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BARRA DO GARÇAS - MT
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
Programa de Pós-graduação em Ciência de Materiais
BARRA DO GARÇAS - MT
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA
Programa de Pós-graduação em Ciência de Materiais
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Data da Aprovação:
Comissão Examinadora:
_______________________________
Prof. Dr. Adriano Buzutti de Siqueira
(Instituto de Engenharia/CUVG/UFMT)
_______________________________
Prof. Dr. Gilbert Bannach
(Faculdade de Ciências de Bauru/UNESP)
_______________________________
Profª. Drª. Maria Fernanda Spegiorin Salla Brune
(ICBS/CUA/UFMT)
Dedicatória
Aos que não foram citados aqui, mas que de alguma forma
contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho, meus sinceros
agradecimentos.
SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL
ANTIOXIDANTE DE COMPOSTOS DE L-TRIPTOFANO COM
Mn2+, Ni2+, Cu2+ E Zn2+
RESUMO
O L-Triptofano (Trp) é classificado como aminoácido essencial, apresentando
em sua cadeia lateral um grupo indol. Este aminoácido pode ser encontrado
principalmente no leite e seus derivados, ovo, salmão, batata e tomate. Sua
relevância em sistemas biológicos está na síntese da serotonina, melatonina,
niacina e quinurenina. O Trp, além dos demais aminoácidos, é um ligante
interessante para a química de coordenação devido aos diversos sítios de
ligação apresentados pela biomolécula e por possuir baixa toxicidade e alto
grau de pureza (acima de 99% m/m), podendo por isso ser utilizado como
ligante em complexos metálicos. No intuito de potencializar o uso do Trp,
foram sintetizados compostos no estado sólido de Trp com os metais Mn 2+,
Ni2+, Cu2+ e Zn2+. Os compostos foram sintetizados no estado sólido através
da precipitação do composto após mistura estequiométrica, M:Trp (1:2),
sendo que M representa a solução contendo o íon metálico. A caracterização
dos sólidos obtidos foi realizada através das técnicas TG-DSC simultâneo,
DRX e FTIR e o potencial antioxidante foi avaliado utilizando o reagente
DPPH. A caracterização realizada pelas técnicas termoanalíticas possibilitou
avaliar a estabilidade térmica, formação de resíduo e etapas de decomposição
térmica dos compostos, além de estabelecer suas fórmulas moleculares
Mn(Trp)2·1,5H2O, Ni(Trp)2·3,5H2O, Cu(Trp)2 e Zn(Trp)2. O composto
Mn(Trp)2·1,5H2O mostrou a melhor atividade antioxidante com o DPPH na
concentração de 250μM (24,59%±0,26). A análise da atividade antioxidante
tem sido utilizada nos centros de pesquisa como parâmetro inicial para futuras
aplicações na indústria farmacêutica e de alimentos. A partir destes resultados
pode ser sugerido o uso dos novos materiais para a realização de outras
investigações, tais como: toxicidade, testes clínicos, farmacocinética e
farmacodinâmica.
ABSTRACT
L-Tryptophan (Trp) is classified as an essential amino acid with an indolic side
chain. It can be found mainly in milk and dairy products, egg, salmon, potato
and tomato. Trp is important to biological systems. It is used in the synthesis
of serotonin, melatonin, niacin and kynurenine. Trp is an interesting ligand for
the coordination chemistry due to different binding sites presented by the
biomolecule and also for showing low toxicity and high purity (above 99% w/w),
therefore, it can be used as ligand in metal complexes.Compounds with Trp
were synthesized in the solid state with metals Mn2+, Ni2+, e Cu2+ e Zn2to
evaluate some potential uses in others activities. The compounds were
synthesized in the solid state by stoichiometric addition inaqueous solution
containing M:Trp (1:2) . The characterization was evaluated by TG- DSC, XRD
and FTIR. The DPPH’s reduction method was used to evaluate the antioxidant
potential of the synthesized compounds. The thermoanalytical techniques
couldsuggest the formation of compounds Mn(Trp)2·1,5H2O, Ni(Trp)2·3,5H2O,
Cu(Trp)2 and Zn(Trp)2. The Mn(Trp)2·1,5H2O compound showed better
antioxidant activity with the DPPH (24.59% ± 0.26) at the concentration of
250μM. The analysis of antioxidant activity has been used in research centers
as the initial parameter for future applications in the pharmaceutical and food
industry. From these results it can be suggested the use of new materials for
other investigations, such as toxicity, clinical tests, pharmacokinetics and
pharmacodynamics.
FIGURA 13. TG-DSC DO TRP COM TAXA DE AQUECIMENTO DE 20°C MIN-1. ...... 38
FIGURA 14. TG-DSC DO TRP COM RAZÃO DE AQUECIMENTO DE 2°C MIN-1. ...... 38
1.INTRODUÇÃO ........................................................................ 12
2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................. 14
2.1 Triptofano e suas ações farmacológicas .............................................. 14
2.2 Triptofano coordenado a metais .......................................................... 21
2.3 Atividade antioxidante .......................................................................... 27
3. MATERIAL E MÉTODOS ...................................................... 31
3.1 Reagentes ........................................................................................... 31
3.2 Preparação do L-Triptofano ................................................................. 31
3.3 Síntese dos compostos........................................................................ 31
3.4 Descrição dos métodos e técnicas de caracterização ......................... 32
3.4.1 Espectroscopia de absorção na região do infravermelho ............... 32
3.4.2 Análise térmica ............................................................................... 32
3.4.3 Difratometria de Raios X ................................................................. 33
3.4.4 Avaliação da atividade antioxidante ................................................ 33
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................. 35
4.1 L-Triptofano ......................................................................................... 35
4.1.1 FTIR ................................................................................................ 35
4.1.2 TG-DSC .......................................................................................... 37
4.2 Composto com Manganês ................................................................... 39
4.2.1 FTIR ................................................................................................ 39
4.2.2 TG-DSC .......................................................................................... 41
4.3 Composto com Níquel ......................................................................... 42
4.3.1 FTIR ................................................................................................ 42
4.3.2 TG-DSC .......................................................................................... 44
4.4 Composto com Cobre .......................................................................... 45
4.4.1 FTIR ................................................................................................ 45
4.4.2 TG-DSC .......................................................................................... 47
4.5 Composto com Zinco ........................................................................... 48
4.5.1 FTIR ................................................................................................ 48
4.5.2 TG-DSC .......................................................................................... 50
4.6 Difratometria de Raios X ...................................................................... 52
4.7 Potencial antioxidante .......................................................................... 53
5. CONCLUSÃO ........................................................................ 55
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 57
INTRODUÇÃO 12
1.INTRODUÇÃO
Desde os experimentos de Miller em 1953, acredita-se que a
origem dos processos biológicos se deu através da formação de
biomonômeros primordiais para a evolução biológica, tais como aminoácidos,
bases púricas e pirimídicas, nucleotídeos e pentoses (ALI et al, 2004).
Outrossim, metais de transição podem ter formado complexos com moléculas
simples nas sopas primordiais, tendo assim um papel crucial para a evolução
química (KOBAYASHI & PONNAMPERUMA, 1985). Atualmente, cátions
metálicos capazes de se ligar aos aminoácidos têm chamado a atenção de
vários pesquisadores por sua relevância no entendimento dos processos de
adesão e papéis catalíticos de íons metálicos que interagem com proteínas,
enzimas e outras biomoléculas formadas a partir de aminoácidos (POLFER et
al, 2006).
2. REVISÃO DA LITERATURA
FIGURA 8. Estrutura mais estável para o complexo dimérico de triptofano com íons
Zn2+, Mn2+ e Co2+ (DUNBAR et al, 2009).
Mn Fe Co Ni Cu Zn
Triptofano ~5 7,6 8,5 10,2 15,9 9,3
Log β2
3.MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Reagentes
Todos os reagentes utilizados possuíam grau analítico e estão
descritos na Tabela 2.
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 L-Triptofano
4.1.1 FTIR
As bandas observadas no espectro de FTIR do L-triptofano,
descritas na Figura 12 e Tabela 4, são importantes para a caracterização do
material. O pico, com máximo, em 3401 cm -1 é causado pelo estiramento
N-H do grupo indol do L-triptofano. Na região entre 3300 e 2700 cm -1 são
representados os estiramentos e deformações angulares N-H dos
grupamentos 𝑁𝐻3+ da forma zwitterion, sendo sobrepostos aos estiramentos
C-H dos carbonos aromáticos e alifáticos (PETROSYAN et al, 2013).
TABELA 4. Continuação
4.1.2 TG-DSC
As curvas TG-DSC do Trp estão representadas nas Figuras 13 e
14. Através da curva TG, observa-se que o Trp é estável até 251 ºC.
8 0
Endo
Exo
7 -50
Fluxo de Calor/mW
6 -100
TG
DSC
Massa/mg
5
-150
4
-200
3
-250
2
-300
1
-350
0
0 200 400 600 800 1000
o
Temperatura/ C
2,0 60
Endo
40
1,5 Exo
Fluxo de Calor/mW
TG
Massa/mg
DSC
20
1,0
0
0,5
-20
0,0
-40
0 200 400 600 800 1000
o
Temperatura/ C
4.2.1 FTIR
O espectro FTIR do composto sintetizado (ver Figura 15 e Tabela
5) mostra uma banda forte em 3411 cm -1 devido ao estiramento do
grupamento N-H indólico, com sutil deslocamento quando comparado ao
espectro do Trp, indicando que a presença do íon Mn+2 afeta o grupo indol do
Trp.
100
90
Transmitância/%
80
70
60
50
Mn(Trp)2·1,5H2O
Atribuiçãob Número de onda (cm-1)a Literatura
O-H livre 3624 fr PAVIA et al (2010)
(N-H) do indol 3391 m WAGNER & BARAN (2004)
(C-H) ar 3044fr PAVIA et al (2010)
(N-H) alifático 2916 PAVIA et al (2010)
s (NH2) 3338 fr WAGNER & BARAN (2004)
as (NH2) 3273 fr WAGNER & BARAN (2004
C=O 1727fr PAVIA et al (2010)
as(NH2) 1613f CARVALHO et al2013)
s(NH2) 1488 fr -
(CH2) 1458 m PAVIA et al (2010)
(CH2) + (CO) 1425 fr WAGNER & BARAN (2004)
(NH) 1375 m PAVIA et al (2010)
Resultados e discussão 41
TABELA 5. Continuação
(CO) 1326 f PAVIA et al (2010)
NH2) 1249 fr -
+(CH2)
(CH2) 1224 m PAVIA et al (2010)
(NH2) 1094 f -
Modos 1043 m, 990 m, 917 fr, WAGNER & BARAN (2004)
vibracionais do 814 m
anel
(CH2) 748 f WAGNER & BARAN (2004)
amf=muito forte; f=forte, m=médio; fr=fraco.
bestiramento; asestiramento assimétrico; sestiramento simétrico; deformação
angular no plano; deformação angular tipo “rock”; deformação angular tipo “twist”.
4.2.2 TG-DSC
As curvas TG-DSC do Trp associado com o manganês (Figura 16)
permitiram determinar a estequiometria Mn(Trp)2·1,5H2O. Foi possível
verificar através da curva TG-DSC a ocorrência de quatro etapas de perda de
massa na decomposição térmica do composto. A primeira perda de massa
ocorre até 91 ºC é referente à desidratação térmica do composto (∆ mCalcd.=
5,51%; ∆TG= 5,11%), sendo observada uma endoterma na curva DSC com
pico endotérmico em 77 ºC. A segunda perda de massa ocorre,após formação
de patamar, a partir de 144 ºC, referente à desidroxilação de um ligante
(∆mCalcd.= 3,47%; ∆TG= 3,49%), sendo que nesta etapa não foi observado
nenhum evento, provavelmente pela lenta decomposição térmica constatada
na curva TG. A terceira etapa de decomposição térmica ocorre com alta
liberação de energia, sendo observado pico exotérmico em 370 ºC na curva
DSC, com perda de massa equivalente à saída simultânea das hidroxilas
restantes e a degradação oxidativa do ligante, entre 278 e 520 ºC (∆ mCalcd.=
75,47%; ∆TG=74,93%). A terceira etapa de decomposição térmica ocorre entre
862-924 ºC (∆mCalcd.=0,67%; ∆TG=1,09%), com formação do resíduo Mn3O4
(15,38%), o qual gerou um pico endotérmico em 911°C, devido à redução do
MnO para Mn2O3, constatado por análise qualitativa.
Resultados e discussão 42
8 150
TG 100
7 DSC
50
6 Endo
Exo 0
Fluxo de calor/mW
5
Massa/mg
-50
4
-100
3
-150
2
-200
1 -250
Temperatura/C
4.3.1 FTIR
Os valores de números de onda observados no espectro FTIR do
Trp associado com o íon Ni2+ são mostrados na Tabela 6 e Figura 17.
Comparado ao espectro do Trp é possível observar a presença dos
estiramentos simétrico e assimétrico da amina primária, apesar da
sobreposição das bandas de ligações de hidrogênio das três moléculas de
água no composto. A menor intensidade relativa e o alargamento do pico em
1737 cm-1 indica a dificuldade na vibração molecular do estiramento C=O,
provavelmente devido à forte interação do O com o íon Ni2+. O alargamento
do pico do grupo indol e as deformações angulares assimétricas e simétricas
do grupo NH2 indicam que o ìon Ni2+ está interagindo com os dois átomos de
N do Trp, porém a maior interação é apresentada com o átomo de O, devido
a carga neste grupo (COO-).
Resultados e discussão 43
100
90
Transmitância/%
80
70
60
Ni(Trp)2·3H2O
Atribuiçãob Número de onda (cm-1)a Literatura
(N-H) do indol 3413 m WAGNER & BARAN (2004)
(OH)H2O 3644-3061b PAVIA et al (2010)
3344 fr WAGNER & BARAN (2004)
s (NH2) 3326 fr WAGNER & BARAN (2004
C=O 1737fr PAVIA et al (2010)
as (NH2) 1576 f PAVIA et al (2010)
s(NH2) 1492 fr PAVIA et al (2010)
(CH2) 1458 m PAVIA et al (2010)
(CO) 1437 fr WAGNER & BARAN (2004)
(NH) amina 1413 PAVIA et al (2010)
(NH) indol 1357 m PAVIA et al (2010)
(CC) indol 1343 f
NH2) 1233 fr -
+(CH2)
(CH2) 1206fr PAVIA et al (2010)
Resultados e discussão 44
TABELA 6. Continuação
(NH2) 1095 f -
(CH2) 743 f WAGNER & BARAN (2004)
(COO) 738 f WAGNER & BARAN (2004)
4.3.2 TG-DSC
A análise termogravimétrica do composto contendo níquel pode ser
vista na Figura 18. A curva termogravimétrica apresentou perda de massa
total de 86,60% (∆Calcd.= 85,91%), com formação de resíduo estável NiO
(13,40%), confirmado por análise qualitativa da coloração, sugerindo a
fórmula molecular do composto Ni(Trp)2.3,5H2O. A primeira perda de massa
(∆mCalcd.= 11,90%; ∆mTG= 11,34%) pode ser atribuída à desidratação térmica
do composto, ocorrendo até 229 °C, sendo observado uma endoterma entre
37 – 133 ºC . A segunda e terceira perdas de massa ocorrem entre 229 -
569°C, estas estão relacionadas à decomposição térmica das duas moléculas
do ligante (MIN et al, 2012)., tendo sido observado na curva DSC picos
exotérmicos em 269 ºC, 305 ºC, 345 ºC, 394 ºC e 476 ºC.
Resultados e discussão 45
50
7
TG
DSC 0
6
-50
5 Endo
Fluxo de calor/mW
Exo
-100
Massa/mg
-150
3
2 -200
1 -250
0 -300
0 200 400 600 800 1000
TemperaturaC
4.4.1 FTIR
O espectro FTIR do Cu(Trp)2 (Figura 19 e Tabela 7) mostra que os
picos mais intensos e que sofreram maiores deslocamentos de número de
onda estão relacionados aos estiramentos assimétrico (1621 cm -1) e simétrico
(1385 cm-1) do grupo COO-, aos picos referentes as deformações angulares
assimétricas (1566 cm-1) e simétricas (1490 cm-1) do grupo NH2, e aos dois
picos referentes ao estiramentos assimétricos (3337 cm -1) e simétricos (em
3270 cm-1 ) do grupo NH2. Estas características observadas indicam interação
do íon Cu2+ com o Trp através de ligações químicas com os átomos de O do
grupo COO- e com o átomo de N do grupo NH2.
moleculares relativas aos grupos COO- e NH2, pode ser sugerido uma
interação entre anéis aromáticos, indicando a formação de camadas entre
as moléculas do Trp associado ao íon metálico.
100
80
Transmitância/%
60
40
20
0
4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500
-1
Número de onda/cm
Cu (Trp)2
Atribuiçãob Número de onda (cm-1)a Literatura
(N-H) do 3387 m WAGNER & BARAN (2004)
indol
as (NH2) 3337 fr WAGNER & BARAN (2004)
s (NH2) 3270 fr WAGNER & BARAN (2004)
(CH) 2906 fr WAGNER & BARAN (2004)
Resultados e discussão 47
TABELA 7. Continuação
(C=O) 1621 f - CARVALHO et al(2013)
as(NH2) 1566 m - CARVALHO et al(2013)
s(NH2) 1490 fr -
(CH2) 1456 fr WAGNER & BARAN (2004)
(CH2) + 1431 fr WAGNER & BARAN (2004)
(CO)
(C-O) 1385 fr WAGNER & BARAN (2004)
(C-N) indol 1351 fr WAGNER & BARAN (2004)
(CH) 1313 fr WAGNER & BARAN (2004)
(CH2) 1224 fr WAGNER & BARAN (2004)
(NH2) 1150 fr WAGNER & BARAN (2004)
(C-N) 1109 m WAGNER & BARAN (2004)
alifático
Modos do 1046 fr WAGNER & BARAN (2004)
anel
(CH2) 874 fr WAGNER & BARAN (2004)
(CH2) 821 fr WAGNER & BARAN (2004)
(COO-) 736 f WAGNER & BARAN (2004)
amf=muito forte; f=forte, m=médio; fr=fraco.
bestiramento; estiramento assimétrico; estiramento simétrico; deformação
as s
angular no plano; deformação angular tipo “rock”; deformação angular tipo “twist”.
4.4.2 TG-DSC
A curva de TG-DSC do composto contendo o íon Cu2+ (Figura 20)
levou a sugerir a formação do composto com a estequiometria Cu(Trp)2
(TG=83,55%; mCalcd.=83,08 %), tendo sido observado a formação de óxido
cúprico como resíduo final (16,45%). A decomposição térmica do composto
ocorre em três etapas. A temperatura inicial de decomposição térmica do
Cu(Trp)2 é igual a 280°C, apresentando maior estabilidade térmica do que o
Trp. Na curva DSC foi observado um pico exotérmico em 281°C, seguido por
Resultados e discussão 48
TG 0
7 DSC
6
Endo -100
Exo
Fluxo de calor/mW
5
Massa/mg
-200
4
3
-60 -300
2
-80
o
270 Temperatura/ C 300 -400
1
Temperatura/C
4.5.1 FTIR
Na Tabela 8 e Figura 21 estão descritos os valores encontrados
na espectroscopia de absorção na região do infravermelho. A partir do
espectro obtido é possível sugerir que o Zn2+ coordena-se ao Trp de forma
semelhante ao Cu2+. No espectro do Zn(Trp)2 ocorre a convolução das bandas
Resultados e discussão 49
Zn(Trp)2
Atribuiçãob Número de onda (cm-1)a Literatura
(N-H) do indol 3401 m WAGNER & BARAN
(2004)
s (NH2) 3272 fr WAGNER & BARAN
(2004)
as (NH2) 3332 fr WAGNER & BARAN
(2004
as(COO-) 1619 f PAVIA et al (2010)
as(NH2) 1563 m
s(NH2) 1489 fr
s(COO-) 1411m
(CH2) 1449 m PAVIA et al (2010)
(NH) 1398 m PAVIA et al (2010)
(CO) 1338 m PAVIA et al (2010)
NH2) 1239 fr -
+(CH2)
(NH2) 1078 f -
Modos 989 m, 828 m WAGNER & BARAN
vibracionais do (2004)
anel
(CH2) 727 f WAGNER & BARAN
(2004)
amf=muito forte; f=forte, m=médio; fr=fraco.
bestiramento; asestiramento assimétrico; sestiramento simétrico; deformação
angular no plano; deformação angular tipo “rock”; deformação angular tipo “twist”.
Resultados e discussão 50
100
90
80
Transmitância/%
70
60
50
40
30
4.5.2 TG-DSC
Na Figura 23 estão representadas as curvas TG e DSC do
composto com zinco. Este composto apresentou perda de massa total de
83,64% (∆calc.=82,74%), com estabilidade térmica até 293°C. Na faixa de
temperatura entre 293°C e 632°C ocorre a decomposição das duas moléculas
do ligante, gerando assim duas perdas de massa com picos exotérmicos na
DSC na mesma faixa de temperatura. O composto com zinco apresentou a
maior estabilidade térmica quando comparado aos demais estudados (Tabela
9).
8 150
TG 100
7 DSC
50
6
Fluxo de calor/mW
5 Endo
Massa/mg
Exo -50
4
-100
3
-150
2
-200
1 -250
Temperatura/C
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
0 10 20 30 40 50 60 70 80
2
Conc.
Material Absorbância (nm) %AA
(μM)
Branco 1 min. 2 min. 3 min.
Trp 250 0,001 0,560 0,558 0,558 3,84±0,19
Trp 200 0,000 0,580 0,578 0,575 0,40±0,43
Ácido Tânico 250 0,002 0,056 0,056 0,056 90,68±0,00
Ácido Tânico 200 0,001 0,059 0,059 0,059 90,00±0,00
Mn(Trp)2·1,5H2O 250 0,114 0,553 0,551 0,550 24,59±0,26
Mn(Trp)2·1,5H2O 200 0,082 0,562 0,556 0,555 17,98±0,65
Ni(Trp)2.3,5H2O 250 0,000 0,609 0,608 0,607 -4,82±0,17
Ni(Trp)2.3,5H2O 200 0,000 0,609 0,608 0,607 -4,82±0,17
Cu(Trp)2 250 0,133 0,621 0,619 0,617 16,20±0,34
Cu(Trp)2 200 0,083 0,620 0,619 0,616 7,69±0,36
Zn(Trp)2 250 0,112 0,620 0,618 0,616 12,75±0,34
Zn(Trp)2 200 0,070 0,636 0,634 0,633 2,69±0,26
CONCLUSÃO 55
5. CONCLUSÃO
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MIN, Y.; XIA, H.; GAO, S.; CHEN, Y.; ZHANG, Y. Simple method to
synthesize NieTryptophan layered hybrid complexes and their
luminescence properties. Solid State Sciences, 14, 1040-1044,2012.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60
PAZOS, M.; ANDERSEN, M.L.; SKIBSTED, L.H. Amino Acid and Protein
Scavenging of Radicals Generated by Iron/Hydroperoxide System: An
lectron Spin Resonance Spin Trapping Study. J. Agric. Food Chem., 54,
10215−10221, 2006.
PEARSON, R. G.Hard and softs acids and bases. Journal of the American
chemical society, 85, 22, 1963.
REMKO, M.; FLITZ, D.; BROER, R.; RODE, B. M. Effect of metal íons
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