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Patologia Das Construções - Cap 5
Patologia Das Construções - Cap 5
CAPÍTULO 5
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Sumário
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5 Apresentação de técnicas e materiais destinados à
reparo, recuperação e reforço das edificações
Os materiais a serem utilizados na correção dos danos patológicos existentes
devem ser devidamente estudados, analisando-se alguns pontos:
– Custo;
– Durabilidade;
– Mão de obra necessária;
– Características do local.
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A impermeabilização ideal é aquela planejada desde a concepção da edificação,
onde um conhecimento prévio do problema proporciona uma solução adequada e
funcional.
Muitas vezes após a obra concluída, passa-se para a aplicação de um processo
de impermeabilização que nem sempre atenderá à necessidade.
De modo geral a água pode penetrar a edificação por uma das maneiras descritas
a seguir:
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Figura 5.2. Infiltração de água em subsolo devido ao lençol
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b) Percolação: O escoamento da água se dá pela ação da força da gravidade
em uma determinada direção, livre de qualquer outro tipo de pressão;
Exemplos:
• Infiltração de água em juntas de dilatação (Figura 5.5);
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Figura 5.7. Infiltração de água na porção inferior da alvenaria – capilaridade
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pressão hidrostática. Esse tipo de impermeabilização é chamada de
“impermeabilização por pressão positiva”.
Nos casos onde existem restrições de acesso interno ao reservatório ou tanque,
ou impossibilidade de efetuar seu esvaziamento, o processo de eliminação exige
técnicas especificas de impermeabilização.
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• Resistente aos ataques químicos - pH de 3 a 11 em contato
permanente, e pH de 2 a 12 em contato esporádico - e assegura uma
vasta gama de proteção contra os ciclos de gelo-degelo, águas
subterrâneas agressivas, água do mar, carbonatos, cloretos, sulfatos e
nitratos;
• Pode ser aplicado em concreto úmido ou durante a fase plástica;
• Não é tóxico. Aprovado para aplicações em água potável (NSF 61).
PAREDE EM
CONCRETO
FISSURA
2º) Ao longo das fissuras, abrir uma canaleta de 25 x 25 mm (ou com maiores
dimensões caso sejam detectados vazios no concreto) através de talhadeira ou
ponteiro. Limpar as superfícies de concreto apicoadas e saturar com bastante
água a região da canaleta.
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Figura 5.10. Abertura de canaleta ao longo da fissura
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5º) Enquanto o filme de Penetron estiver fresco, aplicar a argamassa seca
Penecrete Mortar (ref. Penetron), na forma de “dry pack”. Usar uma madeira para
auxiliar na compactação. Consumo estimado de 0,70kg/m. O traço do Penecrete
é de 4,5 partes de pó para 1 parte de água (em volume).
100mm
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penetração de água e outros líquidos de qualquer direção. Os produtos Xypex são
compostos de cimento portland, areia silicosa e diversas propriedades químicas
ativas.
O sistema Xypex para reparo é utilizado para tamponamento e reparos de
fissuras e juntas de concretagem. Onde há percolação de água primeiramente é
aplicado a argamassa de pega rápida, Xypex Patch’n Plug, e em seguida o Xypex
Modificado.
Um procedimento básico para eliminação de infiltração com uso do produto
Xypex, pode ser observado a seguir:
1º) Cortar no local da junta ou trinca uma canaleta em forma de “U” com largura
de 2,5 cm e 4,0 cm de profundidade. A canaleta em formato de “V” não é
aceitável.
2º) Remover todo o material solto e saturar as áreas com água. Permitir que a
água seja absorvida pelo concreto e em seguida remover todo o excesso
superficial.
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Figura 5.16. Aplicação Xypex Patch’n Plug na metade da canaleta
4º) Aplicar uma demão de Xypex Concentrado, com consumo de 0,8 kg/m², no
interior da canaleta e estender a pintura sobre uma área de 15 cm de cada lado
da mesma. A aplicação poderá ser feita com trincha ou manualmente.
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6º) Umedecer a superfície com água e aplicar uma demão de Xypex Concentrado
com consumo de 0,8 kg/m² sobre a área reparada.
7º) Curar periodicamente com água em forma de spray durante 2 dias ou aplicar
Xypex Gamma Cure imediatamente após a secagem da segunda demão
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Para reduzir temporariamente o fluxo d’água sob pressão, as espumas de
poliuretano devem ser injetadas antes da injeção do gel de poliuretano, as quais
têm um curto tempo de reação ao entrar em contato com a água, formando uma
espuma de células abertas, com grande aumento de volume (10 a 40 vezes).
É aplicado através de bicos injetores e bomba de injeção. Indicado para áreas em
contato com a água, inclusive potável, em túneis, galerias, cortinas subterrâneas,
fundações de concreto e poços de elevadores.
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Figura 5.21. Detalhe da instalação dos bicos de injeção
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• Distância entre bicos de perfuração 30 – 50cm
• Furo a 45°
• Injeção de resina de Poliuretano
• Pré-injeção de espuma de poliuretano no caso de existir água com alta
pressão
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c) Infiltração pela junta de dilatação:
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Para a falha na ancoragem do material de vedação, a injeção de resina de
poliuretano é aplicada perpendicularmente à parede de concreto, até a
profundidade do elemento a ser atingido (Figura 5.28).
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5.2.3 Eliminação de infiltração com o uso de aditivos cristalizantes
Exemplos de uso:
a) Quiosques da Praia de Camburí – Vitória – ES. A impermeabilização da
estrutura enterrada na praia foi realizada com a adição do Penetron Admix.
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b) Estádio do Mineirão – Belo Horizonte – MG. O concreto desenvolvido
para as vigas pré-moldadas da arquibancada foi tratado com a adição do
Penetron Admix, o aditivo redutor de permeabilidade por cristalização
integral, para aumento de durabilidade das peças. Foi usado
aproximadamente 10 toneladas de Penetron Admix.
Exemplos de uso:
a) Cisterna no Porto de Niterói - RJ
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Figura 5.32. Uso de aditivo cristalizante em estrutura de concreto – Cisterna
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substrato e as mantas asfálticas, sendo composto por asfalto oxidado (pelas suas
características adesivas) diluído em solventes orgânicos. É aplicada com rolo de
lã de carneiro ou trincha, em temperatura ambiente entre 10 e 50ºC;
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Figura 5.36. Aplicação de manta asfáltica com o uso de maçarico
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5º) Teste de estanqueidade. Todo serviço de impermeabilização deve ser
complementado com teste de estanqueidade, de modo a verificar a existência de
falhas na aplicação.
Proceder na horizontal teste de lâmina da água de 72 horas para observar
eventuais falhas no sistema. Após conclusão dos testes na horizontal, realizar na
vertical, para verificação da aderência da impermeabilização no substrato (jatear
água com equipamento de pressão).
PROTEÇÃO MECÂNICA
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A proteção mecânica ainda desempenha um papel de proteção contra os raios
solares. A maioria das impermeabilizações é de cor negra, por isso não podem
ficar expostas aos raios solares, pois nesta situação atingem temperaturas muito
elevadas, e além disso são rapidamente degradados pela ação dos raios UV.
Figura 5.41. Camada de separação entre a manta e proteção mecânica – papel kraft
Em locais onde não existe trânsito de pessoas ou veículos poderá ser prevista
proteção contra os raios solares através de pintura ou utilizando-se mantas
asfálticas revestidas com película de alumínio (Figura 5.42) ou ardósia granulada.
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Figura 5.42. Manta asfáltica revestida com película de alumínio
Especial atenção deve ser dada nos locais onde existem juntas de dilatação das
estruturas. (Figura 5.44)
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Os acabamentos na vertical devem ser executados de modo a impedir o acesso
de água entre a manta e a alvenaria.
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5.4 Materiais utilizados para recuperação de estruturas com corrosão das
armaduras
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Deve-se efetuar a marcação e delimitação das áreas a serem reparadas. É
importante delimitar as áreas de reparos em um desenho geométrico retangular
ou quadrado, evitando delimitar as áreas em formas geométricas que dificultem a
execução, como também deve ser levada em consideração a estética do
acabamento na área a ser reparada.
Superfície após o
remoção do trecho
danificado
Parte superior da
armadura com corrosão
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Após a delimitação da área de reparo, deve-se efetuar um corte ortogonal na
região delimitada, retirando todo o concreto em torno da armadura.
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Tipo de abrasivos: granalha de aço, micro esfera de vidro, escória de fundição de
cobre, óxido de alumínio e outros.
Deve-se efetuar a limpeza rigorosa das armaduras, para a retirada de todo o traço
de oxidação.
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Figura 5.52. Escova com cerdas de aço
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Exemplos de revestimento anticorrosivo:
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com espátula ou colher de pedreiro, obedecendo-se a espessura máxima
preconizada pelo fabricante para cada camada e dando-lhe acabamento final com
desempenadeira metálica;
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armaduras será, naturalmente, interrompida e substituída pela corrente gerada
pelo metal anódico da pastilha. Desta forma, o aço para de corroer e o metal
anódico sacrifica-se, corroendo, já que é mais eletronegativo. A corrosão no metal
anódico da pastilha é extremamente lento, o suficiente para durar pelo menos 15
anos!
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• Regeneração da capacidade portante da estrutura diminuída em virtude de
acidentes (choques, incêndios, etc.) ou deterioração;
• Modificação da concepção estrutural (ex: corte de uma viga, por exemplo,
por necessidade arquitetônica ou de utilização)
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5.5.2 Reforço com o uso de fibras de carbono
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Figura 5.61. Aplicação do primer
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Figura 5.63. Aplicação da folha de fibra de carbono
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Ensaios realizados asseguram um bom funcionamento do sistema até um total de
dez camadas, sendo recomendável, no entanto, que, sempre que este
número for superior a seis, sejam realizados ensaios específicos de
desempenho. Pretendendo garantir-se a distribuição transversal do reforço, as
diferentes camadas poderão ser dispostas ortogonalmente entre si.
O acabamento final das superfícies poderá ser feito com revestimentos de alto
desempenho que, simultaneamente, confiram ao sistema melhor comportamento
na resistência à ação do fogo.
5.5.3.1 Lajes
5.5.3.2 Vigas
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a) Cortar a face inferior da viga até que as barras da armadura existente
fiquem totalmente expostas. Recomenda-se que seja deixado um espaço
de pelo menos 2,5 cm entre estas barras e o concreto;
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d) Montar a forma e aplicar o concreto ou grout. Previamente a superfície do
concreto existente deve estar totalmente saturada.
5.5.3.3 Pilares
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c) Execução das formas e aplicação do concreto ou grout.
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