JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO SUL DO ONTÁRIO - O OBJECTIVO

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

Segunda -Feira, 28 de Fevereiro 2011 | Ano I N.º37 www.pcnewsnetwork.com *www.abcpcn.ca *www.abcpcn.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Vinhos de Portugal Menos Jovens do FIRST...

nas mesas de London
Os vinhos
são da
Quinta da Todos são
Bacalhôa. jovens.
São muitos Jovens da
e bons. Terceira
Há um idade,
Restaurante se quiserem.
em London... E ontem
que é tão estiveram
sòmente reunidos
o que mais em convívio
Vinhos vende interessante
no Canadá. de
Pág. 21 acompanhar.
Pena tivemos

Revolta alastra Na Líbia nós de não

podermos

...em festa do 31.º aniversário

estar mais
• As próximas horas são cruciais tempo.
Acredita-se, de facto, que as próximas horas serão cruciais Pág. 24
para o desfecho da guerra civil na Líbia.
Pág. 17

Chamam-se
“Estrelas do Norte”.
De vez em quando
fazem “pequenas
maravilhas”. Não
apenas no “andar em
frente” no Folclore.
Mas também
a ajudar os que
mais precisam.
Pág. 7
...até bolas de futebol!
Estrelas do Norte em noite “mágica” Bolas de futebol? Exacto. Foi Bento de São José que as
levou para oferecer. Bolas de futebol e... cachecóis.

Canadá (Português) mandou SOS Rio de Janeiro Directora Regional das Comunidades
mais dinheiro para Portugal funcionou... em grande fala a ABC
Verdade. Alguns SOS Rio de Graça Castanho é “nova” como Directora
milhões de dólares Janeiro, ontem, na Regional das Comunidades do Governo
Casa da Madeira. Regional dos Açores. Esteve, há dias, entre
foramenviados de Em grande. Fala- nós, tendo-se avistado, a partir da Casa dos
cá para Portugal. se em que vão an- Açores, com quem se interessou em fazer
Aumentaram as gariar muito perto perguntas ou... saber coisas. Falou a ABC,
remessas da dos 50 mil dólares. dizendo designadamente que pretende pro-
nossa gente. Oxalá. tagonizar “um projecto da máxima relevân-
Pag. 5 Pag. 5 cia para todos os açorianos”. Pag. 8
 2 . Nossa Gente 28 de fevereiro 2011
África,
Médio Oriente Diga lá... Por: Lara Ingrid/Sérgio Alexandre

e o mundo Pedro Jorge *Espera o quê... desta Primavera que não tarda?
Costa Baptista
No último artigo falámos dos acontecimentos que emergem do É um facto. A despeito de tudo... a Primavera não tarda. E mesmo que haja ainda a neve e as intempéries... o calendário já nos vai
norte de África e do próximo oriente. O mundo está definitivamente apontando o tempo da Primavera. Com outras coisas a fazer. Com outros “amores” e onde o frio não aperta tanto. Pois... e quando
em mudança, mas a forma como está a mudar e o que poderá vir o tempo aquecer um pouco mais... o que é que vai fazer?
aí pode ser mais grave do que se pode conceber, mesmo para as
mentes mais pessimistas.
Como afirmei da última vez, é claro e justo que pessoas que por
tanto tempo viveram «oprimidas», em algum momento, irão rebe-
lar-se contra as tiranias que os afligem. Contudo, também afirmei
que naquela parte do mundo a democracia é tão conhecida e experi-
mentada como os segredos do Sol ou da Lua; democracia é muito
mais do que a liberdade para se fazer o que se quer e dizer o que se
quer, democracia é (em muitas poucas formalidades de discurso)
uma forma de governo e de civilização, uma forma de as pessoas
interagirem em sociedade.
Desde os tempos mais remotos da história documentada, o Este e
Oeste tem se confrontado, acusando cada umas das partes de bar- MICHAEL ANTUNES - JOÃO PEDRO - Quando o bom FERNANDO BREDA -
barismo de serem pessoas sem o mínimo principio de civilização. LARA MACHADO - No bom tempo que se aprox- tempo vier... quero trabalhar o Quando o bom tempo aparec-
Como exemplo temos a historia grega. O Este, nos primeiros milé- No tempo de Primavera que ima, quero passar tempo com máximo possível para depois er... irei limpar o meu quintal.
nios da humanidade, atraiu o Oeste com a sua prosperidade e so- se aproxima, fico ansiosa para os meus amigos, passear e passar quatro semanas a Portu- Tratar do meu jardim para de-
fisticação. Não podemos esquecer a rota da seda, e o monopólio do poder ver os dias mais compri- apanhar sol. Gosto mais deste pois semelhear couves, feijões
mercado das especiarias, que acabou por pertencer aos portugueses. gal com a minha familia. Acho
dos e cheios de sol para assim tempo de muito sol para poder que descançar faz bem... para e pepinos. Quero também fazer
Mas a verdade é que, em governo e na forma como as pessoas in- ter bom uso dos meus óculos de uns BBQ e, depois, ir de férias
teragem, existem diferenças muito marcantes, a história mostra que passar mais tempo fora de casa quem trabalha.
sol. Gosto muito de passear e e apreciar o bom que existe na a Portugal.
sempre existiram formas de convivermos até no tempo da União
Soviética, mas foi exactamente com o fim desta que tudo mudou, sair com a minhas amigas para natureza.
com o inicio da «nova ordem mundial» e da internacionalização do uma praia se o tempo permitir.

Clubes e Associações
mundo, a globalização, como lhe chamam.
As tiranias que hoje existem nesses países, já antes foram autên-
ticos movimentos libertadores que libertaram os seus respectivos
povos; e a questão que eu coloco é... será que o que a multidão na
rua quer e exige é melhor para o povo, região e o mundo?! Durante
esta semana, eu estive muito atento ao que se passou naquela parte
Envie-nos a sua lista de eventos semanais
do mundo. A televisão mostrou por varias vezes os protestantes na e angariação de fundos para as
rua, mas uma vez fiquei mesmo impressionado com o que vi. Um AMOR DA PÁTRIA (865 Col- (1263 Wilson Ave.), com jantar de Março: Tradicionais danças
lege Street) - Sábado, 12 de e espectáculo com Henrique carnavalescas, com almoço ser- obras da sede da “Irmandade
protestante empunhava um cartaz com a cara de Gadaffi no corpo das Festas da Bandeira da Cari-
de um porco a sangrar, com uma Estrela de David pintada no corpo Março, Jantar convívio, a inici- Cipriano, o conjunto Unique vido ao meio-dia e meia, sába-
ar-se às 19h00 e baile com o DJ Touch, “Bailinho dos Amigos do, 19 de Março, espectáculo dade” da vila. Realiza-se no
(repare-se os porcos no islão são muito mal considerados – chamar salão da Local 183 com jantar
a uma pessoa desta cultura é a pior ofensa que se pode oferecer). Amor da Pátria. de Rabo de Peixe” e o baterista musical com Marco Paulo e a
ASAS DO ATLÂNTICO (1573 Kristofer Medeiros. sua banda. e espectáculo com Henrique
Portando, se as pessoas da rua tem esta consideração deste homem, Cipriano, Unique Touch, “Bail-
que na sua juventude foi considerado o pai do orgulho Árabe, então Bloor St W) - Sábado, 5 de AMOR DA PÁTRIA - Sábado, FIRST PORTUGUESE - Do-
Março, baile de Carnaval abril- 12 de Março, Jantar convívio, a mingo, 6 de Março, Danças inho dos Amigos de Rabo de
eu pergunto quem irá para lá e porquê? Peixe” e o baterista Kristofer
Contudo não posso deixar de pensar que tudo isto está a servir a hantado pelo conjunto Além iniciar-se às 19h00 e baile com Carnavalescas. Sábado, 26 de
Mar. o DJ Amor da Pátria. Março: Noite de Veteranos e Medeiros. Para contactos, 905-
agenda de alguém que sabe muito bem o que faz. O que resta sa- 565-0527, 416-570-8608 ou
ber é como isto tudo irá terminar. Também não posso deixar de CASA DOS AÇORES – Sába- ASAS DO ATLÂNTICO - Fado Vadio. “March Break
do, 5 de Março, as tradicionais Sábado, 5 de Março, Baile Camp”/Ocupação de Tempos 416-654-9313.
referir que «democracias» como Angola, Sudão, Nigéria, Índia, IRMANDADE DO DIV ES-
Bangladesh, China e Somália entre outras sejam esquecidas e para Danças de Carnaval. Para mais de Carnaval abrilhantado pelo Livres: jogos, trabalhos manu-
informações contacte a Casa conjunto Além Mar. Sábado, ais, computador, parque, dança, PIRITO SANTO (Cristo Rei e
o mundo aparentemente o povo destes países está muito confortável Salvador do Mundo) - Sábado,
(por isso é continuam vir dizer «olá» ao Canadá), para o mundo dos Açores, 416 603 2900 ou 19 de Março: Jantar e Baile da pintura, passeios, etc., entre as
Cidalia Sousa 289 997 8946. Tradicional Matança do Porco 7h00 e as 18h00. Pequeno-al- 19 de Março, Celebração da Co-
estes estão tão bem ao ponto dos lideres do Oeste terem cada vez munidade, com jantar no salão
mais laços com os mesmos e a China (com dinheiro e fabricas) seja COMUNIDADE ANGOLA- com o DJ Asas. moço, almoço e lanche incluí-
NA DO ONTARIO – Sábado, CASA DO ALENTEJO - Sába- dos. da Igreja e início às 18h30.
o melhor convidado que se pode ter. KITCHENER PORTUGUESE
12 de Março, “Panela de Barro” do, 5 de Março, Revista Musical GRUPO DE AMIGOS DE
(O sabor da gastronomia ango- “I have a dream”. Jantar e es- RABO DE PEIXE - Sábado, CLUB - Sábado, 5 de Março:
Mas lembrem-se é por aquela parte do mundo (onde há conflito) Festa dos Caçadores com en-
que a maior parte do mundo importa petróleo. lana). Início a partir das 16:00 pectáculo, no salão nobre, com 5 de Março, festa-convívio de
horas até as 19:00 horas. Local: início às 19h00. Terça-feira, 8 despedida da Bandeira da Cari- trada às 6 horas e jantar às 7.00.
Abrigo Centro, 900 Dufferin de Março: Dia Internacional da dade da Vila de Rabo de Peixe Baile com DJ Atlantic. Contac-
Até para a semana tar: 519-635-7431.
St. Sala: 103. Um evento alu- Mulher, com jantar de confrat-
sivo ao dia da mulher, que tem ernização, no salão azul, pelas
como maior objectivo divulgar 19h00. Sábado, 12 de Março: Filme de Tom Hooper ganha quatro estatuetas douradas
a cultura angolana na província
do Ontario e principalmente an-
Baile da Pinhata com o conjun-
to Mexe-Mexe, no salão nobre, “Rei” triunfa em cerimónia
gariar fundos para a organiza-
ção poder pôr em acção alguns
às 19h00. Jantar e baile ou só
baile. Sexta-feira, 18 de Março: com palavrão O relato sumptuoso dos esforços do
dos seus projectos. Espectáculo com Marco Paulo e Não foi propriamente uma surpresa: rei Jorge VI para superar a gaguez
Ficha técnica FIRST PORTUGUESE - Do- a sua banda (uma iniciativa de ‘O Discurso do Rei’ venceu o Ós- levou a melhor sobre outro prefer-
Propriedade: mingo, 6 de Março, Danças Hollywood Productions com a car de Melhor Filme e Tom Hooper ido do ano, ‘A Rede Social’, que
Carnavalescas. CAT), no salão nobre, com jan- saiu do Kodak Theatre, este domin- vencera o seu principal concorrente
ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd GRUPO DE AMIGOS DA tar e a iniciar-se às 19h00. go, com o galardão de Melhor Real- nos Globos de Ouro. Para os Ós-
VILA DE RABO DE PEIXE CASA DOS AÇORES - Sába- izador. A produção britânica venceu cares, a história sobre a génese do
Director: - Sábado, 5 de Março, Festa- do, 5 de Março, Danças de ainda nas categorias de Melhor Ar- Facebook ficou-se pelas três estatu-
convívio de despedida da Ban- Carnaval. Contactar: 289-997- gumento Original e Melhor Actor, etas douradas: Melhor Argumento
Fernando Cruz Gomes deira da Caridade da Vila de 8946. com Colin Firth em registo contido, Adaptado, Melhor Banda Sonora e
Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Rabo de Peixe e angariação de CENTRO CULTURAL POR- mas não parco em agradecimentos. Melhor Montagem.
Presidente; Paulo Fernando, Vice-Presidente; fundos para as obras da sede da TUGUÊS DE MISSISSAUGA Já Natalie Portman também confir- A grande surpresa da noite resultou
“Irmandade das Festas da Ban- - Sábado, 5 de Março, Baile mou o favoritismo e ganhou o Ós- de um lapso de linguagem: a actriz
Carlo Miguel, Tesoureiro; e Lara Ingrid, Secretária. deira da Caridade” da vila, a re- de Carnaval com jantar e o con- car de Melhor Actriz por ‘O Cisne Melissa Leo, vencedora do Óscar
Redacção:Fernando Cruz Gomes, Lara Ingrid, alizar-se no salão da Local 183 junto Mexe-Mexe. Domingo, 6 Negro’ (o único galardão ganho por de Melhor Actriz Secundária por
Carlo Miguel, Fernando Jorge, Sérgio Alexandre, esta obra). ‘The Fighter – O Último Round’,
descaiu-se durante o discurso de
Sónia Catarina,Guida Micael, Luis Esgaio, agradecimento e deixou escapar um
Cristina Alves (Lisboa), Helder Freire “fuck”. O palavrão foi censurado na
Jornalista(Lisboa), Maria joao Rafael (Lisboa) transmissão norte-americana, dado
que a cerimónia, apesar de em di-
Joao Ramos (Toronto) John Paz (Bradford), recto, tem um atraso de alguns se-
Humberto Costa (Luanda) gundos, mas no resto do Mundo foi
Raul Quinquino (Hamilton) ouvido em alto e bom som.
Já na sala de imprensa, a norte-
Secretária de Redacção: Lara Ingrid americana pediu desculpa a quem
Chefe Gráfico: Sérgio Alexandre possa ter ficado ofendido, mas
Telf. 416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568. alegou que fazia parte do seu vo-
cabulário mais vernacular. “Pro-
E-mail: admin@abcpcn.com vavelmente foi um sítio pouco ap-
director@abcpcn.com ropriado para eu usar essa palavra
advertising@abcpcn.com em particular”, disse Melissa Leo.
The Figher - O Último Round’ deu
725 College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0 ainda um Óscar de Melhor Actor
Secundário a Christian Bale, que
não conteve as lágrimas quando
agradeceu à mulher.
 28 de fevereiro 2011
EDITORIAL
Acertar de agulhas
Olha a avaria... As sondagens, na sua dança de “troca-o-passo”,
estão a dar maioria folgada ao PSD. A verdade é que, num es-
tudo recente da Markest – empresa credível – o maior partido da
Oposição em Portugal está a manter-se no chamado terreno da
maioria absoluta. O PS, do Governo, não parece aguentar-se nas
canetas, como diz o nosso Povo, e fica-se abaixo dos 30%.
Como nota para não perceber – ou quase – o tal Bloco de Es-
querda não parece sair penalizado da tentativa de levar por di-
ante a moção de censura anunciada. Uma vez mais, Pedro Passos
Coelho teve o Governo na mão. Bastava que dissesse que sim
ao “piscar de olhos” do BE e algo se passaria. Pois Louçã até
beneficiou desta coisa do diz-tu-direi-eu que outra coisa não foi
o anúncio da moção de censura. E beneficiou porque os outros
Partidos, paulatinamente, foram criticando a iniciativa. A jeito de
homenagem... contra quem?!
Já agora, deixem-nos referir, aqui, os números. Face ao mês de
Janeiro, o PSD sobe 1,7%. É o valor mais alto da actual liderança,
Helder Freire
Jornalista(Lisboa)
Todos estamos recordados de o Ministro da Finanças
ter afirmado que juros da dívida acima dos 7% seria
catastrófico. Pois desde aí, os juros não têm parado
de bater recordes.
Estamos também lembrados de o Primeiro-Ministro ter
afirmado e reafirmado, a pés juntos, que Portugal não
precisava de ajuda externa. Alguém duvida que é uma
questão de dias?
Se não vejamos: No próximo dia 11 de Março, irá re-
alizar-se uma cimeira da Eurozona, onde deverá ficar
definida a ajuda a Portugal, tema que tem vindo a ser
discutido discretamente, pelos gabinetes de Bruxelas.
Se ficar definido que Portugal irá utilizar o fundo de es-
tabilidade europeia, com a ajuda do FMI, o Primeiro-
Ministro admitirá que os seus planos falharam e demite-
se?
Não creio.
Apresentará uma moção de confiança?
Acredito menos.
O PSD avançará com uma moção de censura?
E agora?
É pouco provável.
Resta o PCP. Como escrevi aqui há umas semanas, quem
tem hoje, e já tinha ontem a faca e o queijo na mão, é o
Partido Comunista. Uma moção de censura apresentada
pelo PCP, pode ser votada por toda a oposição porque,
apesar de tudo, o PCP é mais fiável que o Bloco de Es-
querda. Se os comunistas quiserem mesmo derrubar o
Governo, é só produzirem um texto equilibrado, base-
ado na má governação, para que toda a oposição assine
por baixo, ainda que a contragosto.
Mas há ainda uma terceira via, com epicentro em Belém.
Admitamos que, por razões de política partidária, nen-
humas das moções de censura passará. À vez, Bloco de
Esquerda, PCP e eventualmente o PSD e CDS, apresen-
tam as suas moções, mas estas não passam, por razões
diversas. O Governo não cai, mas gera--se, na Assem-
bleia da República, um clima de desconfiança ao gov-
Se não vejamos…
erno, por parte de todos os partidos da oposição, ou seja,
uma enorme maioria que, ainda que não se entenda, está
contra esta governação.
Que ilações terá de tirar o Presidente da República?
Vai assistir impávido e sereno à escalada das taxas de
juro? Vai fingir que não ouve as indirectas dos países
da Eurolândia, para que Portugal solicite ajuda externa?
Vai fingir que não percebe que a senhora Merkel diz,
repetidamente que o fundo de estabilidade europeu não
é para comprar dívida dos países em dificuldades? Vai
olhar para o lado, quando o Banco Central Europeu se
cansar de comprar a dívida portuguesa?
Ou vai dar um murro na mesa?
já que 47,8% dos inquiridos dizem ir votar nos social-democratas.
Apenas 0,1% do que o máximo alcançado em Junho. Nada mau,
depois de um ano de trabalho, que deu a Pedro Passos Coelho um
novo “élan”. O povo, mais do que um ou outro barão do seu Par-
tido, parece ter entendido a sua luta.
Em termos individuais, o líder social-democrata parece ter sido o
único a obter avaliação positiva. Francisco Louçã parece ter sido o
mais penalizado, já que as opiniões positivas sobre o líder bloquista
caíram 4,3%. Ao contrário, e pela positiva, Paulo Portas, com 39%
de opiniões positivas, parece ser colega de Passos Coelho nesta
subida de pontuação.
O líder do PSD é o único dos líderes partidários que tem um saldo
positivo, com 34,4% de opiniões positivas e 33,3% de negativas.
Neste sobe e desce, até Cavaco se mantém estável, com 49,4% de
opiniões positivas e 29,4% de opiniões negativas.
Para já, a chamada Oposição – que poucos sabem do que se trata,
Pescadores penalizados
A entrada em vigor do novo Código dos Regimes Contributivos
do Sistema de Segurança Social, para além de penalizar muitas
áreas profissionais, veio agravar o sector das pescas e os pesca-
dores proprietários de embarcações de pesca local dos Açores.
Os pescadores foram apanhados de surpresa com esta medida, dado
que a situação da frota pesqueira artesanal dos Açores é débil e com
fraca capacidade de capturas e consequentemente uma diminuição
dos rendimentos.
Trata-se de um equívoco do Código que não acautelou a realidade
da pequena pesca e que tem um impacto grave junto dos pescadores
dos Açores.
Os pescadores proprietários de embarcações de pesca artesanal nos
Açores, passam da retenção pela lota de 10% do valor das capturas,
para o regime de trabalhadores independentes, ficando com obriga-
ção de cumprir com a nova taxa de 28,3%.
Os pescadores já são uma classe muito penalizada e não bastava
as pescas, como sector vital para a economia dos Açores, estarem
confrontadas com o declínio dos stocks e consequente diminuição
dos rendimentos.
Não bastava as incertezas que caracterizam a actividade da pesca
nos Açores, em que o mau tempo que assola as nossas ilhas impede
a saída dos barcos para a faina da pesca; não bastava que os pesca-
dores aguardam durante muito tempo até receberem o correspon-
Noruega, terra de bárbaros... ou talvez não
Esta semana estive a falar com um amigo meu que está neste mo-
mento a trabalhar na Noruega e depois de tudo o que ele me relatou,
juro que agora sou eu que vou emigrar.
Então é assim, na Noruega o horário de trabalho começa cedo (às
8 horas) e acaba cedo (às 15h30). As mães e os pais noruegueses
têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para pro-
porcionarem aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou
videojogos. Além de que têm um ano de licença de maternidade e
nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.
A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior
nível salarial da Europa, que é também – desculpem-me os menos
sensíveis ao argumento – o mais igualitário, já que todos descontam
um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em ro-
tundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quiló-
metros dessas “alavancas de progresso”), nem em Expos e Euros.
É tempo de os empresários portugueses porem os olhos na Noruega
e constatarem que lá a fuga ao fisco não é uma “vantagem com-
petitiva”. Neste país nórdico, o cruzamento de dados “devassa” as
contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis
e imóveis e as “ofertas” de património a familiares que, em Por-
tugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e
“confundem” os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude
económica.
Mais do que os costumeiros “bons negócios”, deviam os empresári-
os portugueses – e já agora também os políticos – pôr os olhos
naquilo que a Noruega tem para nos ensinar.
Segundo me afiançou quem já privou de perto com a sociedade
Material Editorial . 3
tão diferente são os seus componentes – parece absolutamente
certa de que o Governo de Sócrates não vai resistir à intervenção
da União Europeia, se o chamado fundo de resgate for aplicado
e entrar em vigor.
Mesmo assim, porém, não há plano (pelo menos concertado) para
derrubar o Governo.
Até Passos Coelho parece resistir, e genuinamente, à hipótese de
atirar com uma moção de censura ao Governo. Nem de a atirar
nem de facilitar a vida aos outros partidos.
Entenda-se, desde já, que sob a liderança do actual timoneiro, o
PSD já apoiou por três vezes o Governo de Sócrates. Apoiou e
evitou a sua queda. E isto sem deixar de dizer, a toda a hora, que
não concorda com o rumo deste (des)governo socialista.
Para Passos Coelho – sabe-se a despeito de não o dizer – cada se-
mana a mais no poder... é mais uma semana de crise a aumentar...
à crise em que as nossas coisas assentam.
António Pedro Costa
Deputado Regional
dos Açores
dente ao fundo de compensação salarial, conhecido por Fundop-
esca; apesar deste enquadramento, os pescadores proprietários de
embarcações que fazem parte integrante da “companha” vêem-se
agora perante esta nova dificuldade.
Estes pescadores não sabem o que fazer face ao agravamento das
contribuições para a Segurança Social, o que é muitíssimo penal-
izador para este sector altamente carente. Por isso, importa, a uma
só voz, sensibilizar o Governo da República para atender à especi-
ficidade da pequena pesca artesanal costeira dos Açores.
Já muitos pescadores saíram à rua e a própria Federação das Pescas
dos Açores manifestou-se desfavoravelmente a esta alteração. No
Continente, a revolta da classe piscatória está a subir de tom.
Oxalá o Subsecretário Regional das Pescas regresse aos Açores,
depois da reunião com o Secretário de Estado, com notícias fa-
voráveis.
Quantas vezes, sem poder arrancar do mar o ganha-pão suficiente
para as suas famílias, como terão capacidade de pagar mensalmente
a segurança social? Por isso, esta importa contribuir para repor a
justiça aos pescadores. Temos a obrigação de dar voz a este sector
importante da nossa economia.
Cristina Alves
jornalista (Lisboa)
norueguesa, os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela
alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro e não
se ofendem quando os tratam por tu. Já em Portugal, cada ministé-
rio faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados
para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos.
Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motoriza-
dos, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam ‘a rodos’ o
dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.
Mais: os noruegueses sabem que não se projecta o nome do país
com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão
das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade.
Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se
saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de euros para que o
nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.
Até os clubes de futebol noruegueses, que defrontam os seus con-
géneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de
pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que
estes joguem à bola.
Nas gélidas terras dos vikings o meu amigo conheceu empresários
portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, iso-
lado numa ilha acima do círculo polar Árctico, teceu elogios rasga-
dos à social-democracia nórdica, ao tempo para viver e à segurança
social.
 4 . Comunidades
Acontece...
dia de anos
No Sábado, a Família ABC reuniu-se para celebrar os Anos de
“um dos nossos”, Sérgio Alexandre, Director Gráfico, e também ao
mesmo tempo desejar as boas vindas a um novo “funcionário” que
vem a caminho... Meu sobrinho, que esta previsto nascer em Abril
se DEUS Quiser.
Em primeiro lugar, digo que a família ABC se reuniu porque, por
entre familiares presentes, também havia no local amigos tão próxi-
mos a nós que só podemos considerar família na mesma. Em nome
da equipa ABC, gostaria de mais uma vez desejar ao meu Irmão
Sérgio, muitos mais anos de amor, paz, e prosperidade e também
de registar este evento que internamente também marca a primeira
vez que a equipa ABC fez uma pausa para jantar todos em conjunto
e conviver em família desde que as rodas das noticias começaram
a chamar por nos. Para todos presentes, e para você, nosso leitor,
um grande abraço, baterias recargadas. Para a frente é o caminho.
- CMCG
Festa de homenagem a José Maria Melo
Escreveu
Januário Barros
Valeu a pena a festa de homenagem e solidariedade a José Maria
Melo. Com a sala cheia com aquele calor humano à sua volta, fa-
miliares e amigos do Faial da Terra e todas as outras pessoas que,
de uma maneira ou outra, abrilhantaram o encontro, convivendo
nesta linda tarde fadista.
Fizemos alguns erros, é verdade, mas aprendemos com os erros e
errar não é crime ou pecado. Vamos analisar todos os pormenores
para que, na próxima, tudo corra da melhor forma, porque a nossa
comunidade merece. Não estamos agregados a nenhuma institu-
ição ou casa comercial. Somos um grupo de pessoas independentes.
Faremos uma festa em qualquer parte, com ajuda e colaboração dos
nossos comerciantes, sejam grandes ou pequenos, se for caso disso.
Quem somos... os Amigos de Portugal? - Somos simplesmente um
grupo de colegas de novos e antigos empregados de mesa da nossa
comunidade.
O que queremos fazer no futuro é organizar festas a pessoas que se
justifique, sejam nossos colegas, pessoas que muito já fizeram pela
nossa comunidade, em casos como crianças ou adultos que vêm ao
Canada para tratamento nos hospitais de Toronto devido às facili-
dades que aqui se encontram. E se for simplesmente uma festa de
A acompanhar
o dia-a-dia das comunidades
28 de fevereiro 2011
homenagem que nada tem a haver com a parte monetária, os lucros
destas festas irão para instituições de caridade com o aval de todos
os intervenientes, ou seja, os directores dos Amigos de Portugal e a
pessoa homenageada.
Agradecimentos
Vou entrar na parte mais critica e sensível porque todos merecem a
nossa gratidão e respeito. Se o Jornal ABC tiver espaço, vou men-
cionar os nomes de todos que contribuíram com o seu apoio para
que a festa corresse da melhor forma com especial relevo dos novos
e antigos empregados de mesa.
Comunicação Social: ao Jornal Família Portuguesa, Jornal Sol Por-
tuguês e Voice, ABC, Gente da Nossa, CHIN com Despertar a Por-
tuguesa, OMNI television, Reporter Nove Ilhas, A3 Graphics Signs
and Printing-Sra Lina, Ferma e Sr António Belas, North Atlantic
Sr Carlos, Nosso Talho, Midland Foods-Sr Aquino, Padaria Doce
Minho, Jack’s Bakery, Dundas Portuguese Bakery, New Casa Abril
e Sr Barros, cozinheiro e todo o pessoal da cozinha.
Artistas: Conjunto de Guitarras de Gabriel Teves, Leonardo Me-
deiros, Januário Araújo, Fátima Ferreira, Armando Jorge, António
Cordeiro, Manuel Silva, Otília de Jesus, Maria Gomes, José Gomes,
Maria dos Anjos, Lídia Sousa e a menina e Fadista de Alfama, Fili-
pa Tavares. Amigos de Portugal empregados que contribuíram com
o serviço, Bernardino, João Figueiredo, Manuel Gil, Luís, Lina,
José Gomes, Bar-Sr António, Sr. Campos, Alcides, Sr António aju-
dante de cozinha.
 28 de fevereiro 2011 Canadá . 5

Portugueses do Canadá enviaram

mais dinheiro para Portugal
* Do Canadá chegaram a Portugal no ano passado
quase 47 milhões de euros
Havia quem duvidasse. Melhor dizendo... há ainda quem duvide.
E, no entanto, os Portugueses fora do território, espalhados pelo
mundo, os chamados emigrantes, em suma, têm estado a ajudar
Portugal e os Portugueses com as suas remessas.
A verdade é que os portugueses radicados no estrangeiro enviaram
no ano passado mais 122,03 milhões de euros para Portugal do que
em 2009, com o valor a superar os 2.403 milhões de euros, segundo
dados divulgados agora pelo Banco de Portugal. Depois de uma
queda das remessas em 2009, o montante enviado para Portugal
pelos emigrantes recuperou em 2010, mas ainda assim fica aquém
dos valores de antes da crise.
Comentário Semanal
de Economia e Mercados
– Semana de 21 a 25 de Fevereiro
Parceria ABC/Montepio
Numa semana em que as taxas de juro da Dívida portuguesa con-
tinuaram a subir, na generalidade das maturidades, agravando os
spreads face às da Dívida de referência (da Alemanha), foi conhe-
cido, em Portugal, o primeiro relatório do ano da Síntese de Ex-
ecução Orçamental, o qual, não obstante evidenciar que a redução
do Défice, em Janeiro, se deveu, essencialmente, ao aumento da
Receita, veio, também, trazer alguns sinais animadores do lado da
Despesa. Sugeriu, designadamente, que o processo de consolidação
Para já – vá lá saber-se porquê... – o maior aumento de remessas
foi dos emigrantes portugueses na Suíça, totalizando 590,66 mil-
hões de euros, mais 59,78 milhões de euros (12,26 por cento) do
que no ano anterior. França continua a ser o país de onde é enviado
mais dinheiro por emigrantes e que em 2010 subiu um pouco (11,71
milhões de euros), atingindo os 899,16 milhões de euros, depois de
uma queda de quase 95 milhões de euros em 2009.
França continua a ser o país de onde é enviado mais dinheiro por
emigrantes e que em 2010 subiu um pouco (11,71 milhões de eu-
ros), atingindo os 899,16 milhões de euros, depois de uma queda de
quase 95 milhões de euros em 2009.
Os portugueses radicados na Alemanha e no Reino Unido enviaram
para Portugal 120,4 milhões de euros e 94,6 milhões de euros, res-
petivamente, montantes praticamente idênticos aos de 2009.
As remessas provenientes do Luxemburgo aumentaram cerca de
2,2 milhões de euros, atingindo os 84,47 milhões de euros.
Espanha foi, entre os países da União Europeia com dados individ-
ualizados, de onde foram enviadas menos remessas de emigrantes,
comparando com o ano anterior – 111,03 milhões de euros, menos
11,71 milhões do que em 2009.
Deste lado do Atlântico, os emigrantes portugueses enviaram mais
dinheiro para Portugal sobretudo – pasmem os que eram capazes de
duvidar... - do Canadá. Do Canadá seguiram 46,25 milhões de eu-
ros, contra 41,87 milhões em 2009. Números quase astronómicos,
face ao que, eventualmente, muitos poderiam pensar.
Grandes remessas foram também as dos Estados Unidos e do Bra-
sil, a atingir os 129,98 milhões de euros e 10,59 milhões de euros,
respetivamente.
Já da Venezuela, as remessas caíram para 15,78 milhões de euros
em 2010, contra 19,42 milhões de euros no ano anterior.
Quando o País está em crise – e Portugal está em crise acentuada –
deveria ser o todo nacional a reagir. E o todo nacional é constituído,
também, pelos Portugueses emigrados. Por aqueles a quem, de uma
forma generalizada, Portugal nada dá. A não ser esta saudade dana-
da (como diz o Poeta) que nos faz chorar as agruras do afastamento.
Muitas vezes temos dito por aqui que Portugal deveria saber lidar
melhor com os emigrantes. Deveria dar-lhe razões para a ajuda que
é necessária. E isso, de facto, quase nunca acontece. Portugal, em
vez de ser a chamada Mãe-Pátria, é de facto a madrasta-mãe que
pouco nos dá. A não ser, repete-se, essa tal saudade danada. Que
nos faz continuar a gostar daquele torrão natal. Motivo porque, para
além do mais, continuamos a mandar dinheiro...

Acção SOS Rio de Janeiro

orçamental mais sustentável terá, finalmente, começado a materi-
alizar-se.

O Défice Orçamental do subsector Estado situou-se em 787 mil-
hões de euros (M€), revelando um desagravamento de cerca de 360
M€ face ao Défice observado em Janeiro de 2010, resultado de uma
forte aceleração do crescimento da Receita Efectiva – reflectindo,
essencialmente, o agravamento da carga fiscal observado no início
do ano – e uma desaceleração na Despesa Efectiva.
A Despesa Efectiva do Estado avançou 0.9%, menos do que no
período precedente (+3.7%, em 2010), com o Governo a esclarecer
que a Despesa teria, inclusive, caído 2.6%, caso se eliminasse o
efeito de base provocado pelo facto de, nos primeiros quatro meses
de 2010, ter estado em execução o regime de duodécimos – Orça-
mento de 2010 só entrou em vigor nos finais de Abril –, que, sendo
mais baixos do que os subjacentes ao Orçamento de 2010, têm um
efeito de majoração mecânica desfavorável nas taxas homólogas
mensais.
Estes resultados revelam-se, assim, animadores, pese embora
se deva ter em consideração que: (i) nas palavras do próprio Ex-
ecutivo, os dados de execução orçamental de Janeiro apresentam,
tipicamente, bastante volatilidade, sendo ainda cedo para se tirar
conclusões de fundo sobre a dinâmica agora evidenciada; (ii) espe-
ra-nos um ano difícil em termos de crescimento económico (o PIB
deverá contrair cerca de 0.7%, em 2011, de acordo com as nossas
previsões), pelo que, da mesma forma que o processo de consoli-
dação se viu beneficiado pela recuperação económica observada
no ano passado (o PIB terá expandido 1.4%, em 2010, segundo
a estimativa rápida do INE), será, este ano, prejudicado, com as
Receitas a não deverem crescer ao mesmo ritmo do agravamento da
carga fiscal e as Despesas, por outro lado, pressionadas em alta, im-
pulsionadas, designadamente, pelo aumento das prestações sociais,
num ano onde se prevê um agravamento adicional do Desemprego.
Rui Bernardes Serra (RBSerra@Montepio.pt)
José Miguel Moreira (JoseMoreira@Montepio.pt)
funcionou... em grande
Guida Micael
Não há dúvida. A natureza em fúria mostrou a sua força e devastou
terras, casas, sonhos e pessoas. É, de facto, uma realidade que não
poupa idade, poder aquisitivo ou cor de pele.
De facto, as notícias vindas da região serrana do Rio de Janeiro não
tem sido boas. E nasceu, assim – como dissemos, em ABC, várias
vezes - um grupo de voluntários interessados em ajudar. E lembram
que já o fizeram designadamente com muito louvor, pela Ilha da
Madeira e pelo Haiti. Chegou a hora do Rio de Janeiro!
Angela Mesquita foi a organizadora da festa. Ela é bem conhecida
na comunidade brasileira. Pediu ajuda ao clube da madeira e o
presidente, Salomé Gonçalves, junto com a direcção, num acto de
solidariedade, disse que os ajudariam no que fosse preciso lembran-
Alguns artistas da comunidade brasileira, assim como da comuni-
dade portuguesa, estiveram presentes, mas a grande estrela do dia
foi Marcelo Neves que cantou e encantou, tendo tambem tempo
para pousar na fotografia coma as organizadoras da festa enquanto
que cantava em palco.
A expectativa dos organizadores é de angariar cinquenta mil
dólares. Pela bondade que adivinhámos nos corações daqueles pre-
sentes, é uma grande possibilidade. A ideia de usar o dinheiro é
para escolher uma area mais necessitada e ajudar uma escola ou um
hospital. Ainda nao foi decidido qual.
Muitas pessoas passaram por la. A sala estava lotada e quando sa-
iam ums entravam outros.
do-se do que aconteceu na sua
própria terra natal.
David, o proprietário de Por-
tugal Mix, também entrou na
onda de ajudar, nesta onda gi-
gante da solidariedade.
Com a ajuda de varios orgaos
da comunidade portuguesa que
doaram as coisas necessarias
para organizar e fazer a festa (e
conseguimos apenas anotar os
nomes de Jacks bakery, Ferma
Foods Products e O nosso tal-
ho)... tudo decorreu como es- A organização: Teresa Galon, Silvia Santos, Angela Mesquita,
tava previsto. Maria Gois, Irvana Mazza, Davi Rodrigues e Marcelo Neves.
 6 . Histórias da história 28 de fevereiro 2011
A História... não perdoa
Fernando

Um Homem nada pequeno Cruz Gomes

A 22 de Fevereiro completaram-se nove anos sobre a data em que
Jonas Malheiro Savimbi foi morto às mãos daqueles a quem mais
combateu. Foi morto com ajudas tecnológicas múltiplas que tinham
a marca de Israel e dos Estados Unidos, países de quem, em tem-
pos, fora amigo. As mãos que o abateram eram, de facto, angolanas,
mas os meios que o “descobriram” e passaram a informação... não
o eram tanto assim.
Corria o ano de 1974. Logo após o 25 de Abril, para aí em Junho
de 1974, quando os democratas militares (?) já tinham saneado o
então Director da Emissora Oficial de Angola, Oliveira Pires – que
anda por Lisboa a curtir saudades – coube-me a mim, à frente da
Informação da EO, pôr a máquina a funcionar para ir à procura dos
líderes dos (então) movimentos de Libertação. A Agostinho Neto
era fácil, porque ele falava muito de si e, por essa altura, até estava
em Toronto, no Canadá. A Holden Roberto bastaria demandar o
presidente Mobutu, do Zaire, e fazer a pergunta. Ele sabia, sempre,
onde ele estava.
viço directo da EO. O que sei é que, na entrevista seguinte, o velho
guerrilheiro começou mais ou menos textualmente: “Quero pedir
desculpa ao sr. Cruz Gomes. Eu estava mesmo enganado. Peço-lhe
desculpa...”
Um guerrilheiro que sabe pedir desculpa é, antes, um homem. Um
homem nada pequeno. E comecei, então, a olhar para ele com mais
curiosidade. E a lembrar de uma outra cena, anterior, para aí em
69, quando em Genebra, na Suiça, onde estava integrado na missão
da OIT, eu que era então presidente da secção de Angola do Sindi-
cato (Português) dos Jornalistas. Levava comigo uma “Nagra” – a
melhor máquina de gravar que havia... – e fui-me a tudo o que era
sítio... para fazer trabalhos. Num deles, dei comigo a ir ao Instituto
de Ciências Sociais e Políticas que vários políticos de então tinham
frequentado. Recordo-me que, em conversa com o director-geral do
Instituto, lhe perguntei como eram nomes como Medeiros Ferreira,
salvo erro, e outros. O director não se lembrava. Quando atirei com
o nome de Savimbi – que eu, por essa altura, sabia apenas que era
o “terrorista Savimbi” – ouvi uma resposta que ainda está no meu
ouvido:”Jonas Malheiro Savimbi (foi a primeira vez que ouvi o seu
nome completo) foi o aluno mais brilhante que passou por este In-
stituto...”
Jornalista (Toronto)
Recordo hoje. Como recordo a manifestação popular de muitos
milhares que recebeu Savimbi na então Nova Lisboa. Igual àquela
manifestação popular... só uma outra que eu acompanhara uns tem-
pos antes... com Marcelo Caetano. Recordo até que estava por lá – e
a falar também – um homem novo chamado Samuel Chiwale, que
era então o comandante das chamadas FALA. Olhos azuis. Verbe
fácil. Carisma, em suma. Ao vê-lo... não poude evitar um pensam-
ento. Seria ele... que afastaria Savimbi. Enganei-me. Chiwale, ai-
nda agora, ao lembrar a figura do chefe, diria que a democracia em
Angola morreu com Jonas Savimbi. Acentuou que ele “morreu pela
libertação da pátria” e nega que estivesse mais interessado em ser
presidente de Angola do que na democracia. Palavras? Só palavras?
Talvez... mas deu-me a noção de que, nesse longínquo ano de 74...
eu me enganei ao pensar que seria ele a afastar Savimbi.
Estive, depois, várias vezes com Savimbi. E com Neto. E com
Holden. Nunca falei nisto a nenhum deles. Mas agora, nove anos
depois da morte do líder... entendi que valia a pena contar. Ele já
morreu. Já não faz mal a ninguém. Já não repete todos os erros e
até crimes... – e teve muitos... – que os pimeus de hoje lhe assacam.
Era um homem. Um homem nada pequeno...

Difícil, difícil, era encontrar Savimbi. Era um guerrilheiro nato.

Sabia sempre desenvencilhar-se das armadilhas que lhe montava
e sabia, naturalmente, montar as suas próprias armadilhas. Era um
“rato”, no melhor sentido do termo. Que, para mais, combatera
sempre no interior da sua terra.

Dei a tarefa de encontrar o líder da UNITA ao colega Marques Ro-

cha – um jornalista a quem eu puxara para a profissão e que foi, até
há pouco, chefe de redacção da RTP Norte – que estava cheio de
sangue na guelra e estava à procura do seu norte na profissão. De
pergunta em pergunta, de conversa com os madeireiros do Leste a
conversa com um missionário da mesma zona, Marques Rocha le-
Desejamos-lhe um PRÓSPERO ANO NOVO... com Saúde!

vou a carta a Garcia. E com gravador pequeno, sem grandes meios,

para não dar nas vistas, o José Marques Rocha – que saudades eu
tenho dele! – lá me trouxe a primeira entrevista.

Por essa altura, já eu – para me defender das incompreensões que

os militares foram semeando – não ia ao microfone. No dia da di-
vulgação da entrevista com o líder rebelde, achei que deveria voltar
ao noticiário. Li mesmo o serviço informativo da 1 hora da tarde.
Na entrevista, Savimbi criticava, a bom criticar, a Emissora Oficial,
acentuando que ela estava com o MPLA. E eu sabia que não. Só
que o emissor que o velho guerrilheiro ouvia na mata... era de uma
chamada “Voz de Angola” que estava – essa sim... – “colada” ao
movimento que está ainda no poder...

Quando apresentei a entrevista que o Marques Rocha trouxera...

disse sem medo (palavra que na altura não entrava no meu vocab-
ulário) que Savimbi não tinha razão: “o sr. Dr. Savimbi não tem
razão. A Emissora é de Angola e... estamos com todos”. Dizer ape-
nas isto, naquela altura, era mesmo perigoso. Nunca se sabia quem
é que estava com quem... Recordo-me que fiquei até à espera de al-
guém me apanhar num qualquer lugar e me fazer pagar a veleidade
de criticar um dos... pais da Pátria.

Daí a uns dias... o José Marques Rocha voltou à mata. Nessa al-
tura já com outros meios e acompanhado por um operador. Foi ter,
de novo, com Savimbi. Decerto que lhe explicou que aquele tal
emissor era, de facto, da Emissora Oficial, mas não estava ao ser-

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 28 de fevereiro 2011
Estrelas do Norte... vivam!
Numa comunidade tão frutífera
como a nossa em termos de ac-
tividades e de população, é sem-
pre bom receber telefonemas
dos próprios clubes e associa-
ções a convidar-nos para par-
ticipar nas celebrações com eles,
como se também fizéssemos
parte da família. A verdade é
que somos mesmo isso, parte da
família da nossa comunidade.
Mais uma vez o Rancho Fol-
clórico Estrelas do Norte levou
a efeito um jantar de convívio
entre os seus elementos e só-
cios na sua sede em Toronto.
Como sempre, Lina Pedrosa, a
Mestre, à frente destas grandes
organizacoes e convívios, e mais
uma vez ficou de parabens.
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A ementa da noite? Um grande
e tradicional jantar de cozido à
Portuguesa a moda do Norte.
Também fica aqui o registo
de Lina Pedrosa ainda nos ter
mandado uma foto da comida,
talvez em jeito de aguçar o
apetite. Para a próxima che-
gamos mais cedo para provar.
Claro que também havia la tan-
ta outra comida para quem não
apreciasse o Cozido.
Noite que foi abrilhantada pelo
DJ da casa, que aparentemente
também começa a ganhar uma
certa fama por estas festas de
convívio começarem a dar que
falar... Como sempre pôs todo
mundo a “mexer os pés.” ABC
agradece a Lina Pedrosa pelo
Canada/Comunidades . 7
Sónia
Micael
convite feito e também dá os
seus parabéns por uma festa que
estava, como já esperávamos,
bem... mais que bem.
Fernando Martins
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que podem cada ano, nos últimos
prejudicar em 13 anos!
demasia
Na segunda-feira, 14 de Fever-
eiro, o Serviço de Polícia de
Toronto lançou uma campanha
semanal de aplicação de regras
que têm a ver com a condução
sem os necessários cuidados,
face à lei 188.
Durante a campanha de sete
dias, que terminou, domingo
21 de fevereiro, a Polícia de To-
ronto levou a cabo:
114 acusações face a uma tela
visível para o motorista. (+20% “Impressionantemente” considerado
do que em 2010). 2011 CR-V Considerado o automovel com o entre os 10 melhores carros pela
2226 multas por terem à mão melhor valor de revenda pelo “Kelley Blue revista “Car and
o dispositivo de comunicação. Book-kbb.com”
(67% face a 2010). Driver” 25 vezes!
102 autuações pelo disposi-
tivo portátil de entretenimento.
(+21% do que em 2010).
122 acusações foram feitas por
condução descuidada. (114%
sobre 2010)
Todas as categorias tiveram
aumento substancial ao longo
da campanha, face aos últimos
anos.
É proibido operar um veículo,
a qualquer momento, nas estra-
das, usando um entretenimento
portátil ou dispositivo de co-
municação ou a visualização TAMBÉM TEMOS MAIS DE 100 VEÍCULOS USADOS
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ção directa com a condução do COM CERTIFICADO “HONDA”
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em Toronto, pode aceder aos RE3H3BEY). Model Shown: selling price of new 2011 Honda
CR-V EX 2WD (Model RE3H5BJ) is $33,215. Prices include $1,530 // $1,685 // $1,590 freight and PDI, EHF tires ($29), EHF filters ($1), air conditioning tax ($100) and OMVIC fee ($5). License, insurance, registra-
tion, and taxes (including HST and tax for fuel conservation, if applicable) are extra. †Limited time lease offers on a new 2011 Honda Civic Sedan SE (Model FA1E6BJX) // 2011 Honda Accord Sedan SE (Model
serviços de tráfego no Twitter, CP2E6BE) // 2011 Honda CR-V LX 2WD (Model RE3H3BEY)
available through Honda Financial Services Inc., on approved credit. Representative lease examples: 0.9% nominal lease rate for 24 months. Monthly payment is $198 // $298 // $298 [includes $1,530 // $1,685
Facebook e no blog da Polícia. // $1,590 freight and PDI, EHF tires ($29), EHF filters ($1), air conditioning tax ($100) and OMVIC fee ($5)] with $4,275 // $4,300 // $4,650 down payment or equivalent trade-in, $0 security deposit and first
monthly payment due at lease inception. Total lease obligation is $9,027
 8 . Comunidades
No Dia Mundial da Poesia
“Poesia na Primavera” em
concurso de interesse
A nota vem-nos do Jornal “Família Portuguesa”. Apoiamos em
absoluto e acaba por ser mais uma iniciativa de mérito, a que não
será alheio, decerto, o rev. Alberto Cunha.
Acentua a nota em causa que a Unesco, uma Agência subsidiária
das Nações Unidas, instituiu para os seus numerosos membros o
Dia Mundial da Poesia a ser celebrado cada ano, em 21 de Março.
Verificando-se que esta celebração será de grande interesse no
prosseguimento dos nossos objectivos – dizem-nos do Jornal citado
- sentimo-nos vocacionados para promover essa celebração com
a Diáspora Lusófona relacionada com a literatura poética e seus
autores e apreciadores.
O Canadá tem uma significativa presença de autores de países
lusófonos que já publicaram livros nos países de origem e também
no Canadá e compõem versos que são cantados por grupos de
artistas que percorrem o país e entoam os seus versos.
Perante os factos mencionados tomamos a iniciativa de celebrar o
Dia Mundial da Poesia em conjunto com os membros da Diáspora
Lusófona.
Assim: Dia 20 de Março, em salão de festas, haverá almoço de
convívio precedido de duas apresentações por autores qualificados
no campo da Poesia sobre: História da Poesia em Portugal, países
e regiões lusófonas; Estilos de Poesia e sua tipologia literária
nas várias regiões. Haverá Poesia declamada e entoada de vários
autores.
Final do Concurso de Poesia com o tema: «Poesia na Primavera»
em que os concorrentes apresentarão duas quadras relativas ao
tema proposto.
Exposição de publicações em livros, revistas e jornais. Publicação
de uma Revista Comemorativa.
Um (quase) inédito Concurso
O Concurso de Poesia estará aberto a qualquer pessoa que possa
expressar-se em Português e deve constar de somente duas quadras
sobre o tema «Poesia na Primavera» entregues até à data marcada
para a sua apresentação ao Júri que dará a sua classificação e
atribuição de respectivos prémios a anunciar.
Os concorrentes deverão submeter as suas Poesias (só 2 quadras)
até ao dia 10 de Março para: SECRETARIADO «POESIA NA
PRIMAVERA», Atenção: Fátima Bento / por Fax (416) 533-8501
- Email:FamiliaPortuguesa@ica.net Correio: 949 Dufferin Street,
Toronto, Ontario - M6H 4B2
O final do concurso de “Poesia na Primavera”, a 20 de Março, no
Ambiance Banquet Hall. As portas abrem às 12.30. O almoço de
convívio será servido à 1 hora.
Para reserva de lugares, contactar Paulo Pereira,
Email:pereiramanuel@rogers.com
ou Jornal Família Portuguesa: Email:FamiliaPortuguesa@ica.net
ou por telefone (416) 533-8501
As Festas
da nossa gente
Foi no Graciosa. Uma festa bem à maneira daquelas que a
colectividade vai levando a cabo. Desta feita... era a chamada
matança do Porco. Bem à maneira de lá.
Um salão lotado. Com muito entusiasmo e muita animação. Houve
leilões, confraternização e, naturalmente, baile.
A Direcção... a Direcção, como acontece sempre, alinha em tudo.
Cansados? Cansadas? Decerto que sim. Mas valeu bem a pena,
porque as pessoas estavam felizes.
Quem é Graça Castanho?!
Um desafio que exige responsabilidade
e sentido de missão
*Votar para a Assembleia Regional é possível
Graça Castanho é “nova” como Directora Regional das
Comunidades do Governo Regional dos Açores. Assumiu funções
em 1 de Outubro de 2010 – há escassos meses, portanto – mas
já tinha um vasto conhecimento da Diáspora Açoriana. Esteve, há
dias, entre nós, tendo-se avistado, a partir da Casa dos Açores, com
quem se interessou em fazer perguntas ou... saber coisas. Para ela,
tudo quanto se relaciona com o cargo que agora está a exercer é um
desafio “interessante” e diz que pretende protagonizar “um projecto
da máxima relevância para todos os açorianos”.
“Encaro o novo desafio com muita tranquilidade, sentido de
responsabilidade e paixão pela área de intervenção”, afirmou Graça
Castanho.
Refere que a direcção regional das Comunidades “tem preocupações
ao nível das comunidades emigrantes, radicadas em diferentes
continentes, e populações imigrantes residentes nos Açores”.
Ir ao encontro das comunidades
“Um dos grandes objectivos e uma das missões da Direcção
Regional das Comunidades é precisamente vir ao encontro das
nossas comunidades, é estar com as nossas comunidades”. Na
sua óptica, está assim a cumprir esta missão. E está no Canadá
“porque já fui aos Estados Unidos duas vezes e nestas deslocações
é preciso ganhar algum equilíbrio”. Para ela, “não nos podemos
esquecer que a comunidade açoriana radicada no Canadá é uma
comunidade de referência, está radicada em várias províncias
e onde quer que se encontra desenvolve um trabalho meritória e
tem uma presença relevante nos espaços em que está inserida e
vim aqui sentir o pulsar destas comunidades, ouvir o que é que
é preciso fazer, retomar alguns projectos que são relevantes para
as nossas comunidades, mas também vir propôr novos caminhos,
novos projectos que podem ser desenvolvidos e que só ganharão
pertinência e relevância se forem promovidos juntos das nossas
comunidades e com o apoio das nossas comunidades”.
Quem é Graça Castanho
Está convicta de que “as necessidades e expectativas das populações
migradas são muito diferentes daquelas que se faziam sentir, há
poucos anos atrás, uma vez que a conjuntura política e social dos
dias de hoje pouco tem a ver com o passado longínquo ou recente”.
Atirámos-lhe com a pergunta sobre quem é Graça Castanho. “A
Graça Castanha – é ela quem o diz – é uma Açoriana apaixonada,
há mais de vinte anos, pelas comunidadwes, até porque aquilo
que eu sou, hoje em dia, devo de facto a muito apoio e carinho,
muita aprendizagem feita precisamente no seio das comunidades
açorianas, mais especificamente nos Estados Unidos, onde tive
oportunidade de fazer o meu Mestrado há vinte anos e onde,
em 2007, terminei um pós-doutoramento, na Harvard, sobre as
questões do Ensino da Língua Portuguesa que, no fundo, é uma das
temáticas que nos liga a todos como indivíduos lusófonos”.
Graça Castanho tem desenvolvido um vasto número de acções
como docente e investigadora, na Universidade dos Açores, bem
como Conselheira para o Ensino do Português para os EUA e
Bermuda, cargo que desempenhou na Embaixada de Portugal em
Washington DC.
Um périplo pelas diferentes comunidades
Aqui e agora – é Graça Castanho quem no-lo diz - “vim fazer
um périplo pelas diferentes comunidades, vou percorrer as seis
províncias onde as comunidades têm uma representatividade
maior, e vim precisamente para expressar este interesse continuado
do Governo Regional dos Açores de estar perto da sua população
emigrante”. Entende que este Governo Regional dos Açores
vive o problema dos Açorianmos no seu todo. “É bem verdade
que, há uns anos atrás, nós assistíamos a algumas atitudes de
algum desinteresse”, diz, para especificar que “se pensava que as
comunidades não tinham tanto potencial e a própria população, às
vezes, não acreditava que as comunidades pudessem ir tão longe,
mas a verdade é que, em escassas décadas ou mesmo em escassos
anos, as comunidades têm deixado muito clara a sua mensagem e
os Açores, de facto, só se cumprem com as nossas comunidades.
Nós não podemos pensar nos Açores, no seu todo e na sua
globalidade, atendendo apenas às ilhas. Nós só nos cumprimos, só
28 de fevereiro 2011
Fernando Cruz Gomes
nos realizamos, we nos dignificamos, até, quando considerarmos
toda a apopulação açoriana, quer esteja dentro da fronteira das
ilhas, quer esteja fora delas”.
Uma dívida histórica
Entende ainda dever ir mais longe: “Hoje em dia há a consciência
nítida de que os Açores têm uma dívida histórica para com os
seus emigrantes. Nós, num momento de grande dificuldade, só
conseguimos sobreviver porque pessoas com muita coragem,
com muita fé, com muita preseverança, resolveram sair das
nove ilhas. Isso, claro, deixou uma margem de manobra muito
grande, inclusivamente com a entrada na Comunidade Europeia.
Obviamente que na distribuição dos financiamentos tudo ficou
muito mais simples, porque étramos menos, digamos assim...”
Maria da Graça Borges Castanho substitui na direcção regional
das Comunidades, sedeada no Faial, Rita Dias, como esta tinha
substituido Alzira Silva.
Graça Castanho é licenciada em Português-Inglês, tem um Mestrado
em Ciências de Educação pela Lesley University nos EUA e é
Doutorada pela Universidade do Minho, sendo presentemente
Professora Auxiliar da Universidade dos Açores com nomeação
definitiva.
Votar para a Assembleia Regional?
Quase em jeito de conversa, lembrámos à directora regional das
comunidades que, há uns tempos atrás, houve quem conseguisse
fazer o pleno – PS e PSD – no apoio à ideia de fazer com que os
Açorianos votassem também para a Assembleia Regional. Graça
Castanho não foge à questão... mas também não avança muito.
“Sabe que eu – é ela a falar – estou nestas funções desde Outubro.
Posso, efectivamente, levar essa preocupação, podemos trabalhar
nesse sentido. Não me posso é responsabilizar por um processo
que, pelos vistos, emperrou”. Diz-nos que, desde que está naquelas
funções, ainda não ouviu falar no tema, “mas prometo que vou levar
essa preocupação e, como dizia, eu acho que os açorianos, quer
estejam cá ou lá, têm todo o direito de definir os destinos das suas
ilhas. E isto por um motivo muito simples. Tem tudo a ver com a
História. Nós temos uma dívida histórica para com estes Açorianos
e para com estas Açorianas. Muita da sobrevivência e da qualidade
de vida foi garantida com as remessas, com a roupa, com a comida
que mandaram para nós. E eu acho que, de facto, tratando-se de
cidadãos de direito, têm uma palavra a dizer...”
No nosso ponto de vista – e lembrámos isso – não é dar-nos
nada. É apenas atribuir-nos a faceta de cidadão de corpo inteiro.
“Exactamente que sim. E essa será uma forma de reconhecimento e
agradecimento de todo o esforço, todo o trabalho e toda a dignificação
dos Açores que é feita a partir das nossas comunidades...”
Alergias e doencas são provocadas pelo pó, por pelos de animais,
ou por bacterias e fungos que permanecem no sistema...
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 28 de fevereiro 2011 Canadá/Comunidades . 9
Uma iniciativa válida e digna de aplausos
Empresários luso-canadianos estiveram nos Açores
A iniciativa é de mérito. Vale a pena prossegui-la. Sobretudo
porque acaba por... unir mais as comunidades que nem sempre es-
tão unidas. E quando se trata de empresas e de empresários... tudo
vale, efectivamente, a pena. José Ferreira entendeu isso e, vai daí,
arranjou maneira de levar até ao Faial uns quantos empresários da
comunidade. Interessados, também eles, em estreitar o abraço e os
laços entre os Açores e a comunidade luso-descendente radicada
no Canadá.
Logo de início, o Presidente da APIA deu a conhecer as Oportuni-
dades de Investimento nos Açores aos 14 empresários luso-canadi-

mais variados sectores de actividade. José Ferreira acredita no futuro da iniciativa

anos, bem como o regime fiscal favorável e os níveis de incentivos
ao Investimento nos Açores. A iniciativa teve lugar durante um
jantar no Hotel Vila Nova, organizado pela Câmara de Comércio e
Indústria da Horta, ao qual presidiu o Director Regional de Apoio
ao Investimento e à Competitividade, Arnaldo Machado, em repre-
sentação do Secretário Regional da Economia.
Estreitar os laços
Estreitar laços entre os Açores e a comunidade luso-descendente
radicada no Canadá é um dos motivos que levou à ilha do Faial,
uma missão empresarial com dezena e meia de empresários dos
A comitiva luso-canadiana, acompanhada pela Câmara de Comér-
cio e Indústria da Horta, foi recebida nos Paços do Concelho pelo
Presidente João Castro, tendo sido discutidas nesse encontro, opor-
tunidades de intercâmbio de bens e serviços entre os empresários
locais e os que agora se deslocam aos Açores.
Nesta visita, empresários da área da panificação e indústria, dos
vinhos, da pedra/ cerâmica, dos lacticínios, do artesanato, dos se-
guros e do Turismo procuraram inteirar-se sobre a realidade insular,
através de encontros e visitas a empresas locais.
Na audiência concedida na Câmara Municipal, o Presidente da au-
tarquia saudou este tipo de iniciativas e desejou que desta visita
possam resultar intercâmbios salutares para as várias empresas en-
volvidas.
Por sua vez, a Câmara do Comércio, através do seu vice-presidente,
Humberto Goulart, enalteceu a postura da Câmara Municipal nesta
como em várias outras parcerias de promoção dos produtos locais e
dos empresários da ilha.
Já no Canadá, tivemos oportunidade de conversar, designadamente,
com José Ferreira – um entusiasta deste género de intercâmbios.
Para ele, “para além de ter, de imediato, a possibilidade de termos
maior quantidade de queijo e manteiga Ilha Azul no Canadá”, há
outras hipóteses, mesmo no tocante à imobiliária.
Para José Ferreira, “o mais importante foi assumir um maior conhe-
cimento das chamadas ilhas do triângulo”. Entende que se “estre-
itaram laços que vão dar os seus frutos, muito em breve”.
De resto, está já prevista nova deslocação, em Maio, com umas
duas dezenas de empresários – do Canadá e, eventualmente, da
Nova Inglaterra – podendo até englobar um ou outro elemento
ligado à governação canadiana.
Para Jack Carvalho, um dos empresários que esteve nos Açores,
“é algo importante para todos nós, especialmente pelas portas que
se abrem”. Contou-nos, ainda que em poucas palavras, que trouxe
consigo várias fiormas de produzir por cá uma doçaria tradicional
que vai dar que falar...

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 10 . Comunidades
Fundação Cultural Amigos de Angeja
Uma ideia altruista que visa ajudar
quem mais precisa
Nós... recebemos o convite através das “modernidades” da Inter-
net. Mais concretamente do Facebook, pelas mãos do nosso amigo
Paulo Marques, produtor de Som da estação de Radio 88.9 CIRV
FM. O convite era para marcar presença no sábado, dia 26 de Fe-
vereiro, no salão de Festiflor Catering localizado no 122 Turnberry
Avenue em Toronto.
Tratava se da Fundação Cultural Amigos de Angeja, Aveiro, que se
juntava para um grande convívio e em que o principal objectivo era
a angariação de fundos para o Luso Canadian Charitable Society
(Sociedade dos Deficientes Portugueses).
O Amor
é grande?
Lara Ingrid
Para alguns... ser poderoso ou até ter muito dinheiro é im-
portante. Só que o amor ainda representa muito para outros.
Tudo o que todos querem (ou quase todos) é sermos amados.
Encontrar alguém que nos faça bater forte o nosso coração e
que nos leve a fazer... loucuras boas. Que nos faça ficar sem
palavras. Que nos faça ficar a acreditar que existe uma pes-
soa certa somente para nós. Que nos faca revirar os olhos,
ou até rir à toa, cantarolar dentro de um autocarro enquanto
pensamos nessa tal pessoa certa.
Sabemos que a paixão vem primeiro e depois é o Amor que
sobra. É o Amor que fica. Pode não ser algo que nos faça
levantar do chão, como vemos nos filmes. O que sobra é o
amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por
mãe, pai, irmão, filho. É tudo o mesmo amor. Só que entre
homem e mulher... existem mais intimidades.
Para mim, a força do Amor é simplesmente única e uma só...
como sentimento forte, igual a outras, como inveja, ódio,
saudade….não haver mais tipos dessas mas simplesmente
uma. O amor é, de facto, único. Como qualquer sentimento,
seja ele destinado a familiares, ao nosso mais que tudo, ou
para alguns ao nosso xuxu, animais, amigos e também a
Deus.
Com a nossa cara metade não temos laços de sangue como
aos familiares e, por isso, temos de fazer de tudo para que
aquela chama fique sempre acesa.
É que, por não haver nenhuma garantia de nada, hoje em dia,
qualquer alteração no tom de voz nos deixa fragilizados. Às
vezes, simplesmente amar não é suficiente. Tem de haver
muito mais do que amor. É preciso que haja, antes de mais
nada, respeito. Sem ninguem ser agressivo, tanto fisicamente
como espiritualmente. Disposição para ouvir argumentos
alheios. Alguma paciência. Amor, só, não basta. Não pode
haver competição. Nem comparações.
Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, in-
fantilidades.
Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro
programado para enfrentar tensões inesperadas, contas para
pagar )por exemplo). Tem que ter disciplina para educar fil-
hos, dar exemplo, não gritar. Tem que haver um pouco de
silêncio, e ao mesmo tempo ter um companheiro para con-
versar, um tempo pra cada um. Tem que haver confiança.
Uma certa cumplicidade, às vezes, fingir que não se viu,
fazer de conta que não escutou.
Mas, de facto, o amor é grande.
28 de fevereiro 2011
Sónia Micael
O Comité composto por António Capela, Joaquim Marques, Paulo
Marques, Fernando Nogueira e também com os colaboradores An-
tónio Nogueira, Mário Caravela, Manuel Silva, Amélia Tavares,
Isabel Marques, e Armindo Almeida, planearam tudo em detalhe
para assegurar o sucesso do evento.
Juntou-se ali uma multidão de gente em prol da angariação de fun-
dos para ajudar outra associação de que infelizmente fazem parte
muitos membros da nossa comunidade Portuguesa. Um grupo a
ajudar outro, todos em prol do bem comum. Prova para quem quis-
er ver, entre as noticias de feridos, medos e mortes... que o nosso
coração colectivo está bem de saúde.
Uma grandiosa festa que nao podia ter tido o sucesso sem o esforço
dos seus organizadores e colaboradores também.
Se o jantar que incluía sopa, bacalhau, salada, vitela com peito de
galinha servido acompanhado por arroz e vegetais com uma so-
bremesa fresca já não era suficiente para uma noite bem passada, Jornal ABC dá os seus parabéns por esta iniciativa, que é prova da
a cereja, ou melhor cerejas no bolo, eram as actuações de artis- nossa humanidade. Esperamos que tivesse sido uma noite cheio de
tas conhecidos como Stephanie Tavares, Daniela Taurasi, Maria sucesso no que diz respeito aos objectivos da noite, mas acredita-
Gomes e o grande conjunto musical Chaves D’ouro a que (para mos pela satisfação que vimos na sala... que a missão foi cumprida.
quem ainda não saiba) Paulo Marques também pertence. Parabéns.
Uma Fadista de sucesso...
ainda à procura de mais sucesso
*Jovem Filipa Tavares trata o Fado por tu...
Filipa Tavares esteve, há dias, em acção numa festa que teve
lugar no Restaurante Casa Abril e onde os seus dotes foram,
desde logo, muito apreciados. E mesmo quando lhe pergun-
támos o que é que estava cá a fazer, foi dizendo ter caído
aqui “um bocado... como de pára-quedas”. Conta que vio cá
visitar a família... mas a verdade é que a própria família, “es-
pecialmente com a ajuda da Fátima Ferreira... tentou dar-me
uma mãozinha para ver se eu venho cá mais vezes”.
Fadista profissional – “o meu rendimento vem todo disso...”
– “é um estado de espírito, é um estado de alma, é gostar da
Língua Portuguesa e da guitarra Portuguesa acima de tudo”.
Uma resposta interessante e, vamos lá, algo criativa.
Para Filipa Tavares, o facto das pessoas da emigração gosta-
rem mesmo do Fado... “não é uma novidade”. Entende que
“o Fado é aquilo que cada um de nós tem cá dentro e aquilo
saudades, por ser também um povo de emigrantes. Sentir
que cada um faz do Fado.
saudades de alguma coisa... de casa, do mar, de Lisboa, dos
O que é que eu quero dizer com isto?! Cada um sente o Fado Açores... e obviamente a comunidade que se encontra longe
à sua maneira... é algo muito subjectivo e eu penso que toda do seu País tem sempre um sentimento saudosista perante
a gente percebe um bocadinho o Fado e sendo Português tem Portugal e perante a sua casa...”
sempre o Fado dentro de si...”
Ai que a Filipa sabe mesmo o que diz. Tem, indirectamente,
talvez, alma de emigrante. Ou, pelo menos, entende bem o
Nostalgia e saudade... povo da diáspora!
rimam com emigrante
Uma entrevista maneirinha e curta. Para quem, como nós,
E quando lhe falamos na nostalgia e na saudade – sentimen- gostámos mesmo de falar com ela. A verdade é que quem
tos que estão bem no dia-a-dia do emigrante – Filipa diz-nos, a ouviu cantar, na Casa Abril, diz mesmo que ela é mesmo
desde logo, crer que sim, até porque “o Português sempre foi uma senhora fadista.
um bocadinho saudosista e sempre foi caracterizado pelas Assim sendo, não tardará muito a voltar cá.
 28 de fevereiro 2011 Comunidades . 11
Um Sábado... de folia!
Neste fim-de-semana... um sábado de folia. Um sábado onde quase
não era permitido estar quieto e parado, tantas as danças e as fo-
lias... e as matanças do porco, que mais não são do que... ocasiões
soberanas para essa confraternização que tão necessária é nos dias
que correm. Estivemos nas igrejas de São Sebastião e Santa Cruz,
no Angrense, no Graciosa e na Casa das Beiras. Estivemos também,
afinal, na Igreja de São Mateus, na festa dos Amigos do Comité de
Festas de Nossa Senhora da Luz.
Um fim-de-semana de folia.

Na CASA DAS BEIRAS, um salão perfeitamente lotado. Com muita No ANGRENSE – Era a festa. Com leilão e arrematações. Com uma
gente entusiasta. E com o convívio que é sempre dado nestas andanças prova e uma oferta em dinheiro. E, naturalmente, com baile até às tantas.
da tal... matança do porco. Boa comida. Boa bebida e, depois, boa dança A verdade é que o Sport Clube Angrense de Toronto está em bom ritmo
como sempre. e andamento.

Na IGREJA DE SANTA CRUZ - Salão cheio. Dança “rija” até`de

madrugada. Qualquer coisa parecida com o baile dos chocolates, onde
os pares após a dança bebiam um aperitivo... pondo, num cesto, umas
“notinhas”....

Na COMISSÃO DE FESTAS DE NOSSA SENHORA DA LUZ – Ambi-

ente festivo. Em actuação o Duo Tropical 2000. Angariação de fundos
para as festas em honra da padroeira da Ilha da Graciosa, em Setembro.

VADIOS em foco. A verdade é que um duo muito interessante.

Com música a preceito. Com “modinhas” para dançar... mas feitas ali,
sem aqueles artifícios da técnica que saem do computador ou coisa que
o valha...
 12 . Desporto 28 de fevereiro 2011

“Leões” mais intranquilos

Sporting soma
e segue... em derrotas

Um golo de Mateus, apontado aos 19 minutos, e uma soberba exi-
bição do guarda-redes Rafael Bracali permitiram ontem ao Nacio-
nal vencer o Sporting, em jogo da 21.ª jornada da Liga portuguesa
de futebol.
Com o triunfo por 1-0, o Nacional, que vinha de quatro jogos sem
ganhar, acabou por somar os três pontos, fruto de uma primeira
parte bem conseguida, mas também pela inspiração de Bracali no
segundo tempo.
No primeiro jogo após a saída do treinador Paulo Sérgio, os “leões”
mostraram sempre uma grande intranquilidade ao longo da partida,
que foi um espelho da situação que o clube atravessa.
Os madeirenses marcaram praticamente no primeiro lance de
perigo do jogo, aos 19 minutos, com o angolano Mateus a bater
o desamparado Rui Patrício, depois de um cruzamento de Diego
Barcellos.
Com sete jogos seguidos sem vencer, incluindo quatro na Liga, a
equipa “leonina”, orientada pelo adjunto por Alberto Cabral, reagiu
de forma ténue ao golo sofrido. Zapater, aos 21 minutos, podia ter
feito melhor, quando surgiu frente a Bracali sem oposição, rema-
tando fraco e ao lado. Aos 29 minutos, Matias Fernandez desem-
baraçou-se de um adversário e rematou forte, mas Bracali fez uma
defesa segura.
Sem capacidade para criar lances com princípio meio e fim, o Sport-
ing vivia da inspiração individual de alguns dos seus jogadores.
No entanto, aos 35 minutos, João Aurélio cometeu uma falta sobre
Hélder Postiga na área e o árbitro Carlos Xistra assinalou grande
penalidade, mas o ponta de lança permitiu a defesa a Bracali.
Aos 42 minutos, Torsiglieri fez falta sobre Mateus, também na área,
mas desta feita o juiz de Castelo Branco não sancionou, motivando
grandes protestos da parte dos madeirenses, nomeadamente do
treinador, Predrag Jokanovic, cuja entrada no relvado lhe valeu a
expulsão.
Na segunda parte, o Nacional voltou a entrar forte no jogo e, aos
54 minutos, Bruno Amaro serviu Anselmo que ficou isolado, mas
permitiu a intervenção de Rui Patrício.
Aos 63 minutos, a equipa madeirense ficou reduzida a dez, devido
á expulsão de João Aurélio e a partir daí o Sporting tomou conta
do jogo.

Benfica ainda acredita na revalidação do título

Um golo de Fábio Coentrão aos 90+4 minutos permitiu ontem ao Benfica
manter-se na corrida pela revalidação do título de futebol, ao assegurar a
vitória por 2-1 na receção ao Marítimo, em jogo da 21.ª jornada da Liga.
Demonstrando sinais evidentes e fadiga, o Benfica ficou à beira do “KO”
quando Djalma colocou o Marítimo em vantagem, aos 76 minutos, mas pro-
tagonizou uma recuperação improvável, materializada com golos tardios,
mas muito merecidos, de Salvio, aos 81, e Fábio Coentrão, aos 90+4.
O Benfica aumentou para 17 vitórias consecutivas a série que já era recorde
do clube, perante uma equipa madeirense que fez pouco para se apanhar na
iminência de ganhar o jogo, mas muito, em especial o guarda-redes Marcelo,
para não o perder.
A nove jornadas para o fim do campeonato, o Benfica continua com oito
pontos de atraso em relação ao líder FC Porto, que tinha batido o Olhanense
no sábado por 3-0, e mantém o estado de graça com os seus adeptos, que hoje
quase lotaram o Estádio da Luz.
Privado do central brasileiro Sidnei, expulso na ronda anterior frente ao rival
Sporting, o treinador Jorge Jesus promoveu a estreia a titular em jogos do
campeonato do compatriota Jardel, ao lado do “capitão” Luisão no eixo da
defesa.
O médio espanhol Javi Garcia e o avançado argentino Saviola também re-
gressaram ao “onze” benfiquista depois de terem falhado o último encontro
dos “encarnados”, em Estugarda, que valeu a qualificação para os oitavos
de final da Liga Europa.
A intranquilidade de Marcelo quase proporcionou dois golos aos anfitriões,
na sequência de uma má reposição da bola em jogo do guarda-redes insular
que Saviola não conseguiu capitalizar e de uma saída em falso num pontapé
de canto, desperdiçada por Cardozo.
O guardião do Marítimo teve oportunidade de recuperar a confiança aos 22
minutos, ao evitar que o remate de cabeça de Luisão inaugurasse o marca-
dor, já depois de os visitantes terem deixado um sinal de perigo, num contra
ataque promissor, desaproveitado pela lentidão de Baba.
Já com Saleiro e Maniche em campo, aos 64 minutos, Vukcevic
foi chamado à cobrança de um livre e do remate perigoso resultou
numa grande defesa de Bracali, a negar o golo ao avançado mon-
tenegrino.
Aos 76 minutos, numa iniciativa individual, o mesmo Vukcevic
obrigou o guarda-redes dos madeirenses a nova defesa apertada,
quatro minutos antes de atirar ao poste.
O Sporting aproximava-se cada vez mais de forma muito perigosa
da baliza adversária, com a permissão da defesa do Nacional, mas
aos 83 minutos, num lance de contra-ataque, Mateus ficou isolado
mas Rui Patrício correspondeu bem ao remate do angolano.
Aos 89 minutos, Rafael Bracali fez a defesa da noite, impedindo
que a bola entrasse, após remate de Hélder Postiga, e o Sporting
não evitou a sexta derrota no campeonato.
O Benfica manteve-se hoje na luta pelo título, ao derrotar o Marí-
timo “in-extremis” (2-1), enquanto o Sporting acentuou a crise no
Funchal, perdendo com o Nacional (1-0), na 21.ª jornada da Liga
portuguesa de futebol.

NINGUÉM E SUPER-HOMEM MAS…

PODE APROXIMAR-SE Ervanaria
MUNDIAL

Max-Vigor para Homens

e Max-Vigor Plus para Mulheres
O Benfica voltou a carregar no acelerador na fase final da primeira parte e
esteve perto de regressar ao balneário em vantagem, mas o remate do avan-

425 ROGERS RD
çado argentino Gaitán, após uma combinação perfeita com Fábio Coentrão,
encontrou o poste da baliza adversária.
Se Marcelo tinha dado sinais de estar intimidado com o ambiente adverso
● CHÁS MEDICINAIS ● PRODUTOS do Estádio da Luz, o início da segunda parte mostrou um guarda-redes in-
transponível, que desviou um colocado livre direto de Aimar, aos 48 minu-
NATURAIS tos, e um disparo aparentemente indefensável de Salvio, aos 56.
● PRODUTOS ALIMENTARES Quando o guarda-redes madeirense se resignava à incapacidade para deter
as investidas benfiquistas, contava com a cumplicidade da sua baliza, como
DIETÉTICOS aconteceu aos 57 minutos, quando Cardozo, no interior da pequena área, se
limitou a acertar na barra.
Temos ainda: O avançado paraguaio perdeu novo duelo com Marcelo aos 65, na marcação

A AJUDA ESPIRITUAL
de um livre direto, mas foi o Marítimo que se colocou em vantagem aos
76 minutos, sem que nada o justificasse, por intermédio de Djalma, que se
antecipou a toda a equipa “encarnada” na sequência de um canto.
FEITA POR MRS. SANTOS Atordoado, o Benfica apelou às últimas forças na procura desesperada de
um golo que o recolocasse na discussão da partida e do campeonato e foi

ERVANARIA MUNDIAL recompensado aos 81 minutos, quando Salvio acorreu a um cruzamento de

Fábio Coentrão e empatou.
Já depois de Marcelo ter negado o golo ao suplente Alan Kardec, e o árbitro

(416) 654-9133 ter anulado outro a Luisão, por falta sobre o guarda-redes insular, o Benfica
consumou a reviravolta quatro minutos para lá da hora, com um remate
“justiceiro” de Fábio Coentrão no interior da área adversária.
 28 de fevereiro 2011 Desporto . 13

FC Porto tranquilo na frente Três candidatos

“estudam” o clube
a ver os outros do alto Os três candidatos assumidos à presidência do Sporting – Bruno
de Carvalho, Dias Ferreira e Zeferino Boal – participaram ontem,
em Lisboa, na IV Conferência “Pensar Sporting” promovida pela
Dois golos de rajada, cimentados por outro tento nos descontos, Associação de Adeptos Sportinguistas.
permitiram ao FC Porto quebrar a invencibilidade caseira do Olha- A Associação tenciona apresentar uma candidatura ao Consel-
nense na Liga de futebol, vencendo por 3-0, em jogo da 21.ª ronda ho Leonino, órgão ao qual também deverá concorrer uma lista
da prova. liderada pelo antigo futebolista José Eduardo.
Depois de um ascendente claro e muitas ocasiões falhadas na pri- As eleições no Sporting, precipitadas pela saída de José Eduardo
meira parte, o FC Porto acabaria por decidir a partida na segunda Bettencourt, em meados de janeiro, estão marcadas para 26 de
parte e em apenas dois minutos, com golos de Belluschi (68) e março.
Falcao (70), vendo o colombiano “bisar” no segundo minuto de

Paços de Ferreira
descontos.
A equipa de André Villas-Boas, invicta na Liga, iniciou assim da

em bom momento
melhor forma o ciclo de cinco jogos que o treinador considera ful-
cral para chegar ao título, cimentando a liderança do campeonato,
com 59 pontos, mais 11 do que o Benfica.
O Olhanense até deu o primeiro aviso no jogo, com um contra-
ataque rápido de Paulo Sérgio que o extremo concluiu com um O Paços de Ferreira ascendeu ontem ao quarto lugar da
centro para fora, mas a partir daí o FC Porto passou a ter domínio Liga portuguesa de futebol, ao receber e bater o Vitória de
completo. Com uma percentagem alta de posse de bola, o líder aplicou-se a Setúbal por 2-0, em encontro da 21.ª jornada da prova.

BORGES
fundo na tentativa de derrubar a defensiva algarvia, que trabalhou Mário Rondon, aos 22 minutos, e Filipe Anunciação, aos 66,
bem mas não conseguiu evitar várias ocasiões ao longo do primeiro
tempo, muitas delas com o “dedo” de Hulk. apontaram os golos do “onze” de Rui Vitória, que passou a
O brasileiro provocou os primeiros lances de perigo, com um “tiro” somar os mesmos 32 pontos do Vitória de Guimarães (caiu
a rasar o poste, aos 9 minutos, e um remate que Ricardo Batista para quinto), derrotado sexta-feira na receção à Académica
susteve com dificuldade, dois minutos depois. (0-2).
FOODS APRESENTA O Olhanense pareceu equilibrar aos poucos, mas raramente criava
Resultados - Sexta-feira, 25 fev: perigo junto da baliza de Helton, ao contrário do FC Porto, que ob-
rigou o guardião do Olhanense a aplicar-se aos 28, evitando que um
Pedro Martins critica
corte de André Micael para o lado errado desse em golo.

Vitória de Guimarães – Académica, 0-2
- Sábado, 26 fev:
Paços de Ferreira - Vitória de Setúbal, 2-0
Olhanense - FC Porto, 0-3
- Domingo, 27 fev:
Rio Ave - União de Leiria, 1-0
Beira-Mar – Portimonense, 0-1
Benfica – Marítimo, 2-1 (0-0)
Nacional – Sporting, 1-0 (1-0)
- Segunda-feira, 28 fev:
Naval 1.º Maio - Sporting de Braga, 3:15 (SportTV)
Programa da 22.ª jornada:
- Sexta-feira, 04 mar:
Académica - União de Leiria, 3:15 (SportTV)
- Sábado, 05 mar:
árbitro
Até final da primeira parte, o FC Porto só se pôde queixar da falta
de eficácia ofensiva, com Varela a falhar uma emenda quando tinha
tudo para fazer golo (34), Ricardo Batista e o corpo de Suárez a
evitarem remates de Hulk (35 e 38) e Belluschi a atirar muito perto
do poste (39). O treinador do Marítimo, Pedro Martins, defendeu que a equipa
de arbitragem não tinha estofo para apitar um jogo desta enver-
Com a sua equipa a jogar bem mas sem marcar, André Villas-Boas
decidiu mexer ao intervalo, colocando em campo Fucile e James gadura perante mais de 54 mil espectadores.
Rodriguez e mudando a tática para um 4-4-2, com Hulk e Falcao na
frente e James no apoio. «Jogar na Luz não é fácil e não é fácil quando os árbitros
O jogo ganhou ainda mais animação porque o Olhanense também não têm estofo para esta moldura humana. Não aguentaram a
apareceu mais espevitado no reatamento, com Paulo Sérgio a colo- pressão, permitiram muita coisa», afirmou Pedro Martins, em
car Helton à prova aos 51 minutos e Falcao a responder, no mesmo declarações à Sporttv.
minuto, com um remate ao poste.
Aos 58 minutos, a equipa portista voltou a estar perto do golo, com
O treinador da equipa insular reforçou o ataque à exibição dos
Ricardo Batista a defender um “tiro” de Hulk e André Micael a cor-
tar uma tentativa de Falcao e Carlos Fernandes, em cima da linha árbitros: «Se as pessoas não tiverem estofo, então não andem no
de baliza, a aliviar. futebol.»

Sporting
FC Porto - Vitória de Guimarães, 2:45 (TVI)
- Domingo, 06 mar:
Marítimo - Rio Ave, 11:00
Vitória de Setúbal – Olhanense, 11:00
Sporting - Beira-Mar, 11:00 (SportTV) perto do
pior
Sporting de Braga – Benfica, 3:15 (SportTV)
- Segunda-feira, 07 mar:
Paços de Ferreira - Naval 1.º Maio, 11:00
Portimonense – Nacional, 3:15 (SportTV)
registo
de sempre

Para a história ficam os re-

sultados e, neste aspecto, o
Sporting, após a derrota de
ontem na Choupana, igualou
a segunda pior série de jogos
da sua história sem ganhar,
sete no total. Aconteceu na
época passada, com Carlos
FABRICANTES DE ENCHIDOS Carvalhal.
PARA TODO O CANADÁ Ou seja, caso a equipa leonina
1831 Mattawa Ave., Mississauga não vença o Benfica na quar-
www.borgesfoods.com ta-feira, na Luz, entra para a
história pelos piores motivos,
905 277 0677 pois, se estiver oito jogos sem
SEMPRE À SUA MESA ganhar, iguala a pior série de
sempre, que se registou na

BORGES temporada de 1990/91, era

então Marinho Peres o re-
sponsável técnico dos leões.
14 . Mensagem 28 de fevereiro 2011

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

 28 de fevereiro 2011
Só o Sporting disse Benfica vence Estugarda
adeus à Europa e está nos oitavos-de-final
O Sporting foi eliminado da Liga Europa ao empatar (2-2) em casa
com o Rangers, na segunda mão (1-1 na primeira mão em Glasgow).
Diouf colocou os escoceses em vantagem, Pedro Mendes e Yannick
deram a volta ao marcador e Edu, nos descontos, deitou por terra as
aspirações europeias do leão.
Um empate a zero bastava ao Sporting para seguir para os oitavos-
de-final, porém, os escoceses, apesar das poucas oportunidades cri-
adas, logo deitaram por terra essa possibilidade. Diouf, avançado
senegalês que mais dores de cabeça deu ao sector mais recuado do
Sporting, abriu o marcador aos 20 minutos, respondendo da melhor
forma a um cruzamento da direita de Steven Davis.
O golo surgiu contra a corrente do jogo, uma fez que foi o Sporting
a assumir as despesas da partida, com Yannick a desperdiçar, logo
nos minutos iniciais, uma excelente ocasião para marcar. O avan-
çado leonino aproveitou uma falha da defesa escocesa, entrou na
área e atirou para defesa apertada do guardião McGregor.
Os leões carregaram, timidamente, é verdade, mas acabaram por
chegar ao empate. O cruzamento foi de Evaldo, na esquerda, Posti-
ga ganhou na área e deixou para Pedro Mendes que, com um tiro
de raiva, disparou colocado e a meia-altura para repor a igualdade
no marcador.
A segunda parte arrancou com ritmo mais elevado e com uma
grande oportunidade para o Sporting. Matías Fernández, de livre,
forçou McGregor a nova defesa apertada. Depois foi João Pereira
que apareceu isolado na pequena área mas cabeceou ligeiramente
por cima do alvo.
Edu colocou Rui Patrício à prova – o guarda-redes do Sporting en-
caixou cabeceamento à queima do norte-americano – e, na resposta,
João Pereira também testou os reflexos de McGregor, que defendeu
com os pés remate do lateral no interior da área. Na recarga, Pedro
Mendes atirou ligeiramente por cima.
Com as alterações promovidas por Walter Smith, o Rangers teve
ligeiramente ascendente no último quarto de hora, contrariados
pelo golo de Yannick, a seis minutos do final. O avançado apareceu
ao segundo poste a cabecear para o 2-1, após jogada de insistência
de João Pereira na direita. Festa total em Alvalade, com os «oita-
vos» a apenas quatro minutos.
A desilusão viria, no entanto, a surgir já em período de descontos.
Cruzamento de Healy na direita, Edu apareceu na pequena área a
encostar para o 2-2 que deu vantagem ao Rangers na eliminatória.
Os jogadores do Sporting ainda reclamaram posição irregular do
adversário, mas o árbitro acabou por validar o golo.
Resultados completos dos 16 avos-de-final
O Sporting ficou pelo caminho, mas FC Porto, Benfica e SC Braga seguem
em frente na Liga Europa. Confira aqui todos os resultados dos 16 avos-de-
final da competição.
Entre parênteses o resultado SC BRAGA - Lech Poznan, 2-0 (0-1)
da primeira mão: Dínamo Kiev – Besiktas, 4-0 (4-1)
M/ City - Aris Salónica, 3-0 (0-0)
PSG – BATE, 0-0 (2-2)
CSKA Moscovo - PAOK, 1-1 (1-0) Twente - Rubin Kazan, 2-2 (2-0)
FC PORTO – Sevilha, 0-1 (2-1)
SPORTING - G Rangers, 2-2 (1-1) Programa dos oitavos-de-final:
Liverpool - Sparta Praga, 1-0 (0-0) BENFICA – PSG
Spartak Moscovo – Basileia, 1-1 (3-2) Dínamo Kiev – Man. City
Zenit - Young Boys, 3-1 (1-2) Twente – Zenit
PSV Eindhoven – Lille, 3-1 (2-2) CSKA Moscovo – FC PORTO
Leverkusen – Metalist, 2-0 (4-0) PSV – Rangers
Estugarda – BENFICA, 0-2 (1-2) Leverkusen – Villareal
Villarreal – Napóles, 2-1 0-0)
Ajax – Spartak Moscovo
Ajax – Anderlecht, 2-0 (3-0) SC BRAGA – Liverpool
Ainda a tempo . 15
O Benfica venceu o Estugarda, na Alemanha, por 2-0, confirmando
a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa, depois da vitória
no Estádio da Luz, por 2-1, na primeira mão. Segue-se agora o
Paris Saint-Germain no caminho dos encarnados.
Num jogo inteligente dos encarnados, e depois de duas oportuni-
dades claras de golo, Salvio, à passagem da meia hora, aproveitou
um ressalto no canto marcado por Aimar para, de meia distância,
adiantar os encarnados no marcador.
Com uma vantagem confortável na eliminatória, o Benfica geriu
da melhor forma o jogo, dominando em todos os capítulos e apre-
sentando uma equipa solidária que raramente concedeu espaços e
oportunidades ao Estugarda. Vitória justíssima do Benfica na Alemanha, a primeira da história
Aproveitando o adiantamento dos alemães, o Benfica criou mais dos encarnados naquele país. Agora, nos oitavos-de-final, o Ben-
uma mão cheia de oportunidades, quase todas em contra-ataque, fica encontra o Paris Saint-Germain, que empatou a zero frente ao
mas acabaria por ser de livre que Cardozo, aos 78 minutos, deixou
BATE Borisov no Parque dos Príncipes, depois do 2-2 na Bielor-
novamente a sua marca na Liga Europa. rússia.
F.C.Porto perdeu... mas passou!
Após um mês fora dos relvados, Falcao voltou à equipa do FC
Porto. O avançado colombiano ficou em branco e promete voltar
depressa aos golos. Sobre a partida, lamentou as oportunidades des-
perdiçadas pelos dragões.
«Fisicamente estive bem, Estive em constante movimento, perdi
poucas bolas. Esperemos que venham os golos agora», afirmou
Falcao.
O internacional colombiano esteve perto do golo, com uma bola à
trave na primeira parte. O desperdício aumentou no segundo tempo.
«Controlámos o jogo na primeira parte, tivemos quatro oportuni-
dades claras em contra-ataque na segunda parte. Podíamos ter mar-
cado e o golo do Sevilha trouxe-lhes ilusão», sublinhou Falcao.
SC Braga vence polacos
e segue em frente
Golos de Alan e Lima inverteram o resultado da primeira mão e
colocaram o SC Braga nos oitavos-de-final da Liga Europa. O Lech
Poznan fica para trás e, agora, vem aí o Liverpool.
Depois de derrota por 1-0 na Polónia, em condições atmosféricas
adversas, a equipa de Domingos Paciência entrou disposta a invert-
er o rumo da eliminatória e, depois de uma primeira ameaça, logrou
o primeiro golo logo aos oito minutos, por intermédio de Alan.
A eliminatória estava igualada e os bracarenses tiveram então
tempo para tranquilizar, assentar o seu jogo e... chegar ao segundo
golo, desta feita por Lima, aos 36 minutos. As portas dos oitavos-
de-final estavam abertas.
A partir daí foi, sobretudo, gerir. O Lech, equipa que recomeça
agora a competição após a pausa de Inverno a nível interno, poucos
argumentos mostrou, mas, ainda assim, protagonizou dois valentes jogadores. O apito final valeu assim valente suspiro de alívio, mas
sustos na parte final da partida, altura em que estava reduzida a 10 também certeza de a missão ter sido cumprida com distinção.
 16 . Comunidade 28 de fevereiro 2011
A Oliveirense Paulo Sérgio já não mora em Alvalade
assume comando Boal referiu que a quebra de contrato, por acordo, com o

da Liga de Honra
treinador, livra os “futuros dirigentes de uma dor de cabeça”,
acrescentando: “diz-se que teve um custo de 1,2 milhões de
euros em indemnizações, para vir e para sair”.

Paulo Sérgio, que se transferiu do Vitória de Guimarães para

Alvalade, deixou o Sporting na terceira posição da Liga, a
23 pontos do líder, FC Porto, e fora da Taça de Portugal e da
Liga Europa.

A saída do técnico aconteceu dias depois de o clube ter sido

Em Oliveira de Azeméis, Ronaldo “enganou” o árbitro Olegário
Benquerença e, com a mão, marcou o único golo da partida, aos 47
minutos, num lance em que também fez falta sobre o guarda-redes
da formação de Matosinhos.
Com esta vitória, a Oliveirense é agora líder isolado da Liga de
Honra, com um ponto de vantagem sobre o Trofense, que no sába-
do perdeu em Santa Maria da Feira.
Um golo do veterano avançado brasileiro Roberto, aos 60 minutos,
selou o triunfo do Feirense, que ascendeu ao terceiro lugar, a três
pontos do conjunto da Trofa, e relançou a candidatura à subida de
divisão.
Com menos um ponto do que o Feirense aparece agora o Gil Vi-
cente, na quarta posição, após vencido na receção ao Desportivo
das Aves, por 4-2, num jogo em que ao intervalo estava a perder
por 1-0.
Por seu lado, o Arouca ficou mais longe dos lugares de subida (está
no quinto posto a cinco pontos do Trofense), após perder por 3-2
no campo do Moreirense, que deu um passo importante na luta pela
manutenção.
afastado da Liga Europa, após o empate com o Glasgow
Rangers, na véspera do encontro com o Nacional, e a quatro
Os três candidatos à presidência do Sporting consideraram dias da visita do Benfica, para as meias-finais da Taça da
normal e esperada a saída de Paulo Sérgio do comando téc- Liga.
nico da equipa de futebol, e classificam como “natural” a
escolha de José Couceiro até final da época.
“Não era nada que não fosse esperado. Talvez não esperasse
este ‘timing’. Esperava mais na quarta-feira”, afirmou Dias O Jack vende qualidade...
Ferreira, ex-presidente da Assembleia-Geral do clube e can-
didato às eleições de dia 26. Qualidade,
Dias Ferreira considerou que a escolha de Couceiro, diretor
geral da SAD, foi “a melhor e mais correta para não vincu-
Variedade de Pão,
lar” uma futura direção a um treinador definitivo.
Para Bruno de Carvalho, a saída de Paulo Sérgio, que chegou
Doces e Salgados
ao Sporting no início da época, “era esperada”, porque a
“situação não era boa”.
venha deliciar-se
ou encomende...
Bruno de Carvalho afirmou que José Couceiro foi “a escolha
mais óbvia” e considerou ser essencial transmitir ao grupo,
“que ainda luta pela Taça da Liga e pelo terceiro lugar no (416) 651 1780
campeonato”, uma “mensagem de confiança”.
Zeferino Boal admitiu que a saída do técnico, que chegou a
Alvalade no início da época, “foi um ato de gestão errado,
JACK´S BAKERY
que não deveria ter sido feito neste ‘timing’”.

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 28 de fevereiro 2011
Democracia morreu com Savimbi?
Morte de Savimbi trouxe “mais paz e menos diálogo”
*No 9.º aniversário da morte do fundador da UNITA há ainda muita controvérsia
No 9º aniversário da morte do líder rebelde, o co-fundador da UNI-
TA Samuel Chiwale disse, designadamente, à Voz da América, que
a democracia morreu com Savimbi. Passaram a 22 de Fevereiro
nove anos sobre a morte de Jonas Savimbi, o líder do então movi-
mento rebelde angolano, UNITA. Morreu baleado por forças gov-
ernamentais na província do Moxico.
Com ele encerrava-se o capítulo de uma das mais sangrentas guer-
ras civis no continente africano abrindo-se também o caminho ao
MPLA para o controlo quase total do país.
Terça-feira passada, a capital da província do Moxico, Luena, foi
palco de uma cerimónia evocativa do antigo líder que contou com
a presença do actual presidente do partido Isaías Samakuva assim
como de outros dirigentes da UNITA.
Chiwale acha que a democracia morreu com Savimbi
O co-fundador da UNITA Samuel Chiwale, disse que a democracia
em Angola morreu com Jonas Savimbi. Acentua que ele “morreu
pela libertação da pátria” e nega que estivesse mais interessado em
ser presidente de Angola do que na democracia.
Em 2002 e anos subsequentes, o desaparecimento físico do líder
da oposição armada foi tema de exaustiva exploração mediática
por parte do governo do MPLA. A recepção perante as câmaras da
televisão dos ex-guerrilheiros saídos das matas, punha em relevo a
magnanimidade das autoridades.
Seguiu-se a assinatura no mês de Abril de 2002 do “Memorando
de Entendimento” pelos militares, sem o envolvimento directo dos
políticos, reforçando a premissa de que Savimbi era o único obstá-
culo à paz em Angola
Volvida quase uma década esta é uma imagem que parece desgasta-
da pelo tempo. E ainda há demasiada controvérsia. O jornalista e
analista político angolano, Reginaldo Silva, diz que a morte de Sav-
imbi acelerou a chegada da paz, mas traduziu-se também por um
panorama político menos competitivo, tanto no campo das ideias
como no que se refere aos resultados eleitorais.
A morte do líder da UNITA permitiu a Paz
Silva crê que a morte de Savimbi permitiu a paz, tando porque o
líder da UNITA podia ser considerado um obstáculo, como porque
naquela altura (2002) o governo angolano desistira de um enten-
dimento com Savimbi e pretendia, tão só, derrotar militarmente o
teimoso grupo rebelde.
Na semana em que passam nove anos sobre a morte de Jonas Sav-
imbi, um dos diplomatas americanos que mais lidou com ele re-
corda o antigo líder da UNITA como uma “pessoa difícil”.
O embaixador Herman Cohen foi secretário de estado adjunto para
os Assuntos Africanos, de 1989 a 2003, durante a administração do
primeiro presidente Bush.
Em 1989, os Estados Unidos prestavam cerca de 50 a 60 milhões de
dólares por ano em assistência secreta à UNITA que era apoiada por
ONU preocupada com a violencia
em Abidjan
*Dois Governos em luta
A missão da ONU na Costa do Marfim apelou à moderação por
parte dos dois governos rivais enquanto prossegue a violência nos
subúrbios de Abidjan onde se encontra o vencedor certificado pela
ONU.
A missão da ONU na Costa do Marfim está preocupada com o nível
de violência dos últimos dias em Abidjan, enquanto os chefes de
estado da União Africana se encontraram tanto com o presidente
em exercício Laurent Gbagbo e o vencedor do sufrágio presidencial
certificado pela ONU, o antigo primeiro-ministro Alassane Ouat-
tara.
Numa declaração escrita, a missão da ONU condenou o uso inapro-
priado da força, em especial a utilização indiscriminada de armas
pesadas. Apelou às partes para demonstrarem a maior ponderação
política e nas iniciativas diplomáticas que estão a ser feitas ao mais
alto nível, para encontrar uma solução pacífica para a crise pós
eleitoral.
Cerca de uma vintena de pessoas forma mortas nos últimos dias
durante actos de violência entre apoiantes de Ouattara e os militares
pró Gbabgo, em dois subúrbios de Abidjan. Entre os mortos estão
10 soldados que foram mortos na terça-feira no decurso de uma
emboscada.
O painel da União Africana, que integra os chefes de estado do
Burkina Faso, do Chade, da Mauritânia, da África do Sul e da Tan-
zânia, tem agora uma semana para decidir da decisão que seja le-
galmente vinculativa a todos os marfinenses.
No entanto a União Africana não possui mecanismo para fazer apli-
car as suas decisões, e as duas partes no conflito têm manifestado
dúvidas sobre o impacto da mediação.
cerca de 250 congressistas entre os 435
da Câmara dos Representantes.
O partido de Jonas Savimbi era apoiado
pela direita americana - o Partido Repub-
licano - no poder na altura, e que tentava
obrigar o MPLA a abandonar o marxis-
mo-leninismo, pôr termo à guerra civil e
aceitar eleições livres e justas. Quem geria
este processo na administração Bush era
Herman Cohen um interlocutor comum de
Jonas Savimbi.
“Ele era uma pessoa muito difícil, disse
Cohen explicando que Savimbi “tinha
apoio muito forte no que se pode consid-
erar a ala direita da política americana.
Era muito difícil dar-lhe conselhos que
ele não queria ouvir ou criticá-lo no que quer que fosse… pois ele
queixava-se aos seus apoiantes, sobretudo numa administração re-
publicana. Portanto, era muito difícil lidar com ele.”
A política americana para Angola, aceitando os desejos da UNITA,
era a de promover uma “genuína reconciliação nacional conducente
a eleições livres e justas”. Os Estados Unidos apoiavam a UNITA,
continuaram a apoiá-la após os acordos de paz de Bicesse e até
mesmo durante a campanha eleitoral. Mas quando os resultados
não lhe deram a vitória, nas presidenciais de 1992, Savimbi voltou-
se contra os Estados Unidos.
“Ele estava muito zangado connosco por não aceitarmos a sua rei-
vindicação de que as eleições de 1992 foram fraudulentas,” recorda
Cohen. “Ele concordou que a ONU estaria encarregada de adminis-
trar as eleições e o governo de Angola concordou que a ONU ficaria
encarregada de administrar as eleições. Quando a ONU investigou
as suas alegações de fraude e verificou que elas não tinham razão de
ser, todos nos EUA – incluindo os seus amigos - lhe disseram para
aceitar os resultados”.
Eleições “em geral livres e justas”
Mas Savimbi não aceitou os resultados. Washington declarou ofi-
cialmente, tal como as Nações Unidas, que as eleições foram “em
geral livres e justas” e que devia haver uma segunda volta das
presidenciais entre Jonas Savimbi e o presidente José Eduardo dos
Santos. Mas a UNITA regressou às armas. Savimbi queria menos
eleições livres e justas do que eleições que pudesse ganhar. O que
aconteceu depois é já parte integrante da História de Angola.
O presidente da Unita, Isaías Samakuva, encerrou, entretanto,
uma digressão de 12 dias por 4 províncias do nordeste de Angola
tendo participado no Moxico nas cerimónias evocativas do nono
aniversário da morte de Jonas Savimbi.
Samakuva disse ter encontrado o apoio de milhares de angolanos,
entre antigos e novos aderentes ao projecto do seu partido, o que o
deixava satisfeito com a promessa reafirmada na democracia.
A situação socioeconómica das populações preocupa o líder do
“Galo Negro”, que admitiu haver um sofrimento extremo no país
com a escassez de quase tudo, agravado com a falta de fiscalização
dos projectos sociais em curso.
“Alguns passos foram dados aqui e acolá, mas mais uma vez não
há, não houve fiscalização, então, parece-nos que mais uma vez foi
esbanjado o dinheiro do nosso povo, do Estado” disse o líder da
UNITA.O sector da saúde nas regiões visitadas é considerado como
débil, com a ausência de medicamentos e o extravio das poucas
quantidades, precisou Isaías Samakuva, que rendeu homenagem a
Jonas Savimbi, no cemitério do Luena.
O governo de Gbagbo indicou que irá aceitar a decisão da União
Africana apenas se não contestar a legitimidade do conselho consti-
tucional que considerou Gbagbo vencedor do sufrágio.
Ouattara afirma-se pessimista sobre a mediação da União Africana
tendo em consideração as iniciativas anteriores, que não conse-
guiram convencer Gbagbo a ceder pacificamente o poder.
O primeiro ministro de Outtara sustenta que os marfinenses não
devem esperar algo da União Africana e devem ao invés seguir o
estilo da revolta egípcia para forçarem a saída do poder de Gbagbo.
Os apoiantes de Outtrara criticaram o presidente sul-africano Jacob
Zuma após ter sugerido uma partilha do poder interina ate à real-
ização de novas eleições.
Apoiantes de Gbagbo cercaram ao aeroporto de Abidjan antes da
chegada da delegação da União Africana, levando a que o presi-
dente Burkinabe Blaise Compaore a desistir da viagem por razoes
de segurança.
Apoiantes de Gbagbo consideram que Compaore não é um nego-
ciador neutral pelo apoio de longa data prestado a Outtara.
Factos da semana . 17
Revolta alastra
na Líbia
Pesado tiroteio tem-se vindo a ouvir na capital da Líbia, Tripoli,
quando manifestantes anti-governo se confrontaram com elemen-
tos leais do líder líbio Moammar Gaddafi, numa altura em que há
informações de que a maior parte do leste do país se encontra nas
mãos dos revoltosos.
A oposição disse, logo no início da semana, ter tomado Misratah,
a maior cidade na parte ocidental do país. Confrontos irromperam
nos últimos dias na cidade de Sabratha, a oeste de Tripoli, onde o
exército e milícias tentavam neutralizar manifestantes que cerca-
vam edifícios governamentais.
Residentes de Misratah celebraram vitória tocando buzinas de au-
tomóveis e empunhando bandeiras líbias pré-Gaddafi.
Dois pilotos da Força Aérea Líbia saltaram de pára-quedas depois
de terem feito despenhar o seu caça a jacto de fabrico russo Suk-
hoi no deserto perto da cidade de Breqa, em vez de cumprirem as
ordens recebidas de bombardear a cidade de Benghazi, a segunda
maior cidade do país e que estaria nas mãos dos revoltosos.
Gaddafi não quer sair
O discurso de Gaddafi em que prometeu lutar até à ultima gota do
seu sangue para se manter no poder onde se encontra há 41 anos e
ameaçando com a pena de morte os manifestantes causou uma onda
de críticas em todo o mundo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Franco Frattini, es-
timou que as cerca de mil pessoas que terão morrido na violência
na Líbia são um numero credível, embora tenha sublinhado que a
informação sobre vitimas é ainda incompleta. A organização Hu-
man Rights Watch coloca o número de mortos em perto de 300.
Na fronteira da Líbia com o Egipto, guardas fronteiriços desertaram
e chefes tribais locais criaram comités para os substituírem.
Ministro do Interior líbio demite-se
O ministro do Interior da Líbia, Abdel Fatah Younes, demitiu-se e
exortou o exército a juntar-se ao povo na revolução e apoiar as suas
«exigências legítimas». Ao mesmo tempo, o Conselho de Seguran-
ça das Nações Unidas divulgava uma declaração em que exigiu o
fim imediato da violência.
O Conselho “condena a violência e o uso da força contra civis,
deplora a repressão de manifestações pacíficas, e lamenta profun-
damente a morte de centenas de civis”. Apesar de a linguagem ser
dura pelos padrões diplomáticos, a declaração do Conselho não tem
a força de uma resolução formal.
A secretária de estado, Hillary Clinton, manifestou “alarme” face à
situação na Líbia, e descreveu o que se passa como “um banho de
sangue inaceitável”. No entanto, tal como o Conselho de Segurança
da ONU, não anunciou medidas concretas.
Na sua declaração, o ministro do Interior, Abdel Fatah Younes an-
unciou que “abandono todas as minhas funções para responder à
revolução de 17 de Fevereiro baseado na minha total convicção
e na legitimidade das suas exigências. Peço ao exército líbio para
servir o povo e apoiar a revolução de 17 de Fevereiro”.
Esta declaração foi divulgada pela televisão al-Jazeera, horas de-
pois de um discuyrso em que o Coronel Muammar Kadhafi recusou
demitir-se, disse que a Líbia é uma criação sua e morrerá, por ela,
como um mártir e ameaçou esmagar os revoltosos. Considera-se
como “um guia” e como tal e segundo as suas próprias palavras,
“está acima da função de presidente”. Sublinha Kadhafi que ele
não ocupa o cargo de presidente para que dele se demita, e citando:
“Kadhafi é chefe da revolução, o sinónimo de sacrifício até ao fim
da vida. É o meu país e o dos meus pais ancestrais.”
Kadhafi ameaça os manifestantes com pena de morte, e descreve-
os como “ratos de esgoto ao serviço dos estrangeiros”, “drogados”,
“carochas”, “islamitas” e “cobardes que aplaudem os Estados Uni-
dos”. Exorta os seus apoiantes a saírem à rua para travar os pro-
testos.
A violência que envolve a Líbia é a pior em mais de um mês de agi-
tação no Norte de África e Médio Oriente que derrubou os regimes
na Tunísia e no Egipto, causando preocupação nos mercados já que
a Líbia é o principal fornecedor de petróleo a Europa.
 18 . Coisas e loisas 28 de fevereiro 2011
Vale a pena ler...
A diferença Judite Sousa de saída da RTP
entre “http” e “https” ao fim de 30 anos
A informação já avançada pelo Diário de Notícias,
ganhou logo foros de sensação.

A jornalista foi convidada para ir para a TVI com

José Alberto Carvalho.

Fontes citadas por aquele diário dizem que Judite Sousa

foi vista durante a tarde de quarta-feira, “a chorar, abra-
çada a uma colega com quem trabalha diariamente”, o
que dava força às informações de que a jornalista pode-
ria estar de saída da RTP.

Com o cargo de directora-adjunta de informação da

Eis aqui um conselho válido e talvez muita gente não saiba disto...
Especialmente para quem faz compras via Internet.
A DIFERENÇA ENTRE “http” e “https” .
A maioria das pessoas ignora que a diferença entre a utilização de
http:// e https:// é, simplesmente, a sua segurança! O “s” = secure
segurança.
A sigla http quer dizer “Hyper Text Transport Protocol”, que é a
linguagem para troca de informação entre servidores e clientes da
rede.
O que é importante, e o que marca a diferença, é a letra “s” que é a
abreviatura de “Secure”!
Ao visitar uma página na web observe se começa por: http://; isto
significa que essa página se comunica numa linguagem normal,
mas sem segurança!
Não se deve dar o número do cartão de crédito através de uma pá-
gina/site começada por http://.
Se começar por https://, isso significa que o computador está co-
nectado a uma página que se corresponde numa linguagem codi-
ficada e segura, à prova de espiões.
Prevenir nunca é demais, avise os seus amigos
RTP, a jornalista foi convidada a ir para a TVI com
José Alberto Carvalho, director de informação da RTP,
convidado a exercer esse mesmo cargo na estação de
Queluz de Baixo, após a saída de Júlio Magalhães.
Judite Sousa está na RTP há 30 anos. Conduz semanal-
mente o programa “Grande Entrevista”, que esta sema-
na foi substituído por um especial informação dedicado
à situação no Médio Oriente, que será apresentado por
Márcia Rodrigues.
Segundo o Diário de Notícias, também Maria José
Nunes, actual directora de meios da RTP, e Miguel Bar-
roso, subdirector de informação da estação, poderão
estar de saída para a TVI.
João Cotrim de Figueiredo é o director-geral da estação
de Queluz de Baixo, que está em fase de mudança após
as saídas de José Eduardo Moniz (para a Ongoing) em
Agosto de 2009, Manuela Moura Guedes, Júlia Pinhei-
ro e Gabriela Sobral (para a SIC). A estação ficou sem
director de programas em Novembro, quando André
Cerqueira abandonou o cargo. Na terça-feira à noite, na
festa do 18.º aniversário da TVI, Júlio Magalhães co-
municou que iria deixar de ser director de informação.

UM ROMANCE QUE O NÃO É

Qualquer semelhança com
casos ou factos da vida real
pode não ser pura coincidência
Livro a editar muito em breve, agora a ser apresentado
aos leitores de ABC com extractos em fascículos
(continuação)
Acentuou mesmo que pessoas assim deveriam ser quase “obrigadas” a ficar.
Conceição dissera ao irmão, naquela altura, que havia muita coisa que ele tinha de ver com os próprios
olhos, na medida em que tudo se modificou. E quando ele lhe perguntava se havia mudanças para
melhor, a São - com um misto de prudência e de verdade - foi dizendo que “talvez para melhor”, não
deixando, no entanto, de acentuar que havia muitas e muitas dificuldades que só a prática do dia-a-dia
deixava ver.
Domingos dissera, entretanto, à Conceição para ter cuidado com o que dizia ao telefone. Por isso algu-
mas evasivas na conversa com o irmão.
A Conceição e os pais saíam, algumas vezes, com o Domingos. Iam até casa do Maiato, quando não
a um restaurante que havia na Estrada de Catete, um restaurante que, entretanto, e aos poucos, foi co-
meçando a sentir as dificuldades de todos. Não era fácil arranjar víveres e coisas necessárias para que
o estabelecimento se pudesse continuar a chamar restaurante. Mesmo assim, às vezes, passavam por lá
apenas para espairecer. Mesmo que não comessem - pelo menos como outrora - sempre haveria uma
cerveja para beberricar ou um prato de feijão com arroz para enganar o apetite...
- Vamos sair?! - O convite era do Domingos.
O pai não se fez rogado, até porque sòzinho não saía nem aconselhava ninguém a sair, mas com o
Domingos, a situação era diferente...
- Vamos, então. Você sempre pode dar um sopapo a quem se meter connosco...
- Pois sim... eles hoje têm mais força do que nós... e o sopapo já é dado por armas e às vezes bem
sofisticadas.
Chegaram ao restaurante mesmo a tempo de ver um grupo a sair. Não fizeram grande caso dos recém-
-chegados, mas lá dentro o comando anotou logo o porquê de relativa pressa. O dono do restaurante,
um tal Vilela, da zona de Braga, foi dizendo, desde logo, que aqueles matulões tinham entrado, come-
ram o que havia, beberam duas garrafas de vinho (porque não havia mais) e depois foram-se embora
sem pagar...
- Olhe que quando eu barafustei... um deles tirou uma pistola do bolso e ainda me ameaçou... Isto,
assim, não pode continuar. Alguém terá de fazer alguma coisa... Eu já telefonei à Polícia e dei-lhes
indicação de quem eles era...
- Mas o senhor conhecia-os?
- Conhecia alguns... Dois ou três estão ali no Grafanil e a família vive aqui perto. Como lhes ouvi o
nome... foi o que eu disse à Polícia.
- Vai ver o que a Polícia faz - disse a Conceição, descrendo da actividade policial.
- Minha senhora! Acho que desta vez vão fazer alguma coisa. Aparentemente, andava aqui uma patru-
lha que foi avisada. Talvez ainda apanhe alguns...
Domingos ouvia a história. Aqui e além metia a conversa, mas sem grande entusiasmo. Tudo aquilo lhe
parecia pouco agradável para ser comentado.
Todos se sentaram e foram comendo o que havia, entremeado com duas ou três cervejas. Conceição,
meio a rir meio a sério, ia dizendo que todos estavam a transformar-se em bêbedos... já que naqueles
dias de saida bebiam. Ela não conseguia beber mais do que água ou um sumo de laranja, quando ainda
os havia, porque agora...
Passadas duas horas sensìvelmente, a família preparava-se para sair. Já não era cedo e Domingos tinha
ainda de ir ao Prenda e voltar para casa. A Conceição estava contente por ver toda a família reunida e
feliz. Sobretudo porque se falou muito, também, na vinda do Agostinho. Uma mágoa: o outro ramo da
família - como a São chamava ao Maiato e ao Tozé - não estar presente. Ela gostava, muito sincera-
mente, do Maiato e da Guida, sem esquecer, de resto, que o Tozé chegou a andar a estudar com ela, na
mesma turma, inclusivamente.
Domingos pediu a conta. No preciso momento em que o sr. Vilela a trazia... começou um tiroteio.
Balas e mais balas alojaram-se, aos poucos, na zona do balcão do estabelecimento. Era uma autêntica
saraivada de projécteis. Ninguém se atrevia a ir à janela ver quem era. Ninguém estava armado e era no
mínimo altamente perigoso... avançar para o lado de fora. Todos se atiraram para o chão a uma ordem
do Domingos que, mais uma vez, se auto-criticou por não vir armado, como devia e como podia, dada
a sua condição de militar.
 28 de fevereiro 2011 Coisas e loisas . 19

Berta Cabral desafia jovens Carlos Cruz e Raquel

vão divorciar-se
a não perderem esperança no futuro após 11 anos
A Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada lançou o de-
safio à juventude para que esta tenha “um grande projecto de vida”.
Berta Cabral afirmou que, embora os tempos sejam difíceis e pos-
sam levar à desmotivação, cabe à juventude, com o apoio das en-
tidades públicas e privadas, “ter um discurso de esperança e uma
atitude pró-activa. Porque todos temos de construir o futuro e os
jovens são predominantes para o sucesso deste mesmo futuro”,
sublinhou.
Berta Cabral que falava, no final de quinta-feira, na entrega das
medalhas de reconhecimento do Município à equipa de juniores
do Santa Clara, pela vitória do Campeonato Regional de Futebol

É preciso sonhar alto

2010/2011, quis deixar uma mensagem a toda a juventude em geral
ao expressar que “os jovens devem participar em toda a linha: des-
portivamente, civicamente e na escola. O futebol congrega muitos
jovens e é uma forma de participação de cada um na comunidade
ao nível do desporto e ao nível de estilos de vida saudáveis. Têm de
agarrar na construção do vosso futuro”. incitou.
“Vejo muito desinteresse, por exemplo, na participação política.
Não deixem nas mãos dos outros a decisão do vosso futuro. Tudo o
que vos é requerido é que estejam preparados com um juízo auto-
crítico e crítico relativamente ao que vos rodeia, ao vosso futuro”,
acrescentou.
Para isto, a responsável política considerou que “é preciso sonhar
alto, elevar a fasquia dos vossos objectivos e ultrapassar desafios.
Sentir o gosto de se ultrapassarem os desafios, quando se consegue
alcançar uma conquista difícil”.
“A bola está do vosso lado – continuou – se não houver a vossa
vontade, nada se pode fazer. Isto é verdade no futebol, mas é ver-
dade, também, em todas as áreas da vossa vida”, concluiu. O ex-apresentador e a ex-manequim, que têm uma filha
Aos juniores do Santa Clara, em especial, Berta Cabral pediu para
em comum com oito anos, já não vivem juntos.
que sejam grandes jogadores, porque os Açores precisam de joga-
dores formados na Região, “mas que sejam, sobretudo, grandes ho-
mens e que tenham um grande projecto de vida”. Carlos e Raquel Cruz estão separados, dicidindo colocar um
No que ao desporto diz respeito, este reconhecimento aos juniores fim ao seu casamento de 11 anos. O ex-apresentador, de 58
de Santa Clara acontece após a congratulação pública do Município anos, e a ex-manequim, de 37, vão avançar com o divórcio e
quanto à sua vitória no Campeonato de São Miguel. Para chega- viver em casas separadas.
rem ao título regional, por que agora são reconhecidos, os juniores “Decidimos, por comum acordo, a nossa separação de facto,
defrontaram o Fayal Sport e o Angrense, num torneio de quatro jo- deixando de viver juntos”, cita a revista Lux, que publica a
gos, quatro vitórias e nove golos marcados pelos encarnados e ape- história do agora ex-casal, que tem vivido altos e baixos nos
nas um sofrido num campeonato que o presidente do Santa Clara, últimos anos, até pelo envolvimento do ex-apresentador no
Mário Baptista diz ter sido “quase perfeito”. processo Casa Pia.
Pela frente está o sonho de uma boa participação no campeonato
Recorde-se que Carlos Cruz e Raquel têm uma filha em co-
nacional, que começa a 12 de Março com um jogo frente ao Boavis-
mum, Mariana, de oito anos.
ta, e o desafio do Santa Clara chegar à 1ª Divisão.

Quando o tiroteio parou... Domingos, rastejando, foi Domingos compreendeu.

até à porta. Ainda viu três ou quatro meliantes a en-
trarem para uma carrinha estacionada perto. Um de- - A verdade é que eu entendo a sua forma de pensar. Como entendo o amor que tantos tinham a esta
les foi bem reconhecido. Tinha-o visto, horas antes, a terra - a sua casa grande - e tiveram de sair. Ao sairem, acabaram por deixar tudo isto mais vazio, menos
sair do restaurante. vivo e mais entristecido.

Percebera-se tudo. A Polícia era bem capaz de ter - É pena, é.

deitado a mão a alguns dos que, entrando no restau-
rante, preferiram comer sem pagar. Os outros, talvez - Até porque... houve muita gente, que agora está a sair, que fez muito pela terra e pelas gentes. De
avisados, acharam que deveriam ir meter um susto ao resto, a sua saida não ajudou a melhorar as coisas. A paz não se instalou, definitivamente, entre nós,
Vilela. E pronto... nem os produtos de que precisamos começaram a abundar por cá. Bem ao contrário...

A verdade é que, daquela vez, não houve nem mortos
nem feridos. Os prejuizos eram bem capazes de ser
avultados. Sobretudo os prejuizos que acabavam por
entrar em conta da desconfiança que se ia instalando
um pouco por toda a parte.
- Custa-me muito... mas não há dúvida de que me te-
nho de ir embora. Com este tiroteio, já é o sétimo,
no espaço de 3 meses. Que é que eu posso fazer? Eu
gosto muito de estar aqui... já que aqui passei os me-
lhores anos da minha vida, mas, assim, como é que
eu posso ficar?
Domingos compreendia. Lembrava-se que fora, afinal, a bomba que explodiu no Jornal que fez com
que Maiato, bem contra a sua própria vontade, deixasse o país. Lembrava-se que muitos técnicos e exe-
cutivos tinham mergulhado o país num (quase) cáos porque não se lhe oferecia garantia de segurança.
Não esquecia que ele próprio já por mais de uma vez pensara em ir embora.
A Angola-mãe chorava os seus filhos. Estes, entristecidos e magoados, só viam a saida... como a única
porta que se lhes deparava naquela altura. Vilela, uma vida dedicada a Angola, era, assim, mais um
que saía.
OPERAÇÃO “ASSALTO AO CEMITÉRIO”
Na aldeia onde Tozé estava “transplantado”, o ambiente era, no fundo, sempre igual. Para o comando -
e ele nunca deixou que o tratassem por ex-comando - era quase indispensável à sua sobrevivência sair
do “buraco”, como ele considerava Folques. E isto porque, a despeito de tudo, a ambiência é, na maior
parte dos casos, feita pelo próprio. Não é apenas com a beleza da paisagem, a amenidade do clima ou,
até, a bonomia daqueles com quem nos vamos cruzando. Ela vem, afinal, de dentro de nós e extravasa
sentimentos, se estes existirem e forem comandados por uma certa boa (ou má) disposição. Sendo
assim... certo se tornava que Tozé não se poderia sentir bem. Os seus pensamentos voavam para longe.
Ora para o frio Canadá, onde os pais se mantinham numa tentativa de esquecer Angola. Ora para a terra
quente de Angola, onde nascera e crescera e onde o Domingos vivia, com os problemas inerentes de
uma sociedade em ebulição constante e em mutações incríveis na febre de muitos dos seus dirigentes
em fazer tudo diferente do que estava feito.
Tozé era visto, na aldeia, como excêntrico, que muitos traduziam por “doido”. É que ele não conseguia
fazer nada que era parte da actividade geral diária. E, segundo ele, muitas vezes tentou. Talvez que o
curso de comandos - os estudiosos hão-de talvez ver isso... - lhe transformasse a maneira de ser e a
capacidade de se integrar noutras sociedades e noutra forma de ser e estar. Naquela altura, precisavam
os fautores dos comandos de homens preparados para lutar, auto-suficientes, sem medo de nada nem
de ninguém, homens a serem obrigados a matar de qualquer forma? Criaram-se projectos e programas
e homens para atingir esse objectivo.

À passagem pela casa onde vivia - e lembrando-se, de resto, do que o próprio Maiato dissera antes de
se ir embora - Domingos perguntou à São e aos pais se não quereriam ficar por ali. Talvez que a zona
fosse mais calma e houvesse melhores condições de defesa. No Prenda, sucediam-se, diàriamente,
ataques e assaltos, seguidos de roubos, quando não de mortes. Talvez que ali, a dois passos da Polícia
e com outra gente à volta... fosse melhor.
Polida, mas firmemente, o pai disse que não. Custava-lhe muito deixar a casa - por pequena que fosse,
como era o caso - onde morreram os pais e onde nasceram os filhos. Entristecia-o saber e ver o que se
estava a passar por toda a parte da cidade, mas preferia ali continuar.
- Bem vês... é a minha casa... é a casa dos meus filhos. Aqui hei-de morrer, também.
Tozé fora treinado para matar. Deram-lhe lições de um certo estilo de defesa própria. Mataram, afinal,
o que, antes, havia naquela cabeça e, talvez até, naquele coração. Não lhe arrancaram tudo, porque
havia coisas demasiadamente enraizadas e difíceis de extirpar. Na aldeia, portanto, e porque não tinha
consigo o objecto desses enraizamentos - o país onde nasceu, os pais e o Domingos - naturalmente que
só veio ao de cima a outra parte, ou seja, aquela que foi construida para as necessidades daquele tempo,
ou seja, a do homem treinado para matar.
Metera-se várias vezes em brigas e não havia ninguém nas redondezas que desconhecesse a força e a
destreza daquele homem. De uma forma geral, as brigas eram acerca de coisas sem importância para a
maioria das pessoas... mas que a ele tocavam demasiadamente fundo. Era como alguém que, sentindo
um simples toque no braço, ao cruzar-se com alguém, “visse” que lhe tinham dado um soco forte.
E agisse em conformidade, com os nervos à flor da pele. (Continua)
 20 . Automobilismo
BMW-i é a nova divisão
de carros eléctricos
*A marca alemã cria sub-marca
A especificidade da propulsão eléctrica fez com que a BMW criasse
uma sub-marca, designada i, para não misturar negócios. O projecto
de carros eléctricos da BMW arrancou em 2007 com o Megacity.
A partir de agora a nova marca - semelhante à divisão M - fica
responsável pelo desenvolvimento de carros híbridos e eléctricos.
A BMW-i anuncia uma vasta gama de modelos, dois deles a lançar
já em 2013: o i-3 e o i-8. O primeiro será 100% eléctrico e chega
com o know-how adquirido nos testes feitos pelo Mini-e e pelo
Série 1 Active-e. A estrutura do i-3 é toda em CFRP, um material
plástico reforçado com fibra de carbono que permite reduzir o peso
em 30% face ao alumínio e 50% em relação ao aço. Esta foi a forma
encontrada para compensar o acréscimo de peso dos módulos da
bateria.
A bateria alimenta um motor de 170 CV e um binário de 240 Nm,
suficientes para atingir os 150 km/h de velocidade máxima e uma
aceleração de 0 a 100 km/h em 10 segundos. O carro, pensado
para o trânsito citadino, tem tracção traseira. Os vários testes de
segurança que a BMW levou a cabo, mostraram, diz a marca,
resultados muito positivos.
Já o i-8 é uma berlina de quatro portas, cujo desenho deriva do
protótipo Vision EfficientDynamics, apresentado em 2009. Para
esta proposta a escolha recaiu numa propulsão híbrida, com
possibilidade de carregamento através de uma tomada, mas que
permite uma fazer uma viagem maior sem complicações.
Renault lança
edição especial
* O pequeno Renault
coloca duas versões
abaixo dos 10 mil euros
A Renault reforçou os argumentos do pequeno Twingo. Agora,
coloca duas versões abaixo dos 10 mil euros: o Twingo Acess
(8.700€), que é a entrada na gama e a série especial Twingo Yahoo
(9.990€). Esta última, uma versão personalizada e com um nível de
equipamento marcadamente tecnológico e interactivo para piscar o
olho aos mais jovens.
O conhecido motor de busca Yahoo dá o nome a esta Série Especial,
igualmente equipada com o bloco a gasolina de 1.2 16V de 75 CV,
mas também com o 1.5 dCi de 85 CV, com 94g de emissões de
CO2.
Se a distinção conferida pela assinatura Yahoo é perceptível logo
no exterior, é, no entanto, no habitáculo que a personalização
atinge maior expressão: o cinzento escuro combina com o branco
das costuras, os bancos e as laterais das portas têm uma decoração
personalizada e, entre outros pormenores, os comandos de
regulação da ventilação, o contorno do velocímetro e os manípulos
interiores das portas são em branco lacado.
O destaque vai também para o equipamento oferecendo, de série,
os elevadores eléctricos dos vidros dianteiros, os retrovisores
exteriores eléctricos na cor da carroçaria, o volante regulável em
altura e, entre outros, uma oferta completa de novas tecnologias a
bordo: Radiosat de 80W com CD, ligação para iPod e comandos no
volante. O Audio Connection Box é opcional.
O Twingo Access 1.2 75CV custa 8.700€, enquanto o Twingo
Yahoo 1.2 75CV tem um preço de 9.990€. Já a versão Yahoo 1.5
dCi 85CV ostenta 14.100€ na etiqueta. Este último motor reivindica
consumos de 3,6 l/100 km, enquanto o gasolina anuncia 4,7 l/100
km.
No campo oposto estão as novas versões Gordini, que chegam em
breve a Portugal para uma condução
mais divertida.
A F-1, o dinheiro
e o GP do Bahrein
A correria dos últimos dias foi grande, mas consegui um tempinho
para escrever sobre a suspensão (não é adiamento, já que ainda
não há uma data) do GP do Bahrein, que abriria a temporada 2011
da Fórmula 1. Antes de tudo, a decisão, tomada por Salman bin
Hamad bin Isa Al-Khalifa, príncipe do Bahrein, foi acertadíssima.
Apesar de eu acreditar que o governo do Bahrein seria capaz de
prover segurança para a realização da corrida, não há clima no país
para a realização de um evento desportivo como a maior categoria
do automobilismo mundial. Além disso, era expor pilotos e equipes
a um risco desnecessário, dada a violência da polícia local na
repressão dos protestos. E, por último, seria uma enorme mancha
na imagem da F-1.
Só que o fato de eu concordar com a suspensão não quer dizer que
eu concorde com a postura de várias pessoas ligadas à Fórmula
1 nos últimos dias. A pressão para o cancelamento da corrida no
Bahrein foi enorme, mas a categoria, por exemplo, acabou de
renovar o contrato do GP da China, que é realizado no circuito de
Xangai. Ora, o país asiático também não restringe os direitos dos
cidadãos como, por exemplo, o bloqueio a vários sites da internet?
Não reprime de forma violenta os manifestantes? Não tem uma
penca de prisioneiros políticos? E alguém questiona – por estes
motivos, é claro – a realização de uma corrida na China? Nem perto
disso, é claro. Ora, meus caros. O que move a F-1 é apenas e tão
somente o dinheiro.
A demora para o anúncio da suspensão da corrida se deu, pura e
simplesmente, por motivos econômicos. Nem Ecclestone e nem o
príncipe do Bahrein queriam amargar o prejuízo, que ficaria em
torno dos US$ 40 milhões valor que o governo do Bahrein tem de
pagar à Formula One Management (FOM) de Bernie, para receber
a corrida.
Um acordo foi costurado e o príncipe acabou por cancelar a prova,
com o chefe comercial da categoria assumindo a responsabilidade
Inspiração no passado
Após andar nos primeiros pelos cigarros Rothmans, entre
testes com o tradicional 1994 e 1997. A pintura traz a
azul-marinho, a Williams lembrança da última boa fase da
finalmente apresentou a equipe, campeã das temporadas
pintura que será usada na 1996 e 1997 com Damon Hill e
temporada 2011 da Fórmula Jacques Villeneuve. A reedição
1. Como a equipe prometeu, o é uma forma de relembrar os
FW33 apresentou um esquema tempos de vitórias para um time
de cores retrô, semelhante que precisa renascer.
à fase do time patrocinado Pessoalmente, achei a pintura
28 de fevereiro 2011
Paulo Alves – Carlos Moreira
de fazer o máximo para remarcar a corrida ainda em 2011. Em um
primeiro momento, nenhum dos dois lados sairia prejudicado. Uma
troca de favores, em suma. A F-1 de Bernie hoje depende muito do
dinheiro vindo destes países árabes.
Enquanto isso, os fãs aturam corridas nas pistas construídas por
Hermann Tilke, o “arquiteto oficial”. As tradicionais, como Spa-
Francorchamps, correm risco todo ano de não receberem um
GP. Se analisarmos pelo aspecto desportivo, é algo péssimo.
Economicamente, ao menos para quem manda na Fórmula 1, é
vantajoso. Por isso estamos vendo reclamações de várias sedes da
categoria, como Melbourne, Barcelona e Valência, contra as altas
taxas cobradas por Ecclestone para ter a categoria em seus circuitos.
Estamos chegando muito perto do momento em que teremos
problemas para manter o calendário nas atuais 19 ou 20 corridas.
Ao mesmo tempo, as equipes, protagonistas do show dentro das
pistas, querem receber uma fatia maior do bolo justamente, diga-
se de passagem. O modo de gestão de Ecclestone parece perto da
falência.
Por isso, meus amigos, não se iludam. A Fórmula 1 raras vezes
se dobrou a factores políticos externos e não cederia exatamente
agora. A suspensão do GP do Bahrein só se deu após um acordo
econômico entre as duas partes. Simples assim. E a solução mais
factível, pelo que vi até agora, é enfiar a corrida em Sakhir no dia 20
de novembro, após o GP de Abu Dhabi, empurrando o GP do Brasil
para 4 de dezembro. A data deve coincidir com a última rodada do
Brasileirão 2011. Ou seja, seria um desastre para os promotores
brasileiros, que perderiam boa parte do retorno de mídia, lutando
com o futebol. Mas para Bernie Ecclestone, a diferença é mínima.
Seu lucro será o mesmo, com a taxa paga pelos promotores da
corrida. E assim caminha a F-1.
bem bonita e muito elegante. Player Special, mas de forma
artificial, já que o time nada
É uma boa saída para a tem a ver com aquele dos
Williams, que já não tem mais tempos clássicos da Fórmula
tantos patrocinadores assim 1.
como nos bons tempos. É o Pelo menos a Williams
segundo esquema de cores relembra seus próprios bons
retrô que será usado neste ano. tempos, não precisa se apossar
A Renault-Lotus reeditou o da tradição dos outros, como
preto e dourado da Lotus-John no caso da Renault-Lotus.
 28 de fevereiro 2011 Daqui e dalem . 21

Vinhos de Portugal nas mesas de London

De facto, foi uma noite muito interessante. Daquelas que, para uma
cidade, acabam por ficar na História. Quinta-feira, Sérgio Marques,
director internacional de marqueting da Quinta da Bacalhôa – e dos
seus muito conhecidos vinhos – esteve em London. Para Felipe
Gomes, proprietário e director do Aroma Restaurante, “foi uma
noite em cheio”, especialmente “por ter dado a oportunidade, não
apenas de mostrar vinhos, de provar vinhos, mas também, de juntar
a isso a rica culinária portuguesa e, vamos lá, pelo menos em per-
spectiva... tudo isto como Arte”.
Sérgio Marques, com quem ainda tivemos oportunidade de falar,
já em Toronto, quando se dirigia para o aeroporto, considerou a

existem os edifícios, os muros com torreões de cúpulas aos gomos

A Quinta da Bacalhôa
Considerada a mais bela quinta da primeira metade do século XV
ainda existente em Portugal, a Quinta da Bacalhôa é uma antiga
propriedade da Casa Real Portuguesa. Localizados em Azeitão, a
Quinta e o famoso Palácio da Bacalhôa constituem um monumento
artístico da maior relevância para o País. De registo que, no século
XIV, pertenceu, como quinta de recreio, a João, Infante de Portugal,
filho do rei D. João I. Herdou-a sua filha Dona Brites, casada com o
segundo Duque de Viseu e mãe do Rei D. D. Manuel I. Ainda hoje
e também o grande tanque, beneficiações mandadas construir por
Dona Brites.
Actualmente a Quinta da Bacalhôa pertence à Fundação Berardo,
liderada pela família Berardo, cujo patriarca é o Comendador José
Berardo.
Foi classificada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitec-
tónico e Arqueológico (IGESPAR) como Monumento Nacional em
1996.

iniciativa de Felipe Gomes – vinhos, culinária e Arte – como “uma

iniciativa fantástica”. De resto, disse-se logo “fascinado” com o
projecto que ele tem em mente. “Ele é bem um embaixador da cul-
tura portuguesa, da qualidade que há em Portugal”, como diria.
Para ele, “Portugal tem algumas dificuldades de penetração, no to-
cante aos vinhos, face ao monopólio do Estado”. Lembra que o es-
paço que a LCBO facilita aos mais pequenos países... “é realmente
diminuto e obriga a uma espécie de criatividade para se poder ir
mais longe...”
Em Toronto, Sérgio Marques ainda teve oportunidade de se avistar
com um painel de consultores (e provadores) da LCBO, a quem deu
a conhecer os melhores vinhos da Quinta da Bacalhôa, já presentes
no mercado canadiano.
A Quinta do Carmo e outras “fonts” dos vinhos foram, assim, no-
vamente apresentadas no Aroma Restaurant. E a nós, em ABC, até
nos deu a oportunidade de ver a amizade e a camaradagem de An-
tónio Seara (Portugal Notícias) que acabou por nos ajudar – em
fotos e não só – a dar destaque a esta prova de vinhos... que foi mais
do que isso. Os nossos agradecimentos.
O evento no Aroma foi presenciado por três dezenas de convidados
ilustres, para além de dois representantes de “Diamond Estates -
Wines & Spirits Ltd.” Vinhos? Muitos e bons. Louridos Rosé, Rosé
da Ânfora, Catarina 2008, Tinto da Ânfora, Meia Pipa, Quinta
do Carmo e Bacalhôa Moscatel. Estes foram as vedetas da noite.
Isto para além de uma grande variedade de pratos preparados pelo
chefe do Aroma.

JACK´S
BAKERY
Especialidades únicas
O BIG JACK...
O ESCANGALHADO
PÃO DE LÓ
A LAVRADOR
352 Oakwood Ave (416)
ABERTO
24 HORAS 651 1780
 22 . Passatempos 28 de fevereiro 2011

Gossip Horóscopo
Carneiro
Britânico recupera visão ao ver retrato da mulher. George Hudspeth 21-3 A 20-4
tinha sido diagnosticado como cego há dez anos. Há um ano perdeu totalmente a Na saúde, cuidado com as dores de cabeça e com a tensão
visão. No entanto, os médicos foram surpreendidos quando, repentinamente, ele arterial. Período favorável no que concerne à situação laboral.
voltou a ver. E tudo aconteceu depois de ele Hudspeth ter ‘conversado’ com um
retrato da sua mulher. Touro
Hudspeth contou à BBC que ainda não sabe exactamente como aconteceu. «Estava 21-4 A 20-5
sentado em frente à televisão, a ouvir a televisão. Começaram os anúncios e eu Poderá ser afectado por dores musculares. Dedique mais tempo
decidi conversar com a foto da minha mulher. Quando me virei, a televisão estava à sua família e à pessoa amada. Eles sentem a sua falta.

ligada. Isto assustou-me e eu desliguei-a. Não sabia o que estava a acontecer»,

contou o aposentado. Hudspeth saiu da sala e preparou um chá. Quando voltou, Gémeos
ligou a televisão novamente. «E estava lá (a imagem), de novo, nas notícias das 21-5 A 20-6
cinco horas. Eu não parei de assistir, assisti (à televisão) a noite inteira. E tem sido óptimo desde então. Até já Poderá, em breve, ver os seus objectivos alcançados. A sua
consigo ver as minhas netas», afirmou o aposentado à BBC. saúde atravessa um período regular, sem sobressaltos.
Helen Jackman, directora-executiva da Sociedade de Degeneração Macular da Grã-Bretanha, afirma que o tipo
de perca de visão afecta Hudspeth é incurável, o que «torna a história dele ainda mais incrível».
Caranguejo
21-6 A 20-7
Fase de fadiga excessiva. Descanse mais. No amor, não se deixe
levar por pensamentos negativos.

Sudoku Palavras Cruzadas Leão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 21-7 A 20-8
9 4 Opte por alimentos mais saudáveis. Estará mais confiante nas
1 suas relações e encontrará um clima de equilíbrio.
4 5 3 2
3 Virgem
6 7 1 4 5
21-8 A 20-9
4 Clima tranquilo na vida sentimental. A sua saúde encontra-se
9 8 num período favorável, mas no qual cometerá alguns excessos.
5
6 5 8 1 7 6
Balança
8 6 7 21-9 A 20-10
Surgirão óptimas oportunidades para o compromisso afectivo.
8 Pode ficar inquieto com alguns problemas no sistema nervoso.
4 2 8 1 9
9
9 3 7 10 Escorpião
11 21-10 A 20-11
4 8 Dê um passo de cada vez e alcançará os seus objectivos
profissionais. A saúde não apresenta motivos de preocupação.
11- Sesta; Luada 11- Seara; Solta Horizontais madeira dura e escura;
10- Nua 10- Itu 1- Engenho explosivo/Objecto 11- Campo de cereais/Liberta;
9- Casse; Usual 9- Frase; Ésula cortante (pl.); Verticais Sagitário
8- Serenos 8- Méritos
2- Coloração; 1- Fila/Respiras com dificulda.;
7- Frota; Ateus 7- Arara; Anual
3- Parte fís. dos seres animados/ 2- Grande quantidade; 21-11 A 20-12
A sua saúde desfrutará de grande vitalidade neste período.
6- 6-
5- Acolá; Areia 5- Arama; Arena Peças rígidas que entram na 3- Sinaliza/Querida;
4- Pomares 4- Coletes constituição do endosqueleto 4- Terreno de árvores frutíferas Siga o conselho de peritos antes de iniciar algum negócio.
da maioria dos vertebrados; (pl.)/;
3- Marca; Amada 3- Corpo; Ossos
2- Ror 2- Cor
4- Peça de vestuário sem 5- Naquele lugar/Conj. de
Capricórnio
1- Bicha; Arfas 1- Bomba; Facas
VERTICAIS HORIZONTAIS mangas (pl.); partículas granulosas de
Palavras Cruzadas 5- Guarnece de arame/Recinto natureza mineral; 21-12 A 20-1
circular onde se correm touros; 6- A sua alimentação deverá ser um pouco mais equilibrada. Não
6- 7- Conj. de navios de guerra ou se exceda nas compras, pois não é o momento indicado.
7- Ave tropical/De ano em ano; mercantes/Descrente (pl.);
2 8 5 4 9 7 1 3 6

1 4 7 2 3 6 8 5 9 8- Valor moral e intelect.(pl.); 8- Calmos;

9- Oração/Nome vulgar 9- Doença das vinhas/Comum;
6 3 9 5 1 8 2 4 7
extensivo a plantas herbáceas, 10- Despida;
Aquário
5 9 6 3 4 1 7 2 8 de efeitos purgativos; 11- Sono que se dorme depois 21-1 A 20-2
10- Pau-ferro, árvore da fam. da refeição do meio-dia/ Poderá sofrer de algumas dores de rins. É provável que tenha de
4 7 1 9 8 2 5 6 3
das Leguminosas que fornece Suposta influência da Lua (s.f.); enfrentar alguns problemas financeiros, mas tudo se resolverá.
8 2 3 7 6 5 9 1 4
Anedota
9 5 4 1 7 3 6 8 2
Um amigo pergunta ao outro: Peixes
- O que recebeste neste natal?
21-2 A 20-3
3 6 2 8 5 9 4 7 1
- O melhor presente do Mundo! Um tambor!
Poderá sofrer de algumas dores de pernas e musculares. Visite
- A sério e tu gostaste? Não acho muita piada!
7 1 8 6 2 4 3 9 5 Sudoku
com maior regularidade os seus familiares mais próximos.
- Adorei! Os meus pais ofereceram-me 10€/sem. para não tocar!

LEIA E DIVULGUE ABC

 28 de fevereiro 2011 Coisas e loisas . 23
Vamos falar BOLSA DE EMPREGOS CIRV
sobre o Anis -Empregada em part-time ou
full-time, com experiência,
para loja de roupa em Toronto.
-Empregada para cozinha de
churrascaria. 416-862-2867
-Carpinteiro de acabamentos.
Contactar Joe. 416-524-0376
-Carpinteiro de acabamentos
para as áreas de Hamilton e
Milton. Contactar José. 519-
António Custódio Barros 416-531-4302 -Carpinteiro de acabamentos -Casal fluente em inglês, para 209-8071
com experiência. Contactar limpeza de restaurante na área
O anis, também chamado anis-verde, é tradicionalmente conhecido -Empregado com experiência Joe. 416-569-4217 de Vaughan. Contactar Leslie. -Homem para limpeza (trabal-
como tendo fácil cultivo em toda a Europa, especialmente na parte em manutenção de jardins e 905-542-3697 hos pesados) de edíficio com-
sul. Também aparece na área sudoeste da Ásia, aparecendo espon- com carta de condução. 905- -Pessoa para manutenção de ercial em Mississauga e também
tâneamente ou cultivado pela mão do Homem. 507-3915 edíficio, em part-time. -Empregada de salão de ca- uma senhora para fazer lim-
416-243-9801 beleireira. 416-657-0101 peza. Contactar Kevin Araujo.
Usada em culinária como tempero, condimento e aromatização de -Condutor com carta DZ com 416-684-3358
especialidades culinárias, assim como na confecção de rebuçados e experiência, vendedores com

ICWEB
de licores, é conhecido desde tempos muito antigos, desconhecen- conhecimento de materiais de
do-se, ao certo a sua origem inicial. construção e empregados para
Esta planta tem flores esbranquiçadas, frutos e sementes, estes dois armazém para manutençâo,
últimos são a parte da planta que têm utilização na medicina natu- carga e descarga.
ral. Dos frutos extrai-se por destilação uma essência aromática que
em doses elevadas é tóxica, ao contrário do que acontece quando se
416-532-9972
SOLUTIONS
toma o produto em doses medicinais adequadas, com as quais é per-
feitamente inofensivo e muito aperitivo e estimulante das digestões, “ Firma
principalmente aliviando os espasmos e ajudando a reabsorver os
gases quando eles se formam em quantidades excessivas no tubo Portuguesa O QUE É?
digestivo; igualmente tem um efeito beneficiador em casos de ner-
vosismo ligeiro e em problemas do estômago e intestinos, provo- procura vendedor PODERÁ
cados pelo sistema nervoso; sendo de igual forma beneficiador em SER
problemas espasmódicos do aparelho respiratório, como é o caso / vendedora A pedido de CMA e FA
dos asmáticos e de estados catarrais e fleumáticos. A
O anis é igualmente usado para mascarar o sabor doutras prepara-
ções tanto em chás como em xaropes ou gotas, quando o paladar
para vinhos SOLUÇÃO
dos outros componentes for muito desagradável. É muito usual ser
usado tanto na forma de anis estrelado como na forma de semen-
Portugueses. PARA
tes, ajudando substancialmente em situações como é o caso de:
aerofagia, contusões, dores de dentes, sendo neste caso, especial-
O SEU
mente usado nos bebes; espasmos digestivos, más digestões, ajuda
á produção de mais leite na mulher que amamenta, misturado com
NEGOCIO
o cardo santo e com o feno-grego; melhora o excesso de gases in-
testinais, os soluços a tosse crónica e os vómitos. Favor telefonar
Simples, económico e bem tolerado, é um produto com excelen- Contacte:
tes propriedades encontrado sob a forma de chás, gotas, xaropes e
comprimidos.
para 416 533 1950 416 738 7687
entre 9 am e 5 pm.
Oração a Santo Expedito A pedido de familia M-A
(Se você está com algum problema de difícil
solução e precisa de ajuda urgente, peça esta
SALÃO PRECISA
ajuda a Santo Expedito. Este Santo é invocado De
nos negócios que demandam Pronta Solução CABELEIREIRA
e cuja invocação nunca é tardia).
Meu Santo Expedito das causas justas e ur- e Esteticista
gentes, interceda por mim junto ao Nosso
Senhor Jesus Cristo, socorra-me nesta hora
647 232 6000
de aflição e desespero. Meu Santo Expedito,
Vós que sois um Santo guerreiro, Vós que
sois o Santo dos aflitos, Vós que sois o Santo dos desesperados,
Vós que sois o Santo das causas urgentes, protegei-me, ajudai-me, PROFESSORA
dai-me força, coragem e serenidade. Atendei o meu pedido (Fazer o PARA PORTUGUÊS
pedido). Meu Santo Expedito! Ajude-me a superar estas horas difí-
ceis, proteja-me de todos que me possam prejudicar, proteja minha
Anos 5, 6, 7,8
família, atenda ao meu pedido com urgência. Devolva-me a paz e a Contactar Dália ou
tranquilidade. Meu Santo Expedito! Serei grato pelo resto de minha Carlos
vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Muito obrigado.
(Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o sinal da Cruz. Mandar 416 828 7054
publicar após o pedido). OD

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* Ontem aconteceu * Ontem aconteceu * Ontem aconteceu * Ontem aconteceu
“Menos jovens” do FIRST em festa de aniversário
Foi uma festa. Ver tantos “menos jovens” – como lhe chamou o
sócio n.º 1 do First, António Sousa – a confraternizarem entre
si, a viverem a sua “idade”... foi mesmo uma festa. Ocorreu,
ontem, no salão da Europa Catering, em plena Dundas, onde
tantos desses mesmos “menos jovens” viveram os seus melhores
tempos, ajudando esta grande comunidade a integrar-se neste
grande País que ajudámos a ser ainda maior.
Um almoço de aniversário. Entre os políticos presentes – o
Com uma sala cheia. Para Ma- deputado federal Mário Silva e
ria Tavares, era a satisfação. o vereador Cesar Palacio (Ana
Sobretudo porque, este ano, a Bailão haveria de chegar mais
sala estava mesmo cheia. Para tarde) – o apoio a esta gente Gracinda Gabriel, 91 anos Maria Conceição Silva,
ela, trata-se de “uma festa muito “menos jovem”. Mário Silva diz
animada. O pessoal está todo que vai ali “para dar o meu apoio 90 anos
satisfeito e eu já fui de mesa em e também um abraço à minha Mário Silva levou a sua lembrança
mesa... e houve um senhor, ali, comunidade, neste magnífico
que se queixou de que não tin- centro, que é histórico para to-
hada nada para se queixar...” dos nós. E também para felicitar
Rui Gomes, o presidente do este grupo da terceira idade, que
First, entende que “o nosso cen- é um grupo muito activo... e é
tro da terceira idade tem vindo a importante dar apoio aos idosos
aumentar, de ano a ano e a prova da nossa comunidade, que tão
está aqui, já que temos a sala activos se mantêm”. Para ele, o
cheia e o ano passado estava apoio é importante até porque
para aí meia sala”. há gente já desta idade... que se
Cesar Palacio com Rui Gomes

António Sousa, o sócio n.º 1 Sala cheia. A permitir o convívio

mantém em casa, quando este de um rapazinho que anda aí, e prido...”

género de actividades é cada
vez mais importante.
António Sousa é o sócio nº 1
do First. É dos mais antigos.
Coisas “Sou da terceira idade... sou um
para menos jovem... e tenho muito
leiloar. prazer em estar com os jovens
Quase da minha idade”. Era António
todas Sousa a falar à nossa reporta-
gem. E acrescenta: “Eu vejo que
feitas pelos os clubes estão todos em prob-
idosos lemas, mas enquanto houver
uma juventude da minha idade
que tenha força para aguentar...
este é dos últimos a cair”.
Meio a rir meio a sério, pergun-
támos-lhe o que é que ele pensa
que até lhe chamam Ministro –
referíamo-nos, naturalmente, ao
filho, Charles Sousa, Ministro
do Trabalho. E ele, aceitando
a brincadeira, foi dizendo que
“esse rapaz não tem é juizo ne-
nhum. Não tem tempo para a
família, não tem tempo para o
pai, nem para a mãe, nem para
a mulher, nem para os filhos....
mas a verdade é que ele está
contente e diz que gosta... é lá
com ele”. E nós a insistirmos,
indagámos se ele não lhe dá,
de vez em quando um açoite...
“Pois sim... não posso, já que
ele é muito grande, muito com-
Boa disposição também nesses
domínios. E Charles Sousa, de-
certo, não se zanga...
Interessante as placas entregues
a Gracinta Gabriel, agora com
91 anos, e a Maria Conceição
Silva, com 90.
No espectáculo com que culmi-
nou a festa, presença de Tony
Gouveia, Eduardo Câmara
(Tabu) e Jorge Guerreiro, final-
ista do Festival da Canção 2010,
e Askley Maia.
Aconteceu ontem. Sem nos dar
grande margem de tempo para
trabalho mais aturado. Para out-
ra vez será... – FCG