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AFO + LRF

18 aulas + simulado

Anderson Ferreira

Apresentação do Curso – Conteúdo

Introdução

Contexto histórico

Instrumentos de planejamento orçamentário

Ciclo/processo orçamentário

Créditos adicionais

Princípios orçamentários

Receita pública

Despesa pública

Reconhecimento das receitas e despesas

Descentralização orçamentária e financeira

Tópicos específicos da LRF

Bibliografia:

Apostila

MTO/2015 [www.orcamentofederal.gov.br]

Livro: qualquer um. Sugestão: James Giacomoni ou Sergio Mendes;

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Introdução – o que é AFO?

Atividade Financeira do Estado – AFE [visa o interesse público]

Administração Financeira e Orçamentária – AFO

Finanças Públicas: ramo da ciência econômica que estuda a AFE

Direito financeiro: ramo da ciência jurídica que estuda a AFE


Obs.: aspecto orçamentário ≠ aspecto financeiro

Orçamento = crédito = dotação = autorização legislativa para gastar [despesas]

Financeiro: recurso = dinheiro disponível em conta para pagar despesas

Receita ≠ Despesa

Receita: relaciona-se com recurso

PLOA

Previsão de receitas

LOA [1 ano]

Lançamento

Arrecadação

Recolhimento

Despesa: relaciona-se com crédito

PLOA

Fixação de despesas

LOA [1 ano]

Empenho

Liquidação

Pagamento

Crédito ≠ Recurso

Crédito – relacionado a despesa: o crédito por ser dividido em 5 partes [Poder


Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, MPU e DPU];

MPOG  SOF

Recurso – relacionado a receita:

Ministério da Defesa  STN

Obs.: na hipótese de arrecadação a maior, os respectivos recursos só poderão


ser utilizados mediante autorização legislativa [créditos adicionais];

Breve contexto histórico

1822 [até 1964]: surge na Inglaterra – ‘orçamento inglês ou clássico’; sem


planejamento [não se pensava na melhor forma para se gastar o dinheiro público];
foco: objeto [não se pensava na finalidade do objeto; nem sempre se obtinha o melhor
resultado]; mera peça contábil [quantitativo e não qualitativo]; Estado Neutro [Laissez
Faire – certa inércia do Estado]; Orçamento Tradicional ou Clássico  primeiro modelo
de orçamento no mundo; Estado Patrimonialista;

Fim do século XIX – o Estado passa intervir na economia;

1930: Estado Burocrático – Getúlio Vargas [até 1945]; burocracia [melhoria de modelo
de Estado – racionalização]; criação de estatais; bem público ≠ bem privado;
impessoalidade;

1964 - Lei 4320/64 de 17 de março [ver artigo 2º]: marco legal do Orçamento
Programa [modelo atual de orçamento]; planejado [vincular o orçamento ao
planejamento]; foco: objetivo [fim, resultado, qualidade, desempenho,
desenvolvimento, eficiência, estabilidade]; base: programas [programa é um conjunto
de ações homogêneas/harmônicas que visam ao mesmo fim/objetivo/resultado; ex:
ProUni; PRONASCI; Mais Médicos; Luz para todos]; Estado intervencionista [funções
econômicas: alocativa, distributiva, estabilizadora];

Primeira vez que se ouviu falar em ‘orçamento programa’ e em sua


metodologia [artigo 2º]; circunstância abafada pelo regime militar;

Orçamento programa: oposto ao orçamento tradicional;

MARCO LEGAL [adoção = introdução; questão de prova]

1964 – GOLPE DE ESTADO – DITADURA MILITAR [1º de abril de 1964];

Entre 1964 e 1967 – com a mudança radical no governo, a implantação do orçamento


programa ficou prejudicada, restando materializada apenas a introdução do
orçamento programa [implantado/efetivado somente posteriormente];

Orçamento programa = orçamento moderno

Notas diversas:

Programa é um conjunto de ações homogêneas que visam um mesmo


fim;

1967 - Decreto-lei 200/67 – descentralização da Administração;

Pela primeira vez tentou-se fazer um Estado Gerencial;

Princípios – inclusive ‘planejamento’;

1974 - Portaria 9/74 SEPLAN [hoje, SOF]: classificação [funcional-programática];

Tentativa frustrada e camuflada da época de implantação do modelo


orçamento programa; contudo, importante para a história;
Hoje [portaria interministerial STN/SOF 42/99]: funcional [ex: área da
educação] E programática [ex: programa ProUni];

Funcional-programática [antes] revogada posteriormente pela Portaria


nº 42/99:

Funcional

Programática [vigente hoje];

1985 - Queda do governo militar;

1986 - Decreto 93.872/86: regulamentação do princípio UNIDADE DE TESOURARIA ou


UNIDADE DE CAIXA [artigo 56, lei 4320/64];

Local: BACEN

Banco: BB – Banco do Brasil;

Órgão: MF/STN

1987 – STN e SERPRO  SIAFI [registros contábeis, orçamentários e financeiros];

Antes de 1988 – orçamento plurianual de investimento [OPI – vigência de 3 anos] 


LOA [vigência 1 ano] – operacional;

Obs.: não existia PPA nem LDO;

1988 - CF/88  artigos 163 a 169;

Depois de 1988 e antes de 1995: PPA [vigência 4 anos]; LDO [vigência aproximada de
1,5 ano]; LOA [1 ano];

Obs.: OPI substituído pelo PPA [Governo Fernando Collor; artigo 165 da CF/88];

Obs.: Surgem PPA e LDO;

1995 - PDRAE – Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado; Estado Gerencial;

- Antes de 1930 – Estado patrimonialista;

- 1930 – Estado burocrático;

- 1995 – Estado Gerencial

1998 - Decreto 2829/98: marco gerencial do orçamento programa [orçamento


moderno];

Entre 1998 e 2000 – reforma orçamentária;


2000: LRF – lei 101/2000: Novo PPA ‘Avança Brasil’ de FHC [PPA com vigência de 2000
a 2003]  conferiu efetividade ao marco gerencial do orçamento programa [1998];

LRF regulamentou os artigos 163 a 169 da CF/88;

- planejamento

- transparência

- responsabilização

Obs.: ‘fiscal’ = receita x despesa;

Obs.: primeiro PPA do Brasil foi feito por Fernando Collor [o único vigente por
5 anos];

Obs.: o segundo e o terceiro PPA do Brasil foi feito por FHC;

Obs.: o quarto e o quinto, lula;

Obs.: o sexto, dilma;

MARCO GERENCIAL

Obs. final: Orçamento programa foi criado pelos EUA;

Obs. final: Orçamento de Desempenho OU funcional OU de realizações – Entre o


marco legal e o marco gerencial;

Evolução dos modelos/tipos de orçamento

Controle político [honestidade do gasto]  orçamento tradicional [clássico]  ênfase


naquilo que se compra; foco: objeto [meio];

Introdução do orçamento de desempenho [funcional – transição entre tradicional e


moderno, mas mais características do moderno]  ênfase naquilo que se faz [função];
foco: objetivo;

Controle de gestão [eficiência do gasto]  orçamento programa [moderno]  vínculo


entre orçamento e planejamento [a partir de 1998; diferença entre ‘de
desempenho/funcional’ e ‘programa’];

Técnicas de orçamentação [técnica aplicada a um modelo]

Orçamento base-zero:

Inicia-se do ‘zero’, mas algumas coisas podem ser mantidas em relação a antes,
desde que justificado; não há direito adquirido à continuidade de determinada
política pública ou projeto; técnica mais lenta e onerosa; tem como fator
principal a tomada de decisão; o formato é secundário; incompatível com o
orçamento programa;
Orçamento incremental:

Toma como base o último orçamento. Faz-se apenas alguns ajustes,


incrementos; ‘base perpétua’;

No Brasil, a utilização dos créditos adicionais representa a técnica do


orçamento incremental;

Participação popular [orçamento participativo] – artigo 48, parágrafo único, I, LRF:

Até 2009 = uma ideia legal;

Após 2009 – artigo 48 da LRF – obrigatório levar em conta a opinião do povo;

Orçamento Público segundo a CF88:

Conceito:

Latu sensu: todo o conteúdo de AFO; instrumento de intervenção planejada do


Estado; PPA, LDO, LOA; Política de trabalho, plano de governo;

Stricto sensu: LOA;

Técnico: crédito = dotação;

Obs.1: níveis de planejamento

PPA [vigência de 4 ANOS – médio prazo] – estratégico [Longo prazo]

LDO [vigência de 1,5 ANO – curto prazo] – tático [Médio prazo]

LOA [vigência de 1 ANO – curto prazo] – operacional [Curto prazo]

Obs.2:

Longo prazo +- 10 anos [exemplo: Plano Nacional da Educação];

 PPA – médio prazo [prioridades do longo prazo]

 LDO – curto prazo

 LOA – curto prazo

Plano Plurianual – PPA  estratégico  vigência 4 anos  médio prazo

Artigo 165, §1º, CF  estabelecerá:

Programas:

Hoje, PPA 2012-2015 [Lei 12.593/2012];

São programas:
Temáticos

Gestão, manutenção e serviços ao Estado

De forma regionalizada [FALTA LEI COMPLEMENTAR QUE DEFINA O CRITÉRIO


PARA REGIONALIZAÇÃO DO PPA]: DOM

Diretrizes: caminhos

Objetivos: resultados

Metas: parcelas quantitativas dos resultados

Para atender as despesas:

De capital/despesas foco [investimentos]  ex: comprar um carro;

Outras despesas decorrentes das de capital [correntes]  ex:


pagar a gasolina, IPVA, revisão, etc.;

Com programas de duração continuada [programas plurianuais – que


envolvem mais de um exercício financeiro];

Geralmente aqueles que ultrapassam 1 exercício financeiro


[ano civil, conforme artigo 34 da lei 4320/94]

Princípio da reserva legal  iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo


[artigo 84, caput, XXIII e §único, CF];

Envio do Projeto de PPA  até 31 de agosto [ou até 4 meses antes do


término do 1º ano do mandato presidencial  para o Congresso
Nacional;

Congresso  Devolução do projeto de PPA ao Poder Executivo


 até 22 de dezembro [ou até o término da 1ª sessão
legislativa] – conforme artigo 57, CF;

Presidente  até 15 dias úteis para sanção e


publicação [artigo 66, CF] da lei do PPA;

Prazos para a União:

Hoje: artigo 35, §2º do ADCT;

Futuro: Lei complementar – artigo 165, §9º, CF;

2010 2011 2012 2013 2014 2015

PROJETO NOVO
DE PPA PROJETO
DE PPA

PPA 3º PPA 4º PPA 1º PPA 2º PPA 3º PPA 4º


ANO DE ANO DE ANO DE ANO DE ANO DE ANO DE
VIGENCIA VIGENCIA VIGENCIA – VIGENCIA VIGENCIA VIGENCIA –
a partir de até
janeiro dezembro

4º ANO 1º ANO 2º ANO 3º ANO 4º ANO 1º ANO

Sessão legislativa:

02 de fevereiro a 17 de julho – 1º período

Recesso

1º de agosto a 22 de dezembro – 2º período

Obs.1: nenhum investimento [despesa de capital] cuja execução ultrapasse um


exercício financeiro será iniciado sem prévia inclusão no PPA ou sem lei que
autorize a sua inclusão, sob pena de crime de responsabilidade [artigo 167,
CF]. Se a duração do investimento for restrita a um exercício financeiro, será
suficiente constar na LOA.

Obs.2:

CF/88:

Artigo 163  LCP 101/00 – LRF

Artigo 165, §9º  Lei 4320/64 [lei ordinária formal –


recepcionada; materialmente complementar] + artigo 35, §2º,
ADCT;

No futuro uma LCP revogará a 4320/64  PLC 135/96

Artigo 169  LCP 101/00 – LRF

Obs.3:

Programa = conjunto de ações; Ações [constam apenas da LOA]: gastos


planejados;

Projeto: tem início, meio e fim [previsto, ao menos]; ideia de


expansão/crescimento;

Atividade: contínua; não é limitada no tempo; não indica


expansão, mas de manutenção;
Operações especiais: parte residual – o que não é atividade ou
projeto;

Programas:

Temáticos: definidos no PPA e executados pela LOA;

Formados por projetos e/ou atividades

Resultam em bens e serviços à sociedade;

Ex: minha casa minha vida, luz para todos,

Gestão, manutenção e serviços ao Estado: definidos no PPA e


executados pela LOA;

Formados por projetos e/ou atividades;

Voltados à manutenção da máquina estatal; não é uma


entrega direta à sociedade;

Ex: treinamento de servidores;

Para operações especiais: definidos e executados pela LOA;

Destinados exclusivamente a operações especiais –


nível operacional;

Exemplo de uma operação especial: serviço da dívida:

Juros;

Encargos;

Amortizações;

Ex: bem de capital  10.000,00 [principal]  contratado como


empréstimo para pagamento em 5x de 2.150,00;

2000 = principal [amortização da dívida (ótica do


devedor)]

100 = remuneração do capital [juros da dívida]

50 = custos operacionais [encargos da dívida]

Serviço da dívida;

PPA 2008-2011 PPA 2012-2015

AÇÕES E PROGRAMAS NÃO CONSTAM AÇÕES


[FINALÍSTICOS, DE APOIO...] PROGRAMAS [TEMÁTICOS,
DE GESTÃO...]

NÃO CONSTAM
‘FINALÍSTICOS’, NEM ‘DE
APOIO’...

Obs.4: revisão

PPA  estratégico  vigência de 4 anos  médio prazo

D O M  regionalizado para atender despesas:

De capital [investimentos] e as dela decorrentes

Programas de duração continuada;

Obs.: programa = objeto de integração entre LDO e LOA;

LDO – Tático – vigência de aprox. 1,5 ano – curto prazo

Artigo 165, §2º, CF, estabelecerá:

Metas; e Prioridades;  extraídas do PPA;

Orientará a elaboração [PLOA], aprovação e execução da LOA;

Disporá sobre [≠ alterar] as alterações na legislação tributária;

Estabelecerá a política de aplicação das AFOF [BNDES, CEF, BANCOS – BB, BASA, BNB];

Incluirá as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente – ano de


vigência da LOA;

Obs.: instrumento de planejamento;

Princípio da reserva legal  iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo

Envio do PLDO até o dia 15 de abril [ou até 85 dias meses antes do término de
cada exercício financeiro] ao poder legislativo – congresso nacional;

Devolução do PLDO até o dia 17 de julho [ou até o término do 1º


período da sessão legislativa – artigo 57, §2º, CF] ao Poder Executivo;

P.Exec. tem até 15 dias úteis para sanção/publicação [artigo


66, CF] da LDO;

Prazos:

Hoje: artigo 35, §2º do ADCT;


Futuro: Lei Complementar – artigo 165, §9º, CF;

Vigência:

2012 2013 2014

PLDO LDO – LDO LDO


vigência de [orienta a
aprox. 1,5 loa
ano vigente]

até 31/12

PLDO LDO LDO LDO


[orientará
a próxima
LOA

LDO 2013 – 12.708/2012

LDO 2014 – 12.919/2013

Obs.: Além das atribuições do artigo 165, §2º, CF, a LDO observará também as do
artigo 4º da LRF.

Ex: lei 12.919/2013 – ano referencia 2014

LDO 2014:

Metas e prioridades;

Orientará...

Disporá...

Estabelecerá...

Incluirá...

Artigo 4º da LRF:

Equilíbrio entre Receitas e Despesas para 2014;

Critérios para limitação de empenho para 2014 [‘corte de


despesas’;

Recursos para iniciativa privada para 2014;

ANEXOS:

Metas fiscais – para 2014, 2015 e 2016;


Resultado a ser alcançado entre receita e
despesa;

Riscos fiscais – para 2014;

Imprevistos que podem comprometer o


equilíbrio entre receitas e despesas;

Específico [economia] – para 2014;

LOA – Operacional – vigência de 1 ano – curto prazo

Execução dos programas definidos no PPA

Conteúdo básico:

Previsão das receitas; e

Fixação das despesas;

Operacionaliza: ideologia política do governo;

Materializa: os programas definidos no PPA;

Traz a previsão das Receitas e a Fixação das Despesas;

A LOA compreenderá: artigo 165, §5º, CF [toda a Administração Pública]

[mais abrangente] Orçamento fiscal [OF]: são as receitas e despesas com a


finalidade básica de manutenção da máquina pública.

[mais específico] Orçamento da seguridade social [OSS] – artigo 194, CF:

Previdência social

Assistência social

Saúde

[mais específico ainda] Orçamento de investimento [OI]: é aquele das


empresas [controladas] em que o ente da federação [U, E, DF ou M] detenha a
maioria [+ de 50%] do capital social com direito a voto [ações ordinárias].
Quando não for a maioria [até 50%], será desnecessária a inclusão desses
valores na LOA. Ou seja, Orçamento de Investimento = compra de ações
ordinárias;

Obs.1: ver questão 142, página 53 da apostila;

“controlada” = mais de 50% das ações ordinárias:


Controlada dependente [orçamento fiscal – artigo 2º, III, LRF ]: é
aquela que recebe, do ente controlador, recursos para manutenção de
suas despesas:

Com pessoal; e/ou

De custeio [água, luz telefone, etc.]; e/ou

De capital, salvo aumento de participação acionária


[orçamento de investimento];

Exemplos: EBC, CONAB, EMBRAPA;

Controlada independente/não dependente [orçamento de


investimento]: é aquela que recebe recursos do ente controlador
apenas para aumento de participação acionária;

Exemplos: Petrobras, Banco do Brasil;

Obs.2: Os orçamentos fiscal e de investimento terão entre suas funções a de reduzir as


desigualdades inter-regionais, segundo o critério populacional [artigo 165, §7º, CF];

LOA  OF + OSS + OI

OF e OI  reduzir desigualdades inter-regionais;

Obs.3: os prazos para envio e devolução do PLOA são os mesmos do projeto do PPA,
porém observados anualmente [artigo 35, §2º, ADCT];

Princípio da reserva legal  iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo;

Envio do PLOA  até 31 de agosto [ou até 4 meses antes do término


do 1º ano do mandato presidencial  para o Congresso Nacional;

Congresso  Devolução do PLOA ao Poder Executivo  até 22


de dezembro [ou até o término da 1ª sessão legislativa] –
conforme artigo 57, CF;

Presidente  até 15 dias úteis para sanção e


publicação [artigo 66, CF] da LOA;

Obs.4: os Estados, DF e Municípios poderão adotar prazos distintos dos da União, no


processo de tramitação de suas leis orçamentárias [PPA, LDO e LOA]. Porém, o período
de vigência dessas leis deve ser o mesmo;

Obs.5: Se o Presidente da República não enviar os Projetos de Lei do PPA, LDO e LOA,
ao congresso nacional, nos prazos da lei, cometerá crime de responsabilidade [artigo
85, VI, CF];

Obs.6:
 [PExec.] Envio do PLDO até 15 de abril;

 [PLeg.] Devolução do PLDO até 17 de julho;

 [PExec.] Sanção em até 15 dias uteis;



 [PExec.] Envio do PLOA até 31 de agosto;

 [PLeg.] Devolução do PLOA até 22 de dezembro;

 [PExec.] Sanção em até 15 dias uteis;

Se o PExec. não envia Projeto de PPA, responde por crime de responsabilidade


e fica SEM PPA;

Se o PExec. não envia Projeto de LDO, responde por crime de responsabilidade


e fica SEM LDO;

Se o PExec. não envia Projeto de LOA, responde por crime de responsabilidade


e O PLEG. COPIA A LOA VIGENTE E TRANSFORMA EM PLOA PARA O PRÓXIMO
ANO;

Doutrina: Legislativo promove ajustes na LOA vigente = PLOA p/ o


próximo ano;

Obs.7:

02 de fevereiro  17 de julho  [recesso]

Até 17-07 – LEG tem de devolver o PLDO ao EXEC;

No caso de não devolução do PLDO, a sessão continua [sessão plenária


ordinária, sem recesso até devolver] – artigo 57, §2º, CF;

[recesso]  1º de agosto  22 de dezembro  [recesso]

Até 22-12 – LEG tem de devolver o Projeto de PPA e LOA ou só LOA ao


EXEC;

No caso de não devolução, a sessão é encerrada normalmente e


PODERÁ SER CONVOCADA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA SEM
REMUNERAÇÃO ADICIONAL POR ISSO [0800] – artigo 57, §6º, II, e §7º,
CF];

[recesso]  02 de fevereiro ...

Obs.8:
PExec.  envio do PLOA até 31 de agosto de 2013;

31 de dezembro de 2013

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Independentemente do motivo, se o PLOA/2014 não for sancionado até 31 de


dezembro de 2013 [normalmente, por atraso do congresso ou má vontade do
executivo], a LDO/2014 autoriza o PExec. a realizar algumas despesas nos
seguintes termos:

Jan  1/12

Fev  1/12

Mar  1/12

Abril  1/12

Mai  1/12

[...]

ATENÇÃO!!! NÃO SE PEGA A LOA ANTERIOR PARA APLICAR NO NOVO


EXERCÍCIO;

ATENÇÃO!!! NÃO SE PEGA ALGUMAS DESPESAS DA LOA ANTERIOR


PARA APLICAR NO NOVO EXERCÍCIO;

ATENÇÃO!!! PEGA-SE ALGUMAS DESPESAS DO PLOA APROVADO PARA


APLICAR NO NOVO EXERCÍCIO, DIVIDINDO-AS POR 12 E APLICANDO-AS
MÊS A MÊS, ATÉ A APROVAÇÃO [conforme demonstrado acima]. O que
sobrar após a sanção, gasta-se no resto do exercício;

Algumas despesas = DESPESAS CORRENTES INADIÁVEIS;

Artigo 53, XI, LDO 2014;

ATENÇÃO!!! ALGUMAS DESPESAS PODEM SER REALIZADAS


CONFORME PREVISTAS NO PLOA – MÊS E VALOR PREVISTO. ROL
TAXATIVO, CONFORME LDO;

Artigo 53, demais incisos, LDO 2014;

ATENÇÃO!!! AS DEMAIS DESPESAS DEVEM AGUARDAR A SANÇÃO DO


PLOA;

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Ciclo/Processo Orçamentário

É contínuo – não tem data para acabar nem para começar;

É flexível – possibilidade de alteração, emendas, etc.

É dinâmico;

≠ exercício financeiro;

Etapas [visão clássica]:

Elaboração;

Aprovação;

Execução;

Controle e avaliação;

Etapas [visão ampliada]: Sanches

1- elaboração do projeto de PPA;

2- aprovação do projeto de PPA;

3- elaboração do PLDO;

4- aprovação do PLDO;

5- elaboração do PLOA;

6- aprovação do PLOA;

7- execução do PPA, LDO e LOA;

8- controle/avaliação do PPA, LDO e LOA;

Ver conceito do Glossário da SOF – etapas:

Elaboração

Poder executivo

Apreciação legislativa

Poder legislativo

Execução e acompanhamento

Poder executivo

Controle e avaliação
Poder legislativo [controle externo, com auxílio do TCU]

Controle prévio, concomitante e posterior;

ATENÇÃO: No Brasil, o orçamento, quanto à participação dos poderes no


processo/ciclo orçamentário, é do tipo MISTO [tanto executivo quanto
legislativo estão presentes no ciclo orçamentário].

Elaboração do PLOA

Competência: Poder Executivo

NA União, os agentes são [lei 10.180/2001]:

MPOG – órgão central

SOF – órgão específico;

Órgãos Setoriais – OS [constam da LOA]:

AGU

Casa Civil

Vice Presidente

Ministérios

Unidades Orçamentárias – UO [constam da LOA];

Chefe do Poder Executivo – Presidente da República;

Órgãos do Orçamento – OO:

Todo órgão setorial é um órgão do orçamento;

Nem todo órgão do orçamento é um órgão setorial;

Obs.: para ser um órgão do orçamento ou uma unidade orçamentária não é


necessário ser tangível, ou seja, pode ser intangível – ex: serviço da dívida,
operações fiscais de crédito, operações de crédito, reserva de contingência;

Ditado “Obs.: uma unidade UO ou OO pode, eventualmente, não


corresponder a uma estrutura organizacional da administração direta
ou indireta, existindo tão-somente para individualizar determinado
conjunto de despesas e dar clareza e transparência orçamentária. São
as chamadas ‘intangíveis’ ”;

VER ‘FLUXO DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PLOA’ NA PLANILHA ANEXA À


APOSTILA;
Poder executivo:

MPOG:

DEST:

Recebe informação das controladas independentes;

Elabora e envia Orçamento de Investimento à SOF;

SPI

SOF [elabora o PLOA – Orçamentos Fiscal e Seguridade Social –


com base nas informações que recebe]:

Recebe proposta orçamentária da DPU;

Recebe proposta orçamentária do Poder Legislativo;

Recebe proposta orçamentária do MPU [CNMP];

Recebe proposta orçamentária do Poder Judiciário


[CNJ];

Prazo: 15 de agosto, via SIOP;

Demais órgãos [órgãos setoriais]:

Enviam proposta orçamentária à SOF;

PO – Proposta Orçamentária

SPI – Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos

DEST – Departamento de Coordenação e Governança das Empresas


Estatais;

Obs.1:

MPOG – órgãos específicos:

SOF  elabora e executa: PLDO e PLOA;

SPI  elabora e executa: Projeto do PPA;

Obs.2: Conforme o prazo definido na LDO [hoje, até 15 de agosto] e


procedimentos definidos nos artigos 99 127 134 da CF88, os órgãos
dos poderes legislativo e judiciário, o MPU e a DPU encaminharão suas
propostas orçamentárias à SOF via SIOP;

Obs.3: as propostas dos órgãos do poder judiciário e a do MPU serão


submetidas a um parecer dos seus controles internos – CNJ e CNMP,
respectivamente, nos termos do artigo 22, §1º, da LDO/2024;
Questões das páginas 64-67 da apostila;

Apreciação Legislativa [discussão, votação e aprovação – pág. 68 apostila];

Ler detalhadamente essa parte na apostila;

CN: 513 dep. + 81 senadores;

CMO: 30 deputados + 10 senadores;

Áreas temáticas: 10 áreas – artigo 26, resolução nº 1/2006 CN; página 71;

Prazo para admissão de emendas: até o início da votação na CMO da parte da lei cuja
emenda se pretenda;

Obs.: para aprovação dos projetos de lei do PPA, LDO e LOA, o Congresso Nacional
realizará sessão conjunta [≠ bicameral]. Porém, a apuração dos votos ocorrerá em
separado.

SF CD RESULTADO

APROV APROV APROV

APROV REJ REJ

REJ APROV REJ


REJ REJ REJ

Execução e Acompanhamento

Controle e Avaliação

---------------------------------------------------------

Créditos Adicionais: página 78;

Conceito: artigo 40, lei 4320/64 – autorizações de despesas não computadas ou


insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento;

Veja:

Crédito orçamentário [autorização para realização de despesas]:

Ordinário: previsto na LOA, desde o PLOA;

Adicional [técnica incremental]: retificação da LOA;

Suplementar: reforçar o que já existe; não cria despesa nova;

Especial: para despesa sem dotação; cria nova despesa;

Extraordinário: apenas para despesas URGENTES E:

IMPREVISTAS [Lei 4320-64];

IMPREVISÍVEIS [CF/88];

Créditos extraordinários

Artigo 41, III, 4320/64 Artigo 167, §3º, CF

Para despesas urgentes e Para despesas urgentes e


imprevistas; imprevisíveis;

Em caso de [rol taxativo]: Como as decorrentes de


[rol exemplificativo]:
- guerra
- guerra
- calamidade pública
- calamidade pública
- comoção intestina
- comoção interna
Crédito orçamentário

Ordinário [na LOA]

Adicional:

Suplementar:

1º autoriza, por exceção [em regra, lei específica], na própria LOA  2º


abre por decreto [somente];

Especial:

1º autoriza  regra  lei específica  2º abre  por decreto [lei


4320] OU na sanção e publicação [LDO];

Extraordinário:
1º abre  Med.Prov [regra]/Decreto [exceção]  2º apreciação
legislativa;

Artigo 62 da CF: relevância e urgência – Medida Provisória –


encaminhamento imediato ao Congresso Nacional;

§1º, ‘d’ – vedação de MP para créditos adicionais, SALVO crédito


extraordinário [na União];

Vigência – Obs.: artigo 167 da CF – abertura nos últimos 4 meses do exercício + não
utilização [não empenho] de todo o crédito adicional [salvo o SUPLEMENTAR] no
exercício:

O saldo pode ser incorporado à LOA do exercício seguinte;

Reabertura do crédito [faculdade] por meio de ato próprio de cada Poder, do


MPU ou da DPU, até 15 de fevereiro;

Após 15 de fevereiro, somente por decreto;

Reabertura = retificação da LOA do exercício em que se dará a reabertura;

 Fontes para créditos adicionais:

a) operações de crédito: são empréstimos ou financiamentos contratados pelo Estado


para fins de equilíbrio orçamentário. Uma operação de crédito é classificada como
fonte de receita de capital que traz uma dívida e viabiliza a realização de despesas.
Toda operação de crédito depende de autorização legislativa por lei específica, lei para
crédito adicional [suplementar ou especial] ou, excepcionalmente, na própria LOA.

*principal mecanismo utilizado para a obtenção de equilíbrio orçamentário


[receitas x despesas];

Deve-se, ainda, observar o artigo 167, inciso III, CF/88 [‘regra de ouro’];

Regra de ouro:

O somatório das operações de crédito não pode superar o


somatório das despesas de capital [investimentos];

Exceção: autorização de crédito suplementar ou especial, COM


FINALIDADE PRECISA, por MAIORIA ABSOLUTA DO
LEGISLATIVO [CN];

Fazer questões 70, 79 e 60 [páginas 88 a 99];

b) reserva de contingência: é uma espécie de poupança para incertezas; artigo 91,


decreto-lei 200 e artigo 5º, LRF; dotação global listada no campo das despesas;

Cálculo:
Percentual definido na LDO [montante pelo % e critério para uso];

X [multiplicado pela]

RCL – receita corrente líquida [receitas mais frequentes];

= [igual a]

Reserva de contingência – prevista na LOA;

c) “sobras”: artigo 166, §8º, CF; PLOA;

Ficaram sem despesas correspondentes [ler dispositivo];

d) anulações, totais ou parciais, de dotações na LOA ou de créditos adicionais


autorizados; LOA em execução;

e) Excesso de Arrecadação [EA]: apuração no balanço orçamentário;

Receita prevista = receita arrecadada – equilíbrio;

Receita prevista > receita arrecadada – insuficiência de arrecadação/


frustração da receita  limitação do empenho/ contingenciamento de
despesas – artigo 9º da LRF; ver página 172 – artigo 9º [especialmente §3º -
ADIN 2238 – Medida Cautelar – suspensão da eficácia];

Receita prevista < receita arrecadada/realizada – excesso de arrecadação 


possível fonte para crédito adicional;

Obs.: para fins de utilização do saldo do excesso de arrecadação, deve-se


observar o artigo 43, §4º, Lei 4320;

f) superávit financeiro do exercício anterior: apuração no balanço patrimonial;

Obs.: terão preferência sobre esta fonte os créditos especiais e extraordinários


reabertos nos termos do artigo 167, §2º, CF; artigo 43, §2º, 4320;

Obs. geral [fontes dos créditos adicionais]:

Fontes que aumentam os montantes de receita e despesa:

Operações de crédito [para os 2]

Excesso de arrecadação [para os 3]

Superávit financeiro do exercício anterior [para os 3]

Fontes de remanejamento – não aumentam os montantes de receita e


despesa:

Reserva de contingência [para os 3]

Sobras [para os 2]
Anulações [para os 3]

Legenda:

Para os 2: suplementar e especial

Para os 3: todos

-----------------------

Princípios Orçamentários [não taxativos]:

Princípio da Legalidade:

Latu sensu: artigo 5º, II, CF;

Legalidade administrativa [stricto sensu]: artigo 37, CF;

Se a lei for omissa, não se pratica o ato administrativo relativo à


matéria orçamentária;

Classificação jurídica do orçamento [PPA, LDO e LOA]:

Lei: em sentido formal [processo, forma, rito, competência];

Artigo 59, CF – Lei Ordinária e especial [doutrina diz];

Ato administrativo: em sentido material [conteúdo, assunto]

LOA: lei em sentido formal e ato administrativo em sentido


material; tem caráter autorizativo [regra], salvo despesas
específicas [obrigatórias – ex: saúde e educação]; não gera
direitos subjetivos;

Princípio anualidade [periodicidade]: artigo 2º, lei 4320/64;

Determina que a LOA tenha vigência de um ano = exercício financeiro = ano


civil.

Mesmo que a LOA não tenha vigência a partir de 1º de janeiro, o princípio é


respeitado, pois são adotadas várias medidas, relativas à execução do
orçamento;

Em 31 de dezembro, com certeza a LOA deixa de vigorar;

Exceção ao princípio: reabertura de saldos dos créditos especiais e


extraordinários na condição do artigo 167, §2º, CF;

Princípio da Unidade [totalidade]: artigo 2º. Lei 4320/64 e artigo 165, 5º, CF;
Embora a LOA seja composta por 3 tipos de orçamentos [fiscal, investimento e
seguridade social] e tenhamos a existência dos 3 poderes, MPU e a DPU, ela é
peça única em cada ente da federação;

Princípio da Universalidade: artigos 2º e 3º, Lei 4320/64 e artigo 165, CF;

Todas as receitas e despesas devem estar previstas na LOA, impedindo que o


Poder Executivo realize qualquer operação entre receita e despesa sem prévia
autorização do Legislativo;

Princípio do Orçamento Bruto: artigo 6º, lei 4320/64;

Todas as receitas e despesas constarão na LOA em seus valores totais [valores


brutos], vedadas quaisquer deduções [por exemplo: a arrecadação total deve
ser listada e os repasses obrigatórios também];

Princípio da Especificação/especialização/discriminação: artigos 5º e 15, lei 4320/64;

Determina que as receitas e despesas constem na LOA de forma detalhada,


evitando dotações globais;

Exceções:

Reserva de contingência [sempre global];

Programas especiais de trabalho – PET [artigo 20, §único, 4320/64] –


poderão ser custeados por dotações globais;

≠ programas de trabalho;

Exemplo de PET: Programa de Proteção à Testemunha;

Princípio do equilíbrio: artigo 4º, LRF;

Trata-se do equilíbrio entre as receitas e despesas. Porém, durante a execução


orçamentária [vigência da LOA], admitem-se desequilíbrios. Deve-se, então,
buscar a manutenção do equilíbrio ou o reequilíbrio nos seguintes
mecanismos:

- Reserva de contingência;

- Contingenciamento de despesas [corte de gastos] – artigo 9º da LRF;

- Transferências voluntárias – artigo 25, LRF;

- operações de crédito [de todos, é o mais utilizado];

- créditos adicionais, enquanto mecanismos de autorização;

Obs.: nos termos da LRF, compete à LDO dispor sobre o equilíbrio entre as
receitas e despesas a serem executadas na LOA.
Princípio da Exclusividade: artigo 165, §8º, CF;

A LOA não conterá dispositivo [conteúdo] estranho à:

Previsão das receitas; e

Fixação das despesas;

Exceção: autorização, na LOA, para:

Contratar operações de crédito, inclusive por antecipação de receita


orçamentária – ARO; e

Abertura de crédito suplementar;

Princípios da Não-Afetação [ou não vinculação] da receita de impostos: artigo 167, IV,
CF;

Veda a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,


ressalvadas as hipóteses constitucionais;

Tributo – artigo 5º, CTN:

Impostos  não vinculados, salvo [artigo 167, IV, CF]...

Saúde;

Ensino;

Repartição constitucional de impostos [repartição do ipva, do


imposto de renda, etc.];

Administração da atividade tributária [custos da receita


federal, por exemplo];

Garantias:

Ao pagamento de AROs;

À União;

Taxas e contribuições de melhoria [vinculadas];

Tabela de princípios:

Só LOA Para os 3 [PPA, LDO, LOA]

Legalidade

Anualidade

Unidade
Universalidade

Orçamento bruto

Especificação

Equilíbrio

Exclusividade

Não afetação

UNIDADE DE TESOURARIA/CAIXA [artigo 56 da


4320-64]; ver aula de receita – ‘recolhimento’;

PROIBIÇÃO DE ESTORNO [artigo 167, VI, CF];

Vedação a remanejamento, transposição ou


deslocamento de recursos sem autorização
legislativa, salvo dentro do mesmo
órgão/programa;

Publicidade – artigo 37, CF;

Divulgação da informação;

Transparência – artigo 48, CF;

Ausência de sigilo das informações;

Clareza ou Inteligibilidade [doutrina];

Fácil compreensão;

Economicidade [artigo 15, IV, 8666];

Economia de recursos; gastar o mínimo


necessário, pois os recursos são limitados;

Programação [doutrina];

Orçamento-programa; governo baseado em


programas;

Uniformidade [doutrina];

Uma única forma; só muda o conteúdo de


uma LOA para outra, por exemplo;

Mais voltado para a LDO e a LOA; mas pode


ser aplicado ao PPA também;

---------------------------------
Noções conceituais de contabilidade

Balanço patrimonial – BP: é o principal instrumento de análise da contabilidade e é


composto pelo ativo [bens e direitos] e pelo passivo [obrigações];

Resultados:

Ativo > Passivo: Patrimônio Líquido – PL;

Ativo < Passivo: Passivo a Descoberto – PD;

Ativo = Passivo: Equilíbrio ou Nulidade;

Fatos contábeis: são registros feitos no BP, que podem, ou não, afetar o PL. são
classificados em:

- fato permutativo [FP]: não altera o PL;

Ocorrências:

 Lançamento de ativo com passivo  lançamento


compensatório;

 Troca entre contas do ativo  permutação ativa;

- Fato modificativo [FM]: altera o PL;

Aumentativo [FM+]:

Ocorrências:

 aumenta o ativo e mantém o passivo;

 diminui o passivo e mantém o ativo;

Diminutivo [FM-]:

Ocorrências:

 aumenta o passivo e mantém o ativo;

 diminui o ativo e mantém o passivo;

- Fato misto;

Exemplos de fatos contábeis: ocorridos na sequência [ver tabela];

1- contratação de empréstimo:

R$ 2.000.000,00

Fato permutativo, lançamento de ativo com passivo;


2- aquisição de imóvel:

R$ 2.000.000,00

Fato permutativo, troca entre contas o ativo;

3- recebimento de doação:

R$ 50.000,00

Fato modificativo aumentativo, aumenta ativo e mantém


passivo;

4- multa sofrida:

R$ 20.000,00

Fato modificativo diminutivo, aumenta passivo e mantém


ativo;

Balanço patrimonial

Moment Ativo Passivo [obrigação com


o terceiros]

0 0 0

1 2MILHÕES [conta] 2MILHÕES [dívida]

2 Saque e aquisição 2MILHÕES [dívida]

2MILHÕES [imóvel]

3 Doação 0

2MILHÕES e 50MIL

4 0 Multa

20MIL

PL [obrigação com os
sócios]

30MIL

----------------------------------------------------

Receitas pág 107

Conceito:
Receita [ingresso na conta]: pág 108

Orçamentária [RO] – artigo 3º, caput, lei 4320-64: entra na conta para
satisfazer uma despesa orçamentária [que está no orçamento – ex: recursos
oriundos de impostos];

Corrente: 8 receitas;

De capital: 5 receitas;

Extraorçamentária [RE] – artigo 3º, §único, lei 4320-64: entra na conta para
satisfazer uma futura despesa extraorçamentária [que não faz parte do
orçamento – ex: devolução da garantia contratual ao fim do contrato;

Operação de crédito por ARO [para evitar dupla contagem de um


mesmo valor no orçamento];

Obs.: valor do principal = despesa Extraorç.; taxa de juros =


despesa Orç.;

Emissão de Papel Moeda [para reposição apenas];

Outras entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiros


[recursos que o Estado recebe, mas não é seu e não pode usar, em
princípio]; ex: caução; depósito judicial;

Classificações:

Quanto à origem/coerção [ou classificação jurídica]:

Originária: Estado = Particular; normas de direito privado; Estado em pé de


igualdade ao Particular; consensual; não é obrigatoriedade ao particular; ex:
locação de prédio público a particular;

Derivada: Estado > Particular; normas de direito público; Estado se sobrepõe


ao particular; Estado em posição de supremacia; ex: multa de trânsito;

Quanto à regularidade [frequência]:

Ordinária: mais frequente, planejada;

Extraordinária: menos frequente, não planejada;

Quanto à previsão orçamentária:

Orçamentária [RO]: prevista no orçamento; salvo exceções [ex: doação];

Extraorçamentária [RE]: não prevista no orçamento;

Quanto à afetação patrimonial [alteração ou não do Patrimônio Líquido]:

Efetiva: aumenta o PL [FModif+];


Fato modificativo aumentativo;

Não-efetiva: não altera o PL [FPermut];

Fato permutativo;

Quanto à natureza [ou por categoria]: indica as fontes/origens das receitas


orçamentárias [RO];

São 06 níveis e 8 dígitos;

[COERAS];

O detalhamento do nível anterior é feito pelo próximo nível;

Nem toda receita chegam até o último nível;

Mas todas receitas chegam até o 3º nível [espécie];

1º nível: categoria econômica;

1 dígito

2º nível: origem;

1 dígito

3º nível: espécie;

1 dígito

4º nível: rubrica;

1 dígito

5º nível: AAlínea;

2 dígitos

6º nível: SSubalínea;

2 dígitos

Categoria econômica:

1 Corrente ou 7 corrente intraorçamentária [recursos movimentados dentro de uma


mesma LOA ou de um mesmo ente da federação]:

1- tributárias

1 Impostos
1 ...

2 Renda e patrimônio

3 ...

01 ...

02 ...

03 ...

04 Renda e proventos de qualquer natureza

10 Pessoa física

20 Pessoa jurídica

30 Retenção na fonte

2 Taxas

3 Contribuições de melhoria

2- contribuições

1 Sociais

2 Econômicas

3 Iluminação pública

3- patrimoniais [não implica alienação]

4- agropecuárias

5- industriais

6- serviços [ex: juros recebidos pelo Estado, tarifa do ônibus, etc.]

7- transferências correntes [destinadas a despesas correntes]

9- outras receitas correntes [constam do MTO]

2 De capital ou 8 de capital intraorçamentária [recursos movimentados dentro de uma


mesma LOA ou de um mesmo ente da federação]:

1- operações de crédito

1 Interno

2 Externo

2- alienações de bens [públicos]


1 Móveis

2 Imóveis

3- amortizações de empréstimos

4- transferências de capital [destinadas a despesas de capital]

5- outras receitas de capital [constam do MTO]

Obs.: a alienação de bens apreendidos ou caucionados será classificada como receita


orçamentária corrente na origem ‘outras receitas correntes’;

Obs.:

1º momento 2º momento

Operações de Receita orçamentária Despesa orçamentária [DO] –


crédito [RO] – cat. Econômica de cat. Econômica: 10.800,00
capital; R$ 10.000,00
Principal: 10.000,00 –
amortização da dívida –
despesa de capital;

Juros: 800 – juros e encargos


da dívida – despesa corrente;

Operações de Receita Despesa: R$ 1.200,00


crédito por ARO extraorçamentária [RE] –
R$ 1.000,00 Principal: 1.000,00 –
amortização da dívida –
extrarçamentária;

Juros: 200,00 – juros da dívida


– categoria econômica corrente
– orçamentária;

Operações Oficiais Despesa orçamentária Receita orçamentária [RO];


de Crédito [DO] de capital;
R$ 110.000,00
Ex: FIES, Minha R$ 100.000,00
casa minha vida... Principal: 100.000,00 –
amortização de empréstimo –
categoria econ. de capital;

Juros e encargos: 10.000,00 –


juros de empréstimos – receita
corrente – origem ‘serviços’;
Estágios/etapas da receita [previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento];

Planejamento – PLOA [previsão]

Previsão = estimativa ou projeção das receitas orçamentárias – artigo 12 da LRF;

Execução – LOA [lançamento, arrecadação e recolhimento];

Lançamento [apenas para as receitas de origem fiscal – tributos/multas] – é um


estágio contábil:

Fato gerador:

Origem do débito [base legal] – o que cobrar;

Agente passivo – de quem cobrar;

Valor – quanto cobrar;

Vencimento – quando cobrar;

Agente passivo – não paga: inscrição na dívida ativa [em caso de certeza líquida
e certa do débito]:

Créditos da fazenda pública;

De natureza tributária;

De natureza não-tributária;

Agente passivo – paga:

Agente passivo  $$$  agente ativo [bancos ou credenciados] =


arrecadação;

Agente ativo  transferência  conta única* = recolhimento;

*obs.: conta única

Princípio de Unidade de Tesouraria ou Unidade de Caixa:

Conceito: artigo 56, Lei 4320/64; recolhimento de TODAS as receitas,


vedada QUALQUER fragmentação;

Questão 12, página 121; Certa;

Questão 13, página 121; Certa; - exceções*;

Questão 19, página 121, Errada; Só União;


Local de manutenção da conta única do tesouro nacional [União]:
BACEN [artigo 164, §3º, CF];

Agente financeiro que operacionaliza [movimenta] a Conta Única da


União: Banco do Brasil [artigo 2º decreto 93.872/86] – não é o único,
mas é o principal;

Obs: cada ente tem a sua própria conta única; ex: conta única do
tesouro do DF  local e agente financeiro – BRB;

*Exceções: nem todas

Artigo 43, §1º, LRF: recursos do regime de previdência;

Artigo 9º, IN nº 04/2004 – STN: casos específicos, por exemplo:

Fundos especiais [ex: FIES, FNDE, FAT, etc.];

Recursos em moeda estrangeira;

Suprimentos de fundos [ex: casos sigilosos];

-----------------------------------------------------

Despesas [PÁG. 123]

Conceito:

Despesa [saída]:

Orçamentária [LOA]:

Fixada na LOA ou mediante créditos adicionais;

Depende de autorização legislativa;

Extraorçamentária:

Devolução de ingressos extraorçamentários;

Ex: devolução de caução; pagamento do principal da ARO;

Não depende de autorização legislativa;

Classificações:

Quanto à regularidade: frequência

Ordinária: maior frequência

Extraordinária: menor frequência

Quanto à fixação orçamentária:


Orçamentária;

Extraorçamentária;

Quanto à afetação patrimonial:

Efetiva: altera o PL [FM–]: não gera ativo [as correntes, salvo compras para o
estoque];

Não efetiva: não altera o PL [FP]: gera ativo [todas as de capital];

Quanto à esfera: indica em qual orçamento da LOA a despesa se encontra; é 1 nível e 2


dígitos:

CÓDIGO ESFERA ORÇAMENTÁRIA

10 ORÇAMENTO FISCAL – OF

20 ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – OSS

30 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO – OI

Classificação institucional: indica ‘quem’ gasta ou a instituição do gasto. Pode ser


tangível ou intangível. São 2 níveis e 5 dígitos;

1º nível: órgão orçamentário

----.----

2º nível: unidade orçamentária

----.----.----

Ex:

30.000 – Ministério da Justiça [MJ]

30.101 – MJ

30.103 – ARQUIVO NACIONAL

30.107 – DPRF

30.108 – DPF

34.000 – MPU

34.101 – MPF

34.102 – MPM
34.103 – MPDFT

34.104 – MPT

34.105 – ESCOLA SUPERIOR DO MPU

03.000 – TCU

03.101 – TCU

14.000 – Justiça Eleitoral

14.101 – TSE

14.102 – TRE 1ªR

14.103 – TRE 2ªR

71.000 – Encargos Financeiros da União

71.101 – recursos sob supervisão do ministério da fazenda

71.102 – recursos sob supervisão do MPOG

Classificação funcional: indica a área/tema/assunto/função do gasto. São 2 níveis e 5


dígitos; ex:

FUNÇÃO – 2 dígitos SUBFUNÇÃO – 3 dígitos

01 031 – AÇÃO LEGISLATIVA

LEGISLATIVA 032 – CONTROLE EXTERNO

02 061 – AÇÃO JUDICIÁRIA

JUDICIÁRIA 062 – DEFESA DO INTERESSE


PÚBLICO NO PROCESSO
JUDICIÁRIO

... ...

05 151 – DEFESA AÉREA

DEFESA NACIONAL 152 – DEFESA NAVAL


153 – DEFESA TERRESTRE

... ...

12 361 – ENSINO FUNDAMENTAL

EDUCAÇÃO 362 – ENSINO MÉDIO

363 – ENSINO PROFISSIONAL

364 – ENSINO SUPERIOR

365 – EDUCAÇÃO INFANTIL

...

368 – EDUCAÇÃO BÁSICA

... ...

28 841 – REFINANCIAMENTO DA
DÍVIDA INTERNA
ENCARGOS ESPECIAIS
842 – REFINANCIAMENTO DA
DÍVIDA EXTERNA

843 – SERVIÇO DA DÍVIDA


INTERNA

844 – SERVIÇO DA DÍVIDA


EXTERNA

Obs.: a legislação brasileira permite a matricialização ou matricialidade. Trata-


se da combinação de uma função com subfunção diversa daquelas do seu
rol/grupo. Porém, não sei admite a matricialização com entre a função 28
[encargos especiais] e outras subfunções diversas das de seu grupo/rol;

Classificação/Estrutura Programática [União – os outros entes têm as suas estruturas


também]:

Indica:

Programa: 4 dígitos numéricos;

Ação: 4 dígitos alfanuméricos;

Subtítulo: 4 dígitos numéricos;

Programa:
Temático  definido no PPA e executado na LOA;

Gestão, manutenção, ...  definido no PPA e executado na LOA;

Para operações especiais  definido e executado na LOA;

Ação [só na LOA]:

Projeto: 1º dígito ímpar – 1, 3, 5 ou 7;

Atividade: 1º dígito par – 2, 4, 6 ou 8;

Operação especial: 1º dígito = 0 [zero];

Subtítulo [localizador]: indica o local ou região geográfica onde ocorre a ação;

Classificação qualitativa:

Exemplo: nesta ordem sempre

Esfera: 10 [OF]

Institucional: 39 252 [OO – Mtransportes; UO – DNIT;]

Funcional: 26 782 [função transporte; subfunção transporte


rodoviário;]

Programa: 2075 [transporte rodoviário – temático]

Ação: 7M64 [construção de trecho rodoviário – projeto]

Subtítulo: 0043 [localizador: Rio Grande do Sul]

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