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Proposta de Resolução
Proposta de Resolução
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Planejamento Didático E-learning
e Gestão de Cursos Online
Autoria do Desafio Profissional: Ana Carolina Greef
Leitor Crítico: Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Proposta de Resolução
A importância do design instrucional para o sucesso de cursos à distância junto a seus alunos
Resumo
Este artigo apresenta uma discussão fundamentada em revisão bibliográfica, a respeito do papel e
das contribuições do design instrucional para o desenvolvimento de cursos a distância,
notadamente para o sucesso dos mesmos quando aplicados a seu público-alvo, os alunos. Por meio
de estudo exploratório na bibliografia pertinente, são apresentados e discutidos conceitos relativos
a características da educação a distância e ambientes virtuais de aprendizagem, e aspectos do
processo de desenvolvimento de material didático para EAD.
1. Introdução
Este artigo relata os resultados de pesquisa bibliográfica exploratória de fontes alinhadas ao tema
de pesquisa, seguido pelas considerações finais buscando responder ao objetivo: “Qual a
importância do design instrucional para o sucesso de cursos à distância?”
2. Revisão bibliográfica
Neste sentido, estão intrínsecos a todas as iniciativas em EAD os seguintes aspectos, conforme
aponta Clementino (2015):
2.2 Desenvolvimento do material didático para EAD, seus pontos positivos e negativos
Desenvolver material didático para educação a distância é um desafio que tem seus padrões
alterados constantemente, devido à evolução das tecnologias, aos diferentes perfis de público-alvo,
e à diversidade de conteúdo em si que deve ser formatada para o modelo EAD.
Os materiais instrucionais, na maioria das vezes, são demonstrativos, indutivos e figurativos [...].
Isso pode ser interessante quando queremos “transmitir” uma informação de maneira precisa.
Mas, quando a proposta do curso é desenvolver o pensamento mais elaborado, exigindo que o
aluno faça novas relações, crie conceitos, lance mão de seu repertório e suas vivências, é preciso
usar matrizes mais profundas que façam com que o aluno estabeleça relações éticas e estéticas
mais multifacetadas (CAROLEI, 2015, p. 194).
O processo de desenvolvimento do material didático para EAD, portanto, se inicia na definição de qual a
estrutura de ensino e matriz de aprendizagem se pretende abordar. Na sequência, são realizados o
planejamento pedagógico e didático do curso, a organização de ementas de disciplinas, a seleção e
contratação de conteudistas, capacitados na sequência para o desenvolvimento do material.
O material produzido passa pelas etapas de tratamento por meio de design, revisão de texto, análise
de plágio, revisão do alinhamento em relação ao restante do material do curso e da instituição.
Como apontam Kuntz et al. (2011), entre as terminologias utilizadas para caracterizar um espaço na
web como suporte ao processo de ensino-aprendizagem, os “ambientes” são denominados
conforme alguns dos termos: eletrônicos de aprendizagem, digitais de aprendizagem, inteligentes
de aprendizagem, virtuais de ensino-aprendizagem e e-learning.
O estilo adequado às funcionalidades disponíveis nos AVAs deve ser identificado preferencialmente
mediante conversação, envolvendo o aluno em um diálogo amigável e incentivador, desenvolvendo
o contato entre este e o conteudista. Quanto à relação do estilo com o assunto, devem ser
utilizadas abordagens diferentes para assuntos diferentes, por meio de tabelas, listas, ilustrações
etc. Esses recursos podem ser utilizados com algumas ferramentas essenciais em AVAs:
Quadro 1 – Recursos didáticos disponíveis num AVA
Recursos Exemplos/Descrição
Links para Guia didático, calendário, eventos, avaliações, livro texto, exercícios,
impressão autoavaliações, material de apoio, jornais, informativos e outros links
Todos esses fatores, conforme o que aponta a literatura, influenciam na maneira como o DI será
aplicado ao conteúdo bruto, nos recursos que serão utilizados e na forma como o conteúdo será
inserido no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
O designer instrucional, ao exercer seu papel de acordo com os aspectos que devem ser analisados
para produzir o curso, pode trazer uma abordagem de aprendizagem autodirigida, uma abordagem
de aprendizagem colaborativa, a organização de materiais em rede, até mesmo a criação de cursos
abertos e mídias para grande público (PALANGE, 2015).
Nesse sentido, o papel do design instrucional pode ser sintetizado pelas seguintes atribuições
elencadas por Palange:
3. Considerações Finais
A partir da pesquisa realizada, é possível considerar que o design instrucional atua como o elo de
conexão entre as peças de conteúdo, os atores da educação a distância e as ferramentas de ensino-
aprendizagem.
Apenas distribuir um conteúdo sem tratamento ou adequação para o estudo a distância, funções
do design instrucional, não atende ao objetivo de uma instituição de ensino que preze pela
qualidade e pela educação em si dos alunos participantes.
Ou seja, não fazendo uso dos recursos utilizados na equipe de Design Instrucional, a instituição
perde em qualidade, consistência e alinhamento às necessidades da educação a distância e,
essencialmente, dos alunos que optam por essa modalidade de estudo.
4. Referências
CAROLEI, Paula. Processo de criação de hipertextos e atividades. In: KENSKI, Vani Moreira (Org.).
Design instrucional para cursos online. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2015.
CLEMENTINO, Adriana. Planejamento pedagógico para cursos EAD. In: KENSKI, Vani Moreira (Org.).
Design instrucional para cursos online. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2015.
KUNTZ, Viviane Helena; GREEF, Ana Carolina; TSUNODA, Denise Fukumi; FREITAS, Maria do Carmo
Duarte. Ambiente Virtual de Aprendizagem. In: ALMEIDA, Marcus Garcia de; FREITAS, Maria do
Carmo Duarte (Org.) A escola no século XXI: atores responsáveis pela educação e seus papéis. Rio
de Janeiro: Brasport, 2011.