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Introdução
1
abordagem partem da análise sistematizada do regime vigente,
para detectar as suas insuficiências ou para lhe enaltecer os
aspectos que, numa eventual reforma legal, possam e devam
ser mantidos. É de referir, a este respeito, que qualquer reforma
legislativa deve obedecer aos princípios da oportunidade,
inovando soluções normativas quando isso se mostrar
necessário, o que só é possível a partir do conhecimento
profundo do quadro legal vigente.
2
ou interesse legalmente protegido deve passar para o exercício
das faculdades inerentes.
Coordenador do CDH
3
Indice
I. REGIME SUBSTANTIVO DE ACESSO À INFORMAÇÃO .................................
Bibliografia .............................................................................................................................
4
I. REGIME SUBSTANTIVO DE ACESSO À
INFORMAÇÃO
1
Ver em Menezes Cordeiro. Tratado de Direito Civil. Tomo I. Almedina, 2011. Vide ainda,
Menezes Cordeiro. Direitos Reais. Lex, 1979 (Reprint).
5
informação e de remover todas as barreiras ilegais à realização
do direito à informação.
4
A lei sanciona o abuso de direito, quando o titular faz uso do direito para além dos limites da
função social do direito, podendo ser exemplo de tais situações o regime do artigo 334.º e do
artigo 1305.º do Código Civil.
5
Vide artigo 25, alínea e) da Lei n.º 162012, de 14 de Agosto – Lei da Probidade.
7
definição legal de que “coisa é tudo o que pode ser objecto de
relações jurídicas”, donde se poderá concluir que
juridicamente a informação é uma coisa, embora essa
qualificação jurídica se mostre insuficiente, visto que a
categoria jurídica coisa comporta várias espécies, onde avulta a
distinção entre coisa corpórea e coisa incorpórea. De forma
simples, a informação é definida como um conjunto de
símbolos ou sinais que transmitem uma mensagem, isto é, o
bem jurídico da informação designa conhecimento, estatísticas,
relatórios e várias formas e modos de expressão que são
registados ou codificados incluindo livros, fitas magnéticas,
videogramas e digitação electrónica6.
6
Artigo 2, n.º 2, do Protocolo da SADC sobre Cultura, Informação e Desporto, ratificado pela
Resolução n.º 1/2002,de 14 de Fevereiro, do Conselho de Ministros.
8
informação, estará em causa o acesso aos elementos físicos,
materiais ou corpóreos que contêm dados? Ou pretende-se
permitir, apenas, o acesso aos dados. Por exemplo, num
determinado caso, o direito de acesso à informação guardada
num arquivo, compreende o acesso ao arquivo ou ao conteúdo
do arquivo, o qual pode ser transcrito pela Administração por
meio de certidões, cópias ou transcrições? A resposta a este
tipo de inquietações o legislador dá-la, por exemplo, no artigo
68 da Lei do Procedimento Administrativo, quando distingue a
consulta de processos e a passagem de certidões, pois num
caso permite o acesso ao elemento corpóreo da informação e
noutro transmite a parte dos dados, a parte imaterial, mediante
a permissão de emissão de certidões respectivas. Diz o n.º 1 da
referida norma que os interessados têm direito de consultar o
processo do qual não constem documentos classificados, ou
que revelem segredo comercial ou industrial ou segredo
relativo à propriedade literária, artística ou científica. Para
além do direito de obter a consulta de processos, os
interessados têm, ainda, o direito de obter certidão,
reprodução ou declaração autenticada dos documentos que
constem dos processos a que tenham acesso7.
A. Normas internas
a) Constituição da República
8
Artigo 48, n.º 1, da CRM.
9
Artigo 48, n.º 2, da CRM.
10
Artigos 35 a 44 da CRM.
10
respeito à Constituição, da proibição da prática de actos
contrários à Constituição, do reconhecimento do direito à
honra, ao bom nome e reputação, bem como o direito de
defender a imagem pública e privada. Incluem-se, ainda, neste
leque de princípios aqueles relativos ao sistema aberto dos
direitos fundamentais e as regras de interpretação, sem prejuízo
de aplicação dos demais princípios constantes da Constituição.
11
Portanto, o âmbito de aplicação subjectiva do direito de acesso
à informação é universal, abrangendo todos os cidadãos,
incluindo as pessoas colectivas públicas e privadas,
entendimento que se alcança por via de interpretação extensiva
ao abrigo do disposto no artigo 43 da própria CRM, em função
do qual os princípios constitucionais relativos aos direitos
fundamentais serão interpretados e integrados de harmonia
com a Declaração Universal dos Direitos do Homem e da
Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. De acordo
com a teoria da hermenêutica jurídica dos direitos humanos, a
interpretação das normas e princípios a eles relativos obedece,
entre outros, ao princípio da máxima utilidade, pelo qual se
entende que se deve dar a cada direito humano um sentido que
lhe permita desfrutar de maior utilidade possível, razão pela
qual se justifica que, apesar de a Constituição ter usado a
fórmula todos os cidadãos, deve-se entender nela incluídas as
pessoas colectivas enquanto titulares11, também, de direitos
fundamentais, já que a natureza deste direito não é
incompatível com a natureza própria da pessoa colectiva12.
11
Cfr. Acórdão do Tribunal de Relação de Coimbra, de 31 de Janeiro de 2006, proferido nos
autos do Processo n.º 3987/05.
Contra a assimilação dos direitos fundamentais às pessoas colectivas, vide Oliveria Ascessão.
A dignidade da pessoa e o fundamento dos direitos humanos. In
http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?idsc=71981&ida=72386
12
No direito comparado, o artigo 12 da Constituição Portuguesa prescreve: “As pessoas
colectivas gozam dos direitos e estão sujeitas aos deveres compatíveis com a sua natureza.”
12
O direito à informação sobre os motivos de detenção,
nos termos do n.º 3 do artigo 64 da CRM;
A protecção da privacidade, nos termos do artigo 65, n.º
2, da CRM
O artigo 71, também da CRM, sobre o regime da
protecção de dados pessoais conservados em arquivos
informáticos.
O direito à informação administrativa, incluindo o
direito à notificação dos assuntos que dizem respeito ao
cidadão, constante do artigo 253 da CRM;
O direito à permanente participação democrática do
cidadão, consagrado nos artigos 73 e 271 da CRM,
cujo pressuposto é o direito à informação pública;
O direito à liberdade de expressão e à liberdade de
imprensa consagrados no artigo 48 da Constituição ao
lado e em correlação ao direito à informação;
i. Leis ordinárias
13
documentos, nomeadamente em documentos classificados e
não classificados.
13
Cfr. O n.º 2 do artigo 19 do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, nos termos do
qual o direito de acesso à informação não é um direito absoluto, na medida em que pode ser
restringido em razão da salvaguarda da segurança nacional, saúde pública ou privacidade das
pessoas e moralidade públicas.
14
Cfr artigo 56 da CRM
14
mais da vontade e iniciativa individuais do funcionário e não
de orientações institucionais15.
16
Artigo 10 da Lei n.º 19/91, de 16 de Agosto.
17
Artigo 23 da Lei n.º 19/91, de 16 de Agosto.
18
Os actos preparatórios dos crimes contra a segurança do Estado são previstos e punidos nos
termos do artigo 5 da Lei n.º 19/91, de 16 de Agosto.
16
B. Lei n.º 18/91, de 16 de Agosto – Lei da Imprensa
23
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segredo_de_justi%C3%A7a
19
público. Alguns exemplos relativos a questão do segredo de
justiça no direito moçambicano incluem o carácter secreto da
instrução preparatória nos processos crimes24, os processos
judiciais relativos à difamação, calúnia e injúria25, ou processos
judiciais sobre o estado de pessoas como é o caso de divórcio
litigioso. Contudo é importante não se confundir o sigilo
profissional que é devido a qualquer funcionário, agente do
Estado ou trabalhador, com o segredo de Justiça ou Segredo do
Estado.
24
Artigo 13 do Decreto – Lei nº 35007 de 13 de Outubro de 1945.
25
Artigo 593 do Código de Processo Penal.
26
Este entendimento resulta do disposto na parte final da alínea a) do n.º 3 do artigo 67 da
Lei do Procedimento Administrativo.
20
No mesmo sentido, o EGFAE impõe aos funcionários e
agentes do Estado o dever de manter sigilo sobre as
informações obtidas no exercício da sua actividade
profissional, mesmo depois da cessação de funções27. Este
dever veio a ser, simultaneamente, reforçado e atenuado
pelo artigo 16 da Lei n.º 16/2012, de 14 de Agosto – Lei da
Probidade -, o qual veio impor aos servidores públicos o
dever de reserva e descrição sobre as informações obtidas
no exercício das funções, mas sem prejuízo do direito dos
cidadãos ao acesso à informação. Esta parte final, atenua as
restrições e ambiguidades decorrentes do sigilo
profissional, o qual é erroneamente usado pelos
funcionários e agentes do Estado para sonegação de
informação ao cidadão mesmo que tal informação não
configure as limitações constitucionalmente previstas.
30
Artigo 129, n.º 2, alínea b), da da Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto – Lei do Procedimento
Administrativo.
31
Cfr. Artigo 253 da CRM
32
De acordo com a referida norma “A função e Administração Públicas devem informar a
todos os utentes as decisões que lhes digam respeito e as razões que levaram à tomada de
tais decisões...”
33
Artigo 67, n.º 2, da Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto – Lei do Procedimento Administrativo.
24
conhecimento dos elementos que pretendam, devendo, para o
efeito, dirigir o pedido ao respectivo dirigente do serviço34.
34
Artigo 70, n.º 2, da da Lei n.º 14/2011, de 10 de Agosto – Lei do Procedimento
Administrativo.
35
Artigo 67, n.º 2, alíneas a) e b) da Lei do Procedimento Administrativo
36
Artigo 11, n.º 1, da Lei de Bases da Organização Administrativa (LEBOA)
25
visados pelo legislador é a transparência da Administração
Pública.
37
Artigo 11, n.º 5, da LBOA
26
designadamente: direito à informação em geral, através do qual
atribuiu responsabilidades ao Estado e às autarquias locais de
desenvolver acções e adoptar medidas concretas com vista a
informação geral do consumidor38 e o direito à informação
particular impondo a não violação do dever de informar por
parte do fornecedor de bens ou prestador de serviços.39
38
Artigo 9 da Lei 22/2009, de 28 de Setembro – Lei do Consumidor
39
Nº 5 do artigo 10 da Lei 22/2009, de 28 de Setembro – Lei do Consumidor
40
Para facilitade de referência, o Regime Jurídico do Sistema Nacional de Arquivos do Estado
(SNAE) é designado por “Decreto n.º 36/2010, de 16 de Fevereiro” ou por SENAE
41
Artigo 1, alínea a) do “Decreto n.º 36/2010, de 16 de Fevereiro.
27
estabelecida pelo artigo 3 do “Decreto n.º 36/2010, de 16 de
Fevereiro”.
B. Normas externas
42
Comentário Geral nº 34 , de 12 de Setembro de 2011, do Comité de Direitos Humanos da
Nações Unidas sobre a interpretação do artigo 19 da PIDCP.
31
b) À salvaguarda da segurança nacional, da ordem
pública, da saúde e da moralidade públicas.
32
M. Carta Africana da Função e Administração Públicas,
aprovada pela Resolução n.º 67/2012, de 28 de
Dezembro, da Assembleia da República
43
Artigo 3, n.º 8, da Carta Africana da Administração Pública.
44
Artigo 2, n.º 4, da Carta Africana da Administração Pública
45
Artigo 4, n.º 1, da Carta Africana da Administração Pública.
33
Em segundo lugar, a Função e Administração Públicas devem
informar os utentes sobre as decisões, os motivos que
determinaram e justificam as decisões, bem como as garantias
de recurso disponíveis46, devendo, ainda, ter disponíveis
mecanismos de comunicação com o cidadão47. Consagra-se o
dever de fundamentação das decisões administrativas como
integrativo do direito de acesso à informação, enaltecendo-se
assim a essencialidade da motivação dos actos administrativos
no procedimento administrativo. A fundamentação do acto
administrativo traduz-se assim num direito fundamental do
cidadão, visto que o direito de acesso à informação é um direito
fundamental, o que significa que a não fundamentação das
decisões constitui violação de um direito fundamental.
46
Artigo 6, n.º 2 da Carta Africana da Administração Pública.
47
Artigo 6, n.º 3 da Carta Africana da Administração Pública
34
Segundo Capítulo
35
Em relação ao Conselho Superior da Comunicação Social
(CSCS), cujas atribuições constam do artigo 50 da CRM, nos
termos do qual este órgão é de disciplina e consulta, no
domínio da comunicação social, assegurando o exercício do
direito à informação48. Pela natureza do órgão, o seu âmbito de
aplicação é limitado, na medida em que assegura o direito à
informação enquanto faculdade directamente conexa à
liberdade de imprensa. A alínea a) do artigo 2 do Diploma
Ministerial n.º 86/98, de 15 de Julho49, que aprova o Estatuto
Orgânico do CSCS, sobre as atribuições deste órgão, reitera o
que consta da CRM (ou melhor, viu o seu conteúdo reiterado
pela Constituição), mas já no que diz respeito às suas
competências relativas às garantias de acesso à informação é
muito parco. Com efeito, o artigo 3 do Estatuto Orgânico não
dispõe de nenhum preceito que atribua competências ao CSCS
que lhe dê poderes de obrigar a um alguma entidade pública ou
privada, na posse de informação de interesse público, a pô-la à
disposição dos jornalistas.
48
Artigo 50, nº 1, da CRM
49
Pela natureza das matérias conexas às atribuições do CSCS, o respectivo estatuto deverias
ser aprovado por um instrumento normativo de valor superior ao Diploma Ministerial.
36
É de realçar que de decidir reclamações que lhe sejam
dirigidas pelo público respeitantes ao desempenho de algum
órgão de informação50 integra uma garantia graciosa ou
administrativa suficiente para que o cidadão se possa queixar
contra um órgão de informação, caso faça uso abusivo de
informação que diga respeito a um cidadão ou entidade,
quando tal informação não devesse ser publicada.
50
Artigo 3, alínea c), do Diploma Ministerial n.º 86/98, de 15 de Julho – Estatuto Orgânico do
Conselho Superior da Comunicação Social.
51
Cfr artigo 2 do Decreto Presidencial nº 4/95 de 16 de Outubro de 1995.
52
Artigo 3 do Decreto Presidencial nº 4/95 de 16 de Outubro de 1995.
53
Revogou o Diploma n.º 2/95, de 25 de Outubro, que aprovara o primeiro estatuto organic
do GABINFO
37
profissional, pois tem a missão de facilitar o acesso à
informação relativa à actividade governamental pelo público
em geral. Deste modo, parece caber ainda no GABINFO a
possibilidade de integrar-lhe uma competência específica e
concretizadora da sua missão de garantir o acesso à
informação, bastando, para o efeito, determinar que cabe ao
GABINFO receber e decidir pedidos de acesso à informação
específica na posse das entidades governamentais. Ademais, a
futura Lei de Acesso à Informação deve conferir ao GABINFO
o poder de, administrativamente, poder intimar, oficiosamente
ou a pedido dos interessados, os órgãos ou entidades
governamentais para colocar a disposição do GABINFO a
informação de interesse público não classificada ou objecto de
limitações legais pré-estabelecidas e efectivar a missão deste
organismo em facilitar o acesso à informação relativa à
actividade governamental para os órgãos de comunicação
social e público em geral.
38
Nacional de Arquivos do Estado (SINAE)54, tendo como um
dos objectivos facilitar o acesso público ao património
arquivístico nacional de acordo com as necessidades de
informação, respeitando o disposto nas normas de Segredo do
Estado e demais leis que regulam o acesso à informação55.
Esta norma é importante no que diz respeito às garantias
administrativas ou graciosas de acesso à informação, visto que
se cabe a este órgão facilitar o acesso público ao património
arquivístico, deveria caber aos órgãos do sistema decidir as
reclamações do público relativa ao acesso à informação56.
Infelizmente, nas competências actuais dos órgãos do sistema,
não existe nenhum poder que confira a estes órgãos o poder de
funcionarem como órgãos administrativos de garantias
graciosas, facto que se constata compulsando os artigos 6 a 11
do “Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto”, os quais regulam
as competências dos órgãos do SENAE.
54
Alterou o sistema introduzido pelo Decreto n.º 33/92, de 16 de Outubro.
55
Artigo 4 alínea d) do “Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto”
56
O artigo 16 da Lei de Portugar, sobre o acesso à informação, garante o direito de queixa em
caso de recusa de fornecimento de documentos. O referido dispostivo legal estabelece que
“O interessado pode dirigir à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, no prazo
de 20 dias, queixar contra o indeferimento expresso, a falta de decisão ou decisão limitadora
do exercício do direito de acesso.”
39
existe a Comissão Nacional de Acesso a Documentos
Administrativos (CADA)57, cuja diferença com o que se propôs
atrás é de que essa Comissão é independente e funciona junto
da Assembleia da República, transformando-a numa garantia
política e não numa garantia administrativa. É uma questão de
opção, qualquer uma delas com vantagens e desvantagens a
serem devidamente aferidas. Lembre-se, a proposta acima é
feita na base do princípio de economicidade, na medida em que
os órgãos do SENAE já existem e a funcionam.
57
Criada pela Lei n.º 65/93, de 26 de Agosto – que aprovou a Lei de Acesso a Documentos
Administrativos de Portugal, mais conhecida por LADA.
58
Artigo 6, alínea f) do “Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto”
59
Os objectivos do Sistema Nacional de Arquivos do Estado (SENAE), constam do artigo 4 das
normas aprovadas pelo Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto.
60
Cfr artigo 3, alíneas a), b) e c) do “Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto” – é corrente o
arquivo em uso ou de consulta constante pelos respectivos utilizadores, sendo intermediário
o que não é consultado de forma regular pelos utentes, mas que continua conservada,
aguardando o seu destino final. Por último, é de arquivo permanente a informação contidade
40
medida em que quando se fala de direito de acesso à
informação, os documentos que a contém estarão
necessariamente em alguma destas categorias de arquivos.
Deste modo, a introdução de um novo regime carece de
intervenção do SINAE, embora a Assembleia da República
disponha do “privilégio” legislativo ou normativo em
quaisquer matérias relativas a questões básicas, como o é o
assunto do acesso à informação.
em documentos que já cumpriram o propósito para que foram criados, mas que pelo seu
valor continuam guardados
61
Cabe ao Arquivo Histórico de Moçambique gerir a documentação que esteja na fase de
arquivo permanente
62
Artigo 17 do “Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto”
6363
Este Diploma Legal é designado de criativo do Conselho Nacionald e Arquivos, quando na
verdade este órgão foi criado pelo “Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto”
41
A CNAD é, igualmente, um órgão de assessoria, mas no
domínio de avaliação de documentos64. A utilidade deste órgão
de assessoria, dentro do Sistema Nacional de Arquivos do
Estado deve ser aferida a partir do artigo 10 do “Decreto n.º
36/2007, de 26 de Agosto”, nos termos do qual as Comissões
de Avaliação de Documentos, a todos os níveis, desde o central
ao distrital, têm a missão de, entre outras, propor planos de
classificação e tabelas de temporalidade de documentos, a
coordenação de avaliação de documentos de arquivo corrente e
arquivo intermediário, bem como assegurar a gestão de
documentos. Estas avaliações constituem o coração do Sistema
Nacional de Arquivos do Estado, na medida em que são elas
que determinam a categorização dos documentos nas diferentes
fases do arquivo, o que também tem a ver com a forma como
os documentos deverão ser acedidos.
Pelo que, não parece que possa existir algum obstáculo quer de
carácter legal, quer de carácter estratégico que a lei de acesso à
64
Artigo 2 do “Decreto n.º 36/2010, de 16 de Fevereiro.
42
informação administrativa, disponha que a classificação de
informação administrativa, que não deva ser de acesso público,
possa ser feita pelas Comissões de Avaliação de Documentos
já existentes, pois tal solução não contraria o disposto no
Decreto Presidencial n.º 9/ 93, de 29 de Dezembro, que criou a
Comissão Nacional para a Implementação das Normas de
Segredo do Estado - CPISE65.
65
De acordo com o preâmbulo do Decreto Presidencial n.º 9/93, de 29 de Dezembro o CPISE é
criado para assegurar a centralização e orientação dos processos de protecção de informação
que integra o Segredo do Estado, sendo que nos termos do respectivo artigo 4, este órgão
propõe ao Presidente da República a aprovação de normas no domínio do segredo Estatal,
tendo, ainda, a competência de emitir instruições e zelar pelo cuprimento das normas
relativas ao segredo do Estado.
66
Cfr artigo 4, n.ºs 1 e 2, da Lei n.º 12/79, de 12 de Setembro.
43
No leque de órgãos com competências neste domínio, pode-se
elencar, ainda, a Comissão da Administração Pública, Poder
Local e Comunicação Social, em cujas competências cabe-lhe
nos termos da alínea f) do artigo 74 da Lei n.º 17/2007, de 18
de Julho – Regimento da Assembleia da República -,
desenvolver a comunicação social e reforçar o seu papel na
difusão da Administração Pública. É de referir, desde logo, que
a denominação da Comissão deveria ser mais abrangente,
integrando o elemento de acesso à informação, na medida em
que a denominação actual limita-se à comunicação social. Nas
suas competências, deveria ser incluído o poder de fiscalização
das entidades públicas e privadas no cumprimento da
legislação de informação de interesse público.
67
Ver Artigo 18 da Lei de Acesso a Documentos Administrativos, de Portugal,
68
Lembre-se que o Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto, abrage os arquivos privados.
44
do órgão director central do Sistema [Nacional de Arquivos de
Estado]. De acordo com o Decreto n.º 26/76, de 17 de Julho o
Arquivo Histórico de Moçambique foi integrado na
Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e de acordo com o
Estatuto Orgânico desta instituição de ensino superior,
aprovado pelo Decreto n.º 12/95, de 25 de Abril, aquela
entidade de arquivo é uma das unidades orgânicas da
Universidade69, tendo como funções a preservação de
documentação de valor histórico, bem como a divulgação da
sua informação70 e de assessoria do órgão director central do
sistema nacional de arquivos71.
69
Artigo 8, alínea c) do Estatuto Orgânico da UEM.
70
Artigo 12, nº 2 do Estatuto Orgânico da UEM.
71
Competência introduzida pelo novo revige do sistema nacional de arquivos, que retirou do
arquivo histórico o função de coordenação do referido sistema de arquivos. A coordenação
passou, nos termos do artigo 5 do SNAE para as competências do Órgão director central
45
Compulsando os artigos 2 e 4, referentes às atribuições e
competências do CEDIMO, constantes do respectivo Estatuto
Orgânico, conclui-se que esta instituição não tem uma missão
directamente relacionada com o acesso à informação ao
público. No entanto, tem uma influência normativa e de
recolha de informação de interesse público que, em conjunto,
se revela decisão no domínio de acesso à informação, visto que
cabe nas suas atribuições e competências a elaboração de
propostas de normas para implantação de sistemas de arquivos,
a recolha, sistematização e arquivamento de informação de
interesse para Administração Pública. Neste domínio, dirige
normativa e metodologicamente os sistemas de documentação,
registo e arquivos do Estado, assegura a gestão dos sistemas de
documentação, registo e arquivo do Estado, bem como
providenciar informação de interesse público sobre a
Administração Pública72.
72
Ver artigos 2 e 4 do Estatuto Orgânico do CEDIMO
46
Terceiro Capítulo
73
No mesmo sentido, o número dois do artigo 70 da Lei de Procedimento Adminstrativo
impõe o requerimento, por escrito, do interessado
47
e a resposta ao pedido deve ser dada no prazo de dez dias74.
Sobre o requerimento, o Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro
distinguia entre o requerimento oral e o requerimento por
escrito, determinando que as informações solicitadas por
escrito devessem ser fornecidas, também, por escrito75.
79
Acção Estratégica n.º 9. 5 da Estratégia para a Gestão de Documentos e Arquivos do
Estado, aprovada pela Resolução n.º 46/2006, de 26 de Dezembro
80
Acção Estratégica n.º 9.4,alínea a) da da Estratégia para a Gestão de Documentos e
Arquivos do Estado, aprovada pela Resolução n.º 46/2006, de 26 de Dezembro
51
b) Processo administrativo contencioso de pedido de
acesso à informação
81
Netto, Luisa Cristina Pinto cintando Ottmar Buchler . ver Netto, Luisa Cristina Pinto. A
contratualização na função pública. Ed. Del Rey, 2005. Pg 83 e seguintes
82
Sobre Justiça Administrativa vide, por todos, Vieira de Andrade. A Justiça Administrativa.
Almedida, Coimbra, 2011.
52
A. O recurso contencioso de anulação como garantia
fundamental de acesso à informação
83
O artigo 5 da Lei n.º 6/2004, de 17 de Junho – que introduz os mecanismos
complementares de combate à corrupção – introduziu os requsitos de fundamentação do
acto administrativo, exindo que a fundamentação corresponde à invocação dos fundamentos
de facto e de direito. Portanto, os motivos devem ser apresentados de forma cumulativa,
sendo ilegal o acto que só apresente um deles.
53
A impugnação do acto administrativa através do recurso
contencioso, embora pressuponha o acto impugnado, como seu
objecto, implica a demonstração da ilegalidade pela invocação
dos vícios atrás referidos. Por isso, não basta que o pedido de
acesso à informação tenha sido recusado para que o cidadão
interponha o recurso contencioso. É preciso invocar e
demonstrar que, pelo menos, o acto encontra-se inquinado por
algum dos vícios previstos na lei.
85
O prazo de fornecimento de informação é, em geral, de dez dias. Este prazo não só está
consagrado no artigo 93 da LPAC, mas também da Lei de Procedimento Administrativo,
precisamente no artigo 67, n.º 4.
56
tenha sido dada uma satisfação parcial do seu pedido de acesso
à informação.
60
como as Autarquias Locais.86 A legislação em vigor,
sobretudo o regime jurídico do Sistema Nacional de
Arquivos, apesar de referir-se aos arquivos privados87,
não estabeleceu um regime claro de acesso à
informação, tendo remetido para legislação específica.
É importante, ter-se presente que as entidades privadas
podem ter ao seu dispor informação de grande interesse
público, daí que o legislador deve prestar atenção a esta
matéria.
86
Veja a este respeito, por exemplo, o artigo 2 do SNAE e o artigo 2 do Regulamento de
Avaliação e Eliminação de Documentos da Administração Pública, aprovada pelo Diploma
Ministerial n.º 31/2008, de 30 de Abril
87
O conceito de arquivo privado consta da alínea c) do artigo 1 do regime do SNAE, aprovado
pelo Decreto n.º 36/2007, de 27 de Agosto, nos termos do qual o arquivo privado é o
conjunto de documentos produzidos e recebido por pessoas físicas ou jurídicas de direito
privado, em decorrência das suas actividades, depositados ou não em instituições públicas.
61
informação, também consagrou-lhe algumas restrições.
Neste domínio, é onde se podem apontar maiores
preocupações com relação ao tema.
66
h) Garantias Administrativas e Contenciosas: No
quadro das garantias administrativas, o cidadão dispõe
das tradicionais garantias graciosas do administrado,
nomeadamente o requerimento, a reclamação, o recurso
hierárquico, a queixa, a petição e a denúncia. Todas
estas garantias podem assegurar eficazmente o acesso à
informação.
67
V. ANEXO I – SISTEMATIZAÇÃO DAS NORMAS
DE ACESSO À INFORMAÇÃO EM VIGOR,
DISPERSAS EM VÁRIOS DIPLOMAS LEGAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1
Definições
c) (...)
88
Artigo 1, alínea a), do Regime do Sistema Nacional de Arquivos do Estado, aprovado pelo
Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto
89
Artigo 2, n.º 2, do Protocolo da SADC sobre Cultura, Informação e Desporto, ratificado pela
Resolução n.º 1/2002,de 14 de Fevereiro, do Conselho de Ministros.
68
Artigo 2
Objecto da lei
Artigo 3
Âmbito de Aplicação
90
Princípio 7, alínea e) e Acção Estratégica n.º 9. 4, alínea c), ambos da Estratégia para a
Gestão de Arquivos do Estado, aprovada pela Resolução n.º 46/2006, de 26 de Dezembro
91
Sobre o âmbito da Administração Pública vide o artigo 3 Lei n.º 7/2012, de 8 de Fevereiro –
Lei de Bases da Organização da Administração Pública.
92
Fazer leitura articulada do artigo 120 da Lei n.º 9/2001, de 7 de Julho – Lei e Processo
Administrativo Contencioso – e do artigo 2, alínea a) do Regime do SNAE, aprovado pelo
Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto, que define os arquivos.
69
Artigo 4
Legitimidade de acesso à informação
93
Artigos 67 e 68, ambos da Lei n.º 14/2011, de 14 de Agosto – Lei de Procedimento
Administrativo.
94
Vide Artigo 70 da Lei de Procedimento Administrativo
95
Adaptado do artigo 60 da Lei de Procedimento Administrtivo
70
Artigo 5
Princípios Gerais
CAPÍTULO II
DIREITO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Artigo 6
Direito de acesso à informação
96
Redacção da norma constant do n.º 1 do artigo 15 de Lei n.º 14/2011, de 14 de Agosto – Lei
de Procedimento Administrativo. Vide, ainda o artigo 3, n.º 8, da Carta Africana da Função e
Administração Públicas, raticada pela Assembleia da República, a 26 de Dezembro de 2012.
97
Artigo 11 da Lei de Procedimento Administrativo
98
Princípio estratégico 7, alíea e) da Estratégia para a Gestão de Arquivos do Estado
99
Estratégia para Gestão de Arquivos do Estado e o artigo 6 da Carta Africana da Função e
Administração Públicas
71
qualquer tipo de censura, salvo nos casos
expressamente proibidos por lei100.
Artigo 7
Forma de Acesso
Artigo 8
Taxas de Acesso
100
Disposição que resulta da combinação dos artigos 41, 48, 56 e 71, todos da Constituição da
República artigo 19 da Declaração Universal, Artigo 19 do Pacto Internacional dos Direitos
Civis e Políticos, da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
101
Ver artigo 56, n.º 2 da Constituição da República e artigo 19 do Pacto Internacional dos
Direitos Civis e Políticos
102
Ver artigo 68, n.º 2, da Lei de Procedimento Administrativo
72
Com excepção de informação oral, todas as formas de
acesso podem ser objecto de cobrança de taxas a fixar
por legislação própria103.
Artigo 9
Pedido de Informação
103
Ver artigo 68, n.º 2, da Lei de Procedimento Administrativo
104
Cfr. Artigo 68, n.º 3, da Lei de Procedimento Administrativo
73
d) Quaisquer peças de processo disciplinar, de
inquérito ou de sindicância em fase de
instrução;
e) Assuntos relativos à investigação ou
diligência policial.
f) (...)
Artigo 10
Prazo para Disponibilização de Informação
Artigo 11
Restrições e Limites
105
Artigo 93, n.º 1, da Lei n.º 9/ 2001, de 7 de Julho – Lei de Processo Administrativo
Contencioso (LPAC). Ver também o artigo 67, n.º 4, da Lei de Procedimento Administrativo.
106
Ver artigo 5 da Lei n.º 12/79, de 12 de Dezembro
74
referidas no número anterior aplicam-se nos
seguintes casos:
a) Segredo de Estado107;
b) Segredo de justiça108;
c) Sigilo profissional109;
d) Sigilo bancário, salvo os casos em que
legislação específica permite o acesso110;
e) Dados pessoais constantes de ficheiros
electrónicos em poder de autoridades
públicas ou privadas111;
f) No âmbito das medidas especiais de
protecção de vítimas, denunciantes e
testemunhas112;
g) Informação referente à vida e intimidade
privadas dos cidadãos113;
h) Segredo comercial ou industrial114;
i) Segredo relativo à propriedade literária,
artística ou científica115
107
Lei n.º 12/79, de 12 de Dezembro, mas sem prejuízo das observações já feitas de que a lei
deve evitar o uso de conceitos indeterminados;
108
Estatuto dos Magistrados Judiciais e o Estauto dos Magistrados do Ministério Público,
incluindo as leis processuais
109
Lei da Probidade, Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado, Lei que estabelece
os deveres dos dirigentes superiores do Estado, artigo 58, alínea f) da Lei n.º 23/2007, de 1 de
Agosto
110
Artigos 48 da Lei n.º 15/99, de 1 de Novembro – Regula o estabelecimento e o exercício de
actividades das instituições de crédito e das sociedades de crédito
111
Artigo 71 da Constituição da República
112
Artigos 7 e 13 da Lei n.º 15/2012, de 14 de Agosto – Lei que estabelece os mecanismos de
protecção da vítima, denunciates e testemunhas
113
Artigo 41 da Constitiuição da República
114
Artigo 69, n.º 2, da Lei de Procedimento Administrativo
115
Artigo 69, n.º 2, da Lei de Procedimento Administrativo
75
Artigo 12
Acesso a documentos classificados
Artigo 13
Decisão
CAPÍTULO III
GARANTIAS DE LEGALIDADE
Artigo 14
Artigo 16121
Parecer das Comissões de Avaliação de Documentos
Artigo 17
Impugnação Judicial
119
Artigo 165 da Lei de Procedimento Administrativo.
120
Artigo 171 da Lei de Procedimento Administrativo.
121
Estas Comissões encontram-se previstas no artigo 10 do Regime Jurídico do Sistema
Nacional de Arquivos.
77
A impugnação judicial das decisões de indeferimentos
de pedidos de informação, consulta de processos e
passagem de certidões é regulada pelo regime do
processo administrativo contencioso e faz-se mediante:
122
Artigo 93 da Lei de Processo Administrativo Contencioso
123
Artigo 120 da Lei de Processo Administrativo Contencioso
78
Bibliografia
Legislação Nacional
79
Lei n.º 17/2007, de 18 de Julho – Regimento da
Assembleia da República.
Lei n.º 9/2001, de 7 de Julho – Lei de Processo
Administrativo Contencioso (LPAC).
Lei n.º 6/2004, de 17 de Junho – que introduz os
mecanismos complementares de combate à corrupção.
Lei n.º 14/2012, de 8 de Fevereiro - Lei Orgânica do
Ministério Publico e Estatuto dos Magistrados do
Ministério Público.
Código Civil
Código de Processo Penal
Decreto – Lei nº 35007 de 13 de Outubro de 1945.
Regulamento de Avaliação e Eliminação de
Documentos da Administração Pública aprovada pelo
Diploma Ministerial n.º 31/2008, de 30 de Abril.
Decreto Presidencial n.º 9/93, de 29 de Dezembro, que
criou a Comissão Nacional para Implementação das
Normas do Segredo do Estado (CPISE).
Decreto n.º 36/2010, de 16 de Fevereiro sobre o Regime
Jurídico do Sistema Nacional de Arquivos do Estado
(SNAE).
Decreto n.º 30/2001, de 15 de Outubro – Normas de
Funcionamento dos Serviços da Administração Pública.
Decreto n.º 36/2007, de 26 de Agosto, que introduziu o
novo Sistema Nacional de Arquivos do Estado
(SINAE).
Decreto Presidencial nº 4/95 de 16 de Outubro criou o
Gabinete de Informação (GABINFO).
80
Decreto Presidencial n.º 9/ 93, de 29 de Dezembro, que
criou a Comissão Nacional para a Implementação das
Normas de Segredo do Estado – CPISE.
Decreto n.º 26/76, de 17 de Julho o Arquivo Histórico
de Moçambique foi integrado na Universidade Eduardo
Mondlane (UEM).
Decreto Presidencial n.º 13/2007, de 16 de Outubro,
relativo ao Ministério da Função Pública prevê o Centro
Nacional de Documentação e Informação de
Moçambique (CEDIMO).
Diploma Ministerial n.º 86/98, de 15 de Julho que
aprova o Estatuto Orgânico do CSCS.
Diploma Ministerial n.º 35/2010, de 16 de Fevereiro,
que “cria” o CNA - Conselho Nacional de Arquivos.
Estatuto Orgânico do GABINFO, aprovado pelo
Diploma nº 2/2005, de 29 de Agosto do Primeiro –
Ministro.
Estatuto Orgânico da UEM, aprovado pelo Decreto n.º
12/95, de 25 de Abril.
Estatuto Orgânico da CEDIMO foi aprovado pela
Resolução n.º `15/2009, de 8 de Julho, da Comissão
Interministerial da Função Pública.
Legislação estrangeira
Instrumentos Internacionais
81
Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
1981/1986
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 1966
Declaração Universal dos Direitos Humanos 1948
Comentário Geral nº 34, de 12 de Setembro de 2011, do
Comité de Direitos Humanos da Nações Unidas sobre a
interpretação do artigo 19 da PIDCP
Protocolo da SADC sobre Cultura, Informação e
Desporto, ratificado pela Resolução n.º 1/2002,de 14 de
Fevereiro, do Conselho de Ministros.
Carta Africana da Função e Administração Públicas,
aprovada pela Resolução n.º 67/2012, de 28 de
Dezembro, da Assembleia da República
Livros
Sítios da Internet
http://conceito.de/informacao#ixzz2KtrdCkuP
http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.asp
x?idsc=71981&ida=72386
82
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segredo_de_justi%C3%A7
a
Jurisprudência
83