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Centro Universitário UNA

Renato Gregório

Relatório de Estagio Supervisionado II

Belo Horizonte
2010
Centro Universitário UNA
Renato Gregório

Relatório de Estagio Supervisionado II


.

Relatório apresentado como


requisito de avaliação do curso de
Serviço Social do Centro
Universitário UNA para aprovação
na disciplina de Estagio
Supervisionado II.

Professor Orientador: Alice Morais


Braga

Belo Horizonte
2010
Relatório de Estagio Supervisionado II

Estagiário: Renato Gregório da Costa


Instituição: Associação Municipal de Assistência Social (AMAS)
Endereço: Avenida Afonso Pena, 4000 - Térreo - Belo Horizonte / MG
Setor: Núcleo de Defesa dos Direitos da Criança e dos Adolescentes _ Gerência de
Atendimento Sócio-Familiar.
Carga horária: 30horas semanais – 6 horas diárias
Supervisora: Flávia Lúcia Silva - CRESS 11826
Telefone: (31) 3277-5162

Esse relatório tem como objetivo apresentar a Associação Municipal de


Assistência Social (AMAS), seus serviços prestados e atuações profissionais assim como
do estagiário, local em que realizo minhas atividades de estágio.
A Associação Municipal de Assistência Social - AMAS - foi fundada em 26 de
junho de 1979, na Avenida Afonso Pena, 4000 – Térreo – regional centro-sul de Belo
Horizonte/MG, pela Senhora Selma Campos, esposa do Dr. Maurício Campos, na época
prefeito de Belo Horizonte. A partir daí, vem sendo presidida por esposas dos prefeitos ou
uma pessoa de sua confiança.
A entidade pertence a uma sociedade civil de direito privado, criada para
desenvolver atividades sócio-assistenciais para crianças e adolescentes em situação de
vulnerabilidade social de Belo Horizonte. Em função do trabalho que desenvolve junto aos
movimentos sociais, a Amas tem definido, em conjunto com a Prefeitura do Município, a
natureza de ação ao longo de sua história a partir da análise das realidades local, regional e
brasileira.
Há mais de duas décadas, a AMAS mobiliza diversos segmentos da sociedade e
aciona voluntários dispostos a trabalharem em serviços assistenciais. Uma das primeiras
ações da Amas foi a criação do "Projeto Engraxate", que consistiu no treinamento de
menores e pessoas de baixo poder aquisitivo para trabalhar como engraxate, visando a
promoção desta categoria. Hoje, alicerçada em uma experiência de quase três décadas, a
AMAS desenvolve projetos focados nas necessidades imediatas do município, em busca de
minimizar a violência, a vulnerabilidade social e o desemprego, por intermédio de ações de
inclusão social, promoção da auto-estima, da educação para a cidadania. Acima de tudo,
luta pela garantia do direito de crianças e adolescentes. A entidade é presidida por Rosalva
Alves Portella, que acrescenta à entidade seu amplo conhecimento e experiência na área
social.
A AMAS objetiva o desenvolvimento de ações e projetos para a promoção dos
Direitos Sociais, nos termos da Constituição Federal e de legislações pertinentes, junto às
comunidades de áreas de risco social, por si própria ou mediante parcerias, bem como a
promoção de atividades sócio-assistenciais no município de Belo Horizonte.
São objetivos da AMAS as seguintes atribuições. I - Proteção da família, da
maternidade, da infância, da adolescência, da juventude e da velhice, bem como dos
direitos e garantias fundamentais e dos direitos sociais, para os excluídos e provenientes de
áreas de risco social do município, mediante as ações: a) Apoio e assessoria técnica a
instituições voltadas para a educação infantil, através de medidas de prevenção da saúde
bucal, implantação e manutenção de brinquedotecas, formação de gerentes e gestores
comunitários, dentre outros; b) Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do
Adolescente, através de atendimento jurídico, psicológico, social e prevenção e
enfrentamento à violência doméstica; c) Assessoria Técnica aos Conselhos Tutelares dos
Direitos da Criança e do Adolescente; d) Cessão em comodato de bens móveis para
creches, asilos ou oficinas profissionalizantes e outras associações beneficentes; e) Geração
de trabalho e emprego, através da seleção, capacitação, profissionalização e inserção de
adolescentes e no mercado formal de trabalho. II – Combate à fome e à pobreza, através de:
a) Instalação, manutenção e orientação de estabelecimentos voltados para o amparo e
assistência às classes menos favorecidas da sociedade; b) Orientação e encaminhamento de
crianças, adolescentes, jovens e adultos de baixa renda a associações ou órgãos públicos
para atendimento; c) Inclusão social de famílias de baixa renda, através de projetos e
programas sociais de atendimento; d) Promoção de parcerias com o poder público, privado
e entidades do terceiro setor, visando à inclusão social dos assistidos pela AMAS; e)
Orientação e encaminhamentos para fontes de empregos de adolescentes, jovens e adultos
em risco pessoal e social; f) Promoção de cursos de capacitação para adolescentes, jovens e
adultos de baixa renda, em risco social e pessoal, visando à promoção social e geração de
renda.
Em função destas atribuições, a AMAS foi declarada de utilidade pública nas
esferas municipal, estadual e federal, por meio dos seguintes leis e decretos: a) Lei
Municipal nº 3132, de 14 de novembro de 1979; b) Lei Estadual nº 10.103 de 20 de março
de 1990; c) Decreto Federal de 2 de julho de 1991. Ressalta-se também que o CNAS –
Conselho Nacional de Assistência Social, pela Resolução nº 088, de 10/06/97, publicada no
Diário Oficial da União, em 19/06/97, concedeu à AMAS o CERTIFICADO DE
ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, que foi renovado em 2000 e
2003. Em virtude disto, a AMAS recebeu o Benefício da Lei nº 8.212/91, o que a isenta de
recolhimento patronal junto ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.
Os programas desenvolvidos pela Instituição estão articulados com a política
municipal para infância e juventude, sustentado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
– ECA Lei Federal n 8069/1990, na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS Lei
Federal n 8742 /1993 e na Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência
Social – NOB/SUAS de 2005.
Logo depois, em 1993 foi criado o Núcleo de Defesa e Promoção dos Direitos da
Criança e do Adolescente, doravante chamado Núcleo, que teve como primeiro objetivo
prestar assessoria aos Conselhos Tutelares, bem como, apoio jurídico ao Programa Geração
de Trabalho da própria instituição.
Posteriormente, no mesmo ano, para além da acima mencionada atividade de
assessoria, como nova atribuição passou o Núcleo de Defesa e Promoção dos Direitos da
Criança e do Adolescente a proceder ao ajuizamento de ações referentes às demandas
apresentadas pelos Conselhos. Posteriormente o Núcleo foi dividido em duas Gerências,
que possuem três grandes eixos de ação:
A Gerência de Atendimento Sócio-familiar promove apoio, orientação e
encaminhamentos de natureza jurídica e psicossocial às crianças, adolescentes e suas
famílias, visando à garantia de seus direitos, contribuindo na Prevenção e no Combate à
Violência Doméstica, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
A Gerência de Atendimento Jurídico presta apoio, orientação, atendimento e
ajuizamento de ações, visando à defesa de crianças e adolescentes e a garantia e proteção
dos direitos dos atendidos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA –
e demais legislações pertinentes.
As duas Gerências compartilham a coordenação da Equipe de Assessoria Técnica
aos Conselhos Tutelares de Belo Horizonte, que foi criada em 2006, com o objetivo de
contribuir para a melhoria no atendimento pelos Conselheiros Tutelares, a crianças e
adolescentes com direitos violados e suas famílias, bem como apontar possibilidades de
melhor resolutividade dos casos.
Meu estágio esta localizado na Gerência de Atendimento Sócio-familiar, cujo
objetivo é a execução das atribuições acima citadas por meio de atendimento a crianças,
adolescentes e pais e/ou responsáveis que estejam envolvidos em situação de violação de
direitos de crianças e adolescentes a partir de aplicações de Medidas Protetivas pelos
Conselhos Tutelares e/ou por encaminhamentos da rede de atendimento e outros programas
da AMAS. Recebem, também, os casos encaminhados pela Vara e pela Promotoria da
Infância e Juventude, além de transações penais realizadas no Juizado Especial Criminal,
sendo estas últimas apenas para casos de violência doméstica contra crianças e
adolescentes.
Outra atribuição do Atendimento Sócio Familiar é a realização de Estudo Social
para os casos de guarda, adoção e tutela, que tem como finalidade a análise social das
condições objetivas e subjetivas da família substituta que esta pleiteando a ação. Os
procedimentos técnicos para a elaboração do Estudo Social são: entrevistas com os
requerentes da ação, bem como com a(s) criança(s) e/ou adolescente(s) e familiares; visita
domiciliar e visita institucional e contato institucional.
A minha experiência na AMAS ao longo dos tempos tem me possibilitado a
junção da teoria com a prática. Aprendendo diariamente sobre os dispositivos do Estatuto
da Criança e Adolescente – ECA, atendimento familiar, propor atividades educativas para
os adolescentes no grupo sócio – educativo, visando trabalhar com estes e os diversos
fatores que esta fase da vida os remete; realizar junto às técnicas visitas domiciliares às
famílias das crianças e/ou adolescentes que demandarem intervenção específica e realizar
estudo social nos casos de guarda, adoção, tutela. Também aprendo com as mais complexas
situações a ser flexível e comunicativo com públicos heterogêneos, assim como, ter uma
visão mais ampla da Questão Social.
No que tange a questão da fundamentação teórica que sustenta o trabalho e a ação
profissional percebe-se uma atuação focada no que diz respeito ao Estatuto da Criança e
Adolescente – ECA, visando o comprimento dos dispositivos e diretrizes estabelecidos no
mesmo. Tornando qualquer intervenção que foge a estes parâmetros inviáveis. Porém, em
relação ao ECA, as Assistentes Sociais utilizam de todas os recursos disponíveis para sanar
os descumprimentos detectados, inclusive a articulação com a rede de serviços.
Apesar desta articulação em relação à Criança e o Adolescente, nota-se um
“engessamento” da profissão, pois a mesma possui um trabalho corriqueiro e burocrático,
até o presente momento não foi percebida uma intervenção mais aprofundada na vida do
usuário que proporcionasse uma emancipação deste em relação a sua condição. O principal
trabalho é a regularização de usuários em relação à guarda tutela e curatela de uma situação
já existente, não havendo uma mudança.
Estágio

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