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Durante as últimas semanas chegou as nossas casas, através de todos os meios de impressa
imagens, da catástrofe no Rio de Janeiro. Notamos mais uma vez que o homem é totalmente
incapaz ante a fúria da natureza, bem como, são sempre os menos favorecidos aqueles que
mais sofrem diante das grandes tragédias. E no meio desse turbilhão de imagens e noticias,
me deparei com o texto do teólogo Leonardo Boff, o qual ouso transcrever abaixo, que bem
elucida a questão.
A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a
natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de
bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro. Os dados falam
por si: há um bilhão de pessoas que vivem no limite da sobrevivência com apenas um dólar ao
dia. E há, 2,6 bilhões (40% da humanidade) que vivem com menos de dois dólares diários. As
conseqüências são perversas. Basta citar um fato: conta-se entre 350-500 milhões de casos de
malária com um milhão de vítimas anuais, evitáveis. Essa anti-realidade foi por muito tempo
mantida invisível para ocultar o fracasso do modelo econômico capitalista feito para criar
riqueza para poucos e não o bem-estar para a humanidade.