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1. Analisa o documento 1 e responda às questões que se seguem.

Documento 1

O nascimento de um sistema planetário na via Láctea

A imagem de um disco de formação planetária em torno de uma estrela jovem, com


uma resolução nunca antes alcançada, foi revelada pelo telescópio ALMA (fig.1). A
imagem excedeu todas as expectativas, já que revela, com um detalhe inesperado, o
disco de poeira que sobrou da formação da estrela HL Tauri, situada na Via Láctea a
cerca de 450 anos-luz da Terra. Nesse disco é visível uma série de anéis brilhantes
concêntricos separados por espaços escuros. A HL Tauri não tem mais do que um
milhão de anos e, no entanto, parece que o seu disco está repleto de planetas em
formação.

Fig. 1. Disco de formação planetária


resultante da formação da estrela HL Tauri.
Adaptado de http:// www.eso.org/public/portugal/news/eso 1436/

Na resposta aos itens 1.1 a 1.3., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1.1. Tendo em conta as similaridades entre a origem hipotética do Sistema Solar e as observações
efetuadas, é de esperar que no disco de gás e poeiras que rodeia a estrela HL Tauri…

A. os materiais mais refratários e densos se encontrem nas regiões periféricas do mesmo.


B. os materiais voláteis permaneçam nas regiões mais próximas da estrela devido à sua força gravítica.
C. os materiais mais densos e refratários se localizem em regiões mais quentes do disco planetário.
D. a força de gravidade da estrela não permita a diferenciação dos diferentes materiais no disco
planetário.

1.2. A ______ de pequenos grãos e de pequenos fragmentos rochosos do disco planetário da estrela
HL Tauri origina os ______, que podem ser considerados precursores de protoplanetas.

A. diferenciação (…) planetesimais C. acreção (…) asteróides


B. diferenciação (…) asteróides D. acreção (…) planetesimais

1.3. No disco planetário da estrela HL Tauri, a _________ corresponde à região onde os planetas
recebem energia suficiente da estrela para manterem à superfície uma temperatura média que
permita a existência de ___________ .

A. zona habitável (…) rochas no estado sólido C. zona telúrica (…) rochas no estado sólido
B. zona habitável (…) água no estado líquido D. zona telúrica (…) água no estado líquido

1.4. Atualmente, a hipótese nebular é a explicação mais aceite pela comunidade científica para
explicar a origem do sistema solar.
Refere a importância das observações do telescópio ALMA para o conhecimento da origem do planeta
Terra.

1.5. Ordena as frases identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de alguns
dos acontecimentos que levaram à formação do Sistema Solar.

A. Distribuição dos materiais do disco planetário em função do ponto de fusão e da respetiva


densidade.
B. Colapso da nuvem de gases e início do seu movimento de rotação.

1
C. Ignição dos gases no centro da nuvem e estádios iniciais do Sol.
D. Acreção de fragmentos rochosos que originam corpos planetários de diferentes dimensões.
E. Explosão de uma estrela maciça que conduz à formação de uma gigantesca nuvem de gases e
poeiras a baixas temperaturas.

1.6. Faz corresponder a cada uma das caracterizações de corpos do Sistema Solar, expressas na coluna
I, a respetiva designação, que consta na coluna II.
Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna I Coluna II
A. Possui período de translação curto, uma crusta e elevada densidade. 1. Planeta telúrico
B. Corpo gelado de órbita muito excêntrica. 2. Asteróides
C. Fragmentos rochosos cuja acreção origina corpos de grandes dimensões. 3. Cometa
D. Corpo constituído por elementos voláteis, com um longo período de 4. Planeta gasoso
translação. 5. Meteorito
E. Fragmentos rochosos de dimensões variadas localizados 6. Planetesimais
predominantemente entre um planeta telúrico e um planeta gasoso. 7. Estrela
8. Planeta secundário

1.7. Ordena as expressões identificadas pelas letras de A a E de modo a reconstituir uma possível
sequência cronológica de acontecimentos relacionados com uma queda meteorítica na superfície da
Terra.

A – Vaporização de matéria na superfície de um meteoro.


B – Fragmentação de um corpo em órbita na cintura de asteróides.
C – Interação de um corpo celeste com a atmosfera terrestre.
D – Interação de um meteoróide com o campo gravítico da Terra.
E – Formação de uma cratera por embate de um meteorito.

1.8. Faz corresponder cada uma das descrições dos pequenos corpos do Sistema Solar, na coluna A, à
respetiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B

(a) Corpo formado por uma liga metálica de ferro e níquel. (1) Siderito

(b) Corpo com órbita muito excêntrica em relação ao Sol. (2) Siderólito

(c) Corpo que apresenta quantidades semelhantes de ferro- (3) Acondrito


níquel (50%) e silicatos (50%)
(4) Condrito

(5) Cometa

2. Analisa o documento 2 e responde às questões que se seguem.

Documento 2

2
O mistério da água marciana

Durante décadas, as ciências planetárias foram acumulando provas de que existiu água em
Marte. Os sulcos fluviais na topografia do planeta ou os conglomerados fotografados pelo robô
Curiosity são testemunho da presença de água líquida no planeta. A sonda Maven, lançada dia
18 de novembro de 2013, pela NASA, vai tentar esclarecer o desaparecimento dessa água
através da monitorização de fenómenos ocorridos na atmosfera do planeta. Hoje, ainda que
rarefeita, a atmosfera de Marte é maioritariamente constituída por dióxido de carbono,
possuindo apenas 0,3% da densidade da atmosfera terrestre. Uma das explicações para o
desaparecimento da atmosfera de Marte estará no vento solar. Este fenómeno resulta do
lançamento contínuo e em todas as direções, por parte do Sol, de um plasma constituído por
protões e eletrões. Durante muito tempo, estas partículas, ao atingirem o planeta, foram
ejetando os gases da sua atmosfera, tornando-a
mais rarefeita. Durante um ano terrestre, a sonda
poderá medir não só a constituição das camadas
mais altas da atmosfera, mas também os efeitos que
o vento solar tem na destruição dos átomos que a
compõem, medindo a rapidez com que diferentes
moléculas estão a ser ejetadas. Outra hipótese
provável, que poderá explicar o desaparecimento de
apenas uma fração do dióxido de carbono
atmosférico, é este ter sido integrado em alguns
minerais de Marte. Esta hipótese faria pouco
sentido aplicada à Lua, tendo em conta a extrema rarefação da sua atmosfera original e a
natureza das rochas da sua superfície. A amostra apresentada na figura 2 corresponde a um
fragmento de basalto, com cerca de 3,8 mil milhões de anos, recolhido na Lua durante a
missão Apollo 17. O aspeto vesicular do fragmento resulta da desgaseificação ocorrida
aquando do arrefecimento do material que lhe deu origem. Fig. 2

Na resposta aos itens 2.1 a 2.5, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.

2.1. A topografia da superfície de Marte sugere que, nesse planeta, já…

A. ocorreram movimentos tectónicos numa altura em que a atmosfera era menos densa.
B. existiu um ciclo hidrológico numa altura em que a atmosfera era menos densa.
C. ocorreram movimentos tectónicos numa altura em que a atmosfera era mais densa.
D. existiu um ciclo hidrológico numa altura em que a atmosfera era mais densa.

2.2. Tendo em conta a natureza da amostra apresentada na figura 2, é de supor que a mesma tenha
sido recolhida…

A. num mar lunar.


B. num continente lunar.
C. num mar lunar ou num continente lunar, com o mesmo grau de probabilidade.
D. nas proximidades de um dos vulcões ativos da Lua.

2.3. Os continentes lunares são constituídos por __________, razão pela qual refletem__________
radiação solar.

A. basalto (…) mais C. basalto (…) menos

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B. anortosito (…) mais D. anortosito (…) menos

2.4. A rarefação da atmosfera original da Lua seria uma consequência…

A. da limitada atividade vulcânica desse satélite.


B. da elevada densidade desse satélite.
C. do baixo valor de massa desse satélite.
D. da atração gravítica exercida pela Terra sobre esse satélite.

2.5. São consideradas estruturas geológicas exógenas…

A. os vales fluviais. C. as crateras de impacto.


B. as falhas. D. as dobras.

2.6. As colheitas de rochas efetuadas pelos astronautas na superfície lunar foram muito importantes
para o conhecimento do próprio Sistema Solar.
Explica os motivos pelos quais as rochas terrestres dão informação menos relevante quanto às
origens do Sistema Solar do que as amostras recolhidas na superfície lunar.

2.7. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relacionadas com
as características dos corpos do Sistema Solar referidos no texto.

A. Por serem mais recentes, os mares lunares apresentam maior quantidade de crateras que os
continentes.
B. O facto de a água líquida ter desaparecido da superfície de Marte permite considerar este planeta
mais antigo do que a Terra.
C. As zonas correspondentes aos continentes lunares são mais acidentadas do que os mares.
D. O planeta Marte possui intensa atividade vulcânica resultante do seu calor interno.
E. A rarefação da atmosfera lunar original traduziu-se na fraca erosão verificada na sua superfície.

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