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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ

GABINETE DA PRESIDÊNCIA

PROCESSO Nº: 759614/20


ENTIDADE: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ
INTERESSADO: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ
ASSUNTO: PROJETO DE RESOLUÇÃO
DESPACHO: 629/21

Cuidam os autos de Projeto de Resolução que tem por escopo


regulamentar o art. 184 da Lei Estadual no 19.573/2018, que trata do regime de
teletrabalho no âmbito do Tribunal de Contas, de relatoria do Conselheiro Ivens
Linhares.
Diante da mudança de gestão, o insigne Relator encaminhou os autos
a este Gabinete para ciência e eventual manifestação (Despacho no 128/21, peça
16).
Sobre o assunto, esta Presidência informa que reformulou parcialmente
a proposta do projeto inicial para apresentar, dentre outras alterações, a distinção
entre os conceitos de teletrabalho e home office (art. 3o).
Tal iniciativa se fez necessária para diferenciar as situações em que o
trabalho remoto constitui uma liberalidade da Instituição e um direito do servidor
daquelas outras onde as circunstâncias impõem, obrigatoriamente a todos, a
realização de atividades funcionais exclusivamente fora das dependências do
Tribunal, como se dá no atual contexto.
A distinção encontra respaldo na doutrina que tem apontado, entre
outras peculiaridades, o controle do ponto no segundo caso e não no primeiro.
Desta forma, e tendo-se presente os princípios que autorizam a adoção
do regime de teletrabalho, não se justifica, aos olhos desta Presidência, o controle
da jornada de trabalho daqueles que aderirem a esta opção, pois a régua passa a
ser a produtividade, a eficácia e a eficiência, não o mero cumprimento da jornada de
trabalho.
Logo, o alcance das metas de desempenho pelos servidores em
regime de teletrabalho equivalerá ao cumprimento da jornada de trabalho (art. 6o, §
4o).
Embora não seja vinculante para a Administração Pública direta,
importa notar que o art. 62 da CLT estabelece que o trabalhador na modalidade de
teletrabalho não está submetido ao controle de jornada.
Também está sendo proposta, nesta oportunidade, a adoção de um
regime híbrido, segundo o qual o servidor presta o serviço alternativamente de forma
remota e presencial, cuja configuração, desde que não comprometa a essência do
regime de teletrabalho, poderá ser previsto pelo plano de trabalho de maneira
individualizada (art. 3o, I, “a” e art. 7o, III).

Além disso, não se está exigindo que o servidor em regime de


teletrabalho se fixe em Curitiba ou mesmo no Paraná. Todavia, o plano de trabalho
deverá prever tal situação e estabelecer que eventuais convocações para reuniões

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presenciais ou a critério do gestor da unidade correrão, exclusivamente, por conta do


servidor (art. 6o, § 11).

Foi abandonada a proposta inicial de se estabelecer um quantitativo


máximo de servidores que poderão aderir ao regime de teletrabalho, na medida em
que os princípios vetores que autorizam a sua adoção impedem qualquer
comprometimento da execução dos serviços prestados pela unidade. Como forma
de se possibilitar um equilíbrio entre a demanda de interessados em aderirem ao
teletrabalho e a funcionalidade da unidade, está sendo previsto que o gestor poderá
implantar um sistema de revezamento (art. 6o, § 12).
Além disso, as circunstâncias atuais demonstram a necessidade de a
estrutura de TI do Tribunal estar preparada para o atendimento de todos os
servidores em home office, além das demandas de acesso pelos jurisdicionados e/ou
de seus representantes e pela sociedade de um modo geral.
Da mesma forma se abandonou a ideia de se estabelecer, por ato
normativo, um índice de produtividade, pois constitui matéria a ser definida pelo
plano de trabalho, seguindo as diretrizes do planejamento estratégico do Tribunal.
Está se propondo que poderão aderir ao regime de teletrabalho, de
forma prioritária, os servidores submetidos à circunstâncias pessoais especiais,
assim definidas: imunossuprimidos, imunodeprimidos ou portadores de
necessidades especiais; os que tenham filhos, cônjuge ou dependentes com
deficiência que exijam seus cuidados em tempo integral; as gestantes e lactantes; e
os que sejam estudantes em cursos voltados à sua capacitação, nos termos do art.
189 da Lei no 19.573/2018 (art. 5o, parágrafo único), cuja reversão a pedido do
gestor da unidade dependerá de decisão fundamentada da Diretoria-Geral (art. 12,
parágrafo único).
Considerando que um dos objetivos para a adoção do regime de
teletrabalho constitui o incremento da eficiência e da produtividade, por uma questão
de concisão e de coerência conceitual foi suprimido o art. 4o da proposta original que
estabelecia as hipóteses em que ele não poderia ser adotado.
Diante das especificidades próprias, a adoção do regime de
teletrabalho pelos gabinetes dos Conselheiros e pelas Inspetorias de Controle
Externo, pelos gabinetes dos Auditores e pelo Ministério Público de Contas caberá,
exclusivamente, ao respectivo Conselheiro, Auditor e Procurador-Geral (art. 6o, § 2o).
Também se propõe a supressão da vedação do teletrabalho para os
servidores em estágio probatório, na medida em que todos os servidores deste
Tribunal estão inseridos num ciclo de avaliação contínua, não se antevendo,
portanto, fundamentos para excluir ou diferenciar a avaliação durante o estágio
probatório. A propósito, sob certos aspectos, a realização de atividades sem a
supervisão direta de um superior hierárquico, nos termos desta Resolução, já
constitui um elemento de avaliação muito importante para a moderna Administração.
Também foi suprimida a vedação de adesão do servidor que houvesse
desempenhado, há menos de quatro meses, na unidade, as atividades submetidas
ao regime de teletrabalho, na medida em que o art. 9o, que passou a tratar da
vedação de servidor ao regime de teletrabalho, limita apenas a duas hipóteses: o
seu desligamento do regime de teletrabalho pelo não atingimento de metas nos doze

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meses anteriores à data da indicação pelo gestor; e que o servidor tenha sofrido
penalidade disciplinar de advertência ou de suspensão, cujos registros não
houverem ainda sido cancelados nos termos do art. 139 da Lei no 19.573/2018.
A alteração da lotação do servidor não mais veda a continuidade no
serviço remoto, visto que tal circunstância pode se submeter à nova previsão do art.
11, I (reversão a pedido fundamentado do gestor da unidade). No entanto, no caso
de continuidade no regime de teletrabalho, acrescentou-se a necessidade de um
novo plano de trabalho e a assinatura do respectivo termo de ciência e de
responsabilidade (art. 8o, parágrafo único).
Ampliou-se o conceito do relatório de avaliação (art. 3o, IV) e se
estabeleceu que, até que seja implantada uma solução de TI para a realização das
avaliações, o gestor deverá elaborar o relatório de acompanhamento nos termos do
que vier a ser disciplinado por ato normativo próprio (art. 15, parágrafo único).
A autorização para os servidores que exerçam funções de direção e de
coordenação dependerá de decisão do Presidente (art. 21).
Estas são, em síntese, as alterações efetuadas, sem prejuízo das
demais adequações que foram realizadas para assegurar a coerência conceitual da
Proposta de Resolução que ora submeto à apreciação do senhor Relator.

Gabinete da Presidência, 13 de abril de 2021.

-assinatura digital-
FABIO DE SOUZA CAMARGO
Presidente

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PROJETO DE RESOLUÇÃO

Regulamenta o art. 184 da Lei


Estadual no 19.573, de 2 de julho de
2018, que prevê o regime de
teletrabalho no âmbito do Tribunal de
Contas do Estado do Paraná, e dá
outras providências.

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ, no uso das


atribuições institucionais estabelecidas nos arts. 2o, I, e 116, XII, e parágrafo único,
da Lei Complementar Estadual no 113, de 15 de dezembro de 2005, e no art. 5o, XIII,
c/c os arts. 188 a 191, do Regimento Interno, com fundamento no art. 184 da Lei
Estadual no 19.573, de 2 de julho de 2018, e no Acórdão no ... - Tribunal Pleno,
Processo no 759614/20, e
Considerando a importância do princípio da eficiência para a
Administração Pública, preconizada pelo art. 37 da Constituição Federal;
Considerando as novas ferramentas de informação e de comunicação
introduzidas pelos recentes avanços tecnológicos que tornam viável o regime de
teletrabalho;
Considerando a necessidade contínua de redução de custos
operacionais, a responsabilidade social e a sustentabilidade ambiental, além das
vantagens e benefícios diretos e indiretos resultantes do regime de teletrabalho para
a Administração, para o servidor e para a sociedade, notadamente em relação ao
uso do espaço físico, equipamentos e deslocamentos;
Considerando a necessidade de adoção de soluções inovadoras
capazes de ampliar a eficiência dos serviços prestados por este Tribunal de Contas,
especialmente nos casos de emergência e de calamidade pública;
Considerando a busca pela consecução da eficiência da
Administração, conforme art. 27 da Constituição do Estado do Paraná;
Considerando que a motivação e o comprometimento das pessoas e o
desenvolvimento da qualidade de vida, da saúde e do clima organizacional estão
inseridos na base estratégica do Tribunal de Contas do Estado do Paraná,

RESOLVE:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1o. As atividades dos servidores do Tribunal de Contas do Estado
do Paraná poderão ser executadas fora das respectivas dependências, sob regime
de teletrabalho, conforme previsto pelo art. 184 da Lei Estadual no 19.573, de 2 de
julho de 2018, observados os critérios e procedimentos gerais estabelecidos nesta
Resolução.

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Art. 2o. São objetivos do regime de teletrabalho:


I - promover a cultura orientada a resultados, com foco no incremento
da eficiência e da efetividade dos serviços prestados à sociedade;
II - garantir a continuidade da prestação do serviço público de controle
externo em caso de condições adversas ao deslocamento ou do ingresso do
servidor na sede administrativa;
III - aumentar a produtividade e promover a melhoria da qualidade das
atividades desenvolvidas pelos servidores.
Art. 3o. Para os fins desta Resolução considera-se:
I - teletrabalho: regime em que o servidor executa suas atribuições
funcionais fora das dependências do Tribunal, mediante o uso de equipamentos e de
tecnologias que permitam a plena execução de suas atribuições funcionais de forma
remota, nas seguintes modalidades:
a) regular: modalidade em que o servidor executa suas atribuições
funcionais preponderantemente fora das dependências do Tribunal;
b) por tarefa: modalidade em que o servidor executa tarefa
determinada e por prazo certo fora das dependências do Tribunal e, quando
concluída, fica automaticamente desligado do regime de teletrabalho;
c) especial: modalidade a que, por ato do Presidente, os membros,
servidores, estagiários e terceirizados podem ser submetidos ao regime de
teletrabalho em virtude de situações de emergência, de calamidade pública ou de
excepcional necessidade.
II - home office: situação em que o servidor executa suas atribuições
funcionais exclusivamente fora das dependências do Tribunal durante o regime
especial, com o controle da jornada de trabalho, mediante o uso de equipamentos e
de tecnologias que permitam a plena execução de suas atribuições funcionais de
forma remota.
III - plano de trabalho: documento alinhado ao plano estratégico deste
Tribunal de Contas que define os critérios, as condições e as atividades que serão
realizadas pelo servidor em regime de teletrabalho, a modalidade, as metas de
desempenho a serem pactuadas e a metodologia de mensuração dos resultados,
elaborado pelo gestor da unidade com apoio da Diretoria de Planejamento, da
Diretoria de Gestão de Pessoas, da Diretoria de Tecnologia de Informação e
aprovado pela Presidência ou pela Diretoria-Geral, por delegação;
IV - relatório de acompanhamento: documento elaborado pelo gestor,
de acordo com a periodicidade estabelecida pelo plano de trabalho, por meio do qual
ele analisa o cumprimento das metas de desempenho pactuadas e a produtividade
do servidor em regime de teletrabalho, comparando os resultados obtidos com a
produtividade da unidade e com o plano estratégico do Tribunal de Contas;
V - termo de ciência e de responsabilidade: documento assinado pelo
servidor do qual devem constar os seus direitos e deveres, a modalidade de
teletrabalho, as metas de desempenho pactuadas, o telefone celular de contato do
servidor e o seu compromisso para atendimento de demandas do Tribunal no horário
de expediente deste.

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Parágrafo único. As condições da modalidade de home office, quando


adotada, serão estabelecidas por ato do Presidente.

CAPÍTULO II
DO REGIME REGULAR DE TELETRABALHO
Art. 4o. O regime regular de teletrabalho ocorrerá em função da
conveniência e do interesse do serviço como ferramenta de gestão, não se
constituindo direito do servidor.
§ 1o A iniciativa para adoção do regime de teletrabalho cabe ao gestor
da unidade, sendo facultativa a adesão do servidor.
§ 2o Quando adotado pela unidade, o regime de teletrabalho será
implementado nos termos desta Resolução, do plano de trabalho e do termo de
ciência e de responsabilidade assinado pelo servidor.
Art. 5o. O gestor da unidade indicará os servidores que demonstrem
comprometimento e habilidades de autogerenciamento do tempo e de organização
que poderão aderir ao regime de teletrabalho.
Parágrafo único. Terão prioridade os servidores que comprovarem as
seguintes circunstâncias:
I - imunossuprimidos, imunodeprimidos ou portadores de necessidades
especiais;
II - que tenham filhos, cônjuge ou dependentes com deficiência que
exijam seus cuidados em tempo integral;
III - gestantes e lactantes;
IV - que sejam estudantes em cursos voltados à sua capacitação, nos
termos do art. 189 da Lei no 19.573/2018.
Art. 6o. A adoção do regime de teletrabalho será requerida ao
Presidente pelo gestor da unidade, mediante apresentação do plano de trabalho.
§ 1o O Presidente poderá delegar à Diretoria-Geral a apreciação da
adoção do regime de teletrabalho.
§ 2o A adoção do regime de teletrabalho pelos gabinetes dos
Conselheiros e pelas Inspetorias de Controle Externo, pelos gabinetes dos Auditores
e pelo Ministério Público de Contas compete ao respectivo Conselheiro, Auditor e
Procurador-Geral.
§ 3o O plano de trabalho poderá ser elaborado conjuntamente por mais
de uma unidade.
§ 4o O alcance das metas de desempenho pelos servidores em regime
de teletrabalho equivalerá ao cumprimento da respectiva jornada de trabalho.
§ 5o A unidade de lotação lançará no sistema de jornada e ponto
eletrônico informação sobre o período de atuação do servidor no regime de
teletrabalho, que valerá para efeito de abono do registro de frequência.
§ 6o Durante o período de atuação em regime de teletrabalho, o banco
de horas do servidor permanecerá inalterado.

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§ 7o Na hipótese de atraso no cumprimento das metas de


desempenho, o servidor não se beneficiará da equivalência de jornada a que alude o
§ 4o deste artigo relativamente aos dias que excederem o prazo inicialmente fixado
para o cumprimento das metas, salvo por motivo justificado ao gestor da unidade e
aceito por este fundamentadamente.
§ 8o O atraso no cumprimento das metas por prazo superior a 5 (cinco)
dias úteis acarretará ausência de registro de frequência durante todo o período
estabelecido para o cumprimento das metas, salvo por motivo justificado ao gestor
da unidade e aceito por este fundamentadamente.
§ 9o As hipóteses previstas pelos §§ 7o e 8o ou o não cumprimento das
metas pelo servidor, quando não justificados, configurarão impontualidade, falta
injustificada, falta habitual de assiduidade ou abandono de cargo.
§ 10 O descumprimento das metas de desempenho deve ser
considerado para fins de avaliação de desempenho profissional do servidor.
§ 11 O plano de trabalho poderá prever que o servidor desempenhe
suas atividades em outra unidade federativa que não o Estado do Paraná ou o
Município de Curitiba, circunstância em que todos os deslocamentos para
atendimento de convocações para reuniões ou avaliações presenciais correrão,
exclusivamente, por conta do servidor.
§ 12 O gestor da unidade poderá adotar um sistema de revezamento
entre os servidores interessados em aderir ao regime de teletrabalho.
Art. 7o. O gestor da unidade interessado em adotar o regime de
teletrabalho deve elaborar plano de trabalho para cada servidor que conterá:
I – a identificação do servidor;
II - o detalhamento e a descrição das atividades a serem realizadas;
III - a modalidade de execução, conforme inciso I do art. 3o, indicando,
se adotada a forma híbrida, a configuração da forma da prestação dos trabalhos
remoto e presencial, de maneira que não se comprometa a essência do regime de
teletrabalho;
IV -- as metas de desempenho a serem alcançadas e respectivo
cronograma;
V - a forma e a periodicidade da avaliação do cumprimento das metas
de desempenho;
VI – outras especificidades acordadas com o servidor, nos termos
desta Resolução.
Parágrafo único. Deferida a adoção do regime de teletrabalho, o
gestor da unidade encaminhará a relação de servidores aderentes à Diretoria de
Gestão de Pessoas para fins de registro e à Diretoria de Tecnologia da Informação
com a indicação, individualizada, dos sistemas de informática a serem acessados
pelo servidor.
Art. 8o. O servidor indicado para aderir ao regime de teletrabalho deve
assinar, previamente, o termo de ciência e de responsabilidade.

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Parágrafo único. A alteração do plano de trabalho, inclusive pela


relotação do servidor para outra unidade do Tribunal de Contas, enseja o dever de
assinatura de novo termo de ciência e de responsabilidade pelo servidor.
Art. 9o. É vedada a adesão do servidor:
I - desligado do regime de teletrabalho pelo não atingimento de metas
nos doze meses anteriores à data da indicação pelo gestor;
II - que tenha sofrido penalidade disciplinar de advertência ou de
suspensão, cujos registros não houverem ainda sido cancelados nos termos do art.
139 da Lei no 19.573/2018.

SEÇÃO I
DA SUSPENSÃO E DA REVERSÃO DO TELETRABALHO
Art. 10. Observado o disposto pelo parágrafo único do art. 5o, o
servidor em regime de teletrabalho será convocado para retornar ao trabalho
presencial sempre que os afastamentos ou licenças de servidores em trabalho
presencial comprometam as atividades da unidade.
Art. 11. Constituem motivos para a reversão da autorização para o
regime de teletrabalho:
I - o pedido fundamentado do gestor da unidade à qual o servidor está
vinculado;
II - o pedido do servidor;
III – o descumprimento injustificado das metas de desempenho
pactuadas;
IV – a aplicação de sanção decorrente de processo administrativo
disciplinar;
V – o descumprimento de qualquer das obrigações previstas nesta
Resolução.
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o retorno ao
trabalho presencial dos servidores a que alude o parágrafo único do art. 5o
dependerá de decisão fundamentada da Diretoria-Geral.
Art. 12. Em caso de suspensão ou reversão, o servidor terá o prazo de
até três dias úteis para retornar ao trabalho presencial, sem interrupção de suas
atividades no teletrabalho durante este período.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES
Art. 13. Constituem deveres do servidor em regime de teletrabalho:
I - assinar termo de ciência e de responsabilidade;
II - executar pessoalmente as atividades funcionais sob sua
responsabilidade;
III - cumprir as metas de desempenho pactuadas;

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IV - atender às convocações para comparecimento à sua unidade ou


para participar de reuniões por videoconferência, sempre que convocado;
V - manter os seus dados cadastrais e de contato telefônico via celular
permanentemente atualizados e ativos;
VI - consultar diariamente a sua caixa postal individual de correio
eletrônico institucional, a intranet e demais formas de comunicação;
VII - permanecer em disponibilidade para contato dentro do período de
expediente normal do Tribunal de Contas;
VIII - comunicar ao gestor da unidade a ocorrência de afastamentos,
licenças ou outros impedimentos para eventual adequação das metas de
desempenho pactuadas e prazos ou possível redistribuição do trabalho;
IX - zelar pelas informações acessadas de forma remota e observar as
normas internas de segurança da informação, adotando as cautelas adicionais
necessárias.
Art. 14. Compete ao servidor em regime de teletrabalho providenciar
as estruturas físicas e tecnológicas necessárias, mediante a utilização de
equipamentos e mobiliários adequados e ergonômicos, assumindo, inclusive, os
custos referentes à conexão à internet, à energia elétrica e ao telefone, entre outras
despesas decorrentes.
Parágrafo único. O tempo de uso de aplicativos e de programas de
comunicação além da jornada de trabalho normal do servidor não constitui tempo à
disposição, regime de prontidão ou de sobreaviso.
Art. 15. Compete ao gestor da unidade:
I - indicar os servidores que poderão aderir ao regime de teletrabalho;
II - acompanhar a qualidade e a adaptação do servidor ao regime de
teletrabalho;
III - manter contato permanente com o servidor em regime de
teletrabalho;
IV - avaliar o cumprimento das metas de desempenho pactuadas com o
servidor quanto aos prazos e qualidade dos trabalhos;
V - elaborar o relatório de avaliação do servidor explicitando os
resultados obtidos com a adoção do regime de teletrabalho, comparando-os com o
estoque de processos da unidade;
VI - colaborar com a Diretoria de Planejamento e com a Diretoria de
Gestão de Pessoas para o acompanhamento de resultados institucionais.
Parágrafo único. Até que seja implantada uma solução de TI para a
realização das avaliações, o gestor deverá elaborar o relatório de acompanhamento
nos termos que vier a ser disciplinado por ato normativo próprio.
Art. 16. Compete à Diretoria de Tecnologia da Informação:
I - viabilizar o acesso remoto às soluções tecnológicas institucionais
disponibilizadas pelo Tribunal;

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II - definir e informar os requisitos tecnológicos mínimos para o servidor


realizar o acesso remoto;
III - prestar suporte para a solução de problemas relacionados ao
acesso remoto e ao funcionamento das soluções tecnológicas institucionais,
excluído o suporte a equipamentos (hardware) que não sejam de propriedade do
Tribunal, assim como sistemas não homologados pela Diretoria de Tecnologia da
Informação, de acordo com norma específica, observado o horário de expediente do
Tribunal;
IV – implantar as soluções de TI que possibilitem a realização das
avaliações dos servidores e o acompanhamento do regime de teletrabalho;
V – informar a Diretoria-Geral de eventuais restrições ou riscos ao
sistema de TI para o desenvolvimento das atividades de teletrabalho, apresentando
propostas para solução.

CAPÍTULO III
DO REGIME ESPECIAL
Art. 17. O regime especial será determinado por ato do Presidente
diante de situações de emergência, de calamidade pública ou de excepcional
necessidade e conterá, dentre outras providências:
I - o percentual de membros, servidores, estagiários e terceirizados ou
grupos elegíveis;
II - as atividades ou unidades abrangidas;
III - as pessoas autorizadas a acessar as dependências do Tribunal;
IV - a vigência do regime especial;
V – a possibilidade ou não de cessão, mediante termo de
responsabilidade firmado pelo servidor, de computadores e monitores;
VI – as condições para a supervisão dos trabalhos dos servidores e
contratados.
Parágrafo único. O Presidente pode determinar a suspensão ou o
encerramento do regime de teletrabalho e a adoção do regime de home office
durante o prazo de duração do regime especial.
Art. 18. Aplicam-se, no que couberem, as disposições desta Resolução
ao regime especial.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 19. Mediante Instrução de Serviço, o Presidente estabelecerá o
fluxo e os modelos do plano de trabalho e do termo de ciência e de
responsabilidade.
Art. 20. O Tribunal pode editar instrução normativa a fim de adequar e
especificar a regulamentação da matéria às suas necessidades.

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Art. 21. A autorização para os servidores que exerçam funções de


direção ou de coordenação adotem o regime de teletrabalho será submetida pelo
Diretor-Geral ou pelo Coordenador-Geral de Fiscalização ao Presidente.
Art. 22. O Presidente decidirá sobre os casos omissos.
Art. 23. A inobservância dos dispositivos desta Resolução sujeita os
infratores, isolada ou cumulativamente, às sanções administrativas, civis e penais
nos termos da legislação pertinente, assegurados aos envolvidos o contraditório e a
ampla defesa.
Art. 24. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba, XX de XXX de 2021.

- documento assinado
digitalmente - Conselheiro
FABIO CAMARGO
Presidente

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