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ESTATÍSTICA

Teste de Hipótese
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TESTE DE HIPÓTESE

RELEMBRANDO
A hipótese nula pode ser verdadeira ou falsa. Nas duas opções, há a possibilidade de acei-
tar ou rejeitar. Quando a hipótese nula é verdadeira e aceita, tomou-se a decisão correta.
Quando a hipótese nula é verdadeira e rejeitada, cometeu-se o erro tipo 1, rejeitando aquilo
que é verdadeiro ("condenar o inocente").
Porém, se a hipótese nula for falsa, novamente existe a opção de aceitar ou rejeitar. Se
rejeitar a hipótese nula falsa, agiu-se corretamente, rejeitando aquilo que é falso. Se aceitar
a hipótese nula falsa, cometeu-se o erro tipo 2 ("absolver o culpado").

DIRETO DO CONCURSO
1. Na aplicação de um teste de hipóteses, qualquer que seja o resultado, ou seja qualquer
que seja a decisão, o pesquisador estará sujeito a dois tipos de erros. O erro mais impor-
tante, fixado antes de se executar o teste, é denominado erro tipo I. Assinale a alternativa
que define a probabilidade do erro tipo I.
a. β = P(erro do tipo I) = P(rejeitar H0 |H0 é verdadeira).
b. α = P(erro do tipo I) = P(rejeitar H0 | H0 é falsa).
c. α = P(erro do tipo I) = P(rejeitar H0 |H0 é verdadeira).
d. β = P(erro do tipo I) = P(não rejeitar H0 |H0 é falsa).
e. α= P(erro do tipo I) = P(não rejeitar H0 |H0 é falsa).

COMENTÁRIO
A única maneira de não se cometer o erro é escolher a população toda. Porém, toda vez que
se escolhe determinada amostra, fica-se sujeito a erro.
Primeiro, a probabilidade de ocorrer o erro tipo 1 é α, que é chamado de nível de significân-
cia. De início, já se eliminam duas alternativas que possuem β (alternativas a e d).
α é igual à probabilidade de ocorrer o erro tipo 1, o que está correto. O que é a probabilidade
de ocorrer o erro tipo 1? É rejeitar H0 quando H0 é falso? Rejeitar o que é falso: não tem erro
ANOTAÇÕES

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nisso. Rejeitar o que é verdadeiro, é errado. Não rejeitar o que é falso (não rejeitar significa
aceitar), é errado – erro tipo 2.
Então o que é o erro tipo 1? Rejeitar H0 quando H0 é verdadeiro.

Aceita: Correta

Verdadeira
Rejeita: Erro tipo I (prob é ∝)
Ho
Aceita: Erro tipo II (prob é β)

Falsa 1- β = Potência do teste

Rejeita: Correta

2. (CESPE) Em um teste de hipóteses, comete-se o erro do tipo 2 caso a hipótese H0 seja


rejeitada, quando, na verdade, H0 não deveria serrejeitada.

COMENTÁRIO
O que é o erro tipo 2? É aceitar, quando, na verdade, deveria rejeitar.
Novamente: dado H0, que pode ser verdadeiro ou falso. Tem-se a opção de aceitar a hipó-
tese verdadeira, ou de rejeitar. Tem-se a opção de aceitar a hipótese falsa, ou de rejeitar.
5m

Aceitar:
Verd. Rejeitar: Tipo I
Ho Aceitar: Tipo II
Falso
Rejeitar:

Aceitou-se o que é verdadeiro, agiu-se de forma correta. Rejeitei o que é falso, erro tipo 1.
O erro descrito é o erro tipo 1.
O que é o erro tipo 2? Quando a H0 é falsa e rejeitada. Se for aceito o que é falso, comete-
-se o erro tipo 2. É aceitar, quando, na verdade, deveria rejeitar. É quando se aceita a H0,
devendo rejeitá-la.
O enunciado trata sobre o erro tipo 1. O que é o erro tipo 1? Rejeitar a H0, quando, na verdade,
H0 não deveria ser rejeitada, mas aceita.
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3. Com relação a testes de hipóteses estatísticas e denominando H0 como sendo a hipó-


tese nula e H1 a hipótese alternativa, a definição de potência de um teste corresponde à
probabilidade de
a. não rejeitar H0, quando H0 é verdadeira.
b. não rejeitar H0, quando H0 é falsa.
c. não rejeitar H0, independentemente de H0 ser falsa ou verdadeira.
d. rejeitar H0, quando H0 é verdadeira.
e. rejeitar H0, quando H0 é falsa.

COMENTÁRIO
Lembre-se: hipótese alternativa pode ser representada por H1 ou Ha e que potência de um
teste é complementar de β, ou seja, 1 – β. O exercício não pede a fórmula.

Aceitar:
Verd. Rejeitar: Tipo I
Ho Aceitar: Tipo II (prob. : β)
Falso
Rejeitar:

Vamos de novo, para praticar. Nós temos H0, que pode ser verdadeiro ou falso.
Se eu aceitar a hipótese verdadeira, fiz de forma correta. Se eu a rejeitar, é erro tipo 1. Se eu
rejeitar a hipótese falsa, fiz de maneira correta. Se eu a aceitar o que é falso, é erro tipo 2.
Qual é a probabilidade de ocorrer o erro tipo 2? A probabilidade de ocorrer o erro tipo 1 é
chamada de β.
Então, a probabilidade de não ocorrer o erro tipo 2 é rejeitar a hipótese nula quando ela é
falsa. É rejeitar H0 quando H0 é falsa.
Quando falamos do complementar de β, devemos esquecer a parte de cima do esquema,
pois não tem relação. Falar em erro tipo 2 é aceitar o que é falso, quando na verdade deve-
ria rejeitar; eu aceitei, é o erro tipo 2. Já o complementar é quando não quero cometer o erro
tipo 2, ou seja, tenho que rejeitar H0 quando H0 é falsa.
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4. (CESPE) A potência de um teste de hipóteses corresponde à probabilidade de se rejeitar


a hipótese nula, dado que a hipótese nula é correta.

COMENTÁRIO
A potência de um teste é 1 – β, ou seja, é a probabilidade de não ocorrer o erro tipo 2. É
rejeitar quando H0 é falso.
A potência de um teste de hipóteses corresponde à probabilidade de se rejeitar a hipótese
nula, dado que a hipótese nula é falsa.
H0 pode ser verdadeira ou falsa. No caso de ser verdadeira, se aceitar, está correto; se
rejeitar, é erro tipo 1. No caso de ser falsa, se rejeitar, está correto; se aceitar, é erro tipo 2.
Probabilidade é β. A probabilidade do complementar é o erro tipo 2 não acontecer. Não
acontecer erro tipo 2 é rejeitar a H0 falsa, e não o que é correto.
Aceitar:
Verd. Rejeitar: Tipo I
Ho Aceitar: Tipo II (prob. : β)
Falso
Rejeitar:

5. A respeito do erro do tipo I, assinale a afirmativa correta.


a. é a probabilidade de se rejeitar a hipótese nula quando a mesma é verdadeira.
b. é a probabilidade de se rejeitar a hipótese nula quando a mesma é falsa.
c. é o nível de significância de um teste de hipóteses.
d. é o evento de rejeitar a hipótese nula quando esta é verdadeira.
e. é o evento de não rejeitar a hipótese nula quando esta é falsa.

COMENTÁRIO
O erro tipo1 é um evento, e não a probabilidade. O erro tipo 1 é uma decisão que foi tomada.
A probabilidade de cometer esse erro é o que chamamos de α.
Não confunda! O erro tipo 1 não é probabilidade, mas um evento, uma reação, uma decisão.
Qual é a decisão? Rejeitar quando a hipótese nula era verdadeira. Então, é uma ação, é
uma decisão. Quando a questão coloca que o erro tipo 1 é a probabilidade, está errado. A
probabilidade do erro tipo 1 é α.
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Se a questão falasse a respeito do α ou do nível de significância, trataria de probabilidade.


O erro tipo 1 é um evento. Há a hipótese nula, que pode ser verdadeira ou falsa. Se ela for
verdadeira e aceita, decisão correta. Se rejeitar o que é verdadeiro, erro tipo 1.
A questão está perguntando justamente desse erro tipo 1, que se dá quando é rejeitada a
hipótese nula verdadeira. É o evento de rejeitar a hipótese nula quando esta é verdadeira.
Aceitar:
Verd. Rejeitar: Tipo I
Ho
Falso

6. (CESPE) O teste de hipóteses se assemelha ao julgamento de um crime. Em um julga-


mento, há um réu, que inicialmente se presume inocente. As provas contra o réu são,
então, apresentadas, e, se os jurados acham que são convincentes, sem dúvida alguma,
o réu é considerado culpado. A presunção de inocência é vencida.

Michael Barrow. Estatística para economia, contabilidade e administração. São Paulo: Ática,
2007, p. 199 (com adaptações).
João foi julgado culpado pelo crime de assassinato e condenado a cumprir pena de 20
anos de reclusão. Após 10 anos de prisão, André, o verdadeiro culpado pelo delito pelo
qual João fora condenado, confessou o ilícito e apresentou provas irrefutáveis de que é
15m o verdadeiro culpado, exclusivamente.
Considerando a situação hipotética apresentada e o fragmento de texto anterior, julgue
os itens que se seguem.
I – Pode-se considerar que a culpa de João seja uma hipótese alternativa.
II – No julgamento, ocorreu um erro conhecido nos testes de hipótese como erro do tipoI.
III – Se a hipótese nula fosse admitida pelos jurados como verdadeira e fosse efetivamen-
te João o culpado pelo crime, o erro cometido teria sido o chamado erro do tipoII.
Assinale a opção correta.
a. Apenas o item I está certo.
b. Apenas o item II está certo.
c. Apenas os itens I e III estão certos.
d. Apenas os itens II e III estão certos.
e. Todos os itens estão certos.
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COMENTÁRIO
Lembre-se da presunção de inocência. O sujeito entra em um tribunal inocente. Pode ser
que ele saia de lá inocentado ou culpado, mas ele entra inocente, que é o que se entende
por H0.
Na questão, João foi condenado de forma errada. Esse é o clássico erro tipo 1 porque é
preciso considerar H0 como a presunção de inocência, que João é inocente. Resta aceitar
ou rejeitar. O H0 era verdadeiro e os jurados rejeitaram. Cometeram o erro tipo 1, quando
deveriam ter aceitado.
Se a hipótese nula é sempre a presunção de inocência, a hipótese alternativa sempre vai
contrariar a hipótese nula. Ou seja, se H0 é João inocente, H1 é João culpado. H1 sempre
vai contrariar H0. A hipótese alternativa sempre contraria a hipótese nula. Então, o item I é
verdadeiro.
O que aconteceu? Os jurados condenaram João, que era inocente, mas o fato é que todo
mundo que vai decidir alguma coisa está sujeito a erro, e cometeram um erro. Quando um
inocente é condenado acontece o erro tipo 1. Então, o item II é verdadeiro.
A hipótese nula pode ser verdadeira ou falsa. Se a hipótese nula fosse admitida pelos ju-
rados como verdadeira e fosse efetivamente João o culpado. A hipótese nula não é afirmar
que João é inocente? Então, isso é verdadeiro. Porém, descobriu-se que João é culpado.
Ou seja, a hipótese nula é falsa. O item III está correto, pois a hipótese é falsa. Então, se o
20m jurado aceita a inocência de João, é um erro tipo 2. Ou seja, item III é verdadeiro.

TESTES DE HIPÓTESES PARA A MÉDIA

O que seriam os testes de hipóteses para a média? Existem duas opções no intervalo de
confiança.
• População normal com variância (𝜎²) conhecida:
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Trabalha-se bastante com a curva normal. É impossível criar uma tabela para cada curva
normal. Criar uma tabela para cada média, cada desvio-padrão não é possível. Então, cria-
ram uma tabela padronizada e, quando a curva normal está fora da tabela, normaliza-se e
padroniza-se essa distribuição normal.
É preciso subtrair da média e dividir pelo desvio-padrão. A única diferença é que se colo-
cava só o z e agora se utiliza zteste, pois está testando se aquele número (z) está na região
crítica ou não. Se ele estiver na região crítica, rejeita-se H0. Fora da região crítica, ou seja, na
região de aceitação, aceita-se H0. Por isso, agora se utilzia zteste.
A questão vai dar a média amostral e a média populacional. Lembre-se de que a parte de
desvio-padrão da aula de estimadores tem a seguinte fórmula:

Portanto, na realidade, a fórmula será:

Lembre-se: n é o tamanho da amostra. Quando não se conhece a média e quer fazer o


25m teste de hipóteses para a média, sendo a variância conhecida, utiliza-se a fórmula acima.

População normal com variância (𝜎²) desconhecido



Quando o desvio-padrão é desconhecido, como proceder? Voltando ao internavalo de
confiança. Foi explicado o seguinte: já não se conhece a média e, por isso, se quer fazer
uma estimativa para a média populacional, porém agora não se tem a variância. São duas
medidas desconhecidas.
É preciso aumentar o intervalo de confiança. Para isso, deve-se utilizar uma curva que
seja mais aberta na cauda do que a normal. Trata-se da t de Student. A curva normal abrange
uma área menor na cauda, enquanto a t de Student alcança uma área maior, é mais dispersa.
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A questão vai dar uma tabela. Só que, em vez de ser a tabela z, dará a tabela t, de t de Stu-
dent. O que vai mudar? Como não se tem o desvio-padrão populacional, usa-se o amostral.
É a mesma coisa do intervalo de confiança, porém a fórmula fica:

Toda vez que se trabalha com a t de Student, não se pode esquecer do grau de liberdade,
chamado de gl = n – 1. Para analisar a tabela, adota-se essa fórmula. Para valores do tama-
nho da amostra inferiores a 30, usa-se o t de Student. Passando de 30, não tem mais sentido
usar t de Student porque já está parecendo com a normal – e se opta por ela. Para usar o
que será estudado agora, n deve ser menor do que 30.
Na fórmula, em vez de z, coloca-se t.

Substituindo a segunda equação no denomindor da primeira equação:

A questão vai dar esses valores para aplicar na fórmula. Por exemplo: nível de signifi-
cância de 5%. Também será dada uma tabela. Basta usar o valor no gráfico e determinar a
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região crítica. Aplicando na fórmula, encontra-se um valor. Se o valor estiver na região crítica,
rejeita-se o H0. Se estiver na região de aceitação, aceita-se o H0. Caso não se tenha a média
populacional para substituir, utiliza-se o valor que foi dado na hipótese nula.

P-VALOR

O p-valor, também denominado de nível descritivo do teste, é a probabilidade de que a


estatística do teste tenha valor extremo em relação ao valor observado (estatística) quando a
hipótese H0 é verdadeira. O valor crítico delimita a região crítica, ou seja, delimita o nível de
significância. O p-valor corresponde à área delimitada pela estatística teste.
30m
Partindo de uma unilateral com nível de significância de 5%, se calcular a área, dará 5%. Lem-
brando que o nível de significância (α) é a área da figura. O z, que é o zteste, é o ponto crítico. O
p-valor será a área do zteste encontrado.
Se está falando que α é 3% e o p-valor é 2%. Se p-valor é 2%, então é menor que 3%.O
que é 3%? É tudo. Esse p-valor é a área do zteste . Então, se o α for 3% e o p-valor for de 2%,
significa que o área do zteste é menor. Como 2 está dentro de 3, ou seja, que 2 é menor
do que 3, significa dizer que o zteste está na região crítica, ou seja, vamos rejeitar H0. Não
decore isso.
P-valor é a área delimitada pelo zteste. Se essa área for menor do que o nível de signifi-
cância, o p-valor está dentro da região crítica e devemos rejeitar H0.

∝ = 3%

∃ ∃ Ponto crítico

Se o p-valor for de 8%, que é maior do que 3%, o zteste está fora da região crítica e deve-
mos aceitar H0.
• P–valor < 𝛼: rejeita H0.
• P-valor > 𝛼: não rejeita H0.

Quanto menor for o p-valor, mais forte a evidência de que se deve rejeitar H0, pois a esta-
35m
tística teste será ainda mais extrema, mais para o final.
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GABARITO
1. c
2. E
3. e
4. E
6. e

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Márcio Flávio Alencar Barbosa de Araújo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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