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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ATUARIAIS


DISCIPLINA: ECONOMIA I
PROFESSOR: MOISÉS CAVALCANTI
ALUNO: OTANI SIMÕES DE LIMA

ECONOMIA I
Uma análise sobre a crise econômica de 2008

Outubro/2017
Curso de Ciências Contábeis 2017.2 - Uma análise sobre a crise econômica de 2008.

UMA ANÁLISE SOBRE A CRISE ECONÔMICA DE 2008

Uma crise pode ser cíclica ou estrutural, na cíclica uma vez feito os ajustes
na política macroeconômica - conjunto de ações governamentais que são
planejadas para atingir determinadas finalidades, o crescimento volta, apesar de
ser difícil de antever com precisão a duração do ciclo. Por outro lado, se os fatores
estruturais forem preponderantes, então se espera uma crise profunda e longa,
podendo durar até uma década ou mais.
Crise econômica é um período de escassez em nível de produção,
comercialização e consumo de produtos e serviços. Pode tratar-se de uma crise
generalizada com quebra de todos os índices, ou de crises que afetam em
especial certos setores. Ultimamente as crises têm sido explicadas através do
surgimento de “bolhas”, como a que veremos a seguir.
A crise financeira de 2008, apesar de ter menor impacto que a Crise de
1929, desencadeou impasses no setor financeiro. Essa crise se deu a partir de
uma sucessão de falências de instituições financeiras, nos Estados Unidos e na
Europa, instituições estas que participavam de todo complexo sistema financeiro
mundial. Essa onda de falência estava relacionada ao que os economistas
denominaram de “estouro de uma bolha imobiliária”: os bancos concederam
crédito imobiliário a clientes com histórico de maus pagadores para conseguirem
taxas maiores, é um crédito de risco chamado de subprime. Os bancos que
concediam empréstimos para os compradores de imóveis tinha que obedecer a certos
limites de concessão. Para que houvesse expansão deste limite, algumas empresas
passaram a comprar as carteiras de crédito imobiliário dos bancos americanos. Isso
implicava numa manobra financeira que liberava os bancos para emitir mais crédito aos
compradores.
Esse acordo entre empresas compradoras de créditos e bancos
aumentaram a desregulamentação do sistema financeiro mundial, isto se deu
porque as pessoas que eram estimuladas a comprar imóveis por meio de crédito
bancário praticamente ilimitado acabaram dando o calote, se eximindo de pagar
suas dívidas, junto aos bancos, que passaram a falir em 2008.
A crise começou a se tornar mais grave quando o Congresso americano
aprovou a liberação de 700 bilhões de dólares para socorrer o sistema financeiro.
O FED, banco central americano, passou a emprestar ainda mais dinheiro para
empresas que lidavam com a hipoteca de imóveis e a comprar os títulos
Curso de Ciências Contábeis 2017.2 - Uma análise sobre a crise econômica de 2008.

hipotecários dos bancos que estavam falindo, configurando uma forte intervenção
estatal na economia americana. As Bolsas mundiais, incluindo a brasileira
sentiram o baque e tiveram perdas fortes.
Esse desastre econômico poderia ter sido evitado, mas por vários erros do
governo e pela má administração das empresas que concediam empréstimos
hipotecários de maneira descuidada foi deflagrada essa grande crise. Os
produtos financeiros, que foram o estopim para essa crise, atuam realizando
rendimentos dos valores investidos para que se possa ter ganho sobre esses
valores, mas para isso deve-se ter o cuidado de, ao emití-los, ter uma
garantia real. É preciso entender como esses produtos financeiros funcionam
para mitigar os riscos envolvidos.
A Contabilidade é uma ciência útil na síntese da informação, só ela é capaz
de oferecer informações e dados sobre comportamento de planejamentos
tributários, preços, demonstrações financeiras e pareceres contábeis: um
verdadeiro poder informacional para as empresas para enfrentar a crise. Ela pode
desenvolver atividades estratégicas nas tomadas de decisões, alertar o cliente
sobre transtornos que algum negócio possa causar. Como à área contábil cabe
principalmente o papel de demonstrar e avaliar todos os dados financeiros e
econômicos de uma entidade, ela, junto com estudos econômicos poderiam ter
detectado que os bancos e instituições financeiras ofereciam créditos às pessoas
que não tinham o mínimo de garantia.
Podemos encontrar na Economia dispositivos para estudar como a
sociedade se organiza, aloca seus recursos. Segundo Alfred Marshall, a Economia
é o estudo da humanidade nas atividades corrente da vida; examina a ação
individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obtenção e ao
uso das condições materiais do bem-estar, mas diz respeito, principalmente, aos
motivos que afetam a condução do homem no campo das transações mercantis e
dos negócios. Junto com a Contabilidade, ela ajuda a avaliar e achar saídas para
uma crise solucionando os problemas segundo suas causas para se atingir
determinada finalidade.

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