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As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de 1995, da
Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.
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CEP 21.852-002
1" edição: Janeiro / 2013 Tiragem: 15.000
A GRADECIMENTOS
Agradecimentos ........................................................................... 3
Apresentação................................................................................................4
Capítulo 1
A Família, Criação de Deus. .......................................................... ..7
Capítulo 3
As Bases do Casamento Cristão.................................................. .....28
Capítulo 4
A Família sob Ataque. ................................................................. ....40
Capítulo 5
Conflitos na Família. ................................................................... ....56
Capítulo 6 Os Perigos do
Adultério............................................................................67
Capítulo 9
A Educação Sexual e a Moral Relativista ........................................101
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
Capítulo 10
O Valor do Culto Doméstico. ..................................................... ....113
Capítulo 11
A Família e a Escola Dominical.................................................. .....128
Capítulo 12
A Família e a Igreja. ................................................................... ......136
Capítulo 13
Eu e minha Casa Serviremos ao Senhor. ..................................... .....145
Capítulo 14
Os Perigos do Consumismo....................................................... ....151
Bibliografia. .................................................................................. ..160
1
FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS
Evitar a solidão
Deus não fez o homem para viver na solidão (Gn 2.18); Ele tinha
em mente a constituição da família, mas esta não está completa só com
o casal. Por isso, o Senhor previu a procriação (Gn 1.27-28). Fica mais
clara a origem da família quando lemos: "Portanto, deixará o homem seu
pai e e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão ambos uma só carne" (Gn
2.24). "O homem" aí é o filho, nascido de pai e mãe. Deus fez a família
para que o homem não vivesse na solidão (SI 68.6; 113.9).
Bem-estar social
O homem, diz a sociologia, é um ser gregário por natureza. Ele sente
a necessidade de viver em grupo, de socializar-se. Isso não é fruto da
evolução cega, como dizem os filósofos materialistas, que supõem que o
homem surgiu por acaso, oriundo de um organismo unicelular (ameba),
passando por diversos estágios, chegando a ser um macaco, que se trans-
FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS
formou num homem, por acaso! E que passou a viver em bandos para
melhor sobreviver. Isso faz parte do imaginário da fábula evolucionista.
A família foi projeto de Deus para a vivência do homem na terra. Pai,
mãe e filhos são palavras oriundas da mente de Deus (Gn 2.24).1
A sociedade é formada de famílias. A igreja local é formada de
famílias. Toda sociedade que desvalorizou a família e buscou outras for-
mas de relação social substitutivas, como união de pessoas do mesmo
sexo, corrompeuse e degenerou-se, sucumbindo ao longo da História.
Bem-estar emocional
Marido e mulher complementam-se em suas necessidades emo-
cionais. Nos momentos alegres, compartilham seus sentimentos de
felicidade. Nos momentos tristes ou difíceis, ajudam-se mutuamente,
impulsionados pelo amor conjugal. Pais e filhos, vivendo em família,
sentem-se mais seguros do que pessoas que vivem solitárias.
A sociedade sem Deus aprisiona muitos em estilos de vida espúrios
e depravados. São presos pelos grilhões do relativismo e do humanismo
frio e anticristão. Mas nada pode substituir a família como centro de
apoio e segurança para o ser humano (SI 68.6). E plano de Deus.
A multiplicação da espécie
Um ser humano pode nascer, como fruto de uma violência, de uma
gravidez forçada. Pode nascer de uma união entre um homem e uma
mulher que vivem juntos sem a bênção do casamento. Mas Deus quer
que cada pessoa nasça no mundo, em cumprimento à ordem para o
crescimento e a multiplicação da espécie humana, com base no amor e
na união entre marido e mulher; entre pais e filhos.
O ambiente do lar faz parte do projeto de Deus para a constituição
e desenvolvimento da família. É tão forte esse desígnio que a mulher
estéril, normalmente, aspira ser mãe. E, sendo sua vontade, Deus propi-
cia essa condição. "Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para
sempre; que faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre
mãe de filhos? Louvai ao Senhor! (SI 113.2,9). Notemos a ordem do
texto. Primeiro, "habite em família"; depois, "seja alegre mãe de filhos".
Casais homossexuais jamais poderiam contribuir para a multiplicação
da raça humana. Por isso e por outras razões, tais uniões são consi-
deradas abominação aos olhos de Deus. Não podem ser consideradas
Elinaldo Renovato de Lima. A família cristã nos dias atuais, p. 8.
A FAMILIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
2. A primeira família
Quando Adão recebeu Eva, como resultado da intervenção de Deus
em sua existência, deve ter ficado deslumbrado com sua companheira,
apresentada pelo criador. Não sabemos por quanto tempo viveram como
um casal. Mas, experimentando o relacionamento previsto pelo Criador,
geraram os primeiros filhos. Foram os únicos que não tiveram que dei-
xar "pai" e "mãe" para se unirem e terem filhos (Gn 2.24), formando a
primeira família do planeta.
Se o acordar da anestesia e contemplar a mulher deve ter sido mo-
tivo de admiração e surpresa, imagine-se o que Adão sentiu ao perceber
que no ventre da esposa havia um novo ser em formação. E, mais ainda,
quando o primeiro filho veio à luz! Quando os dois primeiros filhos já
eram jovens ou adultos, Caim matou Abel por inveja da aceitação de
Deus para o sacrifício oferecido pelo irmão.
Outros filhos e filhas nasceram do primeiro casal (Gn 4.25,26).
Adão viveu 930 anos e teve muitos outros filhos e filhas, cujos nomes
não são registrados no Gênesis (Gn 5.4,5). Isso porque a genealogia
bíblica só destaca nomes de personagens que, de forma positiva ou ne-
gativa, têm importância marcante para a trajetória humana e seu papel
na História.
Por razões que só Deus pode avaliar plenamente, em sua divina
onisciência e sabedoria, a primeira família foi vítima do ataque mor-
tal do Maligno. Foi em seu seio que aconteceu o primeiro homicídio;
dos seus primeiros descendentes, que o plano de Deus para o casamen-
to e para a família foi desrespeitado, no que concerne à união familiar,
formada por um homem, uma mulher e seus filhos; primeiro, houve a
bigamia (Gn 4.18,19). Depois, o homem descambou para a poligamia.
Arranjos sociais, inventados pelo homem, em sua condição de rebeldia,
que nunca tiveram a aprovação de Deus. Ele as permitiu, consoante sua
misericórdia e longanimidade.
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FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS
O cuidado de Deus
O cuidado de Deus para com o ser criado foi levado ao extremo
na formação do Éden. Não havia poluição ambiental; o ecossistema era
perfeito; o clima, ameno e confortável, não conhecia diferenças acentua-
das de temperatura, nem calor excessivo, nem frio perturbador, havia no
primeiro lar do ser humano. Os animais faziam parte do habitat
edêni-co. Adão tinha autoridade espiritual e moral sobre todos os seres
vivos. Ele foi criado para ser dominador e cuidador do planeta. Havia
perfeita harmonia entre os seres racionais e os irracionais.
O trabalho no Éden
Deus não pôs o homem no Jardim para ficar ocioso, numa atitu-
de contemplativa das belezas edênicas (Gn 2.15). É interessante notar
que o trabalho, a atividade da mente e do corpo, desde o princípio, foi
2
Ibid.,p.36.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS
Conheceram o medo
Foi a primeira enfermidade que o homem experimentou. Enfermi-
dade ou distúrbio de ordem emocional. As chamadas doenças nervosas
tiveram origem no rompimento da relação direta do homem rebelde e
seu Criador. Qual a família na terra que não experimenta algum tipo de
problema de ordem emocional?
Conheceram a desarmonia
Quando questionado pelo Criador sobre o seu pecado, Adão pôs
a culpa na esposa (Gn 3.12). A mulher pôs a culpa na serpente. Assim,
teve início a tão conhecida "incompatibilidade de gênio", que provoca
desavenças entre casais, com sérias consequências sobre a estabilidade
familiar. Os filhos sofrem ao verem a desunião entre seus pais.
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A FAMILIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
1.Jesus e a família
Nosso Senhor Jesus Cristo valorizou a família. Veio ao mundo atra-
vés de uma família. Além de pais, teve irmãos e irmãs (Mt 13.55-57).
Teve seu crescimento físico, social, intelectual e espiritual no seio da
família (Lc 2.52). No seu ministério, não costumava a hospedar-se em
hotéis, mas desfrutava da hospitalidade de um lar, no meio de uma fa-
mília digna (Mt 8.14; Lc 10.38-42).
Em muitos milagres, demonstrou seu cuidado para com a família
(Mt 8.14-15; Lc 7.12-16). Seu primeiro milagre foi realizado numa festa
de casamento (Jo 2.12). Ensinou-nos a orar, chamando Deus de "Pai
Nosso"(Mt 6.9). Enfatizou o quarto mandamento, mandando honrar pai
e mãe (Mt 15.3-6; Mc 7.10-13). Teve um trato especial com as crianças,
abençoando-as e acolhendo-as de maneira exemplar (Mc 10.13-16).
14
FAMÍLIA, CRIAÇÃO DE DEUS
3. A monogamia declarada
Se no Antigo Testamento a poligamia foi tolerada por Deus, no
Novo Testamento a monogamia é a regra doutrinária. Jesus em nenhum
momento avalizou outra forma de relacionamento conjugal que não
fosse a monogamia. Paulo, usado pelo Espírito Santo, doutrinou de for-
ma clara e cristalina sobre esse tema. Escrevendo à igreja de Corinto,
formada por judeus e gentios convertidos, deixou claro seu ensino a res-
peito das relações conjugais (1 Co 7.1,2). Ele não disse: "cada um tenhas
suas mulheres, ou cada uma tenha seus maridos"; ou, pior ainda: "cada
um tenha seu homem, ou cada uma tenha sua mulher".
4. A preservação da família
O Novo Testamento declara o valor da família de tal forma que
prescreve a manutenção do relacionamento conjugal entre um cristão
e um infiel, nos chamados casamentos mistos, a fim de resguardar a
estabilidade da família. Mais uma vez, foi aos coríntios que ele minis-
trou precioso ensino acerca desse controvertido assunto, dizendo que
o marido crente não deve abandonar a esposa não-crente por causa de
sua conversão, e da mesma sorte, a mulher cristã, em relação ao marido
infiel (1 Co 7.12-14). Note-se a preocupação com os filhos, visando sua
formação espiritual, em santidade, como decorrência da união de um pai
ou mãe crente, mesmo com um descrente. Se não fosse assim, quantas
famílias seriam desestruturadas, se um cristão abandonasse seu cônjuge
por não ter aceitado a Cristo. É a misericórdia de Deus em prática.
l. A família patriarcal
Era o tipo de família por excelência, no princípio da humanidade,
quando esta começou a espalhar-se por muitas partes do globo, após a
Queda. Nesse tipo de família, a figura do pai (patet) tinha um papel bem
definido, como sendo o líder do grupo familiar inconteste, em todos os
sentidos. A mulher era considerada cidadã de segunda categoria. Na
família patriarcal, quase sempre não era observado o princípio da mo-
nogamia, estabelecido por Deus no Éden, quando o homem deixaria pai
e mãe e se uniria à sua mulher (Gn 2.24) para formar o lar e a família.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
2. A família nuclear
Também chamada de "família tradicional", formada por pai, mãe e
filhos, como núcleo familiar (cf. Gn 2.24), em torno do qual se desenvol-
vem os descendentes, parentes e outros que a ela se agregam. É a família
ideal, pois tem origem na mente de Deus, o Criador, e atende a seus pro-
pósitos para o desenvolvimento, o bem-estar e estabilidade social. A biga-
mia, iniciada por Lameque (Gn 4.18,19), evoluiu e deu lugar à poligamia.
3. A família na atualidade
Assim como o casamento, a família, na atualidade, é a instituição
mais visada pelos ataques satânicos. A família nuclear tem sido deprecia-
da pelos intelectuais, por cientistas sociais, todos adeptos do materialis-
mo. Mas os maiores influenciadores para a destruição da família são os
que detêm o poder da mídia. Sem sombra de dúvidas, a mídia secular está
a serviço do Diabo, como instrumento poderoso para a desconstrução ou
destruição dos valores tradicionais, emanados da Palavra de Deus.
A destruição moral de uma sociedade começa pela destruição da
família, que é a sua célula-mãe. Se esta se degenera, e cresce desordena-
damente, surge um câncer moral, que a levará à morte espiritual e social,
como ocorreu com Sodoma e Gomorra.
O justo pode ter pouca força política. Mas pode usar as armas espiri-
tuais de que dispõe (2 Co 10.4). Para tanto, precisa atender aos requisitos
que Deus exige para ouvir suas orações em prol de sua terra (2 Cr 7.14).
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2
O CASAMENTO DE ACORDO COM
A BÍBLIA
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O CASAMENTO DE ACORDO COM A BÍBLIA
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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O CASAMENTO DE ACORDO COM A BÍBLIA
A poligamia no Patriarcado
A nação israelita tem início com Abraão (2.400 a.C), começando o
Período Patriarcal, em que a figura do homem manteve-se como abso-
luta, em termos de importância, em relação à mulher. Cometendo desli-
ze em sua vida, deu mau exemplo, unindo-se a uma serva, por sugestão
de sua própria mulher, que era estéril; era a bigamia e o concubinato le-
gitimado, na família do "pai da fé" (Gn 16), trazendo sérios transtornos
familiares, históricos e espirituais.
Na época de Isaque (1860 a.C), ao que tudo indica, havia muito res-
peito, no seio da família, aos costumes adotados pelo patriarca Abraão.
Isaque, já com 40 anos, teve sua esposa escolhida pelo próprio pai, entre
os seus parentes que habitavam em Naor (Gn 24). Em Gerar, Isaque
sofre a mesma ameaça da lascívia, que seu pai sofrera e vê sua esposa
cobiçada por Abimeleque (Gn 26.1-11).
Porém, na época de Jacó (1750 a.C), ele casou-se com Raquel, sua
amada. Mas foi forçado a ser bígamo pelo próprio sogro. Como Raquel
era estéril, Jacó, aproveitando os costumes orientais, uniu-se às suas ser-
vas, Bila e Zilpa, e teve, juntamente com sua esposa Leia, dez filhos com
elas, e mais dois filhos com Raquel, quando esta foi curada da esterilida-
de (Gn 29.32-35; 30.1-26). Jacó, o patriarca que deu origem às tribos de
Israel, foi polígamo (Gn 29.21-23; 28-31; 30.1-10).
Noé, ao que tudo indica, não entrou na onda da poligamia. Obedeceu
ao plano de Deus para o casamento, mantendo-se casado com uma única
esposa (Gn 7.7), apesar da corrupção geral do gênero humano (Gn 6.2).
A degeneração moral era tanta, que Deus resolveu destruir a humanidade
de então (Gn 6.5-7).
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
excessiva vaidade de ter um dos maiores haréns do Oriente. Foi o seu fim!
Seus sucessores seguiram o caminho da poligamia.
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O CASAMENTO DE ACORDO COM A BÍBLIA
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A FAMÍUA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
II - O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
O Diabo e seus simpatizantes tremem e se revoltam quando a Igre-
ja de Nosso Senhor Jesus Cristo defende os princípios bíblicos quanto à
sexualidade. Para sua própria condenação, pastores em vários lugares no
mundo têm feito concessões a Satanás no que tange ao relacionamento
matrimonial, admitindo a homossexualidade ou a chamada
"homoafe-tividade". Maior condenação terão aqueles que se dizem
cristãos e procuram justificar o homossexualismo, com base em falsas
interpretações dos textos bíblicos. Para Deus, no Antigo e no Novo
Testamento, o casamento só é legítimo e com amparo Lei divina, se
atender ao princípio inegociável da heterossexualidade.
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O CASAMENTO DE ACORDO COM A BÍBLIA
2. O primeiro casamento
Após criar o homem, Deus concluiu que não seria bom ele viver na
solidão. Poderia ter criado outro "Adão" para viver com ele na chama-
da "união homoafetiva". Estaria resolvido o problema da solidão. Mas
Deus não cogitou a homossexualidade. A solução de Deus foi criar um
ser humano, de sexo diferente, para viver ao lado do homem (Gn 2.18).
E criou a mulher, a partir de uma costela de Adão.
Os ímpios chamam isso de fábula, de "conto de fadas"; falsos teólo-
gos chamam de "mito da Criação". Por quê? Porque para eles Deus não
"criou" o homem conforme o Gênesis. O homem surgiu de uma ameba,
evoluiu até ser macaco, tudo por acaso, e chegou a ser o 11homo sapiens'.
Mas Deus criou o homem das substâncias da terra, e a mulher, a partir
de parte do homem. Creiam ou não os materialistas.
Após criar a mulher, Deus a apresentou ao homem, e este, extasiado
exclamou: "Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne;
esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn 2.23).
Aí temos o relato do primeiro casamento. Deus foi o oficiante. O Pai,
o Filho e o Espírito Santo concelebraram as primeiras núpcias. Os se-
res celestes foram testemunhas. A certidão de casamento é o relato de
Gênesis 2.18-24. Nesse casamento, de origem divina, não vemos lugar
para a "união civil entre pessoas do mesmo sexo", nem espaço para a
"união estável", nem "entidade familiar" homossexual. Os legisladores,
os juristas, educadores, sociólogos, psicólogos e outros aprovam esse tipo
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
1. uma só carne
No plano de Deus para o casamento, Ele previu a união duradoura
entre o esposo e a esposa, durante toda a vida em comum (Gn 2.24). O
Criador planejara a vida eterna para o ser humano. Em consequência, a
união matrimonial seria eterna.
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O CASAMENTO DE ACORDO COM A BÍBLIA
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3
AS BASES DO
CASAMENTO CRISTÃO
o
casamento cristão deve ser construído sobre as bases do amor a
Deus e do amor conjugal verdadeiro. É a única forma de união consagrada
por Deus para a constituição da família, objetivando o bem-estar do ser
humano em todos os aspectos da vida. Foi o próprio Deus que instituiu o
matrimônio, no Éden, como já vimos. Na Bíblia, vemos o casamento eleva-
do a um nível bem alto, como observamos em Hebreus 13.4.
Por ser uma instituição criada por Deus, para atender seus propósitos
quanto às finalidades divinas para a existência do homem na Terra, não
é de admirar que o matrimônio tem sido atacado de maneira constante,
sistemática e violenta. A exemplo do "ladrão", que só vem "a roubar, a ma-
tar e a destruir" (Jo 10.10), Satanás luta diuturnamente para prejudicar o
plano de Deus para a vivência do ser criado à sua imagem e semelhança.
A História, e mais claramente a História Contemporânea, de-
monstra de forma inequívoca que o casamento é um dos alvos prefe-
renciais das forças satânicas. Sob o pretexto de "evolução", "progresso" e
"avanços sociais", novas formas de união têm sido inventadas e aceitas
pela sociedade sem Deus. Mas os cristãos devem preservar e cultivar o
matrimônio monogâmico e heterossexual, como uma bênção de Deus
para a humanidade.
AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
1. A vontade permissiva
Como expressão da vontade do Criador, Ele disse, no princípio de
todas as coisas, que o homem deveria deixar seu pai e sua mãe e unir-se à
sua mulher, a ponto de ser "uma só carne" com ela (Gn 2.24), o que ocor-
re no ato sexual. Essa vontade de Deus é para todos os homens, crentes
ou não crentes, santos ou ímpios, evangélicos ou não. Por quê? Porque
faz parte de seu plano divino que a humanidade cresça e se multiplique,
através da união legítima entre um homem e uma mulher, como vimos
no capítulo anterior. A vontade de Deus é que um homem se case com
uma mulher, para formar um lar e uma família, conforme os ditames de
sua santa Palavra.
Face essa "vontade permissiva" de Deus, Ele não interfere nem
di-reciona um homem para uma mulher. Ele permite aos homens em
geral que ajam conforme suas vontades, até mesmo para praticarem atos
contrários à vontade do Senhor. Assim, cada pessoa tem o direito de,
usando o seu livre-arbítrio, fazer as escolhas que lhe convier para
sentir-se bem na união matrimonial. A vida nos mostra que Deus
considera e valoriza o matrimônio, tendo ele sido celebrado numa igreja
evangélica ou não, desde que subordinado à lei civil, representada
pelas autoridades que têm competência para realizar o matrimônio. A
igreja cristã não rejeita um casal, pelo fato de ter sido unido, em
cerimônia legal, num templo de outra religião. Salvo se tal religião
praticar ritos que possam ser considerados diabólicos.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
2. A vontade diretiva
Esta é diferente da vontade permissiva. É a vontade de Deus, segun-
do a qual Ele pode agir, de modo impositivo ou diretivo, para alcançar
seus objetivos divinos em relação ao universo e aos homens como agentes
livres. Com essa vontade, Deus também pode direcionar pessoas; criar
situações; promover circunstâncias, seja por sua decisão própria, ou para
atender solicitações e propósitos de pessoas, especialmente de seus servos
e servas, que procuram viver de acordo com seus princípios elevados.
Dentro desse contexto, como Deus usa a vontade diretiva para o
casamento? Será que Ele escolhe o "irmão fulano" para ser esposo da
"irmã fulana"? E se esse irmão resolver casar com a "irmã sicrana", pode
contrariar a vontade de Deus? Essas questões parecem simples, porém
são mais comuns do que se poderia imaginar. No aconselhamento pas-
toral, ou em seminários para a juventude, é comum ser encaminhada
questão desse tipo: "Pastor, como podemos saber se uma pessoa com
quem namoramos, ou noivamos, é a pessoa escolhida por Deus para
nós?"; ou: "como podemos saber se o casamento é da vontade de Deus?".
Notadamente os jovens querem uma resposta definida para essas
questões, que são motivo de inquietação para muitos que estão na fase
de tomar decisões importantes em suas vidas, principalmente em rela-
ção ao casamento. De tanto verem fracassos matrimoniais, nas igrejas
ou em suas famílias, há rapazes e moças que têm receio de casar. Há os
que namoram e até noivam, e terminam o relacionamento por não se
sentirem seguros quanto à vontade de Deus nesse terreno. Em nosso
aconselhamento aos jovens, procuramos dar-lhes algumas orientações
que servem de pistas para suas decisões em termos de namoro, noivado
e casamento. A seguir, alguns indicadores da vontade de Deus.
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As BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
O comportamento pessoal
Referimo-nos ao comportamento ou ao testemunho da pessoa. Se
uma jovem namora um rapaz e quer saber se esse namoro é da vontade
de Deus; ou é noiva e quer saber se o noivado é da vontade de Deus, com
vistas a um provável casamento, deve levar em conta com muito cuidado
o testemunho do jovem. Da mesma forma, um rapaz cristão deve avaliar
o testemunho de sua namorada ou noiva, para saber se é da vontade de
Deus que se case com ela. Parece simples, mas não é. E indispensável
observar o comportamento do outro na família, no relacionamento com
os pais; o comportamento do outro para com os pastores, a igreja, o tra-
balho. Se um jovem ou uma jovem não respeita os pais, como respeitará
seu cônjuge? Como respeitará o pai ou a mãe de seus filhos?
Um casamento não pode ser da vontade de Deus se o namoro e o
noivado são marcados pela prática de atos que ofendem à santidade de
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
vida está "insuportável" ao lado da esposa, Satanás fica torcendo pelo pior,
e faz com que aquelas "coisinhas" pareçam montes intransponíveis.
O esposo cristão quer exigir da esposa o cumprimento fiel de todos
os seus deveres, sem faltar nada. Porém, muitas vezes, não cumpre os
próprios deveres para com ela, conforme a Bíblia manda. Será que, por
causa de qualquer coisa, Cristo irrita-se com a Igreja? Certamente não.
Se assim fosse, onde estaríamos nós? Do mesmo modo, é necessário o
esposo cristão evitar as irritações com a esposa. Como isso é possível?
Parece-nos que, com poucas medidas simples, torna-se viável vencer a
tentação das irritações:
• O esposo deve orar com a esposa todos os dias.
• O esposo deve ler a Bíblia ao lado da esposa.
• O esposo deve manter diálogo constante com a esposa sobre as
coisas do lar.
• Quando algo estiver errado, o esposo deve conversar sobre o as
sunto com compreensão. Pedir sugestões à esposa sobre a melhor
maneira de, juntos, resolverem o problema.
• Ambos devem dar graças a Deus pelos problemas. Eles tendem a
desaparecer quando ações de graças sobem aos céus (1 Ts 5.18).
• Ambos devem procurar cultivar o verdadeiro amor.
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AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
Deus não mais aceitava as ofertas do povo, pelo fato de haver des-
lealdade entre esposos e suas respectivas esposas. Quando os cristãos se
casam dentro da vontade divina, Deus se faz presente na cerimônia, e
se torna testemunha divina daquela união, daquele compromisso, assu-
mido perante a autoridade pastoral que Deus confere aos ministros do
evangelho. Eles representam Deus no casamento. Quando os crentes se
casam, assumem o compromisso, perante Deus, perante sua Igreja, pe-
rante as testemunhas e perante a sociedade, perante a lei civil que regula
o matrimônio. O casamento não deve ser visto como um "contrato".
Contrato tem cláusulas, que podem sofrer modificações mediante
o instrumento de aditivo contratual. No casamento não há aditivo. Há
pacto solene, celebrado perante o criador do casamento. Os contratos
têm prazo de vigência. O casamento é uma aliança, que deve perdurar
"até que a morte os separe". E, para que isso ocorra, é indispensável a
fidelidade entre os cônjuges.
Estatísticas oficiais demonstram que o número de divórcios entre
os evangélicos está quase equivalente ao índice de divórcios entre os
cônjuges descrentes. Esse é um fenômeno dos tempos pós-modernos.
Há algumas décadas, pouco se falava em divórcio entre cristãos. Mas,
nos últimos tempos, as separações têm ocorrido com frequência acen-
tuada nas igrejas. Por quê? Por vários motivos. Um deles, talvez o mais
terrível, seja o da infidelidade, do adultério, do homossexualismo, e de
outros pecados graves, cometidos contra a Lei de Deus.
Ultimamente, há inúmeros casos, no seio das igrejas, de casais em
crise conjugal. Alguns não se separam por mera conveniência, mesmo
sendo vítima de infidelidade conjugal. Uns não querem divorciar-se
porque aspiram ao ministério. E precisam manter-se casados, mesmo
que haja uma união de fachada. Isso não condiz com o caráter cristão.
Para evitar a infidelidade, é necessário que o casal se mantenha de-
baixo da orientação da Palavra de Deus. O esposo, amando sua esposa
de todo o coração, como Cristo à Igreja. A esposa, amando o esposo da
mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor. Em termos práticos, é ne-
cessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para que as ervas
daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos cônjuges.
E bom que os cristãos casados saibam que a santidade do cristianismo
não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de amor, de
alegria, de paz, de carinho, de afeto. O leito conjugal precisa ser bem apro-
veitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
fator de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual. Deus
se agrada da união entre os casados, especialmente entre cristãos (Hb 13.4).
Reconhecemos que há muita infidelidade que começa por mera
tentação, para o que o outro cônjuge, às vezes, em nada contribui. Mas
havemos de reconhecer que o casal bem unido em torno do Senhor Je-
sus terá condições de vencer o Inimigo. Paulo doutrinou bastante sobre
o assunto (1 Co 3.16,17, por exemplo).
O homem, ou a mulher cristã, deve tomar em consideração esta ad-
vertência solene e grave da Bíblia: Se alguém destruir o seu próprio cor-
po, pelo pecado, Deus o destruirá. Mais clara ainda é a exortação quando
lemos o trecho de 1 Coríntios 6.18-20. O corpo não é nosso propria-
mente, pois somos propriedade de Deus. Não somos de nós mesmos.
Esta constatação é extraordinária. Para aceitá-la, é preciso que tenhamos
a consciência espiritual em harmonia com a mente de Deus. Diante dis-
so, o casal cristão não pode adulterar, nem usar o corpo de qualquer ma-
neira no leito conjugal, para não cometer infidelidade no uso do "templo
de Deus". A prática do sexo, fora do que é natural, como por exemplo a
sodomia e outras aberrações sexuais, é profanação do "templo de Deus".
Um casal bem ajustado espiritual e fisicamente não necessita re-
correr a práticas eróticas desrespeitosas no leito conjugal. Havendo o
verdadeiro amor, não haverá frieza sexual. Haverá interesse, atração de
um pelo outro; haverá prazer no ato. É necessário evitar a infidelidade
sob qualquer forma ou pretexto. Quem é fiel ao seu cônjuge é fiel, acima
de tudo, a Deus, o criador do casamento.
38
As BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
córdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (v.
14b,15). E uma forma de linguagem bíblica, em que o escritor afirma,
interrogando. Na verdade, ele quer dizer que não pode haver comunhão
entre "a luz", o servo de Deus e "as trevas", o descrente com seu estilo
carnal, mundano e contrário à palavra de Deus.
"Que concórdia há entre Cristo e Belial?", pergunta Pau-
lo. Num namoro, noivado, ou num casamento, entra em cena Cris-
to e Belial? A princípio, não parece haver tal situação. Mas se pen-
sarmos bem, entendemos que sim. O cristão, solteiro ou casado,
deve ser "templo do Espírito Santo" (1 Co 6.19), na comunhão com
Cristo. O descrente não tem o Espírito de Deus. Ele tem outro espírito,
ou outros espíritos, tipificados em "Belial". Dessa forma, o Espírito que
habita no crente fiel não pode ter "concórdia" com o espírito que habita
no descrente. Não pode haver comunhão.
O apóstolo é mais claro, quando indaga: "Ou que parte tem o fiel
com o infiel? (v. 15 b). O fiel é aquele que aceitou a Cristo como seu
salvador, que foi lavado e remido pelo sangue de Cristo, que tem seu
nome escrito no Livro da Vida. O infiel é aquele que, mesmo sendo edu-
cado, fino, de boa família, um bom cidadão, não é um servo de Cristo. E
bom cidadão do mundo, mas não é cidadão do céu. Ele acrescenta: "E
que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o
templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles
andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" (v. 16). Um casa-
mento, fruto de um namoro e de um noivado, de um fiel com um infiel
não pode ser da vontade Deus.
Muitos têm pago um preço muito alto por desprezarem esse ensino
da Palavra de Deus. Entendendo que, na igreja local, não há um jovem
ou uma jovem para namorar, noivar e casar, acabam envolvendo-se com
colegas de trabalho, da escola, da faculdade; com um parente simpático;
com um amigo bonito; ou uma amiga agradável, porém não crentes.
Isso pode ter sua lógica, no aspecto humano. Mas, na visão de Deus, é
desobediência a seus princípios. Alguns, por misericórdia de Deus, es-
capam de maiores consequências. Outros, infelizmente, afundam num
casamento infeliz, sem união, sem amor, sem paz, sem a bênção de Deus.
E melhor ficar solteiro, ou solteira, do que ter um casamento sem a
presença de Deus.
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A FAMÍLIA SOB ATAQUE
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3 Antiga FEBEM.
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buscar a Deus. Isso depende primeiro de Deus, visto que, sem Ele, nada
podemos fazer. Ele é o "que opera em vós tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade" (Fp 2.13). Em segundo lugar, depende dos
líderes, dos obreiros, dos pastores, dos líderes de mocidade. Esses preci-
sam da unção de Deus para trabalhar com adolescentes, servindo-lhes
de exemplo e de referência.
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A FAMÍLIA SOB ATAQUE
III - PORNOGRAFIA
Pornografia "é a representação, por quaisquer meios, de cenas
ou objetos obscenos, destinados a serem apresentados a um públi-
co e tainbém expor práticas sexuais diversas, com o intuito de des-
pertar desejo sexual no observador. O termo deriva do grego pórne,
5
"prostituta", grafé, representação". Em décadas passadas, repre-
sentações pornográficas se limitavam a revistas, vendidas de modo
discreto, em livrarias ou pequenos estabelecimentos que distribuem
material de divulgação.
Mas, com o advento da internet, a pornografia tomou proporções
mundiais e fora de qualquer controle. O que só seria possível ver em fil-
mes, chamados "pornô", em sessões de cinema para adultos, está à dis-
posição de crianças, adolescentes e jovens, na tela dos computadores. As
imagens pornográficas em filmes e DVD's são engodos, ou iscas para ado-
lescentes, jovens e adultos, que se deixam dominar pelos instintos carnais
descontrolados. E muitos se tornam viciados, a tal ponto de haver clínicas
especializadas em tratar pacientes com esse distúrbio. As famílias que ser-
vem a Deus têm fundamentos sólidos para vencer essa onda maligna de
pornografia, que tem destruído casamentos e lares cristãos.
5
PORNOGRAFIA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pomografia. Acesso em 04/04/ 2012.
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A FAMÍLIA SOB ATAQUE
IV - DROGAS
A família tem sido atacada no lado espiritual com as investidas sa-
tânicas que propõem a sua destruição, com novas formas de "configura-
ções familiares", incluindo as chamadas "uniões homoafetivas", conde-
nadas pela Palavra de Deus.
Mas há também outros ataques, de ordem espiritual e social. Os
vícios têm sido agentes do Maligno, para destruir vidas preciosas. Pais
de família são levados à morte precoce, por causa do tabagismo, do al-
coolismo e dos tóxicos.
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A FAMÍLIA SOB ATAQUE
o fumo é uma droga, que destrói a saúde dos jovens, e de todas as pes-
soas dominadas pelo assassino silencioso.
V-DELINQUÊNCIA
Delinquência significa o "ato de delinquir", ou o "estado do delin-
quente". E a prática costumeira de delitos, que podem ser contra a pes-
soa, contra a propriedade, sem conotação política. Na sociedade atual, a
delinquência tem aumentado significativamente. A cada dia, os roubos,
os furtos, as agressões e as práticas nocivas fazem parte constante do
noticiário em todos os meios de comunicação. Praticamente, não há um
só dia, em que não se divulguem notícias de delitos sociais. Sintoma de
uma sociedade doente, espiritual, moral e socialmente que rejeita
aquE-le que pode trazer paz ao homem, ao "Príncipe da Paz" (Is 9.6),"...
o Desejado de todas as nações" (Ag 2.7). Os governantes, os legisladores
e os juristas aprovam medidas que afrontam a Lei de Deus. O resultado
não pode ser outro, a não ser uma nação degradada espiritual e
moralmente.
O poder transformador da Palavra de Deus é capaz de livrar a fa-
mília dos efeitos perniciosos da maldade humana. Num lar cristão, que
se pauta pelos ensinos da Bíblia, seguramente, há muito mais probabili-
dade de haver pessoas ajustadas, equilibradas, que busquem a harmonia
e o bom relacionamento entre os seus semelhantes. Mas as autoridades
públicas não valorizam a Palavra de Deus, por entenderem que se trata
de um livro de religião, e o "Estado é laico". De fato, o Estado deve
ser laico. Quando o Estado é religioso, ou teocrático, a História tem
mostrado que se cometem terríveis injustiças, como acontece em países
orientais, dominados por religiões sectárias.
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CONFLITOS NA FAMÍLIA
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
1. Temperamentos diferentes
Os psicólogos que aceitam a teoria dos temperamentos enten-
dem que temperamento "...é a combinação de características inatas
que herdamos dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam
1
o nosso comportamento". Numa conceituação livre, podemos dizer
que temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos diver-
sos estímulos e situações que se nos apresentam em nossa vida diá-
ria. Segundo a teoria, há quatro temperamentos: sanguíneo e colérico
(extrovertidos); melancólico e fleumático (introvertidos). Segundo
essa teoria, muito antiga, todas as pessoas têm virtudes (ou qualida-
des) e defeitos.
No caso dos cônjuges cristãos, eles não estão isentos das diferen-
ças de temperamentos ou diferenças pessoais. Tais diferenças têm forte
componente genético adquirido dos pais. Se um esposo é colérico, bas-
tante enérgico, decidido, no lado das qualidades; pode ter problemas no
relacionamento conjugal, se deixar se dominar pelos seus defeitos de
prepotência, impaciência e insensibilidade diante de uma esposa que é
muito sensível e minuciosa. O colérico quer fazer tudo à sua maneira
e com rapidez em suas decisões. Se a esposa fleumática deixar se levar
pelos defeitos de temperamento, com egoísmo e inflexibilidade, poderá
haver sérios conflitos no lar.
A mesma análise, confrontando virtudes e defeitos dos demais tem-
peramentos, pode ser aplicada ao relacionamento conjugal. O desejável
é que haja compreensão e amor no relacionamento entre cônjuges. O
colérico, que deseja tudo com muita rapidez, deve compreender sua es-
posa fleumática, que gosta de ver as coisas com mais calma e minúcias.
Sem amor não é possível um entendimento saudável. Em todos os casos,
0 que deve prevalecer, no lar, é o entendimento, a harmonia conjugal
(SI 133.1). Os casais cristãos são formados por "irmãos" em Cristo. E
precisam saber viver com harmonia.
' O que é Temperamento: Disponível em http://educamais.com. Acesso em 17/04/2012.
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CONFLITOS NA FAMÍLIA
3. Dívidas
As dívidas, como inimigos do lar, são aquelas efetuadas sem contro-
le, além das possibilidades da renda familiar. Essas, dentre outras coisas,
trazem consequências negativas e podem ser causa de conflitos conjugais.
Uma pessoa endividada fica intranquila, pensando no compromisso não
saldado. Muitos ficam sofrendo de doenças nervosas por causa de dívidas.
As dívidas, contraídas além das possibilidades do casal, perturbam
o relacionamento, gerando muitos conflitos. Quando um dos cônjuges
resolve intervir, reclamando cuidado com as finanças do lar, o outro se
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CONFLITOS NA FAMÍLIA
5. Tratamento grosseiro
O lar deveria ser sempre um ambiente de paz, união e harmonia
no relacionamento entre seus integrantes. Mas, infelizmente, há lares
que se comparam à praça de guerra, de lutas e desentendimentos. Um
dos motivos para a infelicidade, no seio do casamento e da família, é o
tratamento indelicado, grosseiro e descortês. Um lar em que a família se
trata assim não deve ser chamado de lar cristão.
Onde Cristo habita, deve haver amor, compreensão, respeito, diá-
logo e tratamento cordial. Onde Cristo habita, existe a prática do fruto
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CONFLITOS NA FAMÍLIA
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6
OS PERIGOS DO ADULTÉRIO
redor, para lhes atender às suas alegadas necessidades sexuais. Mas tal
permissibilidade contrariava o plano original do Criador: a união con-
jugal entre um homem e uma mulher (como já foi visto em reflexão an-
terior). Assim, só adulterava, no Antigo Testamento quem perdia todo o
senso de ética, de domínio próprio, e de santidade.
No Novo Testamento, percebe-se que Deus mudou o seu trata-
mento para com a questão da fidelidade conjugal. Nos Evangelhos, não
há uma só referência à poligamia, à bigamia, ou a qualquer outro tipo
de arranjo para o casamento, com aprovação do Senhor Jesus Cristo.
Quando ele responde aos fariseus, acerca do divórcio (Mt 19.1-12),
o Mestre vai buscar, na origem de tudo, a base para a união conjugal,
reafirmando o plano original do Criador (Gn 2.24). Uma só carne não
é uma união emocional, espiritual, em que com as orações um santifica
o outro. É a relação sexual entre o esposo e a esposa. Deus vê, no ato
conjugal, uma união tão completa, que a define como sendo "uma só
carne". Através desta é que o cônjuge crente santifica o outro, mesmo
que este não seja um cristão (1 Co 7.14). O texto refere-se à santifica-
ção do corpo apenas.
Em sua doutrina sobre o divórcio, no mesmo texto, Ele mostra a
monogamia, a união heterossexual, e o valor da fidelidade conjugal: "Eu
vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por
causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar
com a repudiada também comete adultério" (Mt 19.9 — grifo nosso). A
expressão sublinhada "sua mulher" e casar "com outra" é a reafirmação de
Cristo quanto ao casamento monogâmico. Ele não diz "suas mulheres",
ou casar com "outras mulheres", o que reforça a visão sobre a união con-
jugal. Mesmo havendo o divórcio, Ele confirma que aquele que "casar
com outra" comete adultério, se não for por infidelidade.
Esse texto mostra, de igual modo, o efeito espiritual, moral, ético e
social do adultério. E uma quebra tão terrível da aliança do casamento,
que destrói os laços espirituais e morais do matrimônio. Quando há
infidelidade, quando há adultério, se não houver o perdão, se não hou-
ver o arrependimento sincero do cônjuge infiel, se não houver condição
emocional para a convivência, o casamento acaba; a aliança é rompida.
Só um milagre no coração do cônjuge traído pode fazer com que aceite
a restauração dos laços emocionais e espirituais, estraçalhados por um
ato (ou muitos) de infidelidade por parte do seu cônjuge.
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OS PERIGOS DO ADULTÉRIO
I - CAUSAS DO ADULTÉRIO
A palavra adultério vem do latim, adulterium, que tem o sentido de
"dormir na cama alheia". E a relação sexual entre pessoa casada, com ou-
tra que não é o seu cônjuge. A sociedade sem Deus admite uma "união
estável", sem o respaldo espiritual e formal de duas pessoas, inclusive de
caráter homossexual. Muitos veem o casamento apenas como um con-
trato com prazo de validade. Visão curta e secularista.
Mas, quando uma pessoa se casa, principalmente, se é cristã, o faz na
igreja, perante o ministro oficiante, e declara, perante Deus, perante a igreja,
perante as testemunhas, que representam a comunidade, faz votos de
fidelidade, assumindo o compromisso de ser fiel até que a morte os separe.
Quando há infidelidade, há uma quebra da aliança matrimonial, com fla-
grante desrespeito à autoridade de Deus, e a seu plano para a formação do
lar e da família. Que Deus abençoe os lares cristãos, e os casais, unidos, em
Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, respeitem a aliança firmada
diante de Deus. Se não casa na igreja local, ainda assim, perante Deus, há
uma aliança a ser respeitada, sob pena da reprovação divina.
1. DE ORDEM ESPIRITUAL
a) Quebra do mandamento divino. A infidelidade não acontece por
acaso. Ê um processo, que pode começar com pequenas coisas, que vão
de encontro aos princípios espirituais para o matrimônio. E pode come-
çar antes do casamento. Se um casal de jovens desobedece à Palavra de
Deus, no namoro ou no noivado, está lançando as sementes daninhas
que gerarão um casamento infeliz. Durante o casamento, se o casal não
valoriza os princípios de Deus para a família, e desobedece a sua doutri-
na, está edificando sua casa sobre a areia (Mt 7.26).
Viver a vida a dois, com amor, dedicação um ao outro, com fideli-
dade, parece que não é estimulante. Mas trair, prevaricar, ter novas expe-
riências amorosas, isso agrada à carne. E terrível saber que a influência
de novelas e seriados tem tanto poder sobre a mente das pessoas, até
mesmo de evangélicos. São inúmeros os casos em que essa influência
diabólica tem sido fator que contribui para a infidelidade. Isso se deve à
banalização da infidelidade, na mídia.
A condenação de Deus ao adultério foi expressa, solenemente, pelo
Senhor, quando Ele chama a atenção dos sacerdotes para a calamitosa
situação espiritual deles próprios e da nação de Judá (Ml 2.13-15).
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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Os PERIGOS DO ADULTÉRIO
2. DE ORDEM COMPORTAMENTAL.
a) Falta de comunicação entre marido e mulher. A falta de comuni-
cação entre o marido e sua esposa tem sido uma das principais causas
eficientes para o desgaste em seu matrimônio. O corre-corre do dia, os
estresses do trabalho, os excessos de atividades ministeriais, com adminis-
tração, viagens, compromissos diversos, atendimento pastoral, visitas pas-
torais, muitas vezes, não deixam tempo para o obreiro dedicar-se à esposa.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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Os PERIGOS DO ADULTÉRIO
II - CONSEQUÊNCIAS DO ADULTÉRIO
1. Morte espiritual
O sábio Salomão, usado por Deus, exortou e advertiu quanto aos
perigos do adultério. Sua palavra era a Palavra de Deus convocando
seus filhos à vigilância contra a infidelidade conjugal. Com um realismo
extraordinário, o Senhor verberou contra a prática pecaminosa, reco-
nhecendo que "os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o
seu paladar é mais macio do que o azeite" (Pv 5.3).
A experiência humana demonstra que o sexo ilícito tende a provo-
car mais prazer do que o sexo lícito do esposo com a esposa. Ao longo
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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Os PERIGOS DO ADULTÉRIO
4. Desestruturação familiar
A família sempre foi considerada a célula-máter da sociedade.
Um país que valoriza a família, certamente tem alicerces morais e
éticos mais fortalecidos. Infelizmente, no Brasil, a família está sendo
atacada de modo impiedoso, tanto do lado espiritual, pelas forças dia-
bólicas, quanto pelas forças das instituições que, guiadas por filosofias
materialistas, atentam contra a estrutura familiar. Esses são ataques
externos à família.
O adultério é um ataque direto à organização familiar. Quando um
cônjuge adultera causa terrível transtorno à sua família. Em primeiro
lugar, atinge ao cônjuge. Em segundo lugar, aos demais membros da
família, principalmente aos filhos, que ficam confusos e perplexos por
saber que o pai ou a mãe foi infiel, traindo a confiança matrimonial e dos
filhos. O adultério mina o edifício da família em sua base, que é a con-
fiança do esposo na esposa, e dos filhos nos pais. Em quem confiar, se
os líderes traem um ao outro? O resultado dessa quebra de confiança é
a tristeza, a decepção e a revolta dos filhos. Muitos, não tendo estrutura
espiritual e emocional, enveredam por caminhos perigosos, envolvendo-
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A FAMIUA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
1. Estratégias espirituais
São ações ou atitudes, próprias e indispensáveis para qualquer pes-
soa que deseja servir a Deus e ter uma vida que honre e glorifique ao
Senhor, num processo de preparação para a vida eterna com Cristo. Sem
isso, é impossível ser vencedor contra as "astutas ciladas do diabo" (Ef
6.11). Aplicadas ao relacionamento conjugal, são verdadeiras salvaguar-
das do casamento.
a) Orar sempre. Não há como escapar, como diz certo ditado cris-
tão: "Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma
oração, nenhum poder". É simplista? Pode ser. Mas é real. Jesus mandou
vigiar e orar para não cair em tentação (Mt 26.41). O que levou o rei
Davi a cometer pecados tão ignominiosos, a ponto de adulterar com a
esposa de um soldado do exército que defendia seu reino e sua vida?
Pior ainda: o que o levou a perder todo o senso de respeito e conside-
ração pelo general Urias, quando mandou chamá-lo de volta para casa,
após usar a esposa do amigo? E vendo que sua artimanha não funciona-
va, mandou-o de volta à batalha, levando a própria sentença de morte
em mãos? Não foi falta de mulheres. Ele, o rei, tinha nada menos que
sete mulheres e dez concubinas.
O que derrotou Davi foi a falta de oração. Enquanto o exército
de Israel lutava, ele passeava no terraço do palácio, ocioso. Deveria, ao
levantar-se do repouso merecido, ter ido orar pelo seu povo, pelos solda-
dos, que expunham a sua vida, defendendo o reino. Mas não o fez. Não
orou. Não vigiou (2 Sm 12.7-14). Deixou-se levar pela concupiscência
da carne, e da indução do Diabo para cometer atos tão vis, que se tor-
naram símbolo da falta de honradez e dignidade para um homem que
fora chamado de "homem segundo o coração de Deus", na inferência
do texto em que Deus reprova Saul, por sua desobediência e promete
levantar um sucessor que seria do seu agrado (1 Sm 13.14).
Orar é tão necessário quanto comer, tomar água, repousar e exercitar
o corpo. Orar é o respirar da alma. Se uma pessoa passar mais de três
minutos sem respirar, seu cérebro sofrerá lesões que podem ser irreversí-
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Os PERIGOS DO ADULTÉRIO
veis, e até morrer. Sem oração, certamente, advirão "lesões" espirituais que
podem levar à morte. Ninguém consegue vencer as tentações, os ataques
malignos contra a vida, o lar, o ministério, o casamento, sem oração.
2. Estratégias humanas
O lado humano da vida é tão importante quanto o espiritual. Não
adianta somente orar e vigiar. Se não houver ações, gestos e atitudes hu-
manas, necessárias para um bom relacionamento conjugal, o fracasso do
matrimônio poderá ocorrer. São recomendações simples, mas indispen-
sáveis para uma verdadeira harmonia conjugal, que representa baluartes
contra a infidelidade sorrateira, que é usada pelo Maligno para destruir
casamentos, lares e famílias.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
como fotos. Evitar envolvimento com pessoas da igreja, que possa cau-
sar prejuízo ao ministério e ao casamento. No aconselhamento, no caso
de obreiros, ter muito cuidado para não envolver-se com mulheres que
estão em dificuldade matrimonial. Vários obreiros já caíram, por não
terem vigiado nessa parte.
c) União com a esposa (1 Co 1.10). Essa união deve ser, não só espi
ritual, mas amorosa, afetiva; o esposo deve, não só amar sua esposa, mas
saber demonstrar esse amor através de afeto, carinho, palavras (Ct 4.1,0;
Pv 31.29); e investir na intimidade com a esposa, não só com palavras,
mas de modo concreto, com gestos, abraços, carícias (1 Jo 3.18; 1 Pe
3.8). E preciso manter o namoro no casamento. O amor deve ser o elo
principal no relacionamento entre o marido e sua esposa, e vice-versa.
Se não houver amor, tudo pode desabar. Esse amor deve ser dominado
pelo amor "ágape" (cf. 1 Co 13).
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Os PERIGOS DO ADULTÉRIO
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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Capitulo
7
O DIVÓRCIO E SUAS
CONSEQUÊNCIAS
o
divórcio é permitido por Cristo como uma exceção, ante à práti-
ca da infidelidade, que quebra a aliança matrimonial. O tema do divórcio
talvez seja um dos mais discutidos e pouco resolvidos no meio das igrejas
evangélicas. De um lado, há os que não o aceitam em qualquer hipótese,
entendendo a indissolubilidade do casamento de modo radical. Por outro
lado, há os que o aceitam, sob determinadas circunstâncias, buscando
base para tal entendimento na Bíblia Sagrada, como regra de fé e prática.
E há os que são liberais, admitindo o divórcio em qualquer situação.
I - O QUE É O DIVÓRCIO
O divórcio é o rompimento da aliança, celebrada diante de Deus,
perante um ministro, ou autoridade eclesiástica ou diante da sociedade,
representada pela autoridade civil, encarregada de oficiar o casamento.
Na prática, é a expressão marcante da falta de amor, de entendimento,
de união e de fidelidade conjugal. Todo divórcio deixa marcas profundas
nos que são alcançados por essa medida de caráter radical. Os que mais
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
sofrem são os filhos, que não entendem porque seus pais não conseguem
viver juntos, em amor, cuidando da missão de zelar pelo lar e pela família.
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O DIVÓRCIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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O DIVÓRCIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
1. De ordem espiritual
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O DIVÓRCIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
2. De ordem comportamental
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
IV - CONSEQUÊNCIAS DO DIVÓRCIO
1. Inconveniências sociais
Há sérios inconvenientes, resultantes do divórcio, tanto para os
cônjuges separados, e mais ainda para seus filhos. Mas a igreja local
deve ser uma comunidade terapêutica e deve tratar cada caso com a
graça e a sabedoria dada pelo autor do casamento. Há inconveniên-
cias sociais, no âmbito da igreja local já que um divorciado não deve
frequentar a mesma congregação do outro cônjuge, para evitar cons-
trangimentos.
Se o divorciado é obreiro, a situação é mais difícil. Se ele for o
causador do problema, deve ser tratado com mais rigor que um mem-
bro da igreja; se ele for a vítima da infidelidade, precisa ser apoiado em
termos espirituais, emocionais e também ministeriais. Não é justo que
perca o seu ministério pelo fato de ser vítima de uma tragédia em seu
casamento.
Se o divórcio ocorreu antes de o cônjuge ser crente, não se pode
tratar da mesma maneira que um divórcio ocorrido no tempo de
conversão. São vários casos a serem considerados. Mas não se justi-
fica um legalismo cruel que trata a todos da mesma forma, v ítima e
causador do problema. Deus é sábio, longânimo e grande em mise-
ricórdia. Ele condena o pecado, mas permite ou tolera situações que
visam salvar o ser humano em sua condição instável, enquanto viver
na terra.
O DIVÓRCIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
2. O assassinato do amor
Quando um casal chega ao ponto de concluir que a separação é a
única saída, é porque o amor foi destruído e enterrado na vala do egoís-
mo, do individualismo e da prática do que não agrada a Deus. Está sen-
do comum, em muitas ocasiões, uma esposa cristã dizer para o esposo
que não sente mais nada por ele, e que a solução é o divórcio.
Muitos cristãos, que optam pelo divórcio, muitas vezes já estão en-
volvidos, primeiro, emocionalmente, e, depois, fisicamente com pessoas
estranhas. Imaginam que, adulterando, serão mais felizes. É impossível
ser feliz sem a presença de Deus. Pode haver uma ilusão de felicidade,
mas a realidade é outra. O que adultera deve ter consciência de que o
envolvimento com a adúltera tem triste fim (Pv 5.4,5).
1. Na área espiritual
O casamento, assim como a família, é uma instituição muito ataca-
da pelo Maligno. O Diabo não quer ver nenhum casal unido e feliz. Pro-
move os vendavais de insatisfação, de desentendimento, de tristeza e de
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
falta de amor. Se a casa não estiver edificada sobre a Rocha, que é Jesus,
não pode resistir às intempéries da vida, às forças do mal que combatem
contra o lar. Desse modo, torna-se indispensável agir no lado espiritual.
As causas prováveis para o divórcio podem ser evitadas com a ação
espiritual em favor do casamento. A boa união entre o casal só se firma
se os dois unirem-se diante de Deus em contínua oração. O Inimigo
"adora" quando vê o marido assistindo à TV, horas a fio, ou gasta muito
tempo na internet, e não se interessa pela oração; e também, quando a
esposa prefere ocupar o tempo vendo novelas, filmes e outros programas
que não edificam a vida espiritual.
Porém, quando os dois, marido e mulher, fazem o propósito e o
cumprem, de orar todos os dias por si, por seus filhos e por seu casamen-
to, as brechas são fechadas, de modo que o Adversário não pode ter êxito
em seu intentos destruidores do casamento.
2. Na área humana
O lado espiritual do casamento só se fortalece, se, no lado huma-
no, houver interesse e dedicação de um cônjuge pelo outro. O amor é
fundamental. Sua demonstração é indispensável, com palavras e gestos.
O respeito mútuo e o companheirismo sincero fortalecem os laços do
casamento. "E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resis-
tirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa" (Ec 4.12).
Quando um cônjuge é firme em sua fé e no amor fiel, quando o Diabo
vem contra ele, o outro, amante e amigo, se une para, juntos defenderem
seu casamento. O cordão de três dobras pode muito bem representar o
casal (os dois) e a família, em união diante de Deus. Essa união não se
quebra, a não ser quando a morte os separar.
90
Capítulo
8
EDUCAR, DEVER DA FAMÍLIA
I - CONCEITOS IMPORTANTES
1. O que é educação
"A Educação não é mais do que o desenvolvimento consciente e li-
vre das faculdades inatas do homem" (Sciacca); "a Educação é o processo
externo de adaptação do ser humano, física e mentalmente desenvolvi-
do, livre e consciente, a Deus, tal como se manifesta no meio intelectual,
emocional e volitivo do homem" (Herman Horse); "E toda a espécie de
formação que surge da influência espiritual" (Krieck, p. 62,63).1
"Ação e efeito de educar, de desenvolver as faculdades físicas, intelec-
tuais e morais da criança e, em geral, do ser humano; disciplinamento, ins-
trução, ensino" (Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, Caldas
Aulete)". "Ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações jovens
para adaptá-las à vida social; trabalho sistematizado, seletivo, orientador,
pelo qual nos ajustamos à vida, de acordo com as necessidades ideais e
propósitos dominantes; ato ou efeito de educar; aperfeiçoamento inte-
gral de todas as faculdades humanas, polidez, cortesia" {Pequeno Dicionário
Brasileiro de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda)".
Há muitas definições de educação. Pode-se dizer que educação é
um processo que integra o ensino e a aprendizagem, com vistas à for-
mação de indivíduos com personalidade capaz de desenvolver-se e
aperfeiçoar-se para a vida. E diferente de instrução, de treinamento ou
adestramento. A educação verdadeira prepara cidadãos conscientes para
exercerem papel construtivo na sociedade.
1
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação, p. 17.
92
EDUCAR, DEVER DA FAMÍLIA
2. Educação cristã
Na igreja cristã, há um espaço especial para a Educação Cristã. Esta
é o processo de ensino-aprendizagem proporcionado por Deus, através
de sua Palavra, pelo poder do Espírito Santo, transmitindo valores e
princípios divinos. E diferente da educação secular, que só transmite
instruções e conhecimentos, deixando de lado os valores éticos, morais e
espirituais. Por isso, a base da Educação Cristã é a Bíblia Sagrada.
2
EETAD. A educação cristã, p. 6.
3
GREGORY, John Milton. As sete leis do ensino, pp. 11,12.
93
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
94
EDUCAR, DEVER DA FAMÍLIA
Aos 12 anos, Jesus foi levado pelos pais a Jerusalém, para a Festa da
Páscoa. Ao regressarem a Nazaré, no meio da multidão, José e Maria,
sem dúvida, deixaram o menino um pouco à vontade, no meio de outros
meninos, que acompanhavam seus pais. Num determinado momento, o
perderam de vista, e, preocupados, o buscaram entre os caminhantes, mas
não o encontraram. Lucas registra aquele momento de aflição para os pais
de Jesus, e de afirmação de sua missão perante os doutores da Lei (Lc
2.46-48). Os doutores da época admiraram-se da inteligência e sabedo-
ria de Jesus, como pré-adolescente. Naturalmente, Ele era divino. Mas,
na ocasião, comportava-se como um menino judeu, educado pelos pais
com todo o cuidado e zelo como era de se esperar.
A educação de Jesus no lar preparou-o para ser um cidadão com-
pleto. Além do ensino da Lei, dos livros sagrados, do Antigo Testamen-
to, ele foi ensinado a ter um ofício. Segundo Gower, "ele não era só o
filho do carpinteiro" (Mt 13.55). Mas ele era "o carpinteiro" (Mc 6.3).
Jesus teve uma educação integral. Ele conhecia o lado espiritual da vida,
no ensino e no exemplo de seus pais. Foi educado a ter respeito e equilí-
brio, no aspecto emocional, e teve uma educação que, nos termos de sua
realidade, lhe deu um desenvolvimento físico desejável.
95
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
96
EDUCAR, DEVER DA FAMÍLIA
V- EDUCAÇÃO NA IGREJA
1. A igreja e o lar
A igreja local não substitui o lar, nem o lar substitui a igreja. Porém
o ensino na igreja tem grande valor para a formação do caráter e fortale-
cimento da personalidade cristã. Uma grande erro é os pais confiarem a
educação de seus filhos à igreja local, bem como às escolas seculares. Os
filhos passam menos de um terço das horas da semana (164 horas), em
reuniões da igreja. A maior parte do tempo é no lar e na escola. Assim, a
igreja pode e deve dar sua contribuição, principalmente, na comunicação
dos princípios bíblicos para a formação do cidadão do céu e do cidadão
da terra.
97
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
VI - EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE
1. A educação repressiva
Nas décadas passadas, os pais criavam os filhos na base do autori-
tarismo. Tudo era feito com base de um relacionamento rígido. A igreja
evangélica, em muitos casos, colaborou para esse tipo de educação.
Eram comuns os castigos físicos, com o uso da "vara" para as falhas
mais simples. Teve seu aspecto positivo, pois os filhos eram obrigados a
respeitar os limites que lhes eram impostos. Havia respeito aos pais, aos
mais velhos, e às normas. Os aspectos negativos dessa educação mani-
festavam-se tempos depois, quando os filhos tornavam-se independen-
tes. De certa forma, essa educação contrariava a Bíblia, que manda criar os
filhos sem provocá-los à ira (Ef 6.4).
2. A educação permissiva
Na educação moderna, os psicólogos levaram os pais a não ter au-
toridade sobre seus filhos, para não serem repressivos. Assim, grande
parte dos filhos passou a ter uma educação permissiva. Para eles, quase
tudo é permitido. Os especialistas aconselham que não se deve reprimir
para que os filhos não fiquem frustrados. O resultado dessa educação é
uma libertinagem e uma permissividade absurda, a ponto de pais
per-
98
EDUCAR, DEVER DA FAMÍLIA
3. A educação materialista
A educação oficial, ministrada na rede de ensino pública ou particu-
lar, é totalmente influenciada pelo materialismo e pelo ateísmo. Os currí-
culos que reúnem os conteúdos programáticos a serem transmitidos nas
salas de aula são fundamentados nas filosofias e pseudociências materia-
listas. Tudo começa com a explicação sobre a origem da matéria, da vida,
do homem, da inteligência, e de todas as coisas que existem no universo.
Os professores de ciência ensinam, como sendo a última palavra,
que a vida surgiu "por acaso", de uma mistura, "ao acaso", de substâncias
químicas, que se reuniram "ao acaso", e , dali, surgiu a vida, "ao acaso", du-
rante "milhões" de anos. Os alunos, crianças, ou adolescentes, de olhos ar-
regalados, ficam hipnotizados pelas explicações, ilustradas com quadros,
nos livros-texto, nos quadros de giz, ou, de modo mais sofisticado, nas te-
las, com projeções através de "data-shows", ou projetores de multimídia.
E "o mestre", com ar de absoluta convicção, explica que a origem
da vida, dos animais e do homem, foi fruto da evolução, que dispen-
sa totalmente a existência de um Deus pessoal, inteligente, e soberano,
como ensinam as religiões, e, principalmente, como ensina o cristianis-
mo. Figuras de macaco, evoluindo, da posição de quatro pés, ficando
atarracado, até ficar ereto, até chegar a ser homem são mostradas como
sendo realmente o que ocorreu. Na verdade, nada disso é verdade, mas é
passado e repassado como ciência.
Professores materialistas têm grande influência sobre a mente dos
alunos, principalmente porque, em casa, a grande maioria não tem
qualquer preparo ou fundamento bíblico ou filosófico para enfrentar
a "onda" materialista, que avança sobre a educação e a cultura, nas
escolas. Muitos desses professores ou professoras são homossexuais,
e fazem questão de, aproveitando-se de sua posição, diante dos alunos,
99
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
4. A educação informativa
Com exceção das escolas confessionais, ligadas a religiões que acei-
tam os princípios cristãos, em todas as escolas regulares a educação é
meramente informativa. Uma quantidade enorme de conteúdos é mi-
nistrada, muitos deles sem qualquer valor para a formação do caráter
e da personalidade. Não existe a preocupação com a ética ou a moral.
O mais expressivo exemplo dessa educação meramente informativa é a
chamada "educação sexual". Nas escolas, os alunos, inclusive crianças e
adolescentes, são ensinados que podem fazer sexo precocemente, desde
que tenham cuidado em usar o preservativo. Não há preocupação com
valores morais. Sexo na adolescência é ensinado como algo perfeitamente
compreensível e normal. Apenas deve haver precauções. O resultado é
que, anualmente, há quase um milhão ade adolescentes grávidas. A
AIDS aumenta entre os jovens, de acordo com relatórios da Organiza-
ção Mundial da Saúde.
100
Capítulo
9
A EDUCAÇÃO SEXUAL E A MORAL
RELATIVISTA
I - CONCEITOS IMPORTANTES
1. O que é sexo
De acordo com o dicionário, sexo é a "Conformação particular que dis-
tingue o macho da fêmea, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes um pa-
pel determinado na geração e conferindo-lhes certas características distinti-
vas" (grifo nosso).1 Pode ser entendido no sentido figurado, confundindo-se
com sensualidade ou sexualidade, no sentido mais amplo; também pode
significar "os órgãos genitais externos", na linguagem mais comum.
A luz da Bíblia, sexo são as características internas e externas, que
identificam e diferenciam o homem da mulher, ou, do "macho e da fê-
mea", como diz dicionário. Diz a palavra de Deus: "E criou Deus o homem
à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho efêmea os criou" (Gn 1.27).
Deus fez "o homem" (ser humano), de modo bem claro, com a confor-
mação heterossexual.
1
Dicionário Aurélio, p. 1296.
102
A EDUCAÇÃO SEXUAL E A MORAL RELATIVISTA
2. O que é sexualidade
Numa definição do léxico, lemos que sexualidade é: "1. Qualidade
do sexual. 2. O conjunto dos fenômenos da vida sexual".2 A visão mo-
derna de sexualidade insere-se no contexto do relativismo e do hedonis-
mo. Num artigo, na web, lemos: "O termo "sexualidade" nos remete a um
universo onde tudo é relativo, pessoal e muitas vezes paradoxal. Pode-se
dizer que é o traço mais íntimo do ser humano e, como tal, se manifesta
diferentemente em cada indivíduo de acordo com a realidade e as expe-
3
riências vivenciadas pelo mesmo".
1. O princípio da heterossexualidade
O texto bíblico do Gênesis nos informa sobre a criação do ser hu-
mano que o Criador projetou, em sua mente divina, um ser para gover-
nar a Terra, com estrutura mental e física, que se complementasse com
outro, de sexo oposto (Gn 1.26,27).
E interessante como Satanás engana as pessoas, fazendo-as acreditar
que a homossexualidade é algo normal, que não afronta a vontade de Deus.
Nas paradas gays os ativistas e promotores desses eventos que defendem o
que Deus condena, usam até a Palavra de Deus como argumento para justi-
ficar sua conduta imoral. Se Deus quisesse a união entre um homem e outro
homem, ou entre uma mulher e outra mulher, em sua soberania, teria criado
dois seres do mesmo sexo e os unido, inclusive para a procriação por alguma
forma, por ele planejada. Mas não o fez. Fez um "macho" e uma "fêmea",
ambos portadores da "imago dei", ou imagem de Deus.
2. O primeiro casamento
Foi único em sua organização, em sua natureza, e no seu ambiente.
Após a criação de Eva, Deus despertou Adão de seu sono anestésico, e
apresentou-lhe aquela que seria a sua companheira, na jornada da vida
(Gn 2.22-24). No primeiro casamento, não vemos a menor ideia que
sugira nem de longe a homoafetividade, ou a homossexualidade. Deus
"formou uma mulher" da costela de Adão; este, após contemplar a be-
2
Dicionário Aurélio, p. 1297.
3
O que é sexualidade. Cíntia Fávero. Disponível em http://www.infoescola.com/sexualidade/o-
que-e-sexualidade/. Acesso em 11/05/2012.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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A EDUCAÇÃO SEXUAL E A MORAL RELATIVISTA
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
IV-APEDOFILIA
A palavra é enganosamente perigosa em si mesma.
Etimologica-mente, vem do grego, de.paidos (criança) e philos (amigo), o
que deveria significar "amizade a crianças". O pedófilo seria um "amigo
de crianças". Mas, na prática, a pedofilia é um dos mais terríveis
crimes que alguém pode cometer contra um ser humano. A
Organização de Saúde define pedofilia como sendo "a ocorrência de
práticas sexuais entre um indiví-
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A EDUCAÇÃO SEXUAL E A MORAL RELATIVISTA
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A EDUCAÇÃO SEXUAL E A MORAL RELATIVISTA
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
diante de algum adulto; jamais deixar seus filhos a sós, em casa para que
não sejam vítimas de parentes ou vizinhos pedófilos. Os filhos são "heran-
ça do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão" (SI 127.3).
Recentemente, uma criança de quatro anos desapareceu, em meio
a uma reunião, em uma grande igreja evangélica. Os pais ficaram afli-
tos, e a criança só apareceu, por misericórdia de Deus, viva e sã, dias
depois. Foram dias de angústia e desespero. A mãe deixou a filha à
vontade durante o culto. Isso é atitude perigosa. As crianças pequeni-
nas devem estar junto aos pais, no culto, ou em atividade apropriada,
na igreja local, sob a responsabilidade de pessoas adultas, credenciadas
para essa missão.
110
A EDUCAÇÃO SEXUAL E A MORAL RELATIVISTA
2. A santidade
Santidade é um estado de espírito, a qualidade daquele que é santo.
A santidade permeia todas as páginas da Bíblia, de Gênesis a Apoca-
lipse. E uma das mensagens principais, transmitidas por Deus a seus
filhos (1 Cr 23.13; SI 29.2; SI 93.5). Se entendemos que santidade quer
dizer separação do que é sagrado daquilo que é profano, precisamos ze-
lar por tudo o que ocorre no âmbito do ambiente da igreja local, seja na
pregação, no púlpito; seja na adoração, na liturgia, no louvor, nos usos e
costumes, na vida moral e social da parcela do rebanho de Deus que nos
foi confiada. Na Antiga Aliança, o crente comum não podia chegar ao
Lugar Santo e muito menos ao Lúgar Santo dos Santos.
3. A santificação
Enquanto a santidade é um estado, a santificação é um processo.
E processo pelo qual uma pessoa torna-se santa, e persevera em san-
tidade. Essa santificação, na vida do salvo, tem três estágios. Primei-
ro, vem a santificação inicial, quando ele aceita a Cristo. Segundo,
vem a santificação progressiva, contínua, diária, até à morte, ou à
vinda de Jesus. Em terceiro lugar, a santificação final, que equivale
à glorificação, que só ocorrerá, na ressurreição dos salvos, ou no seu
arrebatamento.
No Novo Testamento, é enfatizada a santificação, mais do que a
santidade. Sem santificação ninguém verá a Deus (Hb 12.14). Enquanto
a santidade é um estado a ser buscado, a santificação é a prática da
separação, o meio para a consagração a Deus. O servo de Deus, incum-
bido da liderança de sua igreja precisa ser homem separado do mal, do
pecado, do mundo, para exercer sua sublime missão de levar almas a
Cristo, pela mensagem do evangelho. O membro ou congregado precisa
ter a consciência da santificação. Alguém, sem fundamento bíblico, en-
sina que Deus não se importa com o que o casal pratica, em termos de
sexo. Mas a palavra de Deus exige santificação em tudo.
111
A FAMILIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira
de viver" (1 Pe 1.15). Ser santo em tudo exige que a santificação seja
levada a efeito de modo diuturno, contínuo, sistemático, em todas as
áreas da vida.
112
Capítulo
10
O VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
o
que está faltando, na maioria dos lares cristãos, é espaço para a
família adorar a Deus. Essa adoração se dá através do culto doméstico.
Todavia, essa prática tem sido negligenciada. Na maioria dos lares cris-
tãos, não se faz o culto doméstico. Milhões de crentes deixam de ir ao culto
nas igrejas para ficar em casa, assistindo a uma programação que nada tem
de edificante para as vidas de servos de Deus (1 Co 6.12; 10.23).
A família cristã precisa ter em mente que há um plano diabólico
para destruir suas bases e levá-la à queda espiritual e moral. Não há ou-
tra forma de fazer face a esse ataque mortal, se não for através da busca
da presença de Deus no lar. O culto doméstico propicia os momentos
diários para o fortalecimento do lar, por meio da oração, da leitura da
Bíblia, "a espada do Espírito", e do louvor a Deus, no meio do qual Ele
se faz presente.
Sabemos que neste século XXI, quando o materialismo avassala as
mentes; quando crianças, nas escolas, são bombardeadas com os ensinos
que eliminam Deus da origem do universo e do homem; crianças e ado-
lescentes são estimuladas à prática do sexo precoce, e o homossexualismo
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
114
O VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
b) A família precisa saber que Deus deve ser amado com todo o ser (Dt
6.5). Essa foi uma das maiores lições que Deus deu ao povo de Israel.
Ao longo da caminhada, gerações inteiras esqueciam-se de amar a Deus.
Dos que saíram do Egito, todos os homens de guerra pereceram, exceto
Josué e Calebe. Por que? A maioria pereceu por causa da murmuração
contra Deus e contra a liderança por ele estabelecida, como na rebelião
de Coré, Data e Abirã (Nm 16.33).
Não será o que falta, hoje, no meio de grande parte das famílias
cristãs? No Brasil, os evangélicos tiveram um crescimento extraordiná-
rio, nos últimos anos, segundo o IBGE. Mas grande parte desse cresci-
mento não é acompanhado de crescimento qualitativo. E comum famí-
lias inteiras não realizarem qualquer tipo de atividade devocional em seu
lar. Amar a Deus de todo o coração requer devoção sincera, que parte
116
O VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
117
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
cheio (Lc 6.45). Por que os filhos de cristãos, em grande parte, só falam
em personagens de filmes, de jogos, de novelas e de realities shows? Por-
que o coração de muitos está cheio dessas coisas inúteis e de nenhuma
edificação. Muitos têm o coração vazio da Palavra de Deus.
118
0 VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
119
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
2. A família de Timóteo
Timóteo era um jovem obreiro, discípulo do apóstolo Paulo, ganho
para Jesus através da pregação do apóstolo. Em sua segunda carta, Paulo
fala da lembrança pelo jovem, e diz que ora por ele,".... trazendo à me-
mória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó
Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.
Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em
ti pela imposição das minhas mãos" (2 Tm 1.5,6).
Nesse texto, vemos três gerações sucessivas, que tiveram a benéfica
e marcante influência do culto doméstico. Lóide, avó do discípulo soube
educar muito bem sua mãe, Eunice, nos caminhos do Senhor. Eunice,
por sua vez, não deixou que a educação do filho sofresse as influências
do materialismo e da filosofia que predominava em sua época. Mais
adiante, na epístola, Paulo reforça o valor da educação cristã de Timóteo,
desde a sua infância. Se Timóteo não tivesse participado do culto em seu
lar, certamente não teria ouvido do seu pastor referência tão expressiva
acerca de sua formação espiritual. Ao que tudo indica, o pai de Timóteo
não era cristão, "pois sua fé não é mencionada".1 Mas a avó e a mãe dele
eram mulheres sábias que souberam edificar a sua casa (Pv 14.1). Felizes
os lares que têm mulheres com essas características, verdadeiras líderes
espirituais, que têm capacidade para influenciar gerações.
Diz Paulo a Timóteo: "Tu, porém, permanece naquilo que apren-
deste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que,
desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeita-
1
French L. ARRINGTON e Roger STRONSTAD. Comentário bíblico Pentecostal - Novo
Testamento, p. 1487.
120
O VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
méstico. A vida moderna tem levado a fam ília a viver dispersa, mesmo
durante o dia. Pais trabalham em hor ários diferentes; filhos estudam
em horários diferentes, em escolas distantes, muitas vezes. Isso faz parte
da vida agitada dos últimos tempos. Os filhos à "roda da mesa", como
diz o Salmo 128.3 torna-se cada vez mais difícil. Mas esse é apenas um
desafio que precisa ser encarado e vencido com sabedoria, determinação
e com a graça de Deus.
Se possível, é desejável que toda a família esteja reunida, em volta da
mesa, ou na sala de visitas, de maneira informal mas reverente. Por ém,
se todos não puderem reunir-se, por motivo de trabalho ou de estudo,
os pais devem combinar a escolha de um hor ário em que pelo menos
a maior parte dos familiares esteja presente ao culto dom éstico. Outro
obstáculo é o cansaço das atividades diárias. Mas tudo deve ser feito
para que o lar tenha o momento de adoração a Deus. O maior obstácu-
lo, no entanto, é a pouca importância que se dá ao culto doméstico. As
novelas, os filmes, os esportes e outros programas de TV têm mais valor
para muitos cristãos. Filhos passam horas a fio nas redes sociais, e não
falta tempo para isso. Mas para a adoração a Deus há muitas desculpas.
Um dia, poderemos ser questionados por Deus.
Os obstáculos dificultam, mas não devem ser usados como descul-
pas para a não realização do culto doméstico. Os obstáculos podem ser
vencidos com o Poder do Espírito Santo e o esforço de todos, princi-
palmente dos líderes do lar (Pai e mãe). Há tempo para todo propósito
(Ec 3.1); Podemos tudo naquele que nos fortalece (Fp 4.13). O inimigo
do lar pode agir com base nas desculpas. É necessário colocar o culto
doméstico como prioridade. Só traz benefícios e bênçãos para toda a
família.
d) Não impor o culto aos que não são crentes. Há casos em que parte da
família não é cristã. Ou há pessoas afastadas da igreja. Se só os pais são
cristãos, eles devem tomar a decisão de fazer o culto sozinhos, orando
pelos filhos para que eles se voltem para Deus. Se s ó um membro da
família é crente em Jesus, ainda assim pode ter seu momento devocional
a sós com Deus, no seu quarto, ou em ambiente em que não seja per-
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O VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
turbado. Uma irmã idosa, serva de Deus, disse, num seminário: "Pastor,
ninguém lá em casa é crente. Mas eu não faço o culto sozinha". Inda-
gamos como ela fazia. E respondeu: "Eu faço com mais três pessoas: O
Pai, o Filho e o Espírito Santo".Todos acharam interessante a colocação
descontraída mas sincera daquela querida irmã. Ela não se acomodou
com o fato de ter que adorar a Deus em seu lar, sem o apoio e a com-
panhia dos familiares. Um belo exemplo para quem quer dar desculpas
para não fazer o culto doméstico.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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O VALOR DO CULTO DOMÉSTICO
tual. É por falta de culto doméstico que grande parte dos filhos de cris-
tãos está no mundo, envolvida no sexo ilícito, nos vícios e na delinqu-
ência. Muitos pais dormiram e se descuidaram de zelar pelos filhos que
são "herança do Senhor". Os benefícios são evidentes para os lares onde,
diariamente, louva-se a Deus, lê-se a sua palavra e fazem-se orações.
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A FAMILIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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A FAMÍLIA E A ESCOLA DOMINICAL
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
2. A juventude é beneficiada
Os adolescentes e jovens podem ser fortalecidos em sua personalida-
de. Os adolescentes estão na fase, em que buscam a sua identidade, pre-
ocupam-se muito consigo mesmos, reorganizando sua personalidade;
"quem sou eu?", "Por que sou assim?", "Qual o meu futuro?", "Meus pais
não me entendem"; muitos desviam-se das igrejas nessa fase. É necessá-
rio muita atenção por parte dos pais, e da igreja, na contribuição para a
formação da personalidade deles.
Os jovens, enfrentando as turbulências da adolescência, acabam, de
uma forma ou de outra, conscientizando-se de seu papel na sociedade.
Pensam seriamente nas escolhas: escola, faculdade, profissão, namoro,
noivado, casamento, vida espiritual etc. "Como purificará o jovem o
seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra" (SI 119.9); "Foge,
também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a
paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor" (2 Tm 2.22).
A juventude cristã, que frequenta a ED tem sido instruída e alertada
contra esses males próprios de uma sociedade sem Deus, materialista e
hedonista.
3. A ED e os adultos
Os adultos são fortalecidos em sua vida, podendo contribuir para a
formação dos mais jovens: "Os passos de um homem bom são confir-
mados pelo SENHOR, e ele deleita-se no seu caminho" (SI 37.23). Há
adultos que não têm consciência da vida cristã por terem uma formação
espiritual deficiente, ou por só terem aceito a Cristo na idade adulta. A
ED precisa ajudar a lapidar o caráter dessa pessoa.
A ED é uma escola de discipulado por excelência. Em cada classe,
havendo professores bem preparados, os alunos podem ser formados
para serem bons discípulos de Jesus, e não apenas membros ou congre-
gados das congregações e igrejas. Jesus mandou fazer discípulos, ensi-
nando todas as coisas que Ele havia mandado.
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A FAMÍLIA E A ESCOLA DOMINICAL
135
Capítulo
12
A FAMÍLIA E A IGREJA
A igreja local tem grande valor para a formação espiritual das fa-
mílias cristãs.
E a única instituição em que o cristão e sua família podem
apoiar--se, neste mundo de mudanças e incertezas, sendo abençoado
por Deus em todas as áreas da sua vida. Os lares em geral estão sofrendo
terríveis ataques das intempéries espirituais que combatem contra a
família, e muitos não têm resistido e sucumbido espiritualmente. A
escola é uma instituição prejudicada pelas falsas visões de mundo,
sendo dominadas pelo materialismo. Só resta a igreja, fundamentada na
Palavra de Deus como ponto de apoio espiritual e moral para a família.
I - CONCEITOS IMPORTANTES
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
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A FAMlLIA e a igreja
Necessidades espirituais
São as necessidades mais prementes do espírito humano. As pessoas,
quando aceitam a Cristo como Salvador, vêm do mundo sentindo suas
grandes necessidades espirituais. Elas necessitam de salvação, graça, co-
nhecimento de Deus, amor de Deus, e de paz com Deus (Rm 5.1); suas
almas anelam ter alegria espiritual (Lc 1.47); paz de espírito (Fp 4.6).
É Deus, através do Espírito Santo, quem satisfaz plenamente a es-
sas necessidades. Mas é a igreja local que torna essa assistência concreta
na vida das pessoas, evangelizando, congregando, cultuando, ensinando,
discipulando, com amor e compreensão, e levando os crentes à dimen-
são espiritual mais elevada. Famílias bem discipuladas podem contribuir
para o crescimento na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (cf.
2 Pe 3.18).
Necessidades emocionais
São necessidades da alma. O salmista expressou esse tipo de neces-
sidade, quando exclamou: "A minha alma tem sede de Deus, do Deus
vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?" (SI 42.2).
As pessoas procuram a igreja porque esperam obter nela a satisfa-
ção dessas necessidades intangíveis, que os bens materiais não podem
satisfazer. Através da adoração, da comunhão fraternal e do bom re-
lacionamento humano; de momentos de confraternização, de atenção,
empatia, dedicação ao relacionamento interpessoal, de aconselhamento,
nos momentos de necessidade, bem como de momentos de sadia con-
fraternização social, a igreja local torna-se acolhedora e relevante para a
maioria dos que a ela se dirigem.
E fato que a igreja jamais poderá satisfazer às expectativas de todas
as pessoas. Sempre haverá alguém insatisfeito. Nem Jesus Cristo satisfez
a todos. Quando a liderança da igreja entende que as pessoas não têm só
necessidades espirituais, mas emocionais e até físicas, ele pode ser
bem--sucedido no seu ministério.
139
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
Antipatia
Pode parecer estranho, mas há pessoas que sentem antipatia por outras.
E, quando esse fenômeno é acentuado, a igreja pode sofrer desgaste e suas
ações podem não ser bem-sucedidas, nas diversas atividades. Se as pessoas
não têm simpatia uma com a outra, o trabalho não produz. Na igreja, infe-
lizmente, isso pode ser observado. O Diabo tem procurado cirandar muito,
jogando uns contra os outros, provocando dissenção entre irmãos.
Simpatia
Quando há simpatia, há colaboração, há cooperação, e o trabalho da
igreja rende mais. Paulo elogiou o trabalho de Tito e de companheiros que
o ajudavam em seu ministério, identificando-se com ele (2 Co 8.22,23).
As igrejas precisam de pessoas com esse caráter; as famílias preci-
sam desenvolver laços de amizade entre seus membros, para que possam
levar esses sentimentos à igreja local. Entre o líder e os membros da
igreja podem manifestar-se esses sentimentos, bem como entre o líder e
seus colegas de ministério. É preciso vigiar as emoções. Deus não admite
que aborreçamos um irmão. É perigoso e pode comprometer a salvação.
Quem aborrece a seu irmão é considerado assassino (1 Jo 3.15,16).
140
A FAMÍLIA E A IGREJA
141
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
142
A FAMÍLIA E A IGREJA
Salomão foi tentado. O obreiro, nos dias presentes, não pode achar que
está livre de cair em tentação. Alguns conselhos práticos podem resguar-
dar o obreiro da vergonha da queda, e da destruição de seu ministério,
do seu casamento, e da sua honra.
143
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
144
capítulo
13
EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO
SENHOR
1 - O EXEMPLO DE NOÉ
146
Eu E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR
quando tinha 500 anos, gerou a três filhos: Sem, Cam e Jafé" (Gn 5.31),
os quais marcaram a história da humanidade, como os únicos sobrevi-
ventes da catástrofe diluviana.
147
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
de livrar da destruição pelo Dilúvio. Ele e sua casa eram uma minoria
insignificante, mas não se impressionou com a maioria. Preferiu ficar ao
lado de Deus. E foi vitorioso. Serviu ao Senhor com sua casa, foi salvo e
viu sua família escapar da destruição.
II - O EXEMPLO DE JOSUÉ
Josué tomou posição ao lado de sua família. Quando exortava o
povo a se definir, ante a idolatria, ele disse: "Porém, se vos parece mal
aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os
deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou
os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha
casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15 — grifo nosso). Muitos cristãos
não estão conseguindo ver sua família servindo ao Senhor por falta
de atitude firme e amorosa com seus filhos, desde a sua infância. E se
conformam com o que está acontecendo no mundo, diante da destrui-
ção dos valores éticos e morais, fundados na Palavra de Deus. Para não
serem considerados antiquados, capitulam ante os ataques do Maligno
à família.
A maior parte dos ataques contra a família cristã tem sucesso
porque os líderes do lar não tomam posição desde cedo. As crianças
são criadas, muitas vezes, fazendo o que bem querem e entendem. Os
adolescentes ficam entregues a si mesmos, e os jovens têm absoluta
independência. Esse é um modelo de família que não corresponde aos
princípios bíblicos. A educação tardia, quando já são adolescentes ou
jovens, tende a perder sua eficácia. A decisão de servir a Deus com a
família deve ser o mais breve possível. Famílias que aceitam a Cristo,
quando os filhos já são grandes têm mais dificuldades em levá-los aos
pés do Senhor.
Josué decidiu: "eu e minha casa serviremos ao Senhor". Isso não
é mágico, repentino, ilusório. E necessário que uma série de atitudes
e ações sejam desenvolvidas para que esse objetivo seja alcançado. E
uma decisão, um propósito. Precisa haver firmeza de fé e de caráter nos
membros da família, a começar dos pais que devem ser exemplo para
eles. Josué comportou-se à altura de um grande líder na visão de Deus.
E foi escolhido para substituir Moisés, na última e difícil etapa para a
entrada em Canaã. Mas Deus lhe deu orientações sábias e seguras para
que não se desviasse de seus caminhos (Js 1.7).
148
Eu E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR
IV - O EXEMPLO DE EUNICE
1. Uma mãe vitoriosa
Pouco se sabe sobre essa mulher cristã, citada por Paulo em suas
epístolas. Seu nome significa "boa vitória".2 Nome bem apropriado para
uma mulher que soube educar sua família nos caminhos do Senhor Je-
sus Cristo. Quantas mães, nos dias presentes, têm sido frustradas em sua
criação para com os filhos, por não conseguirem enfrentar a terrível influ-
ência maligna sobre sua família. E choram, lamentando ao ver os filhos
perdidos, desviados, longe de Deus, muitas vezes tragados pelos vícios,
2
R.N. CHAPLIN & J.M. BENTES. Enciclopédia de bíblia, filosofia e teologia, Vol. II, p. 591.
149
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
2. A criação de Timóteo
Sua mãe pertencia a uma família judia tradicional. Seu pai era grego
(At 16.1). Paulo elogia sua fé, de um jovem cristão, transmitida principal-
mente por sua avó e por sua mãe (2 Tm 1.5). Pode-se perceber, no texto,
que a educação de Timóteo não era simplesmente intelectual, oriunda
das escolas gregas ou judaicas. Sua mãe, Eunice, herdara a formação mo-
ral e espiritual de sua avó. Timóteo teve uma educação segura, funda-
mentada nos ensinos da Palavra de Deus. Exemplo edificante de uma
família que cresceu vendo o ensino e o exemplo na liderança do seu lar.
150
capítulo
14
Os PERIGOS DO CONSUMISMO
I - CONCEITOS IMPORTANTES
1. O que é consumismo
"Consumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem ne-
cessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e que se deixa in-
fluenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos
e serviços. É também uma característica do capitalismo e da sociedade
1
moderna rotulada como "a sociedade de consumo". O ser humano,
afe-tado pelo pecado, sente a necessidade de satisfazer suas carências
emocionais. E uma das formas enganosas de buscar essa satisfação é
através do consumo de bens.
No Antigo Testamento, temos um texto que nos mostra que esse
comportamento não é novidade das últimas décadas. Já havia no meio
do povo de Israel. O Senhor chamou a atenção para essa prática, quando
' Consumismo. Disponível em http://www.brasilescola.com. Acesso em 14/08/2012.
152
Os PERIGOS DO CONSUMISMO
indagou: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto
do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? (Is 55.2 a). Gastar
o dinheiro com o que "não é pão", não se refere ao pão de trigo, e sim a
gastar com o que não é necessário, ou com o que é supérfluo.
2. Consumidor e consumista
"O consumista diferencia-se em grande escala do consumidor, pois
este compra produtos e serviços necessários para sua vida enquanto
aquele compra muito além daquilo de que precisa".2 O consumidor ad-
quire bens e serviços que são úteis à si e à sua família, de modo racional.
Ele analisa o que vai adquirir, planeja suas compras e só apropria-se
do que pode pagar. O consumista não pensa. Age por impulso. Com
um cartão de crédito na mão, sente-se dono do poder aquisitivo. E vai
comprando, até descobrir que precisa fazer empréstimos para saldar os
compromissos, ou pagar altíssimos juros e multas por inadimplência.
Segundo Gabriela Cabral, "O consumismo tem origens emocio-
nais, sociais, financeiras e psicológicas que juntas levam as pessoas a
gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir
a indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima, a
perturbação emocional e outros.
3. Consumo e consumismo
O consumo é atividade normal de adquirir bens necessários para
a sobrevivência das pessoas. O consumismo é a prática do consumista,
que se impressiona pelos olhos e pelos ouvidos, muitas vezes atraído
pelas propagandas de produtos supérfluos, e adquire bens em busca do
prazer ou da alegria que o motive a encarar a realidade. Mas a felicidade
produzida por posse de bens é ilusória. Jesus ensinou que não devemos
ajuntar "tesouros na terra" e sim, nos céus (Mt 6.20).
Assim como doses de bebida alcoólica provocam no cérebro um
tipo de satisfação, mesmo passageira e enganosa, o consumismo produz
na mente das pessoas um sentimento de satisfação, de seu ego, de sua
psique. Uma consumista dizia que se sentia feliz em ouvir o barulho da
máquina registradora das despesas, nos caixas das lojas. Mas esse senti-
mento perde seu efeito quando aquele bem se torna comum na vida do
consumista. E ele procurar adquirir mais e mais para continuar tendo o
prazer de que sente falta.
2
Ibidem.
153
A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
4. O cristão e o consumisnio
Um crente ou uma crente em Jesus pode ser consumista? E possível.
Pelo fato de ter a salvação, não deixa de ser uma pessoa de carne e osso,
com sentimentos e emoções próprias de cada um. O fato de poder cair
na armadilha do consumismo deve levar o cristão a refletir se tal prática
condiz com sua condição de "sal da terra" e "luz do mundo". A palavra de
Deus nos exorta a que tudo o que fizermos contribua para a glorificação
a Deus (1 Co 10.31,32).
Certamente, em nada contribui para a glória de Deus uma pessoa
deixar-se levar pelo impulso consumista, adquirindo coisas que não são
necessárias para sua vida ou que a leve a uma situação de endividamento,
em que não possa cumprir com seus compromissos financeiros. Pode-
mos dever, em compras financiadas, a crédito, desde que paguemos em
dia as prestações assumidas. Mas ficar devendo além das possibilidades,
de acordo com a renda é pecado. É enganar a si mesmo e enganar aos
outros. O consumismo é prática reprovável para o cristão que deseja
honrar o nome do Senhor Jesus.
II - O CONSUMISMO É UM VÍCIO
1. O consumir compulsivamente
Quando se fala em vício, no meio cristão, vem logo à mente al-
guém, num bar, tomando bebida alcoólica, sem poder controlar-se, até
chegar ao "delirium tremens", ou à cirrose hepática; ou alguém com um
cigarro na boca, entupindo os pulmões de nicotina e de outras cinco mil
substâncias cancerígenas, que levam muitos à morte. Mas comprar por
impulso, gastando o que não pode também é um vício. Como diz a estu-
diosa do assunto, Gabriela Cabral, a pessoa consome demasiadamente,
para suprir "... a baixa autoestima, a perturbação emocional e outros"
problemas dessa ordem.
Graças a Deus, sua Palavra tem a orientação segura sobre como
lidar com as finanças, sem cair no fosso das dívidas, da tristeza e da
decepção por causa dos recursos financeiros. Uma administração finan-
ceira, baseada na ética bíblica, livra muitos de enfrentarem situações
constrangedoras".3 A advertência bíblica em Romanos 13.8 se faz opor-
tuna: "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos
Elinaldo Renovato de LIMA. Ética cristã, p. 159,160.
154
Os PERIGOS DO CONSUMISMO
ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei". Dever
o amor é agradável, desde que saibamos retribuir uns aos outros o amor
de Cristo em nossos corações. Dever acima das condições financeiras é
pecado. E causar dores e perturbações desnecessárias.
3. Viciados no hospital
No Hospital das Clínicas de São Paulo há uma Clínica para tra-
tamento de viciados em consumo. Segundo a Dra. Tatiana Filomensky,
coordenadora do grupo de atendimento dos compradores compulsivos
no Hospital das Clínicas de São Paulo, "eles saem para comprar um terno
e voltam com uma televisão". Naquele hospital, há seis anos, havia ape-
nas três pacientes em tratamento. Com o aumento do consumo, no ano
Carina RIBEIRO. Consumo: Quando o desejo de comprar vira doença. Disponível em: http://
www.istoe.com.br. Acesso em 14/08/2012.
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A FAMÍLIA CRISTÃ E OS ATAQUES DO INIMIGO
4. "Devedores anônimos"
Um grande perigo agrava o terreno do vicio do consumismo. Diz o
psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Pau-
lo (Unifesp): "Por exemplo: um jovem que compra de forma impulsi-
va pode migrar para o alcoolismo ou vício em jogos na terceira idade.
Grande parte dos endividados crônicos sofre de consumo compulsivo,
mas há os que entram neste rol por incapacidade de gerir seu negócio
ou sua conta bancária.
Sem dúvida alguma, esse é o tipo de situação em que um cristão
não deve entrar. Dever tanto, a ponto de ser considerado um doente, não
glorifica a Deus. Aquilo que somos, o que temos e o que fazemos deve
bendizer a Deus (SI 103.1). Viver endividado, com a fama de "caloteiro",
ou de "velhaco" não é algo que possa bendizer o nome do Senhor na vida
de um cristão.
156
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Os PERIGOS DO CONSUMISMO
d) Não ficar por fiador. Outro cuidado importante é não ficar por
fiador. A Bíblia não aconselha (Pv 11.15; 17.18; 20.16; 22.26; 27.13).
Outro perigo, é fornecer cheque para alguém utilizar em seu nome.
159
BIBLIOGRAFIA