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INFORMAÇÕES
GERENCIAIS
Introdução
Entender a estrutura e a estratégia global de uma empresa e analisar
o histórico do emprego da tecnologia da informação, são importantes
elementos a serem observados como influenciadores da administração
e do conhecimento.
A partir dessa ótica, você pode entender a relevância na caracteriza-
ção e estudo na gestão estratégica da informação e do conhecimento
como fatores decisivos no emprego de sistemas de informação (SI) em
organizações. Portanto, é fundamental que conceitos básicos como dado,
informação e conhecimento sejam adquiridos de maneira a compreender
como eles interligam SI e sistemas especialistas (SE).
Neste capítulo, você irá conceituar e identificar os elementos de um
SE. Os passos e a estrutura macro para construção de um sistema serão
apresentados, bem como a aplicação e a necessidade de uso de um SE.
Módulo de explicação
Motor de inferência
Memória Base
de de
trabalho conhecimentos
Aquisição
Usuário de
conhecimento
Base de conhecimento
A tradicional base de dados, contendo dados, arquivos, registros e seus re-
lacionamentos estáticos é, aqui, substituída por uma base de regras e fatos,
também heurísticas e que correspondem ao conhecimento do especialista, ou
dos especialistas do domínio sobre o qual foi construído o sistema.
6 Sistemas especialistas
Essa base de regras e fatos interage com o usuário e com o motor de infe-
rência, permitindo identificar o problema a ser resolvido, as possibilidades de
solução e o processo de raciocínio e inferência que levam a conclusões sobre
o problema submetido ao sistema.
Na interação com a base de fatos e regras e com o usuário, obtêm-se as
informações necessárias para a resolução do problema. Devido à utilização de
heurísticas, o usuário é requerido pelo sistema para prestar informações adi-
cionais e, a cada pergunta respondida pelo usuário ou a cada nova informação,
o espaço de busca a ser percorrido pelo sistema é reduzido, encurtando-se o
caminho entre o problema e sua solução.
Pode-se, também, desencadear-se um processo de aprendizagem automática
internamente no sistema. Isso significa que o sistema especialista provido
de mecanismos de aprendizagem é capaz de analisar e gerar novas regras na
base conhecimento, ou armazenar informações sobre novos fatos, ampliando
a capacidade do sistema em resolver problemas em cada vez que for utilizado.
O usuário não percebe que todo este processo acontece durante uma sessão
de utilização do SE.
Diante disso, é importante que o sistema seja cuidadosamente projetado, de
forma a ser capaz de analisar novas situações, extrair novas regras e analisar
e deletar regras redundantes e complementar regras conflitantes, permitindo
uma depuração constante da base de conhecimento. Caso contrário, a base de
conhecimento poderá crescer indiscriminadamente, promovendo uso extensivo
da memória e possibilitando uma degradação no desempenho do sistema, bem
como tornando-o custoso e inviável.
Dessa forma, inicialmente, uma base de conhecimento pode ser construída
com poucas regras, mas, dependendo da complexidade do ambiente e das
necessidades de informações variadas, poderá crescer para milhares de regras
e fatos. Assim, é preciso que se tenha o cuidado de implementar instrumentos
internos de refinamento que possibilitem “podas na árvore de decisão” e cortes
na base de conhecimento, para que o processo de busca localize segmentos
cujas regras e fatos contemplem os instrumentos necessários que conduzam
à solução dos problemas em questão.
Os mecanismos de aprendizagem que podem ser implementados nos siste-
mas especialistas permitem que o sistema aprenda cada vez que for utilizado
ao se deparar com regras e fatos novos. Isso é possível em virtude da estrutura
modular da base de conhecimento, permitindo a adição ou a deleção de novos
elementos sem alterar a lógica global do sistema.
Sistemas especialistas 7
Motor de inferência
O motor de inferência é um elemento essencial para a existência de um SE.
É o núcleo do sistema. Por intermédio dele, os fatos, as regras e a heurística
que compõem a base de conhecimento são aplicados no processo de resolução
do problema.
A capacidade do motor de inferência é baseada em uma combinação de pro-
cedimentos de raciocínios que se processam de forma regressiva e progressiva.
Na forma de raciocínio progressivo, as informações são fornecidas ao
sistema pelo usuário, que com suas respostas, estimulam o desencadeamento
do processo de busca, navegando pela base de conhecimento, procurando por
fatos, regras e heurísticas que melhor se aplicam a cada situação. O sistema
continua nessa interação com o usuário até encontrar a solução para o problema
a ele submetido.
No modelo de raciocínio regressivo, os procedimentos de inferência se
dão de forma inversa. O sistema parte de uma opinião conclusiva sobre o
assunto, que pode ser oriunda do próprio usuário, e inicia uma pesquisa pelas
informações por meio das regras e fatos da base de conhecimento, procurando
provar se aquela conclusão é a mais adequada para o problema analisado.
Se uma premissa (IF) é consistente para o problema, o sistema continua
com a cláusula IF (condição), tornando-a THEN (conclusão) para a próxima
pesquisa na base de conhecimento, até que encontre uma regra em que o (IF)
não seja considerado conclusão para outra regra. Ao mesmo tempo, o sistema
poderá iniciar uma nova pergunta ao usuário para obter informações adicionais.
Especialista
Interface de Banco de
aquisição conhecimento
Interface de Mecanismo de
usuário inferência
Perguntas Respostas
Interface de desenvolvimento
A interface de desenvolvimento é utilizada pela equipe de desenvolvimento de
um SE e é, em geral, representada por um arcabouço de sistema especialista
(ASE), isto é, uma estrutura arquitetural que suporta o SE como a maior parte do
código. O ASE pode ser determinante na execução dos projetos desenvolvidos.
Com a possibilidade de poder customizar o ambiente de introdução de novas
capacidades ou mesmo daquelas pré-existentes, essa customização pode ser
feita por meio da escrita do código ou pela linguagem da implementação do
ASE. Essa possibilidade é bastante útil e facilitada se os programas fonte do
arcabouço estiverem disponíveis.
Outras características bem relevantes e positivas para uma boa interface
de desenvolvimento são, por exemplo, o editor de regras, o índice cruzado
de símbolos e regras, a correção de erros, a visualização gráfica dos encade-
amentos de regras utilizadas na solução, a manutenção da lista de comandos
da seleção, e uma boa documentação.
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Perecível Permanente
Imprevisível Consistente
Caro Razoável
Discriminatório Imparcial
Social Individualizado
Adaptável Inflexível
Gerenciamento de decisões.
Diagnóstico de problemas de operação.
Projeto/configuração.
Seleção/classificação.
Monitoração/controle de processo.
Para Stair (1996 apud GONÇALVES, 2009), os SEs estão sendo aplicados
em várias áreas funcionais de negócios das empresas, como você verá a seguir.
https://goo.gl/GfjQiA
Leituras recomendadas
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 11. ed. [S.l.]: Pearson,
2014.
TRAHAND, J.; HOPPEN, N. Sistemas especialistas e apoio à decisão em administração.
Revista de Administração, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 11-20, abr./jun.1988.
ZENONE, L. C. Marketing estratégico e competitividade empresarial: formulando estraté-
gias mercadológicas para organizações de alto desempenho. São Paulo: Novatec, 2007.
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