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HISTÓRIA A 10º ANO

SÍNTESE ESQUEMÁTICA
Módulo 2 – Unidade 2
O espaço português – a consolidação de um reino ibérico

O PODER RÉGIO, FACTOR ESTRUTURANTE DA COESÃO INTERNA DO REINO

O Rei era o maior e o mais poderoso de todos os senhores. Em Portugal os monarcas


medievais dispunham de poder e autoridade superiores, em regra, ao dos reis europeus. No
desempenho das suas funções o rei era auxiliado por um grupo de altos funcionários.

Os monarcas usaram essencialmente os seguintes processos para a afirmação do poder real:

 O exercício do poder real, em nome de Deus

Esta condição fez com que, mesmo nos piores momentos, os reis nunca perdessem o seu
prestígio, nem deixassem de ser considerados “herdeiros e representantes de Deus na Terra”. Os
nossos primeiros reis referiam sempre essa origem do seu poder, considerando-se reis por “graça”
ou “vontade” de Deus.

 Reafirmação da sua posição como suseranos supremos

Os reis fizeram com que todos os senhores feudais de um reino passassem a estar direta ou
indiretamente dependentes do rei. De então em diante o rei foi sempre na pirâmide feudal o
“suserano dos suseranos”.

 Os reis portugueses conseguiram impor-se como supremos juízes.

Os tribunais reais reservavam para si, em exclusivo a aplicação da justiça suprema ou justiça
maior, o que lhe permitia condenar à morte ou corte de membros, o que afirma claramente a
supremacia da justiça real.

 Direito de aposentadoria

Este direito consistia na hospedagem gratuita que os moradores de uma determinada localidade
concediam ao rei ou ao senhor da terra e respetivas comitivas quando por lá passavam.

 Exclusivo da cunhagem da moeda

Os reis chamaram a si não só o direito de “bater a moeda” como também o direito de a “quitar”
(quebrar, desvalorizar) ou “levantar” (valorizar, elevar), ou seja, de alterar o seu valor.

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