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Projetos Elétricos Prediais

Dimensionamento de Condutores Elétricos

Profª Rafaela Gomes Gonçalves de Carvalho


E-mail: rafaela.carvalho@fpb.edu.br
Introdução

▪ Condutores Elétricos:
▪ São materiais nos quais as cargas elétricas se deslocam de
maneira relativamente livre, permitindo a condução de corrente
elétrica.
▪ Dimensionamento dos condutores elétricos:
▪ Critério da capacidade de condução de corrente.
▪ Critério do limite de queda de tensão.
▪ Critério da seção mínima.

Fig. 1 – Cabos elétricos.


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Introdução
Tipos de Cabos

Fio Sólido Cabo flexível Cabo PP Cabo Paralelo

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Introdução
Tipo de Isolação

Tabela 1 – Temperaturas características dos condutores.


Temperatura máxima
Temperatura limite Temperatura limite
para serviço
Tipo de sobrecarga do de curto-circuito do
contínuo do
condutor (°C) condutor (°C)
contudor (°C)
Cloreto de 70 100 160
polivinila (PVC)
Borracha etileno- 90 130 250
propileno (EPR)

Polietileno- 90 130 250


reticulado (XLPE)

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Introdução
Maneira de Instalar

Tabela 2 – Métodos de instalação


▪ Influencia na capacidade
de troca térmica entre os
condutores e o ambiente.
▪ Quando um circuito
apresentar mais de uma
maneira de instalação,
considerar a com condição
mais desfavorável de troca
térmica.
Fonte: Tabela 33 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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Introdução
Maneira de Instalar
Tabela 3 – Métodos de referência.
Referência Descrição
Condutores isolados em eletroduto de seção circular embutido em
A1
parede termicamente isolante.
Cabo multipolar em eletroduto de seção circular embutido em
A2
parede termicamente isolante.
Condutores isolados em eletroduto de seção circular sobre parede de
B1
madeira.
Cabo multipolar em eletroduto de seção circular sobre parede de
B2
madeira.
C Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre parede de madeira.
D Cabo multipolar em eletroduto enterrado no solo.
E Cabo multipolar ao ar livre.
Cabos unipolares justapostos (na horizontal, vertical ou em trifólio)
F
ao ar livre.
G Cabos unipolares espaçados ao ar livre.

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Introdução
Maneira de Instalar

Mais utilizado

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Critério da Capacidade de Condução de Corrente
Corrente Nominal ou de Projeto

𝑆𝑛 𝑆𝑛 𝑆𝑛
𝐼𝐵 = 𝐼𝐵 = 𝐼𝐵 =
𝑣∙𝜂 3∙𝑣∙𝜂 3∙𝑉∙𝜂

Monofásico (F+N) Trifásico (3F+N) Trifásico Equilibrado (3F)

▪ 𝐼𝐵 - Corrente de Projeto do circuito, em ampéres (A).


▪ 𝑆𝑛 - Potência aparente do circuito, em VA.
▪ 𝑣 - Tensão entre fase e neutro, em volts (V).
▪ 𝑉 – Tensão entre fases, em volts (V).
▪ 𝜂 - Rendimento.

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Critério da Capacidade de Condução de Corrente
Seção do Condutor para uma Temperatura de 30°C
Tabela 4 – Capacidades de condução de corrente.

Fonte: Tabela 36 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

▪ Encontrar a seção na primeira coluna, relacionando a coluna e linha


correspondente ao tipo de isolação, maneira de instalar, número de
condutores e corrente de projeto.

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Critério da Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção
▪ Fator de correção de temperatura FCT
▪ Aplicável para temperaturas ambientes diferentes de 30 °C para cabos
não enterrados e 20 °C para cabos enterrados.
Tabela 5 – Fatores de correção para temperatura.

Fonte: Tabela 40 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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Critério da Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção
▪ Fator de correção de agrupamento FCA
▪ Aplicável para circuitos que estejam instalados em conjunto com
outros circuitos em mesmo eletroduto.
Tabela 6 – Fatores de correção para agrupamento.

Fonte: Tabela 40 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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Critério da Capacidade de Condução de Corrente
Fatores de Correção
▪ Correção da corrente de projeto:

𝐼𝐵
𝐼𝐵′ =
𝐹𝐶𝑇 ∙ 𝐹𝐶𝐴

▪ Com o valor da corrente corrigida, encontra-se a seção do


condutor nas tabelas de capacidade de condução.

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Critério da Seção Mínima

Tabela 8 – Seção mínima dos condutores.

Fonte: Tabela 47 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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Seção de Neutro e Proteção

Tabela 9 – Seção reduzida dos neutros.

Tabela 10 – Seção reduzida dos condutores


de proteção.

Fonte: Tabela 58 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

Fonte: Tabela 48 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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Exemplo

Calcular a seção dos condutores dos circuitos da unidade abaixo:

Considerar o seguinte método de instalação:

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Exemplo

Calcular a seção dos condutores dos circuitos da unidade abaixo:

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Critério do Limite de Queda de Tensão

Tabela 7 – Limites de queda de tensão.

Descrição Limite
Calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT
A 7%
da unidade consumidora.
Calculados a partir dos terminais secundários do transformador MT/BT
B 7%
da distribuidora.
C Calculados a partir do ponto de entrega em tensão secundária. 5%
D Calculados a partir dos terminais de saída do gerador próprio. 7%

Fonte: NBR 5410 (ABNT, 2004)

▪ Para A, B e D para comprimento superior a 100 m, as quedas


podem ser aumentadas de 0,005% por metro de linha superior a
100 m, não ultrapassando 0,5%.
▪ Para circuitos terminais não exceder 4%.

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Critério do Limite de Queda de Tensão

2%

Ponto de Iluminação
Entrega

Medidor QDG

Outras utilidades

1% 2% 2%

5%

Fig. 2 – Quedas de tensão em uma instalação.

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Critério do Limite de Queda de Tensão
Cálculo da seção

𝜌 ∙ 2 ∙ 𝐿 ∙ 𝐼𝐵 2 ∙ 𝜌 ∙ (𝐼1 ∙ 𝐿1 + 𝐼2 ∙ 𝐿2 ) 𝜌 ∙ 3 ∙ 𝐿 ∙ 𝐼𝐵
𝑆= 𝑆= 𝑆=
∆𝑣 ∆𝑣 ∆𝑣
Monofásico Monofásico com cargas Trifásico Equilibrado
distribuídas

▪ 𝐼𝐵 - Corrente de Projeto do circuito, em ampéres (A).


1 Ω𝑚𝑚2
▪ 𝜌 – resistividade do materia, cobre .
57 𝑚
▪ Δ𝑣 – Valor de queda de tensão, em volts (V).
▪ 𝐿 – Comprimento, em metros (m).

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Critério da Seção Mínima

Tabela 8 – Seção mínima dos condutores.

Fonte: Tabela 47 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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Seção de Neutro e Proteção

Tabela 9 – Seção reduzida dos neutros.

Tabela 10 – Seção reduzida dos condutores


de proteção.

Fonte: Tabela 58 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

Fonte: Tabela 48 – NBR 5410 (ABNT, 2004)

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