Sócrates asseverou que a sabedoria só é factível se ser alcançada por meio de uma busca incessante e de uma postura não arrogante. Nada obstante, não presumir que esses seriam passos cruciais à humanidade, visto que impulsionaram o desenvolvimento da filosofia e, consequentemente, da ciência. Esta, no entanto, manifesta hoje uma relevante função: construir indivíduos mais aptos à sociedade. Antes de tudo, o saber científico procura compreender situações sociais para, assim, assistir-lhes, além de proporcionar um decréscimo do sofrimento psíquico. Uma vez que a psicologia tende a amenizar os anseios existenciais do homem, torna-lhe a vida mais saudável. Esse fato resulta em um melhor cuidado tanto de si quanto de suas relações exteriores. Desse modo, é-lhe conferida uma maior adaptação, já que, como diria Aristóteles, o ser humano é, sobretudo, social, realidade elucidada também pelo antropólogo Morin. Todavia, esse processo não se restringe à psicologia: a sociologia e a história, por exemplo, por meio de suas contribuições teóricas, auxiliam o serviço social a tornar a vivência de diversas pessoas mais digna. Por outro lado, tal conhecimento, além de originar os dispositivos inclusivos, é capaz de garantir o capital necessário para dispô-los na prática. Isso acontece porque, devido às últimas revoluções industriais, nada é tão valorizado quanto tecnologia. Dessa maneira, investir em ciência é o meio mais racional de adquirir um significativo montante financeiro. Destarte, tornam-se duplamente exequíveis ações não excludentes, uma vez que as pesquisas tanto criam soluções tecnológicas quanto podem gerar o dinheiro fundamental para investimentos sociais. Em suma, a sua imprescindibilidade nos tempos modernos evidencia-se ao transformar experiências humanas problemáticas em formas salutares de viver coletivamente. Visto que, segundo Darwin, a sobrevivência se apresenta aos mais adaptados ao meio, são, no mínimo, deploráveis declarações governamentais contra o conhecimento científico, já que este aperfeiçoa os sujeitos na comunidade. É, pois, responsabilidade inquestionável do Estado a ocorrência do progresso científico.