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CAPITULO 2 – SISTEMAS ESTRUTURAIS

1. CABO
O cabo é um tipo de estrutura que por seu comprimento, não apresenta qualquer
resistência à rigidez, nem à compressão e nem à flexão, deformando-se totalmente
quando submetido a esses tipos de esforços. O cabo somente apresente alguma
resistência quando tracionado (“esticado”).
Por possuir essa força de tração o cabo são elementos esbeltos e leves, tanto
fisicamente como visualmente. Por isso, as estruturas feitas através de cabos, também
chamadas de estruturas suspensas ou pênseis, podem vencer grandes vãos com o uso
de pouco material.
Quando submetido a seu próprio peso ele pode vencer um vão de aproximadamente
30km, porém tem grande dificuldade de absorver o empuxo horizontal.

2. ARCO
O arco, é depois do cabo, o sistema estrutural que vence maiores vãos com as
menores quantidades de material. Por isso o uso do arco ocorre quando temos que
vencer vãos de médio e grande porte, como coberturas de galpões e pontes.
Os materiais indicados para construir as estruturas de arco são a madeira, o aço e o
concreto, pois são materiais que apresentam resistência adequada ao esforço feito neste
tipo de estrutura. No caso de coberturas atinge vãos de até 120 metros e para pontes
chega a até 500 metros.

3. VIGA DE ALMA CHEIA


Essa viga é aquela que não apresenta vazios em sua alma (ou seja é totalmente
cheia, maciça, sejam elas de metálica, concreto ou madeira). Quando ela é apoiada em
seus extremos por pilares, sofre ação de cargas transversais ao seu eixo e ela se
deforma.
Portanto uma viga é um sistema estrutural sujeito a dois esforços: momento fletor e
força cortante. E é por estar sujeito ao esforço mais desfavorável em uma estrutura
(momento fletor) que essa viga exige maior consumo de material e maior resistência.
Conforme a posição e a quantidade de apoios, as vigas podem ser classificadas em
três tipos: vigas biapoiadas, vigas em balanço e vigas contínuas.
Por permitir um vão totalmente livre e aproveitável sobre si, é que a viga é o sistema
estrutural mais utilizado.
Na prática os limites de vão que a viga pode vencer é de 20 metros, quando
utilizados aço ou concreto armado. Quando usa-se concreto protendido (processo pelo
qual se aplicam tensões prévias ao concreto) podemos chegar a vãos de 200 metros.

4. A TRELIÇA
A treliça é um sistema estrutural formado por barras que se unem em pontos
denominados nós. Em todas as situações as treliças sempre estão com suas barras
submetidas a esforços de tração e de compressão simples. Para que tenham o apoio
ideal as treliças sempre formaram triângulos. As cargas sobre as treliças devem sempre
ser aplicadas nos nós (ponto de encontro de uma barra na outra). Recomenda-se ainda
que a inclinação das barras fique sempre entre 30º e 60º, para evitar grandes esforços e
também o aumento do número de peças a serem utilizadas.
Os materiais mais utilizados para este tipo de estrutura são o aço e a madeira. O aço
apresenta três vantagens: facilidade de execução dos nós de ligação, menor peso e
mais resistente aos esforços.
A treliça é um sistema dos mais econômicos em termos de matérias e execução. As
aberturas entre as treliças permitem a passagem de tubulações e oferece ainda a
possibilidade de entrada de ventilação e iluminação. Os limites de sua utilização são de
120 metro em coberturas e 300 metros em pontes.

5. VIGA VIERENDEEL
A viga vierendeel também é um sistema estrutural formado por barras que se
encontram em pontos denominados nós.
Neste tipo de viga temos a criação de um quadro rígido e por dentro deste quadro o
uso de barras que provocarão a diminuição nas deformações da estrutura ou seja
abranda a ação dos esforços atuantes permitindo que esse conjunto possa receber um
carregamento maior ou vencer um vão maior.
A viga vierendeel exige que seus nós sejam rígidos, logo, será mais interessante o
uso de materiais que facilitam a execução de vínculos rígidos. O aço e o concreto
armado moldado “in-loco” são apropriados.
Essa viga é utilizada quando se exige grandes vazios para a passagem de
tubulações ou de ventilação e de iluminação, ou ainda por tornar as vigas de grande
porte visualmente mais leves. Seus limites de utilização são os mesmos da viga de alma
cheia, no caso de coberturas atinge vãos de até 120 metros e para pontes chega a até
500 metros.
6. PILAR
O pilar é peça fundamental na concepção estrutural. Seu posicionamento e sua forma
são determinantes na concepção arquitetônica. Sua influência nos espaços é bastante
sensível. O pilar quando submetido a cargas verticais sofre ação apenas de forças de
compressão simples, quando as forças são horizontais passa a receber esforço de flexão.
O aço seria o material mais indicado para uso, porem por possuir secções mais esbeltas
está mais sujeito ao efeito flambagem. Daí o uso na maioria dos casos do pilar de concreto
armado, que apesar de ser mais robusto, e levar mais tempo para ser executado ele possui
um custo 1/3 menor que o do aço.
Em geral tanto no aço quanto no concreto, o espaçamento entre dois pilares
normalmente está entre 4 e 6 metros. Os limites de altura livre devem ser mencionados de
acordo com o projeto arquitetônico. Os pilares de aço e concreto permitem maiores
comprimentos, sem grandes dificuldades construtivas.
É interessante dizer ainda que em edípicos com mais de 50 andares 80% da secção dos
pilares de concreto é utilizada para suportar seu próprio peso.

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