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APLICAÇÃO DA PENA

No Brasil, em regra, as penas abstratamente previstas na lei penal são privativas de liberdade
e/ou multa, não havendo cominação de penas restritivas de direitos, quase sempre substitutivas da
reclusão, detenção ou prisão simples.

PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE


Para o cálculo da pena privativa de liberdade foi adotado o sistema trifásico (art. 68, CP).
Assim:

Estabelece-se a pena-base, atendendo às


1ª fase
circunstâncias judiciais do art. 59 do CP;

Sobre a pena-base incidirão eventuais


2ª fase circunstâncias agravantes e atenuantes (arts.
31, 62, 65 e 66, CP);

Serão consideradas as causas de diminuição


3ª fase
e aumento de pena.

ATENÇÃO!
As qualificadoras não fazem parte das etapas de fixação da pena, pois integram o preceito
secundário do tipo penal, sendo consideradas como ponto de partida para a dosimetria da pena.

Fixada a pena definitiva, o Juiz deve determinar o regime inicial de cumprimento, bem
como a possibilidade, ou não, de substituição da pena por medida alternativa1.

PRIMEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA


Tem como finalidade fixar a pena-base, partindo do preceito secundário simples ou
qualificado, sobre o qual incindirão as circunstâncias judiciais do art. 59.

Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à per
sonalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao

1 São medidas alternativas a pena privativa de liberdade:


a) pena restritiva de direitos;
b) pena de multa; e
c) suspensão condicional da execução da pena (sursis).
comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação
e prevenção do crime:
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.

Nesta primeira etapa, o juiz está atrelado aos limites mínimo e máximo abstratamente
previstos. Devendo fundamentar a necessidade de aumento diante da presença de circunstâncias
judiciais desfavoráveis.

ATENÇÃO!
A pena-base fixada acima do mínimo sem fundamentação dá enseja à anulação da
sentença nesse ponto.

Não havendo circunstâncias relevantes ou presentes apenas favoráveis, a pena base deverá
ser fixada no mínimo legal. Na hipótese de concurso entre circunstância favoráveis e desfavoráveis,
desde que não prejudique o réu, aplica-se por analogia o art. 67.

Art. 67. No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado
pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos
determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência

Culpabilidade: trata-se do maior ou menor grau de reprovabilidade da conduta do agente;

Antecedentes do agente: representa a vida pregressa do agente, não sendo considerados os fatos
posteriores.

Não são considerados como maus antecedentes:

a) inquéritos policiais em andamento ou já arquivados;

b) ações penais em curso ou com decisão absolutória;

Súmula 444, STJ: É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para
agravar a pena-base2.

c) atos infracionais e eventuais passagens pela Vara da Infância e Juventude;

2 Há decisão de recurso extraordinário com repercussão geral do STF no mesmo sentido.


d) transações penais efetuadas pelo agente antes de cometer o crime pelo qual está sendo
condenado.

▪ Aceita a proposta, o juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que é registrada apenas
para impedir a concessão do mesmo benefício no prazo de cinco anos (Lei 9.9099/95, art. 76,
§4º). Além disso, a transação penal não constará de certidão de antecedentes criminais (§6º).
▪ O registro da transação penal não pode fundamentar o aumento da pena-base por maus
antecedentes, nem tampouco ser considerada na segunda fase de aplicação da pena como
agravante (STJ).

Configura maus antecedentes apenas as condenações definitivas que não caracterizam a


agravante da reincidência (arts. 61, I, e 63, CP), seja pelo decurso do prazo de 5 (cinco) anos após
cumprimento ou extinção da pena (art. 64, I, CP), seja pela condenação anterior por crime militar
próprio ou político (art. 64, II), seja pelo fato de o novo crime ter sido cometido antes da
condenação definitiva por outro delito.

Súmula 636, STJ: A comprovação dos maus antecedentes dispensa a emissão de certidões
cartorárias, bastando a folha de antecedentes criminais.

Conduta social do agente: trata-se do comportamento do réu no seu ambiente familiar, de trabalho
e na convivência com os outros.

ATENÇÃO!
Condenações passadas não podem ser utilizadas para aumentar a pena com fundamento na
conduta social (STJ).

Personalidade do agente: retrato psíquico do delinquente.

Motivo do crime: essa circunstância só deve ser analisada quando os motivos não integrem a
própria tipificação da conduta ou não caracterizem circunstância qualificadora ou agravante, sob
pena de bis in idem.

Circunstâncias do crime: Exige do magistrado a análise da maior ou menor gravidade do crime


espelhada pelo modus operandí do agente. São as condições de tempo e local em que ocorreu o
crime, a relação do agente com a vítima, os instrumentos utilizados para a prática delituosa etc.

Consequências do crime: São os efeitos decorrentes da infração penal, seus resultados,


particularmente para a vítima, para sua família ou para a coletividade.
Comportamento da vítima: a culpa concorrente da vítima não elide (compensa) a culpa do agente,
pois não existe no direito penal a compensação de culpas. Contudo, a culpa concorrente da vítima
pode atenuar a responsabilidade do agente.

SEGUNDA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA


Tem por finalidade encontrar a pena intermediária, partindo da pena-base, fazendo incidir
sobre ela as circunstâncias agravantes (arts. 61 e 62) e atenuantes (arts. 65 e 66). Tratam-se das
circunstâncias genéricas, subjetivas ou objetivas, previstas na parte geral do código, não se
integrando a estrutura do tipo penal, mas que se vinculam ao crime.

Nesta fase também não foi fixado o quantum de aumento ou diminuição, ficado ao arbítrio
do juiz, que deverá sempre fundamentar a sua decisão. Mas, atenção, ele continua atrelado aos
limites mínimo e máximo abstratamente previstos.

Havendo concurso entre circunstâncias agravantes e atenuante aplica-se o art. 67, devendo a
pena intermediária aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes.

ATENÇÃO!
Foi estabelecida pela jurisprudência, a seguinte ordem de preponderância:
a) atenuantes da menoridade e da senilidade;
b) agravante da reincidência;
c) atenuantes e agravantes subjetivas; e
d) atenuantes e agravantes objetivas.

AGRAVANTES (ARTS. 61 E 62, CP)


Estão prevista em um rol taxativo, não admitindo analogia para ampliação das hipóteses
legais. Em regra, sempre agravam a pena, exceto:

a) para evitar a dupla valoração em prejuízo do réu (bis in indem), o legislador veda a incidência de
agravante quando a circunstância já constitua elementar do crime ou sua qualificadora;

b) Por força da interpretação jurisprudencial, a pena intermediária não pode extrapolar a sanção
máxima cominada ao tipo penal. Assim, se a pena-base for fixada no máxima, a agravante não
incidirá;

c) Constatado o concurso entre agravantes e atenuantes, não incidem aquelas quando estas forem
preponderantes.
As agravantes incidem apenas sobre os crimes dolosos, com exceção da agravante da
reincidência, também aplicável nos culposos.
É possível reconhecer circunstância agravante ou atenuante não articulada na denúncia (art. 385
e 387, CPP), não ofendendo o princípio da adstrição.

Reincidência (art. 61, I, )

Art. 63. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Art. 7°, LCP. Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de
passar em julgado a sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer
crime, ou, no Brasil por motivo de contravenção.

São pressupostos da reincidência:

a) trânsito em julgado de sentença penal condenatória por infração penal anterior; e

b) cometimento de nova infração penal.

1º momento 2º momento Consequência

Condenação penal definitiva


por crime no Brasil ou Cometimento de novo crime Reincidência
estrangeiro

Condenação penal definitiva


Cometimento de
por crime no Brasil ou Reincidência
contravenção penal
estrangeiro

Condenação penal definitiva


Cometimento de nova
por contravenção penal Reincidência
contravenção penal
praticada no Brasil

Condenação penal definitiva Não gera reincidência, por


por contravenção praticada Cometimento de crime ausência de previsão. Mas
no Brasil gera antecedentes.

Condenação penal definitiva Cometimento de crime ou Não gera reincidência


por contravenção penal
contravenção
praticada no estrangeiro3

ATENÇÃO!
▪ Não é necessário a homologação, pelo STJ, da sentença condenatória proferido no estrangeiro
pela prática de crime para que sejam gerados os efeitos da reincidência (art. 9º).
▪ Fato típico no estrangeiro, mas atípico no Brasil, não gera reincidência.
▪ A espécie da pena imposta é irrelevante para a reincidência.

Ocorrendo a extinção da punibilidade da infração anterior, para fins de reincidência, é


preciso analisar dois fatores: o momento em que ocorreu a extinção da punibilidade e a espécie de
causa extintiva da punibilidade.

Antes do trânsito em julgado Depois do trânsito em julgado


NÃO GERA REINCIDÊNCIA GERA REINCIDÊNCIA

Se a causa é posterior ao trânsito em


Se a causa extintiva da punibilidade é julgado, em regra, gera reincidência.
anterior ao trânsito em julgado, não gera Exceções:
reincidência, já que impede a formação de seu a) Abolitio criminis;
primeiro requisito. b) Anistia; e
c) Perdão judicial (art. 120).

▪ Sistema da temporariedade da reincidência (art. 64, I): não prevalece a condenação anterior, se
entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de
tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento
condicional, se não houver revogação.

A natureza do delito praticado poderá impedir a reincidência em caso de crime futuro, pois,
não se consideram para efeitos de reincidência os crimes militares próprios 4 e os crimes políticos5
(art. 64, II).

3 A contravenção cometida no estrangeiro nunca gera reincidência, porque não existe extraterritorialidade da lei penal
brasileira quando se trata de contravenção.
4 São considerados crimes militares próprios os tipificados apenas no CPM.
5 Art. 2º, Lei 7.17/83.
ATENÇÃO!
Os crimes militares próprios não gerarão reincidência se o crime posterior for comum ou
militar impróprio. Se for outro crime militar próprio, será considerado reincidente (art. 71,
CPM).

Crime anterior Crime posterior Reincidência

Militar próprio Militar impróprio Não

Militar próprio Comum Não

Militar próprio Militar próprio Sim

A reincidência tem natureza jurídica de circunstância agravante genérica de caráter


subjetivo o pessoal, pois isso, não se comunica aos demais concorrentes do crime (art. 30).

Espécies de Reincidência

a) Real: ocorre quando o agente comete novo crime após efetivamente cumprido a totalidade da
pena pelo crime anterior, e antes do prazo de cinco anos.
b) Ficta: o agente comete novo crime após ter sido condenado definitivamente, mas antes de ter
cumprido a totalidade da pena do crime anterior.
c) Genérica: os crimes praticados pelo agente são de espécies distintas.
d) Especifica: os crimes praticados pelo condenado são da mesma espécie.

A prova da reincidência deve ser feita através de certidão cartorária. Mas o STJ, vem
admitindo a folha de antecedentes criminais.

Súmula 241, STJ: a reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante
e, simultaneamente, como circunstância judicial.

Tendo o agente diversas condenações pretéritas, um delas pode ser utilizada na primeira fase
de aplicação da pena, como maus antecedentes, e a outra na segunda, a título de reincidência.

Motivo fútil ou torpe (art. 61, II, “a”)


Considera-se fútil o motivo insignificante, havendo real desproporção entre o delito e a sua
causa moral. Não se confundindo com o motivo injusto, elemento integrante do crime. Já o motivo
torpe é quando a razão do delito for vil, ignóbil, repugnante e abjeta.

A vingança poderá constituir ou não motivo torpe, de acordo com a causa que a originou.

Crime cometido para facilitar ou assegurar a execução ou ocultação, a impunidade ou a


vantagem de outro crime(art. 61, II, “b”)

O outro crime de que fala o dispositivo pode ser de autoria do próprio agente ou pessoa
diversa.

ATENÇÃO!
Se o crime foi praticado para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de
uma contravenção penal, é descabida a presente agravante, podendo configurar, conforme o
caso, a do motivo torpe ou fútil.

Crime cometido com traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificultou ou tornou
impossível a defesa do ofendido (art. 61, II, “c”)

O código exemplifica alguns modos insidiosos de praticar o crime, como a traição (ataque
desleal), emboscada (ataque surpresa) e dissimulação (fingimento), cabendo, a interpretação
analógica.

Crime praticado com emprego de veneno 6, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum (art. 61, II, “d”)

Considera-se meio insidioso aquele que aumenta inutilmente o sofrimento da vitima. E é


perigo aquele capaz de atingir número indeterminado de pessoas. Lembrando que nesta hipótese
também caberá interpretação analógica.

Crime praticado contra descendente, ascendente, irmão ou cônjuge (art. 61, II, “e”)

Essa agravante não se aplica ao parentesco por afinidade ou à união estável (interpretação
in malam partem). Sendo exigida prova documental do parentesco ou vínculo matrimonial para a
sua configuração (art. 155, §ú, CPP).

Crime praticado com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de


coabitação ou de hospitalidade ou com violência contra a mulher, na forma da lei específica (art.
61, II, “f”)
6 uso de substância biológica ou química, animal, mineral ou vegetal, capaz de perturbar ou destruir as funções vitais
do organismo humano;
A expressão “abuso de autoridade” relaciona-se ao excesso nas relações privadas, nas quais
o agente exerce uma ascendência sobre o ofendido, fora dos casos de exercício de cargo, função,
ofício, ministério ou profissão.

Essa agravante necessariamente pressupõe que o agente se valha da vantagem doméstica, de


coabitação ou de hospitalidade em relação à vítima, merecendo interpretação restritiva.

Crime praticado com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou
profissão (art. 61, II, “g”)

Crime praticado contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida (art. 61, II, “h”)

Tratam-se de condições peculiares da vítima, que demandam prova de que o agente as


conhecia, para evitar a responsabilidade penal objetiva.

a) Criança: até 12 anos incompletos (art. 2º, ECA);

b) maior de 60 anos: para incidir a agravante, a condição deve ter relação com o crime praticado
(aproveitando-se da fragilidade do ofendido).

d) enfermo: abrange qualquer distúrbio, permanente ou transitório, do corpo ou da mente;

d) mulher grávida: não importa o estágio da gestação.

Crime praticado quando o ofendido estava sob imediata proteção da autoridade (art. 61, II, “i”)

O fato de estar circunstancialmente próximo de determinada autoridade não permite a


incidência da agravante: é preciso estar sob sua imediata proteção (guarda, dependência ou
sujeição).

Crime praticado em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública


ou desgraça particular do ofendido (art. 61, II, “j”)

Crime praticado em estado de embriaguez preordenada (art. 61, II, “l”)

Agravantes nos crimes praticados por duas ou mais pessoas

A pena será agravada ao agente que:

a) promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes (coautor
intelectual);

b) coage ou induz outrem à execução material do crime (autor mediato);

c) instiga ou determina a comete o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude
de condição ou qualidade pessoal (autor mediato);
d) executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa (concorrente
mercenário).

ATENUANTES
Em regra, as atenuantes sempre atenuaram a pena. Contudo, excepcionalmente, as
atenuantes não incidirão quando:

a) a circunstância já constitui ou privilegia o crime;

b) a pena-base for fixada no mínimo legal;

Súmula 231, STJ: a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena
abaixo do mínimo legal.

c) constatado o concurso entre agravantes e atenuante, e aquelas forem preponderantes.

ATENÇÃO!
As atenuantes incidem em todos os crimes (dolosos, culposos e preterdolosos).

MENORIDADE (ART. 65, I, 1ª PARTE)


A pena deve ser atenuado quando o agente, à época do fato (ação ou omissão), era menor de
21 anos de idade (menoridade relativa).

Súmula 74, STJ: para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por
documento hábil.

Será desnecessária a apresentação de identidade ou certidão de nascimento se existir outro


meio idôneo para a comprovação.

ATENÇÃO!
A circunstância atenuante da menoridade é preponderante, compensando-se com a
reincidência (STJ).

SENILIDADE (ART. 65, I, 2ª PARTE)


A pena deve ser atenuada quando o agente for maior de 70 (setenta) anos na data da
sentença. Lembrando que, o termo sentença compreende a decisão de 1º graus, salvo se absolutória,
hipótese em que abrange o acórdão (condenatório).
DESCONHECIMENTO DA LEI (ART. 65, II)
Não se confunde com erro de proibição.

MOTIVO DE RELEVANTE VALOR MORAL OU SOCIAL (ART. 65, III, “A”)


Entende-se como motivo de relevante valor moral aquele ligado aos interesses individuais,
particulares do agente, entre eles os sentimentos de piedade, misericórdia e compaixão. Já o de
relevante valor social diz respeito aos interesse de toda uma coletividade.

TER O AGENTE PROCURADO, POR SUA ESPONTÂNEA VONTADE E COM EFICIÊNCIA, LOGO APÓS O
CRIME, EVITAR-LHE OU MINORAR-LHE AS CONSEQUÊNCIAS, OU TER, ANTES DO JULGAMENTO
REPARADO O DANO (ART. 65, III, “B”)

Deve ser lembrado que:

a) Em se tratando de crime sem violência ou grave ameaça à pessoa, a reparação do dano ou


restituição da coisa até o recebimento da denúncia ou queixa serve como diminuição de pena. Trata-
se do arrependimento posterior, que se contenta com a voluntariedade, não exigindo espontaneidade
(art. 16);

b) No estelionato na modalidade emissão de cheques sem fundo, a reparação do dano antes do


recebimento da inicial obsta a instauração da ação penal (Súmula 554, STF), não se aplicando o
instituto do arrependimento posterior ou a atenuante.

c) Em caso de peculato culposo, a reparação do dano ou restituição da coisa, se precede a sentença


irrecorrível, é causa especial extintiva da punibilidade. Se posterior, é causa de redução de metade
da pena (art. 312, §3º);

d) Nos crimes contra a ordem tributária, extingue a punibilidade o pagamento integral do débito
tributário.

e) nos crimes de menor potencial ofensivo, permite-se às partes a composição civil dos danos.
Havendo reparação do dano ou restituição da coisa, ocorrerá a extinção da punibilidade.

TER O AGENTE COMETIDO O CRIME SOB COAÇÃO A QUE PODIA RESISTIR, OU EM CUMPRIMENTO
DE ORDEM DE AUTORIDADE SUPERIOR, OU SOB A INFLUÊNCIA DE VIOLENTE EMOÇÃO,
PROVOCADO POR ATO INJUSTO (ART. 65, III “C”

Essa alíne traz uma série de circunstância atenuantes, são elas:

a) coação, física ou moral, resistível;

ATENÇÃO!
A coação física irresistível exclui a conduta; se moral irresistível, exclui a culpabilidade
(art. 22).

b) obediência hierárquica no cumprimento de ordem ilegal;

ATENÇÃO!
Se a ordem não for claramente ilegal, a culpabilidade do subalterno será excluída,
respondendo pelo crime somente o superior (art. 22).

c) agente praticar o crime sob a influência de violenta emoção, praticada por ato injusto da vítima,
dispensando reação imediata.

TERO AGENTE CONFESSADO ESPONTANEAMENTE PERANTE A AUTORIDADE, A AUTORIA DO


CRIME (ART. 65, III, “D”)

A confissão do agente serve como atenuante da penas, desde que:

a) seja espontânea: é a assunção, livre de interferência subjetiva externa, dos fatos imputados. A
decisão de confessar deve partir do próprio agente.

b) Perante a autoridade pública: deve ser feita perante juiz de direito ou delegado. A confissão
policial retrata em juízo não permite a incidência da atenuante, salvo se utilizada como fundamento
para conclusão condenatória.

Cabe a atenuante quando a confissão é qualificada (ou somente quando simples)?


▪ No STF a matéria é controvertida, pois há decisões que reconhecem a possibilidade de aplicar
a atenuante, mesmo quando a confissão é qualificada, como já se decidiu pela impossibilidade
de atenuar a pena nas mesmas circunstâncias.
▪ No STJ firmou-se o entendimento de que a confissão, ainda que parcial, deve ser considerada
para atenuar a pena se utilizada como fundamento para a condenação. No entanto, deve ser
relativa ao fato típico atribuído ao agente, pois, caso confesse parcialmente para tentar modificar
a imputação, não incide a atenuante.
Súmula 630, STJ: se tratando do crime de tráfico de entorpecentes, a confissão espontânea do
acusado que admite a propriedade da droga, no entanto afirma ser destinada a consumo próprio,
sendo mero usuário, impossibilita o reconhecimento da atenuante prevista no art. 65, inciso III,
alínea “d”, do Código Penal.
▪ Para o STF a agravante da reincidência prepondera sobre a atenuante da confissão espontânea,
assim é inviável a compensação das circunstâncias;
▪ Para o STJ é possível , pois ambas são preponderantes (a confissão espôntanea é
preponderante porque se atem diretamente a personalidade do agente). Contudo, a
compensa~~ao integral não é cabível quando o agente é multrreincidente.
▪ A confissão espontânea se conpensa com a agravante de ter sido o crime praticado com
violência contra a mulher.

TER O AGENTE COMETIDO O CRIME SOB A INFLUÊNCIA DE MULTIDÃO EM TUMULTO, SE NÃO O


PROVOCOU (ART. 65, III, “E”)

CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES INOMINADAS (ART. 66)

Art. 66. A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.

TERCEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA


Tem como finalidade a fixação da reprimenda definitiva, partindo da pena-intermediária,
fazendo incidir sobre ela as causa de aumento e de diminuição de pena. As majorantes e minorantes
estão localizadas na parte geral e especial do código, bem como em legislação extravagante. Elas
estabelecem um quantum, geralmente em fração, para o aumento ou diminuição. Dessa forma, elas
podem elevar a pena além do patamar máximo e reduzi-las aquém do patamar mínimo.

Agravantes e Atenuantes Causas de Aumento e diminuição da pena


(circunstâncias legais) (majorantes e minorantes)

▪ São consideradas na 2ª fase da aplicação da


pena; ▪ São consideradas na 3ª fase da aplicação da
▪ Localizadas apenas na parte geral do CP ou pena;
em legislação extravagante; ▪ Localizadas nas partes geral e especial do
▪ Não há previsão legal para o quantum de CP e em legislação extravagante;
aumento ou de diminuição; ▪ O quantum de aumento ou diminuição tem
▪ O juiz está adstrito aos limites legais, não previsão legal (geralmente em fração);
podendo a pena-base além do máximo, nem ▪ O juiz não está adstrito aos limites legais.
aquém do mínimo.
CONCURSO HOMOGÊNEO DE CAUSAS DE AUMENTO

O juiz deverá aplicar as duas, no


Causas de aumento prevista na parte entanto, o segundo aumento recai sobre a pena
GERAL precedente, não sobre a pena já aumentada
(princípio da incidência isolada).

O juiz poderá aplicar as duas,


observando o princípio da incidência isolada,
ou apenas uma, escolhendo a que mais
Causas de aumento previstas na parte
aumenta (art. 68, §ú).
ESPECIAL
⁎ Escolhendo aplicar apenas uma delas,
poderá considerar a outra na aplicação da
pena-base.

Causas de aumento, uma na parte GERAL e O juiz deverá aplicar as duas,


outra na parte ESPECIAL observando o princípio da incidência isolada

CONCURSO HOMOGÊNEO DE CAUSAS DE DIMINUIÇÃO

O juiz deve aplicar as duas, observando


Causas de diminuição previstas na parte o princípio da incidência cumulativa, isto é,
GERAL a segunda diminuição recai sobre a pena já
diminuída.

O juiz poderá aplicar as duas,


Causas de diminuição previstas na parte observando o princípio da incidência
ESPECIAL cumulativa, ou apenas uma, escolhendo a que
mais diminua (art. 68, §ú).

Causas de diminuição, uma na parte O juiz deve aplicar as duas, observando


GERAL e outra na parte ESPECIAL o princípio da incidência cumulativa.
CONCURSO HETEROGÊNEO DE CAUSAS DE AUMENTO E DE DIMINUIÇÃO
Quando houverem causas de aumento concorrendo com uma causa de diminuição,
independentemente da parte do código, o juiz deve aplicar as duas, observando o princípio da
incidência cumulativa.

ATENÇÃO!
O juiz deve desprezar as frações de dias (horas), nos exatos termos do art. 11.

REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE

Espécies de Penas Privativas de Liberdade

a) Reclusão;
b) Detenção;
c) Prisão simples (contravenções penais).

Após ser fixada a reprimenda definitiva, o juiz determinará, na própria sentença, o regime
inicial para seu cumprimento. O regime inicial para o seu cumprimento. Para identificar o regime
inicial mais justo, o juiz atenderá aos seguintes fatores:

a) espécie de pena;

b) quantidade da pena definitiva;

c) condições especiais do condenado; e

d) circunstâncias judiciais (art. 59, CP).

REGIMES INICIAIS DE CUMPRIMENTO DA PENA

Regimes Penitenciários

▪ Fechado: estabelecimento penal de segurança máxima ou média;


▪ Semiaberto: colônia penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar;colônia penal
agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
▪ Aberto: trabalha ou frequenta cursos em liberdade, durante o dia, e recolhe-se em Casa do
Albergado ou estabelecimento similar à noite e nos dias de folga.
Pena de Reclusão

Regime inicial fechado Pena superior a 8 anos;

Regime inicial semiaberto Pena inferior a 8 anos e superior a 4 anos;

Regime inicial aberto Pena inferior a 4 anos;

É o obrigatório o regime inicial fechado, mas


o juiz poderá fixar o semiaberto se a pena
Réu reincidente
aplicada ao reincidente não exceder a 4 anos
(súmula 269, STJ);

O juiz pode impor o regime inicial fechado


Circunstâncias judiciais desfavoráveis
(discricionariedade).

Súmula 718, STF: A opinião do julgados sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena
aplicada.
Súmula 719, STF: A imposição de regime de cumprimento mais severo exige motivação
idônea, leia-se, com base na gravidade em concreto do delito.
Súmula 440, STJ: Fixada pena-base no mpnimo legal, é vedado o estabelecimento de regime
prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na
gravidade abstrata do delito,

Pena de Detenção

O CP veda apenas o regime inicial fechado na


pena de detenção, não impedindo que o
Regime inicial fechado condenado a pena de detenção submeta-se a
tal regime, em virtude de regressão (falta
grave);

Regime inicial semiaberto Pena superior a 4 anos;

Regime inicial aberto Pena igual ou inferior a 4 anos;

Réu reincidente Semiaberto;


Juiz pode impor regime inicial semiaberto
Circunstâncias judiciais desfavoráveis
(discricionariedade).

Pena de Prisão Simples

▪ Espécie de pena cominada às contravenções penais;


▪ Será cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de
prisão comum, em regime aberto ou semiaberto (LCP, art. 6º);
▪ Não existe regime prisional fechado, independentemente de ser o condenado reincidente ou
não, nem sequer por meio da regressão.

DETRAÇÃO NA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA

Art. 42. Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de


prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação
em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.
Art. 387. §2º, CPP. O tempo de prisão provisória, prisão administrativa ou de internação no
Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena
privativa de liberdade.

A alteração do §2º, art. 387 do CPP pela Lei 12.736/12, implicou na antecipação da análise
da detração para o momento da sentença. Assim, a detração não será considerada na aplicação da
pena (etapa já encerra), sendo admitida apenas para estabelecer o regime inicial.

ATENÇÃO!
Nessa fase a detração só é capaz de permitir regime prisional menos rigoroso se o tempo
de prisão provisória, administrativa ou internação coincidir com o requisito temporal da
progressão, sem desconsiderar outros requisitos objetivos inerentes ao incidente.

SISTEMA PROGRESSIVO DE CUMPRIMENTO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE


A progressão de regime consiste na execução da reprimenda privativa de liberdade de forma
a permitir a transferência do condenado para regime menos rigoroso, desde que cumpridos
determinados requisitos.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos:
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido
sem violência à pessoa ou grave ameaça;
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem
violência à pessoa ou grave ameaça;
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido
cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com
violência à pessoa ou grave ameaça;
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime
hediondo ou equiparado, se for primário;
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for:
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for
primário, vedado o livramento condicional;
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa
estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime
hediondo ou equiparado;
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional.
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida
de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na
concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos
previstos nas normas vigentes.
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de
drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade
interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em
que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente.

O incidente de progressão, no âmbito da execução penal, pode ser iniciado por determinação
do juiz (ex officio) ou mediante requerimento do MP, advogado, DP ou do próprio sentenciado.

Os requisitos para a progressão de regimes podem ser divididos em objetivos e subjetivos (bom
comportamento carcerário). Os requisitos objetivos foram sensivelmente alterados pelo Pacote
Anticrime (Lei 13.964/19).

PROGRESSÃO DO REGIME FECHADO PARA O SEMIABERTO

Deve-se observar os seguintes requisitos:

a) condenação, ainda que pendente recurso sem efeito suspensivo;

Súmula 716, STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação


imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória7.

b) cumprimento de parcela da pena;

Progressão de regime antes do Pacote Anticrime (Lei 13.964/19)

Crime comum 1/6 da pena

2/5, se primário e
Crime hediondo ou equiparado
3/5, se reincidente

1329 1/8 DA PENA

os condenados por crime hediondo ou equivalente, antes da vigência da Lei nº 11.464/07, se


sujeitam ao art. 112 da Lei nº 7.210/92 para a progressão de regime. Onde o prazo mínimo de
cumprimento de pena é de 1/6. Se a condenação for posterior a vigência da Lei nº 11.464/07, o
prazo será de 2/5 se primário e de 3/5 se reincidente.

7 Não se trata de execução provisória da pena, mas antecipação de benefício de execução penal.
Súmula nº 471, STJ: Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes
da vigência da Lei nº 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei nº 7.210/84 (Lei de
Execução Penal) para a progressão de regime prisional.

A lei 13.964 é irretroativa, não alcançando os fatos esgotados antes da sua vigência

Progressão de regime de acordo com o Pacote Anticrime (Lei 13.964/19)


CRIME COMUM

Crime SEM violência à


16% da pena Primário
pessoa ou grave ameaça

Crime SEM violência à


20% da pena Reincidente89
pessoa ou grave ameaça

Crime COM violência à


25% da pena Primário
pessoa ou grave ameaça

Crime COM violência à


30% da pena Reincidente10 especifico
pessoa ou grave ameaça

Progressão de regime de acordo com o Pacote Anticrime (Lei 13.964/19)


CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADO

Crime hediondo ou
40% da pena Primário
equiparado

50% da pena Primário Crime hediondo ou


equiparado com resultado

8 A reincidência, por ser condição pessoal do condenado, influi sobre o requisito objetivo de todas as condenações,
inclusive aquelas quando ainda primário. Assim, se o reeducando, enquanto cumpre pena pro crime cometido
quando primário, vem a ser condenado definitivamente por novo crime, agora reconhecido reincidente, será tratado
como reincidente para fins de progressão em relação aos dois crimes.
9 Condenação anterior é um crime praticado com violência ou grave ameaça e o posterior é sem violência ou grave
ameaça – por omissão do legislador.
10 Atenção! O dispositivo faz referência à reincidência específica em crime com violência ou grave ameaça. Se o
reeducando for reincidente, mas não específico, estamos diante de um lacuna, cuja integração deverá observar o in
dubio pro reo. A fração deve ser a mesma do primário, levandos-e em conta o crime pelo qual foi foi considerado
reincidente: se violento, aplica-se a mesma fração do inciso III (25%); se não violento, a fração do inciso II (20%).
morte (vedado o livramento
condicional)

Crime hediondo ou
60% da pena Reincidente11
equiparado

Crime hediondo ou
equiparado com resultado
70% da pena Reincidente12
morte (vedado o livramento
condicional)

Progressão de regime de acordo com o Pacote Anticrime (Lei 13.964/19)

50% da pena

Condenado por exercer comando, individual ou


50% coletivo, de organização criminosa estruturada
para a prática de crime hediondo ou equiparado

▪ condenado pelo crime de constituição de


milícia privada 13

Súmula 491, STJ: É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.

Os requisitos subjetivos e objetivos são cumulativos.

No requisito subjetivo deve-se verificar o mérito, em regra, basta o atestado de bom comportamento
carcerário expedido pelo diretor do estabelecimento prisional (§1º, art. 112, LEP). Mas
excepcionalmente, será necessário o exame criminológico (quando o apena demostrar duarante a
11 Se o crime anterior não for hediondo ou equiparado, aplica-se o patamar do inciso (40¢) por absoluta omissão do
legislador (ele é reincidente, mas não em crime hediondo)
12 Se o resultado morte não estiver no crime anteror um dos crimeshediondos aplica-se o percentual de 50 por absoluta
omissão legislativa
13 Abrange todas as figuras do art. 288-A (organização paramilitar, milícia privada e grupo ou esquadrão (grupo de
extermínio)
execução comportamento ruim, o MP requerirá ao juiz a realização do exame, que o fará em
decisão motivada)

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