Olimpiadas 2016

AGENDA POSITIVA – RIO 2016
Avaliação do desempenho
dos países nos jogos
olímpicos, nos últimos 20
anos, e opções estratégicas
para o Brasil na Rio 2016
São Paulo, outubro de 2012
ESTUDO PRO BONO

Aviso legal
§  Este é um documento preparado exclusivamente pela Condere Consultoria (“Condere”) e destina-se a informar os leitores
sobre as análises realizadas, em estudo independente pro bono, acerca do desempenho dos países nos Jogos Olímpicos
e, nesse contexto, das perspectivas do Brasil no evento do Rio de janeiro, em 2016, sem, no entanto procurar especificar
todos as características do evento e riscos envolvidos.
§  As projeções apresentadas são baseadas em hipóteses sobre muitos fatos importantes, que podem provocar uma
diferença nos resultados reais em relação aos declarados nas projeções. As palavras, “acreditar”, “estimar”, “esperar”,
“recomendar”, “poder”, “planejar”, “dever” e expressões similares identificam declarações sobre o futuro. Tais
declarações estão sujeitas a riscos e incertezas. Embora a informação proporcionada seja considerada correta, ela pode
incluir erros ou imprecisões. Em circunstância alguma a Condere, suas sociedades ou organizações relacionadas, sócios,
representantes ou empregados serão responsabilizados perante o leitor, ou perante qualquer outra pessoa física ou
jurídica, por quaisquer decisões ou providências tomadas com base nas informações contidas neste site, ou por
quaisquer prejuízos indiretos, prejuízos financeiros quantificáveis ou quaisquer prejuízos similares, mesmo que
informados sobre a possibilidade desses prejuízos. Tampouco, pretende ser a única base para qualquer avaliação de
recomendações fornecidas neste documento.
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informações e citada a fonte. É autorizada também a inserção, em outros sites, de links para o site da Condere. No
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2
Agenda
Apresentação da Condere
Objetivos
Análise dos países participantes
Eficácia das delegações
Avaliação das modalidades
Economics dos Jogos Olímpicos

Recomendações estratégicas para o Brasil em 2016
@ Condere Consultoria 2012 3

Condere
Consultoria
Fundada em 2006, a Condere é

uma consultoria especializada
em estratégia empresarial e de
M&A.
Realização de mais de 100

projetos, no Brasil, Argentina e
Chile, para empresas
multinacionais, de capital aberto
e grupos familiares
Filosofia pragmática e
participativa
4
Agenda
Objetivos


Objetivos
§  O objetivo dessa análise é avaliar os Jogos Olímpicos sob a ótica estratégica
§  Além disso, iremos analisar o desempenho dos países nos jogos olímpicos;
–  Histórico dos países participantes
–  Eficiência das delegações
–  Modalidades mais representativas
–  Análise dos resultados
§  Finalmente, refletiremos sobre estratégias viáveis de melhoria para o

desempenho do Brasil no Rio 2016

Agenda
Objetivos


Medalhas são para poucos
Menos da metade dos países participantes ganhou medalha nos últimos seis
Jogos Olímpicos
Países medalhistas X Países não-medalhistas

Nº total de países participantes
200 201 204 204

197
169
40% 40% 37% 42% 42%
38%
60% 60% 63% 58% 58%

62%
92/Barcelona 96/Atlanta 00/Sidney 04/Atenas 08/Pequim 12/Londres
Países não-medalhistas Países medalhistas
Nota: em 1992, a URSS ainda competiu como uma equipe. Já em 1996, com os países competindo com equipes independentes, o
número de países medalhistas aumentou.
Fonte: sports-reference; análises Condere
Os dominantes
Os 10 países primeiros colocados nas olimpíadas avaliadas ganharam mais da
metade das medalhas disputadas
Medalhas disputadas por evento

Nº total de medalhas e %
952 962
927 932
860
818
44% 46%
46% 44%
39% 46%
Os 10º
primeiros
56% 54% representam 5%
61% 54% 54% 56%
do universo de
países
1º ao 10º colocado Demais países
Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; análises Condere

Os 30 melhores
Ao analisar os 30 primeiros colocados, a participação no número de medalhas é
superior a 80%
Medalhas disputadas por evento

Nº total de medalhas e %
952 962
927 932
860
818 16% 17% 18% 19%
11% 13%
Os 30º
primeiros
83% 82% 81%
representam
89% 87% 84%
15% do
universo de
países
1º ao 30º colocado Demais países

Desempenho do Brasil nas olimpíadas
O Brasil conquistou em média 12 medalhas e sua melhor posição foi 16º
Medalhas conquistadas
Nº total de medalhas e colocação
17
Pentatlo Vela, 1
15 15 moderno, 1
GinásKca 6% Judo, 4
6%
arLsKca, 1 24%
Média = 12 12 6%
10 Futebol, 1 6%
Voleibol, 2 12% 18%

Boxe, 3
3 12%
12%
Natação, 2
Volei de
praia, 2
25º 25º 52º 16º 23º 22º

Quem melhorou mais
Inglaterra e China foram os países que apresentaram melhor evolução em 20 anos
§  China e Inglaterra focaram em

Maiores aumentos absolutos esportes individuais para
Quantidade de medalhas ganhas aumentarem suas posições,
os dois últimos devido a
melhor preparação dos atletas
dos países-sede;
∆ = 34
§  Jamaica e Irã são países
∆ = 45 especialistas que focam e
conquistam medalhas em
esportes específicos , como
∆ = 16 atletismo e luta greco-romana;
88
∆ = 14 65 §  O Brasil contou com esportes
∆=9 54
∆=8
38 individuais como Judô e Boxe
17 22 20 para aumentar o número de
12 12
4 3 3
medalhas.
Jamaica 92/12 Irã 92/12 Brasil 92/12 Japão 92/12 China 92/12 Inglaterra 92/12
Nº de medalhas em 1992 Nº de medalhas em 2012

Maiores quedas
Alemanha e Cuba obtiveram as maiores quedas no período
§  Com a queda do muro de

Maiores quedas absolutas
Berlim, os países satélites
Quantidade de medalhas ganhas da USSR perderam
investimentos;
§  Tal fato, combinado com

∆ = 38
um maior controle de
doping contribuiu para a
queda de rendimento
desses países
∆ = 13 ∆ = 17 82
∆=9 ∆ = 10
∆ = 14 44
30 31
18 20 17 16
9 10 14
2
Romênia 92/12 Polônia 92/12 Hungria 92/12 Bulgaria 92/12 Cuba 92/12 Alemanha 92/12
Nº de medalhas em 1992 Nº de medalhas em 2012

O efeito de ser um país sede dos Jogos Olímpicos
Entre os países-sede, todos melhoraram suas posições e ficaram entre os cinco
primeiros colocados, com a exceção da Grécia
Países-sede por evento

Colocação do país-sede no evento
15º
5º
4º
3º
1º 1º
1992 Espanha 1996 EUA 2000 Australia 2004 Grécia 2008 China 2012 Inglaterra
Colocação 25º 2º 7º 17º 2º 4º

anterior
Fonte: telegraph.co.uk; análises Condere

Agenda
Objetivos


Eficácia das delegações (1/4)
Existe uma correlação direta entre tamanho das delegações e medalhas
conquistadas, porém, alguns países são mais eficientes do que outros
Correlação entre tamanho da delegação e número de medalhas conquistadas (Londres 2012)
Número de medalhas
120
Países
EUA mais
100 eficientes
CHI
80 RUS
R² = 74% GBR
60
40
COR ITA
20 JAM IRA CUB
UCR BRA ESP
0
0 100 200 300 400 500 600
Número de atletas
Nota: o R² é um índice que explicíta o grau de correlação entre duas variáveis. Essa correlação pode apresentar variações grandes entre países, já
que alguns focam em esportes individuais e outros em esportes coletivos
Fonte: londo2012.com; sportsreference.com; análises Condere
A Jamaica e a China são exemplos de eficiência entre os 30 primeiros colocados, o

Brasil está entre os países de pior desempenho
Aproveitamento dos atletas em Londres 2012
Melhores em aproveitamento dos atletas

§  O índice visa quantificar
País Atletas Medalhas Atletas/medalhas
quantos atletas foram enviados
Jamaica 50 12 4,2 para conquistar uma medalha –
China 384 88 4,4 quanto mais baixo, mais
eficiente
Irã 53 12 4,4
Quênia 50 11 4,5 §  Vale lembrar que Jamaica
Etiópia 35 7 5,0 Quênia e Etiópia participaram
em um número reduzido de
modalidades (em média 4),
Piores em aproveitamento dos atletas
enquanto China e Irã
País Atletas Medalhas Atletas/medalhas participaram de 23 esportes e
África do Sul 133 6 22,2 14 esportes, respectivamente
Croácia 106 6 17,7 §  Entre os países de pior

Espanha 290 17 17,1 desempenho, a participação
varia entre 16 a 24
Brasil 265 17 15,6
modalidades
Nova Zelândia 199 13 15,3

EUA, Rússia e China foram os países que mais tiveram atletas conquistando
medalhas
Atletas medalhistas X total de atletas em Londres 2012

Número total de atletas enviados
EUA Rússia China Austrália Brasil
29% 28% 24% 22%

39%
61% 71% 72% 76% 78%
539 atletas 438 atletas 384 atletas 414 atletas 265 atletas
Coréia do Sul Itália Alemanha França Grã-Bretanha
22% 22% 22% 21% 20%
78% 78% 78% 79% 80%
Nota: foram levados em conta os 9 primeiros colocados em 2012 e o Brasil.

18
Se analisarmos somente os esportes individuais, somente 8% dos atletas brasileiros
conquistam medalhas
Atletas medalhistas X total de atletas em Londres 2012

Número total de atletas enviados de esportes individuais
China EUA Rússia Coréia do Sul Grã-Bretanha
25% 21%
34% 32% 31%
66% 68% 69% 75% 79%
Itália Austrália Alemanha França Brasil
17% 16% 8%
18% 18%
82% 82% 83% 84% 92%
Nota: foram levados em conta os 9 primeiros colocados em 2012 e o Brasil.

Agenda
Objetivos


Agenda

§  Visão geral
§  Modalidades mais representativas

Modalidades mais representativas
Dez modalidades concentram 75% das medalhas possíveis, sendo que atletismo,
natação e ginástica olímpica correspondem a 47%
Medalhas por modalidade Medalhas por modalidades a serem conquistadas por país
Nº de medalhas teórico Nº de medalhas possíveis
Atletismo, 141
Demais Demais
modalidades; 216 15%
modalidades,
AtleKsmo, 133
23% 122 25% 27%
11% Natação, 102
Taekwondo, 32 3% Remo, 14 3%

Remo, 42 4% 8% Luta Greco- Judô, 14 3%
romana, 72 3%
5% Esgrima, 16 13%
Tiro esportivo, 45 3%
6%
5% Judô, 56 4% Natação, 62
Levantamento de 5% 6% Canoagem, 17 6% 7%
6%
Peso, 45 5% 6% Ciclismo, 54
Canoagem, 48 Ginástica Luta Greco-‐ GinásKca
Boxe, 52
olímpica 54 romana/livre; olímpica 33
Ciclismo, 28 Tiro esporKvo,
18 30
Total de medalhas = 959 (Londres 2012) Total de medalhas = 487 (Londres 2012)
Nota: para cada modalidade há uma restrição de número máximo atletas, por país, por modalidade, limitando o número de medalhas
a serem conquistadas.
Fonte: london2012.com; COB; análises Condere
Grau de competitividade das modalidades
Remo, atletismo e natação são as modalidade mais competitivas, enquanto luta
greco-romana é a menos competitiva
Média
Atletismo
120
Competitividade Competitividade
A baixa alta C
Natação
100
Medalhas disputadas
80 Luta greco-romana
Ginástica
60 olímpica
Judô Ciclismo
Média
Canoagem
40 Tiro
esportivo Remo
Esgrima
20
Competitividade muito
B Competitividade mediana
alta D
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Atletas participantes em 2012

Nota: para definir o grau de competitividade foram analisadas as dez modalidades mais representativas

Agenda

§  Visão geral
§  Modalidades mais representativas

Atletismo (participação 27%)
EUA e Rússia dominaram essa modalidade. Entretanto, Jamaica e Etiópia
obtiveram uma melhoria significativa
Medalhas ganhas entre 1992 e 2012 Medalhas ganhas entre 1992 e 2012
Número de medalhas Participação dos 5 primeiros e do Brasil
30 30
29
25
21 EUA, 18%
20 EUA
18 Rússia
15 Quênia Rússia, 12%
Demais, 53%
12 Jamaica
10 11 EKópia
8 Quênia, 7%
7 Brasil
Jamaica, 6%
5 4 EKópia, 4%
Brasil, 0,5%
3 21º posição
0 0
0

Natação (participação 13%)
EUA são absolutos nessa modalidade

35
31
30
27
25
EUA EUA, 30%

20
Austrália Demais, 38%
Alemanha
15
China
Austrália,
11 14%
Rússia
10 10 10
9 Brasil Brasil, 2%
5 Rússia, 5% China, 6% Alemanha, 6%

4 13º posição
1 2
0 1

Ginástica olímpica (participação 7%)
Países líderes tiveram uma participação instável nas duas últimas décadas
20 20
15
Rússia, 23%
Rússia
Demais, 31%
12 China
EUA China, 17%

10
Romênia
8 Romênia,
Ucrânia Brasil, 0,3%
11% EUA, 12%
6
5 Brasil Ucrânia, 5%
6
5
3
16º posição
1
1
0
0

Tiro esportivo (participação 6%)
China e Rússia vem perdendo participação na modalidade
10
9
8 8
7 7 China, 15%
China
6
Rússia
5 Rússia, 13%
5 EUA
Demais, 53%
4 4 Itália EUA, 8%
4
Alemanha Itália,
3 3
7%
Brasil
2 2
Alemanha, 5%
1 1 N/A
0 0
0

Ciclismo (participação 6%)
Grã-Bretanha melhorou consideravelmente sua performance e dominou a
modalidade nas duas últimas olimpíadas

14
12 12
Grã-‐
10 Bretanha,
13%
Grã-‐Bretanha Alemanha, 11%
8
Alemanha Demais, 46%
Austrália Austrália, 11%
6 6 6
França
5
EUA França,
4 4 11%
Brasil
EUA, 7%
2 2 N/A
1
0
0
0

Luta greco-romana/livre (participação 4%)
Rússia se manteve como nação dominante, seguida dos EUA e Japão
16 16
14
12
11 Rússia, 18%
10 Rússia
EUA EUA, 10%

8 8
Japão Demais, 57%
Cuba Japão, 6%
6 6
5 Irã
Cuba, 5%
4 4 Brasil
Irã, 5%
3
2
2 N/A
1
0
0
0

Canoagem (participação 3%)
Alemanha e Hungria são lideres isolados na modalidade

12
11
10
8 8
Alemanha, 18%
Alemanha
6 Hungria
6 6 Hungria, 12%
Demais, 52%
França
Austrália
4 4
Slováquia França, 6%
3
Brasil Austrália, 6%
2 Slováquia, 5%
2
N/A
0 0
0

Esgrima (participação 3%)
Itália é absoluta na modalidade

7 7
6
5 5
Itália, 21%
Itália
4 Demais, 34%
França
Rússia França, 16%

3 3
3 Alemanha
2 Hungria
2 Rússia, 14%
Brasil Hungria, 7%
1 1 Alemanha, 9%
N/A
0 0
0 0

Judô (participação 3%)
Japão mantém o domínio e Brasil evoluiu nas duas últimas edições
10 10
9
8
7 Japão, 15%
7 7
6 Japão
Cuba, 9%
Cuba Demais, 50%
5 5 França, 9%
França
4 4
4 Coréia do Sul
China
3 3 3 Coréia do Sul,
Brasil 8%
2 2 China, 6%
Brasil, 3%
10º posição
1
1
0

Remo (participação 3%)
Grã-Bretanha se tornou absoluta na modalidade
10 10
9 9
8
Alemanha, Grã-‐Bretanha,
7 10%
12%
Alemanha
6
Grã-‐Bretanha
5
5 Austrália Austrália,
5
Demais, 54% 10%
4 Canadá
EUA
3 3 3 EUA,
Brasil 7% Canadá, 8%
2 2
2
1 N/A
0 0
0

Agenda
Objetivos


Participação no PIB versus market share de medalhas
Enquanto o Brasil está em sexto em participação do PIB mundial, alcançou somente
a 15º posição no share de medalhas
Participação no PIB global Participação no market-share de medalhas
2011 2012
EUA 21,7% EUA 10,8%

China 9,1%
China 10,5% Rússia 8,5%
Japão 8,4% Grã-‐Bretanha 6,8%
Alemanha 4,6%
Alemanha 5,1% Japão 4,0%
França 4,0% Austrália 3,6%
França 3,5%
Brasil 3,6% 6º posição
Itália 2,9%
Reino Unido 3,5% Coréia do Sul 2,9%
Ucrânia 2,1%
Itália 3,2% Holanda 2,1%
Rússia 2,7% Hungria 1,8%
Espanha 1,8%
Canadá 2,5% 1,8% 15º posição
Brasil
Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; FMI; análises Condere

Orçamento
O Brasil teve um orçamento no período 2,3x maior do que aquele da Grã-Bretanha
Montante de financiamento
Orçamento (2009-2012)
Grã-Bretanha Brasil
Patrocínio e
Fund raising Loteria Nacional
3%
19%
Impostos
Loteria Impostos, Lei de
37% Incentivo ao
Nacional
60% Esporte, Bolsa
atleta e patrocínio
81% estatal
Total: R$ 767 milhões Total: R$ 1760 Milhões
1£ = R$ 2,91
Nota: para o orçamento da Grã-Bretanha, foi calculado uma média da Libra Esterlina no período, com variação da inflação. A loteria nacional entrou
no orçamento olímpico em 1996 na Grã-Bretanha e em 2001 o Brasil, com a Lei Piva.
Fonte: bbc.co.uk; uksport.gov.uk Jornal Globo; COB; análises Condere
Utilização pouco eficiente do orçamento
O Brasil gastou nove vezes mais do que a Grã-Bretanha para cada medalha
conquistada em Londres 2012
Indicadores de desempenho
R$ milhões, medalhas
120 70
65 110
Custo por medalha conquistada
60
100
Medalhas conquistadas
9X 50
80
40
60
30
40
20
16
20 11,8 10
0 0
Grã-Bretanha Brasil
Nota: a medalha conquistada no futebol masculina não foi contabilizada já que a CBF não recebe recursos para treinamento de atletas
Fonte: bbc.co.uk; globo.com; análises Condere
Alocação inteligente
A Grã-Bretanha gastou mais de 50% do orçamento nas 10 modalidades que mais
distribuem medalhas
Participação por modalidade no orçamento da Grã-Bretanha
Ciclo olímpico 2009-2012
Esgrima, 1% Luta greco-romana/Livre, 1%
Tiro esportivo, 1%
Judô, 3%
Ginástica Olímpica, 4%
Remo, 10%
Demais esportes, 45% 10 modalidades; 55% Canoagem, 6% Ciclismo, 10%
Natação, 10%
Atletismo, 10%
Total: R$ 767 milhões
Fonte: uksport.gov.uk; análises Condere

Agenda
Objetivos


Rio 2016
O Brasil entre os 10 maiores medalhistas
Premissas para nossas recomendações
§  O Brasil deve focar nas modalidades com maior potencial de medalhas
§  O Brasil deve melhorar a eficácia da sua delegação, especialmente

nessas modalidades
§  Essa eficácia será resultado de três variáveis
–  Força competitiva do Brasil na modalidade

–  Grau de concorrência da modalidade
–  Foco e qualidade dos investimentos realizados, nos próximos quatro anos,
tanto pelo governo, como pela iniciativa privada.
41
Metodologia utilizada
Racional para definir quais modalidades são prioridades estratégicas para o Brasil
PRIORIDADE POTENCIAL DE MEDALHAS: PESO 3

ESTRATÉGICA
Define o potencial de medalhas de cada modalidade. Quão
maior o numero de medalhas possíveis para cada pais,
individualmente, maior o índice potencial.
Estabelece a
prioridade da +
modalidade para o FORÇA COMPETITIVA: PESO 1
Brasil, priorizando o
potencial de medalhas, = Avalia a força competitiva do Brasil. Ou seja, se o Brasil ganhou
medalhas na modalidade, e o numero de medalhas obtidas nos
ponderado pela últimos 3 jogos.
concorrência da +
modalidade e da
AMBIENTE COMPETITIVO: PESO 1
competitividade do
Brasil na modalidade Avalia quantitativamente o ambiente competitivo da
modalidade específica, ou seja, o número de concorrentes em
2012.
42
Prioridades estratégicas (1/2)
Aplicamos nossa metodologia para criar um ranking das modalidades

prioritárias para o Brasil
Medalhas Força Ambiente Prioridade
400 120
350
Medalhas, força e ambiente
100
300
80
250
Prioridade
200 60
150
40
100
20
50
0 0

Prioridades estratégicas (2/2)
Como os recursos, tanto financeiros, como operacionais, são limitados, os

esforços e investimentos devem ser proporcionais à prioridade estratégica
GRUPO ALTA GRUPO MÉDIA GRUPO PRIORIDADE

PRIORIDADE (8) PRIORIDADE (8) PONTUAL (14)
AtleKsmo Luta greco-‐romana Handebol

Hóquei sobre grama
Natação Tiro esporKvo Canoagem
Judô Pólo aquáKco Saltos Ornamentais
Vôlei Vela Esgrima
Levantamento de
GinásKca olímpica Taekwondo peso
Futebol Ciclismo Remo
Badminton
Boxe Hipismo Tiro com arco
Vôlei de praia Basquetebol Pentatlo moderno
Tênis de mesa
Tênis
Triatlo
Nado sincronizado

Grupo alta prioridade
Ações recomendadas
Modalidades
•  Por combinar a melhor chance em número de medalhas vis-à-vis
AtleKsmo a força competitiva do país e o ambiente competitivo das
modalidades, esse grupo deveria ter a atenção especial do
Natação governo e do COB;
Judô •  Esse grupo deveria ter prioridade na alocação de investimentos e

receber recursos financeiros, como infraestrutura de
Vôlei treinamento e apoio de especialistas, acompanhando de perto a
GinásKca olímpica evolução do atletas (ex.: médicos, psicólogos, fisioterapeutas,
etc.);
Futebol •  Os atletas de elite desses grupos precisam receber recursos
Boxe para que o foco seja exclusivo na sua preparação;
Vôlei de praia •  Devem ser criados KPI’s (Indicadores de desempenho) para
medir e acompanhar individualmente o desempenho dos atletas
e dos investimento ao longo dos próximos quatro anos,
permitindo rápidos ajustes necessários nos programas de
desenvolvimento;
•  Recomendamos que esse grupo receba de 45% a 50% da verba

total do governo

Grupo média prioridade
Ações recomendadas
Modalidades
•  As modalidades desse grupo deveriam também ter um
esforço relevante do governo em duas frentes:
Luta greco-‐romana
Tiro esporKvo •  Identificação e apoio aos talentos, a tempo de
competir na Rio 2016, das modalidades que não
Pólo aquáKco temos tradição olímpica (Ex. Luta e Tiro);
Vela •  Reforço aos atletas daquelas modalidades que já se
Taekwondo provaram bem sucedidas (Ex. Vela);
Ciclismo •  Recomendamos que esse grupo de receba de 25% a 30%

Hipismo da verba total do governo
Basquetebol


Grupo prioridade pontual
AÇÕES
Modalidades
•  As modalidades desse grupo deveriam ter um investimento
Handebol básico do governo, combinadas com verbas de
Hóquei sobre grama patrocinadores que tenham alinhamento do
Canoagem posicionamento de suas marcas com as modalidades em
Saltos ornamentais questão.
Esgrima
•  O governo deveria incentivar patrocinadores potencias,
Levantamento de Peso inclusive tributariamente, e apoiar na canalização e
Remo priorização desses recursos, funcionando como
Badminton coordenador de investimentos privados.
Tiro com arco
Pentatlo moderno •  Recomendamos que esse grupo receba de 20% a 25% da
Tênis de mesa verba total do governo
Tênis
Triatlo
Nado sincronizado

Plano de ação
§  Cada uma das prioridades descritas mereceriam um plano de ação

detalhado, coordenado por gestor experiente, com definição
responsáveis, prazos, orçamento e metas.
§  Esse plano deveria ser periodicamente confrontado com os resultados
obtidos, para que ajustes necessários fossem implantados a tempo de
alcançar as metas de 2016.
§  O governo deveria definir equipe para acompanhar de perto, em tempo
real, os resultados alcançados, assim como aportar os investimentos
necessários ao plano aprovado para cada prioridade.
48
Considerações finais
§  O Brasil tem condições e precisa mudar seu patamar de resultados em

Olimpíadas, migrando de um modelo baseado em suposições e gostos
populares, para um modelo estratégico que considere as particularidades
desse ambiente competitivo.
§  O modelo estratégico deve levar em consideração o potencial de medalhas,

o ambiente competitivo de cada modalidade e as forças do Brasil nessas
modalidades.
§  Além disso, é fundamental alocar os recursos naquelas modalidades

prioritárias. Finalmente, o Brasil precisa criar indicadores para acompanhar
o desempenho dos atletas, dirigentes e investimentos realizados em cada
modalidade.
§  Dessa forma, passaremos a tratar os Jogos Olímpicos como um evento onde
o Brasil precisa conquistar lugar que condiz com nossas capacitações; que é
estar entre os dez melhores países
49
Condere Consultoria
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contato@condere.com.br
São Paulo
Rua Tabapuã, 100, 12º andar, Itaim Bibi, São, Paulo, SP, CEP 04533-000
Telefone: (55 11) 2619-0060
Rio de Janeiro
Praia de Botafogo, 501, 1º andar, Botafogo, 22250-040, RJ
Telefone: (55 21) 2586-6252
50

Olimpiadas 2016

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AGENDA POSITIVA – RIO 2016

São Paulo, outubro de 2012

ESTUDO PRO BONO

Análise dos países participantes

Eficácia das delegações

Avaliação das modalidades

Economics dos Jogos Olímpicos

@ Condere Consultoria 2012 3

Fundada em 2006, a Condere é

Realização de mais de 100

Análise dos países participantes

Eficácia das delegações

Avaliação das modalidades

Economics dos Jogos Olímpicos

@ Condere Consultoria 2012 5

§ Finalmente, refletiremos sobre estratégias viáveis de melhoria para o

@ Condere Consultoria 2012 6

Análise dos países participantes

Eficácia das delegações

Avaliação das modalidades

Economics dos Jogos Olímpicos

@ Condere Consultoria 2012 7

Países medalhistas X Países não-medalhistas

200 201 204 204

60% 60% 63% 58% 58%

92/Barcelona 96/Atlanta 00/Sidney 04/Atenas 08/Pequim 12/Londres

Países não-medalhistas Países medalhistas

Medalhas disputadas por evento

92/Barcelona 96/Atlanta 00/Sidney 04/Atenas 08/Pequim 12/Londres

1º ao 10º colocado Demais países

Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; análises Condere

Medalhas disputadas por evento

92/Barcelona 96/Atlanta 00/Sidney 04/Atenas 08/Pequim 12/Londres

1º ao 30º colocado Demais países

Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; análises Condere

Voleibol, 2 12% 18%

25º 25º 52º 16º 23º 22º

Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; análises Condere

§ China e Inglaterra focaram em

Nº de medalhas em 1992 Nº de medalhas em 2012

Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; análises Condere

§ Com a queda do muro de

§ Tal fato, combinado com

Nº de medalhas em 1992 Nº de medalhas em 2012

Fonte: telegraph.co.uk; london2012.com; análises Condere

Países-sede por evento

Colocação 25º 2º 7º 17º 2º 4º

Fonte: telegraph.co.uk; análises Condere

Análise dos países participantes

Eficácia das delegações

Avaliação das modalidades

Economics dos Jogos Olímpicos

@ Condere Consultoria 2012 15

Correlação entre tamanho da delegação e número de medalhas conquistadas (Londres 2012)

A Jamaica e a China são exemplos de eficiência entre os 30 primeiros colocados, o

Aproveitamento dos atletas em Londres 2012

Melhores em aproveitamento dos atletas

Croácia 106 6 17,7 § Entre os países de pior

Fonte: londo2012.com; sportsreference.com; análises Condere

Atletas medalhistas X total de atletas em Londres 2012

EUA Rússia China Austrália Brasil

29% 28% 24% 22%

61% 71% 72% 76% 78%

§  Finalmente, refletiremos sobre estratégias viáveis de melhoria para o

§  China e Inglaterra focaram em

§  Com a queda do muro de

§  Tal fato, combinado com

Croácia 106 6 17,7 §  Entre os países de pior