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João 13.

31-35

“Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim
como eu os amei, amem também uns aos outros.” (v. 34)
Em nosso cotidiano percebe-se que muitas palavras têm perdido o
seu sentido original, viraram chavões ou estão sendo banalizadas.
A palavra amor é um exemplo. É dita “automaticamente” para
todos e para tudo. Em estampas de camisetas é possível ler: eu amo
pastel de feira, “eu amo cosméticos”, “eu amo carros”. Amor
deixou de ser uma ação em favor da vida de alguém, ou da
coletividade, para descrever um gosto pessoal, uma paixão
qualquer, ou desejos interesseiros.

No corre-corre do mundo moderno, nos deparamos com muitos


falsos deuses, que vão desde a potestade financeira chamada
Mamon, passando pelo consumismo até chegarmos no egoísmo, os
quais nos incitam a “amarmos” cada vez mais o dinheiro e aquilo
que se pode comprar ou vender, não nosso semelhante. Acredita-se
que os bens materiais é que são a fonte de toda a felicidade.
Consequentemente, o que vemos cada vez mais é um mundo
carente de amor, e o crescimento do número de abandonados,
famintos, violentados, etc. A impressão que temos é que cada vez
mais as pessoas estão amando mais as coisas, os objetos e usando
as pessoas. Quando o correto seria amarmos mais as pessoas e
usarmos as coisas.
De Jesus aprendemos a ver a vida de forma diferente: “assim como
eu os amei, amem também uns aos outros”. Ele é a Fonte da qual
devemos beber todos os dias para não banalizarmos as nossas
relações e a existência. Temos que reconhecer que nossa sociedade
se distanciou muito dessa Fonte e urge voltarmos a ela, sob pena de
nossos dias serem vazios e sem referenciais éticos. Quem beber
dessa Fonte irá ressignificar a palavra amor e fará dela uma
vocação: “Fé e amor perfazem a natureza do cristão. A fé recebe, o
amor dá; a fé leva a pessoa a Deus, o amor a aproxima das demais.
Através da fé ela aceita os benefícios de Deus, através do amor ela
beneficia seus semelhantes” (M. Lutero). Bebamos, pois, dessa
Fonte! Amém.

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