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Júlia Toledo Jordão

Um saber a serviço de todos


Sócrates asseverou que a sabedoria só é factível se ser alcançada por meio de uma
busca incessante e de uma postura não arrogante. Nada obstante, não presumir que esses
seriam passos cruciais à humanidade, visto que impulsionaram o desenvolvimento da
filosofia e, consequentemente, da ciência. Esta, no entanto, manifesta hoje uma relevante
função: construir indivíduos mais aptos à sociedade.
Antes de tudo, o saber científico procura compreender situações sociais para, assim,
assistir-lhes, além de proporcionar um decréscimo do sofrimento psíquico. Uma vez que a
psicologia tende a amenizar os anseios existenciais do homem, torna-lhe a vida mais
saudável. Esse fato resulta em um melhor cuidado tanto de si quanto de suas relações
exteriores. Desse modo, é-lhe conferida uma maior adaptação, já que, como diria Aristóteles,
o ser humano é, sobretudo, social, realidade elucidada também pelo antropólogo Morin.
Todavia, esse processo não se restringe à psicologia: a sociologia e a história, por exemplo,
por meio de suas contribuições teóricas, auxiliam o serviço social a tornar a vivência de
diversas pessoas mais digna.
Por outro lado, tal conhecimento, além de originar os dispositivos inclusivos, é capaz
de garantir o capital necessário para dispô-los na prática. Isso acontece porque, devido às
últimas revoluções industriais, nada é tão valorizado quanto tecnologia. Dessa maneira,
investir em ciência é o meio mais racional de adquirir um significativo montante financeiro.
Destarte, tornam-se duplamente exequíveis ações não excludentes, uma vez que as pesquisas
tanto criam soluções tecnológicas quanto podem gerar o dinheiro fundamental para
investimentos sociais.
Em suma, a sua imprescindibilidade nos tempos modernos evidencia-se ao
transformar experiências humanas problemáticas em formas salutares de viver
coletivamente. Visto que, segundo Darwin, a sobrevivência se apresenta aos mais adaptados
ao meio, são, no mínimo, deploráveis declarações governamentais contra o conhecimento
científico, já que este aperfeiçoa os sujeitos na comunidade. É, pois, responsabilidade
inquestionável do Estado a ocorrência do progresso científico.

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