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O fechamento do aterro sanitário de Marituba foi anunciado para o final de maio de 2019 pela

empresa Guamá Tratamento de Resíduos, atual responsável pelo tratamento do lixo coletado em
Belém, Ananindeua e Marituba, todos localizados na região metropolitana. A interrupção do serviço
afetaria mais de 2,5 milhões de pessoas.

Em julho de 2019, em reunião com a participação de representantes das empresas, das prefeituras,
além do Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado (PGE), um acordo foi firmado, perante
ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), entre o Estado do Pará, os municípios de
Ananindeua, Belém e Marituba e empresas de tratamento de resíduos - Guamá Tratamento de
Resíduos, Solvi Participações, Revita Engenharia e Vega Valorização de Resíduos. O acordo
firmado tem como objetivo regulamentar o funcionamento da Central de Processamento e
Tratamento de Resíduos de Marituba (CPTR) a 1º de junho de 2019 e vigência por mais 24 meses.

No acordo, as Prefeituras assumiram a obrigação de apresentar um cronograma de metas apontando


soluções para a deposição dos resíduos sólidos de cada município.

- O governo do Pará participou e acompanhou todo o processo de negociação judicial, por meio da
Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas), sobre a operação do aterro de Marituba.

- O acordo está em vigor.

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Justiça estadual acatou o pedido de execução de título executivo judicial feito na última terça (13)
pela promotora Elaime Moreira, que responde pela da 5ª Promotoria de Justiça de Marituba, e
determinou que as empresas responsáveis pelo empreendimento do Aterro Sanitário localizado no
município cumpram com a cláusula 3.1, do acordo judicial firmado perante o Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, que prevê as obrigações de natureza licenciatória.

O acordo foi realizado e homologado nos autos do recurso de Agravo de Instrumento, e foi apurado
que houve o descumprimento dos termos das autorizações e licenças ambientais. A cláusula 3.1 do
acordo prevê o cumprimento das obrigações e as condicionantes das licenças ambientais expedidas
para as fases de alteamento e demais etapas a serem licenciadas para atender o funcionamento do
empreendimento por mais dois anos (item 1.1), dentro dos prazos estabelecidos pela Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Entre os fatos que levaram a constatação de que houve descumprimento ao teor das licenças
ambientais e autorizações de funcionamento expedidas pela Semas, estão os vazamentos ocorridos
nos dias 20, 21, 23 e 27 de fevereiro de 2020, que somente foram levados ao conhecimento do
órgão ambiental somente no dia 27, ou seja, dias após a primeira ocorrência, quando, na verdade, a
obrigação do empreendedor era a de comunicar imediatamente a ocorrência de qualquer acidente
que pudesse causar dano ambiental. Esta condicionante consta nas licenças anteriormente vigentes,
bem como também foram inseridas nas licenças atuais do empreendimento e nas autorizações
expedidas.

PRAZO

A decisão, datada do último dia 15, determina a intimação das empresas Guamá Tratamento de
Resíduos, Solvi Participações, Revita Engenharia e Vega Valorização de Resíduos para que, no
prazo de 15 dias úteis, realizem o adimplemento voluntário das obrigações, comprovando o
cumprimento do acordo judicial firmado, demonstrando que estão tomando as providências nos
moldes e nos prazos estabelecidos nas licenças e autorizações expedidas pelo órgão licenciador.

Em caso de descumprimento será aplicada multa diária no valor de R$ 5 mil para cada uma das
empresas até o limite de R$ 200 mil para cada uma delas. “O Ministério Público entende
imprescindível que as empresas sejam compelidas a apresentar com clareza a comprovação do
pleno adimplemento da mencionada cláusula na contemporaneidade, inclusive demonstrando que a
integralidade das condicionantes foi devidamente cumprida e no prazo determinado pelo órgão
ambiental licenciador”, destacou a promotora de Justiça Elaine Moreira no pedido de execução
judicial.

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No dia 23/07/2019 foi realizada reunião da audiência de conciliação para definir operação do aterro
de Marituba
Participaram representando o Estado a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Semas
Operação envolve os municípios de Belém, Ananindeua e Marituba

Foi negociada atualização do valor pago pelas prefeituras de Belém e Ananindeua para descarregar
o lixo produzido nas cidades, para R$90 reais por tonelada levada ao lixão de Marituba

Segundo a procuradora Fernanda Sequeira, SERIA REALIZADA perícia pelo judiciário para
aferição do real valor do serviço
Novo valor é praticado desde o dia 1º de janeiro de 2020, com efeito retroativo a contar de outubro
de 2019 (QUAL VALOR?)
A diferença será parcelada em 12 vezes pela empresa ou pelas prefeituras

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No dia 03/05/2019, a Semas notificou a empresa responsável pelo aterro sanitário de Marituba, na
Região Metropolitana de Belém para entregar informações complementares ao Relatório Técnico,
encaminhado à Secretaria pela direção do empreendimento no dia 30/04/2020

O documento apresentado pela empresa pede o licenciamento ambiental necessário para o início das
obras destinadas a prolongar o funcionamento do aterro por mais 15 meses.

Informações exigidas pelas Semas:


Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável pela elaboração dos projetos,
programas, planos e execução das obras
Laudos de estabilidade do maciço, acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
do profissional habilitado

Após a notificação, a empresa tem o prazo de cinco dias corridos para entregar as informações
solicitadas.

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