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DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA DE MECANISMO DAS DOENÇAS II
Etiopatogenia da doença:
É uma doença com predileção ao sexo feminino com idade entre 50 a 60anos, ocorre em 0,2 a 5% da pop
geral. O LP é resultante da agressão autoimune aos queratinócitos basais, reconhecidos como estranhos
função de presença de modificações antigênicas na superfície celular. Nesse processo de autoagressão
participam células dendriticas, linfócitos CD4+, CD8+ e céls natural killer. A agressão aos queratinócitos
está associada á ação citolítica dos linfócitos CD8+ e céls NK sobre os queratinócitos de camada basal
dependentes da ação de granzinas e perfurinas mediada por TNF-alfa. Há evidências de que há alterações
genéticas associadas a doenças, típica das doenças autoimune. Além disso, entre os fatores prrcipitantes das
lesões há a presença do estresse, trauma(fenômeno de koebner) físico ou químico, placa dentária e
procedimentos odontológicos. Algumas doenças sistêmicas tem sido determinante como hepatite C ( em
especial nos países do mediterrâneo), HPV, hipertensão, diabetes melito e doença celíaca.
Característica clínicas:
Na pele se apresenta como pápulas ou máculas eritemato-pigmentadas descamativa com estrias de aparência
esbranquiçada, já mucosa bucal se expressam de forma simétrica e bilateral em porção posterior de mucosa
jugal e também em língua, mucosa labial e em palato duro. Pode ser de dois tipos, erosiva e reticular. A
forma reticular é caracterizada por pápulas lineares esbranquiçadas que se entrelaçam formando estriações
em mucosa com coloração normal ou levemente eritematosa, pode ser assintomática ou tem leve
sintomatologia que pode ser prurido, ardência e dor. Já a erosiva possui características eritematosa, com
variação de matizes avermelhados, a depender a espessura epitelial e do quadro inflamatório. As áreas
eritematosas são circundadas por estriações brancacentas, ou as estriações podem ser visualizadas com uma
distribuição aleatória sobre fundo eritematoso. Em alguns casos, a exulceração pode ocorrer de forma
acentuada, chegando até a formação de úlceras; ou estas podem ser decorrentes da ruptura de fenda
subepitelial. formada pela liquefação dos queratinocitos basais, presente na variante bolhosa do LP. Os
casos erosivos, e particularmente os ulcerados, expressam-se clinicamente pela presença de intensa
estomatodinia, estomatopirose e hemorragia espontânea, podendo ser acompanhadas de halitose.
Achados microscópicos (anexar imagens histológicas e identificar as estruturas mais relevantes para o diagnóstico
da doença):
Corpo de Civatte
(célula apoptótica)
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Hiperceratose
Infiltrado inflamatório
(em bandas)
Infiltrado inflamatório
Diagnóstico:
O diagnóstico do Líquen Plano Reticular frequentemente pode ser realizado apenas com os achados
clínicos. Dificuldades no diagnóstico podem surgir se a candidíase estiver sobreposta nas lesões, pois o
microorganismo pode alterar o padrão Reticular característico do Líquen plano.
O líquen plano erosivo é mais difícil de ser diagnosticado apenas por achado clínico. O diagnóstico é
facilmente estabelecido se o LP erosivo apresentar as típicas estrias brancas irradiadas e áreas eritematosa
da mucosa atrófica estejam presente na periferia das ulcerações e bem demarcadas na região posterior da
muscoaa jugal bilateral. Assim, não é necessário achado histopatológico. Porém a biópsia é necessária para
afastar outras doenças erosivas ou ulcerativas como o lúpus eritematoso ou a estomatite ulcerativas cronica.
Já as lesões erosivas localizadas em palato mole, borda e ventre de língua, assoalho bucal devem ser
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submetida a biópsia para afastar alterações malignas. Outra condição semelhante ao LP tanto clinicamente
quanto histopatológicamente é a reação liquenoide ao amalgama dentário.
Tratamento:
O líquen plano é uma doença incurável, mas é controlável. Pode ser controlada de forma que a higienização
bucal adequado ameniza a sintomatologia, uma dieta menos traumática, menos temperadas e menos ácida
produzem os mesmo resultados. Pode ser feito um tratamento visando diminuir o processo inflamatório
imune. Como as lesões branca são assintomáticas ou possuem pouca sintomatologia a terapia
medicamentosa não é empregada. Está é utilizada na forma vermelha da doença. Os medicamentos
utilizados incluem anti-inflamatórios esteroidais tópicos ou sistêmicos a depender da extensão e
sintomatologia
ABBAS, A.K; KUMAR, V.; FAUSTO, N.; ASTER, J.C. Robbins & Cotran -Patologia : Bases patológicas
das doenças .8 Ed.São Paulo: Elsevier, 2010
KRIGER, L.; MOYSÉS, S.J; MOYSES, S.T; ALMEIDA, O.P.; Abeno – Patologia Oral : Odontologia
essencial. São Paulo: Artes Médicas, 2016.