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TCC II PEDRO Corrigido para Entregar para Arlete
TCC II PEDRO Corrigido para Entregar para Arlete
ITABUNA – BAHIA
2018
PEDRO IAGO BENEVIDES LOPES
Orientador:
ITABUNA - BAHIA
2018
PEDRO IAGO BENEVIDES LOPES
Aprovado em: / /
Membro examinador
Membro examinador
Membro examinador
ITABUNA – BAHIA
2018
Dedico a minha família e ao meu Criador.
AGRADECIMENTO
Chegou a hora de agradecer, e por isso começo por meu pai que esteve
sempre presente ao meu lado me apoiando e incentivando pois sem ele nada disso
seria possível e sobre tudo a Deus que em todos os momentos sempre senti sua
presença junto a mim para garantir que minha vitória nessa jornada seria alcançada.
A todos os professores e orientadores que contribuíram e me guiaram até
esse momento com muita paciência, sabedoria e disponibilidade eu deixo um
imenso agradecimento, porque sem eles jamais teria cons eguido superar os
desafios e chegar a esse momento de grande realização na minha vida, sem
esquecer a esta instituição de ensino por ter me proporcionado os recursos
necessários para minha evolução acadêmica e profissional bem como momentos e
ensinamentos que vou levar comigo para sempre.
A minha família e a todos os meus amigos e colegas que fiz durante essa
jornada eu quero que saibam que reconheço tudo que fizeram por mim, eu deixo
uma palavra de gratidão por todo apoio, carinho e inspiração e a força que incutiram
no meu pensamento para não desistir, e o conforto de saber que nunca estive só
nessa caminha e que sempre serei capaz de tudo por maiores que sejam as
dificuldades.
A quem eu não mencionei, mas fez parte do meu percurso eu deixo um
profundo agradecimento porque com toda certeza tiveram um papel determinante
nesta etapa da minha vida.
RESUMO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................10
2. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ..........................................................................12
História da construção civil ........................................................................................12
Importância do desenvolvimento sustentável...........................................................14
Resíduos sólidos .......................................................................................................18
Resíduos sólidos da construção civil ........................................................................18
Legislação ambiental .................................................................................................22
Resolução n. 307/2002 do CONAMA .......................................................................22
A Política Nacional dos Resíduos Sólidos ................................................................26
Eficiência energética..................................................................................................30
Desempenho energético das Habitações .................................................................33
Energia sustentável ...................................................................................................37
Aterro Sanitário ..........................................................................................................38
Biogás.....................................................................................................................42
3. METODOLOGIA .......................................................................................................43
Área de Estudo ..........................................................................................................43
Materiais e Métodos ..................................................................................................43
Procedimento Analítico..............................................................................................44
4. RESULTADO E DISCUSSÃO ..................................................................................46
Simulação de geração de biogás de um aterro sanitário........................................50
Gráfico de produção de biogás ao longo de vinte anos..........................................52
Quantitativo de energia gerada a partir do biogás..................................................53
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................53
REFERÊNCIAS .............................................................................................................55
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1. INTRODUÇÃO
A construção civil é considerada uma das atividades que mais geram resíduos
e alteram o meio ambiente, em todas as suas fases, desde a extração de matérias
primas, até o final da vida útil da edificação. Ou seja, num quadro comparativo, os
resíduos sólidos da construção civil representam uma parcela significativa do volume
total de resíduos produzidos por outras atividades humanas.
Neste ínterim, a falta de tratamento adequado para depósito desses resíduos
apresenta-se como um dos vilões dos impactos ambientais da engenharia civil; visto
que apesar de haver de legislação sobre normas de proteção ao meio ambiente, na
prática comum, observa-se a utilização de áreas para a deposição desses resíduos
de forma irregular, indiscriminada, sendo o descarte feito sem o devido tratamento.
O aproveitamento de resíduos na construção civil, bem como de outros
resíduos sólidos, apresenta-se como uma das medidas viáveis e para
desenvolvimento de obras e projetos que aliem desenvolvimento econômico com
maior sustentabilidade, proporcionando economia de recursos naturais e
minimização do impacto no meio-ambiente, especialmente no estudo em tela, na
geração de energia renovável em um aterro sanitário.
A escolha do tema se justifica pela necessidade de se aliar desenvolvimento
socioeconômico e sustentabilidade, leva a discussões sobre as formas mitigadoras
dos impactos ambientais, apresentando possíveis soluções para a disparidade
desenvolvimento/ sustentabilidade, bem como para a destinação correta dos RCC
no município de Itabuna/Ba.
A energia elétrica é a principal fonte de energia do mundo, ela é produzida
através do potencial elétrico de dois pontos de um condutor. A energia pode ser
renovável, quando é proveniente de recursos naturais naturalmente reabastecidos, e
energia não renovável, que embora também vindas da natureza, não tem a
capacidade renovável para em tempo útil, dessa forma sua reserva é finita e pode
ser esgotada.
Esse fato acima, aliado ao aumento populacional nas últimas décadas
demandando uma produção de resíduos desenfreada dificultando a atuação do
poder público na gestão e manejo de resíduos sólidos reforça a importância do
estudo dessa temática.
11
Justifica-se ainda a escolha do tema pelo fato de que grande parte desses
resíduos apresentam potencial de reaproveitamento e inserção novamente no
mercado como novos insumos. Para tanto, é importante fomentar a discussão no
meio acadêmico e no cenário político visando a promoção de políticas públicas
voltadas para a resolução do problema.
Com as reservas de energias convencionais se extinguindo ano após ano, a
única solução viável será a substituição das atuais fontes pelas renováveis e
sustentáveis, como geração de energia a partir do uso de resíduos sólidos. Nesse
sentido, o problema proposto por esse estudo visa responder se há viabilidade de
geração energética com a implementação de um aterro sanitário na cidade de
Itabuna-Ba?
O objetivo geral desse estudo foi analisar o potencial energético gerado em
um aterro sanitário, proveniente do gás metano oriundo da degradação dos resíduos
sólidos. Os objetivos específicos foram:
• Simular a geração de biogás em um aterro sanitário em Itabuna através do
cálculo da SETESB/SMA;
• Elaborar um gráfico de produção de biogás ao longo de vinte anos do aterro
sanitário;
• Gerar um quantitativo de energia gerada a partir do biogás gerado no possível
aterro na cidade de Itabuna.
A partir desse estudo esperou-se constatar que a energia gerada em um aterro
sanitário proveniente do biogás é suficiente para suprir algumas demandas da
cidade de Itabuna na Bahia, adicionando ganhos sociais e ambientais ao município.
12
2. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO
uma fase de intenso crescimento urbano. Este crescimento urbano está associado
ao fenômeno da imigração da população estabelecida na zona rural para a zona
urbana.
Como resultado da imigração zona rural / zona urbana tem-se também a
expansão das cidades para áreas de risco acarretadas pelos problemas ambientais
desse crescimento desordenado, além de outros impactos nocivos ao meio
ambiente, tais como desmatamento, poluição de rios e outros mananciais de água,
aumento na emissão de gases poluentes, deterioração da qualidade dos recursos
hídricos e intensificação dos resíduos gerados pelas obras de construção com o
aumento da demanda de serviços na indústria da construção civil.
Segundo Ribeiro (2004) a demanda por bens de consumo e moradias gerou
uma grande quantidade de resíduos, necessitando de uma intervenção do governo
para dispor sobre as formas de gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, foco
do estudo deste trabalho monográfico.
Concomitantemente à necessidade de desenvolvimento e ao novo quadro
que mostra o aumento da população urbana, tem-se desenvolvido também a
preocupação com a questão ambiental, provocando discussões em diversos setores
da sociedade, governo, entidades de classe e organizações não governamentais.
Ribeiro (2004) enfatiza que o histórico da construção civil mostra que a
engenharia civil é um dos principais agentes transformador do meio ambiente, e,
portanto, carece de estudos que viabilizem a promoção de medidas mitigadoras dos
impactos ambientais, tais como a destinação adequada dos RCC e
reaproveitamento desses resíduos sólidos.
Vem sendo notada uma enorme mudança nos padrões dos resíduos sólidos
gerados nos centros urbanos, não só pela quantidade exorbitante, mas também pela
variedade em sua composição. Com os avanços tecnológicos e econômicos, o
crescimento populacional nos centros urbanos fez com que essa variedade de
resíduos trouxesse prejuízos ao meio ambiente e a própria humanidade. Estudos
indicam que tais impactos estão diretamente ligados ao fato de que a população
vem mudando seus hábitos de consumo, gerando assim uma mudança também nos
modos de produções (FERREIRA, 2001).
O crescimento urbano, industrial e tecnológico tem causando transtornos e
danos ao meio ambiente. Entretanto, a necessidade de se aliar desenvolvimento
socioeconômico e sustentabilidade, leva a discussões sobre as formas mitigadoras
dos impactos ambientais, apresentando possíveis soluções para a disparidade
desenvolvimento/ sustentabilidade.
O desenvolvimento é necessário da mesma forma que a necessidade de se
respeitar o meio ambiente. Para tanto, faz-se importante a existência de uma
viabilidade econômica nas ações voltadas para a produção de bens e serviços,
visando assegurar a disponibilidade de recursos naturais para as próximas
gerações, bem como cuidar para que o meio ambiente das gerações presentes e
futuras não seja prejudicado.
A reflexão acerca do futuro começa a ser exposta no pensamento político,
social e filosófico levando ao questionamento da participação do homem no planeta.
Neste contexto, o conceito de “desenvolvimento sustentável” surge como um termo
que expressa os anseios coletivos, tais como a democracia e a liberdade, muitas
vezes colocadas como uma utopia.
É a partir de estudos da Organização das Nações Unidas, na segunda
metade do século XX, na tentativa de responder à crise social e ambiental,
principalmente procurando respostas e soluções para os problemas causados pelas
alterações climáticas, que o conceito de desenvolvimento sustentável e concebido e
ganhado a adesão de diversos países.
Conhecida como Comissão de Brundtland, a Comissão Mundial para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD), reforçou o conceito de desenvolvimento
sustentável através da elaboração de um relatório, intitulado como “Nosso Futuro
15
Resíduos sólidos
Silva Filho (2005) apud Santos (2009) afirma que a composição média dos
resíduos da construção civil no Brasil pode ser estimada em 63% de argamassas
entre os compostos dos resíduos, 29% de concreto e bloco na participação dos
RCC, 1% de materiais orgânicos 7% de outros materiais não tipificados que compõe
o resíduo da construção civil, como demonstra a figura 1:
Para Zordan (2001), no Brasil, mais de 75% dos resíduos da construção civil
são provenientes de construções informais ─ obras não licenciadas pelo poder
público─; 15% a 30% são decorrentes de obras formais ─ licenciadas pelo poder
público.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (2004b), mediante a
NBR 10.004/2004, dispõe sobre a classificação dos resíduos sólidos quanto aos
riscos potenciais tanto ao meio ambiente quanto à saúde pública. A referida norma
também versa sobre a forma correta de manuseio e destinação desses resíduos.
De forma didática pode-se classificar os RCC quanto aos potenciais riscos em
classes:
• Resíduos Classe I: perigosos
21
Legislação ambiental
considerando uma cidade com aproximadamente 500 mil ou mais habitantes, esses
resíduos representam um montante de 50% do peso de todos os resíduos sólidos
urbanos.
As leis, normas e diretrizes são respostas do poder público à preocupação
social, ambiental, bem como ao desperdício de materiais na construção civil e a
geração de entulhos produzidos diariamente sem a destinação correta. Para tanto, o
que propõe essas legislações são mudanças de paradigmas no comportamento das
indústrias, construtoras e da sociedade civil em geral na utilização racional dos
recursos naturais e à destinação do que dos resíduos de forma a propicia material
para reaproveitamento em novos projetos.
Neste ínterim, ressalta-se a resolução do CONAMA que estabeleceu
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos Resíduos da Construção Civil
– RCCs, abrangendo desde a classificação até a sua disposição adequada,
passando pela atribuição de responsabilidades ao poder público municipal e também
aos geradores no que se refere à sua destinação (MAIA et al, 2009).
Segundo Souza (2007), a elaboração do CONAMA significa o esforço para
minimizar os impactos gerados pelo problema do gerenciamento dos resíduos de
construção no Brasil constituindo-se um instrumento de grande importância para
sustentabilidade do setor e a preservação ambiental.
Outro fato relevante sobre a Resolução nº 307/2002 do CONAMA é a
imposição aos geradores do princípio do gerador pagador, ou seja, obriga ao
gerador do resíduo a gestão adequada do mesmo. Outra alteração expressiva da
referida resolução é a inclusão do amianto na classe de resíduos perigosos,
estabelecendo responsabilidades aos geradores, das quais destacam-se a
necessidade de segregação dos resíduos em diferentes classes e o seu
encaminhamento para reciclagem e disposição final.
Para entender melhor quem são os responsáveis do ponto de vista do
principio gerador pagador a Resolução n° 307 do CONAMA (BRASIL, 2002)
estabelece que “geradores dos resíduos da construção civil são as pessoas físicas,
jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos
que gerem os resíduos sólidos da construção civil”.
O entendimento de quem são os geradores e a diferenciação dos RCC nas
classes distintas já abordadas anteriormente neste trabalho monográfico, possibilita
a identificação de qual o melhor manejo e segregação desses resíduos. Dessa
26
O amparo legal viabiliza a gestão dos RCC, mas não é suficiente para
solucionar o problema. Faz-se mister uma efetividade dessas normas. Como
escreve Pinto (2015, p. 10), “há um conjunto de leis e políticas públicas, além de
normas técnicas fundamentais na gestão dos resíduos da construção civil,
contribuindo para minimizar os impactos ambientais”, porquanto, por si só, não pode
solucionar todo o problema se não houver a cooperação de entes públicos e
privados na resolução do mesmo.
Eficiência energética
para a eficiência energética. Nesse sentido, Moura e Motta (2013, p.52) ressaltam
que devem ser adotas soluções desde a fase de projeto, “implementadas na fase de
construção e adotadas na fase de utilização da edificação, sendo possível a
racionalização do consumo de energia até mesmo em edifícios já existentes, que
não foram concebidos sob princípios sustentáveis”.
Energia sustentável
Aterro Sanitário
Nem todo país possui uma boa renda econômica, profissionais capacitados,
mesmas individualidades ambientais e são de primeiro mundo, tendo isso em vista,
todos os países devem buscar uma boa administração para os seus resíduos sólidos
considerada a atual situação degradante em que o meio ambiente global se
encontra, porém nem todos têm o que é necessário para tal.
1%
10%
13%
Disposição a céu aberto
Aterro controlado
Aterro sanitário
Compostagem/incineração
76%
Mesmo com a existência de aterros sanitários, dos 24% dos resíduos que são
tratados de maneira considerada minimamente adequada ambientalmente, 13% vão
para aterros controlados, segue no gráfico 02, que é um tipo de disposição final que
acarreta em uma enorme contaminação nos lençóis freáticos. (Figueiredo 1995).
Já o lixão a céu aberto não contém nenhuma medida de proteção para com o
solo e meio ambiente, é um simples acúmulo de resíduo em local inapropriado e a
céu aberto sem qualquer tipo de preocupação com a área em que é depositada, com
a emissão de gases, como o metano, a disseminação do lixo pela ação do vento, a
penetração do chorume no solo causando contaminação de lençóis freáticos ou a
infestação de animais em suas proximidades como, galinhas, porcos, cachorros, etc
(BIDONE, 2001).
Nestes locais de disposição ilegal também não possuem qualquer tipo de
seleção de resíduos, podendo conter lixo proveniente de locais de saúde e
industrias, como mostra a figura 6:
40
Sabe-se que a disposição dos resíduos sólidos urbanos nos lixões a céu
aberto traz, mais do que problemas ambientais, saúde pública danificada e impactos
sociais também são resultados dessa pratica.
Na saúde pública, o lixo impacta indiretamente para proliferação de doenças,
com a disposição inadequada do mesmo, a incidência de vetores que se agrupam
nos lixões em busca de comida e abrigo, se transforma em mecanismos de
transmissão de doenças ali encontradas.
O aterro controlado é aquele mais recomendado para otimização do processo
de reciclagem, geração de energia biodegradável e redução dos impactos
ambientais. Considera-se parecido com os aterros sanitários, esta técnica é mais
aconselhável aos lixões, pois possui uma área de acúmulo de resíduos minimizada.
Em grande maioria não possui a impermeabilidade de sua base ou sistema de
tratamento de chorume ou da emissão de gases. Por seu elevado custo de
instalação e seus problemas para com o meio ambiente, este método é menos
aconselhável que os aterros sanitários. A figura 7 apresenta sucintamente um
esquema de aterro controlado:
41
Biogás
É um gás produzido pela decomposição anaeróbica dos resíduos sólidos orgânicos, cujo sua
composição se dar por 35% de dióxido de carbono, 60% de metano e os outros 5% por um
conjunto de vários gases, são eles, amônia, gás sulfídrico, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio,
monóxido de carbono e aminas voláteis. O biogás pode chegar a conter cerca de 40% ou até
80% de gás metano em sua composição, mas isso vai depender do quão eficiente este
processo foi (PECORA, 2006, p.44).
As aplicações do biogás são inúmeras, sua compatibilidade para as atividades realizadas pelo
gás natural é quase que 100%, porém existem
44
algumas de suas utilidades que é preciso ser tratado para atender seus requerimentos, como,
seu uso em combustível, sua distribuição em tubulações, para aplicações estacionárias, etc
(PECORA, 2006, p.44).
A cidade de São Paulo possui aterros sanitários especializados em geração de energia elétrica
é referência nesse tipo de produção energética. Segundo Costa (2002) essa energia produzida
pelo aterro consegue abastecer em média 35 mil residências com a energia proveniente do
biogás.
Ainda de acordo com o autor, o município de São Paulo foi o primeiro a utilizar o biogás como
fonte de energia. Todo o gás dos resíduos são queimados com o uso de 24 geradores de alta
potência e as máquinas transformam o biogás do aterro em energia elétrica. suficiente para
abastecer 35 mil domicílios da cidade de São Paulo,conferindo além de ganhos ambientais,
receitas extras para o município (COSTA, 2002).
A geração de biogás em um aterro segundo percorre cinco fases que vai desde a
decomposição dos resíduos sólidos, até a conversão em CH4 e CO2, como se vê no quadro 3:
Formação dos ácidos Nessa fase, assim como em seu nome, são produzidos
aglomerados reduzidos de ácidos mais complexos e o ácido
acético que é constituído com
baixa massa molecular;
3. METODOLOGIA
Área de estudo
Materiais e métodos
Procedimento analítico
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Equação 01
Q = F .R .Lo .(1 – e –K.t)
Sendo:
Q = Metano gerado [m³/ano];
F = Fração de metano no biogás [%];
R = quantidade média de resíduos depositados durante o ano [kg RSD/ano];
Lo = potencial de geração de biogás [m³ de biogás/kg RSD];
k = constante de decaimento [ano-1];
t = tempo decorrido;
RSD = Resíduos Sólidos Depositados;
M.O. = Matéria Orgânica.
Segundo a pesquisa de campo feita por Ganem (2017), a quantidade média
de resíduos depositados durante o ano em ilhéus é de R = 70.123.968 kg/ano,
utilizando uma regra de três simples comparando a população das cidades de ilhéus
e Itabuna, como fator principal de variabilidade da geração de resíduos sólidos, se
51
R = 90.498.732 Kg/ano;
Utiliza-se o mesmo valor da constante de decaimento, pois a precipitação
anual nas duas cidades se equipara durante o ano.
k = 0,125 (precipitação anual superior a 2000 mm) (World Bank, 2003);
O tempo também se mantém o mesmo, pois o espaço de tempo estudado na
pesquisa será igual.
T = 20 anos;
Para as variáveis da equação do potencial de geração de biogás, foram
utilizados os dados encontrados na pesquisa de Ganem, (2017), pois ou são
constantes ou são aplicáveis para com a cidade alvo da pesquisa por ter a mesma
característica em questão.
Equação 02:
Lo = FCM.COD.CODf.F (16/12)
Em que:
FCM = Fator correção de metano do lixo [kg de CH4/kg de RSD];
COD = carbono orgânico degradável [kg de C/kg de RSD];
CODf = fração em volume de metano no biogás [%];
F = 0,50 ou 50% (Mendes & Sobrinho, 2007);
(16/12) = fator de conversão de carbono em metano [kg de CH4/kg de C].
Equação 03:
Em que:
T = temperatura na zona anaeróbia [ºC];
T = 50 ºC.
CODf = 0,98.
Lo = 1 x 0,23 x 0,98 x 0,50 x (16/12)
Lo = 0,150 kg CH4/RSD
Retornando à Q = F.R.Lo.(1-e-K.t), têm-se:
Q = 0,50 x 90.498.732 x 0,150 x (1-e-0,125x20)
6.230.260,778 m3/ano
ou
112.144.077,2 J ou 112.14 Mj
2035
2030
2025
2020
2015
2010
2005 (m3/ano)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
LIMA, Rosimeire S.; LIMA, Ruy Reynaldo R. Guia para Elaboração de Projeto de
Gerenciamento deResíduos da Construção Civil. CREA-PR, Paraná, 2009.
SOUZA, Ubiraci E. L. de. Como reduzir Perdas nos canteiros -Manual de Gestão
do Consumo de materiais de construção civil. São Paulo, 2005.