Você está na página 1de 1

A Arqueologia do Saber – Foucault

É preciso estar pronto para acolher cada momento do discurso em sua irrupção de
acontecimentos, nessa pontualidade em que aparece e nessa dispersão temporal
que lhe permite ser repetido, sabido, esquecido, transformado (...).

Antes de se ocupar, com toda certeza, de uma ciência, ou de romances, ou de


discursos políticos, ou da obra de um autor, ou mesmo de um livro, o material que
temos a tratar, em sua neutralidade inicial, é uma população de acontecimentos no
espaço do discurso em geral. Aparece, assim, o projeto de uma descrição dos
acontecimentos discursivos como horizonte para a busca das unidades que aí se
formam.

Você também pode gostar