginar do que ocorrências improváveis e que
conexões associativas são fortalecidas quando dois eventos frequentemente
ocorrem simultaneamente.

Vieses cognitivos que emanam da heurística da Disponibilidade:

• Facilidade de lembrança: Os indivíduos julgam que os eventos mais facilmen-


te recordados na memória, com base em sua vividez ou ocorrência recente, são
mais numerosos do que aqueles de igual frequência cujos casos são menos fa-
cilmente lembrados.
• Capacidade de recuperação: Os indivíduos são enviesados em suas avalia-
ções da frequência de eventos, dependendo de como suas estruturas de me-

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mória afetam o processo de busca.

Exemplos aplicados a investimentos: 34

Deixar de comprar ações da empresa BETA após ler em um jornal que o lucro da
mesma retraiu.

Compra ação da Xcompany após ter sido noticiado a descoberta de uma novi-
dade tecnológica por essa companhia.

Representatividade:

Decisões a partir de associações com estereótipos formados com uma base his-
tórica da vida do Investidor.
Exemplo: Não investir em um fundo de investimentos pelo motivo desse fun-
do ter apresentado histórico insatisfatório de rentabilidade. Como estudamos
em fundos de investimentos, rentabilidade passada não garante rentabilidade
futura, porém esse “atalho mental” faz com que o Investidor crie um “pré-con-
ceito” sobre aquele fundo em expecífico.

Vieses cognitivos que emanam da heurística da representatividade:

• Falta de sensibilidade a proporções da base: Os indivíduos tendem a igno-


rar as proporções da base na avaliação da probabilidade de eventos, quando é
fornecida qualquer outra informação descritiva, mesmo se esta for irrelevante.
• Falta de sensibilidade ao tamanho da amostra: Os indivíduos, frequentemen-
te, não são capazes de apreciar o papel do tamanho da amostra na avaliação da
confiabilidade das informações da mesma.
• Concepções errôneas sobre o acaso: Os indivíduos esperam que uma sequ-
ência de dados gerados por um processo aleatório pareça ser “aleatória”, mes-
mo quando for demasiado curta para que aquelas expectativas sejam estatisti-
camente válidas.
• Regressão à média: Os indivíduos tendem a ignorar o fato de que eventos
extremos tendem a regredir à média nas tentativas subsequentes.
• A falácia da conjunção: Os indivíduos julgam erradamente que as conjun-
ções (dois eventos que ocorrem em conjunto) são mais prováveis do que um
conjunto mais global de ocorrências do qual a conjunção é um subconjunto.

Ancoragem

A heurística da Ancoragem faz com que a exposição prévia a uma informação


nos leve a considerá-la fortemente na tomada de decisão ou na formulação de
estimativas, independente de sua relevância para o que é decidido ou estimado.

A ancoragem se deve principalmente a um mecanismo relacionado à forma


como a nossa mente funciona: o priming. O priming é o efeito decorrente da
enorme capacidade associativa da nossa mente, que faz com que palavras,
conceitos e números evoquem outros similares, um após o outro, numa reação
em cadeia. Ou seja, uma palavra é mais rapidamente lembrada, e se torna mais
disponível na nossa mente, se tiver conexão com outras vistas/ouvidas em um
momento recente. É também o processo pelo qual experiências recentes nos
predispõem, de forma automática, a adotar determinado comportamento. É
muito comum a ancoragem se basear em valores.

Da heurística da ancoragem emanam três vieses:

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• Ajuste insuficiente da âncora: preconiza que as pessoas desenvolvem esti-
mativas partindo de uma âncora inicial, com base em qualquer informação que 35
seja fornecida, a qual é ajustada até produzir uma resposta final. Uma conse-
quência importante da utilização dessa heurística é que o ajuste geralmente é
insuficiente, ou seja, a resposta final frequentemente fica próxima dessa âncora.
• Vieses de eventos conjuntivos e disjuntivos: estudos indicam que as pesso-
as tendem a superestimar a probabilidade de eventos conjuntos (eventos que
devem ocorrer em conjunção com um outro) e subestimar a probabilidade de
eventos disjuntivos (eventos que ocorrem independentemente). “Esse viés for-
nece explicações importantes para os problemas de cronograma de projetos
que requerem planejamento multiestágio, pois a tendência geral de superes-
timar a probabilidade de eventos conjuntivos leva a um injustificado otimismo
na avaliação da propensão de que planos serão bem sucedidos ou que projetos
serão finalizados no prazo”.
• Excesso de confiança: em análise de decisão, especialistas frequentemen-
te são requisitados a expressar suas crenças em relação a uma quantidade, tal
como o valor médio do índice da Bolsa de Valores em um determinado dia, na
forma de distribuição de probabilidade. “Tal distribuição é geralmente construí-
da por meio da solicitação para que as pessoas selecionem valores que corres-
pondam a percentis específicos na sua distribuição de probabilidade subjetiva”.

Exemplos aplicados a investimentos:

O investidor que compra a ação da companhia X que custa R$ 67, tende a achar
barata a ação da companhia Y, cotada em R$ 32, ainda que as duas empresas
não tenham nenhuma correlação.

Adquirir ação de uma companhia que está custando R$ 6,70, apoiando sua de-
cisão de investimento pelo fato do valor dessa mesma ação já ter chegado à R$
32,90 meses atrás.

Aversão à perda

Como é conhecida, a aversão à perda não é um víes comportamental. A Aver-


são à Perda é um viés que nos faz atribuir maior importância às perdas do que
aos ganhos, nos induzindo frequentemente a correr mais riscos no intuito de
tentar reparar eventuais prejuízos.

Alguns estudos sugerem que isso se dá porque, do ponto de vista psicológico,


a dor da perda é sentida com muito mais intensidade do que o prazer com o
ganho.

Em investimentos isso acontece quando decidimos manter investimentos não


lucrativos e vender investimentos com ganho.
Exemplos aplicados a investimentos:

• Vender ação da Empresa X que está valorizando e de não vender ação da


Empresa W que desvalorizou e está cotada abaixo do valor da aquisição.
• Não olhar o saldo de sua aplicação em fundo de ações após o índice IBrX
apresentar uma perda siginficativa.

Efeitos de estruturação

De acordo com essa abordagem, a maneira como um problema é estruturado

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ou a forma como a informação é apresentada, exerce um impacto importante
no processo decisório. É a influência na decisão de investimento da forma como
as alternativas ou o problema é apresentado (framing). 36

Veja o contraste em um exemplo aplicados a investimentos:

Frase 1: O que você acha de fazer uma operação no mercado de ações que te
garanta o dobro do valor investido com 76% de chance?

Frase 2: Temos um ótimo investimento disponível para o senhor com a proba-


bilidade de 24% de perder todo seu investimento.

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37

Módulo 3

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3 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ECONOMIA E FINANÇAS
38
3.1 CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
- Indicadores Econômicos

- PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO)

O PIB (Produto Interno Bruto) representa a soma, em valores monetários, de to-


dos os bens e serviços produzidos em um país durante certo período. Isso inclui
do torta que você compra na padaria até um carro fabricado por exemplo pela
Volksvagem.

O índice só considera os bens e serviços finais, para não calcular a mesma ma-
téria-prima duas vezes, sendo assim a matéria-prima usada na fabricação não
é levada em conta. No caso de um bolo, a farinha usada não entra na contabi-
lidade.

O PIB é obtido pela equação:

PIB = Consumo + Investimentos + Gastos do Governo + Saldo da Balança Co-


mercial (Exportação – Importação)

Fórmula do PIB sob a ótica do Consumo = C + I + G + NX

Onde:
• C = Consumo
• I = Investimentos
• G = Gastos do Governo
• NX = Exportações Líquidas (Exportações – Importações)

O cálculo do PIB deve considerar apenas o valor agregado, descontando sem-


pre o valor dos insumos. Desta forma, uma indústria tem um custo de matéria
prima de R$ 5.800,00, para produzir determinado produto e o vende por R$
10.800,00, contribui com R$ 5.000,00 para o PIB em cada produto vendido. (R$
10.800,00 – R$ 5.800,00)

- IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO)

A ponderação das despesas das pessoas para se verificar a variação dos custos
foi definida do seguinte modo:

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Ponderação das Despesas (IPCA)
Tipos de Gasto Peso 39
Alimentação 25,21%
Transporte e Comunicação 18,77%
Despesas Pessoais 15,68%
Vestuário 12,49%
Habitação 10,91%
Saúde e Cuidados Pessoais 8,85%
Artigos 8,09%
Total 100% Fonte: IBGE

Informações importantes sobre o IPCA:


• Índice Oficial de Inflação do Brasil
• Quem faz o cálculo é o IBGE
• Divulgado Mensalmente
• Utilizado como referência para META de inflação
• População-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos mensais
compreendidos entre 1 (hum) e 40 (quarenta) salários-mínimos, qualquer que
seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metro-
politanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro,
São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia.

IGP-M (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO)

• Calculado pela FGV;


• Divulgado mensalmente;

IGP-M/FGV é composto pelos índices:


60% do Índice de Preços por Atacado (IPA);
30% Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
10% Índice Nacional de Custo de Construção (INCC).

DICA: A prova costuma perguntar qual o índice que mais afeta o


IGP-M, lembre-se que é o IPA.

-SELIC META X SELIC OVER

Conforme definição do site do BACEN, a taxa Selic Over é a taxa apurada no


Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das ope-
rações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e
cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas.

A taxa Selic Meta é definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic
Meta que regula a taxa Selic over assim como todas as outras taxas do Brasil.

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DICA: A Selic Over pode ser alterada diariamente (dias úteis), 40
pois se trata de uma média das taxas de negociação dos Títulos
Públicos Federais, enquanto a Selic Meta só é alterada pelo Co-
pom, através de reuniões ordinárias ou Extraordinárias.

-CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO)

Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão das insti-


tuições financeiras, que lastreiam as operações do mercado interbancário. Suas
características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação é restrita ao
mercado interbancário. Sua função é, portanto, transferir recursos de uma ins-
tituição financeira para outra. Em outras palavras, para que o sistema seja mais
fluido, quem tem dinheiro sobrando empresta para quem não tem.

A taxa média diária do CDI é utilizada como parâmetro para avaliar a rentabili-
dade de fundos, como os DI, por exemplo. O CDI é utilizado para avaliar o custo
do dinheiro negociado entre os bancos, no setor privado e, como o CDB (Certi-
ficado de Depósito Bancário), essa modalidade de aplicação pode render taxa
de prefixada ou pós-fixada.

- TR (TAXA REFERÊNCIAL)
A Taxa Referencial é uma taxa mensal que foi criada para servir de referência
para a taxa de juros no Brasil, numa tentativa de controlar a inflação durante o
governo Collor, no início dos anos 1990.
Atualmente, a TR é usada como um fator de correção monetária de emprésti-
mos, do FGTS e de investimentos. Mas é conhecida principalmente por quem
aplica na poupança.
A TR representa a Taxa Básica Financeira (TBF), que é calculada em função da
taxa de juros média das LTNs (Letras do Tesouro Nacional), que são registradas
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), deduzida de um redu-
tor (R), da seguinte forma:

DICA: O Órgão que calcula e divulga a TR é o BACEN.

- Política Monetária

- COPOM

Segundo o site do BACEN, o Comitê de Política Monetária (COPOM) foi instituído


em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política
monetária e de definir a taxa de juros.

Informações Importantes:

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• Índice utilizado na meta: IPCA
• É composto atualmente pela diretoria colegiada do BACEN.
• É o Copom quem define a taxa de juros “Selic – Meta” e também a existência 41
ou não do Viés.
• Uma vez definido o viés, compete ao presidente do BACEN a tarefa de exe-
cutar.
• Reunião em dois dias (terças e quartas):
• No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento apresentam
uma análise da conjuntura doméstica abrangendo inflação, nível de ati-
vidade, evolução dos agregados monetários, finanças públicas, balanço
de pagamentos, economia internacional, mercado de câmbio, reservas
internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto, ava-
liação prospectiva das tendências da inflação e expectativas gerais para
variáveis macroeconômicas.
• No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros do
Comitê e o chefe do Depep, sem direito a voto, os diretores de Política
Monetária e de Política Econômica, após análise das projeções atualiza-
das para a inflação, apresentam alternativas para a taxa de juros de curto
prazo e fazem recomendações acerca da política monetária. Em seguida,
os demais membros do Copom fazem suas ponderações e apresentam
eventuais propostas alternativas. Ao final, procede-se à votação das pro-
postas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. A decisão final - a
meta para a Taxa Selic e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à
imprensa ao mesmo tempo em que é expedido Comunicado através do
Sistema de Informações do Banco Central (Sisbacen).
• Calendário de reuniões (8 vezes ao ano) divulgado em até o fim de Outubro,
podendo reunir-se extraordinariamente, desde que convocado pelo Presidente
do Banco Central.
• Divulgação da ATA de reunião em 6 dias úteis em português e 7 em Inglês;
• Caso a Inflação (medida pelo IPCA) ultrapasse a meta estipulada pelo C.M.N
(somado o intervalo de tolerância), o Presidente do Banco Central deve explicar
os motivos do não cumprimento da meta através de uma Carta Aberta ao
Ministro da Economia.

- Política Monetária

Gestão por parte do Governo da oferta de dinheiro na economia. O objetivo da


Política Monetária é controlar o meio circulante e adequar os meios de paga-
mento disponíveis às necessidades da economia do país, o que acaba permitin-
do se definir as taxas de juros. Para que isso seja possível, utiliza-se um conjunto
de medidas, denominadas instrumentos, que vamos estudar a partir de agora.

Instrumentos:

• Depósito compulsório;
• Operações de Redesconto;
• Open Market (operações de mercado aberto).

DEPÓSITO COMPULSÓRIO

Representa uma parcela dos recursos depositados nos bancos que não pode
ser aplicado, devendo ser depositadas no banco central.

Limita a criação de moedas feita pelas instituições monetárias.

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Atualmente existe 3 tipos de compulsórios: Compulsório sobre depósito à vista,
depósito à prazo e poupanças.
42

OPERAÇÃO DE REDESCONTO

É a taxa de juros cobrada pelo Banco Central pelos empréstimos concedidos aos
bancos; O BACEN realiza operações de redesconto às instituições financeiras.

OPEN MARKET (MERCADO ABERTO)

É a compra e ou venda de Título Público Federal executada pelo BACEN. Esse é


o instrumento mais ágil e eficaz que o governo dispõe para fazer política mo-
netária;

NOTA: RELAÇÃO ENTRE JUROS E ATIVIDADE ECONÔMICA

Qual a sistemática para que juros altos ou baixos impactem na atividade eco-
nômica (PIB)?

Com aumento na taxa de juros, fica mais caro contratar crédito, devido a isso
as pessoas tendem a consumir menos, resultando em uma queda na produção
industrial por exemplo, afinal a demanda é menor.

Agora em uma situação de juros baixos, fica mais barato contratar crédito, o que
incentiva as pessoas a consumirem mais (mais compras), resultando em uma
atividade econômica maior. Porém neste cenário precisamos considerar um
ponto crítico, esse aquecimento na demanda (procura por produtos/serviços)
irá gerar um aumento nos preços (lei da oferta e procura), potencializando o
risco alta inflação (que se não for bem controlada, não é positivo para o país).

DICA: Candidato, a inflação mal controlada é um ponto negativo,


mas saiba que se bem controlada, mostra que o país está cres-
cendo.

- Política Fiscal

Para entrar nesse assunto precisamos saber que a fonte de renda principal do
Governo é o imposto. Considerando essa afirmação, a política fiscal é a estraté-
gia adotada pelo Governo, que visam obter as rendas indispensáveis à satisfa-
ção das despesas públicas.

Podemos falar então que a política fiscal são as decisões do governo sobre a
forma que irá arrecadar os tributos (impostos, taxas e contribuições) e sobre
quanto e de que forma irá gastar os recursos disponíveis.

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- Política Cambial

Política federal que orienta o comportamento do mercado de câmbio e da taxa 43


de câmbio:

Atualmente o Brasil adota um regime de Política Cambial Flutuante SUJA sem


Banda Cambial.
Em um regime de taxas perfeitamente flutuantes o Bacen não intervém no mer-
cado, permanecendo inalterado as reservas internacionais.

Agora você deve estar se perguntando, o que são RESERVAS INTERNACIONAIS?

Pois bem, as Reservas Internacionais de um país são formadas por ativos em


moedas estrangeiras, como por exemplo: Títulos, depósitos bancários, ouro,
etc. Esse ativos podem ser usados para pagamentos de dívidas internacionais.

- TAXA DE CÂMBIO

Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unida-


des monetárias de outra moeda.

• PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio praticada no mer-
cado interbancário. Divulgada pelo BACEN.
• TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN pelas
instituições autorizadas por ele a atuar.
• DÓLAR Spot: Taxa à vista
• DÓLAR forward: Taxa negociada no mercado futuro (Contratos a termo)

- Contas Externas

As Contas Externas são os registro das transações de um país com o resto do


mundo. Vale ressaltar que no Brasil, os valores são expressos em dólares ameri-
canos, mesmo quando são efetuados com outros países que não os EUA. Duas
grandes contas formam o balanço de pagamentos de um país:

a) Conta Corrente:
Engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a conta de ser-
viços e rendas e as transferências unilaterais.

I. Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de exportações e


importações. Quando as exportações são maiores que as importações temos
um superávit na Balança Comercial. Um déficit ocorre quando as importações
são maiores que as exportações.

II. Conta de Serviços e Rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados


com o comércio de bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com via-
gens internacionais, o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, a
exportação e importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e
de lucros e dividendos.

III. Transferências Unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de re-


cursos ou doações feitas entre residentes no Brasil e residentes em outros pa-
íses.

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b) Conta de Capitais:
Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por residentes
no Brasil e a venda de ativos brasileiros a estrangeiros. 44

3.2 CONCEITOS BÁSICOS DE FINANÇAS


- Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real

A forma mais fácil de estudar e aprender esse assunto é indo para a prática,
sendo assim vamos lá:

Se considerarmos que um valor aplicado em certo fundo de investimento, ob-


teve 10% de lucro no ano de 2017. Agora se considerarmos que temos um fator
chamado INFLAÇÃO, e que nesse exemplo e que durante o ano de 2017 foi de
8%, o ganho REAL deste cliente foi inferior ao lucro NOMINAL (APARENTE).

Taxa nominal: 10% (com inflação)


Inflação: 8%

Agora você deve tomar um cuidado extra, pois para o cálculo da taxa REAL, mui-
tos comentem o erro de SUBTRAIR a inflação quando na verdade para encon-
trá-la devemos utilizar a fórmula de Fisher:

Desta forma aplicando no exemplo citado obtemos o resultado:

DICA 1: Como em sua


DICA 2: Fique atento
prova você não terá a
pois a prova costuma
necessidade de efetuar
fazer perguntas consi-
cálculos, perceba que
derando a inflação igual
a taxa Real é um pouco
a 0 (zero). Nesse caso o
INFERIOR a subtração
ganho nominal é igual ao
da taxa nominal e da
ganho real.
inflação.

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- Capitalização Simples Versus Capitalização Composta Definições:

Capitalização Simples: Juros incidem apenas sobre o capital. Não possui “juros 45
sobre juros”.

Capitalização composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido os juros de


período anterior. Existe a cobrança de “juros sobre juros”.

Veja a seguir as fórmulas para calcular o montante em ambos modelos:

- JUROS SIMPLES:

FV = PV(1+i.n)

Onde:
• FV = Valor Futuro (Montante)
• PV = Valor Presente (Capital)
• i = taxa de juros
• n = período que a taxa será capitalizada

Exemplo:
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 30.000,00 aplicados a
uma taxa de 2% a.m. após 9 meses?

FV =30.000(1+0,02x9)
FV = 35.400,00

- JUROS COMPOSTO:

FV = PV(1+i)n

Onde:
• FV = Valor Futuro (Montante)
• PV = Valor Presente (Capital)
• i = taxa de juros
• n = período que a taxa será capitalizada

Exemplo:
Qual o montante produzido por um investimento de R$ 30.000,00 aplicados a
uma taxa de 2% a.m. após 9 meses?

FV = PV(1+0,02)9
FV =35.852,77

Agora se compararmos o exemplo de juros simples com o exemplo de juros


composto chegaremos a conclusão de que o montante obtido pela capitaliza-
ção por juros composto é superior a de juros simples.

Taxas equivalentes: Para a capitalização composta utiliza-se taxa equivalente.


Exemplo: 2% ao mês = 26,82% ao ano

Taxas proporcional: Para a capitalização simples utiliza-se taxa proporcional.


Exemplo: 2% ao mês = 24% ao ano

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- Fluxo de Pagamentos

Valor Presente (VP): É o valor na data atual. No tema investimentos, podemos 46


definir como o valor investido na data da aplicação.

Valor Futuro (FV): É o valor atual do investimento, já acrescentado dos juros de


determinado período (descontando os pagamentos no meio desse período, se
houver).

Taxa de Desconto: É a taxa utilizada para determinar o valor do dinheiro na data


de hoje que será recebido somente em algum momento do futuro.

Cupom Zero: Tipo de título que não paga nenhum juro durante o seu prazo de
duração. O rendimento total, acrescido do valor principal que foi investido, será
pago no vencimento do título.

- Taxa Interna de Retorno (TIR)

É a taxa que visa determinar a rentabilidade de um investimento. Um investi-


mento é atrativo quando sua TIR é superior à taxa do Custo de Oportunidade.

- Custo de Oportunidade:

É o quanto o investidor deixa de ganhar por optar por um outro investimento.


Ao escolher por outra opção, está deixando de ganhar uma taxa na primeira
opção que o mesmo possuía.

- Taxa Livre de Risco

No Brasil, os participantes do mercado aproximam a taxa DI ou a taxa SELIC


como sendo a taxa livre de riscos, apesar de sua volatilidade não ser desprezível.

Para você entender melhor, os diversos ativos onde o investidor pode aplicar
seu dinheiro possuem risco. Isso significa que o preço e as taxas de todos os
ativos possuem volatilidade.

Alguns ativos possuem alta volatilidade outros possuem baixa volatilidade, por-
tanto são de alto risco ou de baixo risco respectivamente.

- Custo Ponderado de Capital (WACC)

Quando estudamos o tema investimentos, descobrimos que uma empresa cap-


ta recursos financeiros de forma básica através de dois mecanismos: emitindo
dívida (capital de terceiros) ou emissão de ações (Capital próprio).

Considerando esses mecanismos, podemos entender que os acionistas, a prin-


cípio, correm mais riscos dentro da empresa do que os detentores dos títulos
e contratos de dívida, pois estes possuem preferência no recebimento de seus
créditos contra a empresa. Desta forma podemos esperar que a rentabilidade
exigida pelo acionista seja maior do que a rentabilidade paga aos outros cre-
dores.

Porém, por outro lado, quanto emite dívida mais arriscada fica a empresa, afinal
essa dívida cria a obrigação forte de pagamento de juros e principal, o que pode
levar a empresa à falência caso esses compromissos não sejam honrados.

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A fórmula para calcular o Custo Médio Ponderado de Capital, conhecido
também por WACC (weighted-average cost of capital) é:
47

• WACC = custo médio ponderado de capital


• CP = capital próprio avaliado a preços de mercado
• CT = capital de terceiros avaliado a preços de mercado
• iCP = custo do capital próprio (remuneração do acionista)
• iCT = custo do capital de terceiros (remuneração dos credores)
• T = alíquota de imposto de renda

- Alavancagem Financeira

Para poder crescer mais rápido do que a geração de capital que o negócio pro-
porciona e baixar o WACC, a empresa começa a contrair dívidas. Isso significa
que a empresa está alavancando os recursos próprios com o uso de recursos de
terceiros.

A empresa que não possui capital de terceiros, apenas capital próprio, é uma
empresa que possui um alto WACC. Isso se deve ao fato do custo do capital
próprio ser mais alto do que o custo do capital de terceiros

Agora você deve estar se perguntando o que leva uma empresa a emitir dívidas
e diminuir seu WACC, certo?

Entenda que o endividamento e essa diminuição do WACC possibilita mais cres-


cimento, porém se não for bem administrado existe o risco de inadimplência e
por consequência de falência da empresa. Quanto mais alavancada, mais arris-
cada fica a empresa.

- Retorno Histórico e Retorno Esperado

Entende-se por retorno histórico a rentabilidade passada de um ativo. A média


destas rentabilidades é conhecida como retorno esperado, representando uma
expectativa futura de retorno.

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48

Módulo 4

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4.1 INSTRUMENTOS DE RENDA VARIÁVEL
- Definição
49
Segundo a definição esse mercado compõe-se de ativos de renda variável,
quais sejam, aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser
dimensionado no momento da aplicação. São eles as ações, quotas ou quinhões
de capital, o ouro, ativo financeiro, e os contratos negociados nas bolsas de
valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.
Fonte: RFB (Receita Federal do Brasil)

- Ações

Ação representa a menor “fração” do capital social de uma empresa. Quem


adquire estas “frações” é chamado de acionista (leia sócio para facilitar) e sua
participação nesta empresa vai depender de quantas destas “frações” ele
detiver.

- TIPO DE AÇÕES

Temos 2 tipos, as Ordinárias e as Preferenciais. Veja abaixo o significado de cada


um dos tipos:

Ordinárias (ON): Garante o direito a voto nas assembleias aos acionistas;

Preferenciais (PN): Tem preferência no recebimento de dividendos em relação


as ordinárias porém não tem direito a voto. Por outro lado, recebem 10% a mais
de dividendos em relação a ordinárias.

Informação importante: Em relação as PN, caso a companhia fique 3 anos sem


distribuir dividendos passa a ter direito a voto.

OBS.: Empresas que abrem seu capital deverão ter no mínimo 50% de suas
ações sendo do tipo ordinária. (1⁄2 e 1⁄2)

- BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO

Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações,
que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o
direito de subscrever ações do capital social da companhia, dentro do limite de
capital autorizado no estatuto.

Os bônus de subscrição podem ser atribuídos, como vantagem adicional, aos


subscritores de emissões de ações e debêntures. No entanto, a emissão pode
também ser alienada, em que o investidor terá que pagar um preço por esse
direito, para que, em futuras emissões, possa ter a preferência na subscrição.
Fote: BM&F Bovespa

- DEPOSITARY RECEIPTS (DR’s)

São títulos negociados em um país que têm como lastro ações de uma empresa
que está instalada fora deste país. Desta forma vamos tratar de 2 tipos dessas
DR`s:

ADR do termo em inglês American Depositary Receipts. São certificados


representativos de ações ou de outros valores mobiliários que representam
direitos e ações, emitidos no exterior por instituição denominada “depositária”,
com lastro em valores mobiliários de emissão de empresas brasileiras
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depositados em custódia específica no Brasil.

BDR do termo em inglês Brazilian Depositary Receipts. Títulos representativos 50


de valores mobiliários emitidos por instituição depositária no País, cujo lastro
são valores mobiliários de empresas estrangeiras e depositados na instituição
custodiante de programa de BDR no exterior.

Fonte: BCB – Banco Central do Brasil

- AGO e AGE

- ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA – AGO

Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício


social, deverá haver 1 (uma) assembleia-geral para:

• Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as


demonstrações financeiras;
• Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de
dividendos;
• Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o
caso;
• Aprovar a correção da expressão monetária do capital social.
Fonte: BCB – Banco Central do Brasil

Caso o objeto da matérias não seja as acima citadas, a assembleia é chamada


de extraordinária.

Segundo relatório 13/2017 da CVM, a companhia deverá enviar à CVM edital de


convocação da assembleia geral ordinária, em até 15 (quinze) dias antes da data
marcada para a sua realização ou no mesmo dia de sua primeira publicação, o
que ocorrer primeiro. Deverá enviar também todos os documentos necessários
ao exercício do direito de voto nas assembleias gerais ordinárias.

Além disso, disponibilizará o sumário das decisões tomadas na assembleia,


no mesmo dia da sua realização, e ata da assembleia geral ordinária, em até 7
(sete) dias úteis de sua realização.
Fonte: CVM – Comissão de Valores Mobiliários

- ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA – AGE

A assembleia-geral extraordinária que tiver por objeto a reforma do estatuto


somente se instalará em primeira convocação com a presença de acionistas
que representem 2/3 (dois terços), no mínimo, do capital com direito a voto, mas
poderá instalar-se em segunda com qualquer número.

Agora que você já entendeu dos detalhes, vale ressaltar que a assembleia-
geral ordinária (AGO) e a assembleia-geral extraordinária (AGE) poderão
ser, cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local, data e hora,
instrumentadas em ata única.
Fonte: BCB – Banco Central do Brasil

- Direitos dos Acionistas

Dividendos: Distribuição de parte do lucro auferido aos seus acionistas. As


empresas devem por lei dividir no mínimo 25% do seu lucro líquido.

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Juros sobre o Capital Próprio: São proventos pagos em dinheiro como os
dividendos, sendo, porém dedutíveis do lucro tributável da empresa. 51

Bonificações: Correspondem à distribuição de novas ações para os atuais


acionistas, em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a
distribuição de bonificação em dinheiro.

Direito de Subscrição: Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento


de capital, com preço e prazos determinados. Garante a possibilidade do
acionista manter a mesma participação no capital total.

- PRINCIPAIS DIREITOS DO ACIONISTA MINORITÁRIO

• Participar nos lucros sociais, recebendo dividendos, juros sobre o capital e


bonificações;
• Comparecer às assembleias e, conforme a espécie da ação, votar;
• Ter acesso às demonstrações financeiras da companhia, às informações
eventuais (e.g. fatos relevantes) e periódicas (como o Formulário de Referência)
e aos seus atos societários;
• Fiscalizar, na forma da Lei das Sociedades por Ações, a gestão dos negócios
sociais;
• Receber extratos de sua posição acionária;
• Exercer eventuais direitos de subscrição;
• Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
• Dispor dos meios e procedimentos legais para fazer assegurar os seus
direitos, que não podem ser afastados pelo estatuto.

- ACIONISTA CONTROLADOR

Pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por acordo de


acionistas, que possui a maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas deliberações
da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da
companhia, e usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e
orientar o funcionamento da companhia.
Pela definição acima, percebe-se que existem três tipos de controle. No
primeiro, o controle é exercido por uma única pessoa - física ou jurídica - que
detenha mais de 50% do capital votante da companhia. No segundo, há um
controle compartilhado já que nenhum acionista possui mais de 50% do capital
votante. Assim, um grupo de acionistas obtém a maioria por
Fonte: Valor Econômico, André Rocha, 16 de janeiro de 2011.

- “TAG ALONG”

Esse termo significa um benefício ao investidor, pois quando há mudança de


controle de companhia aberta (exemplo: bloco controlador da empresa é
vendido), os demais acionistas que possuem ações com direito a voto devem
receber uma oferta pública de compra de suas ações pelo mesmo valor pago
pelas do controlador. Já os acionistas preferenciais, quando for o caso, deverão
receber uma oferta de, no mínimo, 80% do valor pago por ação com direito a
voto, integrante do bloco de controle.

- Oferta Primária e Secundária no mercado de renda variável

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Para entender a oferta primária, precisamos estudar sobre operação de
underwriter. 52

Quem são os Agentes UNDERWRITER?

• Bancos de Investimento,
• Bancos Múltiplos com carteira de Investimento,
• Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM),
• Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.

- MERCADO PRIMÁRIO

É onde acontece o lançamento das ações no mercado. É a colocação de títulos


originados de novas emissões. No mercado é onde as empresas captam recursos
necessários ao financiamento de suas atividades.

- MERCADO SECUNDÁRIO

Falamos que o mercado secundário é que dá liquidez aos ativos. No mercado


secundário ocorrem as negociação de ativos (compra e venda) em busca
de lucratividade e liquidez, transferindo, entre si, os títulos anteriormente
adquiridos no mercado primário.

Liquidez: Você vai ter muito contato com esse termo durante seu estudo, por
isso se atente à definição. Liquidez é um conceito econômico que considera a
facilidade de se converter um ativo em dinheiro. De uma forma mais simples, seria
o grau de agilidade de conversão de um investimento sem perda significativa de
seu valor. Quanto mais rápida for essa conversão, mais líquido esse ativo será.

- NEGOCIAÇÃO DE AÇÕES (MERCADO SECUNDÁRIO)

Esses ativos são negociados na bolsa de valores (BM&FBovespa)


(BOLSA = B3) por intermédio
de uma CTVM (Corretora de Títulos e Valores Mobiliários) ou DTVM (Distribuidora
de Títulos e Valores Mobiliários), afinal você não pode operar sozinho na Bolsa.
Essas negociaçaões são realizada pelo homebroker.

Homebroker: Como você já estudou, um investidor não pode operar na Bolsa se


não for por intermediado por uma CTVM ou uma DTVM, pois bem, o homebroker
é um sistema eletrônico que possibilita esse relacionamento entre eles. Dessa
forma fica muito mais simples operar no mercado de acionário. É por esse
sistema que são feitos os envios de ordens de compra e venda de ações pela
Internet, entre outras coisas.

- Confira os Custo da Operação para Operar no Mercado de Ações

Corretagem:
É uma taxa cobrada pelas corretoras para realizar sua ordem junto à Bolsa de
Valores. Quando você opta por comprar (ou vender) um lote de ações através
do sistema homebroker a corretora debita a corretagem, de acordo com suas
regras de cobrança.

Emolumentos:

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Esses são valores pagos pelas CTVM e DTVM diretamente à Bovespa e são
cobrados quando você decide operar no mercado. A taxa cobrada pela Bolsa é
de 0,035% do valor financeiro da operação. 53

Custódia:
É uma taxa mensal para manter seu cadastro e suas operações registradas
em seus sistemas de homebroker ou mesa de operações, é cobrada por
algumas corretoras. Ela cobre custos operacionais das corretoras junto à CBLC
(Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).

- Sociedade Anônima ABERTA

Veja detalhes de uma S.A ABERTA


Sociedade anónima é uma forma jurídica de constituição de empresas na qual
o capital social não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está
dividido em ações. Essas ações são negociadas na Bolsa de Valores ou Mercado
de Balcão Por ser uma sociedade de capital, tem o objetivo da obtenção de
lucros a esses devem serem distribuídos aos acionistas conforme regras.

- Sociedade Anônima FECHADA

As ações dessas empresas não podem ser negociados na Bolsa de Valores e


estão concentradas nas mãos de poucos acionistas. As negociações acontecem
no balcão das empresas e não possuem garantia;

- Precificação

- CÁLCULO DO ÍNDICE DE LUCRO POR AÇÃO – LPA


O LPA mede o ganho potencial de cada ação, porém não devemos confundir
com ganho efetivo, uma vez que o lucro de um exercício não é normalmente
distribuído em sua totalidade e vai depender da política adotada pela
companhia.

LPA = Lucro Líquido / Número de Ações Emitidas

CÁLCULO DO ÍNDICE PREÇO/LUCRO DE UMA EMPRE-


SA – (P/A)
O índice P/L apura a razão preço por lucro de uma empresa. O preço é sempre
o valor por ação que está listado na Bolsa. Lucro é o ganho por ação, ou seja,
o lucro líquido da empresa dividido pelo número total de ações. Ele mede
quão baratos ou caros os preços das ações estão. É provavelmente o mais
consistente indicador de ressalva quanto ao otimismo excessivo no mercado.
O índice P/L é calculado da seguinte forma:

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De uma forma geral, indica quanto tempo levaria para se ter de volta um valor
investido na compra de uma determinada ação (via dividendos).
54

ANÁLISE TÉCNICA (GRÁFICA)


Análise Técnica é uma ferramenta utilizada por investidores para análise

passada da oferta e procura destes ativos. O objetivo dessa análise é lucrar

negociações de compra ou venda dos mesmos.

acompanhamento as movimentações nos preços passados e, a partir daí,


explica a sua evolução futura.

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA

commodity ou uma moeda e suas expectativas e projeções para o futuro.

- Impactos Sobre os Preços e Quantidades das Ações do Investidor

tempos em tempos dependendo da estratégia das empresas, o Inplit e Split:

-GRUPAMENTO (INPLIT)
Nessa modalidade temos a reduzir a quantidade de ações aumentando o
valor de cada aç o; o grupamento serve para melhorar a liquidez e os preços
das ações quando estas estão cotadas a preços muito baixos no mercado
(Objetivo: Menor risco)

- DESDOBRAMENTO (SPLIT):
Aqui acontece o oposto, aumenta-se a quantidade de ações reduzindo o valor

entrada de novos investidores no mercado. (Objetivo: Maior liquidez)


- Governança Corporativa:
Governança corporativa, segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa), é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são
dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre

e demais partes interessadas.

Uma boa governança corporativa proporciona aumentar o valor de uma


companhia, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.

Segundo a BM&Bovespa, a governança corporativa é o conjunto de


mecanismos de incentivo e controle que visam assegurar que as decisões
sejam tomadas em linha com os objetivos de longo prazo das organizações.
Entre os mecanismos de governança, destacam-se a existência de:

• Conselho de administração ativo e que atue com independência;


• Maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com excelente

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reputação no mercado, experiência e firme compromisso de dedicação ao
Conselho;
• Comitê de Auditoria composto exclusivamente por membros independentes. 55

A Governança Corporativa é segmentada em 3 níveis (Nível 1, Nível 2 e Novo


Mercado) e vamos estudar a partir de agora cada um deles:

100% para ações PN

DICA: fique atento(a) à questão do TAG ALONG, a prova gosta de


cobrar as regras de acordo com o nível correspondente. Fixe bem
esse conteúdo e saiba que nem toda empresa que tem suas ações
negociadas na bolsa de valores estão necessariamente dentro de
algum desses níveis.

- TRIBUTAÇÃO

IMPOSTO DE RENDA EM AÇÕES

Para entrar nesse assunto, precisamos entender que temos 2 tipo de alíquota
cobrada na compra e venda de ações. Saber qual irá se usar, depende do tipo
de operação:

• Compra e venda normal 15% (Fonte: 0,005% sobre o valor de alienação);


• Day-Trade 20% (Fonte: 1% sobre os rendimentos).

Day trade é o termo usado quando realiza-se uma operação de compra e de


venda, por um investidor, com o mesmo título, em um mesmo dia.
Informações complementares ainda sobre tributação em ações:
• As operações normais de venda passarão a ter incidência de IR na fonte, na
alíquota de 0,005%.
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• Devido a possível isenção de imposto para pessoa física em vendas de até R$
20.0000,00 dentro de um mês, não é feita a retenção na fonte, quando o valor
apurado (0,005% sobre o valor de alienação) for igual ou inferior a R$ 1,00. 56
• As operações de day-trade tem recolhimento de IR na fonte, na alíquota
de 1%. Como não tem isenção, esse valor sempre é retido (havendo lucro) e
cobrança acontece no resgate.

Outro ponto importante é que o investidor deverá pagar o IR devido, recolhendo


através de um DARF (Documento de Arrecadação da Receita Federal) até o
último dia útil do mês subsequente ao da alienação de suas ações.

DICA: Investimento em ações estão isentos da cobrança de IOF.

4.2 INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA


Definição
São títulos que pagam, em períodos definidos, uma certa remuneração, que
pode ser determinada no momento da aplicação (pré-fixadas) ou no momento
do resgate (pós fixadas). Um modo bem simples de entender o que é um título
de renda fixa é imaginar cada título como um empréstimo, mas nesse caso é
você quem empresta o dinheiro.
Cada vez que você adquire um título de renda fixa você está basicamente
emprestando o seu dinheiro para quem emitiu esse título (os emissores podem
ser bancos, empresas, governo). Os juros cobrados é a remuneração que você
recebe por emprestar seu dinheiro.

- FORMAS DE REMUNERAÇÃO

Como eu disse logo acima, esses títulos podem ser remunerados de 2 (duas)
maneiras:

Pré-Fixada: Um título é pré-fixado quando o valor dos rendimentos é conhecido


no momento da aplicação.

Pós-Fixada: Um título é pós-fixado quando o valor dos juros somente é


conhecido no momento do resgate/término da aplicação.
- AMORTIZAÇÃO E PAGAMENTO DE JUROS

Em alguns títulos de taxa pós-fixada pode existir o pagamento intermediário


de juros, o denominado cupom, caso, por exemplo, do Tesouro IPCA (antiga
NTN-B, corrigida pelo IPCA e do Tesouro Pré Fixado com Juros (antiga NTF-F,
corrigidas por taxa pré fixada). Também são emitidos títulos sem juros ou puros,
conhecidos como “zero cupom”.

Veja na prática em um exemplo ilustrado abaixo

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57
Investidor realiza a compra
e transfere os recursos
Taxa anual de cumpom: 10%
Valor de Face ou Nominal
(Valor Investido + Rentabilidade)

Data da Último
Cupom 1 Cupom 2 Cupom 3 Cupom n
Compra Cupom
Valor
Semestre 1 Semestre 2 Semestre 3 Data de
Investido
Vencimento

Preço Taxa de Juros eletiva do perído


Unitário Investidor recebe o retorno
do seu investimento

Preço Unitário (famoso PU):

O PU do título é o preço de negociação calculado em uma determinada data,


seu cálculo é o valor presente dos fluxos futuros de pagamento do título.
Algo importante a saber é que o valor do PU de um título pré-fixado é
inversamente proporcional a taxa de juros, desta forma quanto maior a taxa de
juros menor será o PU do título.

- TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS

Títulos públicos são títulos de renda fixa emitidos pelo governo (federal, estadual
ou municipal). Agora você deve estar se perguntando, por que o governo emite
esse títulos? O objetivo é arrecadar recursos financeiros para o financiamento
da dívida pública. Serve também como instrumentos de política monetária.

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) aperfeiçoou o Programa Tesouro


Direto para deixá-lo mais atraente, e conseguiu. A procura por esse tipo de
investimento vem crescendo recorrentemente.

Algumas mudanças foram: a recompra diária (oferecendo mais liquidez) e a


mudança na nomenclatura dos títulos públicos (muito mais simples) que você
pode conferir na tabela abaixo:

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-TÍTULOS PRIVADOS BANCÁRIOS

58
- CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO

O CDB (certificado de depósito bancário) é um título que os bancos emitem para


se capitalizar (colocar dinheiro em caixa) e conseguir dinheiro para financiar
suas atividades de crédito. Portanto, ao adquirir um CDB, o investidor está
efetuando uma espécie de “empréstimo” para a instituição bancária em troca
de uma rentabilidade diária. O CDB pode ser emitido por bancos comerciais,
bancos de investimento e bancos múltiplos, com pelo menos uma destas
carteiras descritas.

Você precisa saber que a rentabilidade desse título pode ser pré ou pós-fixada.

Informações importantes:
• Pode ser negociado no mercado secundário;
• Pode ser resgatado antes do prazo final caso o banco emissor concorde em
resgatá-lo (respeitando as regras de prazo mínimo);
• Não podem ser indexados à variação cambial (consegue somente atrelar se
for com um SWAP paralelo “CDB Swapado”);

DICA: Possui garantia de FGC

- LETRAS FINANCEIRAS

QUEM PODE EMITIR:

A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições


financeiras com a finalidade de captar recursos de longo prazo, dado que tem
vencimento superior a dois anos. Em contrapartida, oferece aos investidores
melhor rentabilidade do que outras aplicações financeiras com liquidez diária
ou com prazo inferior de vencimento. Desta forma, a LF beneficia tanto as
instituições financeiras que necessitam captar recursos quanto os investidores
que possuem montante relevante para aplicações de longo prazo.

Que pode emitir:


• Bancos Comerciais, Investimento e Múltiplo;
• Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
• Caixas econômicas;
• Companhias hipotecárias;
• Sociedades de crédito imobiliário;
• BNDES.

A LF não pode ser emitida com valor nominal unitário inferior a:


R$150.000,00, se não contiver cláusula de subordinação; ou R$300.000,00, se
contiver cláusula de subordinação.

Podem ser emitidas com opção de recompra pela instituição emissora, caso não
seja indexada à taxa DI e possua prazo superior a quatro anos, e com cláusula
prevendo a antecipação do vencimento, caso seja utilizada para operações
ativas vinculadas.

Tem prazo mínimo para vencimento de 24 meses, sem possibilidade de recompra


ou resgate antes desse prazo, e prazo mínimo para pagamento de rendimentos

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de 180 dias. Deve ser emitida de forma escritural, mediante registro em sistema
de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central.
Sua remuneração poderá ser por juros fixos ou flutuantes. A LF pode ser 59
negociada de forma privada entre as instituições financeiras e seus clientes ou
pode ser objeto de oferta pública.

- DEPÓSITO A PRAZO COM GARANTIA ESPECIAL – DPGE

O DPGE é um título de renda fixa representativo de depósito à prazo criado


para auxiliar instituições financeiras – bancos comerciais, múltiplos, de
desenvolvimento, de investimento, além de sociedades de crédito, financiamento
e investimentos e caixas econômicas – de porte pequeno e médio a captar
recursos. Assim, confere ao seu detentor um direito de crédito contra o emissor.

Os DPGEs podem remunerar a taxas pré ou pós-fixadas. O prazo de resgate


é determinado no momento da contratação, mas não pode ser inferior a 6
meses nem superior a 36. Uma característica importante é a não poder resgatar
antecipadamente nem parcialmente.

DICA: Tem garantia do FGC, porém com limite máximo de R$


20.000.000,00 (vinte milhões de reais)

- DEBÊNTURES

A debênture é um título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor. Ou


seja, o mesmo terá direito a receber uma remuneração do emissor (geralmente
juros) e periodicamente ou quando do vencimento do título receberá de volta o
valor investido (principal). No Brasil, as debêntures constituem uma das formas
mais antigas de captação de recursos por meio de títulos.

Todas as características das debêntures são descritas na sua escritura de


emissão que, entre outras questões, poderá estabelecer, inclusive, em quais
projetos a companhia irá aplicar os recursos captados.

As debêntures são emitidas por sociedades anônimas de capital aberto ou


fechado e utilizadas para financiar projetos ou reestruturar dívidas da empresa,
tendo como vantagens na captação de recursos a diminuição do seu custo
médio, o alongamento e a adequação do seu perfil e a diminuição significativa
das garantias utilizadas.

Desta forma, uma companhia em vez de tomar um empréstimo junto ao


banco, pode realizar uma emissão de debêntures para captar recursos e aplicar
em projetos que, por exemplo, aumentarão a sua capacidade produtiva ou
permitirão a sua entrada em um novo segmento de negócios.

Informações importantes:
• Não existe padronização das características deste título;
• Qualquer prazo de vencimento;
• Amortização (pagamento do valor nominal) programada na forma anual,
semestral, trimestral, mensal ou esporádica, no percentual que a emissora
decidir;
• Remunerações através de correção monetária ou de juros;
• Remunerações através do prêmio (podendo ser vinculado à receita ou lucro

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da emissora).

Fique atento: 60
O debenturista te o direito de conversão da debênture em ações da companhia
(debênture conversível);
Garantias contra o inadimplemento da emissora.
Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma empresa
não poderá ultrapassar o seu capital social.
Resgate Antecipado (direito ao emissor de resgatar antecipadamente, parcial
ou totalmente as debêntures em circulação);
Aplicação em debêntures não estão cobertas pelo FGC.

- AGENTE FIDUCIÁRIO

O agente fiduciário é quem representa a comunhão dos debenturistas perante


a companhia emissora, com deveres específicos de defender os direitos e
interesses dos debenturistas, entre outros citados na lei. No assunto debêntures
o agente fiduciário tem como objeto social a administração ou a custódia de
bens de terceiros. Vale ressaltar que ele NÃO tem a função de avalista ou
garantidor da emissão.

Relação fiduciária é a confiança e lealdade estabelecida entre a instituição


participante (administradora, gestora, custodiante, etc.) e os cotistas.

Para proteger os interesses dos debenturistas, o Agente Fiduciário poderá usar


de qualquer ação para garantir essa proteção e proteger direitos ou defender
interesses dos mesmos, sendo-lhe especialmente facultado, no caso de
inadimplemento da emitente:

• Executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-lo no


pagamento, integral ou proporcional dos debenturistas;
• Requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;
• Representar os debenturistas em processos de falência, concordata,
intervenção ou liquidação extrajudicial da emitente, salvo deliberação em
contrário da assembleia dos debenturistas;
• Tomar qualquer providência necessária para que os debenturistas realizem
os seus créditos.

- GARANTIA DEBÊNTURES

Estudaremos agora sobre as garantias que a debênture poderá, conforme


dispuser a escritura de emissão, ter:

GARANTIA REAL: Garantidas por bens integrantes do ativo da companhia


emissora, ou de terceiros, sob a forma de hipoteca, penhor ou anticrese. É uma
garantia forte.

GARANTIA FLUTUANTE: Assegura privilégio geral sobre o ativo da emissora,


em caso de falência. Os bens objeto da garantia flutuante não ficam vinculados à
emissão, o que possibilita à emissora dispor desses bens sem a prévia autorização
dos debenturistas. É uma garantia fraca, e sua execução privilegiada é de
difícil realização, pois caso a emissora esteja em situação financeira delicada,
dificilmente haverá um ativo não comprometido pela companhia.

GARANTIA QUIROGRAFÁRIA: Não oferecem privilégio algum sobre o ativo


da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores

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quirografários, em caso de falência da companhia.

GARANTIA SUBORDINADA: na hipótese de liquidação da companhia, 61


oferece preferência de pagamento tão-somente sobre o crédito de seus
acionistas.

CROSS DEFAULT

O vencimento cruzado (cross-default) quer dizer que se uma dívida do emissor


vencer e ele ficar inadimplente, as debêntures também estarão vencidas
automaticamente, e o inverso também, ou seja, se ele não pagar a debênture,
ou os juros, as outras dívidas podem ser declaradas vencidas automaticamente.

ESCRITURA

Esse é um documento legal onde estão especificados os direitos e deveres dos


debenturistas e da emissora, lá estão as condições sob as quais a debênture
foi emitida. Especifica direitos dos possuidores, deveres dos emitentes, todas
as condições da emissão, os pagamentos dos juros, prêmio e principal, além
de conter várias cláusulas padronizadas restritivas referentes as garantias (se a
debênture for garantida).

- DEBÊNTURES INCENTIVADAS – DI

As debêntures incentivadas são aquelas emitidas por sociedade por ações,


relacionadas à captação de recursos com vistas a implementar projetos de
investimento na área de infraestrutura ou de produção econômica intensiva
em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados como prioritários na
forma regulamentada pelo Poder Executivo Federal.

Caracteristicas Importantes:
• Prazo médio ponderado mínimo de 4 anos;
• Isenção de Imposto de Renda para pessoa física;
• Menor alíquota de imposto de renda para investidor pessoa jurídica (15%).

- NOTAS PROMISSÓRIAS

As notas promissórias, também conhecidas como “commercial papers”, são


títulos de curto prazo emitidos por empresas e sociedades anônimas (não
financeiras) para captar recursos de capital de giro. Podem ser emitidas por
sociedades anônimas de capital fechado, pelo prazo máximo de 180 dias, e
pelas de capital aberto, pelo prazo de até 360 dias. O prazo mínimo são 30 dias.

Como regra a venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente


de uma instituição financeira atuando como agente colocador, podendo ser uma
distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada antecipadamente caso o prazo
mínimo de 30 dias seja cumprido, e que o titular (investidor) da NP concorde.

A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento
para empresas com bom conceito de crédito.

- TÍTULOS DO SEGMENTO IMOBILIÁRIO E AGRÍCOLA

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- LETRAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO - LCI

A LCI é um dos instrumentos de Renda Fixa mais procurados pelo investidor 62


pessoa física e que mais cresceram nos últimos anos, por conta de sua isenção
de Imposto de Renda para esse público. Representa uma fonte de recursos para
o setor imobiliário, pois possui como lastro créditos imobiliários.

Emitida por instituições financeiras – bancos comerciais, múltiplos e de


investimento, além de sociedades de crédito imobiliário, associações de
poupança e empréstimo e companhias hipotecárias – e regulamentada
pela a Lei no 10.931/2004 e a Circular do Banco Central no. 3.614/12, pode ser
remunerada por taxa pré ou pós fixada.

Ao optar pela LCI, o investidor assume o risco primário do emissor. Conta ainda
com a segurança adicional de que está vinculado à carteira da de crédito
imobiliário da instituição financeira. Outro diferencial é o fato de ser é elegível à
cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

A LCI não pode ser resgatada a qualquer momento, mas é possível negociá-la
no mercado secundário. O prazo mínimo de vencimento desse ativo varia de
acordo com o indexador que possui. São 36 meses quando o título for atualizado
mensalmente por índice de preços ou 12 meses se for atualizado anualmente
por esse indexador. Se não utilizar índice de preços, é de 90 dias. Esses prazos
devem ser contados a partir da data que um terceiro, pessoa física ou jurídica,
adquirir o título da instituição emissora. Nesses períodos, a instituição emissora
não poderá recomprar ou resgatar a LCI.

- LETRA DE CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO – LCA

A LCA é um título emitido por uma instituição financeira. É utilizado para captar
recursos para participantes da cadeia do agronegócio. Criados pela Lei nº 11.076,
esses papéis tem como um de seus atrativos o fato de que os investidores
pessoas físicas têm seus rendimentos isentos de Imposto de Renda. Outro
diferencial é o fato de as LCAs emitidas a partir de 23 de maio de 2013 terem
cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite estabelecido pelo
Fundo para recursos numa mesma instituição. O prazo mínimo varia de acordo
com o indexador que possui. Para a Taxa DI-Cetip é de 90 dias.

O risco primário da LCA é da instituição financeira. Na inadimplência do banco,


o lastro está penhorado por lei ao investidor final que pode requisitar sua
propriedade ao juiz quando o banco não pagar o ativo.

- CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIO (CRI)

O CRI é um dos papéis de Renda Fixa com maior apelo entre os investidores.
Para pessoas físicas seu principal atrativo está no fato de oferecer isenção de
Imposto de Renda.

Lastreado em créditos imobiliários e emitido exclusivamente por companhias


securitizadoras, o título vem se consolidado como um importante instrumento
de fomento do setor.

Sua remuneração é garantida por taxa prefixada, flutuante ou Índice de Preços.

O CRI transforma fluxos de recebíveis de médio ou longo prazo em ativos


financeiros negociáveis à vista. Dessa forma, possibilita que incorporadoras,

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construtoras, imobiliárias e instituições financeiras que tenham créditos com
lastro imobiliário contem com mais recursos para aplicar no segmento.
63
Há dois tipos de emissões de CRI: as baseadas em contratos performados e
aquelas cujo lastro contém contratos não performados.

No primeiro caso, os empreendimentos imobiliários que deram origem aos


contratos que servem de lastro às emissões já foram concluídos. No segundo, os
imóveis ainda não estão finalizados.

Os investidores que optam por CRIs obtém remuneração baseada no fluxo


financeiro gerado pelos empreendimentos imobiliários.

Entretanto, vale lembrar que, ao adquirir o título, o aplicador assume também o


risco de crédito primário do emissor.

Algumas das vantagens de se investir em CRI’s:


• Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos públicos;
• Possuem garantia real, porém não estão cobertos pelo FGC;
• Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas;
• Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os custos administrativos
de vacância e reformas.

- CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO – CRA

Títulos emitidos exclusivamente por companhias securitizadoras de direitos


creditórios do agronegócio, os CRAs têm como principal característica a isenção
do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas.

As pessoas jurídicas que investirem no papel, por sua vez, estão sujeitas às
mesmas regras de tributação definidas para títulos de renda fixa, com alíquota
regressiva e recolhimento direto na fonte. Criados em 2004, pela Lei 11.076, os
CRAs não contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Os certificados são lastreados em direitos creditórios originários de negócios


realizados entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros. Os riscos,
portanto, estão associados às atividades ligadas ao agronegócio. As garantias
existentes em uma emissão de CRA podem estar vinculadas, portanto, à
propriedade rural, à safra ou mesmo serem pulverizadas, quando emissores
diferentes servem de lastro para um mesmo CRA. O título é nominativo e de
livre negociação.

O CRA não está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.


Os rendimentos são isentos de IR, quando a CRA for emitida em favor de pessoa
física.

- CÉDULA DE PRODUTO RURAL – CPR

Esse é um produto bem interessante pois permite ao produtor rural ou a


cooperativas obter recursos para desenvolver produção ou empreendimento
com comercialização antecipada ou não.
Basicamente é uma promessa de entrega futura de produtos rurais (CPR de
Produtos). Por meio desse instrumento, seus emitentes — produtores rurais,
suas associações e cooperativas — recebem pagamento à vista relativo à venda

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de mercadorias.
As CPRs têm sido utilizadas como instrumento de financiamento, proporcionando
a negociação da safra agrícola sem endividamento referenciado em taxas de 64
juros e a redução das pressões sazonais de preços das mercadorias.

Trata-se de um título cambial negociável em mercado de balcão e em bolsa de


mercadorias, nas seguintes modalidades:

- CPR Física

Exigível na data do vencimento pela quantidade e qualidade de produto nela


previsto.

- CPR Financeira

Exigível na data do vencimento pelo resultado da multiplicação do preço


convencionado pela quantidade do produto especificado. Permite a liquidação
financeira (entrega de recursos em vez de mercadorias) desde que sejam
explicitados em seu conteúdo o preço ou o índice de preços das mercadorias, a
instituição responsável pela sua divulgação, a praça ou o mercado de formação
do preço e o nome do índice.

O título é cartular, antes do registro, e escritural ou eletrônico enquanto


permanecer registrado. Nas negociações com a CPR Financeira não há incidência
de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

- CERTIFICADO DE DIREITOS CREDITÓRIOS DO AGRONEGÓCIO –


CDCA

O CDCA é um título de crédito nominativo, de livre negociação e representativo


de promessa de pagamento em dinheiro, vinculado a direitos creditórios
originários de negócios realizados entre produtores rurais (ou suas cooperativas)
e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos. O registrador do CDCA na
Cetip também é o responsável pelo registro e gestão dos direitos creditórios
que lastreiam o título.

É emitido exclusivamente por cooperativas de produtores rurais e outras


pessoas jurídicas que exerçam atividades de comercialização, beneficiamento
ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e
implementos utilizados na produção agropecuária. Pode ser também distribuído
por meio de oferta pública.

Este ativo é também utilizado como lastro para as operações com LCA.

Podem emitir CDCA as cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas


jurídicas que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou
industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e
implementos utilizados na produção agropecuária.

Dica:
• Isenção do IOF
• Isenção de IR para Pessoas Físicas

- CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO – CCI

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A Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) representa um crédito que é originado a
partir da existência de direitos de crédito imobiliário com pagamento parcelado.
Quem emite a cédula é o credor, com o objetivo de simplificar a cessão do 65
crédito.

A CCI transforma um contrato particular em um título passível de transação.


Uma de suas vantagens é a possibilidade de emissão e negociação,
independentemente da autorização do devedor.

Esses títulos são bastante utilizados como lastro na emissão de Certificados de


Recebíveis Imobiliários (CRI’s), por oferecer mais segurança e transparência para
quem investe em CRI.

A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob a forma
escritural ou cartular. nstrumento originado pela existência de direitos de
crédito imobiliário com pagamento parcelado. A cédula é emitida pelo credor,
com o objetivo de facilitar e simplificar a cessão do crédito e podem contar ou
não com garantia.

A CCI agiliza a negociação de créditos, uma vez que a cessão pode ser feita
mediante o endosso no próprio título, sem necessidade de uma formalização
com um contrato de cessão. Seu diferencial reside no fato de que sua negociação
ocorre independentemente de autorização do devedor, uma característica
indispensável para adequar o crédito imobiliário às condições de negociação
no mercado financeiro e de capitais.

Possui remuneração por taxa pré ou pós-fixada, inclusive por índices de preços,
de acordo com o direito creditório nela representado.

Dica:
• Isenção do IOF
• Isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas.

- CADERNETA DE POUPANÇA

A caderneta de poupança é uma modalidade de aplicação financeira cujos


recursos são aplicados no Sistema Financeiro da Habitação e em crédito rural
Caracteriza-se pelo pagamento de uma taxa de juros fixa, atualmente de 6%
a.a., acrescida da correção do saldo aplicado pela Taxa Referencial (TR).

Possui total liquidez, porém com perda de rentabilidade. Remunera sobre o


menor saldo do período.

Aplicações realizadas até o dia 03 de Maior de 2012:

• Rentabilidade: (6% ao ano + TR)


• Mensal (pessoas físicas): TR + 0,5%;
• Trimestral (pessoas jurídicas): TR + 1,5%;

Nova rentabilidade das aplicações realizadas posterior ao dia 03 de maio de


2012.
A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa básica
de juros estiver em 8,5% ao ano ou menos.

Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.

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Aplicações em cadernetas de poupança realizadas através de depósito
em cheque, tem como data de aniversário o dia do depósito e não o dia da
compensação do mesmo. 66
Essa aplicação está coberta pelo FGC e possui isenção de IR para Pessoa Física.

4.2.4 TRIBUTAÇÃO EM ATIVOS DE RENDA FIXA IOF

Alíquota regressiva, conforme tabela abaixo:

Até 29 dias, pode incidir IOF. 30 dias ou mais, todas as aplicações financeiras
estão isentas de IOF.

O IOF é cobrado sobre os RENDIMENTOS.

IOF incide sempre ANTES do Imposto de Renda.

- IMPOSTO DE RENDA EM ATIVOS DE RENDA FIXA

Aplicável nos seguintes prontos de investimento:


• CDB
• DPGE
• LF
• Debêntures
• Cadernetas de Poupança
• CRI, CRA, LCA, LCI, CCI, CPR, CCB.
• Nota Promissória (commercial papers)
• Títulos Públicos Federais

Vide tabela abaixo:

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67

Informações importantes:
• Cobrança: no resgate;
• Responsável pelo Recolhimento é a Instituição Financeira ou pessoa
jurídica que efetuar o pagamento dos rendimentos.

- FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO

FGC é uma instituição civil, sem fins lucrativos, que administra o mecanismo
de proteção aos depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro
Nacional, até os limites estabelecidos pela regulamentação, contra instituições
financeiras a ele associadas, em caso de intervenção e liquidação extrajudicial
e reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência de
instituição associada.

O FGC não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação. Finalidades
do FGC

• proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema financeiro, até os


limites estabelecidos pela regulamentação;
• contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional
(SFN);
• contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica.

Para garantir uma cobertura em caso de liquidação, o FGC exige de seus


associados uma contribuição mensal ordinária que atualmente é de 0,0125%
(cento e vinte e cinco décimos de milésimos por cento) do montante dos saldos
das contas referentes aos instrumentos cobertos pelo fundo.

São objeto da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os créditos


representados pelos seguintes instrumentos financeiros:

• Depósitos a vista ou sacáveis mediante aviso prévio;


• Depósitos em conta corrente de depósito para investimento;
• Depósitos de poupança e depósitos a prazo, com ou sem emissão de
certificado;
• Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinados
ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços
de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares;
• Letras de câmbio;
• Letras imobiliárias;
• Letras hipotecárias;
• Letras de crédito imobiliário;
• Letras de crédito agrícola.

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Fique atento aos investimentos que não possuem garantia do FGC: Letras
Financeiras, Fundos de Investimentos, Depósitos Judiciais entre outros. 68

O limite atual de cobertura do FGC depende do tipo de garantia, dividindo-se


em dois tipos de garantias, ordinária e especial.

Garantia Ordinária: O total de créditos de cada pessoa (seja física ou jurídica)


contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de
R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).

Garantia Especial: O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição


associada ao FGC, ou contra todas as instituições associadas do mesmo
conglomerado financeiro, relativo aos DPGE, será garantido até o valor máximo
de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).

Nas contas conjuntas, a garantia ordinária está limitada mesmo valor de 250 mil
reais, ou ao saldo da conta, quando inferior a esse limite, dividido pelo número
de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual.
Fonte: FGC – Fundo Garantidor de Crédito

- DERIVATIVOS

Derivativos são aplicações financeiras que “derivam” de outros valores e por


isso têm esse nome. No mercado de câmbio, por exemplo, os derivativos são
aplicações que “derivam” do valor do dólar. Há vários tipos de operações, mas
três são mais conhecidas: mercado a termo, mercado futuro e mercado de
opções.

Esses instrumentos são formalizados a partir de contratos no qual uma parte


efetua uma compra e a outra parte efetua uma venda de determinado ativo
porpreço e quantidade pré-estabelecidos para liquidação em data futura.
Esse tipo de investimento surgiu da necessidade de o produtor rural garantir um
preço mínimo para sua safra.

Derivativos agropecuários: têm como ativo-objeto commodities agrícolas,


como café, boi, milho, soja e outros.

Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado em alguma taxa


ou índice financeiro, como taxa de juro, taxa de inflação, taxa de câmbio, índice
de ações e outros.

Derivativos de energia e climáticos: têm como objeto de negociação energia


elétrica, gás natural, créditos de carbono e outros.

Temos os seguintes tipos de transações no Mercado Futuro:

• Mercado de Opções;
• Mercado Futuro;
• Mercado a Termo;
• Mercado de Swap.

- PARTICIPANTES

Hedger: esse termo significa “buscar proteção” dentro do mercado de

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investimentos, desta forma o hedger participante opera nesse mercado
buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos;
69
Especulador: esse participante entra e sai rapidamente no mercado fazendo
(objetivo de fazer apostas). Assumem o risco da operação com o objetivo de
auferir ganhos com a oscilação dos preços;

Arbitrador: Este participante monitora todos os mercados em busca de


distorções de preços a fim de lucrar sem correr riscos.

- MERCADO A TERMO

Mercado à termo está relacionado com futuro. Uma operação a termo consiste
em uma compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço
pré-estabelecido, com uma prazo determinado de liquidação. Essas condições
são livremente acordadas entre os investidores, tendo que, obrigatoriamente,
ter um prazo mínimo de 16 dias e um prazo máximo de 999 dias corridos. O preço
negociado será o valor da ação mais um valor de juros, acordado livremente
entre as partes negociantes, sempre em função do prazo do contrato.

O mercado a termo funciona como uma espécie de contrato de financiamento.


De um lado, temos um investidor que quer comprar ações, mas que talvez não
tenha o dinheiro no momento, e quer garantir sua compra no futuro. Dessa
forma, ele se utilizado do mercado a termo, pagando o preço da ação mais uma
taxa de juros, para a compra em uma data futura. Do outro lado, temos outro
investidor que quer vender as ações, e, para ter uma melhor rentabilidade, cobra
da outra ponta uma taxa de juros. Ele também pode comprar ações no mercado
à vista e já fazer um contrato a termo, garantindo a venda das ações em uma
data futura pelo preço que pagou acrescido de uma taxa de juros.

O contrato a termo é muito parecido com um contrato futuro, com algumas


diferenças. No contrato a termo, há um acordo bilateral, que não pode ser
transferidos à terceiros. Um contrato futuro é totalmente padronizado, podendo
ser negociado livremente no mercado, encerrando a posição. No contrato a
termo, se
SEqualquer
A PARTE uma das partes quiser encerrar o contrato antecipadamente,
COMPRADORA
a outra parte deverá aceitar. Além disso, não há ajustes diários de posição para
o contrato a termo, sendo o resultado financeiro apurado na data de liquidação
do contrato. A operação a termo é realizada em leilão, com uma operação
muito parecida com o mercado à vista.

Veja agora os principais detalhes:

• O vendedor: compromisso de entregar o bem negociado;


• O comprador: pagamento do preço previamente ajustado;
• Não há ajuste diário;
• Tem negociação secundária;
• Contratos NÃO PADRONIZADOS;
• Não existe margem de garantia
• Menor liquidez

Direitos e Proventos:

Os direitos e proventos distribuídos às ações-objeto do contrato a termo


pertencem ao comprador e serão recebidos, juntamente com as ações objeto,
na data de liquidação ou segundo normas específicas da CBLC.

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No caso de bonificações em ações, grupamentos ou desdobramentos, a
quantidade de ações contratadas será ajustada proporcionalmente, mantendo-
se inalterado o compromisso financeiro original. 70

A liquidação de uma operação à termo, no vencimento do contrato ou


antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos
pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo comprador.

- MERCADO FUTURO

Um contrato futuro é um compromisso assumido entre duas partes,


compromisso de comprar ou vender determinado ativo numa data determinada
a um determinado preço. Os contratos futuros são um importante instrumento
financeiro, uma vez que permite sejam negociados hoje, direitos futuros em
condições de incerteza.

Os contratos futuros surgiram muito antes das negociações de ações, ainda no


século XII, como uma necessidade da administração de risco, principalmente
no setor agrícola. Um produtor agrícola normalmente fica exposto ao risco
de variação do preço do seu produto até a colheita, isso porque os preços
de produtos agrícolas variam em função de efeitos que podem prejudicar
ou favorecer a colheita, incluindo-se aí também a própria sazonalidade dos
períodos de safra e entressafra. Tal variação pode ser significativamente grande
a ponto de dar lucros absurdos ou enormes prejuízos para o produtor.

• Além de mercadorias, são negociados ativos financeiros;


• A liquidação dos contratos pode ser física ou financeira. Predomina a
liquidação financeira (apenas 2% dos contratos são liquidados com a entrega
física do ativo negociado);
• Os contratos são PADRONIZADOS (quantidade, peso, vencimento, local de
entrega). Por isso, são menos flexíveis que os contratos no mercado a termo;
• Ajustes diários: agregam maior garantia às operações;
• Exige uma “Margem de Garantia”;
• Negociação em Bolsa de Valores;
• Possibilidade de liquidação antes do prazo de vencimento;
• Risco da Contraparte é da B3 BOLSA DE VALORES,
- BRASIL, BOLSA, MERCADORIA
BALCÃO E FUTUROS
(BM&FBOVESPA).

Veja exemplo sobre o acima citado AJUSTE DIÁRIO:

Data Vendedor (Exportador) Cotação de Ajuste Comprador


Ajuste Saldo Ajuste Saldo
D+0 2,621
D+1 30 30 2,605 -30 -30
D+2 480 510 2,593 -480 -510
D+3 360 870 2,579 -360 -870
D+4 420 1290 2,591 -420 -1290
D+5 -360 930 2,629 360 -930
D+6 -1140 -210 2,624 1140 210
D+7 150 -60 2,586 -150 60
D+8 1140 1080 2,574 -1140 -1080
D+9 360 1440 2,546 -360 -1440
D+10 840 2280 2,528 -840 -2280
D+n 60 6660 2,400 -60 -6660

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- SWAP

Um swap nada mais é do que uma troca de riscos entre duas partes. Na definição 71
mais formal, swap consiste em um acordo para duas partes trocarem o risco de
uma posição ativa (credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme
critérios preestabelecidos, em buscar de fazer hadge.

Essas trocas (swaps) são bastante comuns com posições envolvendo taxas
de juro, moedas e commodities. Apesar de muitos autores de livros didáticos
considerarem o swap uma evolução, sua estrutura é bastante semelhante à dos
antigos contratos a termo.

- Tipos de Opções e Representação Gráfica

- MERCADO DE OPÇÕES

No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender um bem


por um preço fixo numa data futura. Quem adquirir o direito deve pagar um
prêmio ao vendedor. Este prêmio não é o preço do bem, mas apenas um valor
pago para ter a opção (possibilidade) de comprar ou vender o referido bem em
uma data futura por um preço previamente acordado.

O objeto de negociação pode ser um ativo financeiro ou uma mercadoria,


negociados em pregão, com ampla transparência. O comprador da opção,
também chamado titular, sempre terá o direito do exercício, mas não obrigação
de exercê-lo. O vendedor da opção, também chamado lançador, terá a
obrigação de atender ao exercício caso o titular opte por exercer seu direito.

Veja agora alguns termos e alguns personagens que atuam nesse produto de
investimento:
• Lançador: Aquele que vende uma opção, assumindo a obrigação de, se o
titular exercer, vender ou comprar o lote de ações – objeto a que se refere.
• Titular de opção: Aquele que tem o direito de exercer ou negociar uma
opção.
• Prêmio: Preço de negociação, por ação-objeto, de uma opção de compra
ou venda pago pelo comprador de uma opção.
• Exercício de opções: Operação pela qual o titular de uma operação exerce
seu direito de comprar o lote de ações-objeto, ao preço de exercício.
• Pó (Virar Pó): Gíria utilizada pelos profissionais do mercado financeiro,
significando título e/ou investimento que perdeu totalmente o seu valor no
mercado. Ex.: “meu investimento naquela ação virou pó.
• Preço de Exercício (strike price): refere-se ao valor futuro pelo qual o
ativo será negociado, ou o preço pelo qual o titular pode exercer o seu direito;
• Valor Intrínseco: é a diferença entre o valor atual do ativo-objeto que está
sendo negociado no mercado a vista e o preço de exercício da opção, sendo
uma medida intuitiva do seu valor;
• Séries de uma Opção: quando há lançamento de opções, as Bolsas o
fazem por séries que compreendem a fixação do preço de exercício para uma
mesma data, sendo cada série identificada por um código que identifica se a
opção é de venda ou de compra e o mês de vencimento;
• Opção Coberta: quando o lançador vincula o ativo-objeto como garantia
da operação;
• Opção Descoberta: quando o lançador não efetua o depósito da
totalidade do ativo-objeto, ou seja, ele vende uma opção sem depositar o
ativo-objeto que terá que entregar, caso seja exercida a opção pelo comprador.
No caso do ativo-objeto ser ações, o lançador deverá aportar margem por meio

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de depósito de ativos aceitos em garantia pela CBLC.

Formas de exercer o direito de opção: 72


• Americana: durante a vigência do contrato, a qualquer momento;
• Europeia: apenas na data de vencimento do contrato de opções. Tipos de
opções: Opção de Compra (CALL) e Opção de Venda (PUT)

Outra informação relevante é que a relação do preço do ativo com o preço da


opção determina se a opção é dita como In-The- Money (dentro do dinheiro);
At-The-Money (no dinheiro), ou Out-of-The-Money (fora do dinheiro).

Call Put

Comprador Adquire o direito de comprar a acti- Adquire o direito de vender o activo


vo subjacente (acções) a um preço subjacente (acções) a um preço pré-
pré-estabelecido. -estabelecido.

Vendedor Contrai a obrigação de vender o ac- Contrai a obrigação de comprar o


tivo subjacente ao preço pré-esta- activo subjacente ao preço pré-es-
belecido, no caso do comprador da tabelecido no caso do comprador
call exercer o direto da put exercer o direito.

Veja agora alguns exemplos de representação gráfica em opções:

Compra de Call Venda de Call


L L

P
X
0 0
X
Sr Sr
P

Compra de Put Venda de Put


L L

P
X
0 0
Sr X Sr
P

- Tributação em Derivativos

Para facilitar sua compreensão, os derivativos de forma geral são tributados nos
mesmo modelo de ações (renda variável), salvo as exceções abaixo.

DERIVATIVOS TRIBUTADO COMO RENDA FIXA


São também tributados como aplicações financeiras de renda fixa os
rendimentos auferidos:

I – nas operações conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos


predeterminados, tais como as realizadas:

a) nos mercados de opções de compra e de venda em bolsas de valores, de


mercadorias e de futuros (box);
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b) no mercado a termo nas bolsas de que trata a alínea “a”, em operações de
venda coberta e sem ajustes diários; 73
c) no mercado de balcão;

- TRIBUTAÇÃO SWAP

ALÍQUOTA:
• 20% (vinte por cento) sobre o resultado positivo auferido na liquidação do
contrato de swap. (Para valores aplicados até 31/12/2004).
• Contratos realizados após esta data são tributados como ativos de Renda
Fixa, ou seja, conforme o prazo de permanência. (22,5%, 20%, 17,5% ou 15%)

RESPONSABILIDADE/RECOLHIMENTO: O imposto será retido pela pessoa


jurídica que efetuar o pagamento do rendimento, na data da liquidação ou
cessão do respectivo contrato.

PRAZO DE RECOLHIMENTO: Até o terceiro dia útil da semana subsequente


à da ocorrência do fato gerador.

Não é permitida a de compensação de perdas incorridas em operações de swap


com os ganhos líquidos obtidos em outras operações de renda variável.

- CERTIFICADO DE OPERAÇÕES ESTRUTURADAS – COE

Segundo o site da CETIP o COE (Certificado de Operações Estruturadas) é um


novo investimento que passa a ser disponibilizado ao mercado brasileiro. É
instrumento inovador e flexível, que mescla elementos de Renda Fixa e Renda
Variável.
Traz ainda o diferencial de ser estruturado com base em cenários de ganhos e
perdas selecionadas de acordo com o perfil de cada investidor.

A Emissão desse instrumento poderá ser feita em duas modalidades:

VNP (Valor nominal protegido): com garantia do valor principal investido.

VNR (Valor nominal em risco): em que há possibilidade de perda até o limite do


capital investido.

Emitido por bancos e registrados na CETIP.


Flexibilidade de atrelar seus rendimentos aos mais diversos ativos, como:
• Ações ou índices de bolsas do Brasil e do exterior;
• Moedas – dólar e euro;
• Juros – CDI, libor e índices de inflação;
• Commodities – índices, metais preciosos, agrícolas, petróleo e outros metais.

Principais características:
• Possibilidade de resgate antecipado sujeito à apreçamento e, portanto, sem
garantia do principal investido;
• Obriga a assinatura do termo de ciência de risco: assinado uma única vez
pelo investidor, dando ciência dos riscos do COE;
• Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito – FGC;
• Tributação de acordo com tabela regressiva de Renda Fixa.

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- NEGOCIAÇÃO, LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA

Clearing House (Câmara de Liquidação e Custódia) 74


Principal objetivo de uma clearing house é mitigar o risco de liquidação.

Principais clearing houses e quais títulos são liquidados em cada uma delas:

SELIC
Títulos Públicos Federais (LFT, LTN e NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F);

-CETIP
B3 - Brasil, Bolsa, Balcão (fusão entre CETIP e BM&FBovespa)
Títulos Privados (Derivativos (Termo, Futuros, Swaps e Opções) Renda Fixa (CDB,
RDB, LF e DI),
Títulos Títulos Agrícolas
Privados, (CPR, CRA
Derivativos e LCA),Futuros,
(Termo, Títulos de crédito
Swaps(CCB), Títulos
e Opções)
Imobiliários (CCI, CRI e LCI), Valores Mobiliário (Debêntures
Renda Fixa (CDB, RDB, LF e DI), Títulos Agrícolas (CPR, CRA e LCA),e NC) e Cotas de
Fundos;
Títulos de crédito (CCB), Títulos Imobiliários (CCI, CRI e LCI), Valores
Mobiliário (Debêntures e NC) e Cotas de Fundos; Ações e outras
BM&FBOVESPA
operações realizadas nos mercados da BM&FBOVESPA, Segmento
Câmara de (à
Bovespa Ações – (antiga
vista, CBLC): Ações
derivativos, e outras
balcão operações erealizadas
organizado nos
renda fixa
mercados da BM&FBOVESPA, Segmento Bovespa (à vista, derivativos, balcão
privada).
organizado e renda fixa privada).

OFERTAS PÚBLICAS DE VALORES MOBILIÁRIOS


-Principais Instituições: Funções e Principais Características

- BANCO COORDENADOR

É a instituição financeira contratada pelas empresas para fazer a intermediação,


nas ofertas públicas de ações, debêntures, notas promissórias comerciais e
demais valores mobiliários. Podem ser: Corretoras ou Distribuidoras de Títulos
e Valores Mobiliários e Banco de Investimento.

- BANCO MANDATÁRIO

A função dele é de processar as liquidações físicas e financeiras entre sua


tesouraria e a instituição custodiante. É papel dele também verificar a existência,
autenticidade, validade e regularidade da emissão de valores imobiliários, a
quantidade emitida, série e emissão dos mesmos.

- TIPOS DE COLOCAÇÃO

- UNDERWRITING

É uma operação realizada por uma instituição financeira mediante a qual,


sozinha ou organizada em consórcio, subscreve títulos de emissão por parte
de uma empresa, para posterior revenda ao mercado. A instituição financeira
subscreve somente as sobras da emissão, nos casos em que a lei brasileira
assegura aos acionistas o direito de preferência à subscrição das novas ações a
serem emitidas, na proporção das ações que possuírem na época.

- UNDERWRITING GARANTIA FIRME (STRAIGHT)

No underwriting firme, o intermediário subscreve integralmente a emissão para


revendê-la posteriormente ao público. Nesta forma de contrato, a empresa
não tem risco algum, pois tem a certeza da entrada de recursos, já que o
intermediário subscreve para si o total da emissão. O risco da aceitação ou não

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do lançamento pelo mercado fica por conta de intermediário financeiro.

- UNDERWRITING DE MELHORES ESFORÇOS (BEST EFFORTS) 75

A instituição financeira apenas se compromete a realizar “”os melhores


esforços””, no sentido de colocação junto ao mercado das sobras de subscrição.
Não há nenhum comprometimento por parte do intermediário para a colocação
efetiva de todas as ações do lançamento. Por outro lado, a empresa não tem a
certeza de conseguir aumentar seu capital na proporção pretendida, nem no
tempo envolvido para a sua concretização, já que assume todos os riscos da
aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado.

- STAND BY

Reúne as características do “best-efforts” e do “underwriting firme”. Neste


caso, o intermediário se compromete a colocar as sobras junto ao público
em determinado espaço de tempo, após o qual ele próprio subscreve o total
das ações não colocadas. Isto significa que, após decorrido o prazo no qual o
intermediário se compromete a vender as sobras de subscrição ao público, o
“underwriting” se torna do tipo firme.

- DISTRIBUIÇÃO DE LOTE SUPLEMENTAR

O ofertante (empresa que lança ações) poderá outorgar à instituição


intermediária opção de distribuição de lote suplementar, caso entenda existir
demanda para tal. Desta forma pode ser aumentada a quantidade de valores
a distribuir junto ao público, nas mesmas condições e preço dos valores
mobiliários inicialmente ofertados, até um montante pré-determinado que
constará obrigatoriamente na Lâmina de Informações Complementares e que
não poderá ultrapassar a 15% da quantidade inicialmente ofertada.

- PREÇO FIXO

Preço definido em Assembleia Geral Extraordinária ou Reunião do Conselho de


Administração da empresa Emissora.

- BOOKBUILDING

O bookbuilding é um processo de formação de preços, normalmente através


de um leilão de oferta, que auxilia na definição da remuneração e outras
características de títulos e valores mobiliários, de forma a refletir as condições
de mercado por ocasião de sua efetiva colocação à venda.

- PROSPECTO, FOLHETO OU FOLDER DE OFERTA PÚBLICA

O prospecto nunca poderá omitir fatos de relevo e nem conter informações que
possam induzir em erro os investidores. Deverá conter os dados e informações
sobre:
• Perspectivas e planos da companhia;
• Situação do mercado em que ela atua;
• Os riscos do negócio;
• O quadro administrativo da empresa;
• e muitas outras informações importantes na hora de decidir se tornar sócio
desta ou daquela companhia.

É obrigatória a entrega de exemplar do Prospecto Definitivo ou Preliminar ao

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investidor, admitindo-se seu envio ou obtenção por meio eletrônico.

O Prospecto Preliminar deverá estar disponível nos mesmos locais do Prospecto 76


para os investidores pelo menos 5 (cinco) dias úteis antes do prazo inicial para o
recebimento de reserva.

Na hipótese de confecção de lâmina é obrigatório constar a recomendação de


leitura do Prospecto antes da decisão de investimento.

CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES


PRÁTICAS PARA OFERTAS PÚPLICAS DE
DISTRIBUIÇÃO E AQUISIÇÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS
PROPÓSITO E ABRANGÊNCIA – (Cap I)

O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para


as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários (Código)
é estabelecer princípios e regras que devem ser observados pelas instituições
participantes (abaixo definidas) nas ofertas públicas de valores mobiliários,
incluindo os programas de distribuição, regulamentados pela Lei nº 6.385, de 07
de dezembro de 1976 (Lei 6.385), e pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM
(Ofertas Públicas), com a finalidade de propiciar a transparência e o adequado
funcionamento do mercado.

§1º. As seguintes Ofertas Públicas não estão sujeitas às disposições deste


Código e estão automaticamente dispensadas de registro na ANBIMA, salvo se
tais ofertas utilizarem o prospecto, caso em que serão aplicáveis as disposições
do presente Código:
I. As Ofertas Públicas de valores mobiliários distribuídas com esforços
restritos, nos termos da regulamentação em vigor, observado o parágrafo 3º
abaixo;
II. As Ofertas Públicas de lote único e indivisível de valores mobiliários;
III. As Ofertas Públicas de que trata a Instrução CVM nº 286/98, que
dispõe sobre alienação de ações de propriedade de pessoas jurídicas de direito
público e de entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público
e dispensa os registros de que tratam os artigos 19 e 21 da Lei 6.385, nos casos
que especifica; e
IV. As Ofertas Públicas de valores mobiliários de emissão de empresas de
pequeno porte e de microempresas, assim definidas em lei.
§2°. As Ofertas Públicas automaticamente dispensadas de registro, nos
termos do parágrafo 1° acima, devem ser registradas na ANBIMA apenas para
fins do disposto no capítulo V, que trata do envio de informações para a Base de
Dados da ANBIMA.
§3º. Sem prejuízo do disposto no parágrafo primeiro acima, deverão
ser registradas na ANBIMA, as Ofertas públicas de ações distribuídas com
esforços restritos (Ofertas públicas de ações com esforços restritos), conforme
regulamentação em vigor.
§4º. Competirá ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas do Mercado
de Capitais referido no capítulo XII deste Código (Conselho de Regulação e
Melhores Práticas) deliberar sobre outras Ofertas Públicas de valores mobiliários
não abarcadas por este Código.

Dica do Professor: Quem precisa seguir esse código? Veremos abaixo:

Para fins deste Código são consideradas instituições participantes as

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instituições filiadas à ANBIMA – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais que exercem a atividade de intermediação de Ofertas
Públicas de distribuição primária ou secundária de valores mobiliários ou, ainda, 77
de aquisição de valores mobiliários, mediante contratação desse serviço com a
emissora e/ou ofertante dos valores mobiliários correspondentes (Atividades),
bem como as instituições que, embora não filiadas, exercem as Atividades e
venham expressamente a aderir a este Código.
§1º. As instituições participantes classificadas como agente fiduciário têm
suas atividades definidas no artigo 1º do Anexo III.
§2º. Para fins do disposto no artigo 3º do Anexo I, são consideradas
instituições participantes as companhias securitizadoras.
§3º. Para a adesão a este Código, as instituições participantes devem
observar o disposto no capítulo II abaixo.
Art. 3º - As instituições participantes, submetidas à ação reguladora
e fiscalizadora do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e
da Comissão de Valores Mobiliários, concordam expressamente, em adição à
observância das normas legais e regulamentares que lhes são aplicáveis, em
submeter-se também aos procedimentos estabelecidos por este Código.

Parágrafo único: O presente Código não se sobrepõe à legislação e


regulamentação em vigor, ainda que, após o início de sua vigência, venham
a ser editadas normas que sejam contrárias às disposições ora trazidas.
Caso haja contradição entre regras estabelecidas neste Código e normas
legais ou regulamentares, a respectiva disposição deste Código deverá ser
desconsiderada, sem prejuízo de suas demais regras.

Art. 4º - As instituições participantes devem assegurar que o presente


Código seja também observado por todos os integrantes do seu conglomerado
ou grupo econômico que estejam autorizados no Brasil a desempenhar
qualquer das atividades previstas neste Código. Tal obrigação não implica
no reconhecimento, por parte das instituições participantes, da existência
de qualquer modalidade de assunção, solidariedade ou transferência de
responsabilidade entre esses integrantes. Entretanto, todas as referidas
entidades estarão sujeitas às regras e princípios estabelecidos pelo presente
Código.

§1º. Para os fins previstos neste artigo, considera-se pertencente ao


mesmo conglomerado ou grupo econômico qualquer sociedade controlada,
controladora ou sob controle comum das instituições participantes.

§2º. Caso a instituição participante não associada à ANBIMA queira


cancelar sua adesão ao presente Código, deverá solicitá-la por meio de carta
dirigida ao Presidente do Conselho de Regulação e Melhores Práticas. Tal
pedido somente será deferido no caso de a instituição participante não possuir
qualquer obrigação pendente com a ANBIMA, inclusive oriunda de processos
conduzidos no âmbito de suas atividades de regulação e melhores práticas.

CAPÍTULO III – PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 6º - As instituições participantes devem observar os seguintes


princípios e regras em suas atividades relacionadas às operações de Oferta
Pública de que participem:
I. Nortear a prestação das Atividades pelos princípios da liberdade de
iniciativa e da livre concorrência;
II. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as
regras e princípios contidos neste Código, na legislação pertinente e/ou nas
demais normas estabelecidas pela ANBIMA;

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III. Evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal
e/ou de condições não equitativas, bem como de quaisquer outras práticas que
contrariem os princípios contidos no presente Código, respeitando os princípios 78
de livre negociação;
IV. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício
de sua Atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma
dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas durante o
período em que prestarem as atividades reguladas por este Código; e
V. Buscar desenvolver suas Atividades com vistas a incentivar o mercado
secundário de valores mobiliários, respeitadas as características de cada Oferta
Pública.

DOCUMENTOS DA OFERTA – (Cap VI)

? Dica do Professor
Sempre que uma instituição for fazer uma oferta pública de valores
mobiliários ela deve respeitar as regras abaixo para a elaboração
dos documentos que serão disponibilizados para os investidores.
Essas normas servem para termos padrão nas informações,
que o investidor tenha maior clareza ao ter contato com esses
documentos e dessa forma ter condições de tomar a decisão
correta. Vamos as regras:

Art. 10 - Nas Ofertas Públicas em que atuem na qualidade de


coordenadores, as instituições participantes devem, na forma deste Código,
zelar pela elaboração do prospecto e do formulário de referência, a fim de que
apresentem informações suficientes, claras e precisas, para que o investidor
tome a decisão de investimento com as informações necessárias disponíveis,
observadas, ainda, as disposições constantes do Capítulo I do Anexo I e do
Capítulo I do Anexo II. Devem, ainda:
I. Incluir, no formulário de referência, a descrição de práticas de
governança corporativa diferenciadas, eventualmente adotadas pela emissora,
como, por exemplo, do Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa
publicado pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa;
II. Incluir, no formulário de referência, a análise e os comentários da
administração sobre as demonstrações financeiras da emissora, que deverão
explicitar:
a) Razões que fundamentam as variações das contas do balanço
patrimonial e das demonstrações de resultados da emissora, tomando por
referência, pelo menos, os últimos 3 (três) exercícios sociais; e
b) Razões que fundamentam as variações das contas do balanço
patrimonial e das demonstrações de resultados da emissora, tomando por
referência as últimas Informações Trimestrais (ITR) acumuladas, comparadas
com igual período do exercício social anterior, se for o caso;
III. Incluir, no formulário de referência, informações, se houver, acerca da
adesão da emissora, por qualquer meio, a padrões internacionais relativos à
proteção ambiental, incluindo referência específica ao ato ou documento de
adesão;
IV. Incluir, no formulário de referência, informações, se houver das
políticas de responsabilidade social, patrocínio e incentivo cultural adotadas
pela emissora, assim como dos principais projetos desenvolvidos nessas áreas
ou dos quais participe;

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V. Incluir, no formulário de referência, informações sobre pendências
judiciais e administrativas relevantes da emissora e/ou ofertantes, descrição dos
processos judiciais e administrativos relevantes em curso, com indicação dos 79
valores envolvidos, perspectivas de êxito e informação sobre provisionamento;
VI. Incluir, no prospecto, as informações abaixo especificadas, no que diz
respeito ao relacionamento relevante entre o coordenador e a emissora e/ou
ofertantes, bem como a destinação de recursos, sem prejuízo da observância
das regras e exceções específicas contidas nos anexos deste Código:
a) Relacionamento: apresentar de forma consolidada, as relações da
emissora e/ou ofertantes com o coordenador líder e demais coordenadores
da Oferta Pública, incluindo as empresas dos respectivos grupos econômicos
destes, tais como empréstimos, investimentos, valor, prazo, taxa, garantia e
outras relações eventualmente existentes, inclusive com instituições financeiras
que tenham relações societárias com os coordenadores;
b) Destinação de recursos: descrever genericamente a destinação dos
recursos e destacar se uma parte ou a totalidade será destinada para liquidar
ou amortizar quaisquer operações, inclusive se contratadas junto aos acionistas
controladores e sociedades controladas da emissora e/ou ofertante. Quando
houver destinação de recursos da oferta para liquidar ou amortizar dívidas
devidamente descritas e individualizadas na seção “Destinação de Recursos”
do prospecto, dentro do curso de pagamentos ordinário ou extraordinário junto
aos coordenadores e seus respectivos controladores ou controladas que sejam
instituições financeiras, deverá constar, nesta seção, referência para as seções
de relacionamento e operações vinculadas, nas quais as dívidas em questão
deverão estar descritas conforme parágrafo
3º abaixo;
c) Conflitos de interesses: Informações sobre a existência ou não de
eventuais conflitos de interesses na participação dos coordenadores nas Ofertas
Públicas decorrentes do seu relacionamento com a emissora e/ou ofertantes,
assim como sobre os mecanismos adotados para eliminá-los ou mitigá-los.
VII. Incluir, no formulário de referência, em seção específica, eventual
descrição de políticas de gerenciamento de risco adotadas pela emissora, na
forma da regulamentação aplicável.
§1º. No que diz respeito às alíneas “a” e “c” do inciso VI acima, cada
coordenador é responsável pela prestação de suas informações, estando
individualmente sujeito às penalidades previstas no presente Código no caso
de descumprimento.
§2º. As Ofertas Públicas de CRI devem observar exclusivamente as
informações exigidas pelo inciso VI do caput e o capítulo III do Anexo I deste
Código.
§3º. As instituições participantes que atuem na qualidade de
coordenadores devem zelar para que, quando a emissora informar, na seção
“Destinação de Recursos” do prospecto, a sua intenção de destinar recursos da
oferta para liquidar ou amortizar dívidas devidamente individualizadas, dentro
do curso de pagamentos ordinário ou extraordinário, com os coordenadores
e seus respectivos controladores ou controladas que sejam instituições
financeiras, sejam explicitadas na seção “Operações Vinculadas à Oferta”, de
forma clara e compreensível, as informações abaixo listadas no que diz respeito
às operações individualizadas descritas na seção “Destinação de Recursos” do
prospecto e que serão, conforme informações da emissora, liquidadas e/ou
amortizadas com recursos captados na oferta.
I. A quantia total das operações mencionadas acima;
II. O prazo das operações em questão;
III. A taxa de juros estipulada e o indexador adotado nas operações em
questão;
IV. A individualização de tais operações por coordenador;
V. A existência ou não, no entendimento dos coordenadores, de potencial

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conflito de interesse decorrente da sua participação na oferta e da utilização de
recursos da oferta para liquidação ou amortização das operações em questão.
§4º. O disposto neste artigo não se aplica às Ofertas públicas de ações 80
com esforços restritos.

Art. 11 - Nas Ofertas públicas de ações com esforços restritos em que


atuem na qualidade de coordenadores, as instituições participantes deverão,
na forma deste Código, zelar pela elaboração do memorando, a fim de que
apresentem informações suficientes, claras e precisas, para que o investidor
tome a decisão de investimento com as informações necessárias disponíveis,
observadas, ainda, as disposições constantes no artigo 2º do Capítulo I do
Anexo II.
Art. 12 - É facultado às instituições participantes elaborar documento
contendo resumo das informações acerca da Oferta Pública, a fim de utilizá-
lo na divulgação da mesma, desde que tal documento traga aviso, de forma
destacada, recomendando ao investidor que leia o prospecto, o formulário de
referência ou o memorando, conforme aplicável, especialmente a seção relativa
aos fatores de risco, antes de tomar a decisão de investimento (Material de
Suporte a Venda – road show).
Art. 13 - A instituição participante deve fazer constar do boletim de
subscrição, ou de documento equivalente, informação sobre o local e a forma
de disponibilização do prospecto e do formulário de referência ou declaração
de que o investidor obteve acesso a estes documentos.

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Módulo 5

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5.1 FUNDOS DE INVESTIMENTO
82
-ASPECTOS GERAIS

- CONCEITO

Um fundo de investimento é um condomínio que reúne recursos de um con-


junto de investidores (cotistas) com o objetivo de obter ganhos financeiros a
partir da aquisição de uma carteira formada por vários tipos de investimentos
(conhecidos como ativos). Ao longo deste módulo iremos estudar mais sobre o
tema e nos aprofundar em todos os detalhes, mas vale antecipar que, a admi-
nistração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os
administradores tratam dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da
estratégia de montagem da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro
possível com o menor nível de risco.

- FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS

A principal diferença entre fundos de investimento e fundos de investimento em


cotas está na política de investimento.
• Fundos de Investimento: compram ativos como títulos públicos, CDB’s,
ações, debêntures e etc.
• Fundos de Investimento em cotas: compram cotas de fundos. São uma es-
pécie de investidor (cotista) de fundos de investimento.

- CONDOMÍNIO

Nenhuma comparação é tão adequada para um fundo de investimento quanto


com um condomínio. Os investidores nada mais são que condôminos que ra-
teiam as despesas com a administração do patrimônio para garantir sua con-
tínua valorização. Ao invés de ser dono de um imóvel, cada investidor detém
quotas de um fundo que investe em títulos ou valores mobiliários. O gestor
tem responsabilidades parecidas com a do síndico. É ele quem vai contratar
os profissionais que darão suporte ao fundo e decidir onde colocar o dinheiro
dos condôminos baseado nas regras estabelecidas. Assim como nas reuniões
de condomínio, as mudanças de estatuto precisarão ser discutidas em assem-
bleias de quotistas. As vantagens dos fundos também são as mesmas dos con-
domínios. Investir o próprio dinheiro é uma prática que demanda tempo, expe-
riência e conhecimento do mercado financeiro. Para quem não tem nada disso,
a melhor opção é contratar alguém capaz de realizar o trabalho – e ratear as
despesas com outras pessoas com interesses semelhantes. Se por um lado o
morador de um apartamento dispõe de benefícios como academia e área de
lazer por dividir os custos de construção e conservação com seus vizinhos, um
fundo garante ao pequeno investidor acesso a ativos mais caros que sozinho ele
não conseguiria comprar.

Podemos entender o termo condomínio, como a comunhão de recursos onde


os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos ao investir no mercado financeiro
e de capitais.
É dessa base legal como condomínio que emerge o sucesso do fundo de in-
vestimento, pois, o capital investido por cada um dos investidores cotistas, é
somado aos recursos de outros cotistas para, em conjunto e coletivamente, ser
investido no mercado, com todos os benefícios dos ganhos de escala, da diver-
sificação de risco e da liquidez das aplicações.

- COTA

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É uma fração ideal do patrimônio do fundo, e serão escriturais e nominativas.
Ao aplicar seus recursos num fundo, o investidor adquire um determinado nú- 83
mero de cotas que é obtido dividindo-se o valor aplicado pelo valor da cota da
data da aplicação ou do dia útil posterior (conforme disponha o regulamento
do fundo).

- PROPRIEDADE DOS ATIVOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Excluindo os Fundos Imobiliários (por terem características específicas), a pro-


priedade dos ativos de um fundo de investimento é do condomínio e a cada um
cabe a fração ideal representada pelas cotas.

- REGISTRO DOS FUNDOS

O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos e infor-


mações:

I – Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições da Instru-


ção CVM 555;
II – Reclaração do administrador do fundo de que o regulamento do fundo está
plenamente aderente à legislação vigente;
III – Os dados relativos ao registro do regulamento em cartório de títulos e do-
cumentos;
IV – Nome do auditor independente;
V – Inscrição do fundo no CNPJ; e
VI – Lâmina de informações essenciais, elaborada de acordo com a exigência
da instrução CVM 555, no caso de fundo aberto que não seja destinado exclusi-
vamente a investidores qualificados.

- SEGREGAÇÃO ENTRE GESTÃO DE RECURSOS PRÓPRIOS E DE TER-


CEIROS (CHINESE WALL)

Este é um conceito que você precisa dominar, pois ele é de extrema importân-
cia. A norma diz que as instituições financeiras devem ter suas atividades de
administração de recursos próprios e recursos de terceiros (Fundos), totalmente
separadas e independentes de forma a prevenir potenciais conflitos de interes-
ses.
Desta forma as aplicações/resgates realizados nos fundos de investimento por
meio de distribuidores que estejam atuando por conta e ordem de clientes de-
vem ser efetuadas de forma segregada, de modo que os bens e direitos inte-
grantes do patrimônio de cada um dos clientes, bem como seus frutos e rendi-
mentos, não se comuniquem com o patrimônio do distribuidor.

- ASSEMBLÉIA GERAL DE COTISTAS (COMPETÊNCIAS E DELIBERA-


ÇÕES)

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Como já tratamos acima, da mesma forma que ocorrer assembleias nos condo-
mínio residenciais, aqui em fundos de investimento elas também acontecem. Na
reunião dos cotistas, eles deliberam sobre certos assuntos referentes ao Fundo. 84
Vejamos abaixo, de acordo com a Instrução CVM, o que compete privativamen-
te à Assembleia Geral de Cotistas deliberar:

I – As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;

II – A substituição do administrador, gestor ou custodiante do fundo;

III – A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do fundo;

IV – O aumento da taxa de administração, da taxa de performance ou das taxas


máximas de custódia;

V – A alteração da política de investimento do fundo; VI – a emissão de novas


cotas, no fundo fechado;

VII – A amortização e o resgate compulsório de cotas, caso não estejam pre-


vistos no regulamento; e

VIII – A alteração do regulamento, exceto quando:


a) decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a exigências
expressas da CVM

ou de adequação a normas legais ou regulamentares;

b) for necessária em virtude da atualização dos dados cadastrais do ad-


ministrador ou dos prestadores de serviços do fundo, tais como alteração
na razão social, endereço, página na rede mundial de computadores e
telefone;

c) envolver redução da taxa de administração ou da taxa de performan-


ce.

• Convocação
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência enca-
minhada a cada cotista, com pelo menos 10 dias de antecedência em relação à
data de realização.

A presença da totalidade dos cotistas supre a falta de convocação.

Ainda de acordo com a Instrução CVM, além da assembleia geral, o adminis-


trador, o gestor, o custodiante ou o cotista ou grupo de cotistas que detenha,
no mínimo, 5% (cinco por cento) do total de cotas emitidas, podem convocar a
qualquer tempo assembleia geral de cotistas, para deliberar sobre ordem do dia
de interesse do fundo ou dos cotistas.

A Assembleia Geral é instalada com a presença de qualquer número de cotistas.

Temos 2 tipos de assembleia, a Ordinária e a Extraordinária. Vejamos abaixo


detalhes sobre cada uma delas:

AGO (Assembléia Geral Ordinária) é convocada anualmente para deliberar so-


bre as demonstrações contábeis do Fundo. Deve ocorrer em até 120 dias após
o término do exercício social. Esta Assembleia Geral somente pode ser realiza-
da no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos cotistas as demonstrações

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contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado.

Quaisquer outras Assembleias são chamadas de AGE (Assembléia Geral Extra- 85


ordinária).

- DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS COTISTAS

O cotista deve ser informado:


• Do objetivo do fundo;
• Da política de investimento do fundo e dos riscos associados a essa política
de investimentos;
• Das taxas de administração e de desempenho cobradas, ou critérios para
sua fixação, bem como das demais taxas e despesas cobradas;
• Das condições de emissão e resgate de cotas do fundo e quando for o caso,
da referência de prazo de carência ou de atualização da cota;
• Dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal são divulgadas as
informações do fundo;
• Quando for o caso, da referência a contratação de terceiros como gestor
dos recursos. Sempre que o material de divulgação apresentar informações
referentes à rentabilidade ocorrida em períodos anteriores, deve ser incluída
advertência, com destaque, de que:

1. Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador ou


por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo garantidor de
crédito;
2. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de renta-
bilidade futura.

Uma informação que a prova costuma cobrar é sobre o prazo para avaliação da
performance do fundo de investimento, e você deve dominar que é recomen-
dável uma análise de período de, no mínimo, 12 meses

O cotista deve ter acesso:


• Ao Regulamento e ao Formulário de Informação Complementar;
• Ao valor do patrimônio líquido, valor da cota e a rentabilidade no mês e no
ano civil;
• A composição da carteira do fundo (o administrador deve colocá-la disposi-
ção dos cotistas).

O cotista deve receber:


• Mensalmente extrato dos investimentos;
• Anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com os rendimentos ob-
tidos no ano civil, número de cotas possuídas e o valor da cota.

Obrigações dos cotistas


Isso mesmo, obrigações. O cotista de um fundo tem seus deveres e no momen-
to de seu aporte deve ser informado e estar ciente de obrigações, tais como:

• O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas situações em


que o PL do fundo se tornar negativo;
• O cotista pagará taxa de administração, de acordo com o percentual e cri-
tério do fundo.
• Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos
que o fundo pode incorrer;
• Comparecer nas assembleias gerais;

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• Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador possa
lhe enviar os documentos.
86
INFORMAÇÕES RELEVANTES (DISCLAIMERS)

As Informações Relevantes ou Disclaimers são obrigatórias a todos os fundos de


investimentos. Vejamos abaixo, quais informações devem ser disponibilizadas:

• Divulgar, diariamente o valor do patrimônio líquido e da cota.


• Mensalmente, remeter aos cotistas um extrato com as seguintes informa-
ções:
• Nome do Fundo e o número de seu registro no CNPJ;
• Nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
• Nome do cotista;
• Saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação
ocorrida ao longo do mesmo;
• Rentabilidade do Fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior
e o último dia útil do mês de referência do extrato;
• Data de emissão do extrato da conta; e
• O telefone, o correio eletrônico e o site

Anualmente, colocar as demonstrações financeiras do Fundo, incluindo o Balan-


ço, à disposição de qualquer interessado que as solicitar.

- OBRIGAÇÕES DO ADMINISTRADOR DO FUNDO DE INVESTIMENTO

• Remeter aos cotistas dos fundos não destinados exclusivamente a investi-


dores qualificados a demonstração de desempenho do fundo, até o último dia
útil de fevereiro de cada ano;
• divulgar, em lugar de destaque na sua página na rede mundial de computa-
dores e sem
• proteção de senha, o item 3 da demonstração de desempenho do fundo
relativo:

a) aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o último dia útil de


fevereiro de cada ano; e

b) aos 12 (doze) meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de


agosto de cada ano.

- REGRAS GERAIS SOBRE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

Todas as informações divulgadas pelo administrador do fundo de investimen-


to, devem ser verdadeiras, completas, consistentes e não induzir o investidor a
erro. Além disso todas as informações relativas ao fundo devem ser escritas em
linguagem simples, clara, objetiva e concisa. Um outro ponto é que a divulga-
ção de informações sobre o fundo deve ser abrangente, equitativa e simultânea
para todos os cotistas.

Veja mais regras:


• As informações fornecidas devem ser úteis à avaliação do investimento.
• As informações relativas ao fundo não podem assegurar ou sugerir a exis-
tência de garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o investidor.
• Informações factuais devem ser diferenciadas de interpretações, opiniões,
projeções eestimativas.
• Informações factuais devem vir acompanhadas da indicação de suas fontes.

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Essas regras citadas acima se aplicam ao Formulário de Informações Comple-
mentares – FIC, à lâmina e a qualquer outro material de divulgação do fundo.
87
Agora você já se perguntou o que acontece se existir falha na disponibilização
dessas informações? Veja agora o que acontece:
• Caso as informações divulgadas apresentem incorreções ou impropriedades
que possam induzir o investidor a erros de avaliação, a CVM pode exigir:

1) a cessação da divulgação da informação; e


2) a veiculação, com igual destaque e por meio do veículo usado para di-
vulgar a informação original, de retificações e esclarecimentos, devendo
constar, de forma expressa, que a informação está sendo republicada por
determinação da CVM.

- SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES:

Agora chegou a hora de descobrir quem atua/trabalha em um fundo de investi-


mento e quais as funções de cada um desses profissionais. Veja abaixo de forma
detalhada:

ADMINISTRADOR: Responsável legal pelo funcionamento do fundo. Controla


todos os prestadores de serviço, e defende os interesses dos cotistas. Respon-
sável por comunicação com o cotista.

CUSTODIANTE: Responsável pela “guarda” dos ativos do fundo. Responde


pelos dados e envio de informações dos fundos para os gestores e administra-
dores.

DISTRIBUIDOR: Responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o pró-
prio administrador ou terceiros contratados por ele.

GESTOR: Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão) se-
gundo política de investimento estabelecida em regulamento. Quando há apli-
cação no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando houver
resgate o gestor terá que vender ativos da carteira.

AUDITOR INDEPENDENTE: Todo Fundo deve contratar um auditor indepen-


dente que audite as contas do Fundo pelo menos uma vez por ano.

- TIPOS DE FUNDOS

Temos alguns tipos de fundos e chegou a hora de entender como funciona cada
um deles, veja:

- Fundos Abertos:
A principal característica desse tipo de fundo é que os cotistas podem solicitar o
resgate de suas cotas a qualquer momento. Uma característica bastante impor-
tante é que o número de cotas do Fundo Aberto é variável. Quando acontece
uma nova aplicação no fundo são geradas novas cotas e o administrador com-
pra ativos para o Fundo; quando um cotista solicita um resgate, suas cotas de-
saparecem, e o administrador é obrigado a vender ativos para pagar o resgate.

- Fundos Fechados:
Nesse tipo de fundo o cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo
de duração do Fundo. De outra forma o resgate só poderá ser feito respeitando:
• eventual liquidação;
• caso haja deliberação neste sentido por parte da assembleia geral dos co-

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tistas; ou
• haja esta previsão no regulamento do Fundo.
88
Se o cotista quiser seus recursos antes, ele deverá vender suas cotas para algum
outro investidor interessado em ingressar no Fundo

Por conta de suas características específicas, esse fundo deve contemplar em


seus materiais de divulgação de distribuição pelo menos as seguintes informa-
ções:
• Nome do fundo;
• Nome e endereço do administrador e gestor, se houver;
• Nome e endereço das instituições responsáveis pela distribuição;
• Política de investimento, público alvo e principais características do fundo;
• Mercado onde as cotas do fundo são negociadas;
• Condições de subscrição e integralização;
• Data do início e encerramento da distribuição;
• Os dizeres, de forma destacada: “A concessão do registro da presente distri-
buição não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informações
prestadas ou julgamento sobre a qualidade do fundo, de seu administrador ou
das cotas a serem distribuídas”.

- Fundos Restritos

Chamo sua atenção nessa definição e peço que você anote as diferenças des-
te fundo com a do próximo que iremos estudar. Os Fundos classificados como
“Restritos” são aqueles constituídos para receber investimentos de um grupo
restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única família, ou empre-
sas de um mesmo grupo econômico.
Também são muito comuns fundos restritos à investidores qualificados. Aten-
te-se que no caso de fundos exclusivos são sempre restritos à Investidores Pro-
fissionais.

- Fundos Exclusivos

Os Fundos classificados como “Exclusivos” são aqueles constituídos para rece-


ber aplicações exclusivamente de um único cotista. Somente investidores PRO-
FISSIONAIS podem ser cotistas de Fundos exclusivos.
Como temos apenas 1 cotista e não existe risco de transferência de riqueza, a
apreçamento é facultativa.

- Fundos de Investimento com carência

Os fundos com Carência oferecem possibilidade de resgate após o término da


carência. Sendo assim, o regulamento do fundo pode estabelecer prazo de ca-
rência para resgate, com ou sem rendimento.
Existe um item importante neste tipo de fundo que é sobre o resgate antes do
término da carência (a carência estará sempre estabelecida no Formulário de
Informações Complementares). Neste caso terá incidência de cobrança de IOF
a alíquota de 0,5% ao dia.

- Fundos de Investimento sem carência

Neste tipo de fundo, o investidor pode realizar resgates a qualquer momento.


Chamamos isso de liquidez diária.

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- TAXAS ENVOLVIDAS AO SE APLICAR EM FUNDOS DE INVESTIMENTO

- Taxa de Administração 89
A taxa de administração é um percentual pago pelos cotistas de um fundo para
remunerar todos os prestadores de serviço (ex: 2% a.a.). Como citado no exem-
plo, é uma taxa expressa ao ano (a.a.), calculada e deduzida/descontada diaria-
mente.
Dois pontos importantíssimo para memorizar:
1) A cobrança de taxa de administração afeta o valor da cota.
2) A rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é sempre liquida de
taxa de administração.

- Taxa de Performance

O próprio nome já diz tudo, ela é uma taxa que reconhece a estratégia adotada
pelo fundo. Trata-se de um percentual (%) cobrado do cotista quando a renta-
bilidade do fundo supera a de um indicador de referência (benchmark).
Agora a pergunta, será que todos os fundos cobram taxa de performance? –
Não, nem todos os fundos cobram taxa de performance.
A cobrança dessa taxa ocorre somente após a dedução de todas as despesas,
inclusive da taxa de administração.
Dentro deste assunto temos ainda um termo chamado Linha d’agua, que é a
metodologia utilizada para cobrança da taxa de performance.

Periodicidade: Semestral.

- Taxa de ingresso ou de saída

Embora não sejam comuns, as taxas de ingresso e saída podem sim ser cobra-
das, tudo vai depender do fundo de investimento que você for escolher. Elas
são cobradas na aquisição de cotas do fundo (ingresso) ou quando o investidor
solicita o resgate de suas cotas (saída).

- DESPESAS DE UM FUNDO DE INVESTIMENTO

Entenda este item como o quanto custa para o fundo de investimento operar.
De acordo com a Instrução CVM 409 são encargos do Fundo de Investimento,
além da Taxa de Administração, os impostos e contribuições que incidam sobre
os bens, direitos e obrigações do fundo, as despesas com impressão expedi-
ção e publicação de relatórios, formulários e informações periódicas, previstas
no regulamento, as despesas de comunicação aos condôminos, os honorários
e despesas do auditor, os emolumentos e comissões nas operações do fundo,
despesas de fechamento de câmbio vinculadas as suas operações, os honorá-
rios de advogados e despesas feitas em defesa dos interesses do fundo, quais-
quer despesas inerentes a constituição ou liquidação do fundo ou a realização
de assembleia geral de condôminos, e as taxas de custodia de valores do fundo.

- DOCUMENTOS DOS FUNDOS

- Regulamento:
Documento que estabelece as regras de funcionamento e operacionalização
de um fundo de investimento, segundo legislação vigente.
As alterações no regulamento dependem de prévia aprovação da assembleia
geral de cotistas e devem ser comunicadas à CVM. É importante saber que as
alterações feitas no regulamento do Fundo de Investimento implicam modifica-

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ções nas condições de funcionamento do Fundo. Portanto, o cotista deve ana-
lisar as modificações propostas de acordo com seus interesses como investidor.
O regulamento deve dispor sobre a taxa de administração, que remunerará to- 90
dos os serviços do fundo, podendo haver remuneração baseada no resultado
do fundo (taxa de performance), bem como taxa de ingresso e saída.

- Formulário de Informações Complementares – FIC:


Divulga a atual Política de Divulgação Informações do fundo e fornecer infor-
mações complementares, tais como descrição da tributação, taxas riscos e etc.
O FIC é um documento de natureza virtual e deve ser disponibilizado no site do
administrador e do distribuidor.

Art. 41. O formulário de informações complementares deve abranger pelo me-


nos o seguinte:

I – Periodicidade mínima para divulgação da composição da carteira do fundo,


sem prejuízo do prazo previsto no art. 59, inciso II;
II – Local, meio e forma de divulgação das informações;
III – Local, meio e forma de solicitação de informações pelo cotista;
IV – Exposição, em ordem de relevância, dos fatores de riscos inerentes à com-
posição da carteira do fundo;
V – Descrição da política relativa ao exercício de direito do voto decorrente dos
ativos financeiros detidos pelo fundo;
VI – Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contemplan-
do a política a ser adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário
perseguido;
VII – Descrição da política de administração de risco, em especial dos métodos
utilizados pelo administrador para gerenciar os riscos a que o fundo se encontra
sujeito, inclusive risco de liquidez;
VIII – Quando houver, identificação da agência de classificação de risco de cré-
dito contratada pelo fundo, bem como a classificação obtida e advertência de
que a manutenção desse serviçonão é obrigatória, podendo ser descontinuado
a critério do administrador do fundo ou da assembleia geral de cotistas;
IX – Apresentação detalhada do administrador e do gestor, inclusive informa-
ções sobre o departamento técnico e demais recursos e serviços utilizados pelo
gestor para gerir a carteira do fundo;
X – Relação dos demais prestadores de serviços do fundo;
XI – Política de distribuição de cotas; e
XII – Quaisquer outras informações que o administrador entenda relevantes.

§ 1o O fundo que mencionar ou sugerir, em seu regulamento, lâmina, se houver,


ou em qualquer outro material de divulgação, que tentará obter o tratamento
fiscal previsto para fundos de longo prazo, mas sem assumir o compromisso de
atingir esse objetivo, ou que irá fazê-lo apenas quando considerar conveniente
para o fundo, deve incluir, dentre os fatores de risco de que trata o inciso IV, o
risco de não obtenção do tratamento tributário perseguido e as consequências
da perda do tratamento tributário perseguido, explicitando as alíquotas incorri-
das pelos cotistas em tais casos.

§ 2o O fundo que realizar a cobrança de taxa de performance nos termos do


art. 87, inciso III (método do ajuste) deve, na descrição da tributação aplicável
referida no inciso VI, esclarecer a eventual incidência de tributos sobre os ajus-
tes individuais.

§ 3o A política de distribuição de cotas referida no inciso XI, deve abranger pelo


menos o seguinte:

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I – Descrição da forma de remuneração dos distribuidores;
II – Informação se o principal distribuidor oferta, para o público alvo do fundo,
preponderantemente fundos geridos por um único gestor, ou por gestoras liga- 91
das a um mesmo grupo econômico; e
III – Qualquer informação que indique a existência de efetivo ou potencial con-
flito de interesses no esforço de venda, bem como, de forma objetiva, explicitar
a natureza e eventuais medidas de mitigação de tal conflito.

- Lâmina:
A Lâmina dos fundos é um relatório que tem como objetivo disponibilizar as
principais informações do fundo como rentabilidade, liquidez, patrimônio líqui-
do e principais objetivos do fundo.
Desta forma a lâmina do fundo reúne, de maneira concisa, em uma única pági-
na, as principais características operacionais da aplicação, além dos principais
indicadores de desempenho da carteira.

- Termo de Adesão:
Todo cotista ao ingressar no fundo deve atestar, mediante formalização de ter-
mo de adesão e ciência de risco, que:

I – Teve acesso ao inteiro teor:


a) do regulamento;
b) da lâmina, se houver; e
c) do formulário de informações complementares;

II – Tem ciência:
a) os fatores de risco relativos ao fundo;
b) de que não há qualquer garantia contra eventuais perdas patrimoniais
que possam ser incorridas pelo fundo;
c) de que a concessão de registro para a venda de cotas do fundo não
implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das informações pres-
tadas ou de adequação do regulamento do fundo à legislação vigente ou
julgamento sobre a qualidade do fundo ou de seu administrador, gestor e
demais prestadores de serviços; e
d) se for o caso, de que as estratégias de investimento do fundo podem
resultar em perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obri-
gação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do
fundo.

- Lâmina de informações essenciais

Vejamos abaixo o que este documento deve contemplas e quais regras precisa
cumprir:

Art. 42.: O administrador de fundo aberto que não seja destinado exclusiva-

mente desde que:


1) A ordem das informações seja mantida;
2) O conteúdo seja igual ao anexo da instrução CVM 555;
3) Os logotipos e formatação não dificultem o entendimento das informações;
e
4) Quaisquer informações adicionais:
a) sejam acrescentadas ao final do documento;
b) não dificultem o entendimento das informações contidas na lâmina; e
c) sejam consistentes com o conteúdo da lâmina e do Formulário de In-
formações Complementares – FIC.

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A lâmina deve ser atualizada mensalmente até o dia 10 (dez) de cada mês com
os dados relativos ao mês imediatamente anterior. 92
O administrador do fundo deve enviar a lâmina à CVM, por meio de sistema ele-
trônico disponível na página da CVM na rede mundial de computadores, sempre
que esta for atualizada, na mesma data de sua atualização.

O administrador deve:
I – Se certificar que os potenciais investidores (futuro cotista) tenham acesso a
lâmina antes de seu ingresso no fundo; e
II – Divulgar, em lugar de destaque na sua página na rede mundial de computa-
dores e sem proteção de senha, a lâmina atualizada.

- PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

Antes de entrarmos a fundo na estratégia propriamente dita, precisamos en-


tender o que acontece quando um investidor aplica ou solicita um resgate do
fundo, vamos lá?

O que acontece quando um investidor aplica recursos:


Quando o cotista aplica recursos em um fundo (compra de cotas), o gestor de-
verá comprar ativos para a carteira do fundo (com o recurso que o cotista apli-
cou).
Obs.: Na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o valor da cota do dia
ou do dia seguinte ao da data da aplicação, segundo o disposto no regula-
mento.

O que acontece quando um investidor solicita um resgate do seu recurso (par-


cial/total):
Quando o cotista resgata recursos de um fundo (venda de cotas), cabe ao ges-
tor do fundo vender ativos para conseguir recursos para honrar o resgate e pa-
gar o cotista.

O que acontece quanto o fundo não consegue pagar um valor de resgate soli-
citado por um cotista?
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira do fun-
do, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liqui-
dez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do
fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o administrador
poderá declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates.
Caso o fundo permaneça fechado por período superior a 5 (cinco) dias conse-
cutivos será obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, no
prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar
da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades:
1) Substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
2) Reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
3) Possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
4) Cisão do fundo; e
5) Liquidação do fundo.

Agora que entendemos esses fatores, vamos para as estratégias existentes.

- Fundos de Investimento com Gestão Passiva (FUNDO INDEXADO)

Fundos passivos ou indexados, ou ainda, fundos com gestão passiva, são aque-
les que buscam alcançar uma rentabilidade a mais próxima o possível de seu

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parâmetro de comparação (benchmark) e com a menor volatilidade possível de
sua rentabilidade em relação à deste mesmo parâmetro.
Seu objetivo, portanto, é de replicar (acompanhar) determinado índice usado 93
como parâmetro de performance, diretamente, por meio da aquisição de ati-
vos atrelados ao índice de referência da carteira, ou indiretamente, por meio de
contratos de derivativos.

FUNDOS ATIVOS

Fundos ativos ou fundos com gestão ativa são aqueles que buscam superar a
rentabilidade de seu parâmetro de comparação (benchmark). Para atingir esse
objetivo, o gestor pode adotar estratégias de exposição a riscos (crédito, mer-
cado e liquidez) com ou sem alavancagem, tanto em renda fixa quanto em ren-
da variável.

- PRINCIPAIS BENCHMARK

Renda fixa:

DI: As negociações entre os bancos (lastro em títulos privados) geram a Taxa DI,
referência para a maior parte dos títulos de renda fixa ofertados ao investidor. É
hoje o principal benchmark do mercado.

SELIC: Taxa de juros calculada com base nas negociações entre os bancos,
quando o lastro é títulos públicos.

IPCA: Principal Índice de Inflação do país. Utilizado no sistema de metas do


COPOM. Calculado e divulgado pelo IBGE.

IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado: calculado pela FGV, esse índice ori-
gina-se de média ponderada de índices que medem a inflação dos preços ao
atacado, ao consumidor e da construção civil respectivamente:
• IPA-M (60%)
• IPC-M (30%)
• INCC-M (10%)

IMA Geral: O IMA (Índice de Mercado ANBIMA) é uma família de índices de


renda fixa que representam a dívida pública por meio dos preços a mercado de
uma carteira de títulos públicos federais.
Os subíndices do IMA são determinados pelos indexadores aos quais os títulos
são atrelados:
• IRF-M (prefixados)
• IMA-B (indexados pelo IPCA)
• IMA-C (indexados pelo IGP-M)
• IMA-S (pós-fixados pela taxa Selic)

Além disso, são divulgados diariamente:


• IMA-Geral ex-C
• Carteira que exclui títulos indexados ao IGP-M (NTN-C), por conta da
não emissão de novos títulos e baixa liquidez observada no segmento
• IRF-M 1 e IRF-M 1+; IMA-B 5 e IMA-B 5+
• Segmentações dos subíndices IRF-M e IMA-B segundo o prazo de seus
componentes, de forma a atender aos diferentes perfis de maturidade.

A carteira teórica do IMA-Geral é composta por todos os títulos elegíveis, repre-


sentando a evolução do mercado como um todo.

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- PRINCIPAIS BENCHMARK
94
Renda Variável:

Ibovespa: Índice que acompanha a evolução média das cotações das ações
negociadas na Bolsa. É o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira te-
órica de ações, integrada pelas ações que, em conjunto, representaram 80%
do volume transacionado (maior liquidez) à vista nos doze meses anteriores à
formação da carteira.

IBrX: Índice Brasil de Ações – composto por uma carteira teórica por 100 ações
selecionadas na Bovespa em ordem decrescente por liquidez em termos de seu
índice de negociabilidade (número de negócios e volume financeiro medidos
nos últimos doze meses).

ISE: Índice de Sustentabilidade Empresarial é utilizado para análise compara-


tiva de performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da
sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no equilíbrio
ambiental, na justiça social e na governança corporativa.

- PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

De acordo com a instrução normativa CVM 555, os fundos de investimento,


quanto a sua política de investimento, são classificados em:

1) Fundos Renda Fixa


a. Curto Prazo
b. Referenciado
c. Simples
d. Dívida Externa
2) Fundos de Ações
3) Fundos Cambiais
4) Fundos Multimercado

- FUNDOS DE RENDA FIXA

Deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação da taxa de
juros doméstica ou de índice de preços ou ambos.
Investem no mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de ren-
da fixa expostos a variação da taxa de juros ou a um índice de preços,
ou ambos.
Sua carteira é composta por títulos que rendem uma taxa previamente acorda-
da. Estes fundos se beneficiam em um cenário de queda de juros, mas tem risco
de taxa de juros e eventualmente crédito.
Estes Fundos podem ser adicionalmente classificados como “Longo Prazo”,
quando o prazo médio de sua carteira superar 365 dias.
É vedada a cobrança de taxa de performance (resumo: não pode), salvo quando
se tratar de Fundo destinado a investidor qualificado.

- FUNDO DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO

O fundo classificado como “Renda Fixa” que aplique seus recursos exclusiva-
mente em títulos públicos federais ou privados (de baixo risco de crédito), pré-
-fixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou títulos indexados

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a índices de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 (trezentos e setenta
e cinco) dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 (sessenta) dias
devem incluir, à sua denominação, o sufixo “Curto Prazo”. 95
Podem utilizar-se de estratégia com derivativos somente para proteção da car-
teira.

É vedada a cobrança de taxa de performance (resumo: não pode), salvo quando


se tratar de Fundo destinado a investidor qualificado.

- FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADOS

Como o próprio nome já diz, ele acompanha uma referência. O fundo classifi-
cado como “Renda Fixa” cuja política de investimento assegure que ao menos
95% (noventa e cinco por cento) do seu patrimônio líquido esteja investido em
ativos que acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de re-
ferência deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Referenciado” seguido da
denominação de tal índice.

Uma outra característica é que esses fundos devem ter 80% (oitenta por cen-
to), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulativa-
mente, por títulos da dívida pública federal ou por ativos financeiros de renda
fixa considerados de baixo risco de crédito pelo gestor.

Esses fundos tem a sua atuação restrita a respectiva atuação nos mercados de
derivativos à realização de operações com o objetivo de proteger posições de-
tidas à vista (hedge).

É vedada a cobrança de taxa de performance (resumo: não pode), salvo quando


se tratar de Fundo destinado a investidor qualificado.

- FUNDOS DE RENDA SIMPLES

O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 95% (noventa e cinco por
cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou cumulati-
vamente, por títulos da dívida pública federal ou títulos de renda fixa de emissão
ou coobrigação de instituições financeiras que possuam classificação de risco
atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos títulos da
dívida pública federal, esses fundos devem incluir em sua denominação, o sufixo
“Simples”.

Exitem algumas coisas que são proibidas ao fundo simples, são elas:

• Cobrança de taxa de performance;


• Realização de investimentos no exterior;
• Concentração em créditos privados;
• Transformação do fundo em fundo fechado.

A lâmina de informações essenciais do fundo de que trata o caput deve compa-


rar a performance do fundo com a performance da taxa SELIC.

Dispensa do Termo de Adesão e ciência de risco. Guarde essa infor-


mação pois é frequente a prova cobrar.

- FUNDOS DE RENDA FIXA DE DIVIDA EXTERNA

Deverão aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio líquido em títulos repre-

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sentativos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo permitida a
aplicação de até 20% do patrimônio líquido em outros títulos de crédito tran-
sacionados no mercado internacional. 96

• Os títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União


devem ser mantidos, no exterior, em conta de custódia.
• Os títulos integrantes da carteira do fundo devem ser custodiados em enti-
dades habilitadas a prestar esse serviço pela autoridade local competente.
• A aquisição de cotas de outros fundos classificados como “Dívida Externa”
não está sujeita a incidência de limites de concentração por emissor.
• Os recursos porventura remanescentes podem:
a) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados
de derivativos no exterior, exclusivamente para fins de “hedge” dos títulos
integrantes da respectiva carteira, ou ser mantidos em conta de depósito
em nome do fundo, no exterior, observado, relativamente a essa última
modalidade, o limite de 10% do patrimônio líquido respectivo;
b) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados
de derivativos no País, exclusivamente para fins de “hedge” dos títulos
integrantes da respectiva carteira e desde que referenciadas em títulos
representativos de dívida externa de responsabilidade da União, ou ser
mantidos em conta de depósito à vista em nome do fundo, no País, ob-
servado, no conjunto, o limite de 10% do patrimônio líquido respectivo.
Podem cobrar taxa de performance.

- FUNDO CAMBIAL

Os fundos classificados como “Cambiais” devem ter como principal fator de


risco de carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do
cupom cambial. No mínimo 80% (oitenta por cento) da carteira deve ser com-
posta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos, ao
fator de risco que dá nome à classe.
Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita em R$
(reais), e sua carteira é composta por papéis que buscam acompanhar a va-
riação da moeda norte americana, porém fique atento, ele não acompanha a
cotação do dólar.

Permite cobrança de taxa de performance.

- FUNDO DE AÇÕES

O fundo de ações (se assim quiser ser denominado) tem como regra investir
no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas no mercado
à vista de bolsa de valores. Isso quer dizer que pode-se concentrar mais do que
67% em ações, porém menos não.
A performance destes fundos está sujeita à variação de preço das ações que
compõem sua carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem objetivos de
investimento de longo prazo.
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois
terços) do seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias lista-
das em segmento de negociação de valores mobiliários, voltado ao mercado de
acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade do mercado de balcão
organizado, que assegure, por meio de vínculo contratual, práticas diferencia-
das de governança corporativa devem usar, em seu nome, a designação “Ações
– Mercado de Acesso”.

Existem algumas estratégias para alocação dos recursos em fundos de ações e

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vamos entender melhor agora:
• Market timing: que se utiliza com a finalidade de tomar decisões de compra e
venda de ativos financeiros, tentando adiantar-se aos movimentos futuros dos 97
preços de mercado. Este movimento, quando acertado, é um poderoso instru-
mento para bater o benchmark.
• Stock picking: é a estratégia de escolher algumas ações ou ativos “campe-
ões”, e temos o conjunto de técnicas usados pela grande maioria da comunida-
de financeira brasileira. Esta aposta se dá, geralmente, em relação às ações que
fazem parte do benchmark. Por exemplo, se VALE representa 20% da carteira
do Ibovespa, e o administrador acredita que seja uma boa alternativa de investi-
mento, pode comprar 25% para a carteira do Fundo. Se o administrador estiver
correto, estes 5% extras ajudarão a ultrapassar o benchmark.
• Arbitragem: comprar e vender o mesmo ativo, com características ligeira-
mente diferentes, ganhando o diferencial do preço. Por exemplo, compra de
uma ação ON e venda de uma ação PN do mesmo emissor. Nesse caso, o admi-
nistrador não está fazendo aposta com relação à direção da bolsa, mas apenas
com relação ao diferencial de preços entre esses dois ativos.

Os fundos de ações podem cobrar taxa de performance.

- FUNDOS MULTIMERCADOS

Os Fundos classificados como “Multimercado” devem possuir políticas de inves-


timento que envolva vários fatores de risco, sem o compromisso de concentra-
ção em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes
previstas na instrução. Ou seja, este tipo de Fundo pode aplicar em DI/SELIC,
índices, taxas de juros, moedas, dívida externa e ações.

Permite usar estratégia de derivativos para alavancagem e é um tipo de fundo


que permite cobrança de taxa de performance.

- NORMAS RELATIVAS À CONCENTRAÇÃO EM CRÉDITOS PRIVADOS

Neste caso o fundo de investimento que aplicar seus recursos em qualquer ativo
ou modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídi-
cas de direito privado ou de emissores públicos outros que não a União Federal
que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% (cinquenta por cento) de
seu patrimônio líquido, deverá observar as seguintes regras, cumulativamente
àquelas previstas para sua classe:

I – Na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”;


II – O regulamento, o Formulário de Informações Complementares – FIC e o ma-
terial de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de que o fundo
está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de
eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira,
inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração tempo-
rária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis
pelos ativos do fundo.

- FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMEN-


TO

Também conhecidos como fundo de investimento em cotas, esses fundos de-


verão manter, no mínimo, 95% (noventa e cinco por cento) de seu patrimônio
investido em cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto os
fundos de investimento em cotas classificados como “Multimercado”, que po-

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dem investir em cotas de fundos de classes distintas.

Os restantes 5% (cinco por cento) do patrimônio do fundo poderão ser manti- 98


dos em depósitos à vista ou aplicados em:

• Títulos públicos federais;


• Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
• Operações compromissadas (Operação envolvendo títulos de renda fixa.) ,
de acordo com a regulação específica do Conselho Monetário Nacional – CMN.

Deverá constar da denominação do fundo a expressão “Fundo de Investimento


em Cotas de Fundos de Investimento” acrescida da classe dos fundos investidos
de acordo com regulamentação específica.

- FUNDOS DE INVESTIMENTO EM ÍNDICE DE MERCADO – FUNDOS DE


ÍNDICE

Também conhecidos como ETF (Exchange Traded Funds), esses fundos tratam-
-se de uma comunhão de recursos destinado à aplicação em carteira de títulos
e valores mobiliários que vise refletir as variações e rentabilidade de um índice
de referência, por prazo indeterminado. Da denominação do fundo deve cons-
tar a expressão “Fundo de Índice” e a identificação do índice de referência.

Uma característica interessante é que sua principal forma de divulgação de in-


formações é a sua página na rede mundial de computadores.

Esse fundo deve como regra manter 95% (noventa e cinco por cento), no mí-
nimo, de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários ou outros ativos de
renda variável autorizados pela CVM, na proporção em que estes integram o
índice de referência, ou em posições compradas no mercado futuro do índice de
referência, de forma a refletir a variação e rentabilidade de tal índice.

- FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (FII)

Esse tipo de fundo destina-se ao desenvolvimento de empreendimentos imobi-


liários, tais como construção de imóveis, aquisição de imóveis prontos, ou inves-
timentos em projetos visando viabilizar o acesso à habitação e serviços urbanos,
inclusive em áreas rurais, para posterior alienação, locação ou arrendamento.

Estes Fundos destinam-se a investidores que procuram imóveis como uma for-
ma de diversificação de sua carteira de investimentos, e esperam ganho de ca-
pital moderado e rendimentos em forma de aluguel.

Os Fundos imobiliários são um ótimo exemplo de Fundos fechados, que podem


ter duração determinada ou indeterminada.

Como regra estes Fundos devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido,
apurados segundo o regime de caixa.

Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo, admite-se que


25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investida em cotas
de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.

Esta parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela CVM, mediante
justificativa do administrador do Fundo.

É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.

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- FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC E FI- 99
C-FIDC)

Os fundos em direitos creditórios – FIDCs – investem seus recursos em carteiras


de recebíveis de operações realizadas em instituições financeiras, indústria, ar-
rendamento mercantil, hipotecas, prestação de serviços e outros títulos admiti-
dos pela CVM. Os FIDCs foram criados com objetivo de dar liquidez ao mercado
de crédito, reduzindo o risco e ampliando a oferta de recursos.

Direitos creditórios são todos aqueles direitos da qual uma empresa tem a re-
ceber, como cheques, duplicatas, contratos de aluguel, prestações e outros.
Se uma empresa possui muitos créditos a receber, ela poderá negociá-los, por
meio de um FIDC.

Esse tipo de fundo deverá investir, no mínimo, 50% do patrimônio


líquido em direitos creditórios. Eles poderão ser fundos abertos, isto é,
quando os cotistas solicitam o resgate de cotas a qualquer momento, ou fun-
dos fechados, quando os cotistas só poderão resgatar suas cotas ao término do
prazo de duração do fundo. Caso o fundo for fechado, suas cotas poderão ser
negociadas na Bolsa de Valores ou no mercado de balcão organizado.

Somente investidores qualificados podem investir em FIDCs. Investidores qua-


lificados são os investidores institucionais, pessoas jurídicas com patrimônio
maior do que R$ 5 milhões ou pessoas físicas com aplicações acima de R$ 300
OBSERVAÇÃO: INFORMAÇÃO IMPORTANTE
mil. O valor mínimo para aplicação nos fundos em direitos creditórios é de R$ 25
mil. Esse fator talvez represente a maior desvantagem de um FIDC.

Além disso, todo FIDC possui uma avaliação e classificação de acordo com o seu
risco. Essa nota, atribuída por uma agência de rating, classifica o fundo quanto
ao risco, orientando os investidores quanto à qualidade da carteira dos rece-
bíveis. Além disso, existe uma auditoria, feita por uma empresa independente,
para prestar auditoria dos recebíveis cedidos e das demonstrações financeiros
do fundo.

A rentabilidade dos FIDCs é geralmente mais alta do que outros fundos, e seu
benchmark geralmente acompanha a variação do CDI, mas também podem
usar como benchmark a variação do IPCA ou do IGP-M, por exemplo.

Riscos:
O principal risco para o investidor em FIDC é o crédito da carteira de recebíveis.
Ou seja, o retorno está diretamente ligado ao nível de inadimplência dos rece-
bíveis que formam o lastro da carteira.

Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com sistema


de registro) somente para proteger suas posições à vista.

No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro se


mantiver PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3
meses após a autorização da CVM.

- FUNDOS DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES – FIP

O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de recursos


destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou sociedades limi-

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tadas, em fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador constituir o fundo
e realizar o processo de captação de recursos junto aos investidores através da
venda de cotas. 100

O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de condomí-


nio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término de sua dura-
ção ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua liquidação.

Os FIPs devem manter, no mínimo, 90% de seu patrimônio investido em ações,


debêntures simples, bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários
conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de companhias abertas ou
fechadas, bem como em títulos ou valores mobiliários representativos de par-
ticipação em sociedades limitadas. A exceção são as debentures simples, cujo
limite máximo é de 33% do capital subscrito do fundo.

- FUNDOS OFF-SHORE

Os fundos Off-Shore investem recursos no exterior, sendo sua sede formal-


mente localizada no exterior, porém o gestor localiza-se no Brasil. Logo, esses
fundos são destinados a investidores que possuem seus recursos no estrangei-
ro, e que desejam ter uma boa oportunidade de remuneração do seu dinheiro
referenciado no risco Brasil. Através desses fundos, é possível investir em ativos
estrangeiros, como ações americanas, títulos do governo americano, ações eu-
ropeias e até ativos brasileiros negociados no exterior.

- IOF EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS

Alíquota regressiva conforme tabela abaixo:

Fique atento a algumas informações que a prova pode te cobrar:


• Até 29 dias, pode incidir IOF. 30 dias ou mais, todas as aplicações financeiras
estão isentas de IOF.
• IOF incide sempre ANTES do Imposto de Renda
• O IOF é cobrado sobre os RENDIMENTOS

Fique ligado na exceção:

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• Quando se tratar de um fundo de investimento com carência, no resgate
de suas cotas, antes de completado o prazo de carência para crédito de rendi-
mentos, a alíquota aplicada é de 0,5% ao dia, sempre limitado ao rendimento 101
do investidor.
• Fundos de Ações tem ISENÇÃO de IOF

- IMPOSTO DE RENDA EM FUNDOS DE INVESTIMENTO

- IR para fundos “Longo Prazo”, ou seja, prazo médio da carteira su-


perior à 365 dias:

Dica sobre a incidência do IR: Resgate e Comecotas


Obs.: Come cotas com alíquota de 15% (ocorre sempre em Maio e Novembro)
Responsável pelo recolhimento é o administrador do fundo

- IR para fundos “Curto Prazo”, ou seja, prazo médio da carteira até


365 dias:

Tabela de Imposto de Renda de Curto Prazo


Prazo da Aplicação em Dias % do Rendimento
1 a 180 22,5
181 a 360 20

Dica sobre a incidência do IR: Resgate e Comecotas


Obs.: Come cotas com alíquota de 20% (ocorre sempre em Maio e Novembro)
Responsável pelo recolhimento é o administrador do fundo

- IR para fundos de ações:


• Alíquota de 15%
• Não tem come cotas
• Responsável pelo recolhimento é o administrador do fundo

- IR para fundo imobiliário


• Incidência do imposto sobre a renda na fonte à alíquota de 20% (vinte por
cento).
• O recolhimento acontece até o último dia útil do mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração.
• A incidência ocorre sobre os ganhos de capital e rendimentos.

- COMPENSAÇÃO DE PERDAS

Perdas incorridas na alienação de cotas de fundo de investimento imobiliário só


podem ser compensadas com ganhos auferidos na alienação de cotas de fundo
da mesma espécie.

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O responsável pelo recolhimento é o administrador do Fundo.

ISENÇÃO: Ficam isentos do imposto sobre a renda na fonte e na declaração 102


de ajuste anual das pessoas físicas, os rendimentos distribuídos pelos fundos de
investimento imobiliário cujas cotas sejam admitidas à negociação exclusiva-
mente em bolsas de valores ou no mercado de balcão organizado.
1) Será concedido somente nos casos em que o fundo de investimento imobili-
ário possua, no mínimo, 50 (cinquenta) cotistas;
2) Não será concedido ao cotista pessoa física titular de cotas que represen-
tem 10% (dez por cento) ou mais da totalidade das cotas emitidas pelo fundo
de investimento imobiliário ou cujas cotas lhe derem direito ao recebimento de
rendimento superior a 10% (dez por cento) do total de rendimentos auferidos
pelo fundo.

5.2 CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES


PRÁTICAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSO DE
TERCEIROS

OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (Cap II)

? Dica do Professor
Esse é um conteúdo que entrou em vigor em 2019 para as provas
de certificação. Leia com atenção, pois geralmente conteúdos
novos são cobrados com maior frequência. Outra dica: Você verá
ao decorrer do documento com frequência o termo “Veículo
de Investimento”, sempre que encontrar, leia como: Fundos de
Investimento e carteiras administradas constituídos localmente
com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um ou mais
investidores.
Deixarei uma nota explicativa ao fim desse conteúdo para que
você entenda que finalizamos o tema desse código.

O presente Código tem por objetivo estabelecer princípios e regras para


Administração de Recursos de Terceiros visando, principalmente:
I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da
institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;
II. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. A maior qualidade e disponibilidade de informações, especialmente
por meio do envio de dados pelas Instituições Participantes à ANBIMA; e
V. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas
de mercado.

Este Código se destina às instituições que desempenham o exercício


profissional de Administração Fiduciária e Gestão de Recursos de Terceiros de
Veículos de Investimento.
- A observância das normas deste Código é obrigatória para as Instituições
Participantes.
- As Instituições Participantes devem assegurar que o presente Código

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seja também observado por todos os integrantes de seu Conglomerado ou
Grupo Econômico que estejam autorizados, no Brasil, a desempenhar o exercício
profissional de Administração Fiduciária e Gestão de Recursos de Terceiros. 103
- A obrigação prevista no parágrafo acima não implica o reconhecimento,
por parte das Instituições Participantes, da existência de qualquer modalidade
de assunção, solidariedade ou transferência de responsabilidade entre estes
integrantes, embora todas as referidas entidades estejam sujeitas às regras e
princípios estabelecidos pelo presente Código.
- As Instituições Participantes estão dispensadas de observar o disposto
neste Código para:
I. Os Clubes de Investimento e para os Fundos de Investimento em
Participação (FIP), sendo esse último autorregulado pelo Código ABVCAP/
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas;
II. Os Gestores de Recursos de Terceiros, cuja instituição tenha sido
dispensada nos termos da Deliberação CVM 764;
III. Os Gestores de Recursos de Terceiros pessoa física; e
IV. Os Fundos de Investimento cujo patrimônio líquido seja composto,
exclusivamente, por recursos próprios do Gestor de Recursos ou, no caso de
instituições financeiras, de seu Conglomerado ou Grupo Econômico, de acordo
com a dispensa concedida pelo regulador a cada instituição.

As Instituições Participantes submetidas à ação reguladora e fiscalizadora


do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil e da Comissão
de Valores Mobiliários, concordam, expressamente, que as atividades de
Administração Fiduciária e Gestão de Recursos de Terceiros excedem o limite
de simples observância da Regulação que lhes são aplicáveis, devendo, dessa
forma, submeter-se também aos procedimentos estabelecidos por este Código.

Parágrafo único. O presente Código não se sobrepõe à Regulação


vigente, ainda que venham a ser editadas normas, após o início de sua vigência,
que sejam contrárias às disposições ora trazidas, de maneira que deve ser
desconsiderada, caso haja contradição entre as regras estabelecidas neste
Código e a Regulação em vigor, a respectiva disposição deste Código, sem
prejuízo das demais regras nele contidas.

PRINCÍPIOS GERAIS DE CONDUTA (Cap IV)

As Instituições Participantes devem:


I. Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligência e lealdade;
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício
de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma
dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;
III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de
iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras
de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, respeitando os
princípios de livre negociação;
IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as
regras e princípios contidos neste Código e na Regulação em vigor;
V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral
e profissional;
VI. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Administração de
Recursos de
Terceiros e seus participantes, especialmente no que tange aos deveres
e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições
Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos, neste Código e na
Regulação vigente;

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VII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que
desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros atuem
com imparcialidade e conheçam o código de ética da Instituição Participante e 104
as normas aplicáveis à sua atividade;
VIII. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse, nas
respectivas esferas de atuação, que possam afetar a imparcialidade das pessoas
que desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros;
IX. Evitar práticas que possam ferir a Relação Fiduciária mantida com os
investidores;
X. Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos
descritos nos Documentos dos Veículos de Investimento e na Regulação em
vigor, bem como promover a divulgação de informações a eles relacionadas,
inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre
ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores; e
XI. Transferir ao Veículo de Investimento qualquer benefício ou vantagem
que possa alcançar em decorrência de sua condição como Administrador
Fiduciário e/ou Gestor de Recursos, observada a exceção prevista na norma
específica de Fundos e/ou as disposições contratuais estabelecidas no contrato
de carteira administrada.

São considerados descumprimento às obrigações e princípios deste


Código não apenas a inexistência das regras e procedimentos aqui exigidos,
mas também a sua não implementação ou implementação inadequada para os
fins previstos neste Código.

Parágrafo único. São evidências de implementação inadequada das


regras e procedimentos estabelecidos neste Código:
I. A reiterada ocorrência de falhas, não sanadas nos prazos estabelecidos;
e
II. A ausência de mecanismo ou evidência que demonstre a aplicação dos
procedimentos estabelecidos por este Código.

Nos casos dos Fundos de Investimento em cotas de Fundos de


Investimento que invistam mais de noventa e cinco por cento de seu patrimônio
em um único Fundo, é vedada a utilização de qualquer instituto jurídico ou
estrutura de produto, cuja implicação econômica, de forma direta ou indireta,
resulte em desconto, abatimento ou redução artificial de taxa de administração,
performance e/ou qualquer outra taxa que venha a ser cobrada pela indústria
de Fundos de Investimento.

REGRAS, PROCEDIMENTOS E CONTROLES


Segregação de Atividades (Seção II)

O exercício da Administração de Recursos de Terceiros deve ser segregado


das demais atividades das Instituições Participantes e de seu Conglomerado ou
Grupo Econômico que possam gerar conflitos de interesse, por meio da adoção
de procedimentos operacionais, com o objetivo de:
I. Mitigar (diminuir) a ocorrência de ilícitos legais ou contrários à Regulação;
II. Promover a segregação funcional das áreas responsáveis pela
Administração de
Recursos de Terceiros das demais áreas que possam gerar potenciais
conflitos de interesse, de forma a minimizar adequadamente tais conflitos;
III. Garantir a segregação física de instalações entre a área responsável
pela
Administração de Recursos de Terceiros e as áreas responsáveis pela
intermediação e distribuição de ativos financeiros;
IV. Propiciar o bom uso de instalações, equipamentos e informações

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comuns a mais de um setor da empresa;
V. Preservar informações confidenciais e permitir a identificação das
pessoas que tenham acesso a elas; e 105
VI. Administrar e monitorar adequadamente as áreas identificadas como
de potencial conflito de interesses.

- Para o cumprimento do disposto no caput, as Instituições Participantes


devem implementar e manter, em documento escrito, regras e procedimentos
relativos à segregação das atividades que possam gerar conflito de interesse
com o objetivo de demonstrar a total separação das áreas, ou apresentar as
regras de segregação adotadas.

- A adoção de práticas claras e precisas que assegurem o bom uso


das instalações e equipamentos não exclui a obrigatoriedade de manter a
segregação física de que trata o inciso III do caput.
- A segregação física de instalações de que trata o inciso III do caput
não é necessária entre a área responsável pela Administração de Recursos de
Terceiros, da área responsável pela distribuição de cotas de Fundos de que a
pessoa jurídica seja Administrador Fiduciário ou Gestor de Recursos.

Segurança e Sigilo das Informações (Seção III)

As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para:


I. Propiciar o controle de informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas a que tenham acesso os seus sócios, diretores, administradores,
profissionais e terceiros contratados;
II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os
sistemas de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e
III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores, alta
administração e profissionais que tenham acesso a informações confidenciais,
reservadas ou privilegiadas e participem do processo de decisão de investimento.

Parágrafo único. As Instituições Participantes devem implementar e


manter, em documento escrito, regras e procedimentos para assegurar o
disposto no caput, incluindo, no mínimo:
I. Regras de acesso às informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas, indicando como se dá o acesso e controle de pessoas autorizadas
e não autorizadas a essas informações, inclusive nos casos de mudança de
atividade dentro da mesma instituição ou desligamento do profissional;
II. Regras específicas sobre proteção da base de dados e procedimentos
internos para tratar casos de vazamento de informações confidenciais,
reservadas ou privilegiadas mesmo que oriundos de ações involuntárias; e
III. Regras de restrição ao uso de sistemas, acessos remotos e qualquer
outro meio/veículo que contenha informações confidenciais, reservadas ou
privilegiadas.

As Instituições Participantes devem exigir que seus profissionais assinem,


de forma manual ou eletrônica, documento de confidencialidade sobre as
informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas que lhes tenham sido
confiadas em virtude do exercício de suas atividades profissionais, excetuadas
as hipóteses permitidas em lei.

Parágrafo único. Os terceiros contratados que tiverem acesso às


informações confidenciais, reservadas ou privilegiadas que lhes tenham sido
confiadas no exercício de suas atividades, devem assinar o documento previsto
no caput, podendo tal documento ser excepcionado quando o contrato de
prestação de serviço possuir cláusula de confidencialidade.

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ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA (Cap VII)

A Administração Fiduciária compreende o conjunto de serviços 106


relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção dos
Fundos de Investimento, devendo o Administrador Fiduciário fazê-lo de acordo
com o disposto neste Código e na Regulação vigente.

Veja abaixo as obrigações Gerais do Administrador Fiduciário

O Administrador Fiduciário é o responsável pela:


I. Constituição, administração, funcionamento e divulgação de
informações dos Fundos;
II. Elaboração de todos os documentos relacionados aos Fundos, devendo
observar, durante a elaboração, a Regulação aplicável a cada tipo de Fundo de
Investimento;
III. Supervisão das regras, procedimentos e controles da gestão de risco
implementada pelo Gestor de Recursos, conforme seção IV do capítulo VIII
deste Código;
IV. Supervisão dos limites de investimento das carteiras dos Fundos, nos
termos da seção
II deste capítulo;
V. Supervisão dos terceiros contratados, conforme capítulo VI deste
Código; e
VI. Gestão do risco de liquidez, que deve ser feita em conjunto com o
Gestor de Recursos, nos termos da Regulação vigente e conforme o previsto no
contrato de prestação de serviço.

GESTÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS (Cap VIII)

A Gestão de Recursos de Terceiros consiste na gestão profissional dos


ativos financeiros integrantes das carteiras dos Veículos de Investimento, nos
termos estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento, neste
Código e na Regulação vigente.

Obrigações Gerais do Gestor de Recursos de Terceiros (Seção I)

O Gestor de Recursos é responsável:


I. Pelas decisões de investimento, manutenção e desinvestimento,
segundo a política de investimento e demais características do Veículo de
Investimento estabelecidas nos Documentos dos Veículos de Investimento,
conforme aplicável;
II. Pelas ordens de compra e venda de ativos financeiros e demais
modalidades operacionais;
III. Pelo envio das informações relativas aos negócios realizados pelos
Veículos de
Investimento ao Administrador Fiduciário ou ao terceiro contratado para
essa atividade, quando aplicável;
IV. Pela negociação, alocação e rateio de ordens dos Veículos de
Investimento, quando aplicável;
V. Pelo enquadramento aos limites de investimento da carteira dos
Veículos de
Investimento, observado o disposto nos Documentos dos Veículos de
Investimento e na Regulação vigente;
VI. Pelo processo de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento
ao terrorismo dos ativos financeiros adquiridos pelos Veículos de Investimento;
VII. Pelo controle de risco dos Veículos de Investimento, incluindo, mas
não se limitando à gestão do risco de liquidez, risco de mercado e risco de

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crédito, bem como ao enquadramento dos Veículos de Investimento aos limites
de risco estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento e/ou em
suas regras de risco; e 107
VIII. Por garantir que as operações realizadas pelos Veículos de
Investimento tenham sempre propósitos econômicos compatíveis com os
Documentos dos Veículos de Investimento, e estejam em consonância com os
princípios gerais de conduta previstos neste Código.
Art. 33. O Gestor de Recursos deve estabelecer procedimentos para
o controle e monitoramento das operações realizadas entre os Veículos de
Investimento sob a mesma gestão, com critérios que busquem mitigar eventuais
conflitos de interesse e assimetria entre os Veículos de Investimentos.

SELO ANBIMA (Cap XIII)

A veiculação do selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva demonstrar


o compromisso das Instituições Participantes em atender às disposições deste
Código.

- A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes dos


documentos divulgados pelas Instituições Participantes, ainda que façam uso do
selo ANBIMA, nem tampouco pela qualidade da prestação de suas atividades.

- Cabe à Diretoria da Associação regulamentar as regras de uso do selo


ANBIMA.

FUNDOS DE INVESTIMENTO 555 (Anexo I)

OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (CAP I)

O presente anexo aplica-se, em adição às regras do Código, aos


Fundos de investimento e aos Fundos de investimento em cotas de Fundos de
Investimento regulados pela Instrução CVM nº 555, de 17 de dezembro de 2014,
e suas alterações posteriores (“Fundo 555” ou “Fundos”).

Parágrafo único. Em caso de eventual divergência entre as disposições


deste anexo e do Código, prevalecem as disposições deste anexo.

DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES DOS FUNDOS 555 (CAP III)

O Administrador Fiduciário deve tomar providências para que sejam


disponibilizados aos investidores os documentos relacionados ao Fundo 555 e
suas informações periódicas a partir de seu ingresso no Fundo, nos termos da
Regulação aplicável.
Os documentos devem conter as principais características do Fundo
555, dentre as quais as informações relevantes aos investidores sobre
políticas de investimento, taxas e riscos envolvidos, bem como seus direitos e
responsabilidades.

Formulário de Informações Complementares (Seção I)

A responsabilidade pela elaboração do Formulário é do Administrador


Fiduciário, que deve assegurar que ele contenha, no mínimo:
I. Classificação ANBIMA: apresentar de forma destacada a classificação
atribuída ao Fundo 555, bem como a descrição do tipo ANBIMA divulgado,
conforme Diretriz ANBIMA de Classificação de Fundos 555;
II. Fatores de risco: indicar, obrigatoriamente e em ordem de relevância,
todo e qualquer fator de risco relativo ao Fundo 555 que possa de alguma forma

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afetar a decisão do potencial investidor no que diz respeito à aquisição das
cotas do Fundo, devendo constar, no mínimo, quando aplicável, os seguintes
fatores de risco: 108
a. Risco de mercado;
b. Risco de crédito;
c. Risco de liquidez;
d. Risco Operacional;
e. Risco de Contraparte; e
f. Risco de Concentração;
III. Gestão de risco: descrever a gestão de risco adotada pela Instituição
Participante, em especial os métodos utilizados para gerenciar os riscos a que
os Fundos 555 estejam expostos;
IV. Tributação aplicável: descrever a tributação aplicável ao Fundo 555 e
a seus investidores, contemplando a política a ser adotada pelo Administrador
Fiduciário quanto ao tratamento tributário perseguido;
V. Apresentação detalhada do Administrador Fiduciário e do Gestor de
Recursos; e
VI. Exercício do Direito de Voto em Assembleias: informar se o Gestor de
Recursos e/ou Administrador Fiduciário exerce o direito de voto decorrente dos
ativos financeiros detidos pelos Fundos 555, conforme disposto no capítulo VII
deste anexo.

O Administrador Fiduciário do Fundo 555 aberto que não seja destinado


exclusivamente a investidores qualificados deve elaborar lâmina de informações
essenciais na forma do disposto na Regulação vigente.

Parágrafo único. Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas


expedir diretrizes que devem ser observadas pelas Instituições Participantes no
que se refere à elaboração da lâmina de informações essenciais.

PUBLICIDADE DOS FUNDOS 555 (CAPÍTULO VI)


Regras Gerais

Art. 21. A Instituição Participante, ao elaborar e divulgar Material


Publicitário e Material Técnico, deve:
I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir materiais
adequados aos investidores, minimizando incompreensões quanto ao seu
conteúdo e privilegiando informações necessárias para a tomada de decisão de
investidores e potenciais investidores;
II. Buscar a transparência, clareza e precisão das informações, fazendo
uso de linguagem simples, clara, objetiva e adequada aos investidores e
potenciais investidores, de modo a não induzir a erro ou a decisões equivocadas
de investimentos;
III. Conter informações verdadeiras, completas, consistentes e alinhadas
com os documentos do Fundo 555;
IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não
comprovados, opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica,
promessas de rentabilidade, garantia de resultados futuros ou isenção de risco
para investidores e potenciais investidores;
V. Disponibilizar informações que sejam pertinentes ao processo de
decisão, sendo tratados de forma técnica assuntos relativos à performance
passada, de modo a privilegiar as informações de longo prazo em detrimento
daquelas de curto prazo;
VI. Manter a mesma linha de conteúdo e forma e, na medida do possível,
incluir a informação mais recente disponível, de maneira que não sejam alterados

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os períodos de análise, buscando ressaltar períodos de boa rentabilidade,
descartando períodos desfavoráveis, ou interrompendo sua recorrência e
periodicidade especialmente em razão da performance; 109
VII. Privilegiar dados de fácil comparabilidade, e, caso sejam realizadas
projeções ou simulações, detalhar todos os critérios utilizados, incluindo valores
e taxas de comissões; e
VIII. Zelar para que haja concorrência leal, de modo que as informações
disponibilizadas ou omitidas não promovam determinados Fundos ou
Instituições Participantes em detrimento de seus concorrentes, sendo permitida
comparação somente nos termos do capítulo VI, seção V deste anexo.
Parágrafo único. Todo Material Publicitário e Material Técnico é de
responsabilidade de quem o elabora, inclusive no que se refere à conformidade
com as regras previstas neste Código e na Regulação vigente.

Para fins deste Código, não são considerados Material Publicitário ou


Material
Técnico:
I. Formulários cadastrais, questionários de perfil do investidor ou perfil de
investimento, materiais destinados unicamente à comunicação de alterações
de endereço, telefone ou outras informações de simples referência para o
investidor;
II. Materiais que se restrinjam a informações obrigatórias exigidas pela
Regulação vigente;
III. Questionários de due diligence e propostas comerciais;
IV. Materiais de cunho estritamente jornalístico, inclusive entrevistas,
divulgadas em quaisquer meios de comunicação;
V. Saldos, extratos e demais materiais destinados à simples apresentação
de posição financeira, movimentação e rentabilidade, desde que restrito a estas
informações ou assemelhadas;
VI. Divulgação continuada de: (i) cota, (ii) patrimônio líquido e (iii)
rentabilidade, por qualquer meio, bem como a divulgação da carteira na forma
da política de divulgação prevista nos documentos dos Fundos;
VII. Propaganda de empresas do Conglomerado ou Grupo Econômico da
Instituição
Participante que apenas faça menção aos Fundos como um de seus
produtos, ou de departamentos e/ou empresas que realizam a Administração
Fiduciária e Gestão de Recursos em conjunto com os outros departamentos
ou empresa que desenvolvam outros negócios do Conglomerado ou Grupo
econômico; e
VIII. Materiais e/ou relatórios que tenham como finalidade mero
acompanhamento do
Fundo, desde que seja um Fundo Exclusivo ou Reservado.
Art. 23. As regras estabelecidas neste capítulo destinam-se,
exclusivamente, às relações entre a Instituição Participante e seus investidores
ou potenciais investidores, não sendo aplicáveis nas relações restritas entre a
Instituição Participante e seus profissionais no exercício de suas funções, ou
entre as próprias instituições.

Material Publicitário (Seção II)

Art. 24. A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em


qualquer meio de comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou
caminho direcionando os investidores ou potenciais investidores ao Material
Técnico sobre o Fundo 555 mencionado, de modo que haja conhecimento de
todas as informações, características e riscos do investimento.

Parágrafo único. A Instituição Participante e empresas do Conglomerado

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ou Grupo
Econômico que fizerem menção de seus Fundos 555 nos Materiais
Publicitários de forma geral e não específica, devem incluir link ou caminho que 110
direcione os investidores ou potenciais investidores para o site da instituição.

Material Técnico (Seção III)

O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes informações


sobre os Fundos 555:
I. Descrição do objetivo e/ou estratégia;
II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Tributação aplicável; e
V. Informações sobre os canais de atendimento.

Parágrafo único. Nas agências e dependências das Instituições


Participantes, devem-se manter à disposição dos interessados, seja por meio
impresso ou passível de impressão, as informações previstas no caput.

Ao divulgar a rentabilidade dos Fundos 555, as Instituições Participantes


devem:
I. Utilizar o mês anterior do calendário civil;
II. Utilizar, caso aplicável, todos os meses do ano corrente do calendário
civil de forma individual (mês a mês) ou com seu valor acumulado (acumulado
no ano);
III. Incluir anos anteriores do calendário civil;
IV. Incluir períodos de doze meses do calendário civil, contados até o mês
anterior à divulgação dos últimos doze meses, utilizando a mesma metodologia
caso divulguem períodos múltiplos de doze meses;
V. Incluir, nas hipóteses em que os Fundos 555 tenham sido constituídos
a menos de doze meses, a data de constituição do Fundo até o mês anterior à
divulgação; e
VI. Tratar de forma segregada dos demais, os Fundos 555:
a. Destinados exclusivamente à aplicação de outros Fundos (Fundos
master);
b. Exclusivos ou Reservados; e
c. Administrados por Instituição que não seja Associada à ANBIMA ou
Aderente a este Código.
§1º. Para os Fundos constituídos há menos de doze meses é obrigatório
observar, no mínimo, as regras definidas nos incisos I, II e VI, deste artigo.
§2º. A rentabilidade a ser divulgada deve demonstrar, no mínimo, os
intervalos de tempo definidos nos incisos I, II e IV deste artigo, devendo estes
intervalos ser divulgados juntos e com o mesmo destaque.
§3º. O disposto no parágrafo 2º deste artigo, não impede a divulgação de
rentabilidade diária, desde que observados os requisitos previstos nesta seção.
§4º. Na divulgação de outros dados quantitativos, tais como patrimônio
sob gestão, deve ser informada a fonte e a data de referência da informação.
§5º. A divulgação de rentabilidade do Fundo 555 deve ser acompanhada
de comparação com metas ou parâmetros de performance que estejam
descritos em seu regulamento.
§6º. No caso de divulgação de índices ou indicadores de performance
calculados a partir da rentabilidade do Fundo 555, a divulgação deve ser
acompanhada de definição sucinta da fórmula de cálculo e seu significado, ou
deve remeter à fonte para a obtenção destas informações, sendo dispensada
essa obrigação nos casos de volatilidade e índice de sharpe.

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Art. 33. Caso haja mudança na classificação, nos termos estabelecidos
pela Comissão de Valores Mobiliários, mudança do Gestor de Recursos, ou, ainda, 111
mudança significativa na política de investimento do Fundo 555, a Instituição
Participante pode divulgar, adicional e separadamente à sua rentabilidade
obrigatória acumulada nos últimos doze meses a rentabilidade relativa ao
período posterior à mudança, informando o que foi alterado.
§1º . Para fins deste artigo, entende-se por mudança significativa:
I. A alteração do objetivo de investimento do Fundo 555;
II. A alteração da classificação ANBIMA, nos termos estabelecidos pela
Diretriz
ANBIMA de Classificação de Fundos 555;
III. A mudança do índice de referência (benchmark) do Fundo 555; e
IV. As situações em que os Fundos 555 espelhos que invistam mais de
noventa e cinco por cento em cotas de um único Fundo quando houver a
substituição do Fundo investidor.
§2º. A Instituição Participante que optar por divulgar a rentabilidade
relativa ao período posterior às mudanças de que trata o caput, deverá divulgá-
la obrigatoriamente por, no mínimo, doze meses.
Art. 34. A divulgação de rentabilidade deve ser acompanhada do valor
do patrimônio líquido médio mensal do Fundo 555 apurado no último dia útil
de cada mês, nos últimos doze meses do calendário civil, ou nos meses de
existência do Fundo 555, caso tenha sido constituído a menos de doze meses.

Art. 35. As Instituições Participantes devem incluir, com destaque, nos


documentos abaixo indicados, os seguintes avisos obrigatórios:

I. Material Técnico:

a. Caso faça referência a histórico de rentabilidade ou menção a


performance:
i. “Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados
futuros”;
ii. “A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos”; e
iii. “O investimento em Fundo não é garantido pelo Fundo Garantidor de
Crédito”.

b. Caso faça referência à simulação de rentabilidade de um Fundo 555


nos casos previstos no artigo 30 deste anexo:
i. “As informações presentes neste material técnico são baseadas em
simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes”.

c. Caso haja cobrança de taxa de entrada, taxa de saída e/ou outras taxas
que afetem a rentabilidade do Fundo 555, e estas taxas não estejam refletidas no
valor da cota, o aviso do inciso I, alínea “a”, “ii” deste artigo deve ser substituído
pelo seguinte aviso:
i. “A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos e taxa de [nome
da taxa].”

d. Caso o Fundo 555 opte por divulgar rentabilidade ajustada ao repasse


realizado diretamente ao investidor de dividendos, juros sobre capital próprio
ou outros rendimentos advindos de ativos financeiros que integrem a carteira, a
Instituição Participante deve seguir a metodologia ANBIMA que trata do cálculo
de rentabilidade para Fundos 555 que distribuem dividendos, juros sobre capital
próprio ou outros rendimentos advindos de ativos financeiros diretamente aos

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investidores, disponível no site da Associação na internet, e incluir no Material
Técnico aviso com o seguinte teor:
i. “A rentabilidade ajustada considera o reinvestimento dos dividendos, 112
juros sobre capital próprio ou outros rendimentos advindos de ativos financeiros
que integrem a carteira do Fundo repassados diretamente ao cotista.”

e. Caso o Fundo 555 altere sua classificação, nos termos estabelecidos


pela Comissão de Valores Mobiliários, altere o Gestor de Recursos, ou, ainda,
altere significativamente sua política de investimento, conforme parágrafo 1º
do artigo 33 deste anexo, deve ser incluído no Material Técnico aviso com o
seguinte teor:
i. “Este Fundo alterou [classificação CVM/Gestor de Recursos e/ou
significativamente sua política de investimento] em [incluir data].”

f. No Material Técnico, é obrigatório o aviso com seguinte teor:


i. “Leia o formulário de informações complementares, a lâmina de
informações essenciais, se houver, e o regulamento antes de investir.”
II. Formulário de Informações Complementares:

a. Devem constar, da capa, da contracapa ou da primeira página do


Formulário, avisos com o seguinte teor:
i. “Este formulário está em consonância com as disposições do Código
ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para a Administração de Recursos
de Terceiros, assim como com as normas emanadas pela Comissão de Valores
Mobiliários. A Comissão de Valores Mobiliários e a ANBIMA não garantem a
veracidade das informações contidas neste formulário.”; e
ii. “As informações contidas nesse formulário estão em consonância
com o regulamento do fundo, mas não o substituem. É recomendada a leitura
cuidadosa tanto deste formulário, quanto do regulamento, com especial
atenção para as cláusulas relativas ao objetivo e à política de investimento do
fundo, bem como às disposições do formulário e do regulamento que tratam
dos fatores de risco a que o fundo está exposto.”

Parágrafo único. No uso de mídia impressa e por meios digitais escritos, o


tamanho do texto e a localização dos avisos e informações devem permitir sua
clara leitura e compreensão.

APREÇAMENTO DOS ATIVOS (Cap VII)

O Administrador Fiduciário deve adotar na precificação dos ativos


financeiros metodologia de Apreçamento dos ativos, conforme Regulação
vigente.

Parágrafo único. O Apreçamento tem como principal objetivo evitar


a transferência de riqueza entre os investidores dos Fundos 555, além de dar
maior transparência aos riscos embutidos nas posições.
Art. 37. Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir
diretrizes que devem ser observadas pelo Administrador Fiduciário no que se
refere ao Apreçamento dos Fundos 555.

FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (ANEXO II)

OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (Cap I)

Art. 1º. O presente anexo aplica-se, em adição às regras do Código, aos


Fundos de Investimento em Direitos Creditórios e aos Fundos de Investimento

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em cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios regulados pela
Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001, e suas alterações posteriores.
§1º. Fazem parte do disposto no caput os (i) Fundos de Investimento 113
em Direitos Creditórios não-padronizados e os Fundos de investimento em
cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios não-padronizados;
(ii) Fundos de Investimento e Fundos de Investimento em cotas de Fundos de
Investimento em Direitos Creditórios no âmbito do programa de incentivo à
implementação de projetos de interesse social; e (iii) Direitos Creditórios no
âmbito do programa de incentivo à implementação de projetos de interesse
social (“FIDC” ou “Fundo”).
§2º. Em caso de eventual divergência entre as disposições deste anexo e
do Código, prevalecem as disposições deste anexo.

DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES DO FIDC (CAPÍTULO V)

Art. 9º. O Administrador Fiduciário deve tomar providências para que


sejam disponibilizados aos investidores os documentos relacionados ao FIDC e
suas informações periódicas a partir de seu ingresso no Fundo, nos termos da
Regulação vigente.
Art. 10. Os documentos devem conter as principais características
do FIDC, dentre as quais as informações relevantes aos investidores sobre
políticas de investimento, taxas e riscos envolvidos, bem como seus direitos e
responsabilidades.

Prospecto do FIDC (Seção I)

Art. 11. O prospecto do FIDC deve conter, no mínimo:


I. Denominação do FIDC;
II. Classificação ANBIMA, conforme Diretriz ANBIMA de Classificação de
FIDC;
III. Base legal;
IV. Prestadores de serviços: (i) Administrador Fiduciário; (ii) Gestor de
Recursos; (iii) custodiante; (iv) distribuidor; (v) escriturador; (vi) auditor; e (vii)
consultor, quando
aplicável;
V. Forma de constituição: condomínio fechado ou aberto;
VI. Prazo de duração;
VII. Características da cessão: informar se a cessão é com ou sem
Coobrigação,
revolvente ou não revolvente, e eventuais condições resolutivas, além de
informações sobre as condições de permuta e/ou prerrogativa de recompra de
Direitos Creditórios por parte da Cedente ou por terceiros, e outros mecanismos
de mitigação de riscos como garantias dos Direitos Creditórios ou seguros;
VIII. Classe de cotas: sênior(es) e subordinada(s);
IX. Razão de garantia: incluir (i) razão mínima das cotas subordinadas,
considerando a divisão do valor total das classes subordinadas juniores
pelo patrimônio líquido do FIDC; e (ii) razão total das cotas subordinadas,
considerando a divisão do valor total do somatório das classes subordinadas
pelo patrimônio líquido do FIDC;
X. Características dos Direitos Creditórios: incluir a natureza do direito
creditório,
performados ou não performados, segmento(s), o(s) documento(s) que
o(s) representa(m), se há ou não garantia e tipos de garantias atreladas;
XI. Amortização e reserva de amortização;
XII. Fluxograma da estrutura do FIDC descrevendo o procedimento de
cessão e o fluxo financeiro;
XIII. Hipótese de eventos de avaliação, eventos de liquidação e liquidação

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antecipada;
XIV. Política de divulgação de informações;
XV. Objetivo de investimento: descrever, obrigatoriamente, os objetivos 114
de investimento do FIDC, mencionando, quando for o caso, metas e parâmetros
de performance;
XVI. Política de investimento: descrever, obrigatoriamente, como o FIDC
pretende atingir o seu objetivo de investimento, identificando as principais
estratégias técnicas ou práticas de investimento a serem utilizadas, os Direitos
Creditórios e os tipos de títulos e valores mobiliários nos quais o FIDC pode
investir, incluindo, se for o caso, derivativos e suas finalidades;
XVII. Políticas de seleção e alocação de ativos e, quando for o caso,
política de concentração de ativos;
XVIII. Fatores de risco: indicar, obrigatoriamente, todo e qualquer fato
relativo ao FIDC que possa de alguma forma afetar a decisão do potencial
investidor no que diz respeito à aquisição das cotas do FIDC, devendo constar,
dentre os fatores de risco, as seguintes informações:
a. Risco de mercado;
b. Risco de crédito;
c. Risco de descumprimento das obrigações: especificar os possíveis
riscos de descumprimento das obrigações de quaisquer outros agentes da
estrutura que possam impactar na capacidade de pagamento do FIDC, tais
como seguradoras, Cedentes de Direitos Creditórios, agentes de cobrança,
decorrente de Coobrigação, bem como de qualquer outra garantia prestada
ao FIDC;
d. Risco de liquidez da carteira do FIDC;
e. Risco de liquidez das cotas;
f. Risco proveniente do uso de derivativos;
g. Riscos operacionais: descrever os riscos oriundos dos processos
de verificação de lastro por amostragem e manutenção de documentos
comprobatórios, os riscos referentes aos processos operacionais de cobrança e
fluxos financeiros, entre outros, se aplicável;
h. Risco de descontinuidade: descrever, quando aplicável, o impacto sobre
o investidor de liquidação antecipada do FIDC, enfatizando a possibilidade de
entrega de Direitos Creditórios aos cotistas;
i. Riscos de originação: descrever, com especial ênfase no caso de FIDC
com Direitos Creditórios a performar, a possibilidade de rescisão de contratos
que originam (i) Direitos Creditórios; (ii) vício na originação; (iii) falta de geração,
disponibilidade, formalização ou entrega de Direitos Creditórios;
j. Risco do originador: descrever, quando aplicável, a natureza cíclica do
setor de atuação do originador dos Direitos Creditórios, informando os custos,
suprimentos e concorrência do mercado de atuação do originador dos
Direitos Creditórios, bem como seus riscos operacionais, riscos em relação
à legislação ambiental, quando for o caso, e efeitos da política econômica do
governo;
k. Risco de questionamento da validade e eficácia da cessão: descrever
a possibilidade de a Cessão dos Direitos Creditórios, nos casos expressamente
previstos em Lei, ser invalidada ou tornar-se ineficaz por determinação judicial,
inclusive, caso a cessão: (i) seja considerada simulada; (ii) seja realizada em fraude
contra credores; (iii) não seja registrada em cartório de títulos e documentos; e/
ou (iv) não tenha sido notificada ao devedor/sacado;
l. Risco de fungibilidade: descrever riscos oriundos da operacionalização
da segregação do fluxo de pagamento dos Direitos Creditórios cedidos ao FIDC;
m. Risco de concentração;
n. Risco de pré-pagamento: descrever riscos oriundos do pagamento
antecipado pelos sacados com taxa de desconto que possam afetar a
rentabilidade da carteira do FIDC;
o. Risco de governança: quando aplicável, informar os cotistas a respeito

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do potencial conflito de interesses entre as diferentes classes e séries de cotasdo
FIDC, inclusive advindos de quóruns qualificados para aprovação de matérias
em assembleia, bem como os eventuais riscos oriundos da possibilidade de 115
eventos que possam modificar a relação de poderes para alteração dos termos
e condições da operação; e
p. Risco de ausência de histórico da carteira: descrever, quando a emissão
for composta por Direitos Creditórios pulverizados e não houver histórico da
carteira;
XIX. Gestão de risco: descrever a metodologia de gestão de risco utilizada
para o FIDC;
XX. Público-alvo: descrever a quem o FIDC se destina, bem como
descrever, obrigatoriamente, quais necessidades o FIDC visa a atender;
XXI. Regras de movimentação: indicar, obrigatoriamente, carências e
procedimentos de aplicação e resgate, bem como indicar onde o cotista poderá
obter as informações referentes a valores de movimentação;
XXII. Política de distribuição de resultados e amortização, se aplicável:
informar, obrigatoriamente, prazos e condições de pagamento;
XXIII. Taxas: informar os valores da taxa de administração e a taxa de
performance, quando for o caso, de ingresso e saída ou outra taxa que venha
a ser cobrada pela indústria de FIDC, especificando a forma de apropriação e
pagamento;
XXIV. Breve histórico do Administrador Fiduciário, do Gestor de Recursos,
do custodiante e do consultor, se houver;
XXV. Regras de tributação aplicáveis ao FIDC e aos investidores na data
do prospecto;
XXVI. Atendimento ao investidor: especificar, obrigatoriamente, onde os
investidores podem obter o regulamento, o histórico de performance, eventuais
informações adicionais ou fazer reclamações e sugestões sobre o FIDC;
XXVII. Política de exercício de direito de voto em assembleias: em
conformidade com o disposto no capítulo VIII deste anexo;
XXVIII. Descrição das características da oferta: prover informações
relevantes sobre a oferta, incluindo prazos, preços de subscrição e integralização,
quantidade de cotas, valor mínimo de investimento, entre outros;
XXIX. Características da cessão: descrever, detalhadamente, as
características da Cessão dos Direitos Creditórios ao FIDC, destacando, mas não
se limitando, a: (i) esclarecimento acerca do caráter definitivo, ou não, da cessão;
(ii) mecanismo de fixação da taxa de desconto a ser aplicada no momento da
aquisição dos Direitos
Creditórios; (iii) procedimento para registro dos documentos da cessão
em cartório(s), quando aplicável; e (iv) procedimento para notificação da cessão
aos devedores, quando aplicável;
XXX. Política de análise, concessão de crédito e eventual constituição de
garantias: apresentar, para os Direitos Creditórios originados por um mesmo
Conglomerado ou Grupo Econômico que isoladamente ou em conjunto
representem mais de 10% (dez por cento) da carteira do FIDC, descrição dos
procedimentos e da política utilizada para a análise e concessão de crédito
por parte do originador dos Direitos Creditórios, assim como a existência de
eventuais garantias e forma de sua recomposição;
XXXI. Critérios de elegibilidade e condições de cessão: apresentar as
condições a serem satisfeitas a fim de que os Direitos Creditórios sejam elegíveis
para compor a carteira do FIDC e a periodicidade da verificação, se houver;
XXXII. Metodologias: descrever ou fazer referência no site na internet
onde possa ser encontrada a metodologia de avaliação e precificação de ativos
e a metodologia de apuração da provisão para perdas por redução no valor
recuperável dos Direitos Creditórios integrantes das carteiras do FIDC;
XXXIII. Cobrança: detalhar o mecanismo de cobrança bancária,
extrajudicial e judicial dos Direitos Creditórios e os prestadores de serviços

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envolvidos, esclarecendo, inclusive, os procedimentos previstos em situações
especiais que envolvam inadimplência dos Direitos Creditórios;
XXXIV. Informações sobre os sacados: informar os padrões históricos de 116
inadimplência na carteira de Direitos Creditórios, concentração e características
dos sacados, ressaltando prazos de vencimento e volumes mínimo e máximo
dos Direitos
Creditórios e outras informações sobre os Direitos Creditórios, tais como
prazo médio e aging da carteira (idade da carteira) - destacar as informações
históricas e que não há garantias de que a carteira de Direitos Creditórios
adquirida para o
FIDC apresente características (perfil e performance) semelhantes ao
histórico apresentado;
XXXV. Informações detalhadas do originador: descrever o setor de
atuação do originador, seu histórico, produtos, matérias-primas, processo
produtivo, análise financeira e outros fatores de ordem micro/macroeconômica,
financeira ou legal, que possam impactar na geração de Direitos Creditórios;
XXXVI. Relacionamento entre as partes: descrever o relacionamento
entre as partes evidenciando os potenciais conflitos de interesse, em especial,
no processo de originação, consultoria especializada, distribuição, custódia,
cobrança, Gestão de
Recursos de Terceiros e Administração Fiduciária do FIDC;
XXXVII. Conflito de interesses: descrever a quem compete apreciar,
discutir e/ou deliberar matérias sobre as quais haja situação de potencial
conflito de interesses;
XXXVIII. Sumário dos contratos: incluir sumário dos contratos firmados
pelo FIDC e de outros contratos firmados entre as partes envolvidas e que
afetem de forma relevante as operações do FIDC;
XXXIX. Metodologia do cálculo do valor das cotas com relação ao
benchmark das séries e/ou classes de cotas no que se refere a possíveis provisões
de perdas e reversões: descrever, de forma clara, como serão realizados os
eventos entre as diferentes séries e/ou classes de cotas considerando o efeito
da marca d’água, quando houver;
XL. Critérios e metodologias de verificação do lastro, bem como guarda
dos documentos que comprovem o lastro;
XLI. Critérios e metodologias de verificação da condição de cessão:
descrever a metodologia de verificação da condição de cessão e indicar, se for
o caso, quando esta atividade for exercida por um prestador de serviço; e
XLII. Ordem de alocação de recursos e prioridades de pagamento:
descrever a ordem e a prioridade em que os recursos disponíveis serão alocados
para o atendimento de amortizações e resgates de cada classe de cotas,
despesas, reservas e demais obrigações do FIDC.
§1º. Caso não seja definido pelo Administrador Fiduciário a quem compete
apreciar, discutir e/ou deliberar qualquer situação de conflitos de interesse nos
documentos do FIDC, nos termos do inciso XXXVII do caput, será necessária a
deliberação desta prerrogativa em assembleia de cotistas.
§2º. Os FIDC constituídos sob a forma de condomínio aberto devem
incluir na capa, na contracapa ou na primeira página de seus prospectos,
aviso com o seguinte teor: “Este fundo apresenta risco de liquidez associado
às características dos seus ativos e às regras estabelecidas para a solicitação e
liquidação de resgates.”
§3º. Os FIDC que permitirem a aquisição de Direitos Creditórios
de múltiplos Cedentes e/ou múltiplos sacados, devem incluir na capa, na
contracapa ou na primeira página de seus prospectos, aviso com o seguinte
teor: “Este fundo pode investir em carteira de direitos creditórios diversificada,
com natureza e características distintas. Desta forma, o desempenho da carteira
pode apresentar variação de comportamento ao longo da existência do fundo.”
§4º. Os FIDC identificados com o atributo de recuperação, conforme

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Diretriz ANBIMA
de Classificação de FIDC, devem incluir na capa, na contracapa ou na
primeira página de seus prospectos aviso com o seguinte teor: “Este fundo 117
pode adquirir direitos creditórios em atraso (vencidos e não pagos), e o seu
desempenho estará vinculado à capacidade de recuperação desses créditos ao
longo do tempo.”

Informativo Mensal do FIDC (Seção II)

Art. 12. O Administrador Fiduciário deve disponibilizar, mensalmente, em


sua página na internet, informativo mensal do FIDC contendo, no mínimo:
I. Características gerais:
a. Denominação do FIDC;
b. CNPJ;
c. Classificação do FIDC, conforme Diretriz ANBIMA de Classificação de
FIDC;
d. Objetivo/política de investimento;
e. Público-alvo;
f. Administrador Fiduciário;
g. Custodiante;
h. Gestor de Recursos;
i. Consultoria de crédito, se houver;
j. Agente de cobrança, se houver;
k. Auditor;
l. Formador de mercado (market maker), se houver;
m. Taxa de administração e de performance;
n. Forma de condomínio (fechado/aberto);
o. Código B³ de cada uma das séries/classes e cotas, se houver;
p. Código ISIN (International Securities Identification Number) de cada
uma das séries/classes e cotas, se houver; e
q. Data de início do FIDC;

II. Características da classe sênior:


a. Início da classe/série;
b. Número da série;
c. Prazo de duração da classe/série;
d. Duration (na data de publicação do informativo de que trata o caput);
e. Aplicação mínima da classe/série;
f. Amortizações programadas da classe/série;
g. Remuneração-alvo da classe/série;
h. Remuneração mensal obtida;
i. Rating na emissão;
j. Agência de rating contratada;
k. Nota da última classificação de rating obtida; e
l. Data da classificação de rating obtida.
III. Direitos Creditórios e carteira:
a. Nome e segmento do Cedente, se monocedente; e
b. Nome e segmento do sacado, se monossacado.
IV. Informações patrimoniais, índices e eventos relevantes:
a. Patrimônio Líquido de cada uma das séries de cotas sêniores;
b. Patrimônio Líquido de cada uma das classes de cotas subordinadas;
c. Patrimônio Líquido do FIDC;
d. Relação de subordinação mínima;
e. Relação de subordinação atual;
f. Desempenho histórico;
g. Créditos vencidos e não pagos (% PL);
h. Provisão de devedores duvidosos (% PL);

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i. Outros índices relevantes;
j. Eventos de avaliação em curso, se houver; e
k. Eventos de liquidação em curso, se houver. 118
V. Informações adicionais: estruturas de garantias, riscos de concentração
e revolvência, se houver.

§1º. As informações previstas nos incisos II e IV devem contemplar o


histórico dos últimos vinte e quatro meses.
§2º. O Gestor de Recursos deve fornecer ao Administrador Fiduciário
as informações necessárias, quando aplicável, para cumprimento do disposto
neste artigo.
§3º. O Administrador Fiduciário pode contratar o Gestor de Recursos
para elaborar e divulgar o informativo de que trata o caput, devendo essa
contratação estar formalizada e ser divulgada no regulamento do FIDC.

CLASSIFICAÇÃO DO FIDC (Cap IX)

Art. 29. O FIDC deve ser classificado de acordo com seus objetivos,
políticas de investimento e composição da carteira.
Parágrafo único. A classificação do FIDC na ANBIMA tem como objetivo
separar e identificar os FIDC conforme suas estratégias e principais fatores de
risco.
Art. 30. Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir
diretrizes que devem ser observadas pelas Instituições Participantes no que se
refere à classificação ANBIMA do FIDC.

FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (ANEXO III)

OBJETIVO E ABRANGÊNCIA (Cap I)

Art. 1º. O presente anexo se aplica, em adição às regras do Código, aos


Fundos de
Investimento Imobiliários regulados pela Instrução CVM nº 472, de 31 de
outubro de 2008, e suas alterações posteriores (“FII” ou “Fundo”).

Parágrafo único. Em caso de eventual divergência entre as disposições


deste anexo e do Código, prevalecem as disposições deste anexo.

PROSPECTO DO FII (CAPÍTULO IV)

Art. 9º. O prospecto é elaborado pelo Administrador Fiduciário e deve


conter as principais características do FII, dentre as quais as informações
relevantes aos investidores sobre políticas de investimento, taxas e riscos
envolvidos, bem como seus direitos e responsabilidades.
§1º. O prospecto de que trata o caput deve conter, no mínimo:
I. Denominação do FII;
II. Base legal;
III. Prazo de duração;
IV. Identificação dos prestadores de serviços;
V. Política de divulgação de informações;
VI. Público-alvo;
VII. Objetivo e política de investimento: descrever a política de
investimento que será adotada pelo FII contendo, no mínimo:
a. Forma como o FII pretende atingir o seu objetivo de investimento,
identificando a classificação ANBIMA do FII e o tipo de gestão, conforme Diretriz
ANBIMA de classificação de FII;
b. Se o FII for de gestão ativa, mencionar a especificação do grau de

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liberdadepara alienação e aquisição dos ativos que o Administrador Fiduciário
ou Gestor de Recursos, quando houver, se reserva no cumprimento da política
de investimento, indicando a natureza das operações que fica autorizado a 119
realizar independentemente de prévia autorização dos investidores;
c. Os tipos de ativos que poderão compor o patrimônio do FII e os
requisitos de diversificação de investimentos;
d. A possibilidade de o FII contratar operações com derivativos para fins
de proteção patrimonial, cuja exposição seja sempre, no máximo, o valor do
patrimônio líquido do FII, caso autorizada no regulamento; e
e. A possibilidade de aquisição de imóveis gravados com ônus reais.
VIII. Política de concentração de investimento, quando aplicável:
descrever os requisitos de diversificação de investimentos e as políticas de
seleção e alocação dos ativos-alvo;
IX. Política de amortização e de distribuição de resultados, quando
aplicável: informar os prazos e condições de pagamento;
X. Descrição das cotas: descrever as diferentes classes de cotas, quando
for o caso, com a descrição dos direitos de cada uma delas;
XI. Negociação das cotas: descrever as condições e o mercado em
que as cotas poderão ser negociadas e, no caso de novas ofertas de cotas,
quando aplicável, incluir histórico de negociação das cotas em mercados
regulamentados, identificando, se houver:
a. Cotação mínima, média e máxima de cada ano, nos últimos cinco anos;
b. Cotação mínima, média e máxima de cada trimestre, nos últimos dois
anos; e
c. Cotação mínima, média e máxima de cada mês, nos últimos seis meses;
XII. Regras de subscrição e integralização de cotas: indicar os
procedimentos de subscrição e integralização nas ofertas;
XIII. Principais características da oferta: descrever as principais
características da oferta, em especial as informações sobre prazos, quantidade
de cotas ofertadas, incluindo a possibilidade ou não de futuras emissões,
existência de direito de preferência, divisão em séries e, se for o caso, valor
mínimo de investimentos;
XIV. Relacionamento: incluir informações, de forma consolidada, sobre
relacionamento entre o FII e seus prestadores de serviços e, caso o FII possua
identificação dos ativos-alvo na data da oferta pública, incluir informações de
forma consolidada sobre relacionamento entre os ativos-alvo e o Administrador
Fiduciário, o Gestor de Recursos e/ou consultoria especializada, se houver;
XV. Indicação de potenciais conflitos de interesse: explicitar potenciais
conflitos de interesse decorrentes dos relacionamentos identificados no inciso
acima, assim como os mecanismos adotados para eliminá-los ou mitigá-los;
XVI. Estudo de viabilidade: apresentar o estudo de viabilidade efetuado
para a oferta pública do FII demonstrando expectativa de retorno do
investimento, com exposição clara e objetiva das premissas adotadas;
XVII. Laudo de avaliação: apresentar o laudo de avaliação quando houver
definição específica dos ativos-alvo que integrarão a carteira do FII;
XVIII. Rentabilidade do FII: informar se há rentabilidade pretendida no FII
e, quando houver, informar a metodologia aplicada, e caso não haja, informar ao
potencial investidor que o FII não busca um objetivo de retorno determinado;
XIX. Receita mínima garantida: indicar, caso o FII tenha receita ou
rentabilidade mínima garantida, a fonte pagadora da receita, o beneficiário, o
percentual ou montante, a periodicidade e o prazo oferecido;
XX. Fatores de risco: indicar, obrigatoriamente, todo e qualquer fator
relativo ao FII que possa, de forma relevante, afetar a decisão do potencial
investidor no que diz respeito à aquisição das cotas do FII, devendo constar, no
mínimo:
a. Risco de mercado;
b. Risco de crédito;

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c. Risco de liquidez da carteira do FII;
d. Risco de liquidez das cotas;
e. Risco tributário: descrever os riscos tributários e riscos relacionados ao 120
desenquadramento do FII quanto aos requisitos necessários para a obtenção
dos benefícios que a regulação em vigor concede ao FII e a seus investidores,
bem como outros riscos tributários aplicáveis, inclusive riscos de alterações na
Regulação tributária;
f. Risco regulatório;
g. Risco de governança: descrever a existência de restrições para o
exercício de voto e eventuais quóruns qualificados para deliberação (que
poderão resultar na não deliberação de determinadas matérias);
h. Risco operacional; e
i. Risco jurídico: descrever os riscos jurídicos relevantes, tais como de
decisões judiciais, extrajudiciais ou arbitrais desfavoráveis e risco de eventuais
contingências não identificadas ou não identificáveis.
XXI. Fatores de risco adicionais: adicionalmente aos fatores de riscos
obrigatórios indicados no inciso acima, incluir, quando aplicável, os fatores de
riscos aplicáveis à estrutura do FII, conforme abaixo:
a. Risco de não colocação ou colocação parcial da oferta;
b. Riscos inerentes às diferentes classes de cotas;
c. Risco de concentração; e
d. Risco de potencial conflito de interesse.
XXII. Descrever os riscos do setor imobiliário em que os ativos-alvo do FII
estejam expostos, tais como, mas não limitados a:
a. Risco de desenvolvimento/construção das obras dos empreendimentos
imobiliários, tais como: atrasos e/ou não conclusão das obras dos
empreendimentos imobiliários;
b. Aumento dos custos de construção;
c. Risco de vacância dos imóveis;
d. Risco de lançamento de novos empreendimentos imobiliários
comerciais próximos aos imóveis investidos;
e. Risco de flutuações no valor dos imóveis integrantes da carteira do FII;
f. Riscos relativos às receitas mais relevantes em caso de locação;
g. Risco de pré-pagamento: descrever o risco de pré-pagamento ou
recebimento antecipado dos ativos-alvo;
h. Risco de sinistro: descrever os riscos relativos aos casos de sinistro
envolvendo os empreendimentos objeto de investimento e de prejuízos não
cobertos no seguro contratado pelo FII.
i. Risco de não contratação de seguro: descrever o risco da não
contratação de seguros pelos locatários;
j. Risco de desapropriação total ou parcial: descrever o risco de
desapropriação total ou parcial dos empreendimentos objeto de investimento
pelo FII;
k. Risco de regularidade dos imóveis: descrever os riscos relativos à
regularização dos empreendimentos imobiliários integrantes à carteira do FII;
l. Risco ambiental;
m. Risco do uso de derivativos;
n. Risco relacionado à possibilidade de o FII adquirir ativos onerados; e
o. Risco relacionado às garantias dos ativos: risco de aperfeiçoamento
das garantias dos ativos.
XXIII. Taxa de administração, taxas de ingresso e taxa de desempenho:
especificar a forma de apropriação e pagamento;
XXIV. Breve histórico dos terceiros contratados em nome do FII:
Administrador
Fiduciário, Gestor de Recursos, consultor imobiliário e formador de
mercado, quando houver; e
XXV. Descrição das atividades dos contratados, de acordo com o disposto

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no inciso acima, quando houver.
§2º. Os terceiros contratados em nome do FII, nos termos do inciso
XXIV acima, são responsáveis, individualmente, pela prestação de suas 121
informações, estando sujeitos às penalidades previstas neste Código nos casos
de descumprimento.
§3º. Caso a taxa de administração não contemple a taxa de gestão, esta
última deverá ser descrita no prospecto da oferta de cotas do FII.

CLASSIFICAÇÃO DO FII (Cap IV)

Art. 23. O FII deve ser classificado de acordo com seus objetivos, políticas
de investimento e composição da carteira.

Parágrafo único. A classificação do FII na ANBIMA tem como objetivo


separar e identificar os FII conforme suas estratégias e principais fatores de risco.
Art. 24. Cabe ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir
diretrizes que devem ser observadas pelas Instituições Participantes no que se
refere à classificação ANBIMA do FII.

FUNDOS DE INVESTIMENTO EM ÍNDICE DE MERCADO (ANEXO


IV)

Art. 1º. O presente anexo aplica-se, em adição às regras do Código, aos


Fundos de Índice de Mercado regulados pela Instrução CVM nº 359, de 22 de
janeiro de 2002, e suas alterações posteriores (“Fundos de Índice” ou “Fundos”).

Parágrafo único. Em caso de eventual divergência entre as disposições


deste anexo e do Código, prevalecem as disposições deste anexo

WEBSITE (Cap II)

Art. 7º. Sem prejuízo das demais obrigações previstas pela Regulação em
vigor, o Administrador Fiduciário deve disponibilizar em seu site na internet, no
mínimo:
I. Fatores de risco: elencar e descrever, de forma clara e objetiva, os
fatores de risco conhecidos em que o potencial investidor incorrerá caso venha
a adquirir cotas do Fundo de Índice, devendo dispor minimamente sobre:
a. Risco de mercado;
b. Risco sistêmico;
c. Risco de crédito;
d. Risco de descolamento de rentabilidade;
e. Risco de liquidez das cotas do Fundo de Índice;
f. Risco de liquidez dos ativos: descrever as condições de liquidez dos
mercados e seus efeitos sobre os ativos componentes da carteira do Fundo
de Índice, as condições de solvência do Fundo e a relação desse risco com as
solicitações de resgate de cotas;
g. Risco de o investidor não atender aos requisitos mínimos para emissão
e resgate;
h. Risco de ágio e deságio na negociação das cotas em relação ao valor
patrimonial e/ou seu valor indicativo;
i. Risco de o provedor do índice parar de administrar ou manter o índice;
j. Risco de suspensão da negociação das cotas por parte da Comissão
de Valores Mobiliários, bolsa de valores ou entidade do mercado de balcão
organizado; e
k. Risco relativo ao fornecimento ou disponibilização do índice;

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II. Seção específica com informações sobre os Fundos de Índice, devendo
dispor, minimamente, sobre:
a. O que são os Fundos de Índice; 122
b. Semelhanças e diferenças entre os Fundos de Índice e os demais fundos;
c. Como ocorre o processo de integralização e resgate de cotas do Fundo
de
Índice;
d. Estratégias permitidas pela Regulação e como os Fundos de Índice
ofertados no site se enquadram;
e. Regulação aplicável;
f. Como os Fundos de Índice atingem seu objetivo;
g. Como o investidor pode acompanhar a evolução do preço do Fundo
de Índice;
III. Seção específica com termos e definições financeiras (“glossário”) sobre
o Fundo de Índice, que permitam esclarecer ao potencial investidor eventuais
dúvidas a respeito dos materiais do Fundo disponibilizados no website;
IV. Aviso na seção “Taxas e demais despesas do Fundo”, com o seguinte
teor: “Esta modalidade de investimento possui outros custos envolvidos, além
das despesas do próprio fundo. Antes de investir, verifique os custos com
corretagem, emolumentos e custódia.”
V. Avisos com o seguinte teor, quando aplicável:
a. “O investimento em fundos de índice envolve riscos, inclusive de
descolamento do índice de referência e relacionados à liquidez das cotas
no mercado secundário. Antes de investir no fundo, leia o regulamento e as
informações constantes do site (endereço do website dedicado), em especial,
a seção fatores de risco.”
b. “Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do regulamento do
fundo de investimento ao aplicar seus recursos.”
c. “Este fundo utiliza estratégias que podem resultar em significativas
perdas patrimoniais para seus cotistas.”
VI. Selo ANBIMA com texto obrigatório contendo aviso com o seguinte
teor: “A presente instituição aderiu ao Código ANBIMA de Regulação e Melhores
Práticas para Administração de Recursos de Terceiros.”
Parágrafo único. Os materiais de divulgação do Fundo de Índice constantes
do website devem apresentar linguagem clara e moderada, advertindo os
investidores para o risco do investimento, além de conter a expressão “material
publicitário”, de forma a alertar os investidores de que não são suficientes para
a tomada de decisão de investimento.

? Dica do Professor
Você terminou a leitura do Código ANBIMA de Melhores Práticas
para Administração de Recurso de Terceiros. A seguir, iniciaremos
um tema de extrema importancia dentro do tema Fundos de
Investimento, os Níveis 1, 2 e 3. Foi uma novidade que a ANBIMA
trouxe para ajudar o investidor a ter mais clareza e ser mais assertivo
no consumo do produto Fundos de Investimento. Dedique-se!

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SIFICAÇÃO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ANBIMA –
NÍVEIS 1, 2 E 3. 123
A classificação de fundos foi uma ferramenta criada pela ANBIMA para suportar
uma decisão de investimento madura e consciente por parte dos investidores.
A ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas características, iden-
tificando-os pelas suas estratégias e fatores de risco. Esse agrupamento facilita
a comparação de performance entre os diferentes fundos e auxilia o processo
de decisão de investimento, além de contribuir para aumentar a transparência
do mercado.

A nova Classificação conta com três níveis de detalhamento, que buscam refle-
tir a lógica do processo decisório na hora de investir. Essa classificação foi ins-
pirada nos padrões internacionais, mas preserva as características da indústria
brasileira.

Os 3 níveis são:

Regulação Autorregulação

1 Classe de
ativos 2 3 Tipos de
gestão e
risco
Estratégias

O objetivo é explicitar em cada nível as estratégias e riscos associados a cada


um dos fundos de investimentos disponíveis em seu banco. A escolha feita no
primeiro nível leva a uma determinada direção no segundo nível e assim por
diante. Essa hierarquia cria um caminho que ajuda a orientar a decisão e conduz
a um maior alinhamento entre os anseios do investidor, suas restrições e seu
apetite ao risco, e os produtos disponíveis para ele.

Essa nova classificação ajuda você a orientar seu cliente de forma mais assertiva.
Ao dividir os fundos em tipos ou categorias que expressam objetivos, classes de
ativos, riscos e estratégias similares, a classificação ajuda na comparação não
apenas entre fundos, mas também permite compará-los com outras opções de
investimento e benchmarks.

A partir de agora, você vai entender como que cada classe de ativo do nível 1,
vai se subdividindo:

- Fundos Renda Fixa

Nível 1
Fundos que buscam retorno por meio de investimentos em ativos de renda fixa
(são aceitos títulos sintetizados via derivativos), admitindo-se estratégias que
impliquem risco de juros e de índice de preços. São admitidos ativos de renda
fixa emitidos no exterior. Excluem-se estratégias que impliquem exposição em
renda variável (ações etc).

Nível 2
Neste nível os fundos são classificados conforme o tipo de gestão (passiva ou
ativa). Ainda para a gestão ativa, a classificação é desmembrada conforme a
sensibilidade à taxa de juros. Incluem também os fundos de Renda Fixa Simples
conforme a Instrução nº 555 da CVM:
Renda Fixa Simples: Estes fundos seguem o disposto no art. 113 da Instrução

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nº 555que dispõe sobre os fundos de Renda Fixa com sufixo “Simples” em sua
denominação.
Indexados: Fundos que têm como objetivo seguir as variações de indicadores 124
de referência do mercado de Renda Fixa.
Ativos: Fundos não classificados nos itens anteriores. Os fundos nesta cate-
goria devem ser classificados conforme a sensibilidade a alterações na taxa de
juros (risco de mercado) medida por meio da duration média ponderada da car-
teira.

I. Duração Baixa (Short duration): Fundos que objetivam buscar retornos inves-
tindo em ativos de renda fixa com duration média ponderada da carteira inferior
a 21 dias úteis. Estes fundos buscam minimizar a oscilação nos retornos promo-
vida por alterações nas taxas de juros futuros. Estão nesta categoria também
os fundos que buscam retorno investindo em ativos de renda fixa remunerados
à taxa flutuante em CDI ou Selic. Fundos que possuírem ativos no exterior de-
verão realizar o hedge cambial da parcela investida no exterior. Excluem-se es-
tratégias que impliquem exposição de moeda estrangeira ou de renda variável
(ações, etc.).

II. Duração Média (Mid duration): Fundos que objetivam buscar retornos in-
vestindo em ativos de renda fixa com duration média ponderada da carteira
inferior ou igual à apurada no IRF-M do último dia útil de junho. Estes fundos
buscam limitar oscilação nos retornos decorrentes das alterações nas taxas de
juros futuros. Fundos que possuírem ativos no exterior deverão realizar o hedge
cambial da parcela investida no exterior. Excluem-se estratégias que impliquem
exposição de moeda estrangeira ou de renda variável (ações, etc.).

III. Duração Alta (Long duration): Fundos que objetivam buscar retornos inves-
tindo em ativos de renda fixa com duration média ponderada da carteira igual
ou superior à apurada no IMA-GERAL do último dia útil de junho. Estes fundos
estão sujeitos a maior oscilação nos retornos promovida por alterações nas ta-
xas de juros futuros. Fundos que possuírem ativos no exterior deverão realizar
o hedge cambial da parcela investida no exterior. Excluem-se estratégias que
impliquem exposição de moeda estrangeira ou de renda variável (ações, etc.).
IV. Duração Livre: Fundos que objetivam buscar retorno por meio de investi-
mentos em ativos de renda fixa, sem compromisso de manter limites mínimo
ou máximo para a duration média ponderada da carteira. O hedge cambial da
parcela de ativos no exterior é facultativo ao gestor.

Nível 3
Neste nível os fundos são classificados conforme a exposição ao risco de crédi-
to. Assim, ao optar pela gestão ativa, o investidor tem à disposição os seguintes
fundos:

Soberano: Fundos que investem 100% em títulos públicos federais do Brasil.


Grau de Investimento: Fundos que investem no mínimo 80% da carteira em
títulos públicos federais, ativos com baixo risco de crédito do mercado domés-
tico ou externo, ou sintetizados via derivativos, com registro das câmaras de
compensação.
Crédito Livre: Fundos que objetivam buscar retorno por meio de investimen-
tos em ativos de renda fixa, podendo manter mais de 20% da sua carteira em
títulos de médio e alto risco de crédito do mercado doméstico ou externo.

Ao optar por renda fixa simples, no terceiro nível, a única, opção disponível será
renda fixa simples.

Ao optar por um fundo de renda fixa de gestão indexada, o comportamento do

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fundo passa a ser atrelado ao índice de referência.

Ao optar por investimento no exterior, as opções para o terceiro nível são: 125
Investimento no Exterior: Fundos que investem em ativos financeiros no ex-
terior em parcela superior a 40% do patrimônio líquido. Estes fundos seguem o
disposto no art. 101 da Instrução nº 555 da CVM.
Dívida Externa: Fundos que investem no mínimo 80% de seu patrimônio
líquido em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da
União. Estes fundos seguem o disposto no art. 114 da Instrução nº 555 da CVM.

Veja o exemplo a seguir (FONTE ANBIMA):

Regulação Autorregulação

Nível 1 Nível 2 Nível 3

RF Simples Renda Fixa Simples

Indexados Índices

Soberano
Duração Baixa Grau de Investimento
Crédito Livre

Soberano
Duração Média Grau de Investimento
Crédito Livre
Renda Fixa
Soberano
Duração Alta Grau de Investimento
Crédito Livre

Soberano
Duração Livre Grau de Investimento
Crédito Livre
Investimento no Exterior
Dívida Externa

- Fundos de Ações

Nível 1
Fundos que possuem, no mínimo, 67% da carteira em ações à vista, bônus ou
recibos de subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos de
ações, cotas dos fundos de índice de ações e Brazilian Depositary Receipts
(BDR), classificados como nível I, II e III. O hedge cambial da parcela de ativos no
exterior é facultativo ao gestor.

Nível 2
Neste nível os fundos são classificados conforme o tipo de gestão (indexada ou
ativa), específicos para fundos com características diferenciadas ou investimen-
to no exterior. Conheça cada um deles:
Indexados: Fundos que têm como objetivo replicar as variações de indicado-
res de referência do mercado de renda variável. Os recursos remanescentes em
caixa devem estar investidos em cotas de fundos renda fixa – duração baixa –
grau de investimento ou em ativos permitidos a estes desde que preservadas as
regras que determinam a composição da carteira do tipo ANBIMA.
Ativos: Fundos que têm como objetivo superar um índice de referência ou que
não fazem referência a nenhum índice. A seleção dos ativos para compor a car-
teira deve ser suportada por um processo de investimento que busca atingir os
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objetivos e executar a política de investimentos definida para o fundo. Os recur-
sos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de fundos renda
fixa – duração baixa – grau de investimento ou em ativos permitidos a estes 126
desde que preservadas as regras que determinam a composição da carteira do
Tipo ANBIMA, exceção feita aos fundos classificados como Livre (nível 3).
Específicos: Fundos que adotam estratégias de investimento ou possuam ca-
racterísticas específicas tais como condomínio fechado, não regulamentados
pela Instrução nº 555 da CVM, fundos que investem apenas em ações de uma
única empresa ou outros que venham a surgir.
Investimento no Exterior: Fundos que investem em ativos financeiros no ex-
terior em parcela superior a 40% do patrimônio líquido. Estes fundos seguem o
disposto no art. 101 Instrução nº 555 da CVM.

Nível 3
Neste nível os fundos são classificados conforme a estratégia. Ao optar pelos
fundos indexados, as opções no terceiro nível são os fundos atrelados a índices
de referência.
Os fundos ativos, por sua vez, se dividem no terceiro nível em:
Valor / Crescimento: Fundos que buscam retorno por meio da seleção de
empresas cujo valor das ações negociadas esteja abaixo do “preço justo” esti-
mado (estratégia valor) e/ou aquelas com histórico e/ou perspectiva de conti-
nuar com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relação ao
mercado (estratégia de crescimento).
Setoriais: Fundos que investem em empresas pertencentes a um mesmo setor
ou conjunto de setores afins da economia. Estes fundos devem explicitar em
suas políticas de investimento os critérios utilizados para definição dos setores,
subsetores ou segmentos elegíveis para aplicação.
Dividendos: Fundos que investem em ações de empresas com histórico de
dividend yield (renda gerada por dividendos) consistente ou que, na visão do
gestor, apresentem essas perspectivas.
Small Caps: Fundos cuja carteira é composta por, no mínimo, 85% em ações
de empresas que não estejam incluídas entre as 25 maiores participações do
IBrX - Índice Brasil, ou seja, ações de empresas com relativamente baixa capita-
lização de mercado. Os 15% remanescentes podem ser investidos em ações de
maior liquidez ou capitalização de mercado, desde que não estejam incluídas
entre as dez maiores participações do IBrX – Índice Brasil.
Sustentabilidade / Governança: Fundos que investem em empresas que
apresentam bons níveis de governança corporativa, ou que se destacam em
responsabilidade social e sustentabilidade empresarial no longo prazo, confor-
me critérios estabelecidos por entidades amplamente reconhecidas pelo mer-
cado ou supervisionados por conselho não vinculado à gestão do fundo. Estes
fundos devem explicitar em suas políticas de investimento os critérios utilizados
para definição das ações elegíveis.
Índice Ativo (Indexed Enhanced): Fundos que têm como objetivo superar
o índice de referência do mercado acionário. Estes fundos se utilizam de deslo-
camentos táticos em relação à carteira de referência para atingir seu objetivo.
Livre: Fundos sem o compromisso de concentração em uma estratégia espe-
cífica. A parcela em caixa pode ser investida em quaisquer ativos, desde que
especificados em regulamento.

No nível 3, os fundos específicos se dividem em:


-Fundos Fechados de Ações: Fundos de condomínio fechado regulamentados
pela Instrução nº 555 da CVM.
-Fundos de Ações FMP-FGTS: De acordo com a regulamentação vigente.
-Fundos de Mono Ação: Fundos com estratégia de investimento em ações de
apenas uma empresa.
Veja o exemplo a seguir (FONTE ANBIMA):

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Regulação Autorregulação

Nível 1 Nível 2 Nível 3


127
Indexados índices
Valor/Crescimento
Dividendos

Ativos Small Caps


Índice Ativo
Ações
Setoriais
Livre
FMP-FGTS
Especificos Fechado de Ações

Inv. no Exterior Investimento no Exterior

- Fundos Multimercado

Nível 1
Fundos com políticas de investimento que envolvam vários fatores de risco, sem
o compromisso de concentração em nenhum fator em especial. O hedge cam-
bial da parcela de ativos no exterior é facultativo ao gestor.

Nível 2
Neste nível, a classificação se dá em três grupos:
Alocação: Fundos que buscam retorno no longo prazo por meio de investi-
mento em diversas classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.), incluindo
cotas de fundos de investimento.
Estratégia: Fundos nesta categoria se baseiam nas estratégias preponderan-
tes adotadas e suportadas pelo processo de investimento adotado pelo gestor
como forma de atingir os objetivos e executar a política de investimentos dos
fundos. Admitem alavancagem.
Investimento no Exterior: Fundos que investem em ativos financeiros no ex-
terior em parcela superior a 40% do patrimônio líquido.
Estes fundos seguem o disposto no art. 101 da Instrução nº 555 da CVM.

Nível 3
Neste nível, os fundos são classificados conforme a liberdade da carteira ou ne-
cessidade de manter um benchmark composto.
Os fundos por alocação dividem-se entre:
Balanceados: Buscam retorno no longo prazo por meio da compra de diver-
sas classes de ativos, incluindo cotas de fundos. Estes fundos possuem estraté-
gia de alocação pré-determinada devendo especificar o mix de investimentos
nas diversas classes de ativos, incluindo deslocamentos táticos e/ou políticas
de rebalanceamento explícitas. O indicador de desempenho do fundo deverá
acompanhar o mix de investimentos explicitado (asset allocation benchmark),
não podendo, assim, ser comparado a uma única classe de ativos (por ex, 100%
CDI). Os fundos nesta subcategoria não podem possuir exposição financeira su-
perior a 100% do PL. Não admitem alavancagem.
Dinâmicos: Buscam retorno no longo prazo por meio de investimento em di-
versas classes de ativos, incluindo cotas de fundos. Estes fundos possuem uma
estratégia de asset allocation sem, contudo, estarem comprometidos com um
mix pré-determinado de ativos. A política de alocação é flexível, reagindo às
condições de mercado e ao horizonte de investimento. É permitida a aquisição
de cotas de fundos que possuam exposição financeira superior a 100% do seu

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respectivo PL. Admitem alavancagem.

No terceiro nível, os fundos por estratégias dividem-se entre: 128

Macro: Fundos que realizam operações em diversas classes deativos (renda


fixa, renda variável, câmbio etc), com estratégias de investimento baseadas em
cenários macroeconômicos de médio e longo prazos.
Trading: Fundos que realizam operações em diversas classes de ativos (renda
fixa, renda variável, câmbio etc.), explorando oportunidades de ganhos a partir
de movimentos de curto prazo nos preços dos ativos.
Long and Short - Direcional: Fundos que fazem operações de ativos e deriva-
tivos ligados ao mercado de renda variável, montando posições compradas e
vendidas. O resultado deve ser proveniente, preponderantemente, da diferença
entre essas posições. Os recursos remanescentes em caixa devem estar investi-
dos em cotas de fundos Renda Fixa – Duração Baixa – Grau de Investimento ou
em ativos permitidos a estes desde que preservadas as regras que determinam
a composição da carteira
do tipo ANBIMA.
Long and Short - Neutro: Fundos que fazem operações de ativos e deriva-
tivos ligados ao mercado de renda variável, montando posições compradas e
vendidas, com o objetivo de manterem a exposição financeira líquida limitada a
5%. Os recursos remanescentes em caixa devem estar investidos em cotas de
fundos Renda Fixa – Duração Baixa – Grau de Investimento ou em ativos permi-
tidos a estes desde que preservadas as regras que determinam a composição
da carteira do Tipo ANBIMA.
Juros e Moedas: Fundos que buscam retorno no longo prazo via investimentos
em ativos de renda fixa, admitindo-se estratégias que impliquem risco de juros,
risco de índice de preço e risco de moeda estrangeira.
Excluem-se estratégias que impliquem exposição de renda variável (ações etc).
Livre: Fundos sem compromisso de concentração em alguma estratégia espe-
cífica.
Capital Protegido: Fundos que buscam retornos em mercados de risco pro-
curando proteger, parcial ou totalmente, o principal investido.
Estratégia Específica: Fundos que adotam estratégia de investimento que
implique riscos específicos, tais como commodities, futuro de índice.

Veja o exemplo a seguir (FONTE ANBIMA):

Regulação Autorregulação

Nível 1 Nível 2 Nível 3

Alocação Balanceados
Dinâmico
Macro

Long and Short Neutro

Multimercados Estratégias Long and Short Direcional


Juros e Moeds
Livre
Capital Protegido

Inv. no Exterior

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No caso dos Fundos Cambiais não temos subdivisões. Confira agora na tabela
compartilhada pela ANBIMA cada um dos níveis e suas correspondentes subdi-
visões: 129

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130

Módulo 6

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL
O primeiro ponto a se estudar nesse módulo é a diferença entre a PREVIDÊNCIA 131
SOCIAL e a PREVIDÊNCIA PRIVADA, vejamos a seguir as definições de cada uma
delas:

- Previdência Social: é aquela referente ao benefício pago pelo INSS aos traba-
lhadores. Ela funciona como um seguro controlado pelo governo, garantindo
que o trabalhador continue a receber uma renda quando se aposentar, mas que
também não fique desamparado em caso de gravidez, acidente ou doença.

Obs.: Na Previdência Social, todos os trabalhadores contribuem para fomentar


a renda daqueles que irão se aposentar; é o chamado regime de repartição
simples.

- Previdência Privada: como o próprio nome sugere, é uma opção do indivíduo.


Também chamada de Previdência Complementar, ela estabelece a formação de
uma reserva a ser usada tanto para complementar a renda recebida pelo INSS,
quanto para realizar um projeto de vida, como o pagamento da faculdade dos
filhos ou investir em um negócio próprio.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O


PRODUTO
- Taxas de Administração

Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a uma em-


presa especializada. A cobrança ocorre durante toda a fase de contribuição e
incide sobre o capital total, incluindo o rendimento. Esse custo é regulamentado
pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (quando o fundo ti-
ver aplicações em renda variável).

O percentual da taxa tem que ser aprovado pela Susep e constar do contrato.
Nos planos VGBL e PGBL, o custo varia de 0,5% a 4% ao ano, em geral sendo
cobrada diariamente.

É cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimento ex-


clusivo, criado para o seu plano, e pode variar de acordo com as condições co-
merciais do plano contratado. Os que têm fundos com investimentos em ações,
por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pouco maiores do que
aqueles que investem apenas em renda fixa.

- Taxas de Carregamento

Corresponde às despesas administrativas das instituições financeiras com pes-


soal, emissão de documentos e lucro. É cobrada logo na entrada do plano e a
cada depósito ou contribuição que você faz. Isso quer dizer que, se esse custo
for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$ 95,00 vão ser creditados efetiva-
mente no seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual, menor a
fatia da contribuição ou depósito feita por você que vai “engordar” o seu capital.

As instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos planos
VGBL e PGBL, com aprovação da Susep, mas a concorrência forte impede a im-
posição desse limite.

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Ela serve para cobrir despesas de corretagem e administração. Na maioria dos
casos, a cobrança dessa taxa não ultrapassa 5% sobre o valor de cada contri- 132
buição que você fizer. No mercado há três formas de taxa de carregamento,
dependendo do plano contratado. São elas:

1. Antecipada: incide no momento do aporte. Esta taxa é decrescente em fun-


ção do valor do aporte e do montante acumulado. Ou seja, quanto maior o valor
do aporte ou quanto maior o montante acumulado, menor será a taxa de car-
regamento antecipada.

2. Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou resgates. É decres-


cente em função do tempo de permanência no plano, podendo chegar a zero.
Ou seja, quanto maior o tempo de permanência, menor será a taxa.

3. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao pla-


no), quanto na saída (na ocorrência de resgates ou portabilidades). Como você
pode ver, existem produtos que extinguem a cobrança dessa taxa após certo
tempo de aplicação. Outros atrelam esse percentual ao saldo investido: quanto
maior o volume aplicado, menor a taxa. Nos dois casos, não deixe de pesquisar
antes de escolher seu plano de previdência.

- Portabilidade

Se você não estiver satisfeito com seu plano de previdência privada, você pode
pedir a portabilidade para outro plano. Para isso, não é preciso resgatar seus re-
cursos ou pagar imposto de renda. A migração é isenta de custos. A portabilida-
de nada mais é que a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre
fundos do plano contrato, ou para outros planos, outra seguradora ou Entidade
Aberta de Previdência Complementar – EAPC, durante o período de acumula-
ção, por vontade do titular.

O pedido de migração deve ser feito à instituição financeira que oferece o plano
de destino. Isto é, o plano para o qual você deseja migrar. Será ela a responsá-
vel por entrar em contato com a instituição responsável pelo seu plano atual e
concretizar o processo.

- Portabilidade de planos de previdência fechados

Também é possível pedir a portabilidade de um plano de previdência fechado


para outro plano, fechado ou aberto. Nesse caso, a carência mínima é de três
anos de permanência no plano original.
No caso dos fundos de pensão, a portabilidade só pode ser pedida se o benefi-
ciário não tiver mais vínculo empregatício com a empresa que ofereceu o plano
de previdência como benefício.

- Transferências entre Planos

Se você tem um plano de previdência aberto e vai migrar para outro plano aber-
to, a portabilidade deve ser feita entre planos da mesma modalidade. Isto é,
você só pode migrar de um PGBL para outro PGBL; ou de um VGBL para outro
VGBL.
A mudança de modalidade exigiria o resgate do plano para posterior reinvesti-
mento no outro plano. Isso levaria à cobrança de imposto de renda, o que pode
acabar com a vantagem da migração.

Para pedir portabilidade de plano de previdência aberta para outro plano existe

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uma carência mínima de 60 dias. O prazo pode ser maior, dependendo do re-
gulamento do plano original.
133
Não é permitido mudar de modalidade, ou seja, de um VGBL para um PGBL e vi-
ce-versa. Se quiser fazê-lo, o investidor deverá resgatar seus recursos e aplicar
tudo de novo no outro plano, o que implicará cobrança de IR sobre o dinheiro
retirado, conforme regime tributário escolhido e vigente à época do resgate.

- Resgates

Quando você resolve pagar uma previdência privada, uma das decisões que
precisa tomar é de que forma você receberá esse dinheiro no futuro. Existem
dois caminhos principais, e é sobre isso que vamos estudar agora.
Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva acumulada, pode
ser o resgate total, caso o cliente não queira passar a receber uma renda men-
sal. Para essa opção, há duas formas disponíveis de resgate:

Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do dinheiro. Os


recursos que continuarem no plano permanecerão rendendo.

Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é indicada
para quem não tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o dinheiro
ficar parado, deixará de render.

Regimes de Tributação

- REGIME DE TRIBUTAÇÃO REGRESSIVO

Neste regime a indicação por parte do profissional da área financeira ao seu


cliente é vinculada ao tempo da aplicação. Quanto maior for o prazo de acumu-
lação ou quanto mais tempo você permanecer no plano, menor será a alíquota
de imposto de renda na hora do resgate ou recebimento da renda.
Desde janeiro de 2005, o investidor tem condições de escolher o regime de
tributação que incidirá em seu plano de previdência complementar. A diferen-
ça, como já foi dito, está justamente na forma de recolher este imposto. Veja
conforme tabela abaixo:

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Pode-se dizer que o regime de tributação regressiva é indicado para quem
planeja poupar em plano de previdência por mais tempo, ou seja, cultivando
a visão do longo prazo. Afinal, quanto maior o período em que o dinheiro ficar 134
aplicado no plano, menor a alíquota do Imposto de Renda.

- REGIME DE TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVO

É a mesma que determina a alíquota do Imposto de Renda sobre o seu salário.


Na prática, o que determina a alíquota sobre o plano de previdência é o valor
a ser resgatado ou transformado em renda. Do mesmo modo que o anterior: é
sobre os lucros, no caso do VGBL, e sobre o valor total acumulado, no caso do
PGBL.

Segue a tabela progressiva do Imposto de Renda:

BASE DE CÁLCULO ANUAL EM R$ BASE DE CÁLCULO MENSAL EM R$ ALÍQUOTA %

Até 22.847,76 Até 1.903,96 -

De 22.847,88 até 33.919,80 De 1903,99 a 2.826,65 7,5

De 33.919,81até 45.012,60 De 2.826,66 a 3.751,05 15,0

De 45.012,61até 55.976,02 De 3.751,06 a 44.664,68 22,5

Acima de 55.976,02 Acima de 44.664,68 27,5

Informações Importantes:
Ao escolher entre a tributação regressiva você não pode alterar mais o tipo
de tributação.

Nota do Professor: Porém, se ao contratar o plano você faça a op-


ção pelo regime de tributação progressivo, você poderá solicitar a
alteração para o regressivo (essa alteração é irreversível). O maior de-
talhe dessa possibilidade é que ao solicitar a alteração de progressivo
para regressivo a contagem do prazo do investimento para título de
cálculo de IR na fonte é zerada (como se essa migração determinasse
um novo marco zero no investimento).

Pode-se dizer que o regime de tributação regressiva é indicado para quem


planeja poupar em plano de previdência por mais tempo, ou seja, cultivando
a visão do longo prazo. Afinal, quanto maior o período em que o dinheiro ficar
aplicado no plano, menor a alíquota do Imposto de Renda.

Já a opção pela tabela progressiva é mais indicada em duas situações:

1. Se o investidor tem a intenção de sair do fundo em um prazo mais curto;


2. Se o investidor estiver poupando com o objetivo de receber uma renda men-
sal que fique na faixa de isenção do IR ou próxima a essa, cuja alíquota não
ultrapasse os 7,5%.

- PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)

O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais vantajoso para aqueles que

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fazem a declaração do imposto de renda pelo formulário completo.
No PGBL, os aportes podem ser deduzidos da base de cálculo do Imposto
de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual tributável, conforme a Lei 135
9.532/97.

Condições para dedução do IR:


• Plano próprio: o titular do plano deve contribuir para o regime geral (INSS) ou
o regime próprio dos servidores públicos.
• No resgate ou recebimento de renda incidirá IR sobre o valor total (montante
principal + rendimentos).

O participante contratará um dos seguintes tipos de renda mensal:

a) RENDA MENSAL VITALÍCIA: consiste em uma renda paga vitalícia e exclu-


sivamente ao participante a partir da data de concessão do benefício. O bene-
fício cessa com o falecimento do participante.

b) RENDA MENSAL TEMPORÁRIA: consiste em uma renda paga temporária


e exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o falecimento do par-
ticipante ou o fim da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro.

c) RENDA MENSAL VITALÍCIA COM PRAZO MÍNIMO GARANTIDO: con-


siste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data da con-
cessão do benefício, sendo garantida aos beneficiários da seguinte forma:

No momento da inscrição, o participante escolherá um prazo mínimo de garan-


tia que será indicado na proposta de inscrição.
O prazo mínimo da garantia é contado a partir da data do início do recebimento
do benefício pelo participante.

Se durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do


participante, antes de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido,
o benefício será pago aos beneficiários conforme os percentuais indicados na
proposta de inscrição, pelo
período restante do prazo mínimo de garantia.

No caso de falecimento do participante, após o prazo mínimo garantido esco-


lhido, o benefício ficará automaticamente cancelado sem que seja devida qual-
quer devolução, indenização ou compensação de qualquer espécie ou nature-
za aos beneficiários.

No caso de um dos beneficiários falecer antes de ter sido completado o prazo


mínimo de garantia, o valor da renda será rateado entre os beneficiários rema-
nescentes até o vencimento do prazo mínimo garantido.

Não havendo qualquer beneficiário remanescente, a renda será paga aos su-
cessores legítimos do participante, pelo prazo restante da garantia.

d) RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL AO BENEFICIÁRIO INDICA-


DO: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data
de concessão do benefício escolhida.

Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta renda, o


percentual do seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido
vitaliciamente ao beneficiário indicado.

Na hipótese de falecimento do beneficiário, antes do participante e durante o

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período de percepção da renda, a reversibilidade do benefício estará extinta
sem direito a compensações ou devoluções dos valores pagos.
136
No caso do beneficiário falecer, após já ter iniciado o recebimento da renda, o
benefício estará extinto.

e) RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL AO CÔNJUGE COM CON-


TINUIDADE AOS MENORES: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao
participante a partir da data de concessão do benefício escolhida. Ocorrendo o
falecimento do participante, durante a percepção desta renda, o percentual do
seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao
cônjuge e na falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es) até que
complete(m) a idade para maioridade (18, 21 ou 24) estabelecida no regulamen-
to e conforme o percentual de reversão estabelecido.

f) PAGAMENTO ÚNICO: No primeiro dia útil seguinte à data prevista para o


término do período de diferimento, será concedido ao participante benefício
sob a forma de pagamento único, calculado com base no saldo de provisão ma-
temática de benefícios a conceder verificado ao término daquele período.

g) RENDA MENSAL POR PRAZO CERTO: consiste em uma renda mensal a


ser paga por um prazo pré-estabelecido ao participante/assistido.

Quais os tipos de aplicação existentes para o PGBL?

Plano do Tipo Soberano – Títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do


BACEN e créditos securitizados do Tesouro Nacional.

Plano do Tipo de Renda Fixa – A mesma aplicação do plano soberano mais


investimentos de renda fixa.

Plano do Tipo Composto – Demais modalidades, limitando os investimentos


em renda variável a 49% do patrimônio líquido do FIE.

- VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (VGBL)

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é aconselhável para aqueles que


não têm renda tributável, já que não é dedutível do Imposto de Renda, ainda
que seja necessário o pagamento de IR sobre o ganho de capital.

Nesse tipo de produto, também não existe uma garantia de rentabilidade mí-
nima, ainda que todo o rendimento seja repassado ao integrante. O primeiro
resgate pode ser feito em prazo que varia de dois meses a dois anos. A partir
do segundo ano, também pode ser feita a cada dois meses. Possui taxa de car-
regamento.

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Veja agora a tabela comparativa entre os dois tipos de plano (PGBL X
VGBL):
137

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Módulo 7

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7.1 Ativos Livres de Riscos e Ativos com Risco de
Crédito 139
Para entrar neste assunto precisamos primeiramente entender que quando
optamos por um investimento estamos correndo um risco, porém o investidor
entende que para se obter um retorno financeiro deste investimento (a famosa
rentabilidade) inevitavelmente ele está correndo algum tipo de risco. Podemos
entender então que o investidor ao optar por um produto de investimento tem
a expectativa de obter um retorno financeiro e o risco dito acima pode se resu-
mir na possibilidade de não se obter esse retorno esperado.
O conceito de Taxa Livre de Risco é simples e está ligado a uma remuneração
com retorno livre de risco de Liquidez e Crédito. São exemplos teóricos de taxas
livres de risco as taxas SELIC e CDI-CETIP.

- Relação entre Risco e Retorno e o Princípio da Dominância entre


Ativos

O risco está sempre presente nos investimentos e cada investidor tem sua tole-
rância a riscos. Há investidores arrojados que suportam altos riscos em busca de
maior retorno e há também os conservadores que desejam o mínimo de risco,
ainda que isso implique em retornos menores. Entre esses dois opostos estão os
mais diversos perfis de investidores.

Por outro lado, cada investimento apresenta sua combinação de risco e retor-
no. Existe uma tendência de elevação dos retornos a medida que aumentam os
riscos.

Quando utilizamos dados históricos encontramos o retorno médio esperado


dos investimentos e a dispersão em torno desse retorno por meio do desvio-
-padrão. O desvio-padrão mede quão distante da média está aquele retorno,
portanto quanto maior for a dispersão em torno da média, maior é o risco para
o investidor.

Certamente o investidor gostaria de ter o maior retorno possível sem correr ne-
nhum risco.

Analise o gráfico. Os quadrantes A, B, C e D representam diferentes investimen-


tos.
Retorno

Risco

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Note que os investimentos “A” e “B” oferecem o mesmo retorno, mas com riscos
diferentes. Considerando apenas as duas opções, o investidor racional (avesso
ao risco) prefere o investimento “A”. No entanto, ao compararmos os investi- 140
mentos “A” e “C”, veremos que os riscos são exatamente iguais, mas o investi-
mento “C” apresenta retorno muito maior.

Dica do Professor: Cuidado, quando falamos em diversificação não


podemos esquecer que ela não elimina o risco, somente minimiza.

- Tipo de Riscos

Abaixo vou relacionar os principais riscos encontrados nos investimentos e em


seguida vou explicar o que significa cada um deles:

• Risco de crédito
• Risco de mercado
• Risco de Liquidez
• Risco de Imagem
• Risco de Contraparte

- Risco de Crédito

Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não


cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações fi-
nanceiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito de-
corrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de
ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos cus-
tos de recuperação.

As empresas contratam as agências especializadas, chamadas de agências de


rating, que classificam o risco de crédito referente às obrigações que vão lançar
no mercado (e que serão adquiridas por investidores), como debêntures, notas
promissórias, securitizações, entre outras.

O rating depende da probabilidade de inadimplência da empresa devedora, as-


sim como das características da divida emitida. Desta forma, quanto pior for o
rating atribuído, maior será a taxa de juros exigida como retorno pelo investidor,
afinal como estudamos um pouco antes, o risco é maior.

Veja na imagem como funciona na prática:

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141

Algo interessante e importante de se mencionar é que em ações não temos


risco de crédito.

O risco de crédito tem alguns desdobramentos e além do conceito tratado aci-


ma pode ser subdividido em:

Risco de Contraparte: Pode ser definido em uma operação envolvendo 2


partes onde uma das partes não honra com sua obrigação. Um exemplo típico
é nas operações no mercado futuro, onde se exige uma margem de garantia,
sendo que a mesma assume o risco da Contraparte.

Risco Soberano: Que é a classificação de rating de um país, avaliado por uma


agência especializada, onde se atribui uma nota para a capacidade de paga-
mento em relação ao seus títulos públicos.

Spread de Crédito: Trata-se de uma medida que mede a probabilidade de


inadimplência do emissor de um título. Desta forma, mede-se um retorno adi-
cional para aquisição daquele título.

- Risco de Mercado

Risco de mercado é definido como o potencial de resultado negativo, devido a


mudanças nos preços ou parâmetros de mercado durante um período de tem-
po.
Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais) que os preços dos
títulos de renda fixa. O Risco de Mercado é representado pelos desvios (ou vo-
latilidade) em relação ao resultado esperado.

Risco de mercado, Volatilidade e Desvio-Padrão, na prática, podem ser utiliza-


dos como sinônimos.

Fique atento pois algo que a prova adora cobrar é que o Desvio padrão é a prin-
cipal medida de risco de mercado.

Adicionalmente precisamos necessariamente dividir esse risco em 2 e vou expli-


car cada um deles abaixo:

Risco Sistemático: é um risco que chamamos de geral não-diversificável, afe-


ta todos os ativos do mercado (positiva ou negativamente), como já disse não
é possível mitigar.

Risco Não Sistemático: tratamos como um risco específico, afetando deter-


minado setor ou companhia. Esse tipo de risco pode ser diminuído com a cha-
mada diversificação.
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NOTA: O princípio básico de Diversificação é escolher ativos para 142
compor sua carteira que reajam de forma diferente em diversas cir-
cunstâncias. Um exemplo típico é investidores que possuem aptidão
para riscos, adquirem além de ações produtos de renda fixa para
sua carteira de investimento. Esse é aquele famoso conceito de não
colocar todos os ovos da galinha em uma única cesta.

Risco Total da
Carteira

Risco não-sistemático

Risco sistemático

1 5 15
No. de Ativos
na Carteira

- Risco de Liquidez

Este tipo de risco trata da dificuldade de se vender determinado ativo receben-


do um preço justo por ele. Esse risco geralmente acontece quando temos mui-
tos vendedores e poucos compradores interessados em determinado ativo.

- Risco de Imagem

Possibilidade de perdas decorrentes de a instituição ter seu nome desgastado


junto ao mercado ou às autoridades, em razão de publicidade negativa, verda-
deira ou não.

7.2 Gestão de Risco


-Noções de Estatística

-Média

A média aritmética é a soma total dos termos dividida pelo número total de
termos. Dentre os termos estatísticos mais usados, podemos destacar a média
aritmética, várias pessoas de algum modo já utilizaram ou utilizam constante-
mente os cálculos envolvendo médias. Pode ser considerada uma medida de
tendência central, pois focaliza valores médios dentre os maiores e menores.
A efetuação dos cálculos pode ser considerada de forma fácil, basta dividir a
soma total dos valores pelo número de valores, o resultado dessa divisão será
considerado a média aritmética dos termos.

Exemplo: Um determinado investimento deve durante 5 meses consecutivos


as seguintes rentabilidades [2%; 3%; 2,2%; 2,1%; 1,8%]. Qual a rentabilidade
média?

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-Moda

A moda trata do valor que ocorre com maior frequência ou o valor mais comum 143
em um conjunto de dados.

Exemplo: Dado um conjunto de números [2;3;6;2;4;9], determine a moda:

A moda neste caso é 2.

1 moda = unimodal
2 modas = bimodal
3 modas = multimodal

- Mediana

Em termos mais simples, mediana pode ser o valor do meio de um conjunto de


dados. No conjunto de dados [1, 3, 3, 6, 7, 8, 9], por exemplo, a mediana é 6. Se
houver um número par de observações, não há um único valor do meio. Então,
a mediana é definida como a média dos dois valores do meio.

- Variância

Mede o grau de dispersão de um conjunto de dados e é dado pelos desvios em


relação a média desse conjunto;

A prova não vai te cobrar cálculo, porém uma informação importante é dominar
que:
• Sabendo a variância é possível determinar o desvio padrão extraindo a raiz
quadrada do resultado
• Ativos com retornos constantes possuem variância nula
• Quanto maior for a variância, maior será o desvio padrão (consequentemen-
te maior o risco)

- Desvio Padrão

No mercado financeiro usamos ele como principal medida de risco (a prova


adora cobrar isso). Ele mede a volatilidade de um ativo, desta forma, quando
realizo por exemplo comparações entre um grupo de ativos que oferecem o
mesmo retorno consigo entender qual deles possui maior ou menor volatilidade
e consequentemente maior ou menor risco. Em resumo, descubro qual ativo me
entrega o retorno esperado com menos risco envolvido.

- Covariância

A covariância é uma medida que avalia como variáveis distintas se inter-rela-


cionam de forma linear, ou seja, como uma varia em determinada variação da
outra.
Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma di-
reção, sendo assim, se uma sobe, a outra sobe; do contrário, se uma desce, a
outra também desce. Quando a covariância é negativa, duas variáveis tendem
a variar em direções opostas. Quanto mais próxima de zero a covariância for,
menor a possibilidade de se identificar um comportamento interdependente
entre as variáveis.

- Correlação

A análise de correlação fornece um número, que varia entre -1 e 1, que resume o

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grau de relacionamento linear entre as duas variáveis. Já a análise de regressão
fornece uma equação que descreve o comportamento de uma das variáveis em
função do comportamento da outra variável. Sendo que: 144

-1 -> Diversificação Máxima


0 -> Sem relação
1 -> Diversificação zero

Veja o exemplo gráfico que ilustra essa situação e que a prova pode te cobrar:

-Coeficiente de Determinação

O coeficiente de determinação (R2) mostra quanto da variação de Y é explicada


pela variação de X e quanto da variação de Y é devida a fatores aleatórios.
O coeficiente de determinação (R2) está relacionado com o coeficiente de cor-
relação, pois a correlação mostra se os pontos estão alinhados sobre a reta ou
se estão dispersos.
Sendo assim, o coeficiente de determinação é o quadrado do coeficiente de
correlação.

- BETA ( ß )

O Índice Beta é um indicador que mede a sensibilidade de um ativo em relação


ao comportamento de uma carteira que represente o mercado.
É a relação entre a variação do retorno de uma ação (ativo) e o Ibovespa (mer-
cado), por exemplo.
Portanto, o Índice Beta é uma medida do risco que um investidor está exposto
ao investir em um ativo em particular em comparação com o mercado como um
todo. Em relação ao coeficiente Beta (b), este tornou-se uma medida popular
de risco, pois simplifica o problema quando relaciona a variabilidade do retorno
da carteira a do retorno da carteira de mercado. Em outras palavras, Beta é a
volatilidade da performance média relativa ao mercado e é usado para medir o
risco não-diversificável.

Já o Beta de uma ação pode assumir vários valores, como:


• Se b > 1, a carteira de ativos oscila mais que a carteira de mercado, ou seja,
tem um risco maior se comparada ao risco do mercado. Então, se o mercado
está em alta, o retorno da carteira de ativos é maior do que o retorno da car-
teira de mercado. Se o mercado está em baixa, o retorno da carteira de ativos é
menor do que o retorno da carteira de mercado. Em outras palavras, ou o ativo
“sobe mais” ou “cai mais”. O ativo também se caracteriza por ser agressivo.

• Se b = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado.

• Se b < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado


e o ativo se caracteriza por ser defensivo. Caso o investidor deseje obter um
retorno próximo ao IBr-X sem precisar comprar todas as ações da carteira, de-
verá procurar ações que façam parte do índice e que tenham o coeficiente beta
próximo de 1.
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- Distribuição Normal

A Distribuição Normal explica a probabilidade de um evento ocorrer. Como já 145


estudamos, a importância de se saber a média e o desvio-padrão, está em co-
nhecer a probabilidade dos eventos ocorrerem.
As probabilidades de se afastar da média uma certa quantidade de desvios-pa-
drão já estão calculadas pelos estatísticos e você confere na figura abaixo:

- Value at Risk

Value at Risk ( VaR) é um método para avaliar o risco em operações financeiras.


O VaR resume, em um número, o risco de um produto financeiro ou o risco de
uma carteira de investimentos, de um montante financeiro. Esse número repre-
senta a pior perda esperada em um dado horizonte de tempo e é associado a
um intervalo de confiança.
O VaR avalia qual a perda máxima que uma carteira pode ter dentro de horizon-
te de tempo (normalmente um dia) e supondo um grau de confiança pré-deter-
minado, dada uma distribuição normal.
Ele sintetiza em uma unidade monetária ou em percentual, a maior ou pior per-
da esperada dentro de determinados períodos de tempo e intervalo de con-
fiança.
Normalmente o VaR é calculado com 95%, 97,5% ou 99% de confiança. Este
nível de confiança nos indica que é esperada perda maior que a calculada pelo
VaR. Assim, ao utilizar 99% de confiança, espera-se que a cada 100 observa-
ções do VaR, em pelo menos 1 vez a perda do investimento financeiro seja su-
perior à perda estimada no cálculo do VaR.

Exemplo:

Significa que no prazo de 15 dias, há 95% de chance do valor da perda da cartei-


ra não ser maior do que US$ 12 milhões. Em outras palavras há 5% de chance de
que em 15 dias, a carteira tenha perdas superiores a US$ 12 milhões.

Atenção: o valor da perda pode ser maior que US$ 12 milhões, pois há 5% de
possibilidade de erro. Porém, na maioria absoluta das vezes, se a perda ocorrer,
ela será menor. Lembramos que o VaR é a estimativa máxima de perda, neste
caso com 95% de confiabilidade.

- Stop Loss

A ordem stop loss indica sua intenção de interromper a perda (loss) em uma
posição aberta.
Por exemplo, se você compra uma ação a R$ 100 e acredita que se ela cair abai-
xo de R$ 95 a tendência é cair mais, você pode cadastrar uma ordem stop loss
em R$ 95 em sua corretora.

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Quando (e se) a cotação da ação cair para R$ 95 ou abaixo, sua ordem stop loss
dispara uma ordem de venda das ações automaticamente.
146
- Stress Test (caudas grossas)

O Stress Test é realizado para estimar possíveis perdas potenciais em piores ce-
nários, ou seja, em situações de anormalidade de mercado.

O Stress Test normalmente é utilizado como complemento do VaR com o ob-


jetivo de medir as perdas possíveis quando o limite de confiança (por ex.: 99%)
é ultrapassado. São situações de stress de mercado conhecidas como caudas
grossas (ou fat tail), pois o formato gráfico resultante de um stress test fica pa-
recido com uma cauda.

- Back Testing

Back Testing é um processo de testagem de modelos matemáticos, utilizando


séries temporais, para predizer o comportamento de sistemas dinâmicos.
Em outras palavras, O Back Testing (ou simplesmente Back Test) é uma ferra-
menta utilizada para testar a validade e robustez dos modelos utilizados para
estimar o risco dos investimentos, especialmente o VaR.
Se um investimento aponta um VaR diário de 99%, com perda máxima de R$
100 mil, o Back Testing verifica o histórico e o número de violações ocorridas no
passado do limite do VaR medido de modo a verificar se estão dentro do nível
de confiança estabelecido.
Na prática o Back Test visa a comparar as oscilações efetivamente ocorridas na
carteira, em um determinado período, com as oscilações previstas nos modelos
de risco.

- Tracking Error

O Tracking error mede o quão aproximadamente um portfólio replica o seu


benchmark. Sendo assim o tracking error mede o desvio-padrão da diferença
entre os retornos do portfólio e os do benchmark.
Para que você entenda melhor, imagine um fundo que visa replicar um índice
(passivo). Neste exemplo o tracking error deverá ser tão próximo quanto pos-
sível de zero, pois o tracking error é dado pelo desvio-padrão das diferenças
entre os retornos de um fundo e os retornos do seu benchmark em um deter-
minado período. Quanto mais “volátil” forem estas diferenças, maior será o tra-
cking error.

- Erro Quadrático Médio

O erro quadrático médio é uma medida de como o retorno de um fundo se


afasta do retorno do benchmark.
Quanto maior o erro quadrático médio, maior o afastamento entre o retorno do
fundo e o retorno do benchmark.
Quanto menor o erro quadrático médio, menor o afastamento entre o retorno
do fundo e o retorno do benchmark.
Ou seja, o erro quadrático médio é calculado pela média das diferenças ao qua-
drado entre os retornos de um fundo e os retornos de seu benchmark. Ele será
sempre um número positivo ou igual a zero (quando o retorno do fundo for igual
ao retorno do seu benchmark), porém, o mesmo não pode ser negativo.

- Índice de Sharpe

Para entender o Índice de Sharpe é preciso saber pra que ele serve. Ele mede a

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eficiência de sua carteira de investimentos e mostra se a expectativa de retorno
de uma carteira de investimentos tem a ver com a qualidade de cada um dos
investimentos que a compõem (ou seja, baixo risco e alto retorno), ou se essa 147
expectativa de retorno está ligada ao risco dos investimentos (porque investi-
mentos com maior risco oferecem também maior retorno).

A medida calculada pelo Índice de Sharpe indica se a expectativa de retorno de


uma carteira de investimentos é resultado de bons investimentos ou do excesso
de risco dos investimentos que a compõem.

Ele expressa uma relação RISCO versus RETORNO, informa se o investimento


oferece rentabilidade compatível com o risco a que se expõe o investidor.

Interpretação = Quanto maior, melhor, ou seja, mais eficiente é o investimento.

Porém, a fórmula mais utilizada pelos administradores de recursos e pela mídia


em geral é o Índice de Sharpe Modificado. A diferença é que ao invés de utilizar-
mos a taxa livre de risco, descontamos o retorno do benchmark da rentabilidade
do ativo.

- Índice de Treynor

O Índice de Treynor é uma medida similar ao Índice de Sharpe, com a diferença


de em vez de usar como medida de risco o desvio-padrão ou semi-desvio, usa
o coeficiente Beta.

- Duration de Macaulay

Criado como indicador de finanças empresariais, em 1938, pelo financista Ma-


caulay, mas só difundido na década de 70 e posteriormente aplicado em análi-
ses macroeconômicas, o conceito de duração exprime a sensibilidade do preço
de um título prefixado a mudanças nas taxas de juros.

- Duration Modificada

Pode-se interpretar de maneira simplificada a duration modificada como o


quanto o preço do título vai subir ou cair se o juros subir ou cair.

Atenção:
Títulos do tipo zero cupom: Duration é igual ao vencimento do título.
Títulos com cupom: Duration é inferior ao vencimento.

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- CONVEXIDADE

Por si só, a duration não possibilita a estimativa precisa por não modelar preci- 148
samente a curvatura existente entre a variação percentual do valor da carteira e
a variação percentual da taxa de juros de mercado.
Quanto maior a convexidade de um título, menor será seu efeito de mudanças
em seu preço decorrente de variações da taxa de juros e vice-versa

Mudança no Valor

Carteira A
Carteira B

Mudança no
Rendimento

- Prazo x Risco x Retorno

A relação de prazo, risco e retorno em um investimento é sempre proporcional,


ou seja, investimentos com prazos mais elevados tendem a oferecerem maior
risco e também maior retorno.

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