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INICIALMENTE EU NÃO VOU FICAR PRESO NA SEGMENTAÇÃO, VOU COMEÇAR COMO UMA AGÊNCIA

GENERALISTA PARA FAZER UM CAIXA RÁPIDO, DEPOIS EU FAÇO A SEGMENTAÇÃO.

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Compras online
Segundo dados da Statista, na primeira quinzena de março de 2020, o comércio
eletrônico aumentou 40% em comparação com o mesmo período em 2019. A compra online
virou uma alternativa para diminuir as possibilidades de contágio, e os produtos
oferecidos são variados e de diferentes segmentos, começando pelos essenciais, como
supermercados e farmácias.

Setor farmacêutico
O ramo está entre os de maior crescimento neste período, a venda online de produtos
relacionados a saúde vem somando mais de 120% de aumento (segundo a Statista). Os
consumidores vêm se rendendo aos canais digitais e realizando a compra por
aplicativos, redes sociais, sites e até mesmo telefone.

Delivery
Empresas que não utilizavam o serviço passaram a usar, já que graças a ele é
possível continuar atendendo, mesmo de portas fechadas. Entre os negócios que se
destacam com o serviço estão restaurantes, papelarias, pequenas lojas de roupas e
de higiene e beleza.

Supermercados
Como os consumidores estão ficando mais tempo em casa, o comportamento das compras
foi alterado. A procura por itens de comida caseira, assim como de higiene do lar,
vem aumentando, e os supermercados e mercearias desenvolveram estratégias para para
oferecer seus serviços, como aplicativos de delivery e canais de mensagens
instantâneas.

Marmitas
Empreendedores que atuam nesse mercado ganham relevância, considerando que muitas
famílias precisam não só manter a rotina de trabalho em home office, como também
atender os filhos, que estão com as atividades presenciais escolares suspensas.
Segundo dados do Ministério da Economia, o ramo de alimentação para consumo
domiciliar já estava em expansão, com um crescimento de mais de 130% nos últimos
cinco anos.

Bebidas
Com bares e restaurantes fechados, muitas pessoas estão recorrendo ao delivery de
bebidas e cervejarias locais. Para fabricantes de bebidas alcoólicas, o aumento das
vendas fora das instalações é um ponto positivo, principalmente para mostrar ao
consumidor essa nova alternativa, que pode gerar novos atendimentos no pós-crise.

Pets
O destaque é para os produtos de recreação no lar, principalmente para esse período
em que ambos – donos e animais – precisam se distanciar dos ambientes ao ar livre.
Com isso, o delivery, que antes não era muito solicitado, cresce e deve permanecer
no futuro.

Exercícios em casa
É uma solução encontrada para que profissionais continuem prestando serviço em meio
a essa pandemia. As aulas online vêm conquistando alunos, e mesmo sabendo que não
haverá quase nenhum retorno financeiro imediato, espera-se uma recompensa no longo
prazo, graças à divulgação e marketing.

Itens de informática
Com o home office, muitos itens de informática estão sendo requisitados,
principalmente mouses, teclados, laptops e cadeiras para uso de computador. Os
itens para produção de vídeos e transmissões ao vivo também tiveram maior procura,
entre eles os tripés para celular, iluminadores e microfones.

Serviços de casa e construção


Com as pessoas passando mais tempo em casa, os ambientes domiciliares se
transformaram em escritório para trabalhar em casa. Dessa forma, os serviços de
arquitetos, decoradores, marceneiros e demais profissionais da área de decoração,
bem como as vendas de produtos relacionados, também estão sendo prccurados.

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/mercados-em-alta-em-meio-a-
crise-do-coronavirus,3d739fa236e02710VgnVCM1000004c00210aRCRD

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A começar pela precipitação de tendências que já vinham se consolidando antes da
crise, como o aumento de pedidos de delivery a partir da comodidade trazida por
aplicativos. Essas ferramentas têm registrado evolução significativa de seus
números: sem poder frequentar restaurantes, os clientes encontram a alternativa de
pedir em casa seus pratos preferidos, entre outros serviços disponibilizados pelas
empresas de entrega. O aplicativo Rappi, por exemplo, teve aumento de 30% nos
pedidos nas primeiras semanas de distanciamento social.

Outro segmento que já vinha em ascensão e, de repente, foi catapultado a outro


patamar é o de produtos e serviços relacionados ao teletrabalho. “Uma área que
cresceu muito é a de infraestrutura de home office. As pessoas buscam mobiliário,
cadeiras mais ergométricas. Também tem um efeito sobre upgrade de planos de banda
larga para trabalhar em casa, além de noteboooks e tablets para as pessoas estarem
online e acompanharem uma aula, por exemplo”, explica Paulo Renato Macedo, gerente
de inovação do Sebrae.

Os cursos online, aliás, são outro segmento que experimenta aumento em suas
atividades durante a pandemia. Assim como os aplicativos de delivery e a migração
para o home office, já se mostravam como tendência antes da crise. Plataforma que
alia educação e entretenimento, a Curseria registrou crescimento de 500% na procura
por seus cursos online no último mês.

Negócios mais tradicionais, no entanto, têm sofrido mais. Quem depende do movimento
de uma loja, em um modelo mais antigo que conta com a circulação de pessoas, tem de
se adaptar para sobreviver. “Por oportunidade, os empresários vão entender que a
transformação digital é vantajosa”, destaca Paulo Renato, que exalta a importância
de capacitação para essa migração e cita como opção o Sebrae Acelera Digital,
jornada online de 10 dias com grupos de empresários para que impulsionem a
transformação digital de seus negócios.

É uma alternativa que os faria surfar a onda do e-commerce: de acordo com


levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), houve até um
baque inicial da pandemia nas duas primeiras semanas de isolamento, com redução de
19,24% nas vendas pela internet em relação à primeira quinzena de março. Nas duas
semanas seguintes, porém, mostrou-se o potencial desse setor, com crescimento de
28,83% nas transações.

Apoiar-se nestes segmentos que crescem, portanto, pode ser a chave para atravessar
a crise sem tantos sobressaltos. “Esses aplicativos de delivery, por exemplo,
representam canais que facilitam com que as empresas entreguem seus produtos de
novas formas. O aplicativo oferece a tecnologia, retirando essa barreira para o
pequeno empresário. A meu ver, é algo que não é passageiro. Estamos falando de um
novo contexto mercadológico. No momento em que há uma quebra de crenças e barreiras
para usar o serviço, percebe-se o quanto são mais práticos”, detalha Rubens Massa,
professor do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV EAESP.
https://g1.globo.com/especial-publicitario/vae/noticia/2020/04/30/na-contramao-da-
crise-os-setores-da-economia-que-crescem-na-pandemia.ghtml

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Desde que surgiram os primeiros indícios da gravidade da pandemia de Covid-19,
institutos de pesquisas e organizações internacionais estão tentando calcular os
prejuízos econômicos e no mercado de trabalho. No último dia 22, a Fitch Ratings,
uma das principais agências de classificação de risco de crédito, divulgou um
levantamento onde aponta uma queda de 3,9% no PIB global. No fim de março, a OIT
(Organização Internacional do Trabalho) previu que a paralisação da economia pode
exterminar 25 milhões de empregos em todo o mundo.

O isolamento social imposto para tentar conter a disseminação do novo coronavírus


provocou mudanças na nossa rotina, com efeito cascata. Muitos setores estão sendo
altamente impactados – turismo, eventos e o comércio físico são apenas alguns
deles. Mas, como em qualquer crise, enquanto alguns perdem, outros ganham.

Uma pesquisa realizada pela SEMrush, companhia norte-americana especializada em


marketing digital, analisou o impacto da pandemia no comportamento online das
populações para entender quais setores e empresas foram mais e menos afetados.
“Muitas empresas foram impactadas negativamente, como o setor aéreo, que é o que
mais sofre neste cenário. Mas o resultado das pesquisas mundiais na internet deixa
claro que os serviços que ajudam no trabalho em casa e no entretenimento estão se
destacando positivamente neste cenário”, afirma Maria Chizhikova Marques,
coordenadora de mercado da SEMrush.

Entre os segmentos com maior impacto positivo nos últimos meses está o de
plataformas de trabalho remoto. O Zoom, ferramenta de videoconferências e webinars
cuja popularidade disparou com o home office e a transferência das aulas para o
ambiente virtual, saiu de 10 milhões de usuários em dezembro para 200 milhões em
março. Só no dia 1º de abril, mais de 25 milhões de reuniões foram realizadas de
maneira online em todo o mundo pela plataforma. Mesmo com as suspeitas levantadas
sobre privacidade, as ações da empresa, que valiam US$ 68 em janeiro, fecharam no
dia 22 de abril em US$ 150,25. O aumento é surpreendente, principalmente se
levarmos em consideração que as bolsas estão caindo mais de 30%.

Já o Skype registrou aumento de 70% em março, segundo a Microsoft, e os minutos de


chamadas entre contas da plataforma mostraram incremento de 220% em relação a
fevereiro. O Hangouts Meet, do Google, aumentou 25 vezes na comparação entre os
dois primeiros meses do ano, e constatou crescimento diário de 60% nas últimas
semanas.

E, ao que tudo indica, essa é uma tendência que deve se manter em alta mesmo após a
pandemia. Prova disso é que o Facebook anunciou, na sexta-feira (24), uma
ferramenta de videoconferência e expandiu recursos de transmissão de vídeos ao
vivo. A companhia afirmou que o Messenger Rooms permitirá reuniões com até 50
pessoas, sem limite de tempo, e terá um layout semelhante ao oferecido pela rival
Zoom, com a exibição das imagens de 16 participantes na tela do computador e de até
oito nos dispositivos móveis. O lançamento estava programado para o terceiro e
quarto trimestres, em fases, mas foi antecipado depois que a rede social constatou
o salto nas chamadas em grupo durante a pandemia.

Jose Luis pelaes/Getty Images

FITNESS DIGITAL

Com um terço da população mundial em casa – e as academias fechadas – outro setor


que ganhou impulso foi o de ferramentas online para a prática de exercícios físicos
e as compras de equipamentos pela internet. Segundo a SEMrush, os volumes de busca
por cordas de pular e halteres aumentaram 70%, enquanto no caso da yoga online o
incremento foi de 66%.

A brasileira Centauro, rede varejista de equipamentos, roupas e calçados esportivos


que anunciou descontos expressivos em itens para a prática de exercícios em casa,
viu a venda de apoios para flexão de braços crescer 12.423% em seu ecommerce entre
20 de março e 13 de abril deste ano na comparação com o mesmo período do ano
passado. No caso das anilhas, o incremento foi de 2.688% e, dos halteres, 2.392%.
As faixas elásticas e caneleiras também registraram aumento nas vendas de 16 e 14
vezes, respectivamente. Já a comercialização de bicicletas para spinning aumentou
mais de 3.000%.

No fitness digital – setor que movimentou US$ 3,6 bilhões no ano passado só nos
Estados Unidos – também já é possível observar crescimento. A Peloton – onde um dos
principais negócios são aulas remotas de spinning pagas por meio de assinatura
mensal – viu suas ações valorizarem 9,2% no início de março depois que o número de
downloads de seu aplicativo quintuplicou em relação a fevereiro. Até agora, a
valorização já é de 60%. Na semana passada, a empresa registrou sua maior aula
virtual: 23 mil participantes.

Outra plataforma do tipo, o Aaptiv, também constatou aumento na demanda. Em


declarações à imprensa norte-americana, o CEO e fundador da empresa, Ethan Agarwal,
disse que “o engajamento em programas que não exigem equipamentos cresceu 50% [na
semana de 16 de março], enquanto, normalmente, o engajamento é o mesmo para
modalidades com e sem aparelhos”.

Divulgação

PLATAFORMAS DE STREAMING

Outra forte tendência detectada pelo levantamento foi o aumento no interesse,


traduzido nas pesquisas, dos principais serviços de streaming durante o mês de
março. As buscas pelo Disney+ em fevereiro cresceram 43,5% à medida que as
discussões sobre restrições e quarentena começaram a surgir, movimento que refletiu
no valor da empresa: US$ 46,7 bilhões antes de 7 de abril contra US$ 54 bilhões
depois dessa data, de acordo com um grupo de analistas do Well Fargo.

O Hulu, outro serviço de streaming da Disney com uma participação minoritária da


Comcast, também vale mais no mundo pós-pandemia: passou de US$ 22,2 bilhões para
US$ 27,1 bilhões, uma valorização de 22%.

A Netflix, que divulgou resultados na semana passada, surpreendeu ao revelar que


adicionou mais assinantes pagos do que o esperado no primeiro trimestre. O
resultado – 15,77 milhões de novas assinaturas – foi contra as expectativas dos
analistas, que apostavam que esses serviços estariam entre os primeiros itens a
serem cortados pelas pessoas em meio à crise econômica que assola o mundo. Para
efeito de comparação, os novos assinantes somaram 8,76 milhões no trimestre passado
(de outubro a dezembro de 2019). O movimento levou a receita da companhia para US$
5,77 bilhões no trimestre. No dia da divulgação do balanço (21), as ações da
gigante do streaming, que já subiram 35% este ano, avançaram 4% no after-market.

Divulgação

DELIVERY DE COMIDA E SUPERMERCADO

Como na maioria dos países onde as pessoas estão em quarentena os restaurantes


ainda podem enviar pedidos por meio de aplicativos, essas plataformas têm corrido
para atender à demanda, principalmente com a contratação de novos entregadores.
Segundo levantamento da AppsFlyer – plataforma de monitoramento e mensuração de
downloads e uso de aplicativos presente em 98% dos smartphones de todo o mundo – as
ferramentas de delivery de comida cresceram 78% em instalações entre os dias 17 de
março e 13 de abril no Brasil, mantendo-se estáveis até dia 20 de abril.

O Delivery Direto, que pertence à Locaweb e atua como uma plataforma alternativa às
mais tradicionais com cerca de 350 mil entregas por mês, registrou um aumento de
10% nos últimos dias. Dentre as cidades em que a plataforma opera, o Rio de Janeiro
presenciou o maior volume de entregas, com 22,6%. O município é seguido por São
Paulo (15,5%), Belo Horizonte (4%), Curitiba (3,9%), Porto Alegre (2,8%) e Recife
(2,6%).

“O delivery tem se consolidado como uma tendência para o consumidor que busca
comodidade e praticidade, no entanto, no atual cenário, vemos o serviço também como
uma opção tanto para o restaurante que precisa manter sua operação saudável e pode
contar com uma plataforma para ter maior organização e autonomia de operação,
quanto para o cliente que quer receber suas refeições em casa”, diz Allan
Panossian, cofundador e CEO do Delivery Direto.

A colombiana Rappi relatou que a operação brasileira registrou uma demanda três
vezes maior a partir de março na comparação com os meses anteriores. As categorias
com maior aumento foram farmácias, restaurantes e supermercados.

Já o Uber Eats constatou um aumento significativo nos pedidos para restaurantes


independentes desde as últimas semanas de março, com mais usuários procurando
apoiar as empresas locais. Além disso, em toda a região, observou que o interesse
dos restaurantes em incorporar a opção de entrega em domicílio através do Uber Eats
cresceu 10 vezes.

Quem também registrou um crescimento repentino foi a Shopper, startup que ajuda os
consumidores a planejarem suas compras de supermercado que atende a 750 bairros da
cidade de São Paulo e municípios próximos. Em março, o faturamento da empresa mais
do que dobrou e sua base de usuários foi de 130 mil para 240 mil pessoas.

Getty Images

COMÉRCIO ELETRÔNICO

Na sexta-feira também foram divulgados os resultados do varejo digital no Brasil


durante o primeiro trimestre do ano pela Compre&Confie, empresa de inteligência de
mercado com foco em e-commerce. Segundo o levantamento, o comércio eletrônico
cresceu de forma significativa no trimestre. O faturamento atingiu R$ 20,4 bilhões,
alta de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado, um reflexo do aumento
expressivo do volume de compras realizadas pela internet: 49,8 milhões, número
32,6% maior do que o do primeiro trimestre de 2019.

Apesar do incremento no número de pedidos, o estudo também concluiu que os


consumidores estão gastando bem menos em suas compras online. O tíquete médio dos
pedidos realizados no primeiro trimestre foi de R$ 409,50 – valor 4,5% menor do que
o registrado em 2019 –, um fator já relacionado à chegada do coronavírus ao Brasil.

“A Covid-19 já provoca mudanças estruturais no hábito dos consumidores de varejo


digital. Com as medidas de isolamento implantadas no fim de março, cada vez mais
pessoas optam por adquirir pela internet itens de necessidade básica, como produtos
de supermercado ou de farmácia. Enquanto isso, itens de maior valor agregado, como
eletrônicos, ficam em segundo plano. Essa conjuntura ajuda a explicar a queda do
tíquete médio no período”, explica André Dias, diretor executivo do Compre&Confie.

Segundo o levantamento da SEMrush, o Submarino e a Lojas Americanas experimentaram


um aumento de tráfego de 16,2% e 20,8%, respectivamente, de janeiro para março de
2020.

Nos Estados Unidos, a Amazon anunciou, no dia 13 de abril, que contrataria 75 mil
novos funcionários para dar conta do aumento da demanda só no mercado norte-
americano. No dia 16 de abril, a gigante do comércio eletrônico online atingiu
valor de mercado recorde: US$ 1,2 trilhão, uma valorização de 28,6% no ano.

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Endeavor propõe medidas para salvar a inovação no Brasil

Organização mundial de apoio a empreendedores com presença no Brasil, a Endeavor


divulga hoje (27) um posicionamento oficial que reúne medidas para salvar as scale-
ups do país, concentradas em três frentes: flexibilização do acesso a crédito,
diferimento de tributos e clareza e segurança jurídica para implementação das
medidas trabalhistas.

O documento, enviado a órgãos do governo e bancos públicos, apoia-se em pesquisas,


benchmarks de medidas adotadas em outros países e recomendações de especialistas.
Ele também leva em consideração os principais desafios das empresas inovadoras
nesse momento de crise. O objetivo é minimizar a ameaça que a pandemia de
coronavírus representa às empresas de alto crescimento (EACs) que, segundo o Banco
Mundial, são motores poderosos de crescimento de empregos, inovação e produção.
Hoje, no Brasil, elas representam 0,5% das empresas em atividade, mas são
responsáveis por gerar 70% dos novos empregos no país, segundo levantamento feito
pelo IBGE em 2018.

“Nesse momento de crise, os meses viraram semanas e os dias viraram horas. Quando
pensamos nas empresas mais inovadoras do país, podemos vê-las morrer nos próximos
quatro meses se nada for feito. É urgente que decisões sejam tomadas pelo poder
público para salvar a inovação e empregos do país”, diz Camilla Junqueira, diretora
geral da Endeavor. O detalhamento das medidas está disponível no site da entidade.

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Plug and Play anuncia primeiro grupo de startups para programa de aceleração

A Plug and Play anunciou as 21 startups escolhidas para sua primeira turma de
aceleração no Brasil. O grupo inicial é composto de startups de serviços
financeiros e de agronegócio, que participarão do processo virtualmente nos
próximos três meses, por conta da pandemia.

O batch de fintech inclui a Nextcode, que desenvolve um produto que combina visão
computacional e aprendizado de máquina para analisar documentos de identificação,
como CPF, RG e CNH, além de comprovante de residência, além da Spin Pay, cujo
produto conecta pagadores e beneficiários. O grupo de agtech inclui a plataforma de
blockchain para comercialização de commodities Gavea Marketplace, o serviço de
detecção de queimadas OroraTech, e a plataforma de venture building Brainn.

A Plug and Play, empresa do Vale do Silício que atuava no Brasil por meio da
Oxigênio, aceleradora da Porto Seguro, começou a atuar no Brasil em agosto de 2019,
com membros fundadores como o Cartão Elo e a Klabin.
https://forbes.com.br/forbes-tech/2020/04/pesquisa-revela-os-setores-que-estao-se-
dando-bem-na-crise-causada-pela-pandemia/

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Conheça os setores que cresceram e continuarão em alta após a pandemia
A pandemia trouxe novos hábitos de consumo e convívio. O distanciamento social
decorrente da situação refletiu no aumento do consumo de produtos que não eram
essenciais e na queda daqueles que deixaram de ser prioridade. No novo normal, o
mercado foi influenciado até mesmo no modo de comprar e vender.

De acordo com o Compre&Confie, o e-commerce brasileiro faturou R$ 9,4 bilhões em


abril, aumento de 81% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo o
levantamento, a alta reflete principalmente o aumento no número de pedidos
realizados durante o mês. Ao todo, foram 24,5 milhões de compras online, aumento de
98% em relação a abril de 2019.

As categorias que tiveram o maior crescimento em volume de compras foram: Alimentos


e Bebidas (aumento de 294,8% em relação a abril de 2019), Instrumentos Musicais
(+252,4%), Brinquedos (+241,6%), Eletrônicos (+169,5%) e Cama, Mesa e Banho
(+165,9%).

Com o movimento, empreendedores e empresas tiveram que ressignificar seus negócios


e, por que não, suas profissões. E embora seja um momento de incertezas e seja
difícil prever o tamanho do impacto na economia, alguns segmentos se destacam e
indicam mudanças de longo prazo que podem ser adotadas.

Outro fator que pode indicar uma retomada é a característica cíclica da economia,
com ciclos de expansão e retração de tempos em tempos beneficiam ou prejudicam
diferentes setores.

Para ajudar na compreensão de que é possível retomar, ao longo da história, há


diversos exemplos de empresas, que, apesar da dificuldade, passaram pela crise e
voltaram mais fortes para o próximo ciclo. Isso acontece porque eventos como a
pandemia criam novos hábitos e mudam padrões de consumo de toda uma geração.

Crescimento
Embora os especialistas sigam tentando encontrar um caminho seguro por meio da
turbulenta crise sanitária sem precedentes que atravessamos com profundos impactos
econômicos e sociais, não há como fazer nenhuma afirmação, além de previsões e
expectativas. O que se sabe, no entanto, é que mesmo após a possível descoberta de
uma vacina para o Covid-19 e o fim da quarentena, as próximas gerações serão muito
mais preocupadas e cuidadosas com questões de saúde e higiene, por exemplo.

Os hábitos de consumo dos próximos anos também serão muito diferentes dos atuais,
dando preferência às compras e serviços digitais, devido à aceleração digital das
empresas, um fenômeno que tende a não ser reversível.

Pensando nisso, é possível fazer uma análise de quais setores estão em uma
tendência de crescimento e podem continuar em alta após a crise atual. Alguns deles
já se destacam e outros podem continuar ganhando força com o isolamento.

Conheça, abaixo, os segmentos que estão em evidência neste momento de crise e


continuarão em crescimento, de acordo com as projeções.

E-Commerce e Delivery
Para entender as mudanças nos hábitos alimentares durante e após a crise, a
Galunion, empresa especialista em foodservice, e o Instituto Qualibest
desenvolveram o estudo Covid-19 & Alimentação, publicado recentemente pelo site
Meio e Mensagem.

Realizado de 5 a 7 de maio, o levantamento ouviu 1.100 pessoas em todo o Brasil via


questionário online. Um dos fatores apontados pelo estudo foi o efeito da pandemia
na renda dos brasileiros – 40% dos respondentes tiveram queda nos seus rendimentos
e 26% estão sem qualquer renda, durante o período. O abalo na economia doméstica
deve gerar um impacto sem precedentes para a alimentação fora de casa, segundo a
pesquisa.

Ao mesmo tempo, 97% dos entrevistados passaram a cozinhar em casa ou aumentaram a


frequência com que faziam isso. A alternativa de pedir entregas de compras do
supermercado se tornou uma realidade para 17% dos brasileiros, que experimentaram
essa ferramenta durante o isolamento social.

Sobre a questão, os especialistas confirmam que durante o isolamento social e mesmo


depois dele, será normal que as pessoas prefiram fazer suas compras sem precisar
sair de casa devido à facilidade, comodidade e segurança do sistema. Tendo em vista
as expectativas para o setor, é imprescindível para os pequenos e
microempreendedores criar versões virtuais dos seus negócios e incluir a opção de
entrega no caso de empresas de alimentação.

Alimentação vegana ou vegetariana


Dados vêm mostrando um crescimento da população que se declara vegetariana.
Pesquisas recentes do Ibope apontam que nos últimos anos o percentual desta
população já atinge 14% do total de brasileiros, um crescimento de 75% desde 2012.

Nessa linha, o consumo de carne produzida à base de plantas, que já havia


registrado alta em 2019, aumentou ainda mais com a pandemia do Coronavírus. Os
efeitos foram maiores sobretudo nos Estados Unidos, devido ao fechamento de
diversos frigoríficos que impactou na oferta de carne no varejo. A informação é da
diretora da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Sylvia Wachsner, ao portal
SafraES.

Ainda de acordo com a diretora da SNA, em meados do ano passado, “o total de vendas
de carne elaborada à base de vegetais, no varejo dos Estados Unidos, foi de US$ 810
milhões, com incremento de 10% anual, mesmo representando somente 2% do total das
vendas no varejo de alimentos de carne embalada”. Já o faturamento total do setor
em 2019 foi de US$ 939 milhões, segundo informação do relatório Spins, da Good Food
Institute e Plant Based Food Association.

Já segundo avaliação da empresa de pesquisa de mercado e consumo Nielsen, nos


últimos três meses, as vendas globais de carne fresca “alternativa”, que inclui
soja, ervilhas e outras fontes de proteína, cresceram 239,80% em relação ao período
de março a maio do ano passado. A tendência de alta é tão grande que várias grandes
empresas de alimentação – como as redes de fast-food Mc Donald’s e Burger King – já
começaram a incluir esse tipo de opção no cardápio. No Brasil, a Fazenda Futuro foi
a primeira empresa (foodtech) a produzir carne de plantas comercializada por Seara
e Sadia, por exemplo.

Para investidores, essa é a hora. Os alimentos alternativos aos produtos animais


integram um ecossistema de empresas disruptivas do sistema de produção e diversas
startups ligadas ao Vale do Silício já começaram a atuar nesse mercado, bem como as
multinacionais Nestlé, Tyson Foods, Hormel Foods, entre outras.

Pagamentos por aproximação


Como falamos no início, os hábitos ligados à saúde e higiene tendem a crescer
muitos no futuro. Os consumidores vão querer evitar ao máximo qualquer tipo de
contato físico que possa apresentar algum risco de contaminação. Muitos países
asiáticos já têm a maioria das transações em comércios feitas por aproximação, uma
tecnologia que não exige a digitação da senha ou contato do atendente com o cartão.
Embora pareça algo distante, é muito simples incluir o seu negócio na lista de
estabelecimentos que aceitam esse tipo de pagamento.

Além de procurar por máquinas de cartão que aceitam o pagamento por aproximação, é
possível criar contas em serviços de pagamentos como: Mercado Pago; PicPay e Iti,
do Itaú-Unibanco.

Estes serviços gratuitos permitem receber o pagamento do cliente através de QR-


Codes e sem a necessidade do contato físico. Além de fácil, rápido e seguro em
tempos de proliferação do coronavírus, pode ajudar na atração e fidelização de uma
clientela maior.

Serviços Pets
O Brasil é o segundo maior mercado pet do mundo, com 5% da fatia do faturamento
global, de US$ 124,6 bilhões.

O desempenho do setor no país já vinha em ascensão nos últimos anos. Conforme o


IBGE, existem mais de 139 milhões de animais de estimação no país. Atrás deles,
donos cada vez mais cheios de mimos. O resultado é um mercado bem aquecido que,
desde antes da pandemia, já projetava um faturamento de R$ 20 bilhões em 2020.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae no início de abril mostrou que o segmento de
petshops e serviços veterinários chegou a registrar queda de 51% no faturamento. No
entanto, o setor absorveu o impacto e já mostra uma recuperação bastante sólida.
Desde o início da pandemia, o setor disparou em 30%. A explicação da recuperação é
óbvia. Os humanos se preocuparam com eles e com seus animais de estimação por
ficarem mais tempo juntos na quarentena.

É o que explicou a analista do Sebrae, Hannah Salmen, recentemente em entrevista à


revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios. A Zee.Dog e a Zee.Now, duas grandes
empresas do setor, afirmam que têm recebido mais demandas durante a pandemia da
Covid-19, no e-commerce das marcas e no aplicativo de delivery que, apenas durante
a quarentena, teve crescimento de mais de 60% no total de pedidos e 73% de aumento
no volume de receita.

Além disso, o número de downloads do App disparou. O aplicativo de entrega de


produtos pet, a Zee.Now teve um aumento de 40% no número de pedidos em março na
comparação com fevereiro, o que fez a receita subir 52%. As marcas registram
aumento nas demandas tanto para produtos essenciais (65%), o que já era esperado,
quanto para os não essenciais, como brinquedos e acessórios (35%).

Drones
Tecnologias que permitem a realização de tarefas a distância, como os drones,
ganham cada vez mais importância e se apresentam como parte da solução para a
retomada da vida cotidiana no mundo pós-pandemia. Não por acaso, o recolhimento das
pessoas exigido pela situação atual acelerou as discussões sobre o uso dos drones
no mundo todo. Na China, eles já têm sido utilizados para transportar insumos
médicos, coleta de exames e até para desinfetar cidades; na Austrália, os veículos
não tripulados têm feito entregas de uma série de produtos, de café e pão até ovos
e papel higiênico; nos Estados Unidos, a tecnologia foi motivo de polêmica ao ser
usada para fiscalizar pessoas que furavam a quarentena em Manhattan.

No Brasil, as discussões também aumentaram. Empresas e órgãos públicos buscam


maneiras de usar o equipamento de forma segura e eficiente. Por enquanto, apenas
uma empresa de Franca, no interior de São Paulo, está em processo de certificação
para fazer entregas por drones. Mas, os drones já são muitos utilizados na
agricultura por exemplo, já que podem realizar funções como: acompanhar a saúde da
plantação; mapeamento; detectar secas e pragas; estimar a produtividade da safra;
detectar incêndios; monitorar irrigação e fazer aplicação de pesticidas.

Os drones podem facilmente substituir os humanos em atividades que comprometem a


saúde, por exemplo, como no caso da aplicação de pesticidas em lavouras ou detecção
de incêndios. Hoje em dia, devido aos baixos custos com relação às outras
alternativas, grande parte do serviço prestado por empresas de drones é realizado
por pequenas empresas, como em caso de serviços de filmagens e fotos, por exemplo.
Outros modelos começam a ser pensados para atender hospitais e órgãos públicos.

Mas outras opções estão em estudo para desenhar soluções e rotas específicas para o
transporte de exames médicos e até medicamentos no auxílio à telemedicina. Na
prestação de serviços, trabalhadores em campo poderão receber peças ou ferramentas
durante reparos onde o tempo é crítico e na engenharia, suprimentos poderão ser
entregues em obras em locais de difícil acesso. O que fica é a projeção de que o
segmento tende a crescer e muito mais.

https://bakertillybr.com.br/crescimento-setores-continuarao-alta-pandemia/

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