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GRU 20S Saw javes * UM°MODELO BRASILEIRO - GS CLAUDIO ERNANI EBERT POS. amiliaves: * UM MODELO BRASILEIRO - Como uma comunidade crista local pode comecar com apenas 17 pessoas e se tornar uma grande igreja, com milbares de 4 membros, num espaco de apenas alguns anos? Be by © De que forma os membros podem desfrutar de uma comunhao 5 f tdo intima, a ponto de 0 amor agape tornar-se uma realidade - € palpavel em seu convivio diario? poe s ip © Como pode o interesse maior de cada um desses irmaos estar f . centralmente direcionado para ganhar e trazer outras vidas n a Ee $ para a redencGo de Cristo? \ Estas € outras perguntas constituem a inquietacdo maior de todos os pastores e lideres preocupados com o crescimento da igreja. Elas ks sdo respondidas com firmeza e objetividade nas paginas deste livro. FSS Nao se trata da opiniio de alguém que se langou numa aventura Ss Pp lguém qt “ministerial, mas de um pastor que percorreu um caminho de angus- Hy pastor que p gt tx © tias e de frustragdes, até redescobrir a criatividade do proprio Espirito © de Deus. Neste livro vocé sera desafiado a crer que os grupos familiares nado constituem apenas um modismo passageiro. Ao contrario, constituem uma estratégia biblica e mensurdvel, 4 disposigao de todos aqueles que sonham com o crescimento integral da igreja. O pastor Claudio Ernani Ebert 6 0 coordenador da COMCISA — Comunidade do Salvador, a igreja local que mais cresce na cidade de Blumenau e em todo o Vale do Itajai, em Santa Catarina = i9 p I \c a= 2A: I i yp? 1s 1 Categoria: Crescimento da igreja mau, esd i ra 10S FAMILIARES _ | i 7; | es ci IU oO ay ISBN 85-7367-106-8 Categoria: Crescimento da Igreja © 1997 gor Editora Vida Editor: Ant6nio Tadeu Ayres I* impresséo, 1997 2° impressio, 2002 Todos os direitos reservados na lingua portuguesa por Editora Vida, rua Jilio de Castilhos, 280 03059-000 Sao Paulo, SP — Telefax: (011) 6096-6814 As citagées biblicas foram extraidas da Edigao Contempordnea da tradugao de Joao Ferreira de Almeida, publicada pela Editora Vida, salvo quando outra fonte for indicada. Diagramagio e editoragao: Idéia Dois Capa: Idéia Dois Fae Qo apec oo SS Impresso no Brasil, na Imprensa da Fé Conteudo 1. Conseqiiéncias de uma visao. 2. Definicao da estratégia 3. Fundamentacao biblica e conceituagao pratica............../ 27 4, Forma¢ao e funcionamento dos Grupos. 5. Requisitos de um aspirante a lider de Grupo Familiar......61 6. Qualificagdes de um lider de Grupo Familiar. 7. Cuidados com as areas de perigo.. 8, Métodos para se obter a unidade total. 9. Fatores determinantes da multiplicagio dos Grupos.....131 10. Tarefas do lider comprometido com o acompanhamento de vidas..... 11. Deu certo.... Apéndice .... Referéncias bibliograficas e comentarios adicionai: Prefacio ce Grupos Familiares - Um modelo brasileiro” é, sem dtivida, um daqueles livros que, enquanto o lemos, sentimos a iluminacio divina em cada palavra ou frase. De todas as leituras que fiz até hoje nunca senti tanto prazer como nesta obra. Os principios e padrdes aqui estabelecidos em nada ferem as Escrituras. Pelo contrario, trazem 4 luz os eternos ensinamentos de Deus, adotados nos primérdios de sua igreja. Isso prova ao mundo de hoje que é possivel viver em unidade através dos Grupos Familiares, mesmo em tempos de persegui¢ao e/ou de adversidade. Este livro é tao atual, contextual e pratico que, se possivel fosse, poderia ter sido adotado pela igreja primitiva como sendo a estratégia correta para administrar o seu franco crescimento. O tempo passa, porém os principios adotados por Deus para a sua Igreja permanecem infaliveis. FE o que o autor deixa claro nesta obra: Os Grupos Familiares constituem a melhor das estratégias para uma igreja crescente em qualidade, unidade e quantidade. Seguramente, este livro ira revolucionar o meio cristao por reafirmar que é possivel ter uma grande igreja local, crescendo na sOlida base da Palavra de Deus, na comunhiao e no compromisso de uns para com os outros, e cujos membros levam as boas novas da salvagao aos seus vizinhos, parentes e amigos. Grupos Familiares — Um modelo brasileiro Esta igreja, por isso mesmo, esté isenta do perigo da massificagao e de considerar os seus membros apenas como nimeros e nao como irmaos em Cristo. Que Deus abencoe ricamente o pastor Claudio, para que continue transmitindo verdades como estas, em forma de livros, palestras e conferéncias. Luiz Claudino Machado Pastor radecimentos . A minha amada mulher, Clarice Ebert, dedicada esposa que sempre acreditou em mim e na visio que Deus me deu. As minhas trés criancas, Jeison Timéteo, Jeise Tabita e Jamine Tamira, que sao exemplos de vida e me fazem acreditar que o projeto da familia crista feliz e realizada é vidvel. Ao meu colega de ministério Luiz Claudino Machado e 4 sua esposa Sandra, pela inestimavel cobertura em minhas auséncias e pela continua intercesséo e companheirismo. Aos meus outros queridos colegas ministeriais locais, pastores Werner, Valmor e Alexandre e suas dignas esposas. Aos meus quetidos lideres de Grupos Familiares, que mostram, a cada dia, que esse método é funcional e pratico. A dedicag4o e o amor que tém demonstrado sido estimulantes. Ao meu amigo € secretario Roberto Imthurm, assistente de todas as horas, e a sua maravilhosa esposa, a artista Rosinha, que conseguiu, com muita propriedade, entender a concep¢ao do que achei que deveria ser a capa da primeira edi¢do deste livro, impressa particularmente e em estilo brochura. Ela desenhou com muita precisao aquilo que antes era apenas uma idéia. Ao Ricardo e 4 Maria Helena, que foram muito usados para corrigir os primeiros originais. Muito obrigado. A minha querida irma em Cristo, Rita Estévao, esposa do amado Grupos Familiares — Um modelo brasileiro epee eee Eee Gilson Marcos Estévao, lider de Grupo Familiar, promotor de eventos e obreiro de tempo integral em nosso ministério de producao e divulgacao de literatura e musica da COMCISA PRODUCOES. Ela foi, com muito amor, a responsdvel pela corre¢io dos segundos originais. Obrigado, Rita. Ao Arno e 4 Christa Miiller, que foram muito gentis ao me ceder seu reftigio na praia, onde pude colocar em ordem as primeiras anotac6es. Louvo a Deus e agradeco a amada igreja como um todo. Sei que sou querido pelos membros locais e também que oram por mim. Muito obrigado. A Deus toda honra, gl6ria e louvor, hoje e sempre. A igreja do Senhor Jesus foi projetada para funcionar segundo seus critérios. E funciona, se obedecemos aos seus principios. O Espirito Santo é Deus revelador e inspirador. Aleluia! onsequéncias de uma visdo N, ano de 1983, minha esposa Clarice e eu participamos do Congresso Brasileiro de Evangelizagao, dos dias 31 de outubro a 5 de novembro. Esse congresso aconteceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, no gindsio do “Mineirinho”. Na sexta-feira 4 tarde, dia 4 de novembro, participavamos do semindrio do pastor Caio Fabio D’Aratijo Filho. Deus estava falando muito conosco naquela tarde. Apés o jantar, sentia-me impelido a buscar mais intensamente a presenca do Senhor. Entao Clarice e eu fomos a uma das “cabines de oragio”, improvisadas dentro do gindsio, a partir das cabines de radio e televisao. La, naquele mintsculo cémodo, ajoelhado na presenca de Deus, entre solugos e lagrimas, recebi a maior visio de minha vida, a qual passo a detalhar. A VISAO Eu estava em um palco muito bonito, todo enfeitado de lindas flores amarelas. Lembro-me de que usava um terno azul-marinho, minha cor preferida. Diante de mim existia um pitilpito e atras havia mais ou menos 100 pessoas, todas assentadas em cadeiras, parecendo um coral pronto para cantar. Mas essas pessoas tinham um detalhe em comum: eram todas Grupos Familiares — Um modelo brasileiro pastores, empunhando suas Biblias e material de anotagdes. A minha frente havia uma imensa multidao. O local, de forma ovalada, era enorme, estendendo-se por uma grande distancia, e possufa galerias atr4s, no lado direito e no lado esquerdo. Estava completamente lotado. Eu nao podia divisar com clareza os que estavam 4 distancia, porque a luz do palco era muito forte. No entanto, tinha uma certeza: todos os presentes estavam embebidos de poder, maravilhados e totalmente participativos. Logo a frente do palco havia um enorme espaco vazio. Eu estava pregando a Palavra de Deus com muita convicgao, e parecia que algo muito especial estava acontecendo naquela noite. Ao terminar a exposic4o da Palavra, lembro-me de ter convidado os presentes para que se manifestassem, consagrando totalmente suas vidas a Jesus. Todos queriam vir a frente e safam de onde estavam acomodados para fazer isso. $6 que nao cabia tanta gente naquele espaco. Entao as pessoas desciam aos corredores. Em meio a lagrimas, Prantos e solugos, deixavam os seus lugares manifestando 0 desejo de uma vida mais consagrada e cheia de Jesus. De repente, no transcorrer da visdo, impressionei-me com um fato: as pessoas estavam vindo a frente, € no rosto daquelas que eu podia enxergar observei um detalhe extremamente interessante, que me incomodou demais: Todos que vinham, atendendo ao convite de consagracao, fitavam seus olhos num ponto um pouco acima da minha cabeca. Nao olhavam para mim, mas por sobre mim. Isso me deixou perplexo e atordoado até que, por um curto instante, pude ver o que todos estavam vendo: acima de minha cabega, de pé e de bragos abertos, estava Jesus, chamando a todos para si. Isso me emocionou mais ainda. As minhas lagrimas caiam abundantemente. “ABALO PSICOLOGICO” Nesse: momento a visdo cessou e eu nao vi mais nada. Simplesmente como ela veio, se foi. Fiquei ainda por algum tempo 10 Conseqiiéncias de uma visio prostrado ali no chao, e quando me levantei nao conseguia parar de chorar. O Congresso foi 6timo durante a noite, mas eu nado parava de chorar. Quando retornamos ao nosso lugar de hospedagem, um. apartamento amorosamente cedido por um querido irmao de Belo Horizonte, Marcelo Gualberto da Silva, lider do ministério Mocidade Para Cristo, passei a noite toda em claro, chorando. Sai da cama e fui 4 sala para nao perturbar minha esposa, que precisava dormir. Fiquei orando e chorando. Eu queria parar, mas nado conseguia. Na manha seguinte, a primeira coisa que fiz foi procurar o estande do CPC (Corpo de Psicdélogos Cristaos). Eu mesmo estava achando que havia alguma coisa errada, que aquilo nao era normal e que eu precisava parar de chorar. Havia uma espécie de angtistia em meu peito, provocada pelo imenso desejo de ver pessoas sendo salvas. Eu nao conseguia parar de pensar na visdo e na multidao de pessoas que morriam sem Jesus Cristo em suas vidas e, portanto, sem salvacao. Dois amados irm4os em Cristo, psicblogos do CPC, ouviram a minha narrativa entre lagrimas. Um deles, ao ouvir tudo 0 que tinha acontecido, falou ao outro e decidiram dar-me a seguinte palavra: “Vocé deve procurar um homem de Deus, um pastor consagrado ao Senhor e falar a ele sobre o que aconteceu. Deus falou com vocé e isso foge da nossa 4rea de atuagao”. Agradeci muito o conforto recebido e, desde entao, tenho - compartilhado essa visio com alguns pastores que considero especiais, e todos tem confirmado que ela procede de Deus. A partir daquele instante, nunca mais fui o mesmo. Toda minha vida mudou, experimentei uma profunda transforma¢gao. Nao poderia imaginar, naquela época, tudo o que me viria a acontecer como conseqiiéncia da visio. Mas Deus, em sua infinita sabedoria, revela detalhadamente, de acordo com a necessidade de cada momento, aquilo que sera preciso para efetivar a sua vontade em nossa vida. Se naquele ano Deus tivesse nos mostrado todos os detalhes dos processos doloridos pelos quais teriamos de passar, certamente ficariamos chocados, e € bem provavel que desistissemos do 11 g& Familiares — Um modelo brasileiro —————————— propésito para o qual Ele nos havia escolhido. Gragas a Deus, as coisas foram acontecendo dentro dos padroes divinos e, de dose em dose, agiientamos bem mais do que imaginavamos. Que bom que Deus nao nos mostra o que nao precisamos ver. Hoje s6 sei de uma coisa: os Grupos Familiares sao a estratégia fundamental para se implantar a visio de Deus para sua Igreja. A MUDANCA Ja faz tanto tempo que a visao me foi dada, e j4 aconteceram tantas coisas! Logo apés, mudei-me de cidade, indo trabalhar como missiondrio da Mocidade Para Cristo do Brasil em Blumenau, no Estado de Santa Catarina, pensando em ficar ali apenas por um tempo. Mas Deus, porém, ja estava dirigindo tudo de forma miraculosa. Acabei por assumir 0 pastorado de uma pequena igreja pertencente 4 Conven¢ao das Igrejas Evangélicas Livres do Brasil, Pois seu missiondrio estava retornando a Alemanha para um periodo de um ano e nao voltaria mais para Blumenau. Antes, o diabo fizera de tudo para impedir que eu assumisse o ministério local. Mas Deus foi vitorioso e, no dia 5 de fevereiro de 1987, assumi a igreja com dezessete membros. Logo come¢gamos, eu e o ministério que me auxiliava, um processo que denominamos de “desensino e reensino”, objetivando a formagao de uma nova perspectiva de trabalho na igreja, especialmente no que se refere a visio de Grupos Familiares. Passou-se 0 tempo e agora a igreja se encontra encaminhada, vivendo integralmente essa estratégia. Nada_nela funciona sem que esteja vinculado a esses grupos (chamados agora de GF’s). Todas as suas atividades estao centralizadas neles e todos os membros (cujo nimero nao citamos, uma vez que é acrescido semanalmente, por meio de conversées e batismos) tém a oportunidade de receber assessoria pessoal ¢ ——— cuidado em todas as 4reas de sua vida. en 12 Conseqiiéncias de uma viséo Nao s6 acreditamos na estratégia dos GF’s, como a vivemos ntegralmente na igreja local. Estamos escrevendo a respeito de igo que realmente faz parte de nossa vida e experiéncia. NOSSA VISAO E ALVO Alcancar a populacao da cidade de Blumenau e da regiao do vale do Itajai com o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é 1ossa visio bdsica. Estamos plantados na regiao para fazer a Jiferenga de Deus nessa sociedade que nos cerca. Nao estamos apenas preocupados com a nossa cidade, mas 20m toda a regio, com o estado, com o pais e com o mundo. intretanto, sempre daremos énfase A importancia de uma igreja ‘rte e madura, equilibrada e dinamica, pura e crescente, antes de se fazer misses em outros lugares. ‘Alias, nem é conveniente falarmos sobre visdo de igreja se o rosso trabalho nada tem a apresentar em termos de béngaos nensurdveis para o corpo de Cristo como um todo. E mais mportante ser do que fazer, e nunca devemos esquecer isso. Nao dodemos, porém, deixar de enfatizar a necessidade de produzirmos para ver o desejo do coracao de Deus sendo satisfeito. Nao convém usarmos a desculpa de que a qualidade é sempre nais importante do que a quantidade, quando sabemos que uma irvore de boa qualidade somente recebe essa descrigao por ser ~ ‘rutifera. Se nao da muito fruto, nao € uma boa 4rvore. Em nosso projeto, estamos cientes de que, nem. todos aceitarao i mensagem de salvacio por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. 3abemos que muitos dirao “nado” 4 essa mensagem amorosa. Mas aosso compromisso nao pode ser conformista. Precisamos reavaliar a forma como o evangelho tem sido anunciado nestes Ultimos anos. COMPROMISSO SEM DESCULPAS Sempre foram usadas muitas desculpas para a frutificagao, para a multiplicagao do nimero de membros nas igrejas. De nossa 13 Grupos Familiares — Um modelo brasileiro parte, em vez de nos envolvermos com desculpas e€ evasivas, procuramos nos questionar em todo o tempo. Estamos continuamente tentando achar razdes logicas que possam estar barrando o crescimento e entao investimos intensamente no reparo das coisas que estiverem erradas. Quando assumimos o trabalho de edificar a igreja do Senhor que atualmente pastoreamos, muitas pessoas nos diziam: “Aqui o chao é duro! Nao é facil trabalhar com esse povo blumenauense!” Ao que sempre respondiamos: “O chao pode ser duro, mas a Palavra do Senhor é martelo que arrebenta qualquer rocha”. “Nao € a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmitica a penha?” (Jeremias 23:29). Temos trabalhado crendo que o Senhor € poderoso, que o seu evangelho é poder, que a sua vontade é salvar todas as pessoas. E que depende de nés o destino eterno de uma grande multidao. Se nao anunciarmos a Jesus como Senhor e Salvador, quem o fara? A igreja nao pode mais se omitir. Dela dependem milhoes, até bilhdes de pessoas que estado sem salvacao e, portanto, destinadas 4 condenagdo eterna nas chamas do inferno, banidas da presenga de Deus. Se isso nao for sério, catastr6fico, o que mais sera? Como ja afirmamos, sabemos que nem todos serao salvos. Isso é fato consumado, e n3o temos a ilusao de que todos aceitario a maravilhosa mensagem de salvacdo do Senhor Jesus Cristo. Entretanto, nao nos contentamos com menos de 20% da populacgio residente em nossa regiao. TODOS DEVEM OUVIR A MENSAGEM Esse € nosso alvo definido. Essa é nossa meta estabelecida. Todas as pessoas residentes nessa 4rea terao de ouvir a mensagem de salvagao, clara e compromissadamente. Nenhum desses habitantes deveré morrer sem ter tido a oportunidade bem clara de se posicionar ante o convite de nosso amado Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. 14 Conseqiiéncias de uma visio —_— ss Anunciamos o evangelho a milhares de pessoas que vivem em nossa regido, € esperamos que, no minimo, 20% delas entreguem suas vidas ao Senhor Jesus € passem a ser valorosos discipulos, membros ativos do exército de Deus na terra. Se cada membro da igreja local fizer a sua parte, certamente isso acontecera dentro de pouco tempo. UM DESAFIO.A SER ENFRENTADO A missao de cada discipulo do Senhor Jesus é fazer outros discipulos. Isso quer dizer que cada filho de Deus deve anunciar as boas novas da salvacao. Estabelecemos um desafio a todos os membros do corpo de Cristo local: levar ao menos uma pessoa por ano aos pés de Jesus. Se isso for alcangado, e cremos que o sera, em dez anos teremos atingido o nosso alvo especifico de ganhar, pelo menos, 20% dos moradores da regiao para o Senhor Jesus. Em termos numéricos —e nado podemos fugir deles — essa porcentagem representa o total aproximado de duzentas mil pessoas, que comporao a igreja em Blumenau, ja que nossa regiao possui cerca de um milhao de habitantes. Reconhecemos que, para alguns, isso pode parecer muito matematico, mas nao nos esquecamos de que foi o Senhor Jesus quem nos ensinou a calcular antes de iniciarmos qualquer projeto (Lc 14:28-33). Jesus nos ensinou que nunca se deve comegar a fazer nada sem antes calcular-se os custos, os gastos do empreendimento, e € exatamente isso que estamos fazendo. Estamos calculando e chegando a conclusdo de que, se a igreja for verdadeiramente compromissada e comprometida, é 0 minimo que podemos esperar alcangar: 20% da populagao do Vale do Itajai e arredores para o Senhor Jesus Cristo. Nosso objetivo geral é alcancar toda a nossa regio para Ele. Isso é importante enfatizar sempre. Nosso compromisso é anunciar © amor de Deus a todas as pessoas, dando oportunidade a cada ser humano de nossa regiao de conhecer a salvacao que Deus ja 15 Grupos Familiares ~ um modelo brasileiro proporcionou em seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Todavia, nao queremos anunciar s6 por anunciar. Queremos pregar crendo que muitos se converterao € se entregarao ao Senhor. 16 Definicao da estratégia Pia atingirmos o nosso alvo especifico, o método basico de acgao que temos utilizado é o de Grupos Familiares. H4 uma estratégia por tras disso e gostariamos de compartilha-la, 7 fim de que vocé a entenda claramente. Antes de apresenta-la, gostariamos que vocé examinasse conosco um assunto extremamente importante. De nada valem estratégias _ e métodos se nao houver ungao do Espirito Santo. Por essa raz4o, “Gpieseniy algumis Implicajoes Faadamenmais que precisam ser examinadas: Ensinados pela un¢cio 1 Jodo 2:27 Esse texto € muito revelador da dimensdo de vida pessoal e profunda com Deus. Vejamos alguns detalhes: “A uncao” A palavra ungao no grego é krisma e significa, literalmente, “ungiiento, perfume, crisma, gordura liquida, uncao” ©. O Espirito Santo foi derramado sobre nés como a “ungao de Deus para nossas vidas”. Antigamente os servos de Deus ram separados para ministérios 17

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