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Palmarejo, CP 279 – Praia, Cabo Verde – Tel. (+ 238) 334 01 00; (+ 238) 262 76 55
Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
Definição 1 (Operação binária). Seja X um conjunto diferente de vazio (∅). Diz-se que a operação
∗ é uma operação binária em X se para quaisquer a, b ∈ X tém-se a ∗ b ∈ X, simbolicamente:
∀ a, b ∈ X, a ∗ b ∈ X.
Definição 2 (Corpo). Sejam + e · duas operações binárias num conjunto F 6= ∅. Diz-se que o terno
ordenado (F, +, ·) é um corpo se as seguintes propriedades são satisfeitas:
∀ a, b, c ∈ F , a + (b + c) = (a + b) + c .
∃ e+ ∀ a ∈ F , a + e+ = e+ + a = a.
O elemento neutro em relação à operação binária + denomina-se por zero do corpo e representa-
se por 0 (zero).
∀ a ∈ F ∃ b ∈ F : a + b = b + a = e+ .
∀ a, b ∈ F , a + b = b + a .
∀ a, b, c ∈ F , a · (b · c) = (a · b) · c .
∀ a, b, c, ∈ F, a · (b + c) = a · b + a · c e (b + c) · a = b · a + c · a.
∃ e· ∀ a ∈ F , a · e· = e· · a.
∀ a, b ∈ F , a · b = b · a .
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
∀ a ∈ F e a 6= 0 ∃ b ∈ F : a · b = b · a = e· = 1.
Diz-se assim, que b é inverso de a e que a é inverso de b. O inverso de a representa-se por a−1 .
Nota 1 (Grupo comutativo). Quando as propriedades 1, 2, 3 e 4 são satisfeitas, diz-se que a dupla
ordenada (F, +) é um grupo comutativo.
Nota 2 (Anel). Quando as propriedades 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são satisfeitas, diz-se que o terno ordenado
(F, +, ·) é um Anel.
Um anel que satisfaz a propriedade 7 diz-se anel unitário.
Um anel que satisfaz a propriedade 8 diz-se anel comutativo.
Portanto, um corpo é um anel comutativo e unitário , em que todo elemento, exceptuando o zero do
corpo, tem inverso.
Exemplo 1. Sejam + e ·, as operações de adição e multiplicação usuais em R. Então:
Definição 3 (Matriz real). Sejam “ m” e “ n” números naturais. Seja um corpo (F, +, ·). Sejam
os conjuntos {1, 2, 3, . . . , m} e {1, 2, 3, . . . , n}. Seja uma aplicação
A : {1, 2, 3, . . . , m} × {1, 2, 3, . . . , n} −→ F
(i, j) ,→ aij ,
isto é,
∀ i ∈ {1, 2, 3, . . . , m} ∀ j ∈ {1, 2, 3, . . . , n} , A ((i, j)) = aij ∈ F .
As imagens dessa aplicação A são ogananizadas numa tabela com “ m” linhas e “ n” colunas, da
seguinte forma:
a11 a12 . . . a1n
a21 a22 . . . a2n
. .. .. ..
.
. . . .
am1 am2 . . . amn
À essa tabela denomina-se por matriz do tipo “ m × n” (ou matriz de dimensão “ m × n” ) sobre
o corpo F (i. e., com elementos em F ).
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
A cada um dos elementos de uma matriz dá-se o nome de entrada; diz-se por exemplo, matriz com
entradas em F .
Uma matriz real é uma matriz cujas entradas são números reais.
Para localizar e referenciar uma entrada utiliza-se dois ı́ndices, por esta ordem: o ı́ndice de linha
e o ı́ndice de coluna; um elemento que está na intersecção da linha “ i ” e da coluna “ j ” diz-se
elemento (ou entrada) “ (i , j)” .
O conjunto de matrizes de dimensão m × n sobre um corpo F representa-se por Fm×n .
Por exemplo, Rm×n representa o conjunto de matrizes de dimensão m × n com entradas
reais, ou no corpo dos números reais.
Geralmente uma matriz m×n é designada por um alfabeto romano, A , B , C , D , etc.. Por exemplo,
se A é uma matriz, com entrada num corpo F , do tipo m × n escreve-se:
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2n
A=
.. .. .. ,
..
. . . .
am1 am2 . . . amn
ou, abreviadamente,
A = [aij ]m×n ,
onde ∀ i ∈ {1 , 2 , 3 , . . . , m} ∀ j ∈ {1 , 2 , 3 , . . . , n} , aij ∈ F.
Exemplo 2. Vai ver-se exemplos de matrizes reais (ou com entradas no corpo dos números
reais R ), de diferentes dimensões.
1. Matriz rectangular: matriz que tem o número de linhas diferente do número de colunas. E.
g., a matriz √
− 3 2
A = −1 4
2 0
tem três linhas e duas colunas (matriz de dimensão “ 3 × 2” ).
2. Matriz linha: matriz que tem apenas uma linha (e qualquer número de colunas). E. g., a
matriz
√
1
B = 1 −3 5
3
tem uma linha e quatro colunas (matriz de dimensão “ 1 × 4” ).
3. Matriz coluna: matriz que tem apenas uma coluna (e número de linhas qualquer). E. g., a
matriz
π
−2
D= √2
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Ano: 1 o
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4. Matriz quadrada: é uma matriz cujo o n.o de linhas é igual ao n.o de colunas. Se esses
números forem iguais a “ n” , dir-se-á que a matriz é quadrada de ordem “ n” .
E.g., a matriz
2 −1 3
E= 0 1 3
−3 0 1
é uma matriz quadrada de ordem 3 .
Um outro exemplo, pode ser a matriz B = [bij ] quadrada de ordem 4, que satisfaz a seguinte
condição:
bij = ij−1 .
Esta matriz pode ser representada utilizando a tabela, da seguinte forma:
1 1 1 1
1 2 4 8
B=
1 3 9 27
1 4 16 64
Definição 4 (Submatriz). Uma submatriz de uma matriz A , do tipo m × n , é uma matriz do tipo
p × q , com 1 ≤ p ≤ m e 1 ≤ q ≤ n , obtida por supressão de alguma(s) linha(s) e/ou alguma(s)
coluna(s) de A .
Anotações
Se
i1 < i2 < . . . < ip
são elementos de
{1 , 2 , 3 , . . . , m}
e
j1 < j2 < . . . < jq
são elementos de
{1 , 2 , 3 , . . . , n} ,
então,
A [i1 , i2 , . . . , ip | j1 , j2 , . . . , jq ]
representa a submatriz de A formada pelos elementos que ficam na intersecção das
linhas
i1 , i2 , . . . , ip
e colunas
j1 , j2 , . . . , jq
de A ; e
A (i1 , i2 , . . . , ip | j1 , j2 , . . . , jq )
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Ano: 1 o
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i1 , i2 , . . . , ip
e colunas
j1 , j2 , . . . , jq ;
de A .
Exemplo 3. Seja
1 2 3 4
4 3 2 1
A= .
−1 −2 −3 −4
−4 −3 −2 −1
Então: " #
2 3 4
A [1 , 3 | 2 , 3 , 4] = = A (2 , 4 | 1) .
−2 −3 −4
∀i > j aij = 0 ,
∀i < j aij = 0 ,
∀i ∀j i 6= j ⇒ aij = 0 ,
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
∀i aii = c.
In = [δij ]n×n ,
onde
(
0 se i 6= j
δij =
1 se i = j
G) A matriz A diz-se nula, se é escalar, com entradas diagonais iguais a zero, isto é, todas as
entradas são nulas.
I) Igualdade
Definição 5. Sejam A = [aij ] e B = [bij ] matrizes sobre um corpo F . A = B se, e somente se:
(ii) os elementos correspondentes (i. e., aqueles elementos que têm os mesmos ı́ndices, ou que
ocupam a mesma posição nas matrizes A e B ) são iguais.
A) Adição
Definição 6. Sejam A = [aij ] , B = [bij ] ∈ Fm×n . A matriz soma, A + B = [cij ] , é uma matriz do
tipo m × n , , onde
∀ i ∀ j cij = aij + bij .
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
Resolução:
Ora, como A e B são da mesma dimensão, então elas são compatı́veis para a adição; e, neste caso,
tem-se:
" # " #
−1 1 3 0 2 3
A+B = +
0 2 −5 −1 5 2
" #
−1 3 6
= .
−1 7 −3
Propriedades da adição
Teorema 1. Sejam A , B , C ∈ Fm×n . Então:
(A1) Comutatividade: A + B = B + A;
(A2) Associatividade: (A + B) + C = A + (B + C) ;
(A3) Existência do elemento neutro: O elemento neutro da adição em Fm×n é 0m×n , isto é:
A + 0m×n = 0m×n + A = A ;
(A4) Existência do simétrico: Toda matriz A = [aij ] ∈ Fm×n tem simétrico −A ∈ Fm×n cujas
entradas são simétricas às entradas de A , i. e.,
−A = [−aij ] .
.
Nota 3. Nota-se que, pelas propriedades (A1) a (A4), a estrutura (Fm×n , +) é um grupo comuta-
tivo.
S) Subtracção
Nota-se que
A − B = A + (−B) .
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
(Pe1) λ (A + B) = λ A + λ B ;
(Pe2) (λ + β) A = λ A + β A ;
(Pe3) (λ β) A = λ (β A) ;
(Pe4) 1 A = A , onde “ 1” representa o elemento neutro da operação “ ·” no corpo (F , + , ·) .
Teorema 3. Seja A uma matriz do tipo m × n , e seja λ ∈ F . Então
λ A = 0m×n ⇐⇒ λ = 0 ou A = 0m×n .
Exemplo 5. Considere as seguintes matrizes:
1 2 −1 5
A = −1 0 e B = 7 −1 .
−3 4 3 −8
Resolução:
Determina-se:
(a)
−3 −6 −2 10 0 7
−3A = 3 0 , 2B = 14 −2 e A + B = 6 −1 .
9 −12 6 −16 0 −4
(b)
A − 2B = A + (−2B)
2 −10
= A + −14 2
−6 16
3 −8
= −15 2
−9 20
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Ano: 1 o
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M) Multiplicação
Considera-se o corpo F = (F , + , ·) .
−1 · (−2) + 3 · 2 + 5 · 3 + 0 · 1 = 23 .
A = [aij ] ∈ Fm×n
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
Nota 4. Observa-se que nem sempre é possı́vel definir o produto AB ; é necessário que o n.o de
colunas de A seja igual ao n.o de linhas de B , i. e., dadas as matrizes
0
A ∈ Fm×n e B ∈ Fn ×p ,
n = n0 ,
Resolução:
" # 1 2 −2 0
−1 2 −2
AB = 3 1 −1 2
0 1 3
−2 1 −2 3
" #
−1 + 6 + 4 −2 + 2 − 2 2 − 2 + 4 0 + 4 − 6
=
0+3−6 0+1+3 0−1−6 0+2+9
" #
9 −2 4 −2
=
−3 4 −7 11
Entretanto, se
AB = BA ,
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Ano: 1 o
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Resolução:
Seja " #
x y
B= ∈ R2×2 .
z w
A e B são comutáveis se AB = BA .
Ora,
AB = BA
" #" # " #" #
1 1 x y x y 1 1
⇔ =
0 0 z w z w 0 0
" # " #
x+z y+w x x
⇔ =
0 0 z z
x = x, x ∈ R
x+z = x
y = x−w
⇔ y+w = x ⇔
z = 0
z = 0
w ∈ R
Definição 11. Seja A uma matriz quadrada de ordem n . As potências de expoentes inteiros não
negativos de A definem-se da seguinte forma:
(
A0 = In
Am+1 = Am A , ∀ m ∈ Z+
0
Ou seja, 0
A = In
1
A =A
m
A = |A · A {z
· . . . · A} , ∀m∈N
e m > 1.
m vezes
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Ano: 1 o
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Nota-se que
AIn = A e In B = B ,
i. e., sempre que os produtos AIn e BIn estejam definidos, o In funciona como o elemento neutro
na multiplicação de matrizes (à esquerda ou à direita)
Exemplo 9. Seja a matriz real
−1
1 2
0 −3
4 √
A= 1 .
2 π 2
−1 2 4
Determinar os produtos AI3 e I4 A , .
Resolução:
−1
1 2
1 0 0
0 −3
4 √
AI3 = 1 0 1 0
2 π 2
0 0 1
−1 2 4
−1 + 0 + 0 0+1+0 0+0+2
0+0+0 0+4+0 0 + 0 + (−3)
√
=
1
2 +0+0 0+π+0 0+0+ 2
−1 + 0 + 0 0+2+0 0+0+4
−1
1 2
0 −3
4 √
= 1
2 π 2
−1 2 4
M1) IA = A e BI = B .
A(B + C) = AB + AC e A(B − C) = AB − AC .
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
(B + C)A = BA + CA e (B − C)A = BA − CA .
Nota 6. Nota-se que, como já se tinha referido na nota # 5, a multiplicação de matrizes
não goza da propriedade comutativa, i. e., se a ordem dos factores forem alteradas numa
multiplicação de matrizes o resultado poder-se-á alterar ou, então, o produto poder-se-á
não existir.
Este facto não deve ser ignorado quando se multiplica ambos os membros de uma equação matricial
B=C
por uma matriz A , i. e., fala-se da multiplicação à esquerda por A , para obter-se
AB = AC ,
BA = CA
AB = I e CA = I,
mostre que B = C.
Resolução:
AB = I
⇔ C(AB) = CI
⇔ (CA)B = CI (pela propriedade associativa)
⇔ IB = CI (por hipótese, CA = I)
⇔ B = C (pela P1 do teorema # 4)
Definição 12 (Transposta de uma matriz). Seja A = [aij ] uma matriz do tipo m × n . A matriz
transposta de A , At , é a matriz do tipo n×m cuja entrada (j , i) é aij , i. e., resulta da permutação
das linhas com as colunas de A , ou seja, a primeira coluna de At é a primeira linha de A , a segunda
coluna de At é a segunda linha de A , e assim por diante.
Exemplo 11. Considere as seguintes matrizes:
a11 a12 a13 a14 a15 −3 2 h i
A = a21 a22 a23 a24 a25 B = −1 1 C= 1 4 2
a31 a32 a33 a34 a35 1 −5
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Ano: 1 o
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Resolução:
Nota-se que:
a11 a21 a31
a12 a22 a32 " # 1
−3 −1 1
At = a13 a23 a33 Bt = t
C = 4
2 1 −5
a14 a24 a34 2
a15 a25 a35
Propriedades da transposta
(T3) (A + B)t = At + B t .
(AB)t = B t At .
Resolução:
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Ano: 1 o
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t
0 2 " #
7 0 −1
2 A − 2 −5 2 =
2 1 5
1 3
t t
0 2 " #t
7 0 −1
⇔ 2 A − 2 −5 2 =
2 1 5
1 3
0 2 7 2
⇔ 2A − 2 −5 2 = 0 1
1 3 −1 5
0 −4 7 2
⇔ 2A + 10 −4 = 0 1
−2 −6 −1 5
0 −4 0 4 7 2 0 4
⇔ 2A + 10 −4 + −10 4 = 0 1 + −10 4
−2 −6 2 6 −1 5 2 6
7 6
⇔ 2A + 03×2 = −10 5
1 11
7 6
⇔ 2A = −10 5
1 11
7/2 3
⇔ A = −5 5/2
1/2 11/2
Definição 13. Seja A = [aij ] uma matriz quadrada sobre um corpo F. Diz-se que a matriz A é:
• Simétrica se At = A, i. e.,
∀ i, j aij = aji .
∀ i, j aij = −aji .
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Ano: 1 o
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• Uma matriz quadrada real diz-se anti-simétrica se os elementos da diagonal principal são
iguais a zero, e se os elementos opostos em relação à diagonal principal são simétricos.
Exemplo 14. Sejam A e B matrizes simétricas. Mostre que se AB = BA, a matriz AB também é
simétrica.
Resolução:
ou seja,
(AB)t = AB ,
logo a matriz AB é simétrica.
(a) At é simétrica;
(c) λ A é simétrica.
Teorema 8. Seja uma matriz A ∈ Fm×n . Os produtos AAt e At A são matrizes simétricas.
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Ano: 1 o
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i. é,
Seja
−2 −1
A= 1 3 .
1 −2
Tem-se:
−2 −1 " #
−2 1 1
AAt = 1 3
−1 3 −2
1 −2
5 −5 0
= −5 10 −5 ,
0 −5 5
Exercı́cios
∀x, y ∈ Z, tem-se x ∗ y = x + y + 2 .
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
(a, b) θ (c, d) = (a + c, b + d)
3. Seja A = {0, 1, 2}. Mostre que (A, +, ·) é um corpo, com + e · dadas pelas tábuas seguintes, e
determine o zero e a identidade do anel (corpo):
+ 0 1 2 · 0 1 2
0 0 1 2 0 0 0 0
1 1 2 0 1 0 1 2
2 2 0 1 2 0 2 1
(a) Mostre que (G, ·) é um grupo, onde G = {1, 2}, e determine o inverso de 2.
4. Em cada caso, encontre uma matriz quadrada A = [aij ] de ordem 6 que satisfaz a condição dada:
5. Em cada caso, encontre a matriz B = [bij ] quadrada de ordem 4, que satisfaz a condição dada:
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Ano: 1 o
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7. Seja A uma matriz quadrada de ordem “ n” , sobre um corpo F. Diz-se que A é nilpotente se
existe um número “p ∈ N”, tal que Ap = 0n . Se “ p” é o menor inteiro tal que Ap = 0n , então
diz-se que A é nilpotente de ordem “ p” .
Seja a matriz real,
0 0 0
A = a 2 −1 .
1 b −2
(a) Determine os valores reais de “a” e de “b”, de modo que a matriz A seja nilpotente de
ordem 3.
8. Mostre que se A e B são comutáveis, então A e B são matrizes quadradas da mesma ordem.
9. Calcule:
t
1 −3 2 2 0 12 1 −5 −43
(a) 3 0 4 −9 − 21 −15 −3 2 + 5 0 7 0 ;
2 −3 1 12 −8 −32 21 45 −34
t
21 20 −21 90 −45 20 19 −25 87
(b) 56 11 34 − 9 2 −23 32 72 − 13 47 40 81 .
45 83 −34 65 23 89 85 35 24
10. Considere a matriz
1 a −a −1 0
2 b −b −2 1
M = .
3 c −c −3 3
4 d −d −4 5
Escolha a(s) resposta(s) correcta(s):
Desta feita, diz-se que uma matriz quadrada A é zero de um polinómio f (x) se
f (A) = 0n .
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Ano: 1 o
Ano Álgebra Linea e Geometria Analı́tica I 1o Semestre
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3 h i
(b) −5 5 9 −3 ;
2
−2 −5 " #
1 2 3
(c) 0 3 ;
0 −3 5
9 −4
18. Sejam
" # −2 −5 " # " #
−2 5 1 1 3 −2
A= , B= 0 3 , C= e D= .
−3 −6 5 −2 5 3
9 −4
Em cada caso calcule o produto indicado ou explique por que ele não está definido:
(a) AB (b) A2 (c) CD (d) DC (e) BC (f) AC (g) C 2 (h) AD
(a) A2 − 5A + 4I2 = 02 .
(b) B 2 − 5B + 4I2 = 02 .
22. Seja
1 1 1
A = 0 1 2 .
1 2 4
Encontre uma matriz simétrica B e uma matriz anti-simétrica C de modo que B + C = A.
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Referências
[1] Howard, A. & Rorres, C. (2001). Àlgebra Linear com aplicações. (C. I. Doering, Trad.) (8a ed.).
Porto Alegre: Bookman.
[2] NICHOLSON, W. K.. (2006). Álgebra Linear. McGraw-Hill, 2a ed.. São Paulo.
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