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SEMANA 02 – Professor Tanguy Baghdadi

QUESTÃO 01

A Política Externa Brasileira se orgulha de sua tradição e capacidade de estabelecer um


posicionamento previsível diante de diferentes situações internacionais – o que é considerado um
elemento positivo para as escolas diplomáticas. Tendo em vista os grandes princípios da política
externa brasileira, assinale as afirmativas abaixo como C ou E:

I. O Brasil tem como marca de sua política externa a promoção de debates nacionais acerca
de seus rumos, de modo que a atuação dos diplomatas brasileiros reflete o posicionamento
da sociedade nacional.

ERRADO. Os diplomatas brasileiros estão no topo da pirâmide da sociedade brasileira, pois sabem o
que o país precisa em política externa (PE). A sociedade não sabe o que o país precisa em PE, deste
modo o Brasil não promove debates nacionais para determinar os rumos de sua PE. O governo é quem
decide os rumos e cabe aos diplomatas, especialistas no assunto, colocá-los em prática.

II. A soberania foi elemento fundamental para o Brasil ao longo do período da ditadura
militar brasileira. A partir da década de 1990, a soberania deixa de ser um conceito pilar
da atuação brasileira no cenário internacional, uma vez que ganham força os chamados
“temas globais”.

ERRADO. Segundo a obra de Gelson Fonseca Jr. – A legitimidade e outras questões internacionais – a
política externa brasileira passou por dois momentos distintos: autonomia pela soberania e autonomia
pela participação.

A autonomia pela soberania compreende o período militar, mais especificamente do governo Costa e
Silva ao governo Figueiredo. Trata-se de um período soberanista, soberania elevada ao grau máximo.
Com o Brasil menos aberto e participativo nas questões internacionais, resolvendo-as internamente
(principalmente no que se refere ao meio ambiente e aos direitos humanos).

A autonomia pela participação acontece a partir dos anos 90 quando o Brasil deixa de ser um Estado
soberanista, debatendo internacionalmente (fóruns, convenções, assembleias etc.) os diversos temas e
tentando conquistar maior competitividade. Entretanto, a soberania continuou e continua sendo
elemento indispensável à política externa brasileira.

III. Os direitos humanos são tema no qual o Brasil tem participação internacional desde os
anos 1970. Há, no entanto, importante atualização da posição nacional, que passa para
uma postura cooperativa a partir dos anos 1980 e, sobretudo, anos 1990.
CORRETO. Nos anos 1970 a postura brasileira com relação aos direitos humanos era defensiva. Na
década de 80 o Brasil começa a ratificar os tratados sobre direitos humanos. Na década de 90 há maior
participação brasileira nos temas. Ou seja, houve uma atualização (“aggiornamento”) da postura
brasileira em direitos humanos.

IV. As rupturas são marca frequente da política externa brasileira, como demonstram os
governos Castello Branco e José Sarney, que romperam com atuações anteriores. O
principal elemento explicativo destas rupturas é a adaptação às mudanças sistêmicas,
como a fase pós-Crise dos Mísseis e o Fim da Guerra Fria.

ERRADO. Rupturas não são frequentes na política externa (PE) brasileira. O Brasil passa por
adaptações e não por rupturas, gerando continuidade na PE brasileira. Ou seja, há a ideia de
“aggiornamento” (pequenas mudanças, adaptações etc.) na política externa brasileira.

QUESTÃO 02

A política externa nacional vem tendo, ao longo dos últimos anos, participação mais ativa em temas
relacionados a segurança internacional. Tendo em vista a atuação diplomática brasileira, julgue como
C ou E as afirmativas abaixo:

I. O Brasil é país tradicionalmente engajado em temas relacionados às operações de paz,


tendo participado da missão da ONU em Suez e sido favorável às mudanças propostas
pelo Secretário-Geral Boutros-Ghali na Agenda para a Paz.

ERRADO. O Brasil participou em Suez (1957-1968) durante todo o período e autorizado pela ONU.
Participou também de quase todas as missões de paz no período. As operações de paz, até então, eram
somente as de “peace keeping” – participação em conflitos interestatais (entre Estados), mas
respeitando as respectivas soberanias, pois a ONU pedia autorização dos Estados em conflito para o
estabelecimento da operação de paz.

No pós-Guerra Fria as operações de paz passaram a ser intraestatais, envolvendo atores não estatais
(conflitos entre grupos), não havendo como a ONU pedir autorização aos envolvidos. Deste modo em
1992 o egípcio Boutros Boutros-Ghali, Secretário-Geral, lança a “Agenda para a Paz”, alterando a
natureza das operações de paz, passando de “peace keeping” para “peace making” – mais intrusiva,
desrespeitando a soberania. O Brasil é contra o “peace making”, mas a favor do “peace building” (que
também está na “Agenda para a Paz”). Portanto, o Brasil não tem sido favorável às mudanças
propostas na “Agenda para a Paz”.
II. No período chamado de “Autonomia pela Distância” por Gelson Fonseca Jr., o Brasil
distanciou-se do Conselho de Segurança, órgão do qual é um dos mais tradicionais
participantes.

CORRETO. A autonomia pela soberania ou autonomia pela distância compreende o período militar,
mais especificamente do governo Costa e Silva ao governo Figueiredo. Trata-se de um período
soberanista, soberania elevada ao grau máximo. Com o Brasil menos aberto e participativo nas
questões internacionais, resolvendo-as internamente (principalmente no que se refere ao meio
ambiente e aos direitos humanos). Deste modo, neste período o Brasil passou 20 anos sem nenhum
mandato no Conselho de Segurança, se afastando dos grandes regimes internacionais. Entretanto, o
Brasil é um dos mais tradicionais participantes, sendo um dos países que mais tiveram mandatos no
Conselho de Segurança.

III. O país tem como linha de atuação frequente a condenação a ações que representem
violação de soberania, tendo relativizado sua posição apenas a partir de 2004, quando
concordou em participar da MINUSTAH.

ERRADO. O Brasil não relativizou sua posição em 2004 para participar da MINUSTAH porque não
houve violação de soberania no Haiti, dado que este aceitou a operação de paz. Ou seja, o Brasil não
tolera violação da soberania, defendendo uma posição dura contra intervenções.

IV. O Brasil é histórico defensor de soluções concertadas para crises internacionais, e isto é
percebido na condenação às intervenções militares norte-americanas na América Latina,
como Granada e Panamá nos anos 1980.

CORRETO. O Brasil defende soluções concertadas para crises internacionais. Consequentemente, o


Brasil possui uma posição dura contra intervenções militares, pois não tolera violação da soberania e
da autodeterminação dos países. Deste modo, as soluções concertadas devem privilegiar tais princípios
(soberania e autodeterminação).

QUESTÃO 03

A década de 1980 é marcada por importantes crises políticas e econômicas no Brasil, com
significativos efeitos para a política externa. Julgue os itens abaixo como C ou E acerca da inserção
diplomática nacional na primeira metade da década:

I. O Brasil manteve as linhas de atuação da política externa do Governo Geisel. As


condições internacionais e econômicas, entretanto, contribuíram para que os resultados
não fossem tão significativos quanto aqueles do Pragmatismo Responsável.
CORRETO. O governo Geisel (1974-1979) foi o governo mais influente do regime militar. O
Pragmatismo Responsável e Ecumênico (chanceler Azeredo da Silveira) era uma política externa sem
ideologias e alinhamentos (pragmatismo) e sem distinção de qual país o Brasil se aproximaria
(ecumênico), se aproximando de todos, mas com segurança (responsável) para não se deixar levar
pelas ideias comunistas. Deste modo, Geisel se aproxima à China, África (o Brasil foi o primeiro país
a reconhecer a independência de Angola), Leste Europeu e países árabes (devido às duas crises do
petróleo).

II. A pioneira visita presidencial à República Popular da China trouxe poucos resultados
práticos, mas ressaltou a possibilidade de uma importante aproximação, ao enfatizar a
existência de uma “zona de convergência” entre os dois países.

CORRETO. A “zona de convergência” entre Brasil e China se dava principalmente na promoção do


desenvolvimento. Consequentemente se daria a não intervenção e o respeito à soberania.

III. Como consequência das relações tempestuosas de anos anteriores, o governo João
Figueiredo não empreendeu qualquer esforço específico de aproximação à América
Latina.

ERRADO. O governo Figueiredo (1979-1985) manteve a política externa (PE) de Geisel. Ou seja, a
PE do governo Geisel influenciou a PE do governo Figueiredo, sendo chamada de universalismo.
Figueiredo foi o primeiro presidente brasileiro a visitar a China. Aproximou-se e visitou a URSS.
Aproximou-se da África e da América Latina, mais especificamente de Cuba. Logo, o governo
Figueiredo foi um dos governos que mais deu atenção à América Latina, um dos mais entusiasmados
na integração latino-americana – ex.: Grupo de Cartagema (renegociação conjunta da dívida dos países
latino-americanos) e criação da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).

IV. O Brasil buscou maior inserção em importantes organizações internacionais, tendo obtido
êxito em levar um diplomata brasileiro à secretaria-geral da OEA e tendo o presidente
Figueiredo sido o primeiro chefe de Estado brasileiro a discursar na abertura da
Assembleia Geral.

CORRETO. Figueiredo foi o primeiro presidente brasileiro a fazer diplomacia presidencial. Desde
Figueiredo, exceto Itamar Franco não discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU.

QUESTÃO 04
O governo de José Sarney é marcado por importante período de transição da política nacional, além de
grandes dificuldades econômicas. Ambos os fatores moldaram os rumos da política externa brasileira,
sobre a qual pede-se que julgue os itens abaixo como C ou E.

I. As relações com os EUA passaram por consistente melhora, devido à adaptação brasileira
perante grandes regimes internacionais, como direitos humanos e tecnologia nuclear. A
visita de Sarney a Washington contribuiu para o socorro oferecido pelos EUA ao Brasil
nos dias posteriores à declaração de moratória.

ERRADO. Durante a década de 80 as relações entre Brasil e EUA foram distantes e tensas, com o
Brasil muito mal visto. Durante o governo Sarney não foi diferente. As relações Brasil-EUA no
período Sarney são circunstanciais e cheias de tensões. Exemplo de tensão entre ambos foi a negativa
norte-americana de ajuda ao Brasil após a moratória, usando como justificativa disciplinar e educar o
Brasil.

II. É marco fundamental da política externa de José Sarney a melhora das relações com a
Argentina, que eram excessivamente conflituosas até o fim do regime militar.

ERRADO. As relações entre Brasil e Argentina foram excessivamente conflituosas ao longo do


regime militar, mas não até o fim, pois Geisel e Figueiredo se aproximaram da América Latina. O
governo Sarney foi o momento de melhores relações entre Brasil e Argentina.

III. O presidente José Sarney foi o primeiro a visitar Moscou, enfatizando a política de
globalismo da política externa nacional, a despeito do período de recrudescimento da
Guerra Fria.

ERRADO. Durante o governo Sarney o período era de fim da Guerra Fria (e não recrudescimento).

IV. José Sarney mantém atuação semelhante à de seu antecessor, enfatizando a diplomacia
presidencial, como demonstra a grande quantidade de visitas a países sul-americanos.

CORRETO. Sarney visitou todos os países da América do Sul. Ou seja, Sarney deu grande ênfase na
diplomacia presidencial, especificamente voltada à América Latina.

QUESTÃO 05

A década de 1990 foi marcada pela “Renovação de Credenciais, pela disposição brasileira em
modificar sua reputação em meio aos grandes regimes internacionais. Julgue os itens abaixo como C
ou E, tomando por base a inserção brasileira ao longo da década:
I. É sensível a mudança da atuação brasileira diante do regime internacional de comércio,
passando o Brasil a ser Estado engajado em meio às negociações multilaterais, num sinal
de abandono das posições demandantes que marcaram a diplomacia pátria nos anos 1970
e 1980.

CORRETO. As posições demandantes brasileiras nos anos 1970 e 1980 eram baseadas na ideia de
terceiro (3º) mundismo, basicamente uma política de “vira-latas”. O Brasil aceitava e defendia seu
status de país pobre, com os países desenvolvidos financiando o desenvolvimento dos países pobres –
surge o princípio de não-reciprocidade (os países mais pobres não teriam obrigação de conceder as
mesmas regalias comerciais concedidas pelos países desenvolvidos no comércio entre ambos). Ou
seja, trata-se de uma posição demandante.

Em 1990 o Brasil muda de posição, passando de demandante à tentar ganhar/conseguir/alcançar


competitividade por si próprio. A criação do Mercosul foi uma tentativa para tentar aumentar a
competitividade.

II. A atuação do Brasil em meio ao comércio internacional teve claros sinais de melhora ao
ser retirado da “Seção 301” pelo governo dos EUA, durante o governo de José Sarney.
Isto se deveu à disposição brasileira em negociar a ALCA, em detrimento de acordos sul-
americanos.

ERRADO. A “Seção 301” estabelecia “free trades for free trades” (comércios livres para mercados
livres). O Brasil esteve presente nesta seção no período de 1983 a 1993. Sua retirada se deu, portanto,
em 1993 durante o governo Itamar Franco (e não durante o governo de José Sarney).

III. O governo Fernando Henrique Cardoso teve como uma de suas linhas de atuação a
aproximação aos Estados Unidos, através de postura solícita e conciliadora, associada ao
afastamento do continente africano, continente para o qual não se observa nenhuma visita
presidencial.

ERRADO. Embora o governo Fernando Henrique Cardoso tenha se afastado do continente africano –
inclusive com seis embaixadas brasileiras fechadas durante seu governo –, FHC visitou a África do
Sul, Angola e Moçambique em 1996.

IV. O contexto regional foi fortalecido ao longo dos anos 1990, tendo sido dada relevante
importância tanto para o aspecto sub-regional, com o fortalecimento do projeto
mercosulino, quanto para as negociações da ALCA. É correto dizer que ambas as
iniciativas integradoras tiveram espaço semelhante dentre as prioridades brasileiras.

ERRADO. O Brasil não deu à ALCA a mesma atenção que deu ao Mercosul, pois este estava no topo
da agenda brasileira. Ou seja, era uma questão de prioridade e a prioridade brasileira era o Mercosul.
QUESTÃO 06

A política externa do governo de Fernando Henrique Cardoso é simbólica da busca da diplomacia


brasileira por imprimir maior equilíbrio e pragmatismo nas relações internacionais do Brasil. Tomando
por base a linha de atuação deste governo, julgue os itens abaixo como C ou E:

I. A realização da I Cúpula de presidentes da América do Sul, em 2000, é sintomática da


política brasileira de construir uma estrutura de integração regional, com ênfase nos
aspectos físicos, tidos como condicionantes de uma estratégia exitosa na América do Sul.

CORRETO. Em 2000, a I Cúpula de presidentes da América do Sul foi realizada em Brasília. Seu
principal resultado foi a criação da IIRSA (Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-
americana), visando uma integração da região para depois uma interação mais ampla.

II. Há notório interesse brasileiro em abarcar América Central, México e Caribe na estratégia
de integração regional, apesar de estas pretensões terem se concretizado apenas no
governo Lula.

ERRADO. A ideia e a posição tradicionais do Brasil é a integração da América Latina. Nos anos 90 o
Brasil passou a visar a América do Sul. Somente no governo Lula o Brasil passa voltar suas atenções
também ao Caribe. Ou seja, historicamente não há interesse brasileiro em integração com o Caribe,
somente no governo Lula com a I CALC (Cúpula da América Latina e do Caribe) realizada na Costa
do Sauípe (Brasil) em 2008 e a CELAC (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos)
realizada em Caracas (capital da Venezuela) em 2011.

III. O êxito do Plano Real e o fortalecimento do MERCOSUL são dois dos mais importantes
aspectos da estratégia de melhora da imagem brasileira nas relações internacionais, o que
garante ao Brasil uma nova posição negociadora no comércio internacional, seja no
âmbito multilateral ou regional.

CORRETO. O êxito do Plano Real e o fortalecimento do Mercosul garantem ao Brasil uma melhora
em sua imagem internacional nas relações internacionais, permitindo adotar novas posições e
responsabilidades.

IV. A crise do MERCOSUL gera constrangimentos para o êxito da integração, mas revela
como oportunidade a construção de um novo paradigma integrador, menos confrontador e
idealizado, e mais harmônico e atento às necessidades reais de cada parceiro.

CORRETO.
QUESTÃO 07

A política externa do governo Lula tem como referência o globalismo e pragmatismo tradicionais da
política externa, englobando uma nova roupagem, com o retorno da temática do desenvolvimento.
Tomando por base a chancelaria de Celso Amorim, assinale a alternativa ERRADA:

I. O desenvolvimento enfatizado pelo governo Lula difere do tradicional pensamento


desenvolvimentista por inserir a não indiferença como corolário fundamental.

CORRETO. No período de 1930 a 1990 prevaleceu o nacional desenvolvimentismo (desenvolvimento


do próprio Estado). Nos anos 90 houve uma busca por competitividade, tendo o desenvolvimento
como efeito colateral do aumento de competitividade. No governo Lula o desenvolvimento foi
baseado na não indiferença, ou seja, não se desenvolver sozinho, promovendo o desenvolvimento
próprio e dos outros, fazendo com que todos se desenvolvam.

II. Os arranjos de geometria variável funcionam como novo paradigma de articulação


periférica, com grupos mais restritos, coesos e pragmáticos do que as iniciativas dos anos
1960 e 1970.

CORRETO. No período de 1960 a 1970 o Brasil aderia a grupos muito grandes, sem objetivos e sem
foco (G-77, UNCTAD etc.). Lula abandona tal postura e adota a geometria variável (grupos pequenos,
coesos, com os mesmos objetivos e focos, de acordo com o tema tratado). Ou seja, os arranjos de
geometria variável se referem aos grupos formados dependendo do tema. Como exemplo é possível
citar o IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) sobre cooperação Sul-Sul, BASIC (Brasil, África do Sul,
Índia e China) sobre mudança do clima e BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre
economia. Ponto importante é a presença da Índia em quase todos os arranjos de geometria variável
em que o Brasil participa, demonstrando a mesma visão entre Índia e Brasil em diversos temas.

III. O pleito por um assento permanente no Conselho de Segurança é elemento central para a
diplomacia nacional, e se fortalece com a percepção de que o governo brasileiro é capaz
de assumir responsabilidade na área de segurança internacional, além de ser um Estado
representativo do mundo periférico.

CORRETO.

IV. A participação do Brasil como líder da MINUSTAH, a partir de 2004, deve ser encarada
como moeda de troca por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, uma
vez que ajuda a solucionar importante problema no país mais pobre das Américas.
ERRADO. Robert Keohane defende a ideia de “reciprocidades difusas”, ou seja, o Brasil não encara a
participação em operações de paz como uma moeda de troca. Sua participação se dá de forma
desinteressada, o que ajuda a melhorar a imagem do Brasil. Qualquer benefício decorrente da
participação nas operações de paz é um bônus.

V. O notável engajamento do Brasil diante das metas do Milênio é elemento que credencia o
Brasil a ser peça cada vez mais relevante nos debates acerca das soluções para a crise
financeira internacional e para a promoção do desenvolvimento.

CORRETO. O Brasil é um dos países mais avançados com relação ao cumprimento das metas do
Milênio.

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