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CAATINGA
Rio Largo / AL
2019
EMANUEL ARAUJO DO NASCIMENTO
RONALD SANTANA DA SILVA
PEDRO NUNES
BARTOLOMEU SILVA DE SOUSA JÚNIOR
JOÃO CRUZ LIVINO DO SANTOS
JOSÉ WILLIAM ALEXANDRE DOS SANTOS
Rio Largo / AL
2019
Sumário
1 – Introdução ............................................................................................................................. 4
2 – Bioma ................................................................................................................................... 5
3 – Caatinga ................................................................................................................................ 5
4 – Impactos a Caatinga.............................................................................................................. 8
4.1 – Aumento do risco de seca .............................................................................................. 9
4.2 – Ameaças à biodiversidade............................................................................................ 10
4.3 – Intensificação do processo de desertificação ............................................................... 11
4.4 – Insegurança alimentar .................................................................................................. 12
4.5 – Agravamento da crise hídrica ...................................................................................... 13
4.6 – Maior risco de extinção das espécies ........................................................................... 13
4.7 – Aumento do desmatamento ......................................................................................... 14
4.8 – Aumento da migração .................................................................................................. 14
5 – Medidas para mitigação ...................................................................................................... 15
5.1 – Manejo florestal ........................................................................................................... 15
5.2 – Integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) ................................................................ 15
5.3 – Uso de biocombustíveis ............................................................................................... 16
6 – Referências ......................................................................................................................... 17
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1 – INTRODUÇÃO
Semiárido, Caatinga e Sertão são termos, muitas vezes, utilizados como sinônimos.
Porém, semiárido refere-se ao clima dessa região. Caatinga é um termo mais abrangente que
envolve clima, relevo, solos, vegetação e fauna. Já o sertão, refere-se a qualquer região
distante de grandes centros urbanos, com baixa infraestrutura e baixa densidade demográfica.
Além do Nordeste, o termo sertão também é utilizado na região centro-oeste.
2 – BIOMA
3 – CAATINGA
Merece destaque a destinação de recursos, para projetos que estão sendo executados, a
partir de 2012, na ordem de 20 milhões de reais para a conservação e uso sustentável da
caatinga por meio de projetos do Fundo Clima – MMA/BNDES, do Fundo de Conversão da
Dívida Americana – MMA/FUNBIO e do Fundo Socioambiental - MMA/Caixa Econômica
Federal, dentre outros. Os recursos disponíveis para a caatinga devem aumentar tendo em
vista a previsão de mais recursos destes fundos e de novas fontes, como o Fundo Caatinga, do
Banco do Nordeste - BNB, a ser lançado ainda este ano. Estes recursos estão apoiando
iniciativas para criação e gestão de UC´s, inclusive em áreas prioritárias discutidas com
estados, como o Rio Grande do Norte.
Também estão custeando projetos voltados para o uso sustentável de espécies nativas,
manejo florestal sustentável madeireiro e não madeireiro e para a eficiência energética nas
indústrias gesseiras e cerâmicas. Pretende-se que estas indústrias utilizem lenha legalizada,
advinda de planos de manejo sustentável, e que economizem este combustível nos seus
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processos produtivos. Além dos projetos citados acima, em 2012 foi lançado edital voltado
para uso sustentável da caatinga (manejo florestal e eficiência energética), pelo Fundo Clima
e Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – Serviço Florestal Brasileiro, incluindo
áreas do Rio Grande do Norte.
Por outro lado, devemos reconhecer que a Caatinga ainda carece de marcos
regulatórios, ações e investimentos na sua conservação e uso sustentável. Para tanto, algumas
medidas são fundamentais: a publicação da proposta de emenda constitucional que transforma
caatinga e cerrado em patrimônios nacionais; a assinatura do decreto presidencial que cria a
Comissão Nacional da Caatinga; a finalização do Plano de Prevenção e Controle do
Desmatamento da Caatinga; a criação das Unidades de Conservação prioritárias, como
aquelas previstas para a região do Boqueirão da Onça, na Bahia, e Serra do Teixeira, na
Paraíba, e finalmente a destinação de um volume maior de recursos para o bioma.
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4 – IMPACTOS A CAATINGA
A ocupação do Sertão nordestino foi feita no período denominado ciclo do gado, assim
chamado por ter na pecuária sua principal atividade econômica.
A forma extensiva com que foi realizada, sem maiores cuidados com os solos
utilizados, tornou a pecuária não só a responsável pelo povoamento do sertão, mas uma das
principais causas da devastação da caatinga, bioma característico dessa área.
Os grandes latifundiários são os grandes responsáveis por essa degradação, pois, além
de desmatar a vegetação original, monopolizam o uso dos açudes, provocando seu
assoreamento. As águas do São Francisco, o único rio perene da região, são usadas para a
irrigação, provocando a salinização do solo. Aos pequenos proprietários, resta viver em extre-
ma miséria ou migrar para as capitais nordestinas e outras regiões brasileiras. Dessa forma, o
êxodo rural torna-se um efeito colateral dos impactos ambientais. Portanto, salvar a caatinga é
preservar a vida da população que dela sobrevive.
O consenso científico dos especialistas reunidos pela Organização das Nações Unidas
(ONU), no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês),
é de que o fenômeno provocará aumento na frequência e intensidade dos eventos climáticos
extremos, em razão da elevação da temperatura na Terra.
Com essas consequências, as projeções dos pesquisadores situa a Caatinga como uma
das regiões geográficas mais afetadas pelas mudanças ambientais, podendo sofrer uma
redução de até 40% nas suas chuvas, impactando diretamente diversos setores sociais e
produtivos.
Pesquisadores afirmam que eventos climáticos extremos, como a seca de 2012, levam
as plantas da Caatinga a operarem em seus limites fisiológicos. Com a redução das chuvas,
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Esse fator aumenta a exposição dos solos aos processos erosivos, tornando as terras
secas estéreis à produção agrícola, provocando intenso êxodo da população rural. A
recuperação de áreas degradadas é considerada economicamente inviável e as mudanças
climáticas tornarão o processo de desertificação uma condição ambiental ainda mais grave.
Além disso, em ambientes semiáridos, haverá redução na obtenção de renda com produção de
alimentos nas áreas rurais, especialmente por parte de agricultores e pecuaristas com recursos
escassos. Esse aspecto irá diminuir o nível das condições de vida da população que vive da
agricultura de subsistência, como mais uma consequência extrema das mudanças climáticas.
Os efeitos negativos desse novo cenário ambiental provocarão uma grande redução da
disponibilidade de água superficial e subterrânea, acirrando a competição pelo recurso natural.
O fenômeno representará um sério obstáculo à garantia dos direitos humanos à água, sendo
necessário consolidar eficientes mecanismos de gestão e governança dos recursos hídricos,
visando promover a justiça ambiental.
Planeta, associado a fatores de risco já existentes, como a alteração dos habitats, sobre-
exploração, poluição e espécies invasoras.
Estudos da Universidade das Nações Unidas sobre desertificação indicam que, nos
próximos dez anos, mais de 50 milhões de pessoas no Planeta terão que migrar das suas
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culturas de sequeiro, caprinos e ovinos, além do manejo da Caatinga nativa (Araújo Filho e
Silva, 2008).
6 – REFERÊNCIAS