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CIMATEC

Área Tecnológica Automotiva

SISTEMAS INTEGRADOS
CIMATEC

Sistemas Integrados

SALVADOR
2 007
Copyright  2007 por SENAI CIMATEC. Todos os direitos reservados.

Área Tecnológica Automotiva

Elaboração: Enoch Dias Santos Junior; Técnico.

Revisão Técnica: Roberto dos Santos Figueiredo, Téc.

Revisão Pedagógica: Carla Roberta Cruz Prado

Normalização: Rita de Cássia Machado da Silva

Catalogação na fonte (Núcleo de Informação Tecnológica – NIT)


________________________________________________________

SENAI-DR BA. Sistemas integrados. Salvador, 2007.


20p. il. (Rev.00)

1. Sistema integrado I. Título

CDD 629.2042
________________________________________________________

SENAI CIMATEC
Av. Orlando Gomes, 1845 - Piatã
Salvador – Bahia – Brasil
CEP 41650-010
Tel.: (71)3 462-9500
Fax. (71) 3462-9599
http://www.cimatec.fieb.org.br
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO
I SISTEMAS INTEGRADOS ....................................................................................... 6
1.1 Conceitos básicos de radiofreqüência ................................................................. 6
1.2 O sistema integrado ................................................................................................... 8
1.2.2 Componentes Elétricos Periféricos .............................................................. 15

II - COMUNICAÇÃO INTELIGENTE COM O MÓDULO DO ALARME .................... 25


2.1 Iluminação de cortesia ............................................................................................ 26
2.2 Diagnóstico do sistema de alarme (exemplo de alguns veículos da
Volkswagen) ...................................................................................................................... 27

III - ALARME NÃO ORIGINAL ................................................................................. 32


3.1 Introdução ................................................................................................................... 32
3.2 Sensores da porta..................................................................................................... 34
3.3 Sensores de choque ................................................................................................ 35
3.5 Sensores de pressão ............................................................................................... 37
3.5 Sensores de movimento e inclinação ................................................................. 38
3.6 Soando o alarme ....................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43
APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de apoiar e proporcionar a melhoria contínua do padrão de qualidade


e produtividade da indústria, o SENAI BA desenvolve programas de educação
profissional e superior, além de prestar serviços técnico e tecnológicos. Essas
atividades, com conteúdos tecnológicos, são direcionadas para indústrias nos
diversos segmentos, através de programas de educação profissional, consultorias e
informação tecnológica, para profissionais da área industrial ou para pessoas que
desejam profissionalizar-se visando inserir-se no mercado de trabalho.

Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional,
e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que
possibilita, de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do
conteúdo apresentado no módulo.

Este fascículo foi desenvolvido pela área tecnológica automotiva do Departamento


Regional da Bahia, com o objetivo de oferecer a todos os profissionais automotivos
recursos didáticos essenciais para acompanhar o constante desenvolvimento dos
sistemas eletroeletrônicos dos veículos atuais do mercado.

Acompanhando as ilustrações, dicas contidas neste fascículo, orientações do


docente e participando das atividades, temos certeza de que você irá se familiarizar
melhor com os sistemas eletroeletrônicos para que se tome um profundo conhecedor
do seu funcionamento, capacitando-se a efetuar os devidos diagnósticos e reparos.

É este aperfeiçoamento profissional que garantirá a sua satisfação, com um serviço


de alto nível de qualidade.

Aproveite!
I SISTEMAS INTEGRADOS

1.1 Conceitos básicos de radiofreqüência

Um dos principais recursos do Sistema Integrado é o acionamento à distância


de suas funções através do controle remoto. A transmissão dos comandos do
controle remoto para o módulo do sistema integrado no veículo é feito via
radiofreqüência. Com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos e facilitar a
assimilação desta tecnologia amplamente utilizada descrevemos a seguir alguns
conceitos básicos que lhes serão muito úteis no estudo deste fascículo.

Oscilações

São modificações de estado que se repetem com regularidade. Por exemplo:


ao se fazer soar um sino, o metal começa a oscilar (vibrar) e estas oscilações são
transmitidas pelo ar.
Os movimentos de ar resultantes das oscilações são chamados de ondas
sonoras. Nós convivemos dia-a-dia com diversos tipos de oscilações, como o
pêndulo de um relógio, as cordas de um instrumento musical e até mesmo a tensão
elétrica de nossa rede doméstica (no caso de corrente alternada). Acontece que
cada um destes componentes oscila com velocidades diferentes.
O número de oscilações em função do tempo é chamado de freqüência.

Freqüência

Entende-se por freqüência o número de oscilações ocorridas em um segundo,


expresso em Hertz (Hz). 1 Hz = Uma oscilação em um segundo.

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Radiofreqüência

É a transmissão de dados (música, fala, ruídos, códigos eletrônicos) de um


ponto emissor do sinal pelo ar até um equipamento receptor, o aparelho de rádio.
Em uma emissora de rádio, isto acontece da seguinte forma:
 As ondas sonoras (música) são transformadas em um sinal elétrico (corrente)
através do microfone.
 Este sinal, de freqüência entre 16 e 20.000 Hz, é unido a um segundo sinal
elétrico com uma freqüência muito maior, chamada de onda portadora. A onda
portadora funciona como uma ponte invisível entre a estação emissora e
antena do equipamento de rádio receptor. É esta "ponte" que vai levar o sinal
sonoro audível da estação emissora até o rádio de um veículo, por exemplo. A
união do sinal elétrico com os dados (música) a onda portadora é chamada de
modulação.

As ondas portadoras de rádio difusão oscilam entre uma freqüência de 150


KHz a 108 MHz (inaudível) dividida em 4 faixas:

Faixa Denominação Freqüência


FM Freqüência modulada 87,5 MHz a 108 MHz
OC Ondas curtas 1500 MHz a 30 MHz
OM Ondas médias 500 MHz a 1500 KHz
OL Ondas longas 150 KHz a 300 KHz

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1KHz = 1000Hz 1MHz = 1 000 000 Hz
1.2 O sistema integrado

Este sistema reúne o controle eletrônico das travas das portas, o acionamento
elétrico dos vidros e o alarme por ultra-som, em um funcionamento conjunto e
integrado podendo ainda ser acionado via controle remoto. Basicamente o sistema é
composto por:

 Módulo eletrônico para acionamento elétrico dos vidros, travamento central e


receptor de rádio freqüência (controle remoto);
 Módulo eletrônico de comando do sistema de alarme;
 Sensor de ultra-som;
 Controle remoto (chaveiro);
 Componentes elétricos periféricos (sensores e atuadores).

1.2.1 Componentes eletrônicos

Módulo integrado central

Este módulo integrado é o cérebro de todo o sistema, pois comanda as travas


elétricas das portas; aciona os vidros; ativa a unidade de comando do sistema de
alarme e ainda recebe o sinal de radiofreqüência emitido pelo controle remoto.
Normalmente localizada no interior do veículo o módulo é composto
internamente pelos seguintes componentes:

 Conector;
 Drivers de acionamento dos vidros;
 Circuito integrado auxiliar;
 Pino para ligação da antena;
 Relés para acionamento das travas elétricas (portas e porta-malas);
 Microprocessador;
 Receptor de freqüência.

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OBS. “Driver” é o nome técnico dado ao componente eletrônico (transistor)
que tem a função de comandar o funcionamento de um consumidor elétrico, como o
motor de acionamento dos vidros.

Devido à união destes componentes, tornou-se desnecessária a utilização dos


módulos das portas para acionamento dos vidros e do relé do travamento central,
pois toda a eletrônica passa a ser centralizada em um único módulo integrado.

Enquanto nas portas há apenas os atuadores elétricos (travas e motores de


acionamento dos vidros). Além de simplificar todo o sistema eletrônico de
conveniência (nome dado ao conjunto de componentes que proporcionam conforto e
praticidade ao usuário do veículo), esta unidade ainda possibilita a utilização de um
recurso bastante prático, o controle remoto. Componente que basicamente faz à
distância a ativação de todo o sistema descrito acima, além de uma opção: a
utilização da chave na fechadura da porta do motorista.

Este módulo desempenha as seguintes funções que serão detalhadas nas


próximas páginas a seguir:

 Travamento central das portas (acionamento interno);


 Bloqueio do veículo (segurança anti-furto);
 Desbloqueio do veículo;
 Destravamento diferenciado das portas;
 Inibição do disparo por ultra-som;
 Acionamento elétrico dos vidros com subida e descida automáticos;
 Monitoramento da subida dos vidros (sistema anti-esmagamento);
 Abertura do porta-malas via controle remoto;
 "Car-Finder" (localização do veículo à distância);
 Receptor de radiofreqüência;
 Comunicação inteligente com módulo de alarme.

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Controle remoto

O controle remoto é um componente eletrônico que comanda a certa


distância, o funcionamento do módulo integrado central. De acordo com o desejo do
usuário, as funções desempenhadas pelo módulo são ativadas através do
acionamento das teclas do controle remoto.
A transmissão dos dados (comando do motorista) do controle remoto para o
módulo central é feito através de rádio freqüência.
O controle remoto nada mais é que um emissor de rádio freqüência, que ao
invés de enviar pelo ar uma música, envia códigos elétricos que são recebidos e
decodificados pelo módulo integrado para realização de uma das funções do
sistema.

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Assim funciona:

Quando o usuário seleciona um comando do controle remoto como, por


exemplo, o travamento das portas, este comando, que já é um sinal elétrico, é
codificado* e enviado ao módulo integrado através de uma onda portadora que
oscila a uma freqüência, por exemplo, de 433,92 MHz, pelo ar atmosférico. O módulo
integrado por sua vez capta este sinal através de uma antena e decodifica-o,
interpretando o desejo do usuário e comandando os atuadores necessários, no
nosso exemplo, as travas das portas.

Obs: Para evitar que o controle remoto de um veículo possa acionar o sistema de
conveniência de outro veículo, cada controle codifica o sinal de maneira exclusiva,
dentro de uma gama de 232 possibilidades (aproximadamente quatro bilhões).

O circuito eletrônico do controle remoto é alimentado por uma pilha de 12


Volts que dura aproximadamente um ano, considerando-se a utilização média de 5
acionamentos por dia.

Obs: O desgaste da pilha é perceptível através da diminuição do raio de atuação do


comando remoto. Ao instalar a pilha nova observe a polaridade correta indicada no
alojamento.

Externamente o controle remoto é composto por 3 teclas:

 Ativado

 Desativado

 Abertura do porta-malas

Há ainda um led que permanece piscando enquanto uma das teclas estiver
sendo pressionada, indicando que o controle está enviando um sinal, (caso o led não
se acenda, é possível que as pilhas estejam descarregadas).

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Módulo eletrônico de comando do sistema de alarme e Sensor de ultra-som

O sistema de alarme do tipo ultra-som atua monitorando o deslocamento


volumétrico (ar) dentro do habitáculo. Comandado por um módulo eletrônico
independente, o sistema de alarme é disparado quando ocorrem as seguintes
situações:

 Um dos vidros for aberto, quebrado ou removido;

 A tampa do compartimento do motor for aberta;

 Uma das portas ou a tampa do porta-malas for aberta sem a utilização da


chave ou do controle remoto.

Módulo do alarme

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O acionamento do sistema de alarme pode ser feito através da chave na
fechadura da porta do motorista ou do controle remoto, porém o sinal para ativação é
enviado pelo módulo integrado para o módulo do alarme, ou seja, o módulo
integrado comanda também a unidade do alarme estabelecendo entre eles uma
linha de comunicação eletrônica.
Em alguns veículos quando disparado, através de qualquer uma das violações
relacionadas acima, o sistema de alarme atua inibindo o circuito do motor de partida
e acionando simultaneamente uma sirene eletrônica de alta intensidade por
aproximadamente 50 segundos e as luzes de advertência por 4 minutos
Normalmente um led no interior do veículo permanece piscando enquanto o alarme
estiver acionado.

Ultra-som

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1.2.2 Componentes Elétricos Periféricos

Sensores

 Micro interruptor do pino-trava na porta do motorista

Função: ativa o travamento central das portas através do acionamento interno.


Características: deslocando-se o pino para baixo, realiza-se o travamento central, e
para cima, o destrava mento.
Localização: internamente ao dispositivo atuador da trava elétrica na porta do
motorista.

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 Micro interruptor de ativação e desativação do sistema através da chave

Função: Ativa e desativa o sistema de travamento central, alarme, e bloqueio das


portas do veículo.

Características: Girando-se a chave no sentido horário e mantendo nesta posição


por menos de 0,5 segundos realiza-se o travamento central, e após este tempo o
alarme é ativado e as portas bloqueadas.

Localização: Cilindro da fechadura na porta do motorista.

 Micro interruptor de inibição do disparo pelo porta-malas

Função: Inibe o disparo do alarme quando este estiver ativado e o porta-malas for
aberto com a chave de ignição

Características: Girando-se a chave no cilindro da fechadura do porta-malas no


sentido anti-horário, abre-se a tampa do porta-malas sem disparo do alarme.

Localização: Cilindro da fechadura na tampa do porta-malas.

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Interruptores de disparo

Funções: Disparar o sistema de alarme em caso de violação/abertura de uma das


portas estando o alarme ativado. Acionar a iluminação de cortesia do habitáculo e
porta-malas.

Características: Quando as portas do veículo, porta-malas ou capô forem abertos,


um sinal elétrico será enviado ao módulo de alarme indicando esta ação.

Localização: Na coluna A para as portas, na fechadura do porta-malas, e no


compartimento do motor, lado direito, para o capô.

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 Comutador de ignição com pino S

Função: Inibir as funções das teclas on e off do controle remoto estando a chave no
comutador de ignição.

Características: Com a chave no comutador de ignição (mesmo com a ignição


desligada), não é possível ativar os sistemas de travamento central, bloqueio das
portas e alarme através do controle remoto por medida de segurança.

Localização: Conector do comutador de ignição.

 Teclas de acionamento dos vidros

Função: Abrir e fechar os vidros das portas.

Características: Pressionando a tecla com um toque de no mínimo 0,5 segundos o


vidro da porta sobe ou desce automaticamente. Para parar o vidro em uma posição
qualquer do seu curso de deslocamento, basta pressionar a tecla novamente.

Localização: Nos revestimentos das portas.

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Atuadores

 Motor da trava elétrica das portas

Função: Travar e/ou bloquear a abertura das portas

Características: Em todas as portas do veículo há um motor elétrico para


travamento / bloqueio dos pinos travas que são acionados pelo módulo integrado
central.

Localização: Internamente as portas de acesso ao habitáculo, próximo à fechadura.

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 Motor de abertura do porta-malas

Função: Abrir a tampa do porta-malas

Características: Quando o módulo integrado recebe o sinal de acionamento da tecla


abertura do porta-malas (duas vezes) do controle remoto, efetua a abertura da tampa
do porta-malas através de um motor que atua na fechadura.

Localização: Na tampa do porta-malas, atrás do revestimento, próximo ao conjunto


da fechadura.

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 Led indicador do alarme

Função: Indicar a ativação do sistema de alarme

Características: Quando o sistema de alarme ou suas funções (cortesia e inibição


do disparo por ultra-som) estiverem ativados, o led permanece aceso ou piscando
com freqüência característica.

Localização: Alguns no pino trava na porta do motorista outros no painel de


instrumentos ou pára-brisa dianteiro.

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 Motor de acionamento dos vidros

Função: Movimentar os vidros das portas para abertura ou fechamento.


Características: Nestes motores não há contador de voltas para o sistema anti-
esmagamento. Este recurso foi substituído pelo sistema "Ripple".
Localização: Na parte inferior das portas.

22
 Indicadores de direção

Função: Indicar a violação do habitáculo (disparo do alarme).

Características: Piscam por aproximadamente 4 minutos quando o alarme é


disparado.

Localização: No conjunto óptico dianteiro e traseiro.

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 Sirene Eletrônica

Função: Indicar a violação do habitáculo (disparo do alarme).

Características: Permanece soando por aproximadamente 50 segundos quando o


alarme é disparado.

Localização: Normalmente no compartimento do motor.

Sirene

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II - COMUNICAÇÃO INTELIGENTE COM O MÓDULO DO ALARME

Abaixo citaremos o exemplo de um alarme da montadora Volkswagen.


Todos os comandos para o módulo do alarme são transmitidos via
comunicação serial pelo módulo integrado central, que aciona, no módulo de alarme
uma das 3 estratégias de funcionamento descritas abaixo:

ESTRATÉGIAS CARACTERÍSTICAS
Alarme desativado LED aceso continuamente;
Motor de partida liberado.
Durante a cortesia:
LED aceso continuamente;
Alarme ativado Motor de partida bloqueado;
Permite abertura das portas sem disparo.
Após a cortesia:
LED piscado (100/900 milisegundos);
Motor de partida bloqueado.
LED piscando (100/100 milisegundos) antes da
Inibição do disparo por ultra- ativação e durante a cortesia.
som

Observações Gerais

 As teclas on e off do controle remoto têm suas funções inibidas quando a


chave de ignição estiver no comutador, garantindo assim uma segurança
extra para o sistema.

 Caso ocorram oito aberturas das travas elétricas das portas em um período de
dois minutos teremos a inibição das mesmas por um período de vinte
segundos. Este recurso visa evitar o aquecimento das bobinas das travas e
consequentemente sua danificação.

 Estando o alarme disparado, para desativá-lo basta apertar a tecla off do


controle remoto ou girar a chave no cilindro da porta do motorista no sentido
anti-horário. Porém, neste último caso, é necessário ligar a ignição em até 20
segundos.

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2.1 Iluminação de cortesia

Nos veículos equipados com o sistema integrado, a iluminação interna do


habitáculo passa a ser comandada pelo módulo do alarme, já que este monitora a
abertura e fechamento das portas e tampa do porta-malas.

O funcionamento da iluminação de cortesia passa a ser da seguinte maneira:

 Ao abrir a porta, acende-se a luz interna.

 Ao fechar a porta ou desativar o alarme, inicia-se a temporização de 7


segundos com a luz acesa, mais 4 segundos com redução progressiva de
luminosidade.

Com â porta fechada, se a ignição for ligada, a temporização é interrompida e


a lâmpada se apaga instantaneamente.

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2.2 Diagnóstico do sistema de alarme (exemplo de alguns veículos da
Volkswagen)

O módulo do alarme possui um programa interno de diagnóstico que, quando


acessado, acusa a causa dos últimos 5 (cinco) disparos ocorridos.
Desta maneira, temos um direcionamento mais específico no nosso trabalho de
diagnóstico, facilitando a identificação da(s) causa(s) de um funcionamento irregular.

Para entrar no modo de diagnóstico, devemos proceder da seguinte maneira:

 Abrir a porta do motorista.

 Ligar a ignição.

 Pressionar o interruptor da iluminação de cortesia/disparo do alarme (coluna


A) mais de 4 vezes em 2 segundos.

O led no pino trava da porta do motorista se acenderá por 2 segundos,


indicando a entrada no processo de diagnósticos.
Agora, pressione novamente o interruptor na coluna A.

O led no pino irá piscar um certo número de vezes, indicando a causa do


último disparo ocorrido, de acordo com a tabela abaixo:

Numero de Significado
piscadas (causa do disparo)
1 Não houve disparo
Erro no procedimento de desativação (ultrapassado os 20 segundos
da tolerância para ligar a ignição no desbloqueio do veículo com a
2
chave)
3 Capô
4 Portas
5 Porta malas
6 Sensor ultra-som

Ao pressionar o interruptor novamente, o led voltará piscar um certo número


de vezes, indicando a causa do penúltimo disparo e assim por diante até a
identificação dos cinco últimos disparos.

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2.2.1 Problemas mais comuns relacionados com o uso incorreto

Relatamos abaixo algumas situações anormais que podem ocorrer no uso


deste sistema e suas prováveis causas:

Alarme dispara imediatamente sempre que é ativado.

Verifique se o capô e a tampa do porta-malas estão corretamente fechados.

Alarme dispara cerca de 20 segundos após ter sido acionado

Verifique se as portas e vidros do veículo estão corretamente fechados.

Controle remoto não funciona

Verifique se a chave de ignição do veículo não foi deixada no comutador de


ignição. Neste caso, apenas a tecla de abertura da porta malas vai atuar.

Alarme dispara após o veículo ter sido aberto utilizando-se a chave

Sempre que o veículo for aberto utilizando à chave (e não o controle remoto) a
ignição deve ser acionada imediatamente após a abertura da porta. Nesta operação
o alarme tem uma cortesia de aproximadamente 20 segundos.

O controle remoto para abertura automática do porta-malas não funciona

Observe que para abrir o porta-malas automaticamente utilizando o chaveiro


são necessários dois toques rápidos na tecla maior (dois toques em menos de 1
segundo).

Sempre que o veículo é aberto utilizando o controle remoto, a porta do


acompanhante não abre.

Observe que para abrir a porta do acompanhante é necessário um segundo


toque na tecla off.

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DIAGRAMA
ELÉTRICO

Lanterna.
Iluminação
interna

UNIDADE DE
COMANDO
ULTRA- SOM

29
EXEMPLO DE LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES

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III - ALARME NÃO ORIGINAL

3.1 Introdução
Os veículos que não possuem alarmes originais de fábrica podem optar por
instalar alarmes convencionais existentes no mercado. Estes alarmes podem ser tão
eficientes quanto os instalados de fábrica. Claro que existem alarmes mais simples e
mais sofisticados. Abordaremos de maneira global o funcionamento de alarme não
original.
Os carros são alvos naturais de ladrões: são valiosos, razoavelmente fáceis
de serem revendidos e têm um sistema de partida embutido. Estatística de
2004 mostra que nos Estados Unidos, a cada 26 segundos, um veículo é roubado.

O sistema de alarme de carro SideWinder inclui sensores e sinais sonoros


Com esta estatística alarmante, não é de se surpreender que milhões de
pessoas tenham começado a investir em sistemas de alarmes. Hoje, muitos carros
são equipados com sensores eletrônicos sofisticados, sirenes e sistemas de ativação
remota. Esses carros acabaram se tornando uma espécie de fortaleza com rodas.
Um alarme de carro é basicamente um conjunto de sensores unidos a algum
tipo de sirene. O alarme mais simples seria um interruptor na porta do motorista e
seria conectado para que, se alguém abrisse a porta, a sirene começasse a tocar.
Os sistemas de alarme de carro mais modernos são muitos mais sofisticados
do que isso. Eles são compostos por:
 Uma série de sensores que podem incluir interruptores, sensores de
pressão e detectores de movimentos;

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 Uma sirene, muitas vezes capaz de criar vários sons para que você possa
escolher um personalizado para seu carro;
 Um receptor de rádio para permitir controle sem fio a partir de um
chaveiro;
 Uma bateria auxiliar para que o alarme possa funcionar mesmo se a
bateria principal for desconectada;
 Uma unidade de controle que monitora tudo e soa o alarme.

O mais importante nos sistemas mais avançados é um pequeno computador ou


cérebro. Ele é encarregado de fechar os interruptores que ativam dispositivos
alarmantes - a buzina, os faróis ou uma sirene instalada - quando certos
interruptores que acionam dispositivos de sensibilização são abertos ou fechados.
Os sistemas de segurança diferenciam-se, principalmente, em como os sensores
são usados e como os vários dispositivos são conectados ao cérebro.
O cérebro e os alarmes podem ser conectados à bateria principal do carro, mas
eles normalmente têm uma fonte de energia reserva também. Essa fonte de
energia entra em ação quando alguém corta a fonte de energia principal (pelo
recorte dos fios da bateria, por exemplo). Uma vez que a redução de energia é uma
indicação de um possível intruso, há um aviso para soar o alarme.

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3.2 Sensores da porta
O elemento mais básico em um sistema de alarme de carro é o alarme da
porta. Quando você abre o capô dianteiro, o porta-malas ou qualquer porta em um
carro totalmente protegido, o sistema de alarme é ativado.
A maior parte dos sistemas de alarme dos carros utiliza o mecanismo de
comutação já incorporado nas portas. Em carros modernos, abrindo uma porta ou
porta-malas, as luzes interiores se acendem. O comutador que faz este trabalho se
parece com o mecanismo que controla a luz da sua geladeira. Quando a porta é
fechada, ela pressiona um botão pequeno, ativado por uma mola ou alavanca, que
abre o circuito. Quando a porta é aberta, a mola empurra o botão, fechando o circuito
e enviando eletricidade às luzes interiores.

Um interruptor de valet é um botão manual que inutiliza temporariamente o sistema de


alarme. Ele fica escondido em um lugar incomum no carro. O interruptor mostrado aqui é
colocado embaixo do painel de acesso de fusíveis.

O que você tem que fazer para colocar sensores de porta para funcionar é
acrescentar um novo elemento a este circuito pré-programado. Com os novos
arames no lugar, ao abrir a porta (fechando o interruptor) é enviada uma corrente
elétrica ao cérebro junto com as luzes interiores. Quando esta corrente flui, o cérebro
aciona o alarme.
Como uma medida protetora, os sistemas de alarme modernos normalmente
controlam a voltagem no circuito elétrico do carro inteiro. Se houver uma baixa na
voltagem deste circuito, o cérebro "sabe" que alguém mexeu no sistema elétrico.
Ligar uma luz (abrindo a porta), mexer em fios elétricos no capô ou retirar um trailer
atado com uma conexão elétrica causaria baixa na voltagem.
Os sensores de porta são altamente eficazes, mas oferecem uma proteção
limitada. Há outros modos de entrar no carro (quebra de uma janela, por exemplo) e
os ladrões não precisam entrar no seu carro para roubá-lo (eles podem rebocá-lo).

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3.3 Sensores de choque
Atualmente, só os sistemas de alarme mais baratos utilizam apenas sensores
de porta. A maioria dos sistemas de alarme depende de sensores de choque para
deter ladrões.
A idéia de um sensor de choque é muito simples: se alguém bater, empurrar
ou, de alguma maneira, mover o seu carro, o sensor envia um sinal que indica a
intensidade do movimento. Dependendo da gravidade do choque, o cérebro
transmite um som de buzina ou soa o alarme em seu tom natural.
Existem muitas maneiras diferentes para criar um sensor de choque. Um
sensor simples é um contato metálico longo e flexível, posicionado acima de outro
contato metálico. Você pode configurar facilmente esses contatos como um
interruptor simples: quando você os toca em conjunto, uma corrente flui entre eles.
Um transformador substancial fará com que o contato flexível balance para que ele
toque o contato abaixo, concluindo o circuito resumidamente.
O problema com este design é que todos os choques ou vibrações fecham o
circuito do mesmo modo. O cérebro não tem nenhum modo de medir a intensidade
do transformador, o que resulta em muitos alarmes falsos. Os sensores mais
avançados enviam informações diferentes dependendo de quão severo o choque é.
O desenho abaixo, patenteado por Randall Woods em 2000, é um bom exemplo
deste tipo de sensor.

O sensor tem três elementos principais:

 Um contato elétrico central em um


alojamento de cilindro;
 Vários contatos elétricos menores no fundo
do alojamento;
 Uma bola metálica que pode mover-se
livremente no alojamento;

Em qualquer posição de descanso, a bola metálica toca tanto o contato


elétrico central como um dos contatos elétricos menores. Isso completa um circuito,
enviando uma corrente elétrica ao cérebro. Cada um dos contatos menores é unido
ao cérebro dessa forma, via circuitos separados.
Quando você move o sensor, batendo ou sacudindo, a bola rola no
alojamento. Como ela rola de um dos contatos elétricos menores, ele quebra a
conexão entre aquele determinado contato e o contato central. Isso abre o
interruptor, dizendo ao cérebro que a bola se moveu. Ao rolar, ela passa por cima de
outros contatos, fechando cada circuito e os abrindo novamente, até que ele
finalmente pare.

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Se o sensor tiver um choque mais severo, a bola rola a uma distância maior,
que passa por cima de mais contatos elétricos antes que pare. Quando isso
acontece, o cérebro recebe pequenos curtos das correntes de todos os circuitos
individuais. Baseado em quantos curtos ele recebe e quanto tempo duram, o cérebro
pode determinar a gravidade do choque. Para turnos muito pequenos, onde a bola
só rola de um contato ao seguinte, o cérebro pode não ativar o alarme. Para turnos
ligeiramente maiores - de alguém que se choca com o carro, por exemplo - ele pode
dar um sinal de aviso: uma buzinada e uma luz dos faróis. Quando a bola rola uma
boa distância, o cérebro acende toda a sirene.
Em muitos sistemas de alarme modernos, os sensores de choque são os
primeiros a captar o roubo, mas eles são normalmente ligados a outros dispositivos.
Nas próximas seções, veremos outros tipos de sensores que informam quando algo
está errado.

3.4 Sensores da janela

Muitas vezes ladrões que estão com pressa não se preocupam em abrir
travas para entrar no carro: eles apenas quebram o vidro. Um sistema de alarme de
carro totalmente equipado tem um dispositivo que identifica esse tipo de ação.
O detector de quebra de vidro mais comum é um microfone simples,
conectado ao cérebro. Os microfones medem variações na flutuação de pressão de
ar e convertem este modelo a uma corrente elétrica flutuante. A quebra de vidro tem
a sua própria freqüência sólida distinta (o modelo de flutuações de pressão de ar). O
microfone converte isso a uma corrente elétrica daquela determinada freqüência e
essa corrente é enviada ao cérebro.
No caminho para o cérebro, a corrente vai por um crossover, dispositivo
elétrico que só conduz a eletricidade de certa variedade de freqüência. A passagem
é configurada para que só conduza a corrente que tem a freqüência para quebrar o
vidro. Deste modo, só este som específico ativará o alarme e todos os outros sons
são ignorados.

Uma unidade de passagem: usando uma combinação específica de indutores e


condensadores, pode-se projetar uma unidade de passagem que só conduz a corrente que tem
a freqüência para quebrar o vidro.

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Outro modo de detectar que o vidro está sendo quebrado, bem como alguém
abrindo a porta, é medir a pressão aérea no carro.

3.5 Sensores de pressão


Um modo simples para um sistema de alarme descobrir um intruso é controlar
os níveis de pressão do ar. Mesmo que não haja nenhum diferencial de pressão
entre o interior e o exterior, o ato de abrir uma porta ou forçar em uma janela
empurra ou puxa o ar de dentro do carro, criando uma breve modificação na
pressão.
Você pode descobrir flutuações na pressão do ar com um alto-falante comum.
Um alto-falante tem duas partes principais:
 Um cone móvel e largo;
 Um eletroímã rodeado por um ímã natural atado ao cone.
Quando você coloca música para tocar uma corrente elétrica flui pelo
eletroímã, o que faz com que ele se movimente para dentro e para fora (veja Como
funcionam os alto-falantes para descobrir mais). Isso empurra e puxa o cone atado,
formando flutuações de pressão no ar circundante. Ouvimos essas flutuações como
som.

Esse é o mecanismo básico de um alto-falante. Os alto-falantes de um carro


são sistemas de alarme eficazes e podem ser usados para medir variações na
pressão do ar.

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Esse mesmo sistema pode trabalhar de maneira inversa, que é o que
acontece em um detector de pressão básico. As flutuações de pressão movem o
cone para frente e para trás, que empurra e puxa o eletroímã atado. Se você leu
como funcionam os eletroímãs, você sabe que o movimento de um eletroímã em um
campo magnético natural gera uma corrente elétrica. Quando o cérebro registra uma
corrente significante que flui deste dispositivo, ele sabe que algo causou um
aumento de pressão rápido dentro do carro. Isso sugere que alguém tenha aberto
uma porta ou janela ou tenha feito um barulho muito alto.
Alguns designs de sistema de alarme utilizam alto-falantes estéreos no carro
como sensores de pressão, mas outros têm dispositivos separados que são
especificamente projetados para a detecção.

3.5 Sensores de movimento e inclinação


Muitos ladrões de carro não querem o seu carro inteiro, pois estão atrás
apenas de algumas partes dele. As pessoas que depenam o carro podem fazer a
maior parte de seu trabalho sem abrir uma porta ou janela. E um ladrão com um
caminhão de reboque pode, simplesmente, levantar o seu carro e levá-lo inteiro.
Há várias maneiras eficientes de um sistema de segurança captar o que
acontece no exterior de um carro. Alguns sistemas de alarme incluem scanners de
perímetro: dispositivos que controlam o que acontece imediatamente em volta do
carro. O scanner de perímetro mais comum é um sistema de radar básico, composto
de um transmissor e receptor de rádio. O transmissor distribui sinais de rádio e o
receptor controla as reflexões de sinal que voltam. Baseado nesta informação, o
dispositivo de radar pode determinar a proximidade de qualquer objeto circundante
(consulte como funciona o radar para obter mais informações).
Para proteger um carro contra ladrões com caminhões de reboque, um
sistema de alarme tem "detectores de inclinação". O design básico de um detector
de inclinação é uma série de interruptores de mercúrio. Um interruptor de mercúrio é
composto de dois fios elétricos e uma bola de mercúrio posicionado dentro de um
cilindro.
O mercúrio é um metal líquido - flui como água, mas conduz a eletricidade
como um metal sólido. Em um interruptor de mercúrio, um fio (vamos chamá-lo de fio
A) passa por todo o fundo do cilindro, enquanto o outro fio (fio B) passa por só um
lado. O mercúrio está sempre em contato com o fio A, mas pode quebrar o contato
com o fio B.
Quando o cilindro inclina para um lado, o mercúrio muda para que ele entre
em contato com o fio B. Isto fecha o circuito que passa pelo interruptor de mercúrio.
Quando o cilindro inclina para o outro lado, o mercúrio rola para longe do segundo
fio, abrindo o circuito.
Em alguns designs, só a ponta do fio B é exposta e o mercúrio deve estar em
contato com a ponta para fechar um interruptor. Inclinando o interruptor de
mercúrio de qualquer forma, abre-se o circuito.

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Os sensores de inclinação de alarmes de carro têm uma série de interruptores
de mercúrio posicionados em ângulos variados. Alguns deles estão na posição
fechada quando se está estacionado em qualquer ladeira e alguns deles estão na
posição aberta. Se um ladrão modifica o ângulo do carro (levantando-o com um

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caminhão de reboque ou levantando-o com um macaco, por exemplo), alguns
interruptores fechados abrem e alguns interruptores abertos fecham. Se algum dos
interruptores se mexerem, o cérebro sabe que alguém está levantando o carro.
Em situações diferentes, todos esses sistemas de alarme poderiam fazer a
mesma coisa. Por exemplo, se alguém estiver rebocando o seu carro, os
interruptores de mercúrio, o sensor de choque e o sensor de radar registrarão que há
um problema. Mas as combinações diferentes de ativações de alarmes podem
indicar eventos diferentes. O sistema de alarme "inteligente" tem cérebros que
reagem diferentemente dependendo da combinação da informação que recebem dos
sensores.
Na próxima seção veremos algumas respostas de alarmes que o cérebro
pode provocar em circunstâncias diferentes.

3.6 Soando o alarme

Nas seções anteriores, vimos vários dispositivos de sensibilidade que dizem


ao cérebro do sistema de alarme quando algo mexe com o carro. Não importa o
quão avançado esses sistemas sejam, o sistema de alarme não é muito bom se não
soar um alarme eficaz.

Como vimos muitos dispositivos que já são incorporados no seu carro fazem
sons alarmantes eficazes. No mínimo, a maior parte dos sistemas de alarme dos
carros buzinará e acenderá os faróis quando um sensor indica um intruso. Eles
também podem ser conectados para interromper o funcionamento da ignição, cortar
a provisão de gasolina ao motor ou inutilizar o carro por outros meios.

Uma Neo mini sirene, escondida dentro da fenda dianteira de um veículo.

Um sistema de alarme avançado também incluirá uma sirene separada que


produz sons ensurdecedores. Muito barulho faz com que se preste atenção para
onde o som se origina, o que faz com que o ladrão de carro abandone a cena logo
que o alarme soe. Com alguns sistemas de alarme, você pode programar um modelo

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distinto de sons de sirene para que você possa distinguir o alarme do seu carro dos
demais alarmes.
Alguns sistemas de alarme tocam uma mensagem gravada quando alguém
caminha muito próximo de seu carro. O objetivo principal disso é avisar os intrusos
que você tem um sistema de alarme avançado antes que eles tentem qualquer coisa.
Um ladrão experiente pode não ignorar completamente esses avisos, mas para o
ladrão amador, eles podem ser um forte impedimento.
Muitos sistemas de alarmes incluem um receptor de rádio embutido ao cérebro e um
transmissor de rádio portátil que você pode levar no seu chaveiro.

3.7 O transmissor
A maior parte de sistemas de alarmes de carro vêm com algum tipo do
transmissor portátil no chaveiro. Com este dispositivo, você pode enviar instruções
ao cérebro para controlar o sistema de alarme remotamente. Isso funciona
basicamente como os brinquedos controlados por rádio. Ele usa pulsos de ondas de
rádio para enviar mensagens específicas.

Transmissor de chaveiro do sistema de segurança SideWinder: permite trancar as portas,


ativar e desativar o alarme, e fazer a sirene tocar do exterior do carro.

O objetivo primário do transmissor de chaveiro é permitir a você um modo de


ligar e desligar o seu sistema de alarme. Depois que você saiu do seu carro e fechou
a porta, você pode ativar o sistema com o toque de um botão e quando volta ao
carro, pode desativá-lo facilmente. Na maior parte de sistemas, o cérebro acenderá
as luzes e tocará a buzina quando você tranca e destranca o seu carro. Isso deixa
você e qualquer pessoa que estiver na área, sabendo que o sistema de alarme está
funcionando.
Esta inovação fez com que os alarmes de carro ficassem muito mais fáceis de
usar. Antes, os sistemas de alarme usavam um mecanismo de atraso parecido com
um sistema de segurança de casa. As pessoas tinham um tempo
(aproximadamente 30 segundos) para sair e trancar as portas. Para destrancar,

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tinha-se a mesma quantidade de tempo. Este sistema era altamente problemático
porque dava aos ladrões uma oportunidade de entrar no carro e inutilizar o alarme
antes de o mesmo soar.
Os transmissores remotos também o deixam ativar a trava de todas as portas,
acender as suas luzes e fazer o alarme soar antes que você entre no carro. Alguns
sistemas dão a você até mais controle sobre o cérebro do sistema. Esses
dispositivos têm um computador central e um sistema de Pager embutido. Quando
um intruso mexe no seu carro, o computador central faz tocar o Pager no seu
chaveiro e avisa que os sensores foram ativados. Nos sistemas mais avançados,
você pode se comunicar com o cérebro, mandando um sinal para desligar o motor.
Uma vez que o transmissor controla o sistema de alarme, o modelo de
modulação de pulso deve atuar como uma chave. Para uma determinada linha de
dispositivos de transmissor, pode haver milhões de códigos de pulso diferentes.
Isto torna única a língua de comunicação do seu sistema de alarme, portanto, outras
pessoas não podem ter acesso ao seu carro usando outro transmissor.
Este sistema é eficaz, mas não perfeitamente seguro. Se um criminoso
determinado realmente quiser entrar no seu carro, pode usar um agarrador de código
para fazer uma cópia da sua "chave". Um agarrador de código é um receptor de
rádio sensível ao sinal do seu transmissor. Ele recebe o código e o registra. Se o
ladrão interceptar o seu "código para desativar", pode programar outro transmissor
para imitar exatamente o seu sinal único e pessoal. Com esta chave copiada, o
ladrão pode "enganar" o seu sistema de alarme na próxima vez que você deixar o
carro sozinho.
Para resolver esse problema, os sistemas de alarme avançados estabelecem
uma nova série de códigos cada vez que você ativa o alarme. Usando algoritmos de
código rotativo, o receptor encripta o novo código de desativação e o envia ao
transmissor. Uma vez que o transmissor só usa o código uma vez, qualquer
informação interceptada não tem valor.
Desde o começo dos anos 90, os sistemas de alarme de carro se
desenvolveram muito e ficaram muito mais acessíveis. Nos próximos 10 anos, com
certeza, vamos ver muitos avanços tecnológicos em alarmes de carro, pois os
receptores GPS de bordo abriram uma grande variedade de possibilidades de
segurança.

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REFERÊNCIAS

VOLKSWAGEM DO BRASIL. Sistema integrado. São Bernardo do Campo, 1998.

HARRIS, Tom. HowStuffWorks - Como funcionam os alarmes de carro.


Disponível em: http://carros.hsw.com.br/alarmes-dos-carros.htm, ACESSO EM: 14
de agosto de 2007.

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