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Direito Empresarial I
Direito Empresarial I
© 2012
Direito Empresarial I
Professor: Rodrigo
07/02/12
Avaliações
29/03 – Avaliação Oral – 25 pontos – Entram de 5 em 5, 3 questões para cada um, prova
individual.
Bibliografia
Fran Martins
Rubens Requião
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Rafael Barreto Ramos
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Conteúdo Programático
- Histórico
- Obrigações do Empresário
a. Registro
b. Escrituração
c. Demonstrações Contábeis
- Propriedade Industrial
- Contrato Social
- Sociedades
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Rafael Barreto Ramos
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09/02/12
Histórico
1. Histórico Geral
1.1. Antiguidade
Na antiguidade, não existia o Direito Comercial, ou seja, não havia um conjunto de normas
jurídicas destinadas a regular as atividades empresariais, mercantis.
Existiam normas que regulavam o comércio, porém estas eram esparsas, isoladas.
As TROCAS não são consideradas como atos mercantis. O sistema de permuta só funciona em
sociedades primitivas.
1.2. Roma
- O comércio não era uma atividade valorada pelo romano. Este valorava muito as atividades
intelectuais (filosofia, artes, etc.).
No início desta fase, o comércio praticamente se extingue, pois a produção passa a ser para a
mera subsistência.
Porém, com o passar do tempo, findam-se os conflitos, as pessoas migram para as cidades,
surgindo um comércio mais intenso.
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Rafael Barreto Ramos
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O Direito Comercial surge com as Corporações de Ofício, na Idade Média, sendo formado
pelas normas das corporações (assembleias dos comerciantes), decisões dos cônsules e
também pelos usos e costumes.
O Estado volta a se organizar, readquire suas forças. Porém, o Estado já aceita o Direito
Comercial como autônomo, independente e já legisla sobre tal.
Desde a Idade Média, os comerciantes vêm se tornando ricos, porém não detiam nenhum
poder.
Não há liberdade, pois só poderia ser comerciante quem participasse das Corporações de
Ofício. Proíbem-se então as Corporações de Ofício.
Não há igualdade, pois havia aplicação de direitos distintos, uma vez que o comerciante tinha
o direito comercial, criado por ele em seu benefício.
O direito comercial passa então a ser o direito de alguns atos, algumas atividades,
considerados Atos de Comércio e qualquer um que praticasse estes atos, listados em lei, em
caráter profissional, seria regulado pelo Direito Comercial.
Ocorre então a Revolução Industrial e, a partir desta, o mais importante deixa de ser o
comerciante (intermediador) e sim a indústria (produtor).
Empresa é atividade econômica organizada (em larga escala) para a produção e circulação de
bens ou serviços. A Teoria da Empresa vai incluir todas as atividades que geram lucro.
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14/02/12
2. História no Brasil
2.1. Luso-brasileiro:
No Brasil Colônia aplicava-se o Direito Português, adotando-se assim o Direito Comercial como
o Direito do Comerciante.
4 importantes atos:
Ao voltar para Portugal, Dom João, leva tudo consigo, fechando, inclusive, o banco do Brasil.
2.2. Brasileiro
Em 1833, forma-se uma comissão para a elaboração do Código Comercial Brasileiro, cujo
projeto é terminado em 1834 e, somente em 1850, é inaugurado o Código Comercial, que
vigora até os dias atuais.
Este Código foi baseado no Código de Napoleão, de 1808 e adota a teoria dos atos do
comércio.
Sua última grande alteração ocorreu em 2002, com o Código Civil, que passou a adotar a
Teoria da Empresa.
Definição
É o conjunto de regras jurídicas que regulam as empresas e os empresários, bem como os atos
considerados empresariais, mesmo que esses atos não se relacionem com as empresas.
- Empresa: é atividade econômica organizada (em larga escala) para a produção e circulação
de bens ou serviços.
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Nota:
Uma das principais fontes do Direito Empresarial são os costumes e é isto que o torna tão
volátil, dinâmico.
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16/02/12
1. Direito do Comerciante
Não é mais adotada por nenhum país do mundo. Estabelecia que era do Direito Comercial os
atos praticados pelo comerciante. Era considerado como integrante do Direito Comercial os
praticantes do comércio. É uma teoria SUBJETIVA, isto é, leva em consideração A PESSOA.
Teoria aplicada pela maioria dos países do mundo. Teoria de cunho OBJETIVO.
Todos aqueles que praticam os Atos de Comércio em caráter profissional serão regidos pelo
Direito Comercial.
3. Direito de Empresa
Considera que Empresa é atividade econômica organizada (em larga escala) para a produção
e circulação de bens ou serviços. A Teoria da Empresa vai incluir todas as atividades que
geram lucro.
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Porém o artigo 966, parágrafo único, exclui a atividade intelectual, de natureza científica,
literária ou artística.
Ex. Departamento jurídico, de engenharia da FIAT. / Cantores famosos (é montada uma marca
com o nome do cantor)
Art. 966.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o
exercício da profissão constituir elemento de empresa.
- Características
II. Internacionalidade: Visa o mercado externo a fim de ampliar a sua área de atuação.
“Quanto mais consumidores houver, melhor.”
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23/02/12
A divisão é apenas de cunho acadêmico, didático, uma vez que o direito como um todo é
indissociável.
1. Divisão Clássica
- Do comércio marítimo
- Dos contratos: não traz todos os contratos e não faz diferença dos contratos empresariais e
civis.
- Títulos de crédito: só traz a teoria geral. Os títulos em espécie são regulados em leis esparsas.
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Fontes
- Fontes materiais: são empregadas para designar os órgãos elaboradores das normas
jurídicas. Poder legislativo.
- Fontes formais: são os meios pelos quais as normas jurídicas se exteriorizam. Poder Judiciário
e Executivo.
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- Primitivas, diretas ou imediatas: são aquelas a que se recorre em primeiro lugar. São as leis
empresariais em sentido amplo.
- Secundárias, indiretas ou mediatas: são aquelas a que se recorre quando a resposta não é
encontrada na fonte primária.
3. Costumes
Ex. Filas
3.1. Requisitos
- Gerais e locais
II. Locais: se aplicam em determinadas localidades. Ex. Fechamento do comércio no horário de almoço.
- Gerais e especiais
II. Especiais: se utilizam em determinados ramos do Direito Empresarial. Ex. nomenclaturas e práticas do
Direito Marítimo.
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Rafael Barreto Ramos
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28/02/12
Segundo ele, a palavra empresa tem vários sentidos, isto é, pode ser utilizada em diversos
significados. Possui sentido poliedro.
1. Conceitos
1.1. Funcional: A empresa como sendo atividade, isto é, atividade econômica organizada para
a produção ou organização de bens ou serviços. - ATIVIDADE
2. Crítica
Caso empregue-se a palavra para vários conceitos, não se saberá ao ser sua utilização num
caso específico.
2. Patrimonial
Para que se utilizar o conceito de empresa no sentido patrimonial, uma vez que o conceito da
palavra ESTABELECIMENTO já está bem definido, delimitado.
3. Subjetivo
Para que se utilizar o conceito de empresa no sentido subjetivo, uma vez que o conceito da
palavra EMPRESÁRIO já está bem definido, delimitado.
4. Corporativo
Não há uma união efetiva entre empresário e empregados, uma vez que estes tem finalidades
divergentes. Há, na verdade, um certo interesse entre estes. É um conceito muito mais
filosófico que prático, real.
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O estabelecimento é utilizado pelo empresário para a empresa, sendo que tudo é controlado
pelo empresário.
Estes conceitos, apesar de distintos, são relacionados. Esta relação é conhecida como
TRILOGIA DO DIREITO EMPRESARIAL.
Aquela que não exerce as atividades discriminadas no art. 966, parágrafo único (vide abaixo).
Uma pessoa física pode se registrar na junta e constituir uma pessoa jurídica.
Espécies de empresários
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01/03/12
1. Requisitos Gerais
- Economicidade: são as atividades referentes à criação de riqueza, isto é, que visam LUCRO.
Nota:
Quando se é empresário irregular, tem-se todos os ônus do empresário, porém não possui os
bônus.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e,
simples, a cooperativa.
- Sociedade anônima: Tem como vantagem a captação de dinheiro. Ex. Faculdade pitágoras
II. Cooperativa INDEPENDENTEMENTE DE SEU OBJETO, será uma sociedade simples. É a reunião de
profissionais de um mesmo ramo com a finalidade de auxiliar o exercício da profissão.
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- Não ser legalmente impedido: Existem pessoas que, além do pleno gozo da capacidade
civil, por se encontrar em determinada situação, não podem ser EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS.
Nada impede que estes sejam sócios em sociedades.
b. Magistrados
c. Militares
até a sentença que extingue suas obrigações. Para extinguir as obrigações, deve-se pagar todos os
credores ou então 25% dos créditos quirografários (aquele que não possui nenhuma garantia), ou após
5 anos.
f. Os funcionários públicos, salvo como sócios que não exerçam cargos de administração
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06/03/12
2.1.1. Consequências da violação, da proibição (art. 973)
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer,
responderá pelas obrigações contraídas.
Pode ser empresário individual, desde que esteja devidamente regularizado no Brasil.
a. Absolutamente incapaz: aptos a assumirem seus direitos e obrigações, porém não podem exercê-
los, necessitando de representação.
I. Os menores de 16 anos;
II. Os que, por enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para a
prática desses atos;
II. Os ébrios habituais, os vinculados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido.
IV. Os Pródigos: São aquelas pessoas que não têm controle de seus gastos.
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c. Emancipação
São aquelas pessoas que apesar de não alcançarem 18 anos, por determinadas condições, possuem o
pleno gozo para a prática do atos da vida civil.
I. Concessão dos pais, mediante instrumento público por sentença do juiz se o menor tiver 16 anos.
V. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor de 16 anos tenha economia própria.
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08/03/12
É inserida no artigo 44 do código civil, como sendo uma nova figura/pessoa jurídica.
A lei não dispõe se essa pessoa é física ou jurídica. A maioria da doutrina defende que só pode
ser formada por pessoa física.
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa
antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos
da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz,
ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos
adquiridos por terceiros.
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da
sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará
que conceder a autorização.
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Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder
exercer atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.
§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser
conveniente.
- Comunhão universal de bens: todos os bens, inclusive os anteriores, passam a pertencer ao casal.
Justificativa do legislador: Tudo que pertence a um, já pertenceria a outro, constituindo-se então
sociedade.
Crítica:
Ex. Os cônjuges em regime de comunhão universal não poderiam comprar, em simultâneo, ações no
banco do brasil. Contudo, quando a empresa atinge certa magnitude, a fiscalização encontra grandes
dificuldades.
- Separação obrigatória: aquele que, POR LEI, obriga os cônjuges a se casarem no regime de separação
total dos bens.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime
de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
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13/03/12
É opção do empresário se quer ser regido pelo Direito Empresarial ou Direito Civil.
Caso queira ser regido pelo direito empresarial deverá se registrar na junta.
Intencionou o legislador que estes rurícolas fossem regidos pelo Direito Civil.
II. Praticantes do Agronegócio: grandes territórios que usam alta tecnologia, alto maquinário, planta-se
1 ou 2 culturas no máximo, produção em larga escala para ser vendido no mercado.
Intencionou o legislador que todos grandes rurícolas fossem regidos pelo Direito Comercial, porém esta opção é do
empresário.
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos
os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
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1. Registro de Empresas
As duas leis estão em vigor, porém o decreto veio regulamentar a lei anterior.
1.2.2. Juntas comerciais: Ou será uma autarquia estadual ou uma entidade ligada à secretaria
de segurança do estado. São aquelas que realizam efetivamente o registro. Cada estado possui
uma junta comercial, localizada, geralmente, em suas capitais.
- Função mista: ao mesmo tempo em que está ligada ao estado, está ligada à União.
O código civil prevê que, mediante lei, será necessário somente um registro, porém, na prática,
isto não ocorreria em virtude dos tributos, que são específicos para cada estado.
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1.3. Finalidades
1.3.1. Dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia nos atos jurídicos das
empresas mercantis.
1.3.3. Proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como o seu
cancelamento.
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15/03/12
1.4. Atos do Registro de Empresas
Ex. se o agricultar precisar de dinheiro, pega dinheiro emprestado e transfere o warrant para o credor;
1.4.2. Arquivamento
II. Os atos relativos a consórcio e grupo de sociedades (arts. 178 e 279 da lei 6404/71)
Consórcio possui um significado diverso do usual. Significa a união de dois ou mais empresários para um
determinado empreendimento. Cada um dos empresários terá uma tarefa distinta no empreendimento,
responderá somente pelos seus atos e possuirá personalidade jurídica distinta das demais. Findado o
empreendimento, se finda o consórcio.
Ex. Caso haja destituição do administrador da sociedade, enquanto o ato não for comunicado à junta
comercial, esta pessoa continuará sendo considerada como administradora da sociedade, respondendo
esta por todos seu atos.
1.4.3. Autenticação
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20/03/12
1.5. Procedimento
Obedecido o prazo de 30 dias, os efeitos do documento retroagem à época de sua feitura. (ex tunc).
Não obedecido o prazo de 30 dias, o documento só passa a ter validade após seu deferimento. (ex nunc)
II. Indeferido o arquivamento, o empresário terá 30 dias para sanar o vício ou pedir
reconsideração.
- Sanável: aquele que poderá ser corrigido em 30 dias. Não é necessário pagar as taxas da junta
novamente.
- Insanável: aquele que afetam a VALIDADE do ato jurídico. O indivíduo terá que corrigir o vício e pagar
os emolumentos (vantagem pecuniária) novamente. Ocorre nos casos de:
a. Agente Incapaz;
b. Objeto Ilícito;
c. Falta de consentimento.
III. Indeferido novamente, o empresário terá 30 dias para sanar o vício ou propor recurso ao
pleno da junta comercial. (PRIMEIRO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO)
Caso os órgãos não decidam no prazo, considerar-se-á o documento com arquivado. Porém,
nada impede que seja pedido seu “desarquivamento”.
Órgãos da Junta:
a. Vogal: aquele composto por apenas 1 funcionário. Decisão Singular. Prazo de julgamento de 3 dias
úteis. Decide sobre os atos não decididos originariamente pelo Órgão Pleno;
b. Pleno: aquele composto por 3 funcionários. Decisão Colegiada. Prazo de julgamento de 10 dias úteis.
Decide sobre os atos mais complexos, que são:
IV. Indeferido por mais uma vez, o empresário terá 30 dias para sanar o vício ou propor
recurso ao Ministro da Indústria e Comércio.
- Considerações
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- Responsabilidade ilimitada;
Os sócios não registrados terão responsabilidade ilimitada, uma vez que a pessoa jurídica só se forma
através do registro. Está é a chamada sociedade incomum.
IMPORTANTE:
SIM!
b. Quando o titular for casa e não tiver juntado a outorga do cônjuge, em havendo a incorporação de
imóveis à sociedade;
Se algum imóvel for dado para a sociedade, deve-se haver a autorização do cônjuge.
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a. Documentos que não obedecem à forma legal ou ferirem os bons costumes e a ordem pública;
Porém, neste caso, a junta comercial faz o papel da escritura, uma vez que já confere publicidade.
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27/03/12
O empresário rural e o pequeno empresário DEVEM efetuar o registro, porém este é feito de
uma FORMA MAIS SIMPLES. Este terá apenas a opção de ser regido pelo Direito Empresarial
ou Civil.
Inatividade da empresa
80% das novas empresas fecham num período de 3 anos. Porém, em virtude dos custos e
burocracia para fechar a empresa, os empresários simplesmente abandonam-na.
A junta comercial, antes de cancelar o registro, comunica a Receita Federal sobre a existência
de alguma dívida. Caso haja, o registro não será cancelado e a junta notificará a Receita
Federal para que esta realize a execução fiscal.
Caso não proceda nenhum arquivamento e ainda estiver ativo, deve-se NOTIFICAR A JUNTA
COMERCIAL para que não seja considerado inativo.
É o nome do empresário, que este é conhecido nos negócios e que vem na nota fiscal.
Nota:
3 tipos de nome:
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É o nome empresarial formado do nome dos sócios, acrescido ou não das palavras “e
companhia”.
1.2. Denominação
Pode-se colocar qualquer nome, desde que não gere conflitos relacionados à:
I. Veracidade
II. Autenticidade
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10/04/12
Nota:
- Para que o nome seja registrado este deverá ser homógrafo (mesma grafia) e homófono
(mesmo pronúncia). DEVE-SE ANALISAR TODO O NOME.
- Caso haja mais de um nome, prevalecerá o direito para aquele registrou o nome
primeiramente.
O nome empresarial NÃO PODERÁ SER VENDIDO, uma vez que este identifica a pessoa do
empresário, ou seja, faz parte de seu direito personalíssimo, tratando-se então de um direito
INDISPONÍVEL.
IMPORTANTE:
- Questão de prova:
Pode. O cancelamento do nome empresarial pode ser feito por QUALQUER PESSOA, desde que
esta DEMONSTRE que este nome NÃO ESTÁ SENDO UTILIZADO.
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6. Não são exclusivos para fins de registro ou proteção expressões e palavras que
denotem:
NADA IMPEDE A COMBINAÇÃO. Caso haja a combinação este nome se torna EXCLUSIVO,
mesmo que estes nomes sejam comuns.
Posto e Padaria
II. Gênero (padaria), natureza, espécie (vestuário), lugar (Barro Preto) e procedência (Belo
Horizonte), termos técnicos, científicos, artísticos e do vernáculo ou estrangeiros e outros de
uso comum ou vulgar;
Essa diferenciação ocorre em virtude do poder de barganha destas ser diferenciado, ou seja,
para que estas estejam aptas a competirem no mercado.
1. Legislação
2. Definições
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A lei vai excluir alguns empresários não serão considerados como ME ou EPP.
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não
beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata
o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos,
desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
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12/04/12
3. Para o arquivamento (do contrato social) é dispensado:
Altamente arriscado para o mercado, para a sociedade, para o governo, uma vez que
possibilita ao indivíduo dar o “calote” no governo diversas vezes.
Tem como finalidade tornar o a certidão MAIS BARATA, porém este fica todo lacunoso, cheio
de dúvidas, gerando então CONFLITOS.
Logo, acaba sendo mais lucrativo para os advogados a existência de contratos sociais mau
feitos.
Art. 68. Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, o empresário individual caracterizado como microempresa na
forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil
reais).
Nota:
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Sendo uma ME ou EPP, todas as vezes que estiverem reunidos mais de 50% das cotas, as
deliberações poderão ser tomadas.
Art. 70. As microempresas e as empresas de pequeno porte são desobrigadas da realização de reuniões
e assembléias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as quais serão substituídas por
deliberação representativa do primeiro número inteiro superior à metade do capital social.
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica caso haja disposição contratual em contrário, caso
ocorra hipótese de justa causa que enseje a exclusão de sócio ou caso um ou mais sócios ponham em
risco a continuidade da empresa em virtude de atos de inegável gravidade.
§ 2o Nos casos referidos no § 1o deste artigo, realizar-se-á reunião ou assembléia de acordo com a
legislação civil.
Art. 71. Os empresários e as sociedades de que trata esta Lei Complementar, nos termos da legislação
civil, ficam dispensados da publicação de qualquer ato societário.
Art. 72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil,
acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno
Porte”, ou suas respectivas abreviações, “ME” ou “EPP”, conforme o caso, sendo facultativa a inclusão
do objeto da sociedade.
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ESCRITURAÇÃO SÃO OS LIVROS REGULARES. Nestes livros fica registrada a vida do empresário,
isto é, todos os seus atos.
Nota:
- Registrar-se na junta;
1. Funções
1.1. Gerencial: É baseado nos livros contábeis que o empresário toma suas decisões, isto é, o
que está dando lucro, prejuízo, onde este deverá alterar seus investimentos, etc.
1.2. Documental: É baseado nos livros que os administradores prestam contas aos sócios e
conseguem dinheiro emprestado nos bancos.
1.3. Fiscal: A Receita Federal e o INSS fiscalizam os livros para verificar se todos os impostos
estão sendo pagos regularmente.
2. Espécies de livros
2.1. Obrigatórios: são aqueles que os empresários têm que ter para exercer sua atividade
regularmente.
2.2. Facultativos: são aqueles que AUXILIAM os empresários em suas decisões. Estes
geralmente os têm para facilitar as atividades de escrituração.
3. Livros obrigatórios
Ex. Empresário vende uma mercadoria, passa a duplicata para o banco e recebe o dinheiro.
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Fichas são folhas soltas. Se o empresário fizer escrituração por meio de fichas poderá OPTAR
para substituir o diário:
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17/04/12
4. Regularidade na escrituração
- Sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transporte para as
margens.
Se houver borrões, entrelinhas, etc. pode-se haver alterações do ocorrido a fim de beneficiar o
empresário.
- Termo de abertura
- Termo de Encerramento
Nota:
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5. Processos de escrituração
Na década de 60, era feito por máquinas de escrever através das fichas.
Na década de 80, surgem os computadores. Daí a contabilidade passa a ser feita através de
formulário contínuo.
Na década de 90, passa a ser feito através de fichas e microfichas. A vantagem da microficha é
a economia de espaço.
Todo empresário para exercer sua atividade regularmente, deve possuir os livros.
Em relação aos livros, adota-se o PRINCÍPIO DO SIGILO, salvo para duas exceções:
- Para fins fiscais: A fiscalização tributária (Fazenda Pública) e previdenciária (INSS) tem livre
acesso aos livros que LHE DIZEM RESPEITO.
Esta fiscalização pode ser surpresa, porém esta, geralmente, notifica o empresário e lhe dá um
prazo para estar com os livros ou apresenta-los.
I. Parcial: O juiz pode requerer a qualquer momento e até mesmo de ofício a fiscalização parcial, ou
seja, pode ocorrer A QUALQUER MOMENTO e DE OFÍCIO.
Se o empresário não apresentar seus livros, todos os fatos imputados contra si serão considerados como
verdadeiros.
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Rafael Barreto Ramos
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O empresário É DESAPOSSADO DE SEUS LIVROS, ou seja, estes devem ser entregues ao judiciário.
Se o empresário não entregar, o juiz ordenará a busca e apreensão dos livros. Se, ainda assim, os livros
não forem entregues, o empresário será PRESO por desobediência.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer
pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária
observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando
necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou
gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício,
ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do
empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para
deles se extrair o que interessar à questão.
§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos
judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar
pelos livros.
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro,
não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos
termos estritos das respectivas leis especiais.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do
empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.
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19/04/12
8. Eficácia probatória dos livros mercantis
Os livros empresariais, os livros contábeis PODEM SER UTILIZADOS como meio de prova, mas
não são considerados como uma prova “muito forte”, uma vez que o Código de Processo Civil
dispõe que o juiz apreciará o valor das provas.
Assim sendo, os livros, para serem utilizados como meio de prova, estes devem estar
regulares e estes não possuem muito peso em virtude de ser o próprio empresário quem lança
os livros.
Se os livros estiverem incorretos, é tido como prova contrária ao empresário. Somente podem
ser utilizados em sua integralidade, isto é, como um todo.
O empresário pode atuar sem seus livros sem cometer nenhum crime. Porém, se este falir,
este deverá falir, pois, caso não possua, cometerá um crime previsto na lei de falência.
Isto é, se o empresário vier a falir e não possuir seus livros comete um crime previsto na lei de
falência. (LEI 11.101/05)
- Inacessibilidade à recuperação
Caso o empresário não possua os livros, não poderá pedir nem a recuperação judicial, nem a
extrajudicial.
Nota:
- Recuperação
O empresário, atualmente, ao buscar o lucro, acaba exercendo uma função social, isto é,
desenvolve a região em que este se encontra, etc.
A lei então, quando o empresário está em crise, prevê a hipótese de recuperação. Ou seja, ao
invés de o empresário falir diretamente, este pede a recuperação.
I. Recuperação extrajudicial
No processo extrajudicial de recuperação, o empresário faz um acordo com os credores e recorre ao juiz
para que haja a homologação.
II. Recuperação
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A impossibilidade é imparcial em virtude de, caso o empresário não tiver seus livros, um outro
empresário poderá basear seu procedimento de verificação de conta através de seus livros.
- Ineficácia probatória
Se o empresário não possuir seus livros, não poderá utilizá-los como meios de prova.
Para não ser obrigado a fazer dois balanços (um em virtude do imposto de renda e outro
relacionado às demonstrações contábeis), o empresário estipula no contrato social que o
balanço sempre ocorrerá no dia 31 de dezembro.
- Instituições Financeiras
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Em casos de falência.
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24/04/12
Dificilmente o empresário consegue exercer suas funções sozinho, isto é, praticar todos os atos
sem possuir pessoas que lhe auxiliem.
Estas pessoas que ajudam o empresário são chamadas de agentes auxiliares, ou seja, são as
pessoas que vão ajudar o empresário no exercício de suas funções.
O Código Civil somente trata dos PREPOSTOS. Todo preposto é agente auxiliar, porém nem
todo preposto é agente auxiliar.
Ex. Gerente
O Direito empresarial somente traz as normas gerais sobre os agentes auxiliares, porque esta
relação de empregado com o empresário interessa ao Direito do Trabalho.
1. Classificação
1.1. Dependentes: São aqueles que exercem a função diretamente ligada por um contrato de
trabalho.
Aqueles que possuem um vínculo trabalhista, são regulados pelo Direito do Trabalho, possuem
carteira assinada, etc. É um trabalhador assalariado.
Nota:
1.2. Independentes: São aqueles exercem a função de forma autônoma, com um contrato
de prestação de serviço.
2. Regras Gerais
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da
preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele
contraídas.
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Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro,
nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob
pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
Aquele que possui uma posição de comando, controle. É aquele que POSSUI SUBORDINADOS
numa empresa.
Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em
sucursal, filial ou agência.
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos
os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.
Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois
ou mais gerentes.
Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do
arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado
serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.
Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do
mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.
Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome,
mas à conta daquele.
Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do
exercício da sua função.
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IMPORTANTE:
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos
encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos
como se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os
preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos
dolosos.
Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus
estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o
preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela
certidão ou cópia autêntica do seu teor.
É o conjunto de bens que o empresário reúne para a exploração de sua atividade econômica.
NÃO TEM COMO O EMPRESÁRIO EXERCER UMA FUNÇÃO SEM POSSUIR BENS.
IMPORTANTE:
Para a maioria da doutrina (inclusive para concursos), o IMÓVEL não faz parte do
estabelecimento.
O sobrevalor é o valor dado ao bem por este estar reunido com outros. Paga-se a mais em
virtude de este conjunto de bens já estarem estruturados para o exercício de determinada
atividade comercial.
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2. Elementos do estabelecimento
2.1. Capital
- Bens incorpóreos: aqueles que não possuem existência físicas, que são impalpáveis.
Nota:
NÃO FAZ PARTE DO ESTABELECIMENTO, uma vez que não se pode obrigar o cliente a comprar
o estabelecimento.
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26/04/12
3. Título do Estabelecimento
4. Insígnia
É o emblema/desenho ou qualquer outro sinal que sirva para distinguir o estabelecimento dos
seus congêneres.
5. Ponto Comercial
6. Ponto Comercial
Para aqueles que entendem que o imóvel não faz parte do estabelecimento, este não tem
nenhuma relação com o ponto comercial.
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A estabelece que o empresário que aluga um imóvel, após certo tempo, pode propor a ação
renovatória do contrato de locação, desde que preenchidos os requisitos legais.
Requisitos:
8. Exceção de retomada
- Insuficiência da proposta
- Proposta melhor de 3º
- Uso próprio
Nota:
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9. Indenização do ponto
Situações em que o locatário vai ser obrigado a sair, porém terá direito a indenização.
9.1. Pressuposto
d. Insinceridade da retomada
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08/05/12
10. Alienação do estabelecimento empresarial
Conhecido vulgarmente como “Passa-se o ponto”, sendo Trespasse o seu nome técnico.
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do
empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na
imprensa oficial.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da
alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento
destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente
obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos
outros, da data do vencimento.
“Se a dívida estiver nos livros, quem compra os bens, ‘compra as dívidas’”.
Contudo, o alienante vai ficar durante 1 ano solidariamente responsável pela dívida. Acontece
para evitar a “transferência do estabelecimento para um laranja”.
Caso não esteja contabilizado, o adquirente fica isento, respondendo, portanto, o alienante.
Então, pelas dívidas trabalhistas, tanto o alienante quanto o adquirente são responsáveis pela
dívida, ou seja, o trabalhador poderá cobrar tanto do alienante quanto do adquirente.
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11.3. Obrigações fiscais, no mesmo ramo (art. 133 do Código Tributário Nacional)
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo
de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão.
Ex. Compra-se todo o estabelecimento de um bar (panelas, estoque, etc.), porém o imóvel é
alugado. O comprador somente poderá permanecer no imóvel se o locador permitir.
SALVO CLÁUSULA EM CONTRÁRIO, o alienante não vai poder concorrer com o adquirente do
estabelecimento por um período de 5 anos.
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15/05/12
Propriedade empresarial/industrial
1. Legislação
Lei 9.279/96
2. Invenção
2.1. Invenção (Conceito Doutrinário): É dar aplicação prática ou técnica ao princípio científico
no sentido de criar algo novo, aplicável no aperfeiçoamento ou na criação industrial.
2.2. Modelo de Utilidade: É o objeto de uso prático, ou parte deste suscetível de aplicação
industrial, que apresente nova forma ou disposição envolvendo ato inventivo, que resulte em
melhoria funcional, no seu uso ou em sua fabricação.
Nota:
“Dá-se uma nova forma, uma nova configuração a algo que já existe.”
3. Segredo de empresa
É o não pedido da patente do empresário para não divulgar sua invenção, seu modelo de
utilidade.
Uma vez que muitos empresários preferem não patentear o produto para não “correr o risco
de ser copiado”.
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5. Marca de certificação
6. Marca coletiva
É a que informa ser o produto ou serviço fornecido por empresário filiado a certa entidade.
“O empresário que produz determinado produto que faz parte de outra entidade, que pode ou
não ter ligação com o produto produzido.”
7. Propriedade intelectual
Protege a ideia.
Nota:
- Natureza declaratória: “Serve somente para - Natureza constitutiva: altera o status jurídico.
demonstrar que determinada pessoa foi a Garante a exclusividade.
primeira a produzir.”
- Protege a ideia.
- Protege a forma.
- A exclusividade somente é obtida mediante o
- O REGISTRO NÃO É NECESSÁRIO para a registro ou patente.
obtenção da exclusividade no direito autoral.
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- Obra de arte: Tem como função somente embelezar ou demonstrar o poder econômico.
O desenho industrial, por sua vez, tem utilidade prática. Há somente uma exceção: as joias.
9. Patenteabilidade
- Exceção:
Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não compreendidos no
estado da técnica.
§ 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de
depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil
ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 17.
§ 2º Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no Brasil, e ainda
não publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de depósito, ou da prioridade
reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que subseqüentemente.
Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no assunto, não
decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.
Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico no assunto, não
decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica.
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Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação industrial quando
possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria.
- Produtos impedidos:
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três
requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º
e que não sejam mera descoberta.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou
parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua
composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições
naturais.
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10. Registrabilidade
- Novidade
Art. 97. O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual
distintiva, em relação a outros objetos anteriores.
Parágrafo único. O resultado visual original poderá ser decorrente da combinação de elementos
conhecidos.
- Atos impedidos:
II. Ofende a moral, os bons costumes, a honra, imagem da pessoa ou atente contra a liberdade de
consciência, crença, culto religioso ou contra ideias ou sentimentos dignos de respeito e veneração;
Art. 98. Não se considera desenho industrial qualquer obra de caráter puramente artístico.
I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou
atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou idéia e sentimentos dignos de respeito
e veneração;
II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por
considerações técnicas ou funcionais.
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- Novidade relativa
Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos do art. 6º bis (I), da
Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade Industrial, goza de proteção especial,
independentemente de estar previamente depositada ou registrada no Brasil.
§ 2º O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que reproduza ou imite, no todo ou
em parte, marca notoriamente conhecida.
Lista com mais de 50 itens que abrangem brasões, fórmulas matemáticas, bandeiras, etc.
IMPORTANTE:
Não tendo a proteção não quer dizer que não poderá ser usado.
I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, nacionais,
estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação;
II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou que
ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso
ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração;
IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria
entidade ou órgão público;
VI - sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando tiver
relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para designar uma
característica do produto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época
de produção ou de prestação do serviço, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
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VIII - cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo;
IX - indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa falsamente
induzir indicação geográfica;
X - sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do
produto ou serviço a que a marca se destina;
XII - reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de certificação
por terceiro, observado o disposto no art. 154;
XIII - nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico ou
técnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar confusão, salvo
quando autorizados pela autoridade competente ou entidade promotora do evento;
XIV - reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país;
XV - nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo com
consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
XVI - pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo com
consentimento do titular, herdeiros ou sucessores;
XVII - obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo direito
autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com consentimento do autor ou
titular;
XVIII - termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou
serviço a distinguir;
XIX - reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia
registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de
causar confusão ou associação com marca alheia;
XX - dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no caso de
marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva;
XXI - a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda, aquela que
não possa ser dissociada de efeito técnico;
XXII - objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; e
XXIII - sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente não
poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado em território
nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento,
se a marca se destinar a distinguir produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar
confusão ou associação com aquela marca alheia.
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17/05/12
11. Proteção do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)
11.1. Conceito
Autarquia federal, cuja sede está no Rio de Janeiro com filial nas principais cidades responsável
pela concessão de patentes e registro.
Em Belo Horizonte está localizado na Av. Amazonas, próximo à praça Raul Soares.
11.2. Procedimento
II. Publicação: Após os 180 dias, o pedido será publicado por 60 dias na revista do INPI para os
interessados apresentarem a contestação;
III. Exame: Exame de preenchimento dos requisitos, dos impedimentos, da contestação, etc.
Nota:
A partir do momento que cai em domínio público, qualquer pessoa poderá utilizar a marca,
invenção, etc.
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Nota:
Passados 25 anos, o design perderá sua exclusividade.
A marca, por sua vez, caso devidamente registrada, não perderá sua exclusividade, não
podendoser utilizada.
Ex. Caso alguém queira produzir uma Ferrari ano 1985, poderá utilizar-se do design sem
problema algum. Porém, não poderá utilizar a marca.
12.2. Caducidade
12.3. Renúncia
- Degeneração de marca notória: Ocorre nos casos em que a marca passa a identificar o
produto.
- Concorrência Desleal (art. 195): Quando uma pessoa tenta enganar o público em geral com
marcas extremamente semelhantes ou iguais.
Quando se quer utilizar uma marca que já existe ou outra que gere confusão, comete-se o
crime de concorrência desleal.
I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de obter
vantagem;
II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem;
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem;
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão entre os
produtos ou estabelecimentos;
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou vende, expõe
ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências;
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VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou razão social
deste, sem o seu consentimento;
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve;
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto adulterado ou
falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, embora não adulterado ou
falsificado, se o fato não constitui crime mais grave;
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou recompensa, para, faltando ao
dever de empregado, proporcionar vantagem a concorrente do empregador;
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou informações a que se refere o
inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; ou
XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de patente depositada, ou
concedida, ou de desenho industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o, em anúncio ou papel
comercial, como depositado ou patenteado, ou registrado, sem o ser;
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de resultados de testes ou outros dados não
divulgados, cuja elaboração envolva esforço considerável e que tenham sido apresentados a entidades
governamentais como condição para aprovar a comercialização de produtos.
§ 1º Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio ou administrador da
empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos mencionados dispositivos.
§ 2º O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão governamental competente
para autorizar a comercialização de produto, quando necessário para proteger o público.
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Sociedade
- Sociedade de pessoa
Aquela em que o elemento mais importante é a figura dos sócios, ou seja, aquela em que as
pessoas são o elemento mais importante. A sociedade vive em função de seus sócios.
- Sociedade de capital
Ex. Bancos
I. Penhora de cotas
- Na sociedade de pessoa, a penhora das cotas NÃO É PERMITIDA. Neste caso, pode-se penhorar
somente os rendimentos.
II. Extinção
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- Responsabilidade ilimitada
- Responsabilidade mista
Aquela em que alguns sócios têm responsabilidade limitada e outros têm responsabilidade
ilimitada.
- Responsabilidade limitada
- Sociedade simples
- Sociedade empresária
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24/05/12
Tipos Societários
1.1. Definições
- Conceito: É a sociedade cujo ato constitutivo não está inscrito, ou seja, não é registrada.
- Responsabilidade dos sócios: Todos os sócios têm responsabilidade solidária e ilimitada pelas
obrigações sociais.
1.3.2. Sociedade irregular: Por ter se alterado os sócios em demasia, esta se torna irregular.
A sociedade continuaria registrada, não perdendo sua personalidade jurídica. Neste caso, os SÓCIOS
responderiam pelos atos irregulares.
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Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em
organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem
compatíveis, as normas da sociedade simples.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a
existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em
comum.
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo
pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou
deva conhecer.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do
benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
É uma sociedade que, mesmo não possuindo registro, é considerada regular. Será constituída
por um sócio ostensivo que é empresário e realiza todos os negócios em seu próprio nome,
respondendo ilimitadamente pelas obrigações sociais.
Ou seja, em linhas gerais, é a sociedade em que aparece apenas um sócio, ficando os demais
ocultos. Este sócio se apresenta como empresário individual e responderá como empresário
individual, isto é, ilimitadamente.
Ex. Motel em que um dos sócios deseja permanecer oculto a fim de evitar que o nome de sua
família seja denegrido.
IMPORTANTE:
- Questão de prova:
E se o sócio ostensivo registrar na junta comercial o contrato que possui com o sócio oculto?
Qual será a consequência deste contrato? A sociedade adquiriria personalidade jurídica?
O contrato somente geraria cumplicidade e não alteração, uma vez que esta sociedade é feita
para funcionar desta maneira. Desta forma, a sociedade NÃO ADQUIRIRIA PERSONALIDADE
JURÍDICA.
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Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante
este, o sócio participante, nos termos do contrato social.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu
instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante
não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder
solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial,
objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.
§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da
falência nos contratos bilaterais do falido.
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o
consentimento expresso dos demais.
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for
compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à
prestação de contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas
no mesmo processo.
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- Conceito: É uma sociedade que, apesar de ser registrada, todos os sócios são pessoas físicas e
possuem responsabilidade solidária e ilimitada.
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo
todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato
constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso,
pelas do Capítulo antecedente.
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social.
Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos
limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a
liquidação da quota do devedor.
II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no
prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e,
se empresária, também pela declaração da falência.
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4. Sociedade em Comandita¹
¹Sociedade em Comandita: sociedade que possui um administrador que responde ilimitadamente.
4.1.1. Conceito
Aquele que é sócio, que investe o capital, porém não pode administrar. É o investidor. Não
responde ilimitadamente.
NÃO PODE SER PESSOA JURÍDICA, uma vez que o administrador deve necessariamente ser
pessoa física.
Para nome empresarial adota uma firma e no fim sempre terá “e cia” ou “e companhia”.
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Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os
comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os
comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota.
Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no
que forem compatíveis com as deste Capítulo.
Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em
nome coletivo.
Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as
operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social,
sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.
Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio
determinado e com poderes especiais.
Art. 1.048. Somente após averbada a modificação do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, a
diminuição da quota do comanditário, em conseqüência de ter sido reduzido o capital social, sempre
sem prejuízo dos credores preexistentes.
Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo
com o balanço.
Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não pode o comanditário receber
quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele.
Art. 1.050. No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato,
continuará com os seus sucessores, que designarão quem os represente.
II - quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio.
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4.2. Sociedade em comandita por ações (art. 1090 a 1092 e lei 6.404/76)
4.2.1. Conceito
Tudo que é decidido em assembleia, o sócio(s) administrador(es) tem que concordar, pois este
possui responsabilidade ilimitada.
Para nome empresarial, adota uma firma ou denominação. No caso de denominação, ao final,
terá a expressão “comandita por ações”.
Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas
normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e
opera sob firma ou denominação.
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde
subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
§ 2o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente
poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital
social.
§ 3o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações
sociais contraídas sob sua administração.
Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial
da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures,
ou partes beneficiárias.
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