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Toupeira – (risos) Não era nada assim. E tu, Lebre, ou viste um animal
diferente do que eu vi ou tens de usar óculos (risos). Isso são
garatujas, traços ao acaso. (risos)
Corvo – (risos) Sr. Professor: a toupeira e a lebre não lavaram os olhos
de manhã! (risos) O animal não era assim como eles o pintaram.
Lebre – Óh Sr. Professor. Faça um favor a esta floresta. (risos) Ensine
a pintar os meus coleguinhas. As suas pinturas não estão más, mas
não têm piada nenhuma. Estão horríveis. (risos)
Lobo – Acalmem-se meninos. Já compreendi. Todos viram o mesmo
animal, viram uma cobra, mas cada um de nós a vê de uma maneira
diferente. O nosso pequeno corvo (mostrando o desenho) pintou a
cobra tal como ela o impressionou. Fixou-se no reflexo da luz do sol, na
mistura das suas cores e na impressão que causou aos seus olhos…
Chama-se a isso uma pintura do estilo IMPRESSIONISTA.
- A toupeira olhou para a cobra de vários sítios diferentes, de um lado,
de outro, por baixo e pintou-a com formas geométricas. Imaginou os
alimentos dentro da sua barriga. Foi como se a tivesse visto por fora e
por dentro. A esta pintura chama-se CUBISMO.
- E a lebre não fez traços ao acaso. Estas manchas e estes riscos são
como as suas loucas correrias e às vezes a nossa lebre distrai-se da
realidade, não é? Neste caso ela não quis pintar tudo o que viu, pintou
apenas aquilo que lhe pareceu mais importante, abstraiu-se de tudo o
resto. Podemos chamar ao seu trabalho uma pintura ABSTRACTA.
Na verdade, não existe uma realidade válida para todos. Podemos
olhar para o mundo com olhos diferentes e ver diferentes coisas,
porque nós mesmos somos diferentes e estamos sempre a mudar… E
respeitando os outros, cada um de nós pode ver tudo à sua maneira.
(despindo as personagens)
Paulo ou ZP – Sabem o que aconteceu no dia seguinte? No dia
seguinte a cobra apareceu na escola, a espreitar para poder ver mais
de perto os animais. Porque também ela tinha-os visto e tinha-os
achado muito estranhos por serem tão diferentes dela. E assim, ela foi
aproximando-se muuuuuuiiiito de vagarinho e…. observou-os muito
bem, e foi para casa desenhá-los, a sua maneira…