Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Antes de entendermos as leis de Mendel, temos antes que saber o que a Teoria
da Evolução, de 1859, de Darwin, tem a ver com as leis de Mendel. A Teoria de
Darwin revolucionou a ciência e a forma como o mundo via a espécie humana,
deixando de vê-la como espécie isolada das demais.
Em resumo, a teoria de Charles Darwin dizia que todas as espécies vinham de
um único ancestral comum, e que esse ancestral foi aos poucos, e lentamente,
evoluindo e originando todas as espécies do planeta.
Além disso, esta teoria dizia também que um indivíduo herdaria as
características de seus pais em medidas iguais, isto é, 50% de cada progenitor.
Isso foi genial na época, mas trouxe consigo um grande problema que colocaria
a teoria em xeque: se a evolução dava-se por seleção natural do indivíduo mais
adaptado, entendido como superior, este só passaria metade de suas
características para sua descendência. Então como poderiam seus filhos herdar
essa superioridade se um dos pais fosse inferior?
Isso faria com que o indivíduo fosse mediano, nem superior nem inferior! A
característica da superioridade não estaria presente no individuo e logo não
passaria para sua prole, o que é o mesmo que dizer que a evolução não foi
passada adiante.
Paralelo a isso, nos anos de 1856 a 1863, Mendel estava fazendo cruzamento
em plantas e observando o resultado desses cruzamentos. Neles ele observou
que quando essas plantas tinham determinada característica diferente entre si,
como a cor de uma ervilha por exemplo, que poderia ser amarela ou verde, ao
cruzar essas plantas, ao invés de obter plantas filhas que dessem ervilhas de
coloração misturada, como seria esperado de acordo com a Teoria de Darwin
(ervilhas verdes e amarelas na mesma planta, ou uma terceira cor formada pela
mistura do verde e do amarelo), apenas uma das cores era mantida, enquanto a
outra não aparecia. A grande sacada foi quando Mendel voltou a cruzar essa
segunda geração de plantas. Nesse momento as duas cores voltaram a
aparecer.
Entretanto a comunidade cientifica da época não mostrou interesse pelas
descobertas de Mendel que parou suas pesquisas científicas em 1968 para
dedicar-se às atividades burocráticas no convento que fazia parte. Sua
pesquisa ficou esquecida ate 1900 quando três pesquisadores que trabalhavam
independentes uns dos outros na Alemanha (Karl Corens), Áustria (Erich Von
Tschermak) e na Holanda (Hugo De Vries) descobriram através de estudos
semelhantes aos de Mendel as leis da hereditariedade, as quais já tinham sido
descritas por Gregor Mendel 34 anos antes, dando-lhe assim o reconhecimento
pelas suas descobertas, as chamadas Leis da Hereditariedade, ou Leis de
Mendel.
Os experimentos de Mendel
Nessa fase de seu estudo, Mendel estava cruzando mais de uma característica
das plantas. Ele usou plantas puras com sementes amarelas lisas (VVRR),
traços dominantes, e plantas também puras com sementes verdes e rugosas
(vvrr), estes sendo traços recessivos. O estudo dessas duas características
Mendel chamou de Diibridismo, e o resultado desse cruzamento já era
esperado, todas as plantas produziam sementes amarelas lisas, pois estes
fatores eram dominantes e as características recessivas não apareceriam na
presença desses fatores (VvRr).
Da mesma forma, Mendel cruzou os híbridos resultantes do cruzamento anterior
e achou as seguintes possibilidades:
Também chamada de Lei da Distribuição Independente, diz que cada fator puro
para cada característica é transmitida à geração seguinte de forma
independente uma da outra seguindo as duas leis anteriores. Os híbridos
possuem o fator recessivo, mas este é encoberto pelo fator dominante.
A terceira Lei é tida como um resumo das duas leis anteriores, por isso há
autores que não a levam em conta. Tem ainda aqueles que consideram que as
leis de Mendel são duas e não três, embora três seja o número de leis mais
utilizado didaticamente.
Referências
»MCCLEAN, Phillip. Genética Mendeliana, 2000. Disponível
em: https://www.ufpe.br/biolmol/GenMendel/Mendel1&2-
extensoes/mendel1.htm. Acesso em: 12 de abril de 2017.
»LEITE, Raquel Crosara Maia; FERRARI, Nadir; DELIZOICOV, Demétrio. A
história das lei de na perspectiva Fleckiana. Disponível
em: http://abrapecnet.org.br/atas_enpec/iiienpec/Atas%20em%20html/o9.htm.
Acesso em: 12 de abril de 2017.
»BIOGRAFIA, E. Gregor Menel, 2015. Disponível em:
https://www.ebiografia.com/gregor_mendel/. Acesso em: 17 de abril de 2017.
» FISCHER, Barbara. 1859: Darwin publica Teoria da Evolução. Disponível
em: http://www.dw.com/pt-br/1859-darwin-publica-teoria-da-evolu
%C3%A7%C3%A3o/a-335433. Acesso em: 17 de abril de 2017.
» ALVES, Cláudio P. Gregor Mendel: Vida e Obra. Disponível
em: http://www.agostinianomendel.com.br/gregor-johann-mendel/. Acesso
em: 18 de abril de 2017.
» PLANETABIO. Genética: 1ª Lei de Mendel. Disponível
em: http://www.planetabio.com/lei1.html. Acesso em: 18 de abril de 2017.