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Sistemas de Equações Lineares:

Regra de Cramer:
Se A é uma matriz invertível, então a única solução do sistema de m equações e
m incógnitas
AX = B
 x1 
x  det C j
É dada por X =  2  , com x j = , j = 1,… , m , onde C j é a matriz que se
  det A
 
 xm 
obtém de A substituindo a coluna j de A pela matriz coluna B.

Exemplo:
2 x + y = 8

− x + 2 y + 4 z = 7
− x + z = 1

Discussão de um Sistema de Equações Lineares:


Entende-se por discussão de um sistema a sua classificação sem ter de o resolver,
i. e., determinar à priori se o sistema é possível e determinado ou se é possível e
indeterminado ou, finalmente, se é impossível.

Teorema de Rouché:
Um sistema de equações AX = B , com coeficientes e termos independentes num
corpo IK, é possível sse a característica da matriz simples do sistema é igual à
característica da matriz ampliada do sistema.
Em resumo, para um sistema dado por AX = B onde m representa o número de
incógnitas, tem-se:
Possível Determinado r ( A) = r ( A : B ) = m

Indeterminado r ( A) = r ( A : B ) < m
grau de indeterminaçao = m − r ( A )

Impossível r ( A) < r ( A : B )

Exemplo:
(ficha pratica suplementar)
6. Para que valor da constante a os seguintes sistemas de equações lineares têm
solução única?
x + y + 2z = 2

a) 2 x − y + 3 z = 2
5 x − y + a z = 6

x + y + 2z = 2 1 1 2   x   2
     
 2 x − y + 3 z = 2 ⇔  2 −1 3   y  =  2 
5 x − y + a z = 6
  5 −1 a   z   6 

1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2
 2 −1 3  −2 L1 + L2 → L2   
 2 0 −3 −1 −2  −2 L2 + L3 → L3  0 −3 −1 −2 
−5 L1 + L3 → L3 
 5 −1 a 6   0 −6 a − 10 −4   0 0 a − 8 0 

∴a − 8 ≠ 0 ⇔ a ≠ 8
Transformações Lineares:

Seja f : E → F uma aplicação linear

(1) Núcleo:
Chama-se Núcleo de f, e representa-se por Nuc f , ao conjunto formado
pelos elementos do domínio que se transformam, por meio de f, no elemento
nulo do contradomínio, i.e.
Nuc f = { x ∈ E : f ( x ) = 0 F }

Observações:
• Se Nuc f = {0 E } então f é injectiva ( f é um monomorfismo).

• Nuc f é um subespaço vectorial de E.


• dim ( Nuc f ) = n f (nulidade de f )

Exemplos:
a) (exercício 8.b) da ficha prática suplementar) ( Nuc ϕ = ? )

b) ϕ : 3
→ 3
, ϕ ( x, y, z ) = ( x + y , x + z , y + z ) ( Nuc ϕ = ? )

(2) Imagem:
Chama-se imagem de f, e representa-se por Im f ou por f ( E ) , ao conjunto

Im f = f ( E ) = { f ( x ) : x ∈ E}

Observações:
• dim ( Im f ) = c f (característica de f )

• Im f é um subespaço vectorial de F.
• Se Im f = F a aplicação linear é sobrejectiva ( epimorfismo )
• Se a aplicação é injectiva (monomorfismo) e sobrejectiva (epimorfismo)
então é bijectiva (isomorfismo)
• Se E = F então a aplicação é um endomorfismo.
• Se a aplicação é um isomorfismo e um endomorfismo então é um
automorfismo.
Exemplos:
a) (exercício 8.c) da ficha prática suplementar) ( Im ϕ = ? )

b) ϕ : 3
→ 3
, ϕ ( x, y , z ) = ( x + y , 0 , y − z ) ( Im ϕ = ? )

(3) Matriz de uma Aplicação Linear


Seja f : E → F uma aplicação linear.

Consideremos BE = {v1 , v2 ,…, vn } uma base de E e BF = {w1 , w2 ,… , wm }

uma base de F.
Chama-se matriz da aplicação linear f em relação às bases BE e BF , e
escreve-se M f , à matriz do tipo m × n cujas colunas são formadas pelas

coordenadas de f ( vi ) , i = 1,… , n em relação à base BF .

Exemplos:
a) (exercício 8.e) da ficha prática suplementar)

b.1) Escreva a matriz da aplicação ϕ: 2


→ 3
definida por
ϕ ( x, y ) = ( x, y , x + y ) em relação às bases B1 = {(1,1) , ( 0,1)} e

B2 = {(1,1,1) , (1,1, 0 ) , (1, 0, 0 )} .

b.2) Qual a imagem do vector ( 5, 2 ) em relação às bases B1 e B2 .

α = 5 α = 5
( 5, 2 ) = α (1,1) + β ( 0,1) ⇔  ⇔
α + β = 2  β = −3
B
2 1 7
1
B1
 −1 0  ×  5   
   −3  =  − 5 
 0 −1 B    3  B
2 2
(4) Matrizes de Mudança de Base de uma Aplicação Linear
Teorema:
Seja f : E → F uma aplicação linear.

Consideremos BE = {v1 , v2 ,…, vn } e Bˆ E = {vˆ1 , vˆ2 ,… , vˆn } bases de E e

BF = {w1 , w2 ,… , wm } e Bˆ F = {wˆ 1 , wˆ 2 ,… , wˆ m } bases de F.

Se M f representa a aplicação f em relação às bases BE e BF , então a matriz

que representa a aplicação f em relação às novas bases Bˆ E e Bˆ F é Mˆ f

definida por
Mˆ f = Q −1M f P

Onde Q é a matriz de mudança da base BF para a base Bˆ F e P é a matriz de

mudança da base BE para a base Bˆ E .

Exemplo:
a) (exercício 8.f ) da ficha prática suplementar)

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