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Rio de Janeiro
Março de 2013
DESGASTE DE FERRAMENTA E OTIMIZAÇÃO DA VELOCIDADE DE CORTE
NA USINAGEM DO AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO 304L COM FLUIDO
VEGETAL
Examinada por:
________________________________________________
Prof. José Luís Lopes da Silveira, D.Sc.
________________________________________________
Profa. Anna Carla Monteiro de Araujo, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Gilberto Garcia del Pino, D.Eng.
iii
Dedicatória
iv
Agradecimentos
Ao meu orientador, professor D.Sc. José Luís Lopes da Silveira, pela horas dedicadas
aos ensinamentos para que a dissertação fosse bem sucedida, além das “caronas”
cedidas no decorrer da minha estadia no Rio de Janeiro.
À minha prima Danielle Rocha e ao seu esposo Alan Figueiredo pela moradia no Rio de
Janeiro.
À Baltar química LTDA pela doação do fluido de corte vegetal para realização dos
ensaios.
Às pessoas, que mesmo não citadas nessa página, tiveram sua importância para a
conclusão desse trabalho.
v
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Março/2013
vi
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
March/2013
vii
ÍNDICE
1. Introdução 1
1.1 Motivação 2
2. Revisão de Literatura 5
4.1 Equipamentos 32
viii
5.1 Resultados do Ensaio 1 40
6. Conclusão 80
7. Referências Bibliográficas 82
Anexo 5 - Programa no Matlab para o tempo total, o custo total e a taxa de lucro. 104
ix
1. Introdução
1
contrapartida, um aumento em 20% dos parâmetros de corte resultará numa redução de
15% nos custos produtivos.
Existem poucos modelos dos desgastes das ferramentas para o torneamento
apresentados na literatura, devido à complexidade na modelagem desse processo. A
vida da ferramenta é reconhecida como um critério na metodologia de otimização de um
sistema de corte e por isso, muitas empresas se interessam em otimizar os parâmetros de
corte, através da análise do desgaste da ferramenta para reduzir custos, melhorar a
qualidade do produto e aumentar a eficiência de seus processos produtivos.
Nesse contexto, mais da metade dos produtos na indústria de fabricação são
submetidos, no mínimo, a uma operação de usinagem no decorrer de sua fabricação. Os
custos estão diretamente relacionados com a sua usinabilidade, logo a determinação dos
parâmetros ótimos de corte é realizada pela análise das funções objetivo do custo total,
tempo total e máxima taxa de lucro, calculando assim, o intervalo de máxima eficiência
do processo. Nesse trabalho a influência da velocidade de corte é investigada através da
vida útil de uma ferramenta de metal duro, visando o cálculo da economia do processo
através da equação de Taylor (Ferraresi, 2009), no decorrer da usinagem do aço
inoxidável austenítico 304L utilizando fluido de corte vegetal a base de soja.
1.1 Motivação
2
Artigos Publicados
Ano
Figura 1.1. Gráfico da quantidade de artigos publicados sobre a usinagem do aço inoxidável nos últimos
anos (Web of Science).
3
velocidade e tempo de corte, reduzindo o custo de fabricação e/ou aumentando a
produtividade e lucratividade do processo.
4
2. Revisão de Literatura
5
O torneamento é um processo mecânico de usinagem, em que a ferramenta de
corte remove o cavaco da superfície da peça através da rotação cilíndrica, para alcançar
dimensões geométricas preestabelecidas (Xavior e Adithan 2009). O material removido
desliza na face da ferramenta, conhecida como superficie de saída, resultando em
elevadas tensões normais e de cisalhamento e, além disso, há um alto coeficiente de
atrito no decorrer da formação do cavaco. Quanto à forma da trajetória, o torneamento
pode ser retilíneo ou curvilíneo (Ferraresi, 2009). No retilíneo há o torneamento
cilíndrico externo (Figura 2.1) que será utilizado nos experimentos, onde a ferramenta
se desloca segundo uma trajetória retilínea paralela ao eixo principal de rotação da
máquina. Ainda nesse grupo há o torneamento cilíndrico interno, torneamento cônico
interno e externo, torneamento radial e perfilamento.
7
2.2.1 Aço inoxidável austenítico
8
inoxidáveis austeníticos 304 e 316, utilizando ferramentas de metal duro. As influências
da velocidade de corte, do revestimento da superfície da ferramenta e o material da peça
foram investigadas quanto a rugosidade e as forças de corte na superfície usinada. Os
desgastes das ferramentas de corte foram examinados num microscópio eletrônico de
varredura (SEM). Foram apresentados resultados experimentais onde a velocidade de
corte significativamente afetou os valores de rugosidade da superfície usinada. Com
aumento da velocidade de corte em aproximadamente 180 m/min, os valores da
rugosidade superficial se reduziram até um valor mínimo e posteriormente com o
aumento da velocidade a rugosidade aumentou novamente.
Tekiner e Yesilyurt (2004) também investigaram a melhor condição de corte
para a usinagem de aços inoxidáveis 304, considerando a emissão acústica no processo
de usinagem. As análises foram realizadas com três diferentes avanços (0,2; 0,25 e 0,3
mm/rot) em cada velocidade de corte, 120, 135, 150, 165 e 180 m/min, com
produndidade de corte de 2,5 mm. Os critérios utilizados para análise foram o desgaste
de flanco da ferramenta, aresta postiça, forma dos cavacos, rugosidade superficial e
consumo de energia da máquina. Os parâmetros de corte que apresentaram os melhores
desempenhos foram a velocidade de 165 m/min e o avanço de 0,25 mm/rot.
Para conhecimento dos parâmetros de corte realizados na usinagem dos aços
inoxidáveis, nas Tabelas 2.1 e 2.2, estão alguns estudos para determinados avanços e
velocidades de corte.
9
MATERIAL AVANÇO [mm/rot]
AUTO R
303 304 304L 316 316L 0,025 0,05 0,075 0,1 0,12 0,14 0,15 0,16 0,18 0,2 0,24 0,25 0,28 0,3 0,32 0,35 0,4 0,5
Asilturk e Neseli (2012)
Akkurt (2011)
Chrispim (2011)
Laufer (2011)
Miranda (2011)
Kunze (2010)
Li e Wu (2010) Austenítico
Senussi (2007)
Ciftci (2006)
10
MATERIAL VELO CIDADE DE CO RTE [m/min]
AUTO R
303 304 304L 316 316L 12,5 14,4 16,3 18,3 20 25 37 39 40 50 53 60 61,4 75 80 90 97,4 100 105 120 125 135 140 150 160 165 170 175 180 190 200 210 220 225 260 270 280 300 320 330 360 390 420 450 520 600 750 845 870
Asilturk e Neseli
(2012)
Lin et al. (2012)
Akkurt (2011)
Chrispim (2011)
Fernandez-Abia et al.
(2011)
Habak e Lebrun
(2011)
Jianxin (2011) Austenítico
Laufer (2011)
Mahdavinejad e
Saeedy (2011)
Miranda (2011)
Kunze (2010)
Li e Wu (2010) Austenítico
Xavior e Adithan
(2009)
Lanjewar et al.
(2008)
Senussi (2007)
Ciftci (2006)
Abou-El-Hossein e
Yahya (2005)
Belluco e De Chiffre
(2004)
Korkut et al. (2004)
T ekiner e Yesilyurt
(2004)
Akasawa et al.
Tabela 2.2. Estudos realizados com determinadas velocidades de corte na usinagem do aço inoxidável.
(2003)
11
Chien e Chou (2001) 149,47 ~ 178,28
2.3 Desgaste de ferramenta
12
O desgaste da ferramenta de corte pode ser avaliado através dos métodos diretos
e indiretos. No método direto, que será utilizado nesse trabalho, mede-se a geometria da
ferramenta usando-se dispositivos óticos. O método indireto utiliza a aquisição de
valores medidos de variáveis do processo (tais como a força de corte, temperatura,
vibração, emissão acústica) e da relação entre o desgaste da ferramenta e esses
parâmetros do processo.
13
ferramenta, pois esse é o desgaste que mais influencia na precisão da rugosidade
superficial da peça.
Os desgastes nas ferramentas de corte de aço rápido, metal duro e cerâmica são
quantificados pela norma ISO 3685:1993 (Figura 2.5), utilizando-se como critério para
o fim da vida em operações de desbaste:
1,0 mm
0,3 mm
0,6 mm
14
Os estágios da evolução do desgste são mostrados graficamente na Figura 2.6. e
existem três estágios no decorrer da evolução do desgaste da ferramenta e são definidos
como (Machado et al., 2011:
Figura 2.6. Evolução do desgaste da ferramenta em função do tempo de usinagem (Machado et al., 2011).
15
Abou-El-Hossein e Yahya (2005) relataram um estudo experimental
considerando o efeito da variação do avanço (0,025; 0,050; 0,075; 0,1 mm/rot) e da
velocidade de corte (150, 190, 225, 260 m/mim) sobre a vida útil e os modos do
desgaste nas pastilhas de metal duro, no fresamento do aço inoxidável 304, com
profundidade de corte de 2 mm. A medição do desgaste foi realizada através de um
microscópio eletrônico de varredura. Um aumento do desgaste de entalhe na superfície
de flanco da ferramenta foi observado com o aumento da velocidade de corte, e, ao
mesmo tempo, foi observado uma diminuição no desgaste da ferramenta, com o
aumento do avanço. Nesse estudo as condições ótimas de velocidade de corte de 150
m/min e avanço de 0,075 mm/rot forneceram máxima produtividade ao processo e
máxima vida útil à ferramenta.
Por sua vez Korkut et al. (2004) pesquisaram a determinação da velocidade ideal
de corte no torneamento a seco do aço inoxidável 304, utilizando ferramentas de corte
de metal duro. Os autores investigaram a influência da velocidade de corte em relação
ao desgaste de flanco da ferramenta e à rugosidade superficial da peça. As velocidades
utilizadas foram 120, 150 e 180 m/min, o avanço e a profundidade de corte foram
fixados em 0,24 mm/rot e 2,5 mm, respectivamente. O desgaste de flanco foi
dimensionado em conformidade com a norma ISO 3685 (desgaste de flanco VB = 0,3
mm) e a marca de desgaste foi visualizada através de um microscópio eletrônico de
varredura. A rugosidade (Ra) foi medida em um equipamento portátil (Mahr
Perthometer M2). Uma diminuição no desgaste de flanco da ferramenta e da rugosidade
(Ra) foi observada com o aumento da velocidade de corte até 180 m/min. A razão da
diminuição da rugosidade pode ser atribuída à presença de aresta postiça em baixas
velocidades.
16
representatividade de 16 a 20% nos custos de fabricação. Por consequência dos efeitos
negativos associados pelos fluidos de corte, muitas pesquisas têm sido recentemente
dirigidas no sentido de minimizar o uso de fluidos de corte ou evitá-los totalmente.
Ozcelik et al. (2011a) descrevem que os fluidos de corte utilizados na usinagem
de metais podem ser classificados em minerais, sintéticos, semi-sintético, solúveis e
fluidos de corte de base vegetal. Com excessão do fluido vegetal, os demais possuem
substâncias químicas prejudiciais ao ecossistema e quando evaporadas causam graves
problemas de saúde. Seu uso incorreto polui o ar e o descarte inapropriado contamina a
água, o solo e possivelmente os alimentos.
Existem inúmeros métodos de aplicação do fluido de corte, porém, o mais
utilizado atualmente, por sua simplicidade, é o jorro de baixa pressão, ou por gravidade,
que é aplicado na direção da interface cavaco-ferramenta, ou na superfície de saída da
ferramenta. Nesse método, o fluido de corte remove o cavaco da interface do cavaco-
ferramenta, dispensando dispositivos ou equipamentos especiais.
A maior parte da energia mecânica utilizada para formar o cavaco torna-se calor,
que gera altas temperaturas na região de corte. Devido à razão que uma elevada
temperatura da ferramenta leva a um desgaste mais rápido, o uso de fluidos de corte em
processos de usinagem tem como seu principal objetivo a redução da temperatura na
região de corte, que através de lubrificação, reduz o desgaste e o atrito (Xavior e
Adithan, 2009).
Outra melhoria da utilização do fluido de corte é na redução da formação de
aresta postiça, melhorando assim, as tolerâncias dimensionais da peça e a vida útil da
ferramenta. Segundo Ávila e Abrão (2001) o uso de fluidos no processo de usinagem foi
utilizado pela primeira vez por F. Taylor, que utilizou água como refrigerante e
alcançou um aumento na velocidade de corte de até 33% na usinagem de aços sem
reduzir a vida da ferramenta.
O fluido de corte tem imensa importância em operações de usinagem, pois ajuda
na refrigeração do calor gerado no decorrer do corte, para melhorar assim as condições
tribológicas do processo, evitar a formação de aresta postiça, facilitar a remoção de
cavacos para aumentar a vida útil da ferramenta e melhorar o acabamento superficial e
as tolerâncias dimensionais, através da redução das forças de corte e vibrações (Cetin et
al., 2011, Jianxin et al., 2011b, Nouari et al., 2003).
17
Figura 2.7. Fluido de corte (Moraes, 2012).
18
No estudo de Abdalla e Patel (2006) foram avaliados fluidos de corte mineral e
de base vegetal de: coco, girassol, dendê e colza, na usinagem de aços inoxidáveis e
ligas aeroespaciais de titânio. Através de estudos tribológicos, os fluidos de corte
vegetais forneceram valores de baixo coeficiente de atrito, ou seja, houve um
desempenho superior em comparação com o fluido mineral e também obtiveram as
condições ótimas na usinagem dos aços inoxidáveis. Xavior e Adithan (2009) relataram
que no decorrer da usinagem do aço inoxidável 304, os operadores de uma pequena
indústria, utilizaram óleo vegetal como fluido de corte, pois encontram dificuldades
tribológicas, como a alta temperatura entre a ferramenta de metal duro e a peça,
ocasionando assim, o desgaste prematuro da ferramenta e imperfeições na superfície da
peça. Seguindo esse procedimento, os autores desenvolveram uma pesquisa para
determinar a influência de fluidos de corte (fluido vegetal a base de coco, óleo emulsivo
e óleo puro) no desgaste da ferramenta e na rugosidade superficial durante o
torneamento do aço inoxidável austenítico 304, com ferramenta de metal duro
concluíram que o comportamento do fluido vegetal a base de coco obteve um
desempenho superior no desgaste da ferramenta e no acabamento superficial do aço, em
relação ao óleo emulsivo e ao óleo puro, no decorrer do processo de usinagem.
Em pesquisa realizada por Cetin et al. (2011) foram utilizados seis diferentes
fluidos de corte, dois a base de girassol e dois a base de canola, todos com diferentes
porcentagens de aditivos de extrema pressão (EP) e dois tipos de fluidos de cortes
comerciais, um semi-sintético e outro mineral, para avaliar a redução da rugosidade
superficial, das forças de cortes e do avanço, no torneamento do aço inoxidável
austenítico 304L, com ferramentas de metal duro, através do método de Taguchi. A
partir dos resultados obtidos, os fluidos comerciais podem ser substituídos pelos
vegetais, pois proporcionam uma taxa de desempenho superior no decorrer da
usinagem, além de reduzirem os riscos para a saúde no trabalho e terem custos mais
baixos para tratamento de resíduos devido a sua biodegradabilidade superior.
John et al. (2004) desenvolveram um óleo emulsivo a base de soja. A
estabilidade e a eficiência dessa emulsão foram avaliadas e se comprovou que essa pode
ser usada na indústria para substituir parcialmente ou completamente o óleo emulsivo
mineral comumente usado.
Em geral, os fluidos de corte vegetais possuem um desempenho de lubrificação
superior a outros tipos de fluidos de corte, reduzindo o desgaste da ferramenta, a
rugosidade superficial e as forças de corte, melhorando a precisão dimensional e a vida
19
MATERIAL FLUIDO DE CO RTE
AUTO R Jato Vapor Semi- SECO
303 304 304L 316 316L Girassol Dendê Coco Colza Canola Puro Mineral
Água Água Sintétic
Asilturk e Neseli (2012)
Lin et al. (2012)
Akkurt (2011)
Cetin et al. (2011)
Chrispim (2011)
Fernandez-Abia et al. (2011)
Habak e Lebrun (2011)
Jianxin (2011) Austenítico
Laufer (2011)
Mahdavinejad e Saeedy (2011)
Miranda (2011)
Ozcelik et al. (2011a)
Ozcelik et al. (2011b)
Junyan et al. (2010)
Kunze (2010)
determinados fluidos de corte e na usinagem a seco.
Li e Wu (2010) Austenítico
Xavior e Adithan (2009)
Lanjewar et al. (2008)
Senussi (2007)
Abdalla e Patel (2006) Austenítico
Ciftci (2006)
Abou-El-Hossein e Yahya (2005)
Belluco e De Chiffre (2004)
Tabela 2.3. Estudos realizados com fluido de corte e a seco na usinagem do aço inoxidável
20
3. Otimização da Velocidade de Corte
21
3.1 Vida da ferramenta
(2)
(3)
22
onde T é a vida útil da ferramenta [min], n é coeficiente angular da reta da função log *
log e C é uma constante. O índice n depende principalmente do material da ferramenta,
onde e .
As velocidades de corte dadas por equações desse tipo, isto é, definidas para
uma determinada vida da ferramenta, são denominadas velocidades ótimas de corte.
Caso a vida T da ferramenta seja calculada pelas condições econômicas, a velocidade
ótima de corte recebe o nome de velocidade econômica de corte, isto é, velocidade da
qual o custo de produção é o mínimo.
(4)
sendo:
(5)
e
(6)
então:
(7)
onde:
: Tempo de corte [min].
: Percurso de avanço [mm].
: Velocidade de avanço [mm/min].
: Avanço [mm/volta].
: Rotação [rpm].
: Velocidade de corte [m/min].
: Diâmetro da peça [mm].
23
3.3 Tempo devido à ferramenta
(8)
sendo:
(9)
e
(10)
(11)
onde:
: Número de trocas da ferramenta durante a fabricação do lote.
: Tempo consumido com a ferramenta [min].
Z: Número de peças do lote.
: Tempo de troca da ferramenta [min].
: Tempo de afiação da ferramenta [min].
24
: Tempo de preparação, em minutos, de todo o lote para iniciar a usinagem,
preenchimento de procedimentos, alimentação da matéria prima, ferramentas, gabaritos,
desenhos, limpeza da máquina, entre outros.
O tempo total é calculado para a execução de uma peça, através dos tempos que
envolvem o processo.
O tempo necessário para produção do lote é:
(12)
(13)
( ) (14)
( ) (15)
25
simplificando:
( ) (16)
( ) (17)
√ (18)
Ou ainda, substituindo o valor Vcmxp, obtido pela equação (18), na fórmula de Taylor (1),
se obtém a vida da ferramenta para a máxima produção:
(19)
logo:
(20)
No caso desse trabalho, a ferramenta não será submetida à afiação e sim a troca.
Em outros casos, onde a afiação é executada pelo setor de afiação da fábrica, ou ainda
no caso de se utilizar ferramentas com insertos reversíveis de fixação mecânica, tem-se
= 0, com isso a equação da vida da ferramenta é:
(21)
26
onde:
(23)
como:
(24)
(25)
onde:
: Custo da ferramenta por aresta de corte [R$/aresta].
: Número de peças fabricadas por vida útil T da ferramenta.
(26)
onde:
: Custo do porta ferramenta [R$/peça].
: Vida média do porta ferramenta.
27
: Custo da ferramenta [R$].
: Número de arestas de corte da ferramenta.
(27)
onde:
Sm: Custo da máquina por hora (hora-máquina) [R$/h].
(28)
onde:
Sh: Custo da mão-de-obra mais as taxas por hora (homem-hora) [R$/h].
(29)
(30)
(31)
( )
28
velocidade de corte. Os valores de ; [ ] e [ ] são
( ) (32)
( ) (33)
( ( ) )
(34)
( )
então, resulta:
(35)
( )
ou simplificando:
* ( ) + (36)
[ ( )] (37)
29
[ ( )] (38)
√ (39)
[ ( )]
onde:
: Velocidade econômica de corte [m/min].
ou (40)
logo:
(41)
onde:
: Vida da ferramenta calculada para condições de mínimo custo [min].
(42)
30
3.8 Intervalo de máxima eficiência
De acordo com Bouzid (2005), um critério natural para a seleção das condições
ideais de corte é o valor máximo da taxa de lucro. Segundo Shabtay e Kaspi (2002) a
taxa de lucro é calculada pela relação:
(43)
onde:
r: Receita por componente [R$/peça].
Lal (1996) descreve que é evidente que o aumento da taxa do lucro pode ser
obtido através da redução do custo por componente e através do aumento da taxa de
produção.
Portanto, a partir das equações expostas, a velocidade ótima em cada operação
de usinagem deve estar preferencialmente, entre os valores das velocidades de corte (
e ), do intervalo de máxima eficiência - IME, para que haja um aumento da
eficiência do processo e consequentemente, que a operação seja realizada próximo da
máxima taxa de lucro por peça fabricada.
31
4. Metodologia para a Análise do Desgaste
Com base em Aggarwal et al. (2008) e Richetti et al. (2004), o uso das
recomendações dos fabricantes dos equipamentos em geral nos proporcionará uma
capacidade sub ótima de usinagem, acarretando ao processo uma diminuição na
produtividade, aumento no custo de fabricação e baixa qualidade do produto. Os
aspectos a serem considerados para iniciar uma operação de usinagem por torneamento
dependem de várias razões como material, características dos equipamentos, parâmetros
de corte, tipos de fluidos, entre outros.
4.1 Equipamentos
Parâmetro Valores
O fluido vegetal solúvel a base de soja Balxedot, mostrado na Figura 4.2, foi
adicionado, no reservatório para fluido de corte do centro de torneamento CNC, na
proporção de emulsão de 1:20 (5%). A proporção da emulsão é confirmada através do
refratômetro, apresentado na Figura 4.3 (a), onde a emulsão é adicionada a um sensor
ótico de alta resolução, localizado na parte frontal do refratômetro, que mede a
proporção da concentração pelo reflexo de um feixe de luz ambiente. Essa reflexão é
convertida em índice de refração (Brix) e a proporção foi confirmada em
aproximadamente 5%, Figura 4.3 (b). A aplicação do fluido foi realizada através de
jorro contínuo de baixa pressão, com o fluxo abundante na área da ferramenta e suas
características físico-químicas estão especificadas na Tabela 4.3. O catálogo com os
dados técnicos do fabricante do fluido de corte é mostrado no Anexo 1.
33
Figura 4.2. Fluido vegetal Balxedot
(a) (b)
Figura 4.3. (a) Refratômetro, (b) reflexão convertida em índice de refração Brix.
Dados Valores
Odor Característico
34
de 80 mm de diâmetro e 250 mm de comprimento, já Tekiner e Yesilyurt (2004),
Korkut et al. (2004) utilizaram corpos de prova com 30 mm de diâmetro e 200 mm de
comprimento. Para adequação ao equipamento do laboratório e melhor aproveitamento
do material, foram utilizados corpos de prova de aço inoxidável 304L, com as
dimensões brutas de 76,2 mm (3") de diâmetro e 250 mm de comprimento, mostrado na
Figura 4.4(a), com um percurso de avanço de 210 mm em cada passe dos ensaios.
Realizou-se a fixação de cada barra no centro de torneamento CNC através de
uma placa de três castanhas e uma contra ponta, fixada em um furo de centro. Para a
fabricação do furo de centro, a usinagem foi realizada em um torno convencional, onde
o corpo de prova foi fixado em uma de suas extremidades por uma placa e na outra
extremidade, realizado o faceamento e o furo de centro com uma broca de 1/8" x 5/16".
O corpo de prova, então, foi fixado na outra extremidade para a usinagem de uma
fixação com 66 mm de diâmetro e 32 mm de comprimento, mostrada na Figura 4.4(b).
Como a qualidade do acabamento superficial da barra estava muito baixa, foi realizado
um passe inicial, com outra ferramenta de corte para eliminar eventuais diferenças de
diâmetro ao longo da barra e remover da superfície do material bruto a camada externa
endurecida devido ao processo de fabricação, de modo que o diâmetro inicial útil para o
primeiro passe é de 75 mm, também mostrado na Figura 4.4(b). Durante os ensaios os
corpos de prova foram apoiados em sua outra extremidade pela contra ponta, para evitar
flexões da barra ao longo dos ensaios.
250 mm 32 mm 210 mm
76,2 mm
66 mm
75 mm
(a) (b)
Figura 4.4. (a) Corpo de prova bruto de aço inoxidável 304L, (b) corpo de prova usinado para realização
dos ensaios.
35
ferramenta para se alcançar um sistema produtivo eficaz, devido à relação entre a vida
da ferramenta e o consumo de tempo provocado pelas trocas de ferramentas e a sua
importância no aumento na produtividade e minimização dos custos.
Foi utilizada uma ferramenta de corte de metal duro, com geometria trigonal,
revestida com nitreto de titânio do fabricante SANDVIK, código WNMG 06 04 04-MF
2025, recomendada pelo catálogo do fabricante para o torneamento externo do aço
inoxidável. A Figura 4.5 mostra a ferramenta e suas principais dimensões, com dados
técnicos fornecidos na Tabela 4.5.
Revestimento TiN
36
Tabela 4.6. Dados técnicos do microscópio ótico PANTEC.
Dados Valores
Marca PANTEC
Aumento 30 Vezes
37
desgastes em função do tempo de corte total. Os critérios para finalizar cada ensaio
foram:
Depois de atingida qualquer uma dessas condições, uma nova aresta de corte foi
utilizada.
A partir dos dados fornecidos por todos os ensaios, o valor do desgaste máximo
da ferramenta é estabelecido e é possível obter os coeficientes x e K na reta (2), ou na
equação de Taylor (1) e obter o gráfico da função logarítmica da velocidade de corte
versus a função logarítmica do tempo de vida da ferramenta (ln Vc x ln T).
Após os dados dos ensaios, foi verificada a dureza (HRB) para cada um dos
cinco corpos de prova. Em uma área onde não há interferência da usinagem, indicado na
Figura 4.7(a), os corpos de prova foram cortados, Figura 4.7(b), e posteriormente,
medida a dureza ao longo do diâmetro dos corpos de prova, mostrado na Figura 4.7(c),
em um durômetro com funcionamento eletromecânico, com capacidade de medição até
130 HRB, Figura 4.8. Os detalhes sobre a medição da dureza, nos corpos de prova, são
explicados no capítulo 5 (item 5.8).
38
Figura 4.8. Durômetro.
39
5. Resultados dos Ensaios
Nesse capítulo são apresentados todos os resultados obtidos nos ensaios, com as
suas respectivas análises. A caracterização dos resultados da progressão do desgaste até
o fim da vida da ferramenta, de cada ensaio, é exposta em forma de fotografias obtidas
no microscópio ótico, em cada passe, e através de gráficos com as curvas de evolução
do desgaste da ferramenta em função do tempo de corte.
Os principais itens tomados como critérios para a análise da vida útil da
ferramenta (ver Tabelas no Anexo 3) foram:
Rugosidade visual da peça [por exemplo, excelente, bom+, bom, bom-,
ruim].
Forma do cavaco [helicoidal, fita, espiral, lascas].
Rebarba entre a ferramenta e a peça [presença ou ausência].
Desgaste de flanco [mm].
Desgaste de entalhe [mm].
Observações [vibrações na peça, adesão na ferramenta, entre outros].
Tempo total de corte [min].
40
Passe 0 Passe 1 Passe 2
41
Passe 15 Passe 16 Passe 17
42
Passe 30 Passe 31 Passe 32
43
ocorrer até o último passe e a rugosidade retornou a uma qualidade “bom” até um tempo
de corte de 33,71 minutos (35° passe), quando retornou novamente a uma qualidade
“ruim” até a finalização do ensaio com 41,3 minutos. No último passe ocorreu a ruptura
da ferramenta e uma alta vibração, com comprimento de ±135 mm de percurso na peça.
A forma do cavaco manteve-se helicoidal, conforme mostrado Figura 5.2(a), por
quase todo o ensaio, com uma exceção para o tempo total de corte 38,86 minutos (39°
passe), quando ocorreu também a forma do cavaco em fita, conforme a Figura 5.2(b).
(a) (b)
Figura 5.2. Forma dos cavacos (a) helicoidal e (b) fita no Ensaio 1.
44
A Figura 5.3, a seguir, exibe o gráfico dos desgastes de flanco e de entalhe da
ferramenta versus o tempo de vida para a velocidade de corte de 300 m/min.
1,2
Desgaste de Entalhe [mm]
Desgaste de Flanco [mm]
Desgaste [mm]
Passe 41
0,8
0,658
Passe 40
Passe 35
Passe 1
0,092 0,240
0,148
0,0 0,055
0,84 3,96 6,73 9,15 11,22 12,93 19,31 25,33 31,01 36,33 41,30
Tempo de Corte [min]
Figura 5.3. Curvas dos desgastes da ferramenta (desgaste de entalhe e desgaste de flanco) contra o tempo
total de corte para o Ensaio 1 (Vc = 300 m/min).
45
5.2 Resultados do Ensaio 2
46
Passe 0 Passe 1 Passe 2
47
(b)
(a)
Figura 5.5. Forma dos cavacos (a) helicoidal e (b) fita no Ensaio 2.
1,2
Desgaste de Entalhe [mm] 1,200
Desgaste de Flanco [mm]
Desgaste [mm]
0,8 Passe 14
Passe 11
Passe 9
Passe 8 0,555
0,4
Passe 1
0,169
0,253
0,0 0,097
0,052
1,18 5,70 9,90 13,77
Tempo de Corte [min]
Figura 5.6. Curvas dos desgastes da ferramenta (desgaste de entalhe e desgaste de flanco) contra o tempo
total de corte para o Ensaio 2 (Vc = 330 m/min).
48
Figura 5.7. Cavaco aderido na peça no 11° passe do Ensaio 2.
49
ferramenta, melhor observado através da Figura 5.11. A altura da quebra da ponta da
ferramenta também é apresentada indicada na Figura 5.11.
50
Passe 15 Passe 16 Passe 17
51
(a) (b)
Figura 5.10. Forma dos cavacos (a) helicoidal e (b) helicoidal + fita no Ensaio 3.
1,2
Desgaste de Flanco [mm]
Quebra da Ferramenta
Desgaste [mm]
Passe 26
0,8
Passe 22
Passe 16
Passe 1
0,074 0,251
0,0
0,82 3,94 6,76 9,29 11,53 13,47 16,88
Tempo de Corte [min]
Figura 5.11. Curva do desgaste da ferramenta (desgaste de flanco) contra o tempo total de corte para o
Ensaio 3 (Vc = 360 m/min).
52
5.4 Resultados do Ensaio 4
53
valor de 0,590 mm, justificado, pois nesse momento há um pequeno pico no valor do
desgaste em função do tempo.
54
Passe 15 Passe 16 Passe 17
Passe 30
55
Figura 5.13. Forma do cavaco helicoidal no Ensaio 4.
1,2
Desgaste de Entalhe [mm] 1,040
Desgaste de Flanco [mm]
Passe 30
Desgaste [mm]
0,8
Passe 23
Passe 15
0,590
0,4 Passe 11
Passe 1
0,333
0,104
Para que a vida da ferramenta atingisse o seu fim foram necessários 9 passes,
realizados em um corpo de prova (barra de número 2), com um tempo total de corte de
7,16 minutos, utilizando os parâmetros de corte indicados na Tabela 5.5. As fotografias
ilustrando a evolução do desgaste são mostradas na Figura 5.15.
56
Tabela 5.5. Parâmetros de corte utilizados no Ensaio 5.
Velocidade
Avanço Profundidade Percurso do
Ensaio de Corte
[mm/rot] [mm] Avanço [mm]
[m/min]
5 390 0,1 0,5 210
Passe 9
57
vibração da peça. Na Figura 5.16(a) é apresentada a forma do cavaco helicoidal e na
Figura 5.16(b) a forma em fita encontradas durante os passes. A dureza mínima da barra
utilizada nesse ensaio foi de 88,9 HRB e a máxima de 90,3 HRB, com uma dureza
média de 89,6 HRB.
(a) (b)
Figura 5.16 Forma dos cavacos (a) helicoidal e (b) fita no Ensaio 5.
Mais uma vez o desgaste de flanco da ferramenta não pode ser visualizado até
0,6 mm, segundo a norma de desgaste, atingindo apenas a 0,232 mm, em 4,92 minutos
(6° passe). Até esse passe, observou-se que o desgaste de entalhe, com 0,277 mm,
obteve um crescimento suave, a partir desse ponto se iniciou um desgaste intenso, típico
do terceiro estágio de desgaste, como apresentado na Figura 5.17.
1,2
1,096
Desgaste de Entalhe [mm]
Desgaste de Flanco [mm]
Desgaste [mm]
Passe 9
0,8
0,703
Passe 7
Passe 6
0,4
Passe 1
0,277
0,150
0,232
0,0 0,092
0,86 4,14 7,16
Tempo de Corte [min]
Figura 5.17 Curvas dos desgastes da ferramenta (desgaste de entalhe e desgaste de flanco) contra o tempo
total de corte para o Ensaio 5 (Vc = 390 m/min).
58
O fim da vida da ferramenta foi observado entre o 6º e o 7º passe, um pouco
antes do desgaste entalhe de 0,703 mm, quando nesse ponto ocorre um rápido
crescimento na curva, ficando caracterizado que o corte começa a ser realizado pelo
substrato da ferramenta, o qual é muito menos resistente. Essa característica é
comprovada pelo surgimento de uma grande quantidade de rebarba na interface da
ferramenta com a peça e também acontece uma pequena vibração no meio da peça.
59
Passe 0 Passe 1 Passe 2
60
Passe 15 Passe 16 Passe 17
Passe 21
(a) (b)
Figura 5.19. Forma dos cavacos (a) helicoidal e (b) fita no Ensaio 6.
61
Com exceção do 1° passe, os demais apresentaram rebarba. A dureza das barras
utilizadas nesse ensaio variou entre 83,3 a 87,8 HRB, com uma dureza média de 85,5
HRB.
O desgaste de flanco da ferramenta atingiu valores estáveis, porém mais uma vez
não se pode utilizar para a determinação da vida da ferramenta, pois seu desgaste
máximo foi de 0,135 mm, em um tempo de 10,12 minutos de corte.
O desgaste de entalhe manteve-se estável até 10,12 minutos de corte, com 0,204
mm, e a partir desse momento evoluiu exponencialmente para 0,531 e 1,969 quando
ocorreu a quebra da ferramenta.
No gráfico na Figura 5.20 estão as curvas dos desgastes versus o tempo total de
corte para a velocidade de corte de 420 m/min desse ensaio.
2,4
Desgaste de Entalhe [mm]
1,969
2,0 Desgaste de Flanco [mm]
Desgaste [mm]
1,6
Passe 20
1,2
Passe 19
Passe 1 Passe 21
0,8 Passe 12
Passe 1
0,4 0,531
0,108 0,204
0,0 0,049 0,135
0,55 2,59 4,38 5,92 8,78 11,39
Tempo de Corte [min]
Figura 5.20. Curvas dos desgastes da ferramenta (desgaste de entalhe e desgaste de flanco) contra o
tempo total de corte para o Ensaio 6 (Vc = 420 m/min).
62
5.7 Resultados do Ensaio 7
Passe 6
63
A cada passe foi observada a rugosidade superficial da barra que esteve
“excelente” nos três primeiros passes, “bom+” nos dois subsequentes e no último
“ruim”.
Somente o tipo de cavaco em forma helicoidal foi gerado no processo e a partir
do 4° passe, com tempo total de corte de 3,3 minutos, iniciou a ocorrência de rebarba. A
dureza mínima da barra utilizada nesse ensaio foi de 87,3 HRB e a máxima foi de 88,5
HRB, com uma dureza média de 87,9 HRB.
Poucas conclusões podem ser tiradas sobre o desgaste de flanco da ferramenta,
pois seu valor foi muito baixo atingindo somente 0,086 mm de altura, em quatro passes.
O degaste de entalhe da ferramenta aconteceu de forma coerente devido à alta
velocidade de corte nesse ensaio, atingindo um desgaste máximo de 0,972 mm.
1,2
Desgaste de Entalhe [mm]
Desgaste de Flanco [mm] 0,972
Desgaste [mm]
Passe 6
0,8 Passe 4
Passe 5
Passe 4
Passe 4
0,4
Passe 1 0,351
0,100
64
5.8 Análise da Equação de Taylor
98
Peça 1
Peça 1 Peça 2 Peça 3
y = 0.1946x + 82.463
94 Peça 4 Peça 5 R² = 0.9396
Dureza [HRB]
Peça 2
90 y = 0.1696x + 81.607
R² = 0.8841
86 Peça 3
y = 0.1872x + 78.964
R² = 0.9576
82
Peça 4
y = 0.1532x + 80.709
R² = 0.8608
78
Peça 5
74 y = 0.2346x + 75.853
10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70 74 R² = 0.8228
Diâmetro [mm]
Figura 5.24 - Valores das durezas [HRB] nos cinco corpos de prova.
65
O valor do diâmetro do corpo de prova é, então, relacionado com o valor do
diâmetro nos passes realizados em cada ensaio, como mostra a Figura 5.25. Calculando
assim, a dureza média para cada um dos sete ensaios. O Anexo 4, mostra os corpos de
prova utilizados para cada ensaio.
98
94
Dureza [HRB]
90
86
82
Ensaio 1 - 300 m/min Ensaio 2 - 330 m/min
Ensaio 3 - 360 m/min Ensaio 4 - 360 m/min
78
Ensaio 5 - 390 m/min Ensaio 6 - 420 m/min
Ensaio 7 - 420 m/min
74
10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70 74
Diâmetro [mm]
Figura 5.25 - Valores das durezas [HRB] nos sete ensaios.
66
2,0
Vc = 300 [m/min] Vc = 330 [m/min]
0,8
0,703
0,555 0,590
0,531 0,44 0,460
0,4
0,351
0,0
0 6 12 18 24 30 36 42
Tempo de Corte [min]
Figura 5.23. Curvas do desgaste de entalhe da ferramenta x tempo total de corte.
Com base na curva do desgaste de entalhe, Figura 5.23, conclui-se, então, que
até um desgaste de entalhe no valor de, aproximadamente, 0,44 mm é possível
considerar um desgaste estável, que não apresenta risco de ruptura da ferramenta. A
escolha do desgaste foi motivada, também, por ser um ponto comum a todas as
velocidades e, nesse ponto da curva, o desgaste inicia sua convergência para o fim da
vida da ferramenta. Outra razão motivadora é que em todos os ensaios realizados,
próximo a esse valor, ocorreram situações especiais, como por exemplo, no Ensaio 2,
com a velocidade de 330 m/min, no 10º passe a rugosidade da peça diminuiu
consideravelmente de “excelente” para “bom” exatamente nessa medida do desgaste.
A partir das curvas do desgaste de entalhe, VBN, (Figura 5.23) é possível
elaborar as curvas de vida da ferramenta, Figura 5.24, para diferentes valores do
desgaste VBN entre 0,2 e 0,75 mm (valores menores que 1 mm conforme a norma).
Observa-se que as curvas na faixa do desgaste entre 0,25 mm e 0,65 mm
possuem similaridade, resultando em coeficientes angulares próximos para a equação de
Taylor.
67
4 Desgaste 0.2 mm; y = -3.5831x + 23.184 Desgaste 0.25 mm; y = -4.5753x + 29.218
Desgaste 0.3 mm; y = -4.6027x + 29.424 Desgaste 0.35 mm; y = -4.6357x + 29.649
Desgaste 0.4 mm; y = -4.7018x + 30.067 Desgaste 0.45 mm; y = -4.7554x + 30.411
3,5
Desgaste 0.5 mm; y = -4.7944x + 30.668 Desgaste 0.55 mm; y = -4.8378x + 30.958
Desgaste 0.6 mm; y = -4.8611x + 31.116 Desgaste 0.65 mm; y = -4.8748x + 31.211
Desgaste 0.7 mm; y = -3.1871x + 21.128 Desgaste 0.75 mm; y = -3.4829x + 22.934
3
ln T [min]
2,5
1,5
ln Vc [m/min]
Figura 5.24. Curva da vida da ferramenta para as velocidades ensaiadas.
96 Dureza Média 50
Tempo de corte [min]
93,3
Dureza média [HRB]
80 0
Ensaio 1 Ensaio 2 Ensaio 3 Ensaio 4 Ensaio 5 Ensaio 6 Ensaio 7
300 330 360 360 390 420 420
[m/min] [m/min] [m/min] [m/min] [m/min] [m/min] [m/min]
Figura 5.25. Dureza média HRB em função do tempo de corte dos ensaios realizados.
68
Na maioria dos ensaios, a partir de aproximadamente 0,5 mm do desgaste há
uma piora na qualidade superficial da peça, com cavaco aderido na peça, muita adesão
no entalhe, além de algumas vibrações. Definindo o critério do fim de vida da
ferramenta em 0,44 mm do desgaste de entalhe e a partir desse valor construindo o
gráfico bi-logarítmico, ln T x ln Vc, apresentado na Figura 5.26, pode-se calcular a
equação da reta.
4
Dureza Média de 87,9 HRB Desgaste 0.44 mm
1,5
Dureza Média de 86,9 HRB
ln Vc [m/min]
Figura 5.26. Curva de Taylor para o desgaste de 0,44 mm.
Constante Valor
x 4,7445
K 1,5044 E +13
69
5.9 Cálculo das condições econômicas
√
[ ]
70
A partir desse contexto, o intervalo de máxima eficiência (IME) é um intervalo,
entre a velocidade de corte para mínimo custo, Vo = 314,22 m/min e a velocidade de
corte para máxima produção, Vcmxp = 416,32 m/min. O IME, determinado nesse
trabalho, está em uma faixa mais elevada do que aquela sugerida pelo fabricante
(Sandvik) da pastilha utilizada (205 a 265 m/min).
Para determinar o tempo total (14) e o custo total (29) são adotados: o tempo de
troca da ferramenta tft = 1,5 minutos, o tempo de afiação tfa = 0 (o inserto utilizado é
intercambiável), o tempo secundário ts = 0,25 minutos (considera-se que existem
dispositivos ou gabaritos para realizar inspeção dimensional) e o tempo de preparação
tpr = 5 minutos para um lote total de 100 peças. O diâmetro da peça usinada é de 30 mm.
71
Resolvendo, se obtém o custo total por peça fabricada:
Para a velocidade de corte para máxima produção, Vcmxp, o custo total, Ct, será:
72
Tempo Total [min/pç] / Custo Total [R$/pç] Tempo Total [min/pç]
10 1
5 0
0 -1
100 200 300 400 500 600 700 800
100 100
Velocidade de Corte [m/min] 00
00
Vo = 314,22 m/min Vcmxp = 416,32 m/min
73
Tabela 5.10. Parâmetros de corte utilizados para comparação.
Velocidade Percurso do
Avanço Profundidade Desgaste
Autor de Corte Avanço Torneamento
[mm/rot] [mm] [mm]
[m/min] [mm]
Chrispim
220 / 280 / 330 0,1 0,5 210 A Seco 0,27
(2011)
4
y = -3,9507x + 25,078
3,5
y = -4,7445x + 30,342
3
ln T [min]
2,5
2
Fluido Vegetal
1,5 Fluido Mineral (Miranda, 2011)
y = -5,3509x + 33,32
A Seco (Chrispim, 2011)
1
5,3 5,4 5,5 5,6 5,7 5,8 5,9 6 6,1
ln Vc [m/min]
Figura 5.28. Curva de vida da ferramenta para as velocidades ensaiadas nos trabalhos realizados.
74
Tabela 5.11. Valores dos coeficientes x e K da Equação de Taylor.
Equação de Taylor
Autor Torneamento K x
(T = V-x . K)
Miranda
Fluido Mineral T = V -5,3509 . e 33,32 K = e 33,32 = 2,95592 . 1014 5,3509
(2011)
Chrispim
A Seco T = V -3,9507 . e 25,078 K = e 25,078 = 77846128209 3,9507
(2011)
Fluido
314,22 416,32
Vegetal
Autor
Fluido Mineral
261,6 356,5
(Miranda, 2011)
A Seco
282,5 392,4
(Chrispim, 2011)
Figura 5.29. Comparação do Intervalo de Máxima Eficiência (IME) entre os trabalhos realizados.
75
O tempo total de corte e o custo total, por peça fabricada, para as velocidades
dos intervalos de máxima eficiência, determinados no presente trabalho (seção 5.9.1) e
nos trabalhos realizados por Miranda (2011) e Chrispim (2011) são calculados em
função da velocidade econômica de corte e a velocidade de corte para máxima
produção.
76
Para a velocidade de corte para máxima produção, Vcmxp = 356,5 m/min, o custo
total por peça, , será:
Com o valor do tempo total, , é calculado o custo total da produção por peça
, equação (29). Substituindo os valores se obtém:
77
Também se considera a velocidade de corte para máxima produção, Vcmxp = 392,4
m/min, onde se obtém o tempo total de corte :
Para a velocidade de corte para máxima produção, Vcmxp = 392,4 m/min, o custo
total por peça, , será:
78
1,1 1,0896 3,45
Tempo Total-Tt 1,0657
Tempo Total de Corte Custo Total-Ct
[R$/peça]
1
0,9741
3,22 3,25
3,16
3,15
0,9
3,07
3,05
0,8 2,95
Fluido Vegetal Fluido Mineral A Seco
(Miranda, 2011) (Chrispim, 2011)
Autores
Figura 5.30. Valores calculados para a velocidade econômica do IME dos trabalhos realizados.
Custo Total-Ct
0,9823
[R$/peça]
1
3,23 0,976
3,25
0,9023 3,15
0,9
3,05
0,8 2,95
Fluido Vegetal Fluido Mineral A Seco
(Miranda, 2011) (Chrispim, 2011)
Autores
Figura 5.31. Valores calculados para a velocidade de corte para máxima produção do IME dos trabalhos
realizados.
79
6. Conclusão
80
extremidades. Com a escolha do intervalo de máxima eficiência, valores de velocidades
de corte inferiores a 314,22 m/min, ocasionarão elevados tempos de produção, e para
qualquer valor acima de 416,32 m/min os custos com a fabricação serão altos, e em
ambos os casos, acarretarão redução na produção.
Nas velocidades de corte ensaiadas, três estão entre o intervalo de máxima
eficiência calculado, e a velocidade de 420 m/min está próxima à velocidade de corte
para máxima produção (Vcmxp = 416,32 m/min), o que mostra coerência nos resultados.
Para trabalhos futuros, sugere-se que sejam realizados estudos com:
Outro tipo de material do corpo de prova como, por exemplo, o alumínio.
Diferentes ferramentas de corte como, por exemplo, pastilhas cerâmicas.
A mesma ferramenta de corte, porém com raio de ponta diferente, para
analisar a influência desse parâmetro.
Fluidos de corte semi-sintético ou fluidos vegetais de outras origens, para
analisar se há ganho econômico no processo.
Utilização de fluidos com o método de alta pressão, ou com o método de
mínima quantidade de fluido.
Velocidades de corte menores para observar a relação da equação de Taylor
com outros tipos de desgastes da ferramenta como, por exemplo, o desgaste
de cratera. Entre outros.
Com todos os experimentos realizados, a importância desse trabalho foi
enriquecedor para conhecimentos sobre usinagem por torneamento dos aços inoxidáveis
austeníticos com fluido vegetal, visto que, poucos trabalhos avaliam a progressão do
desgaste de entalhe para calcular valores ótimos visando economia do processo.
81
7. Referências Bibliográficas
82
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89
Anexo 1 - Dados técnicos do fabricante para o fluido de corte vegetal Balxedot.
90
91
92
93
94
Anexo 2 - Programação CNC utilizada nos ensaios.
O0002;
N10 G21 G95 G40;
N20 G90;
N30 G00 X100 Z 20;
N40 T0505;
N50 G96 S300;
N60 G0 X 80 Z5;
N65 G01 X75 F0,1;
N70 G01 Z-210;
N80 G01 X90 Z -200;
N90 G0 X100 Z20;
N100 M30;
95
Velocidade de corte [m/min] 300 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Rotação Rugosidade Visual Desgaste Profundidade de Desgaste de Entalhe Forma do Cavaco a
Diâmetro Final Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Desgaste de Entalhe Rebarba OBS.
s Experimental 3 [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[mm] [rpm] (x10³) [mm ] [min] [min] [mm] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
e a
1 38 2512,97 2515 12,37 0,84 0,84 0,055 Excelente 0,068 0,092 0,092 Helicoidal Não Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
2 37 2580,89 2584 12,04 0,81 1,65 0,065 Excelente 0,075 0,096 0,071 Helicoidal Não Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
3 36 2652,58 2655 11,71 0,79 2,44 0,065 Excelente 0,075 - 0,081 Helicoidal Não Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
4 35 2728,37 2732 11,38 0,77 3,21 0,070 Excelente 0,112 0,112 0,123 Helicoidal Não Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
5 34 2808,62 2812 11,05 0,75 3,96 0,073 Excelente 0,087 0,106 0,085 Helicoidal Não Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
6 33 2893,73 2897 10,72 0,73 4,68 0,071 Bom + 0,087 0,109 0,089 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.008 mm
7 32 2984,16 2989 10,39 0,70 5,39 0,069 Bom + 0,099 0,111 0,093 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
8 31 3080,42 3084 10,06 0,68 6,07 0,064 Excelente 0,088 0,109 0,093 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
9 30 3183,10 3187 9,73 0,66 6,73 0,070 Bom + 0,080 0,115 0,089 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
10 29 3292,86 3297 9,40 0,64 7,37 0,083 Bom 0,101 0,125 0,125 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
11 28 3410,46 3415 9,07 0,62 7,98 0,076 Bom 0,092 0,110 0,093 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
Ensaio 1 (Vc = 300 m/min)
12 27 3536,78 3541 8,74 0,59 8,58 0,076 Bom - 0,083 0,109 0,099 Helicoidal Sim Vibração até ± 16 mm / Adesão no Entalhe de 0.016 mm
13 26 3672,81 3677 8,41 0,57 9,15 0,082 Ruim 0,099 0,125 0,104 Helicoidal Sim Vibração até ± 26 mm / Adesão no Entalhe de 0.013 mm
4ª Barra utilizada (continuação)
14 25 3819,72 3825 8,08 0,55 9,70 0,079 Ruim 0,095 0,127 0,097 Helicoidal Sim Vibração até ± 40 mm / Sem Adesão no Entalhe
15 24 3978,87 3984 7,75 0,53 10,23 0,075 Bom 0,098 0,132 0,096 Helicoidal Sim Vibração até ± 38 mm / Sem Adesão no Entalhe
16 23 4151,87 4157 7,42 0,51 10,73 0,077 Bom - 0,094 - 0,084 Helicoidal Sim Vibração até ± 38 mm / Adesão no Entalhe
17 22 4340,59 4346 7,09 0,48 11,22 0,081 Bom - 0,094 0,134 0,098 Helicoidal Sim (Pouca) Vibração até ± 40 mm / Adesão no Entalhe de 0.015 mm
18 21 4547,28 4554 6,76 0,46 11,68 0,086 Bom - 0,097 0,146 0,101 Helicoidal Sim Vibração até ± 30 mm / Adesão no Entalhe de 0.014 mm
Vibração até ± 40 mm / Sem Adesão no Entalhe / Máquina Parou devido a
19 20 4774,65 4780 6,43 0,44 12,12 0,081 Ruim 0,094 0,146 0,078 Helicoidal Sim
Alarme com ± 32 mm de Usinagem
20 19 5025,95 5033 6,10 0,42 12,53 0,087 Ruim 0,099 0,151 0,118 Helicoidal Sim Vibração até ± 22 mm / Adesão no Entalhe
21 18 5305,16 5313 5,77 0,40 12,93 0,086 Ruim 0,101 0,156 0,087 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
22 74 1290,45 1290 24,25 1,63 14,56 0,107 Bom 0,117 - 0,109 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.017 mm
23 73 1308,12 1309 23,92 1,61 16,16 0,109 Bom 0,117 0,178 0,114 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
24 72 1326,29 1328 23,59 1,58 17,75 0,118 Bom 0,118 0,185 0,093 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.032 mm
25 71 1344,97 1345 23,26 1,56 19,31 0,118 Bom 0,193 0,193 0,193 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
26 70 1364,19 1365 22,93 1,54 20,85 0,127 Bom 0,184 0,184 0,109 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
27 69 1383,96 1385 22,60 1,52 22,36 0,113 Bom 0,186 0,191 0,127 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
Anexo 3 - Tabelas de dados experimentais dos ensaios.
28 68 1404,31 1405 22,27 1,50 23,86 0,122 Bom 0,198 0,198 0,162 Helicoidal Sim Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
29 67 1425,27 1426 21,94 1,47 25,33 0,130 Bom 0,217 0,217 0,165 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
30 66 1446,86 1447 21,61 1,45 26,79 0,121 Bom - 0,178 0,212 0,158 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
31 65 1469,12 1470 21,28 1,43 28,21 0,134 Bom - 0,217 0,217 0,166 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.024 mm
32 64 1492,08 1495 20,95 1,41 29,62 0,139 Bom - 0,226 0,226 0,182 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
5ª Barra Utilizada
33 63 1515,76 1516 20,62 1,39 31,01 0,141 Bom 0,190 0,229 0,086 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
34 62 1540,21 1541 20,29 1,36 32,37 0,148 Bom 0,235 0,235 0,123 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
35 61 1565,46 1566 19,96 1,34 33,71 - Bom 0,240 0,240 0,209 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe
36 60 1591,55 1592 19,63 1,32 35,03 - Ruim 0,270 0,270 0,214 Helicoidal Sim Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
37 59 1618,52 1619 19,30 1,30 36,33 - Ruim 0,305 0,305 0,228 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe
38 58 1646,43 1648 18,97 1,28 37,60 - Ruim 0,346 0,346 0,270 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.064 mm
39 57 1675,32 1676 18,64 1,25 38,86 - Ruim 0,396 0,396 0,303 Helicoidal + Fita Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.028 mm
40 56 1705,23 1706 18,31 1,23 40,09 - Ruim 0,287 0,460 0,460 Helicoidal + Fita Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.018 mm
Vibração até ± 135 mm + "Tipo" Rosca ± 85 mm / Adesão no Entalhe /
41 55 1736,24 1737 17,98 1,21 41,30 - Ruim 0,384 0,658 - Helicoidal Sim
Ruptura da ferramenta
Desgaste de Flanco
Desgaste de Entalhe
96
Velocidade de corte [m/min] 330 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Rotação Rugosidade Visual Desgaste Profundidade de Desgaste de Entalhe Forma do Cavaco a
Diâmetro Final Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Desgaste de Entalhe Rebarba OBS.
s Experimental [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[mm] [rpm] (x10³) [mm3] [min] [min] [mm] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
e a
1 59 1780,38 1782 19,30 1,18 1,18 0,052 Excelente 0,117 0,169 0,169 Fita Não Sem vibração / Adesão no entalhe
Ensaio 2 (Vc = 330 m/min)
Sem vibração / - Adesão no entalhe / Ocorreu 1 desgaste de entalhe mais abaixo na prof.
2 58 1811,07 1813 18,97 1,16 2,34 0,069 Excelente 0,131 0,168 0,168 Fita Não
de corte (0,5mm) de 0,165 e 0,171 mm
3 57 1842,85 1844 18,64 1,14 3,48 0,083 Excelente 0,162 0,173 0,173 Fita Não Sem vibração / Adesão no entalhe
6 54 1945,23 1948 17,65 1,08 6,78 0,092 Bom + 0,186 0,190 0,167 Fita Sim Sem vibração / - Adesão no entalhe
7 53 1981,93 1983 17,32 1,06 7,84 0,095 Excelente 0,211 0,216 0,169 Fita Sim Sem vibração / Adesão no entalhe
8 52 2020,04 2024 16,99 1,04 8,88 0,097 Bom 0,221 0,225 0,181 Fita Sim Vibração em toda peça / Adesão no entalhe
1ª Barra utilizada
Vibração até +- 45mm da peça / Adesão no entalhe de 0,059 e 0,032mm / Não aparece
9 51 2059,65 2061 16,66 1,02 9,90 - Bom 0,248 0,253 0,203 Fita Sim
mais a primeira linha de desgaste, não dimensionei mais.
Sem vibração / Adesão no entalhe de 0,072mm / Cavaco "estranho", no momento do final
10 50 2100,85 2102 16,33 1,00 10,90 - Excelente 0,370 0,444 0,347 Fita Sim (Muita)
da usinagem.
11 49 2143,72 2145 16,00 0,98 11,88 - Bom 0,434 0,555 0,419 Fita Sim (Muita) Sem vibração / Sem adesão no entalhe / Cavaco enrolou na peça (Foto)
12 48 2188,38 2190 15,67 0,96 12,83 - Bom 0,542 0,727 0,539 Fita Sim (Muita) Sem vibração / Adesão no entalhe de 0,072mm / Cavaco enrolou na peça (Foto)
13 47 2234,94 2237 15,34 0,94 13,77 - Bom 0,625 0,791 0,580 Helicoidal Não Sem vibração / - Adesão no entalhe
14 46 2283,53 2286 15,01 0,92 14,69 - Bom 0,912 1,200 1,159 Helicoidal Sim Sem vibração / Sem adesão no entalhe / Não há como dimensionar
Desgaste de Flanco
Desgaste de Entalhe
97
Velocidade de corte [m/min] 360 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Rotação Rugosidade Visual Desgaste Profundidade de Desgaste de Flanco Forma do Cavaco a
Diâmetro Final Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Rebarba OBS.
s Experimental 3 [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[mm] [rpm] (x10³) [mm ] [min] [min] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
e a
Sem vibração / Sem Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
1 45 2546,48 2550 14,68 0,82 0,82 0,127 Excelente 0,074 0,102 Helicoidal Não
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Sem Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
2 44 2604,35 2607 14,35 0,81 1,63 0,140 Excelente 0,083 0,140 Helicoidal Não
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Ensaio 3 (Vc = 360 m/min)
14 32 3580,99 3585 10,39 0,59 9,88 0,133 Bom + 0,112 0,133 Helicoidal Não
1~12) / Não há Entalhe na altura da profundidade de corte, esta medida é
Sem vibração / - Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
15 31 3696,50 3701 10,06 0,57 10,45 0,131 Excelente 0,112 0,124 Helicoidal Sim (Pouca)
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / - Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
16 30 3819,72 3825 9,73 0,55 11,00 0,131 Bom - 0,125 0,131 Helicoidal Sim (Pouca)
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / - Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
17 29 3951,43 3956 9,40 0,53 11,53 0,142 Bom + 0,118 0,142 Helicoidal + Fita Sim (Pouca)
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Adesão no entalhe de 0.018 mm / Não há Entalhe na altura
18 28 4092,56 4099 9,07 0,51 12,04 0,143 Excelente 0,132 0,131 Helicoidal + Fita Sim (Pouca)
da profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
19 27 4244,13 4250 8,74 0,49 12,53 0,157 Bom 0,130 0,142 Helicoidal + Fita Sim (Pouca)
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / - Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
20 26 4407,37 4413 8,41 0,48 13,01 0,176 Bom 0,137 0,148 Helicoidal + Fita Sim (Pouca)
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
21 25 4583,66 4590 8,08 0,46 13,47 0,177 Bom 0,142 0,141 Helicoidal + Fita Sim
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
22 24 4774,65 4780 7,75 0,44 13,91 0,194 Bom 0,143 0,138 Helicoidal + Fita Sim
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
23 55 2083,48 2085 17,98 1,01 14,92 0,198 Bom + 0,170 0,158 Helicoidal Sim
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / Sem Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
24 54 2122,07 2124 17,65 0,99 15,91 0,210 Bom + 0,190 0,181 Helicoidal Sim
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Sem vibração / - Adesão no entalhe / Não há Entalhe na altura da
25 53 2162,10 2164 17,32 0,97 16,88 0,219 Bom + 0,206 0,207 Helicoidal Sim
profundidade de corte, esta medida é de Flanco
2ª Barra utilizada
98
há Entalhe na altura da profundidade de corte, esta medida é de Flanco
Desgaste de Flanco
Velocidade de corte [m/min] 360 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Rotação Rugosidade Visual Desgaste Profundidade de Desgaste de Entalhe Forma do Cavaco a
Diâmetro Final Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Desgaste de Entalhe Rebarba OBS.
s Experimental [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[mm] [rpm] (x10³) [mm3] [min] [min] [mm] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
e a
1 42 2728,37 2731 13,69 0,77 0,77 0,060 Excelente 0,066 0,104 0,065 Helicoidal Não Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
2 41 2794,92 2798 13,36 0,75 1,52 0,056 Excelente 0,062 0,116 0,098 Helicoidal Não Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
3 40 2864,79 2868 13,03 0,73 2,25 0,062 Excelente 0,103 0,135 0,120 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.021 mm
4 39 2938,25 2943 12,70 0,71 2,97 0,069 Excelente 0,143 0,146 0,146 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.016 mm
5 38 3015,57 3019 12,37 0,70 3,67 0,068 Bom + 0,145 0,145 0,145 Helicoidal Não Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
6 37 3097,07 3102 12,04 0,68 4,34 0,081 Bom + 0,146 0,159 0,159 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
Ensaio 4 (Vc = 360 m/mim)
7 36 3183,10 3187 11,71 0,66 5,00 0,087 Bom + 0,144 0,146 0,146 Helicoidal Sim Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
8 35 3274,04 3279 11,38 0,64 5,64 0,079 Bom + 0,148 0,153 0,140 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
9 34 3370,34 3375 11,05 0,62 6,27 0,102 Bom + 0,148 0,179 0,149 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
10 33 3472,47 3476 10,72 0,60 6,87 0,087 Bom + 0,171 0,184 0,150 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.016 mm
11 32 3580,99 3585 10,39 0,59 7,46 0,104 Bom + 0,182 0,199 0,184 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.005 mm
12 31 3696,50 3701 10,06 0,57 8,03 - Bom + 0,197 0,219 0,169 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.023 mm
2ª Barra (continuação)
13 30 3819,72 3825 9,73 0,55 8,58 - Bom + 0,219 0,230 0,189 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe
14 29 3951,43 3956 9,40 0,53 9,11 - Bom + 0,224 0,237 0,207 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.033 mm
15 28 4092,56 4097 9,07 0,51 9,62 - Bom 0,220 0,333 0,291 Helicoidal Sim (Muita) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
16 27 4244,13 4250 8,74 0,49 10,12 - Bom 0,286 0,384 0,350 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
17 26 4407,37 4413 8,41 0,48 10,59 - Bom 0,301 0,405 0,381 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe
18 25 4583,66 4590 8,08 0,46 11,05 - Bom 0,288 0,422 0,389 Helicoidal Sim Com Vibração até ± 45 mm / Com Adesão no Entalhe
19 24 4774,65 4780 7,75 0,44 11,49 - Bom 0,426 0,478 0,420 Helicoidal Sim Com Vibração até ± 42 mm / Com Adesão no Entalhe de 0.016 mm
20 23 4982,24 4989 7,42 0,42 11,91 - Bom 0,435 0,491 0,443 Helicoidal Sim Com Vibração até ± 42 mm / Com Adesão no Entalhe
21 45 2546,48 2522 14,68 0,82 12,74 - Bom + 0,468 0,528 0,515 Helicoidal Sim Sem Vibração / - Adesão no Entalhe / A Rotação não ultrapassou este valor
Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe / A Rotação não ultrapassou este
22 44 2604,35 2521 14,35 0,81 13,54 - Bom 0,506 0,549 0,518 Helicoidal Sim
valor
23 43 2664,92 2667 14,02 0,79 14,33 - Bom 0,446 0,590 0,518 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.081 mm
24 42 2728,37 2731 13,69 0,77 15,10 - Bom 0,624 0,700 0,648 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.054 mm
25 41 2794,92 2798 13,36 0,75 15,85 - Bom 0,670 0,733 0,677 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.033 mm
3ª Barra
26 40 2864,79 2868 13,03 0,73 16,58 - Bom 0,684 0,766 0,724 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.026 mm
27 39 2938,25 2942 12,70 0,71 17,30 - Bom 0,696 0,817 0,817 Helicoidal Sim Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
28 38 3015,57 3018 12,37 0,70 18,00 - Bom 0,720 0,883 0,848 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
29 37 3097,07 3102 12,04 0,68 18,67 - Bom 0,737 0,942 0,895 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
Sem Vibração / - Adesão no Entalhe / A Máquina parou devido a falta de
30 36 3183,10 3187 11,71 0,66 19,33 - Bom - 0,709 1,040 1,009 Helicoidal Sim (Pouca)
energia com ± 15 mm de usinagem
Desgaste de Flanco
Desgaste de Entalhe
99
Ensaio 5 (Vc = 390 m/min)
Velocidade de corte [m/min] 390 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Rotação Rugosidade Visual Desgaste na Profundidade de Desgaste de Entalhe Forma do Cavaco a
Diâmetro Final Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Desgaste de Entalhe Rebarba OBS.
s Experimental [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[mm] [rpm] (x10³) [mm3] [min] [min] [mm] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
e a
1 51 2434,13 2437 16,66 0,86 0,86 0,092 Excelente 0,102 0,150 0,130 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe
2 50 2482,82 2485 16,33 0,85 1,71 0,097 Excelente 0,103 0,159 0,137 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.02 mm
3 49 2533,49 2536 16,00 0,83 2,54 0,100 Excelente 0,150 0,174 0,140 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.025 mm
4 48 2586,27 2589 15,67 0,81 3,35 0,104 Excelente 0,152 0,179 0,138 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.038 mm
5 47 2641,29 2644 15,34 0,80 4,14 - Excelente 0,191 0,219 0,169 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
6 46 2698,71 2701 15,01 0,78 4,92 - Excelente 0,277 0,277 0,232 Fita Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.029 mm
2ª Barra (continuação)
8 44 2821,38 2825 14,35 0,74 6,43 - Bom + 0,759 0,943 0,891 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.056 mm
9 43 2887,00 2889 14,02 0,73 7,16 - Bom + 0,865 1,096 1,061 Helicoidal Não Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
Desgaste de Flanco
Desgaste de Entalhe
100
Velocidade de corte [m/min] 420 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Rotação Rugosidade Visual Desgaste na Profundidade de Desgaste de Entalhe Forma do Cavaco a
Diâmetro Final Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Desgaste de Entalhe Rebarba OBS.
s Experimental 3 [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[mm] [rpm] (x10³) [mm ] [min] [min] [mm] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
Ensaio 6 (Vc = 420 m/min)
e a
1 35 3819,72 3824 11,38 0,55 0,55 0,049 Excelente 0,059 0,108 0,090 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe
2 34 3932,06 3937 11,05 0,53 1,08 0,054 Bom + 0,072 0,103 0,084 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
3 33 4051,22 4057 10,72 0,52 1,60 0,061 Bom + 0,072 0,089 0,089 Helicoidal Sim Sem Vibração / - Adesão no Entalhe
4 32 4177,82 4183 10,39 0,50 2,10 0,066 Bom + 0,081 0,097 0,097 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.007 mm
5 31 4312,59 4318 10,06 0,49 2,59 0,072 Bom 0,093 0,102 0,092 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
6 30 4456,34 4462 9,73 0,47 3,06 0,076 Bom 0,096 0,104 0,096 Helicoidal Sim (Pouca) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
7 29 4610,01 4617 9,40 0,46 3,52 0,074 Bom 0,093 0,094 0,094 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.023 mm
8 28 4774,65 4780 9,07 0,44 3,96 0,083 Bom 0,094 0,097 0,097 Helicoidal Sim Vibração até ± 17 mm / Adesão no Entalhe de 0.019 mm
3ª Barra (continuação)
9 27 4951,49 4958 8,74 0,42 4,38 0,085 Ruim 0,101 0,112 0,099 Helicoidal Sim Vibração até ± 30 mm / Sem Adesão no Entalhe
10 26 5141,93 5148 8,41 0,41 4,79 0,084 Ruim 0,102 0,108 0,101 Helicoidal Sim Vibração até ± 4 mm / Adesão no Entalhe de 0.023 mm
11 25 5347,61 5354 8,08 0,39 5,18 0,086 Bom - 0,101 0,141 0,099 Helicoidal Sim Vibração até ± 48 mm / Adesão no Entalhe
12 24 5570,42 5578 7,75 0,38 5,56 0,086 Bom 0,097 0,165 0,110 Helicoidal Sim Vibração até ± 11 mm / Sem Adesão no Entalhe
13 23 5812,62 5820 7,42 0,36 5,92 0,087 Bom 0,114 0,123 0,102 Helicoidal Sim Vibração até ± 11 mm / Sem Adesão no Entalhe
14 47 2844,47 2847 15,34 0,74 6,66 0,097 Bom 0,110 0,127 0,097 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
15 46 2906,31 2909 15,01 0,72 7,38 0,104 Bom - 0,133 0,161 0,123 Helicoidal + Fita Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.025 mm
16 45 2970,89 2974 14,68 0,71 8,09 0,113 Bom 0,148 0,188 0,105 Helicoidal + Fita Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
17 44 3038,41 3042 14,35 0,69 8,78 0,129 Bom 0,166 0,190 0,140 Fita Sim (Muita) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
4ª Barra
18 43 3109,07 3113 14,02 0,68 9,46 0,127 Ruim 0,167 0,177 0,125 Fita Sim (Muita) Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe / Cavaco "riscou" a peça
19 42 3183,10 3187 13,69 0,66 10,12 0,135 Bom 0,204 0,204 0,204 Fita Sim (Muita) Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.022 mm
20 41 3260,74 3263 13,36 0,64 10,76 - Bom + 0,531 0,531 0,481 Fita Sim (Muita) Sem Vibração / Adesão no Entalhe
21 40 3342,25 3346 13,03 0,63 11,39 - Ruim 1,096 1,969 1,969 Fita Sim (Muita) Sem Vibração / Com Adesão no Entalhe / Quebra da Ferramenta
Desgaste de Flanco
Desgaste de Entalhe
101
Ensaio 7 (Vc = 420 m/min)
Velocidade de corte [m/min] 420 Avanço [mm/rot] 0,1 Profundidade [mm] 0,5 Percurso de avanço [mm] 210
P B
a Diâmetro Rotação Rugosidade Visual Desgaste na Profundidade de Desgaste de Entalhe Forma do Cavaco a
Rotação Volume Removido Tempo de Corte Tempo de Corte Total Desgaste de Flanco Desgaste de Entalhe Rebarba OBS.
s Final Experimental 3 [Excelente, Bom+, Bom, Bom-, Corte de 0,5 mm Médio [Fita, Helicoidal, Espiral, r
[rpm] (x10³) [mm ] [min] [min] [mm] [mm] [Sim/Não] [Vibração, Adesão, Ferramenta, etc]
s [mm] [rpm] Ruim] [mm] [mm] Lascas/Pedaços] r
e a
1 54 2475,74 2478 17,65 0,85 0,85 0,066 Excelente 0,079 0,100 0,090 Helicoidal Não Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
2 53 2522,46 2525 17,32 0,83 1,68 0,066 Excelente 0,080 0,115 0,103 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe
3 52 2570,96 2573 16,99 0,82 2,50 0,072 Excelente 0,088 0,132 0,121 Helicoidal Não Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.026 mm
4 51 2621,38 2524 16,66 0,80 3,30 0,086 Bom + 0,144 0,146 0,135 Helicoidal Sim Sem Vibração / Sem Adesão no Entalhe
5ª Barra (continuação)
5 50 2673,80 2677 16,33 0,79 4,08 - Bom + 0,351 0,351 0,297 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe de 0.084 mm
6 49 2728,37 2732 16,00 0,77 4,85 - Ruim 0,972 0,972 0,934 Helicoidal Sim Sem Vibração / Adesão no Entalhe
Desgaste de Flanco
Desgaste de Entalhe
102
Anexo 4 - Corpos de prova utilizados em cada ensaio.
Na Figura A4.1 está a relação dos cinco corpos de prova utilizados nos sete
ensaios realizados, para determinar a dureza média nos ensaios. Por exemplo, no Ensaio
1, foram utilizados os corpos de prova 4 e 5.
5 Peça 5
4 Peça 4
Peça
3 Peça 3
2 Peça 2
1 Peça 1
Ensaio
Figura A4.1 - Relação dos corpos de prova utilizados nos sete ensaios realizados.
103
Anexo 5 - Programa no Matlab para o tempo total, o custo total e a taxa de lucro.
% considerando:
% Material: Aço INOX 304L; Pastilha Sandvik; Fluido Vegetal
% d=30mm; la=210mm; k=1.5044x10^13; x=4,7445; a=0,1mm/rot; tf=1,5; z=100;
ts=0,25min; tpr=5min
% valor de venda da peça R$=8,00; valor do material R$=1,50
% valor do porta ferramenta R$=180,00; vida média do porta ferramenta=400;
% valor da ferramenta R$=22,00; num. de arestas=6
% valor da mão-de-obra por hora R$=32,7; valor da máquina por hora R$=26,00
v=10:10:800;
% cálculo do tempo:
a=(pi*30*210)/(0.1*1000); % a=tempo de corte (min/pç)
k=1.5044*10^13; % k=constante k de desgaste
tf=1.5; % tf=tempo de troca da ferramenta, não há afiação (min/lote)
b=((pi*30*210)/(k*0.1*1000))*tf; % b=tempo devido a ferramenta (min/lote)
c=0.25; % c=tempo secundário por peça (min/pç)
d=5/100; % d=tempo de preparação por lote (min/lote)
x=4.7445-1; % x=constante x de desgaste
t=(a/v)+(b*(v^x))+c+d; % t=tempo total de 1 peça (min/pç)
% cálculo do custo:
e=2; % e=custo proporcional por peça (R$/pç)
cf=4.11; % cf=custo da ferramenta por vida (R$/vida)
f=((pi*30*210)/(k*0.1*1000))*cf; % f=custo da ferramenta por peça (R$/pç)
g=t/60*26; % g=custo da máquina (R$/min)
h=t/60*32.7; % h=custo da mão-de-obra (R$/min)
ct=e+(f*(v^x))+g+h; % ct=custo total (R$/pç)
104