A situação do caipira, abandonado pelos poderes públicos brasileiros, às
doenças, ao atraso econômico, educacional e à indigência política, foi relatada em diversos livros de Monteiro Lobato, tendo como personagem o Jeca Tatú, que era o símbolo de um trabalhador rural do estado de São Paulo. E foi por meio deste personagem que na época, foi ensinado noções de higiene e saneamento às crianças, e aos adultos, principalmente na orientação de distanciamento dos poços caseiros das fossas. Com a escassez de notícias do mundo moderno para as pessoas do campo, apesar dos jornais já estarem se tornando cada vez mais acessíveis, naquela época, a FSESP – Fundação Serviços de Saúde Pública, se consagrou, entre os anos de 1960 e 1990, como serviço responsável por uma rede de serviços de saúde espalhada por todo o país, dando continuidade às ações empreendidas pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP). Como tática eram utilizados filmes do Jeca Tatú para atrair as pessoas, e em seguida eram distribuídos vasilhames para coletas de fezes, que depois eram analisadas, e obviamente com resultados todos positivados para vermes, criava-se uma rede de solidariedade para eliminar as suas causas. E COMO SEMPRE A ÁGUA ERA O PRINCIPAL VETOR. E o resultado era conseguir o voluntariado da mão de obra, para se instalar pequenas obras de abastecimento de água, na maioria das vezes por abastecimento por gravidade, e chafarizes públicos. Assim culpar a escassez de recursos públicos para obras estruturantes de saneamento sempre foi uma característica dos governantes, daí a busca de mão de obra gratuita. O convencimento das pessoas por meio do ensino e da comunicação, foi uma tarefa árdua e perdura até nos dias atuais, antes era por falta de meios de comunicação em massa, e hoje pelo excesso de notícias falsas, (Fake News), assim o cidadão somente se livrou do bócio, quando ingeria continuamente água sem iodo, quando o governo federal impôs a condição de iodatar o sal disponibilizado para comercialização. Pois difícil era convencer a população a aceitar a água clorada em detrimento a água da cacimba. Hodiernamente pelo mundo, distribui-se até pizza para as pessoas que aderem a um programa de vacinação, pois a desinformação tem levado a muitos males da saúde, e dificuldade de universalização da vacina.