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SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

HISTÓRIA

9ºAno

ÍNDICE

Introdução……………………………………………………………………………………….4

Página 1
Desenvolvimento………………………………………………………………………. 5

Capítulo I- Localizar no tempo a Segunda Guerra Mundial……………………………


5

Capítulo II- Identificar as causas próximas da Segunda Guerra Mundial………….


…..6

Capítulo III- Guerra-


Relâmpago…………………………………………………...............7

Capítulo IV- Mundialização do


conflito……………………………………………………..8

Capítulo V- Vitória dos Aliados……………………………………………………………9

Capítulo VI- Frentes da Guerra…………………………………………………………..10

Capítulo VII- A entrada dos EUA na


Guerra……………………………………………...10

Capítulo VIII- A entrada da URSS na Guerra ……………………………………………


11

Capítulo IX- Os acontecimentos que puseram fim à Guerra……………………………


12

Conclusão…………………………………………………………………………………...18

Bibliografia…………………………………………………………………………………19

Webgrafia……………………………………………………………………...……………19

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INTRODUÇÃO
Neste trabalho de pesquisa, vamos falar sobre a Segunda Grande Guerra Mundial.

Nós escolhemos este tema porque está inserido nas aprendizagens essenciais do
nono ano da disciplina de História e é um tema interessante para os alunos

Neste trabalho vamos referir:

- a localização temporal da Segunda Guerra Mundial;

- as causas próximas da Segunda Guerra Mundial;

- as fases da Segunda Guerra Mundial;

- as frentes da Guerra;

- justificação da entrada dos Estados Unidas da América e da URSS na Guerra;

- os acontecimentos que puseram fim à Segunda Guerra Mundial.

Este trabalho está dividido em 3 partes: a introdução, onde indicamos o tema,


justificamos a opção e apresentamos os tópicos a desenvolver; o desenvolvimento,
onde vamos explicar cada tópico, as informações recolhidas e fundamentar as
opiniões; e a conclusão, onde vamos sintetizar as ideias que apresentámos no
desenvolvimento.

A Segunda Guerra Mundial poderá ter sido uma continuação da Primeira Grande
Guerra, envolvendo principalmente as potências europeias, com motivos e
protagonistas basicamente semelhantes, com uma breve trégua entre ambas, uma
espécie de “paz armada” no entre guerras, pontuada pela “grande depressão”
económica da década de 1930.

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CAPÍTULO I – LOCALIZAR NO TEMPO A SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL

A Segunda Guerra Mundial durou cerca de 6 anos, de 1939 até 1945, na primeira
metade do século XX.

A 1 de setembro de 1939, o exército alemão invadiu a Polónia. Dois dias depois, o


Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha. A Segunda Guerra Mundial
começava.

A Segunda Guerra centrou-se, principalmente, em países da Europa como a França, a


Alemanha e o Reino Unido, mas também se dissipou pelo mundo, como podemos
observar no mapa seguinte:

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CAPÍTULO II- IDENTIFICAR AS CAUSAS PRÓXIMAS DA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Existiram várias causas que levaram ao início da Segunda Guerra Mundial, sendo
elas:

A Grande Depressão, que foi desencadeada pela queda da Bolsa de Valores de Nova
Iorque, que levou à falência de quatro mil bancos, só nos Estados Unidos. O país
registou 14 milhões de desempregados e a renda nacional caiu para metade. Os
salários dos americanos caíram 40%. Os problemas financeiros dos Estados Unidos
da América, grande núcleo da economia mundial, refletiram-se bastante no resto do
mundo. Na Grã-Bretanha, três milhões de trabalhadores ficaram desempregados. Na
Itália, foram 1,3 milhões e, na França, 3 milhões. A Alemanha, que foi duramente
atingida por esta Depressão, sofreu uma quebra de 39% na produção industrial e 7
milhões de alemães ficaram desempregados. Registrou-se, igualmente, uma das mais
altas inflações da história do capitalismo.

Paralelamente à crise, o governo alemão sentiu os efeitos do reordenamento territorial


imposto pela Primeira Guerra e as diretrizes humilhantes do Tratado de Versalhes. Ao
fim da Primeira Guerra Mundial, a hegemonia do poder mundial estava dividida entre o
Reino Unido, a França e os Estados Unidos da América. Cabia à Inglaterra e à França
o domínio de centenas de colónias africanas e asiáticas; e aos Estados Unidos 50%
da produção capitalista mundial. Em contrapartida, a Itália e o Japão não estavam
satisfeitos com a divisão territorial.

O Japão, com 70 milhões de pessoas confinadas num território insignificante, tentava


solucionar a oferta de minérios e petróleo. Segundo os japoneses, a solução estaria na
invasão da Manchúria e de vários territórios chineses em 1931. Na Itália, sob o
comando de Benito Mussolini1, entre os anos de 1922 e 1933, deu-se a invasão na
Abissínia, hoje Etiópia, em África.
Tratados diplomáticos da França e do
Reino Unido foram usados para tentar
evitar uma nova guerra. Ajudou as
nações, porém, estavam satisfeitas com

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Foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma
das figuras-chave na criação do fascismo.

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uma redefinição territorial e, além disso, ditavam as regras na Liga das Nações, órgão
precursor da ONU.

Já a Alemanha, com Adolf Hitler 2, que viveu entre 1889 e 1945, o país passou por um
processo de reforço do exército, que chegou a 800 mil homens. Este número estava
com 700 mil soldados acima do limite definido no Tratado de Versalhes. A primeira
grande anexação pelos alemães ocorreu em 1936, quando a Áustria foi tomada sob a
justificativa de unir a raça ariana. Em seguida, ocorreu a anexação da região dos
Sudetos, pertencente à Tchecoslováquia, em 1939. Na Alemanha, estes motivos
estiveram combinados com o Nazismo3, que responsabilizava os judeus pelas
mazelas sofridas pelo povo alemão. Sob o patrocínio de Hitler, a guerra começou com
a surpreendente invasão à Polónia em 1939. Na Europa, só terminaria em 8 de maio
de 1945 e na Ásia, com a rendição do Japão, a 2 de setembro do mesmo ano.

CAPÍTULO III- GUERRA-RELÂMPAGO

A Segunda Guerra Mundial teve três fases, neste capítulo vamos falar da primeira
fase: a fase guerra-relâmpago.

A Guerra-Relâmpago ou Blitzkrieg, que durou de 1939 a 1941, é uma tática militar a


nível operacional que consiste em utilizar forças móveis em ataques rápidos e de

2
 Foi um político alemão que serviu como líder do Partido Nazista, Chanceler do Reich e
Führer da Alemanha Nazista de 1934 até 1945. Como ditador do Reich Alemão, ele foi o
principal instigador da Segunda Guerra Mundial na Europa e figura central do Holocausto.
3
É a ideologia associada ao Partido Nazista, ao Estado nazista, bem como a outros grupos de
extrema-direita.

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surpresa, com o intuito de evitar que as forças inimigas tenham tempo de organizar
uma estratégia de defesa. Três elementos fundamentais desta tática são o efeito
surpresa, a rapidez da manobra e a brutalidade do ataque, e os principais objetivos
são desmoralizar o inimigo e desorganizar as suas forças, paralisando os centros de
controlo. O mentor desta tática terá sido o general alemão Heinz Wilhelm Guderian. A
guerra-relâmpago permitiu que a Alemanha dominasse quase toda a Europa.

A Alemanha usou esta tática pela primeira vez quando invadiu a Polónia em 1939 com
mais de três mil tanques à sua disposição, apoiados pelos aviões. Em pouco mais de
um mês, os alemães venceram o exército polonês e conquistaram o seu território,
graças à nova estratégia militar. Em 1940, usaram a mesma tática para subjugar a
França, que não resistiu às investidas alemãs, mais de um mês. Os aviões removiam
os obstáculos, por meio de bombardeamentos, os tanques avançavam e as equipas
motorizadas vinham na retaguarda a finalizar os processos.

A estratégia foi aperfeiçoada no final da década de 1930. O efeito desejado pela


guerra-relâmpago só pode ser obtido pela utilização coordenada da infantaria, dos
blindados e da aviação, que agem conjuntamente para “perfurar” as linhas inimigas
num ponto de rutura. Todos os atritos com as forças inimigas eram evitados. Se um
foco de resistência era encontrado, era imediatamente cercado, as suas
comunicações eram interrompidas, o que dificultava a tomada de decisões e a
transmissão de ordens, e o resto das tropas de ataque continuava o seu avanço ao
interior do campo inimigo o mais rapidamente possível. O foco de resistência era
destruído mais tarde, pelas forças de infantaria que seguiam o ataque surpresa.

CAPÍTULO IV- MUNDIALIZAÇÃO DO CONFLITO

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A mundialização do conflito foi a época da guerra entre 1940 e 1943. O principal
acontecimento foi a entrada dos Estados Unidos da América, que reforçou a
capacidade ofensiva dos Aliados. Em 1941, a guerra estendeu-se a várias partes do
mundo, como por exemplo, os alemães ocuparam a Líbia, os italianos e alemães
invadiram a Jugoslávia e a Grécia e os alemães a URSS e a Hungria, a Roménia e a
Bulgária entraram no conflito ao lado do Eixo. Os japoneses atacaram a base
americana de Pearl Harbor4 a 7 de dezembro de 1941, este ataque foi feito por 350
aviões japoneses e levou à entrada dos Estados Unidos na guerra.

CAPÍTULO V- VITÓRIA DOS ALIADOS

A 8 de maio de 1945 terminou a Segunda


Guerra Mundial na Europa, na sequência
da derrota da Alemanha Nazi. A Segunda
Guerra Mundial chegou ao fim com a
vitória dos Aliados sobre os países do
Eixo. As tropas soviéticas tiveram uma
ação fundamental ao derrotar pela
primeira vez o poderoso exército nazista,
esmagando-o cada vez mais até atingir
Berlim pelo lado oriental. Enquanto isso, a
força dos Aliados, sob o comado dos
Estados Unidos e do Reino Unido, derrotava os inimigos até atingir Berlim pelo lado
ocidental, em 1945. Com a Itália e a Alemanha abatidas, a guerra acabou no Oriente

4
é uma base naval dos Estados Unidos e o quartel-general da frota norte-americana do Pacífico, na ilha
de O'ahu, no Havaí, perto de Honolulu.

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quando os Estados Unidos lançaram duas bombas atómicas sobre a última potência
do Eixo, o Japão.

CAPÍTULO VI- AS FRENTES DA GUERRA

A Segunda Guerra Mundial teve 3 frentes definidas: a


Frente Ocidental, a Frente Oriental e a Frente do
Mediterrâneo.

A Frente Ocidental foi a segunda maior frente europeia.


Cobriu a Europa Ocidental e foi perfurada pelo ataque da
Alemanha Nazista à Noruega, Dinamarca e França em
1940, sendo fechada pelas forças do Estados Unidos da
América e do Reino Unido em 1945. Foi novamente
perfurada em junho de 1944 pela Batalha da Normandia.

A Frente Oriental foi a principal frente europeia e palco de guerra


entre Reich Alemão e a União Soviética. A frente cobriu a Europa
Central e Oriental, foi perfurada pela Alemanha Nazista ao invadir
a Polónia em 1939 e encerrada pela União Soviética ao capturar
Berlim em 1945. Esta frente ficou conhecida pela sua ferocidade
sem precedentes, destruição e enorme perda de vidas.

A Frente do Mediterrâneo abrangeu a luta entre os Aliados e as


forças do Eixo para conseguir o domínio do Mar Mediterrâneo e
países limítrofes.

CAPÍTULO VII- A ENTRADA DOS EUA NA GUERRA

Durante os dois primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos


mantiveram, oficial,9 a sua neutralidade, enquanto davam suporte ao Reino Unido, à
União Soviética e à China com suprimentos e materiais bélicos. O Japão pertencia ao
Eixo, composto pela Alemanha e a Itália, e iniciou uma política de expansão territorial
e as suas pretensões eram o Sudeste Asiático e os recursos minerais e vegetais dos
Estados Unidos. Seguindo o plano de expansão territorial, os japoneses teriam

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somente de derrotar a marina norte-americana no Oceano
Pacífico. Assim, em dezembro de 1941 a base de Pearl
Harbor, no HavaI, pertencente aos Estados Unidos da
América, foi atacada de surpresa pela força aérea do Japão
(ataques suicidas dos Kamikazes), onde os pilotos japoneses
lançaram os seus aviões contra a base norte-americana.
Pearl Harbor ficou totalmente destruída e o Japão teve 29
aviões abatidos. A partir de então, o presidente Roosevelt5
enviou tropas norte-americanas para combater na Segunda
Guerra Mundial, porém, este facto não foi o único motivo da
entrada dos Estados Unidos na Guerra. Durante algum
tempo, Roosevelt realizava acordos diplomáticos com o
primeiro-ministro inglês Wiston Churchill6, juntos, assinaram um documento
denominado “Carta do Atlântico”, cujo teor era contrário à ideologia e política totalitária
nazifascista. A entrada dos Estados Unidos da América foi um fator importante para a
vitória dos Aliados, os norte-americanos possuíam um forte e organizado exército e
uma enorme capacidade bélica.

CAPÍTULO VIII- A ENTRADA DA URSS NA GUERRA

No ano de 1941, a Alemanha Nazista empreendeu uma das suas maiores manobras
militares contra a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Essa
campanha de invasão do território soviético começou a ser pensada ainda em 1940,
quando Hitler assinou a chamada “Diretiva 21”, que previa a “Operação Barbarrossa”,
isto é, o primeiro plano de ataque contra a União Soviética. Entretanto, sabemos que,
antes da Segunda Guerra surgir na Europa, a Alemanha e a URSS assinaram um
pacto de não agressão, conhecido como “Pacto Germano-Soviético” ou “Pacto
Ribbentrop-Molotov”, no ano de 1939. Com o seu plano de invasão, a Alemanha,
automaticamente, quebrava esse pacto. Em 1941, rompendo esse pacto, a Alemanha
invadiu a URSS. As invasões dos nazistas continuaram, mas a ação da URSS era
limitada, o que fez com que Estaline ordenasse a estratégia da “Terra Arrasada” 7. Os
5
Foi um advogado e político norte-americano que serviu como o 32º presidente dos Estados
Unidos de 1933 até sua morte em 1945.
6
Foi um político conservador e estadista britânico, famoso principalmente pela sua atuação
como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-
ministro britânico duas vezes.
7
Os cidadãos deveriam resistir à invasão a qualquer custo, se isso não fosse possível,
deveriam eliminar/ queimar/ destruir quaisquer meios de subsistência que pudessem servir às

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nazistas continuaram a avançar, destruindo muitas cidades importantes. O primeiro
impacto que as tropas nazistas receberam em solo soviético ocorreu em 1941. Nos
dois anos que se seguiram, as batalhas na URSS prosseguiram. Na medida em que
as tropas alemãs sofriam baixas e perdiam equipamentos, o exército da URSS
procurava recompor-se e armar uma contraofensiva. O ano de 1944 ficou marcado
pela aliança entre as potências do ocidente e a URSS contra o Eixo, no qual a
Alemanha era o carro-chefe.

CAPÍTULO IX- OS ACONTECIMENTOS QUE PUSERAM FIM À


GUERRA

A 6 de junho de 1944 (chamado de Dia D), cerca de 100 mil soldados aliados, com o
apoio de 6 mil navios e 5 mil aviões, desembarcaram na costa da Normandia, França,
abrindo uma nova frente de guerra no Oeste da Europa. O assalto foi realizado em
duas fases: um assalto aéreo de 24 mil britânicos, estadunidenses, canadenses e
tropas francesas “livres”, aerotransportados pouco depois da meia-noite, num
desembarque anfíbio da infantaria aliada e divisões blindadas na costa. Havia também
operações de engodo para distrair as forças da Alemanha nazista longe das áreas de
pouso real. A operação foi a maior invasão anfíbia de todos os tempos, com o
desembarque de mais de 160 mil soldados. Os desembarques ocorreram ao longo de
um trecho de 80 quilómetros na costa da Normandia. Foi na Conferência de Teerão

tropas nazistas

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que, pela primeira vez, Estaline ouviu falar da “Operação Overlord”, o nome código do
grande desembarque anglo-saxão nas costas da França atlântica, coordenado com a
invasão do Sul daquele país. Estaline não aceitou o plano de Churchill de uma
operação partindo dos Balcãs, para abrir um flanco na defensiva alemã da Europa
central.

Era uma escapatória de Churchill feita às custas do Exército Vermelho, que ainda
tinha que empurrar os alemães para fora da URSS. Era evidente que o caminho mais
curto para o fim da guerra passava por os aliados ocidentais atravessarem o Canal da
Mancha para “libertar” a França, ocupar a região industrial do Rühr alemão, e,
sintonizados com os soviéticos vindos do Leste, levar os nazistas à capitulação; roteiro
que rapidamente ganhou o apoio de Roosevelt. Em troca desse “gesto”, Estaline
comprometeu-se (assim que a guerra contra Hitler se encerrasse) a declarar guerra ao
Império Japonês para acelerar o fim do conflito na Ásia.

Para confundir os alemães, os aliados criaram a Operação Fortitude, um falso


desembarque em Pas-de-Calais, "comandado" pelo general Patton; foram criados
barcos e tanques falsos de madeira, plástico ou lona a Leste da Inglaterra para
confundir aviões espiões alemães. Hitler estava muito confiante de que o
desembarque seria em Pas-de-Calais, por causa de um espião que lhe forneceu
informações falsas, pois era um agente duplo a serviço da Inglaterra. Rommel
acreditava que o desembarque seria na Normandia; sob ordens de Hitler teve que ir
(inutilmente) para Pas-de-Calais. As tropas aliadas iniciaram um avanço em direção ao
interior da França e de Paris, cheio de dificuldades, que cresceram com a
contraofensiva alemã a partir das Ardenas, baseada em tropas deslocadas da frente
oriental.

A ofensiva do Exército Vermelho no Leste da Roménia desestabilizou e destruiu


consideravelmente as tropas alemãs na região e desencadeou bem-sucedidos golpes
de Estado na Roménia e na Bulgária, seguidos pelo deslocamento desses países para
o lado dos aliados. Em setembro de 1944, as tropas do Exército Vermelho avançaram
para a Jugoslávia e forçaram a rápida retirada do exército alemão na Grécia, Albânia e
Jugoslávia.

O avanço final contra a Alemanha estava previsto para o início de 1945. O plano
incluía ataques coordenados e simultâneos na frente oriental. Marcada para o dia 20
de janeiro, a ofensiva foi antecipada para o dia 12 a pedido dos aliados ocidentais.
Estes estavam envolvidos em uma grande operação para conter o ataque alemão na

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região das Ardenas, e pediram ajuda aos soviéticos para aumentarem a pressão sobre
o flanco Leste da Wehrmacht de forma a aliviarem a pressão sobre si.

Ao Sul, a ofensiva soviética progredia com menor intensidade. Mesmo assim,


Budapeste, que os alemães haviam conseguido manter contra duas tentativas
soviéticas de tomá-la, caiu em 13 de fevereiro. Hitler insistiu na necessidade de
manter a Hungria sob controle. Por isso, ordenou um contra-ataque para retomar
Budapeste e todo o território húngaro que fosse possível.

Atacada por poderosas pinças blindadas pelo Leste e pelo Sul, as guarnições de
Berlim resistiram por pouco mais de dez dias. A esperança da hierarquia nazista
parece ter sido a de resistir até a chegada das tropas das potências ocidentais “para
nos substituir na frente de combate (contra a URSS)”, segundo confiou, com as tropas
russas já em Berlim, Heinrich Himmler ao delegado do governo sueco, o conde
Bernadotte. Himmler não era o único: “Os assustados berlinenses... foram encorajados
a acreditar no boato de que os americanos estavam a unir-se à batalha contra os
russos. Muitos ouviram aviões a sobrevoar a cidade durante a noite de 23 de abril sem
lançar bombas. Esses aviões, disseram uns aos outros, deviam ser americanos, e
talvez estivessem a soltar paraquedistas, mas, praticamente, as únicas tropas a ir para
Berlim naquela época não eram alemãs nem americanas, mas francesas” (além das
soviéticas, claro).

No dia 30 de abril Hitler, finalmente, suicidou-se. Em


2 de maio, a cidade rendia-se. O custo em termos de
vidas humanas foi altíssimo para ambos os lados. Os
soviéticos sofreram 20 a 25 mil mortos na cidade e
81 mil mortos durante a operação inteira. Outros 280
mil foram reportados como feridos ou doentes
durante o período da operação. Os alemães sofreram
mais de 450 mil mortos, feridos ou desaparecidos,
incluindo civis. Após a morte de Hitler, o almirante
alemão Karl Dönitz tornou-se o novo Reichspräsident
e Joseph Goebbels o novo Reichskanzler. O suicídio
de Goebbels, com a sua toda sua família (crianças
incluídas) a 1 de maio de 1945 deixou ao primeiro a
tarefa exclusiva de negociar a rendição alemã. O alto comando alemão e a maioria
das forças armadas alemãs renderam-se incondicionalmente aos aliados a 8 de maio
de 1945. No seu único comunicado à nação alemã, Karl Dönitz ainda elogiava o

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Führer, até insinuando que tivesse caído em combate, como o grande combatente da
humanidade contra o bolchevismo, acusando as potências ocidentais de se aliarem a
este. Um verdadeiro testamento do nazismo, primeiro contrarrevolucionário
(anticomunista), e só depois nacionalista (imperialista alemão). Embora algumas
forças alemãs continuassem a lutar durante mais alguns dias, a guerra na Europa
havia efetivamente chegado ao fim.

A consciência “aliada” da necessidade de evitar uma queda revolucionária


(internacional) do nazismo determinou que as bases da ordem mundial do pós-guerra
começassem a ser lançadas pelos EUA e a Inglaterra já em 1942 (com a “Carta do
Atlântico”). A partir de 1943 sucederam-se as cúpulas dos aliados, nas quais se
procurou associar a burocracia estalinista à ordem mundial do pós-guerra. Outros
elementos desmentem o caráter ideologicamente “antifascista” da guerra “aliada”: nas
suas memórias, por exemplo, Churchill afirmou que Mussolini teria sido bem recebido
pelos aliados (durante a guerra) se ele tivesse oferecido a estes a paz.

Hitler, finalmente, suicidou-se (com sua amante Eva Braun), como vimos, em 30 de
abril de 1945. A hierarquia nazista (o que dela sobrava) informou oficialmente que ele
tinha morrido em combate - Ian Kershaw foi o primeiro historiador de destaque a
admiti-lo - para evitar que as remanescentes tropas alemãs iniciassem, depois dessa
“deserção final”, uma revolta de massas contra os oficiais da Wehrmacht e contra o
próprio governo nazista. A colaboração URSS-aliados ocidentais foi decisiva para que
a derrota nazista não levasse ao início da revolução na Alemanha, peça-chave da
revolução europeia. A política
nacional-revanchista levada adiante
pelo exército da União Soviética
levou a que as tropas alemãs
defendessem até ao último
quarteirão de Berlim, com Hitler já
morto e inclusive quando toda
resistência já era absurda (125 mil
berlinenses morreram nos últimos
combates de rua na capital do
Reich).

A isso somaram-se as violências de todo o tipo praticadas pelas tropas soviéticas


contra a população civil alemã no seu avanço sobre Berlim, e depois da capitulação da
Alemanha. Na sua crónica-diário, o escritor Ernest Jünger anotou (para 10 de maio de

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1945, em Kirchhorst): “A casa está cheia de refugiados. Alguns falam por um tempo,
repondo-se durante uma hora e continuando depois o seu caminho; outros
permanecem por uma noite; outros, enfim, ficam durante um tempo indefinido. Ontem
alojamos três mulheres fugidas de Dömitz, dos russos. Uma delas conta que depois
dos tanques, apareceram os soldados, que entraram em todas as casas de pistola em
mão. Pouco depois, toda a zona se agitava com os gritos das mulheres. As
desgraçadas foram violentadas, fuziladas a queima-roupa, jogadas num montão,
molhadas com gasolina e incendiadas. Quando a mulher descrevia o brilho das
chamas, não se conteve e chorou. Depois de enterrar no jardim as condecorações do
seu marido morto, conseguiu chegar até a outra margem do Elba, fugindo dos russos”.

A destruição urbana da Alemanha era total: “Quando o Terceiro Reich se rendeu aos
aliados, a devastação na Alemanha era completa. Cidades, aldeias,caminhos de ferro
e portos estavam em ruínas. Escolas, tribunais, governos locais, serviços públicos,
todos estavam destruídos. Informes descreviam os habitantes perambulando, parando
para apanhar gravetos, remexendo nos restos das suas casas, dirigindo-se às sedes
governamentais para fazer perguntas cujas respostas nunca viriam”. A barbárie
evocada por Rosa Luxemburgo no final da Primeira Guerra era agora palpável para
cada alemão.

A guerra mundial não estava concluída ainda. No momento em que a Alemanha se


rendia aos aliados, a batalha de Okinawa, na ilha do mesmo nome (no arquipélago de
Ryukyu, no Sul das quatro maiores ilhas do Japão), definiu a “guerra do Pacífico”. Foi
o maior ataque anfíbio durante a campanha do Pacífico, e a maior batalha marítimo-
terrestre-aérea da história, aconteceu entre abril e junho de 1945. Os norte-
americanos planearam a Operação Downfall, a invasão das principais ilhas do Japão,
que nunca aconteceu. Em algumas batalhas como a de Iwo Jima, não existiam civis,
mas em Okinawa existia uma grande população, e as baixas civis na batalha foram no
mínimo de 130 mil pessoas. As baixas norte-americanas somaram mais de 72.000,
dos quais 15.900 mortos ou desaparecidos, o dobro de Iwo Jima e Guadalcanal juntas.
Cerca de um quarto da população civil da ilha foi morta. Houve 107 mil japoneses
mortos ou capturados; muitos soldados preferiram cometer suicídio a serem
capturados.

Quando foi planeado o assalto a Okinawa, a guerra na Europa estava a chegar ao fim.
A maioria dos estrategas achava que o Japão lutaria até
o último alento, mesmo vendo-se cercado e em
situação insustentável. Muitos temiam a tarefa

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custosa de invadir o Japão e realizar uma limpeza das forças japonesas espalhadas
pelo continente asiático. Acreditam que tais operações prolongariam a guerra por mais
um ano. Submarinos norte-americanos já tinham, em 1944, destruído todas as
embarcações japonesas. O barco de tropas Toyama Maru tinha sido afundado a
caminho de Okinawa pelo USS Sturgeon, causando uma perda de cerca de 5600
homens, nove meses antes da campanha terrestre. O navio de evacuação Tsushima
Maru tinha sido afundado pelo USS Bowfin; foi um crime de guerra: 1484 mulheres e
crianças morreram.

A guerra na Europa terminara com o acordo de rendição em 8 de maio de 1945:


juntamente com Inglaterra e China, os Estados Unidos pediram a rendição
incondicional das forças armadas japonesas na Declaração de Potsdam em 26 de
julho de 1945, ameaçando com uma "destruição rápida e total" caso a intimação não
fosse aceite. Não houve nenhum cálculo estabelecendo em 500 mil as prováveis
baixas aliadas em caso de invasão do Japão, pretexto para o uso da arma atômica.
Em agosto de 1945, o Projeto Manhattan dos EUA tinha testado com sucesso um
artefacto atómico e produzido armas com base em dois projetos alternativos.

A bomba atómica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima em 6 de agosto de
1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutónio (Fat Man) sobre a
cidade de Nagasaki em 9 de agosto. Num relatório secreto de maio de 1945 ao
presidente Truman, o Target Committee, composto pelos generais Groves, Norstadt e
do matemático Von Neumann – observava: “A morte e a destruição irão não somente
intimidar os japoneses sobreviventes a fazer pressão pela capitulação, mas também
assustar a União Soviética. Em síntese, a América poderia terminar mais rapidamente
a guerra e, ao mesmo tempo, ajudar a moldar o mundo do pós-guerra”. Dentro dos
primeiros meses após os ataques atómicos, os efeitos agudos das explosões mataram
entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em
Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia.
Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras,
envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da
radiação “Como Sarajevo, e mais do que Sarajevo, Hiroshima representou um divisor
de águas da história contemporânea. Depois dela, o mundo não seria mais o mesmo,
e os homens não seriam mais os mesmos... é sobretudo através dessa presença
(atómica) e desse medo que o género humano foi amadurecendo uma consciência
maior de seu destino comum”. O autor da frase se pergunta se isso não seria wishful
thinking: o problema consiste em supor que essa suposta consciência maior do

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destino comum da humanidade seria capaz de se sobrepor aos concretos e objetivos
interesses de classe e de Estado em que a humanidade se divide.

Em ambas as cidades japonesas bombardeadas, a grande maioria dos mortos foram


civis. Em 15 de agosto, poucos dias depois do bombardeio de Nagasaki e da

declaração de guerra contra o Japão por parte da União Soviética, o Japão anunciou a
sua rendição aos aliados. Em 2 de setembro, o governo japonês assinou o acordo de
rendição, encerrando a Segunda Guerra Mundial.

CONCLUSÃO

Neste trabalho, abordámos sobre a Segunda Guerra Mundial, aumentámos assim o


nosso conhecimento sobre este grande acontecimento que abalou extremamente o
mundo. Conseguimos reparar que tal como na Primeira Grande Guerra, a Alemanha e
os seus apoiantes foram vencidos pelos Aliados.

A Segunda Guerra Mundial estendeu-se de 1939 até 1945, resultando na morte de 60


milhões a 70 milhões de pessoas, embora existam estatísticas que sugiram que a
guerra provocou mais que 70 milhões de mortos. As operações militares envolveram
72 países, entre os quais estão Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Soviética,
combatendo a Alemanha, Itália e Japão. O conflito teve como estopim a invasão da
Polónia pelos alemães a 1 de setembro de 1939.

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A guerra iniciou-se na Europa, mas espalhou-se pela África, Ásia e Oceânia e contou
com o envolvimento de nações de todos os continentes, mas Portugal manteve-se
neutro e não participou. Pode ser organizada em três fases distintas: a fase guerra-
relâmapago, a fase da mundialização do conflito e a fase da vitória dos Aliados.

Os grupos que se enfrentaram na guerra foram os Aliados (Reino Unido, França,


União Soviética e Estados Unidos) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Esse conflito
ficou marcado por uma série de acontecimentos impactantes, tais como o Massacre
de Katyn, o Holocausto, o Massacre de Babi Yar e o lançamento das bombas
atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki.

A Segunda Guerra teve fim oficialmente em 2 de setembro de 1945, quando os


japoneses assinaram um documento que reconhecia a sua rendição incondicional aos
americanos (os nazistas renderam-se aos Aliados em maio de 1945).

Calcula-se que o custo total da Segunda Guerra Mundial chegou a 1 trilhão e 385
bilhões de dólares (1141843860000 euros).

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