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Patricia Bianco 1 Maico Amorim

Material didático em mídia digital:


transposição de uma apostila do
Colégio Dom Bosco para tablet computer

UFPR 1 Curitiba 1 2011


Patricia Bianco 1 Maico Amorim

Material didático em mídia digital:


transposição de uma apostila do
Colégio Dom Bosco para tablet computer
Trabalho de Conclusão do Curso de Design
Gráfico, do Setor de Ciências Humanas, Letras
e Artes da Universidade Federal do Paraná.
Professor Orientador: Marcel Pauluk

UFPR 1 Curitiba 1 2011


Dedico esse trabalho aos meus pais, Humberto e Elizabeth, e minha
irmã Fernanda, pelo constante auxílio, incentivo e compreensão.
Patrícia

Aos meus pais, pelo constante apoio. E à minha família Cinthya,


Gabrie lle, Emanuelle e Henrique, pela motivação e compreensão.
Maico
AGRADECIMENTOS
Ao nosso professor ori en tador, Marcel Pauluk, pela grande atenção,
comprometimento e assistência.

Ao professor Ricardo Marti ns e a professora Stephania Padovani, que


se coloca ram de prontidão para nos auxiliar durante o desenvolvimen·
to do proje to.

À Editora Dom Basco, por possibilitar o projeto


À Alexand re Grechi, pela atenção em nos atender na Editora.
[...]O principal objetivo da educação é criar homens que sejam
capazes de fazer novas coisas e não simplesmente repetir o que
outras gerações fizeram; homens que sejam criativos, inventores
e descobridores.

Jean Piaget
Resumo
O presente t rabalho vi sa documentar a transformação de uma apostila
do meio im presso ao d igital (tab let computer), analisando também
o contexto que justifica sua necessidade. Focando a usabilidade do
sistema, projeta-se um material gráfico que explora as potencialidades
da interação touchscreen. O processo projetual envolve o usuário, re·
sultando em um materi al adap tado ao público-alvo: estudantes do en·
sino médio. O materi al resultante é um protótipo para tablet da apos-
tila de " Int rodução à Física Moderna", aplicada no ensino médio pelo
colégio Dom Bosco e seus conveniados. O processo de transformação
é passível de re produção, sendo possível utilizar as mesmas diretrizes
de desenvolvimento para d iversos materiais didáticos diferentes.
Abstract
The present work aim s to document the transforrnation process of a
regular school textbook towards a digital format for tablet computers.
Focusing the usa bility of the system, a graphic material wich explores
the pontetialit ies oftouchscreen interation is produced. The project
brings the user closer, resulting in a material adapted to its target
audience: highschool student s. The final product is a prototype of
"lntroduction to Modern Physics" textbook, utilized by Dom Bosco and
its affiliates throughout higschool. Since lhe transformation process is
not exclusive to th is subject, it can be adapted to a range of different
didactic materi a Is.
SUMÃRIO
1. Introdução ••••••••••.•.....•...•.•..•.......•...•••.•.•••••••.•.•.•.•••••.••.••.••••••••••••••• 19
- teor1ca
2.. Fun damentaçao .. . ..........................................•..•.................. 25

2.1. Estado da arte ·····································································-·····-·········· 27


2.2. Material didático.............................................................•.......................... 28
2.2.1. Uso do computador para o ensino ................ ......................................................... 29
2.2.1.1. Tablet computers inseridos no con texto educacional ..................................... 30
2.2 .2. A informatização da educação e questões da dificuldades no ensino-aprendizagem

de física ............................................................................................................................. 36

2.3. C>c:> impresso ao digital •.....•...••.....••..•...••.•...•..•..•..••.••••••..••.•....•....••.••.•••.. 39


2.3.1 Vantagens do uso de material com fin s educativos em tablet computer................ 40
2.3.2. Desmaterialização.................................... ........ ... ..................................................... 42
2.3.3. Considerações sobre a leitura em te la ................................................................... 46
2.3.4. Interatividade e educação ....................................................................................... 47
2.3.5. Usabilidade em tablet computers .......................................................................... 50
2.3.6 Compilação de diretrizes .......................................................................................... 54

3. Desenvolvimento P·r ojetual •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 55


3 .1. Processo de design •..•.••••.•.•••.•...•••..•......•.••..•.••..••.••.•••.••..•.....••...•••...•..••... 56
3 .2. Pesquisa da hábitos do usuário ..•.••...•.••.....•••.•..•••••••.•••..•..••.•......•..•.•••.• 59
3.2.1.. Resultados e conclusões .......................... ............................................................... 59

3.3. Análise de similares ••.••.••..••.•••....•.•....•.••.••..•••••.••••••.••••••••••..••..••.••..••.••••••.. 67


3 .3.1. Modelo de análise .................................................................................................... 68
3.3.2. Objetivos .................................................................................................................. 68
3.3.3. Aplicativo vs. Publicação Digital ............. ................................................................ 68
3.3.4. Definição da amostra ....................................................................................... .."........"... 69
3.3.5. Resultados ................................................................................................................ 70
3.3.6. Conclusões .............................................................................................................. 89
3.4. Síntese de requisitos e restrições do sistema ...•.•...•..•••.••................• 91
3.4.1. Requisitos ................................................................................................................. 91
3.4.2. Restrições ................................................................................................................ 92
3.4.3. Diretrizes de desenvolvimento ................................................................................ 93
3.5. Desenvolvimento do protótipo ..............................··············-···-····-·. ····-·..... 95
3.5.1. Estratégia ................................................................................................................. 95
3.5.2. Escopo .....................................................................................................................
3.5.2.1. Sumários da publicação ..................................................................................
3.5.2.2. A apostila de Física Moderna do Colégio Dom Bosco .................................. ..
3.5.3. Estrutura .................................................................................................................. 99
3.5.4. Esqueleto.................................................. ............................................................... 99
3.5.5. Superficie....................................... ...... ... ....... ......................................................... 108
3.5.6. Conclusões .................................................... .......................................................... t17

3.6. Tes-tes de usabiUdade ............................................................................. 118


3.6.1. Participa.ntes ........................................................................................................... 119
3.6.2. Laboratório de usabilidade 119
3.6.3. Equipamentos ....................................................................................................... 119
3.6.4.. Método de avaliação .............................................................................................. 120
3.6.5. Delimitação das tarefas e ent revista........................ .............................................. 120
3.6.6 Aplicação do teste .................................................................................................... 121
3.6.7. Análise dos dados .................................................................................................. 122
3.6.7.1. Análise dos vídeos .......................................................................................... 122
3.6.7.2. Conclusões ............................................................................................................. 126
3.6.8. Diretrizes de readequaç.ão ...................................................................................... 126

4. Considerações flnais ...................................................................127

5. Apêndices / Anexos .................................................................... 131

6. Referências BibUográficas ..........................................................149


1. INTRODUÇÃO
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

Os jovens que hoje frequentam o ensino médio fazem parte da gera·


ção Z: aque les na scidos a partir de 1995. O termo em questão vem de
"zapear", passar de uma atividade para outra, constante e rapidamen·
te, sem grandes dificuldades. Inseridos desde seu nascimento em um
contexto digita l, esses jovens dominam a tecnologia e a utilizam de
forma bastante natural em seu dia a dia. (CAMPOS; SILVEIRA, 2010).
Graças ao crescimento de uso das redes sociais, de dispositivos mó-
veis e internet ilimitada e irrestrita, as crianças crescem divididas entre
vida rea l e virtual. Os háb itos da nova geração transformaram-se, se
comparados aos das gerações anteriores. Segundo a Quest lnteligên·
eia de Mercado (2011), o grau de interação na internet da geração X (32
a 51 anos) é de 51°/o. O da Y (20 a 31 anos) sobe para 70°/o, e a da Z (12
a 19 anos), para 79°/o. Essas transformações refletem diretamente em
seus hábitos rotineiros.
Esses novos hábitos comportamentais geram uma demanda da atua li·
zação e da modernização do ensino. Recentemente, o aquecimento de
um novo nicho do mercado· surgido com uma nova tecnologia, a dos
tablet co mputers · reforçou a discussão. Equipados com telas touchs-
creen, os tab lets são dispositivos em formato de prancheta que pesam
no máximo 1 kg. Impulsionado pelo lançamento do iPad · tablet da
americana App le· em dois anos os dispositivos estabeleceram recor·
desde venda. No terceiro trimestre de 2011, as vendas do iPad foram
166º/o maiores que as de 2010, somando lucro líquido recorde de US$
6,62 bilhões para a Apple. Segundo dados veiculados no site de notí·
cias Terra Tecnologia (em 18/10/2011) o número de unidades vendida
do tablet nesse trimestre ultrapassaram os 11 milhões.
O dispositivo foi consum ido em grande escala no mundo todo, o
que fez com seus potenciais foram reconhecidos, inclusive para fins
educacionais. Multi funcional, interativo e de fácil transporte, poderia
ser inserido em sa la de aula para suprir as necessidades demandadas
pela multifacetada geração Z. Percebeu-se que a inserção de tablets
em sala de aula, contudo, requer diretrizes estruturadas de desenvol·
vimento. Entre elas, o desenvolvimento de materiais didáticos que
explorem suas potencialidades de áudio, vídeo e interatividade. Isso
cria uma nova opo rtuni dade de mercado· a do design editorial digital
voltado à produção didática.
Várias instituições de ensino particulares brasileiras já inseriram ta·
blets em sa la de aula. É o caso dos colégios Visconde de Porto Seguro
e Dante Alighieri, ambos em São Paulo (GOULART, 2011), do curso
pré-vestibular Integral, em Campinas (FABIANO, 2011) e do colégio
Dom Bosco, em Curitiba. (CAMPOS,2011). É interessante destacar que
há interesse também por parte do governo nessa inserção: em 2011,
os impostos sobre os aparelhos foram reduzidos e inseridos no edital
de licitação do Plano Nacional do livro Didático de 2014. (PEREIRA;
OLIVEIRA, 2011). Por causa disso, grandes editoras de livros didáticos
já se preparam para a demanda, investindo na conversão de seu ma·
terial para o novo formato e desenvolvendo conteúdos com linguagem
diferenciada, destaca Antônio Luiz Rios, superintendente da editora
FTD. (PEREIRA; OLIVEIRA).

Trabalho de Conclusão de Cu rso · Pat riàa Bianco · Maico Amorim 21


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Cientes dessa oportunidade, decidimos pro- embasado em pilares teóricos que envolvem
por parceria com uma editora para o desen- questões históricas, sociais, econômicas e
volvimento do projeto, cujo objetivo consistia contextuais sobre ensino, material didático,
na transformação de material didático para o mídia digital e usabilidade. Como a apostila
tablet, explorando seus recursos diferencia- fornecida pela instituição é utilizada no ensi·
dos. Realizando parceria com uma editora de no méd io, consideramos nosso público alvo
material didático já estabelecida, poderíamos estudantes de 14 a 17 anos. Para a verificação
realizar o processo de adaptação ao meio di- da rotina e dos costumes deste público, foi re-
gital, mantendo o projeto em um contexto rea l alizada uma pesquisa de hábitos do usuário.
de uso. Destaca-se que não era a intenção Seu objetivo era avaliar os hábitos de uso da
da equipe trabalhar com design instruciona l, tecnologia, e também os hábitos de estudos
aquele que se preocupa com o desenvol· dos participantes.
vimento visual do material didático desde
A seguir, foi realizada uma análise de simila-
sua concepção. Como o material cedido já
res para identificação de tendências. Como
teria passado pela fase de desenvolvi mento
não foi possível encontrar similares exatos
pedagógico, seria de nossa responsa bilidade
ao que pretendemos desenvolver, foram
apenas a transformação de seu conteúdo ao
utilizados materiais cujas características
meio digital.
assemelham -se a ele: as revistas digitais.
Assim, contatamos a Editora Dom Basco com As conclusões da análise foram inseridas no
a proposta de converter uma apostila utiliza- desenvolvim ento projetual, baseado princi-
da nos colégios da instituição e conve niados, pa lmente nas compilações de guidelines de
para tablet computers. Demonstrando grande usabilidad e específicas para os tablets, reti-
interesse no projeto, a instituição nos cedeu rada dos estudos: Usability of iPad Apps and
uma apostila de Introdução à Física Moderna, Websites - 2nd Edition, Nielsen (2010), e iOS
um material de 32 páginas que é utilizado Human Interface Guidelines, Apple (2009). As
como material de apoio para estudantes do citadas pesquisas serviram como guias para
ensino médio. Apesar de hoje em dia geren- grande parte do projeto, pois se concluiu que
ciado por uma empresa de São Pau lo, o colé- a oferta de materiais dessa especificidade -
gio Dom Bosco é um dos mais tradicionais de voltados especialmente ao desenvolvimento
Curitiba. Fundado aqui, possui mais 50 anos para tablets - ainda é relativamente escassa.
de tradição no ensino - que vai do básico ao
A citada compilação de guidelines
superior. Como citado, a instituição é uma das
(N IELSEN;BUDIU, APPLE) possibilitou uma fun-
pioneiras na inserção de tablets no ensino,
damentação "sólida" para o nosso processo
tendo distribuído 650 unidades para alunos
projetual, pois seu desenvolvimento origina-
do primeiro ano do ensino médio em 2011.
-se de pesqu isas realizadas em contexto real
Foi acordada contratualmente a disponibiliza-
de uso. Permitindo assim, já na geração de
ção do material em formato aberto à equ ipe,
alternativa s, uma aplicação mais consisten-
permitindo-nos total liberdade de criação.
te da usabilidade da interface. Em termos
Somente sendo mantida do material original
técnicos, todo projeto foi realizado através de
a arquitetura de seu conteúdo, com posta pela
uma ferramenta especialmente criada para a
configuração de capítulos e subcapítulos.
o desenvolvim ento editorial digital: a Adobe
Realizando a transformação da apostila de Digital Pub/ishing. O produto resultante de
In trodução à Física Moderna do Colégio Dom todo o processo é um protótipo de um mate-
Basco para um tablet computer torna-se rial d idátlco digital, que visa ser visualmente
possível a aquisição de conhecimentos sob re interessante, interativo e que possibilite
o desenvolvimento de material para essa novas experi ências aos estudantes.
emergente mídia. O processo projetua l foi

22 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Tan to o conteúdo textual quanto o imagético presente no protótipo foi


retirado da versão aberta da apostil a, cedida pelo Dom Bosco. Caso
ocorra futuro intesse na implementação do projeto, foram realizados
testes com o usuário para veri fica r a usabilidade do protótipo, como
ind icado no processo iterativo de Nielsen (1995) (aquele que envolve
o usuári o na fase de desenvolvim ento). As análises dessa testagem
permiti ra m a delimitação de d iretrizes de readequação, que podem
ser aplicadas ao materi al, tornando-o eficaz ao seu propósito. O pro-
jeto gráfico resultante, ad icionado de suas diretrizes de readaptação,
possibilita a replicação a outros materiais didáticos. Portanto, caso
seja implementado, a identidade gráfica pode ser replicada, permitindo
a tra nsforma ção de outros materiais didáticos aos tablet computers,
resultando em uma aplicação consistente do material digital.
Assim, no presente trabalho visa-se doeu mentar o processo de trans-
formação da apostila de Introdução à Física Moderna do colégio Dom
Bosco para a mídia tablet. Para tal, consideram-se questões de ex-
periência do usuário, usabilidade e interação humano-computador.
Apresenta-se ainda a testagem com o usuário do protótipo gerado. Por
fim, são delimitadas diretrizes de readaptação, as quais possibilitam o
refinamento do projeto, permitindo futura implementação.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 23


2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Nos tópicos abaixo serão abordados os pilares teóricos de nosso pro-


jeto. Inicia-se com o estado da arte, analisando o aprofundamento das
pesquisas no ramo. A seguir, segmenta-se o referencial em dois tópicos
principais: "Material didático " e "Do impresso ao digital", os quais dis-
correrão sobre a relevância contextual do projeto aqui apresentado.

Inicialmente, no tópico "Material didático", conceitua-se histórica,


técnica e socia lmente as características do material de apoio usado
para aprendizagem. A seguir, discute-se a inserção da tecnologia
como substituta destes, o estado da arte dessa prática no Brasil e as
projeções para o futuro.
Em "Do impresso ao digita l", foca-se no suporte trabalhado no proje-
to - o tablet. Abordam-se suas características, vantagens e desvanta-
gens - em especial no âmbito educacional. A seção é concluída com o
estudo da usabilidade humano-tablet, citando estudos de campo que
serão utilizados co mo diretrizes para a etapa projetual do trabalho.

2.1. Estado da arte


Enquanto pesquisávamos sobre o assunto, percebemos que a pro-
dução de conteúdo aumentou gradativamente devido à influência do
próprio nicho de mercado de tablets, novo e bastante aquecido. Em
particular, a inserção do dispositivo no ensino gerou muita discussão
na mídia. No início do ano, encontrávamos mais material abordando
casos estrange iros desta inserção, atualmente, entretanto, são várias
as perspectivas nacionais.
Para a confecção do referencia l teórico, encontramos com facilidade os
dados históricos. A maior dificuldade residiu na pesquisa das caracte-
rísticas do próprio dispositivo tablet. Informação sobre as vantagens
que proporciona aos estudos, sobre a intuitividade da navegação e do
impacto ambiental que gera. Nos dois primeiros casos, havia volume
de material, mas ele apresentava pouca confiabilidade. No caso do
impacto ambiental, há a questão do marketing empresarial. Poucas
fabricantes divulgam a realidade dos fatos, disponibilizando ao pes-
quisador apenas dados parciais, ou até mesmo dado nenhum.
Sobre usabi lidade para tablets, uma referência bibliográfica foi encon-
trada. Ela provê guideli nes desenvolvidas através de testagem com
usuários para o desenvolvim ento projetual. A utilizamos para rebater
as guidelines fornecidas pela Apple, empresa responsável pelo lança-
mento pioneiro de um tablet bem-sucedido no mercado.
Após o garimpo de conteúdo, entre um enorme "income" de notícias,
matérias e artigos, pudemos perceber que uma pesquisa acadêmica
sobre o tema é um caso quase que inédito. Muito se especula sobre
a inserção de tablets no ensino, entretanto não encontramos nenhum
estudo acadêm ico do material voltado a estudantes.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 27


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

2.2. Material didático


Surgido por volta do século li o.e. e populari· médio continuou, em sua maioria, impresso
zado no século XV com a invenção da lmpren· em duas cores. Quanto à ilustração do texto,
sa (PAIVA, 2007), o livro foi uma das primeiras segundo o pesquisador francês Alain Choppin
peças gráficas a ser produzida em série. A (2004), começou a considerar-se a "articula·
maioria das pessoas familiariza-se com tal ob· ção semântica que une o texto e a imagem"
jeto desde criança, utilizando-o logo em sua apenas no final da década de 1980. Ou seja,
alfabetização. Quando com propósito educa ti· apenas nesse período o livro didático deixou
vo, tal material denomina-se livro didático. de ser encarado como um texto aleatoriamen·
te "enfeitado" por ilustrações, para tornar-se
Surgido como um complemento aos livros
um material ilustrado de forma consciente.
clássicos (SOARES, 2002), sua origem é
anterior à própria invenção da im prensa, em De acordo com Salas (2004 apud VILAÇA,
meados do século XV. Ao longo do tempo, tal 2009) o conceito de "material didático" abran·
livro solidificou a concepção de "fiel depositá· ge quaisquer instrumentos empregados por
rio das verdades científicas universais." (GATII professores e alunos para facilitar a aprendi·
JÚNIOR, 2004 apud FREITAS; RODR IGUES, zagem, a serviço de ambos. Stray (1993 apud
2008). No Brasil, a trajetória para que os livros FREITAS; RODRIGUES, 2008) conceitua-o como
didáticos chegassem às escolas inciou-se em um "p roduto cultural composto, híbrido, que
1929, com a criação do Instituto Nacional do se encontra no cruzamento da cultura, da
Livro (INL), órgão designado para legislar so· pedagogia, da produção editorial e da sacie·
bre políticas de tais livros. Entretanto, apenas da de."
em 1997 teve início uma produção massiva e
O conceito defendido pelos autores (SALAS;
contínua de livros didáticos (FREITAS; RODRI·
STRAY) é bastante amplo, definindo como
GUES, 2008).
"materi al didático" todo material de apoio uti·
Em sua forma original, o livro didático era lizado para a aprendizagem. Entre eles, o livro
destinado ao uso do professor. A partir da se· didático é o considerado mais importante,
gunda metade do século XIX, percebeu-se que pois é um dos instrumentos de aprendizagem
tal material não era de uso exclusivo deste. mais utilizados em sala de aula. Segundo Frei·
Quando se percebeu que o aluno era o leitor, tas e Rodrigues (2008), em muitos casos não
tornou-se claro para autores e editores que há o contato dos alunos com outros materiais
"era necessário modificar o livro para atender ou mídias de apoio. Vilaça (2009) defende
novas exigências, transformando e aperfeiço· que essa importância se dá "pelo fato de o
ando sua linguagem." (FREITAS; RODRIGUES, livro ser a modalidade de material didático
2008) . Assim, evidenciou-se a necessidade de mais discutida na literatura."
ilustrações no texto. Surgiram também novos
O livro didático é um instrumento pedagógico
gên eros didáticos, como os livros de leitura e
que contribui para a formação social e política
os livros de lições (BITTENCOURT, 2004 apud
do indivíduo, possibilitando o processo de
FREITAS; RODRIGUES, 2008).
intelectualização. Por sua importância, exige
Foi a partir de 1960 que as características dos anos de pesquisa em sua elaboração (SOA·
livros didáticos começaram a ser adaptadas à RES, 2002). Em um contexto em que o digital
nova realidade escolar. Segundo Gatti Júnior é muito valorizado, vale destacar o mérito da
(2004, apud FREITAS; RODRIGUES, 2008) foi form a mais antiga de reprodução de livros - o
apenas em 1990 que o material destinado ao meio impresso.
ensino fundamental começou a ser impresso
Incluindo também
em quadricromia. Já o destinado ao ensino
aqueles com fins

28 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

didáticos, o livro impresso transmite sensações à cognição humana


que o suporte digital não é capaz de simular. Primeiramente, por ser
um objeto táti l e visua l, o objeto lívro permite que o leitor localize-se
facilmente dentro de seu conteúdo já que o leitor facilmente distingue
começo, meio e fim. É possível perceber o volume de conteúdo de um
livro apenas observando-o, além de possibilitar a ação de folheá-lo.
É intuitivo utilizá-lo: pode-se navegar através do sumário, fazer notas
e marcações de forma prática. Ainda há a questão gráfica: papéis de
diferentes gramaturas, texturas e acabamentos. Encadernações cola-
das, grampeadas ou costuradas. Todos esses detalhes enriquecem e
valorizam o livro, mesmo dentro do citado contexto de digitalização.
O impresso detém muitas características peculiares, possuindo uma
longa história. Leva ndo em conta sua relevância, não se intenciona
aqui defe nder seu desa parecimento. O surgimento de novas tecnolo-
gias criam oportunidades e permitem inovações. Entretanto, há muito
valor agregado naquilo que o antecede, não permitindo que seja
simplesme nte excluído.

2.2.1. Uso do computador para o ensino


Os primeiros computadores pessoais foram lançados no mercado
no fim da década de 70. Em 1981 a IBM lançou o IBM-PC, e logo em
1984 a Apple também lançou seu computador pessoal - o Macintosh.
Segundo Fiolhais e Trindade (2003), a década de 80 "ficou marcada na
história dos computadores no ensino". Novas linguagens de computa·
dor foram lançadas para que crianças tivessem acesso aos sistemas.
Exemplo disso foi o LOGO, projeto de Seymourt Papert, professor de
Matemática no Massachusetts lnstitute ofTechnology, que pennitia
que crianças de mais de seis anos programassem e criassem formas
matemáticas.
Alfred Bork, um dos pioneiros no uso de computadores para o ensino
citou, em 1979 em uma conferência de professores intitulada "Apren-
dizagem interativa":
"Estamos no princípio de uma grande revolução na educação, uma
revolução sem paralelo desde a invenção da imprensa escrita. O
computador será o instrumento dessa revolução. Apesar de estarmos
apenas no início - o computador como um instrumento de aprendiza-
gem nas escolas é atualmente, comparado com todos os outros modos
de aprendizagem, quase inexistente o ritmo será maior durante os
próximos 15 anos. Por volta do ano 2000, a principal forma de apren-
dizagem em todos os níveis e em quase todas as áreas será através do
uso interativo dos computadores."

Nos anos 90 a internet se popularizou, os computadores pessoais passaram a ser mais poten-

Trabalho de Conclusão de Curso· Patriàa Bianco · Maico Amorim 29


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

tese baratos. Aliados, esses fatores contribu· Assim, inciava-se a informatização da educa·
íram para a disseminação dos computadores ção no país.
em todo o mundo. No Brasil, discutiu-se pe la
Desde então, a tecnologia evoluiu muito
primeira vez o uso de computadores no ensi·
rápido · computadores ficaram cada vez mais
no de Física, em um seminário promovido pela
potentes e funcionais. Surgiram computadores
Universidade de São Carlos (MORAES, 1993).
de bolso, PDA' s (Personal Digital AssistanV.
Em 1983 a Secretaria Executiva da referida entre muitos outros. Hoje em dia, vive-se uma
Comissão Especial nº 11/83, baseada na rea lidade de computadores muito potentes,
recomendação dos dois seminários nacionais, internet wireless rápida e de fácil acesso,
apresentava para aprovação da Com issão o smartphones e tablet computers. Tecnologias
documento Projeto EDUCOM, que continha disponíveis e acessíveis que fazem parte da
uma proposta de" implantação experimenta l rotina de todos nós, inclusive para fins de
de centros-piloto, como instrumentos rele- estudo.
vantes para a informatização da sociedade
brasileira, visando à capacitação naciona l e a
uma futura política para o setor." (MORAES).

2.2.1.1. Tablet computers inseridos no contexto educacional

Os primeiros registros do aparecimento do conceito tablet computer


datam de 1968. Nesse ano, Alan Kay, cientista da computação norte·
-americano, descreveu seu Dynabook' ·um computador-conceito
voltado para crianças, que teria o formato de um caderno. Sua idéia
era criar um objeto leve, com tela gráfica interativa, conexão em rede e
capacidade de armazenar 500 páginas de texto· tudo custando menos
de US$500. Sua intenção era utilizar o objeto na educação, disponibi·
lizando uma sé rie de atividades educacionais. A tecnologia da época
não permitiu que sua invenção fosse realizada, entretanto, Alan Kay
segue até hoje traba lhando ativamente no projeto "One Laptop per
Child" ·em tradução literal: "Um computador por criança'".
A primeira investida em um computador em formato tablet foi realiza·
da em 1983 pela Apple, com seu protótipo denominado Bashful, que
não chegou a ser lançadoJ. O primeiro tablet realmente lançado foi o
GriDPad, em 1989. O dispositivo portátil possu ia tela sensível e pesa·
va em torno de 2 kg. Seu preço, contudo (U$2370) desestimulou suas
vendas4. Em 1993 a Apple lança seu PDA (personal digital assistant) o
Apple Newton, que foi desconti nuado em 1998s. Em 2002 a Microsoft
lança no mercado o Tab let PC, mas que foi também foi descontinuado6 •
Após um histórico de produtos fraca ssados, o ramo dos tablets é revo·
ludonado em 2010 pelo lançamento do iPad, da americana Apple. O
sucesso obtido pela fabrica nte estimulou a concorrência, que desen·
1-0riginal deAlan Kay · sobre o Dynabook: http://www.mprove.de/ diplom/ gui/ Kay72a .pdf
2 · Fonte: http://tecnologia.terra.com .br/noticias/o,.014 243378·El15607,oo·Conheca+a+histo
ria+de+quase+meio+seculo+dos+tablets.html
3 • Fonte: http://www.wired.com/gadgetlab/2010/01/ apple·tablet-1983/?utm_
source•feedbumer&utm_medium•feed&utm_campaign•Feed%)A%20Gearfactor%20
%28Blog%20·o/020Ga dget°/020Labo/02 0°/02 8Gear"k20Fa ct or"A.29%29
4 · Fonte: http://www.pcmag.com/slideshow/stoty /285757/ history·of·the-tablet/3
5 · Fontes: http://www.pcmag.com/ slideshow/stoty /285757/history·of·the-tablet/ 6;
http: / /www.diplty.com/vic karu/Hi stoty·of•Sla te·Ta blet·Comput ers/
6 · Fonte: http://www.pcmag.com/slídeshow/story/ 285757/history·of-the-tablet/7

30 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

volveu dispositivos semelhantes. Por falhas O conceito tablet computerjá é relacionado ao


diversas, entretanto, parte dessa concorrência âmbito educacional desde 1968 com Alan Kay
não conseguiu grande mercado. Exemp lo e seu Dynabook. Tais dispositivos são interes·
disso é o Eee Pad Transformer, da Asustek, o santes ferramentas para as escolas, e já vem
Xoom, da Motorola Mobility e recentemente o sendo adotados por várias delas. No Brasil o
Touch Pad, da HP. Este foi tirado de linha em cursinho pré-vestibular Integral Sistema de
agosto deste ano, após apenas 7 semanas Ensino, localizado em Campinas-SP é pioneiro
de vendas. Atualmente, o líder do mercado no uso de iPads com fins educativos no país.3
continua sendo o iPad, que foi eleito como A escola adotou o dispositivo como material
"melhor tablet" pela revista americana Consu- didático em março desse ano, pois como
mer Report7• afirma Ricardo Falco, diretor da instituição "O
tablet facilita o acesso à informação e vai tor-
No Brasil, segundo estudo da IDC Brasil
nar as aulas mais dinâmicas. Todo o material
(lnternational Data Corporation) divulgado
didático, livros, jornais e revistas poderão ser
na Folha de S. Paulo, foram vendidos 45 mil
encontrados no tablet". Todas as apostilas do
tablets apenas no primeiro trimestre de 20118 •
colégio foram substituídas por versões digi·
O estudo destaca que, em 2010, foram ao
tais, adaptadas ao iPad .
todo 100 mil unidades do dispositivo foram
consumidas no país. As expectativas da IDC Segundo matéria de Luiz Felipe Marques para
são para 2011 são que as vendas do apare- o jornal Gazeta do Povo, o colégio Dom Bosco
lho subam para 300 mil aparelhos~. Em ma io • sediado em Curitiba - distribuiu em agosto
deste ano, foi publicada no "Diário Oficial da 650 tabets para seus alunos. Antunes, diretor
União" uma medida provisória que incluiu os da instituição, declara que o dispositivo pode
tablets na chamada "Lei do Bem", que garante ser um diferencial para facilitar o trabalho do
redução dos impostos sobre os tab lets, que professor e estimular os estudantes.
podem reduzir em até 36º/o o preço dos dispo-
O colégio é parceiro do SEB (Sistema Educa-
sitivos no país'º. O governo ainda liberou uma
cional Brasileiro), que pretende levar tablets
medida provisória que da incentivo à produ·
à 15 mil adolescentes do Ensino Fundamental
ção de tablets no Brasil". e do Ensino Médio em 18 escolas do Brasil.
Todos esses fatores, acrescidos da crescen- Entre tais escolas está a Pearson, que já co-
te popularidade dos tablets, tem cha mado meçou a inserção dos dispositivos e pretende
atenção de consumidores e fabricantes. As - em 2012 · disponizá-los a todos seus alunos.
previsões de consumo do aparelho no país Segundo Tadeu Terra, diretor-geral de mate-
são bastante otimistas. Aloizio Mercadante, ri al digital da escola, o projeto visa fazer uso
Ministro da Ciência e Tecnologia afirmou que de todas as potencialidades dos aparelhos.
até o fim do ano os tablets podem chegar até Ele afirma: "No projeto da Pearson, tentamos
40°/o mais baratos às lojas". integrar toda a parte digital, como vídeos,
infográficos, interatividade, animações e
7 ·Fonte: http:// pressroom.consumerreports.org/press· exercícios colaborativos, para que o aluno use
room/ 2011/ 04/ a pples-i pad2 ·tops-e on sum er·report s-tablel· o computador de forma plena, e não apenas
-ratings.html
8 ·Fonte: http://wwwt.folha.uol.com.br / mercado/909297- lendo em PDF".
·ve nda-de-tablets-no-brasil-chega -a·45·mil·n 0-1·I ri. shtml
9 ·Fonte : http://www.idclatin.com/news.asp?ctrsbra&id_re· De acordo com Carolyn Skibba (2011 apud MU-
lease-i902 LHOLLAND, 2011), coordenadora de tecnologia
10 ·Fonte : http://g1.gtobo.com/tecnologia/noticia/2011/05/
governo-edita -medida ·Proviso ria -que·da·i ncentivos·tri but a· da escola elementar de Burley (Chicago· EUA),
rios-para·tablets.htm 1 iPads permitem colaboração entre professo-
11 - Fonte: http://g1.globo.com / tecnologla/noticla/2011/05/
res e estudantes. O dispositivo é pequeno,
doze·em presas-querem· produzi r·ta blets·no·brasil·diz.
-mercadante.html versátil, portátil, visual e interativo, e por tais
12 - Fonte: http://idgnow.uol.eom.br/mercado/2011/ 07 /28/ características ele adapta-se perfeitamente
brasi ~tera-nata ~do·ta blet-preve-mercadan te/
às necessidades dos estudantes. Assim, os

Trabalho de Conclusão de Curso· Patricla Bianco · Maico Amorim 31


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

alunos demonstram maior envolvimento e comprometimento com o


conteúdo das aulas.
São diversos os benefícios ressaltados pelos profissionais da área
da educação em relação ao uso tablet computer. Jím Manikas, diretor
de tecnologia da Web b School of Knoxville, afirma que a adoção do
dispositivo reduz a carga levada pelos alunos: "alguns carregam quase
20 quilos de livros didá ticos, enquanto um iPad pesa menos de um
qui10" 13 •
Segundo Christopher Dede , professor da Faculdade de Educação de
Harvard, em entrevista para a Revista Veja, quando a tecnologia é uti·
lizada de forma estruturada e projetada, a tecnologia pode causar im-
pacto muito positivo na aprendizagem. A escola toma-se mais atrativa
ao aluno desta forma . Portanto, ele considera a ferramenta promissora.
Contando com um projeto pedagógico bem feito, é possível integrar,
pela primeira vez· o mundo "dentro e fora da escola", comenta.
Em convergência à op inião de Dede, a professora e pesquisadora Gláu·
eia da Silva Brito afi rm a que o ponto mais importante não é a dispo·
nibilização de equipamentos, e sim o desenvolvimento da tecnologia
em um bom projeto educacional. Isso envolve a necessidade de apren·
dizagem dos alunos, o potencial dos equipamentos e a participação
dos professores no processo.
O colégio Visconde de Porto Seguro, tradicional instituição de São
Paulo, adquiriu no primeiro semestre desse ano 150 tablets para teste
com os alunos. Os tablets, entretanto, só foram disponibilizados para
uso em sala de aula após as férias de julho. Isso porque primeiramen·
te a escola preferiu capacitar seus professores, que passaram por três
meses de treinamento. Para Renata Guimarães Pastore, diretora de
Tecnologia da Educação do colégio, é necessário avaliar a aplicação
didática dos dispositivos antes de inseri-lo em sala de aula. (ARROYO,
2011)

Além da utilização como próprio material didático, os tablets ainda


permitem que o estuda nte navegue na web e que faça uso de aplica·
tivas. Esses aplicativos são program as desenvolvidos especialmente
para o sistema ope racional do tablet, e normalmente podem ser
obtidos através de download nas chamadas "lojas de aplicativos''. No
caso dos dispositivos móveis que utilizam o sistema operacional da
Apple, a loja chama-se "App Store", que só pode ser acessada através
dos dispositivos móveis, ou através do software "iTunes" ·que deve
ser baixado no computador. Já para os dispositivos que rodam sistema
operaciona l Android, da Google, a loja denomina-se "Android Market"
(marketand roid.com). Esses são os dois principais exemplos dentre as
"lojas" de aplicativos disponíveis para os diferentes sistemas opera·
clonais.
Segundo dados da Apple, em julho deste ano o número de aplicativos
disponíveis para IPad na App Store alcançou os 100 mil. Esses novos
aplicativos, exclusivos para iPads, foram criados em aproximadamen-
13 · http://www.qualedigltal.com/blog/índex.php/2011/01/ipad·faz· t·ano-e·vira·material-
-escolar/

)2 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

te 450 dias (desde o lançamento do dispositivo, em abril de 2010),


estabelecendo recorde de disponibilização de aplicativos na empre-
sas. (VITICCI, 2011). Segundo a App Store, destes 100 mil aplicativos,
aproximadamente 15 mil são voltados à educação. Tory Oliveira, em
matéria para a Carta Capital, destaca que a esmagadora maioria de
aplicativos é de jogos e entreterimento. Entretanto, ele destaca que
segundo a empresa Distimo (www.distimo.com), especializada em
análise de lojas de aplicativos, os voltados à educação a são a terceira
maior categoria em número de downloads. Entre esses milhares de
aplicativos educacionais, alguns deles ganham destaque especial por
sua utilidade em sa la de au la e/ou para os estudos (OLIVEIRA; APPLE;
BRENTANO, 2011). São eles:

The Elements - A VtSual Exploration


Versão digital de uma tabela pe riódica, na qual é possível visualizar e interagir com os 118 ele-
mentos em 30, ler sobre sua origem, sa ber sobre a históri a da sua descoberta e sobre proprie-
dades como os pontos de fusão e ebulição. Em inglês.
MathBoard
O programa explora as quatro operações matemáticas básicas, em diferentes níveis de dificul-
dade. O programa simula um quadro- negro, e o usuá rio exercita seus conhecimentos através de
contas randomicamente apresentadas. Também permite o cálculo de raiz quadrada e potên-
cias.
World Atlas HD
Apresenta mapas físicos e políticos de países do mundo todo, e foi desenvolvido pela National
Geographic. O recurso touch-screen perm ite dar zoom, passear pelos mapas e selecionar paí-
ses para explorar alguns de seus dados.
iBook
-
E o leitor-padrão de e-books do iPad, que traz consigo um dicionário. Assim, basta selecionar
palavras e clicar em dicionário para encontrar suas definições.
Pages
Editor de textos para iPad. A entrada de texto pode ser tanto pelo teclado, quanto pelo tou-
chscreen - escrevendo à mão. Existem 16 modelos predefinidos de layout, e é possível incluir
imagens no documento.
Geometry Stach
Traz um banco de fórmulas e teoremas de geometria.
lnkling
Aplicativo que conecta-se em muito com o projeto apresentado, o lnkling proporciona maior
interatividade entre usuário e os livros, que podem ser didáticos. Ainda permite que o usuário
troque informações com colegas e professores.
iStudiez Pro
Voltado à organização pessoal do usuá ri o · pe rmi te organizar horário de aulas e tarefas.
Humman Body Encyclopedia D
Auxilia o aluno na memorização de partes do corpo, e de nome de órgãos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 33


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Estes são apenas alguns exemplos da enorme gama de aplicativos


educacionais disponíveis para uso em tablets. É interessante desta-
car que essas ferramentas possibilitam que o aluno personalize seu
dispositivo. São disponibilizados para download vários aplicativos
diferentes, que multas vezes reúnem funções parecidas. Isso permite
que o usuário tenha opções, podendo escolher os aplicativos aos
quais mais se adapta. Isto, como comentado, além da possibilidade
de utilizar o tab let como próprio livro didático, aproveitando de seus
recursos interativos.

2.2.1. 2. A substituição do material didático impresso pelo digital no Brasil


O governo da Coreia do Sul revelou neste ano Isso envolve não só o aumento do orçamento
que pretende digitalizar todo seu sistema de anual do PNLD (R$ 1,3 bilhão em 2012), como
educação, considerado um dos mais ava n- aumento dos recursos para a educação - que
çados do mundo. Serão US$ 2 bilhões inves- passari am de 5°/a para 7o/o do Produto Interno
tidos no projeto chamado SmartEducation, Bruto.
que engloba a substituição de todo materi al
Interessadas nessas mudanças, as editoras
didático da rede de educação por tab let
que mais vendem livros didáticos ao governo
computers. (RUBIN, 2011). A transformação é
movimentam -se no sentido do desenvolvi-
inédita, e ilustra uma tendência mundial de
mento de material digital, pois a substituição
digitalização.
do impresso já vem ocorrendo em menor
No Brasil, em recente anúncio (setembro esca la em colégios particulares. Das dez
de 2011), o Ministro da Educação Fernando maiores editoras do país sete já possuem
Haddad divulgou que o MEC (Ministério da projetos de material para tablet, como mostra
Educação) distribuirá "centenas de milhares" a tabela 1:
de unidades de tablets a escolas púb licas a
partir de 2012 14• O ministro afirma: 10 MAIORES EDITORAS
DO PNLD EM 2011
"Nós estamos investindo em conteúdos
digitais educacionais. O MEC investiu, só no Empresas que vendem livros
didáticos para o governo federal
último período, R$ 70 milhões em produção
de conteúdos digitais. Temos portais impor- 0 Com projeto de
conteúdo pa-ra tablet
tantes, como o Portal do Professor e o Portal !!! Sem ptojeto de
Domínio Público. São 13 mil objetos educa- conteúdo para tablet
cionais digitais disponíveis, cobrindo quase
TITULOS TOTAi.
toda a gmde do ensino médio e boa parte do ADOUIRIOOS FUO EVRS
ensino fundamental." GOVERNO MlLHÕES

O governo brasileiro já começa a demonstrar 0 Allrll Educaçao 558 268.S


(Álica e Scipione)
esforços para iniciar a digitalização do ensino, 0 Moder~a 222 161,3
seguindo os passos da Coreia do Sul. Segun- 0 FTD 288 162,9
do matéria de Carolina Pereira e Regiane de lxl Saraiva 254 140,3
Oliveira para o jornal Brasil Econômico (2011), 0 Poslti~o 114 27,1
a produção de conteúdos para tablets deve SM• ~6 28,3
fazer parte do edital de licitação do Plano Escala' 76 26.3
Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2014, 0 Do Brasil 88 17,7
cujos livros serão entregues ainda em 2013. 0 Nova Geração 6 15.1
14 - Fonte: http://lnfo.abril.eom.br/ noticlas/tecno· 0 AJS 8 10.0
logia·pessoal/ mec ·distribuira ·tablets·pa ra--e scol as· Fontes: FNDE e empresas •Nao respcoderam
·em·2 012 -01092011-41. shl
Tabela Empresas que vendem
1.
livros ditáticos para o Governo
Federal.
34 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

A Abrll Educação (que engloba a Ática e a Scipione), principal forne·


cedora do PNLD, acredita que já em 2012, 100 de seus 3 mil livros
didáticos serão convertidos em versão digital para tablet. "Os esfor·
ços da empresa, agora, se concentram no preparo para a demanda
por digital" afi rmam as autoras. (PEREIRA; OLIVEIRA, 2011). A editora
Positivo, parte do grupo Positivo, de Curitiba, vai lançar conteúdo para
o dispositivo ainda nesse ano. Assim, em 2012 todos os alunos das
2,4 mil escolas conveniadas já poderão fazer uso do material digital.
O diretor geral da editora, Emerson Santos, afirma que todos os novos
materiais produzidos atualmente na empresa são previamente pensa·
dos para a plataforma digital. "Acredito que, em três anos, a maioria
das escolas do país já estará utilizando material didático em formato
digital", afirma o diretor.
A editora FTD, que vendeu R$ 162,9 milhões ao PNLD, pretende lançar
ainda esse ano seu primeiro catálogo de literatura digital. A editora
Melhorame ntos disponibilizou no ano passado o dicionário Michaelis,
o qual também fornece ao PNLD, em versão digital na AppStore e no
Android Market. Segundo Breno Lern er, superintendente da editora,
o aplicativo ficou entre os 10 mais baixados da AppStore em 2010.
Lerne r afirma que o interesse em material didático digital é recente,
porém vem crescendo muito, causando uma rápida mudança no mer·
cado.
Outro exemp lo de empresa interessada no assunto é a Intel. Em ou tu·
bro desse ano ela anunciou o lançamento de um tablet voltado espe-
cialmente ao uso em sa la de aula no Brasil. O aparelho tem 17 polega·
das, roda sistema Androide deve ser incluído no projeto Um Laptop
por Criança (ULC), do governo. O diferencial do produto é a integração
aluno· professor que o dispositivo permite. (DEMETRIO, 2011).
A inovação no aprendizado gera crescente interesse por parte do
governo, das instituições de ensino e das grandes editoras. Contudo, o
fator lucratividade preocupa a última. Arnaldo Saraiva, diretor da Nova
Geração, estima que "para cara R$ 1000 que urna editora fature hoje
com livro de papel, vai faturar no máximo R$ 200 vendendo conteúdo
digital". Noventa por cento da receita das editoras vem do PNDL, que
se encontram agora "numa encruzilhada" à respeito do mercado edito·
rial didático. (PEREIRA; OLIVEIRA, 2011).
A inserção do tab let no ensino público é urna possibilidade que já vem
sendo tratada com certa prioridade pelo governo, o que acreditava-se
que iria leva r mais algum tempo para acontecer. O novo Plano Nacio·
nal da Educação já se encontra em votação, e visa movimentar fundos
públicos em prol da mudança. Grand es editoras estão investindo no
mercado, visando desenvolver conteúdos diferenciados para a mídia
tablet. Conclui-se que tais colocações conferem relevância ainda maior
ao projeto aqui apresentado.

Trabalho de Conclusão de Curso· Patriàa Bianco - Maico Amorim 35


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

2.2.2. A informatização da educação e questões da dificuldades


no ensino-aprendizagem de física
O presente trabalho não visa o envolvimento direto de questões educacionais e pedagógicas.
Contudo, foi identificado no contexto atua l de ensino uma corrente que defende a utilização de
tecnologias em sala de aula. É relevante citá-la, pois sua id entificação pode ser válida em futu-
ras análises ou justificativas. Portanto, justifica-se sua presença nessa fundamentação teórica.

Lecionar da forma tradicional, estática, deixou A física é uma ciência experimental e de con-
há muito de ser a única opção dentro de sa la ceitos abstratos, tornando-se assim uma disci-
de aula. Segundo Fiolhais e Trindade (1998) plina de difícil compreensão para os alunos
"Ferramentas computacionais são capazes (SANTOS et al., 2008). Isso explica o elevado
de auxiliar na construção do conhecimento, e número de reprovações nos vários níveis de
podem ser usadas para dar sentido ao novo ensino da física em diferentes países. {FIO-
conhecimento por interação com significados LHAIS; TRINDADE, 2003).
claros, estáveis e diferenciados, previamente
Segundo Hestenes (i 987 apud SANTOS et ai.)
existentes na estrutura cognitiva do apren-
"os métodos tradicionais de ensinar Física são
diz". Segundo Davies (2002, apud FlOLHAIS;
inadequados", pois quando apresentados
TRINDADE, 2003), animações e simulações
sob uma metodologia exclusivamente verbal
oferecem um enorme potencial para auxiliar
ou textual, os conceitos físicos tornam-se
os estudantes na compreensão de princípios
difíceis de entender. Ou seja, o ensino tradi-
das ciências naturais, sendo até chamados de
cional não transmite ao aluno a forma como a
"Laboratórios Virtuais". Incorporando diversas
ciência se constrói, nem o que ela realmente
mídias (escrita, visual e sonora), essa ferra-
trata. (SANTOS et al., 2008). Essa prática
menta pedagógica é de grande valia para a
dificulta até mesmo o processo de ensino por
melhora da percepção do aprendiz. Potencia-
parte do professor, que encontra empecilhos
lizando assim, as possibilidades pedagógicas
para representar a dinâmica dos fenômenos.
da interação professor-aluno.
Flolhais afirma que (2002 apud HEINECK;
O conhecimento de física começa a ser ensi-
VALI ATI; ROSA, 2002) "a experimentação
nado aos estudantes na educação básica, e
desemp enha um papel insubstituível no
ganha maior relevância no ensino médio. O
ensino da Física, ou seja, somente através
ensino da matéria, entretanto, pode ser con-
de experi ências reais é possível criar entre
siderado recente já que só foi inserida como
os alunos um ambiente particularmente rico
obrigatoriedade nos currículos do ensino fun-
do ponto de vista pedagógico, que ajude a
damental ao médio em 1950, em decorrência
substituir conceitos teó ricos por constatações
da intensificação do processo de industrializa-
científica s." Entretanto, pesquisas realizadas
ção no país. (ROSA, C; ROSA, A)
pelos au tores (HEINECK; VALIATI; ROSA, 2002)
Segundo estudo feito por Heineck (1999 apud indicam que muitas escolas não possuem os
HEINECK; VALIATI; ROSA, 2002), boa parte recursos financeiros e/ou físicos para montar
dos estudantes em período de escolarização laboratórios científicos em suas dependên-
apresentam dificuldades na compreensão e cias. Nesse sentido, a utilização de softwares,
assimilação do conteúdo de física. Isso se dá animações ou simulações computadorizadas
porque a forma com que a informação é trans- seriam soluções viáveis, já que demandam
mitida pelo professor ao aluno é muitas vezes menor investimento e não necessitam de área
inapropriada. A didática tradicional distancia física.
o conteúdo da prática, gerando desinteresse e
desmotivação por parte dos aprendizes.

36 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

t possível inferir que a vertente de professores e pedagogos que


defendem que ferramentas computadorizadas otimizam o processo
ensino-aprendizage m, acaba gerando uma oportunidade aos
designers gráficos. Simulações, animações e similares necessitam
ser visualmente pensadas e desenvolvidas por profissionais da
área de design, em conjunto com professores. Afinal, teoricamente,
são eles os profissionais mais recomendados para tal função. A
adaptação de conteúdo para tablet camputers pode ser considerado
um nicho recente no mercado de design que se originou juntamente
com o "boom" de ta is dispositivos, em 2010. Isso é comprovado pela
estimativa de vendas do iPad (tab/et mais popular atualmente), que
ultrapassou os 11 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2011.
(dados veiculados no Terra Tecnologia, em 18/ 10/2011) São 166°/o de
aume nto nas vendas, comparadas ao ano passado· o que ocasio·
nou uma revolução no desenvolvimento de conteúdo para aparelhos
móveis.
Além de interessante do pon to de vista educacional, o desenvolvi·
mento de conteúdos didáticos para esses dispositivos pode revelar·
·se um bom mercado para designers. Quanto mais valorizado o
mercado, mais especializados tornam-se os profissionais, do que
decorre em um produto final de alta qualidade.

Tra balho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 37


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

2.3. Do impresso ao digital


O surgimento de tecnologias altera o cotidiano e os hábitos da huma-
nidade. É possível concluir isso pela observação histórica: a invenção
do telefone por volta de 1860, do rádio em 1896 ou da televisão em
1923, que alteraram a rotina, a forma de relacionamento e comu-
nicação da sociedade. Com a globalização, essas transformações
ocorreram de forma ainda mais acentuada."A tecnologia e a internet
provocaram uma revolução na troca e na quantidade de informações
(...) essa tecnologia gera demanda por velocidade, que empurra o de-
senvolvimento de novas tecnologias que precisam ser mais rápidas".
ressalta James Gleick (2000 apud GWERCMAN, 2005), autor do livro
Acelerado, que debate as causas e os efeitos da velocidade na socie-
dade. Toda essa veloc idade comentada pelo autor explica a rapidez do
avanço tecnológico ocorri do nas últimas décadas.
Hoje, cada dia mais usuári os adquirem dispositivos móveis, tais como
smartphones e tablet computers. E para esses dispositivos, conso-
mem cada vez conteúdo. Conteúdo que, por sua vez, supre muitas
vezes a necessidade de materi al imp resso. São livros, revistas, catá-
logos, correspondências. entre tantos outros que são substituídos por
versões digitais. Em estudo publicado pela consultoria Berg lnsight ,
afirma-se que a rece ita das lojas de aplicativos (onde o usuário de
dispositivos móveis faz download de aplicações) crescerá 450°/o até
2015, saltando do 1,6 bilhão de euros registrado em 2010 para 8,8
bilhões de euros em 2015.0 número de downloads de aplicativos, da
mesma forma, crescerá anua lmente 56,6ºk, - totalizando 98 milhões
de downloads.
Em fevereiro de 2011, a venda de e·books superou pela primeira vez a
dos de papel nos Estados Unidos. Segundo dados do Terra Tecnologia 1,
em relatório da Associação Americana de Editores, revela-se que em tal
mês as vendas dos e-books alcançaram US$ 90 milhões, enquanto a dos
livro impressos registrou US$ 81,2. No Reino Unido, um estudo realizado
com maiores de 18 anos, concluiu que 58º/o dos britânicos já preferem os
e-books aos impressos. Editoras e livrarias, cientes dessa mudança de
contexto, já investem em bibliotecas digitais. Francisco Goyanes, dono
da livraria independente Cálamo de Zaragoza, na Espanha, afirma que a
médio prazo o novo segmento representa uma oportunidade. "Temos que
pensar que o livro eletrônico é um aliado. Nós, os livreiros independentes,
temos que pensar somente como oferecer esses livros", afirma•s.
É inegável que, há uma mudança gradativa nos hábitos do consu-
midor de conteúdo impresso. Como já comentado, diversas institui·
ções como escolas. ed itoras e o próprio governo já detectaram essa
transição. É válido reforçar que não há intenção de defender aqui o
desaparecimento da mídia impressa. Contudo, não é possível abster·
-se de perceber que as necessidades da sociedade são mutáveis, e
atualmente o digita l está presente, ganhando cada vez mais força e
relevância.
15 · Citação retirada de: LIVROS eletrônicos serão a próxima revolução da internet? Disponível em <http: //tecnologia.terra.
com. b r/ noticias/ o.,Ol 5141330-Elt 2884, oo-Uvros+ eletroni cos+sera o+ a+proxima+revoluca o+da+inte met. html> Acesso em 6
nov. 2011

38 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

2.3.1 Vantagens do uso de material com fins


educativos em tablet computer

Como anteriormente citado, (tópico 2.2. "Ma- aprendizes visuais ou sinestésicos. O disposi·
terial didático") o livro impresso possui carac- tivo permite desenhar, escrever e até mesmo
terísticas peculiares que o tornam um objeto gravar o som da voz, métodos eficazes para
atemporal. Entretanto, o avanço tecnológico tais tipos de aprendiz.
acelerado permitiu o surgimento de várias no-
Em relação ao uso pelo mestre, o autor desta·
vas tecnologias. Inicialmente o computador, a
ca a função de projeção permitida pelo tablet
internet nos anos 90, os computadores portá-
Conectado a um projetor, é possível mostrar
teis, e atualmente presenciamos a crescente
a todos os presentes qualquer conteúdo que
popularidade dos tablet computers.
o professor deseje· e que ele interaja com tal
Mesmo à revelia daqueles que possuem mais conteúdo. Exemplificando, ele pode utilizar o
idade ou são avessos às novidades, os avan- dispositivo como o tradicional quadro-negro,
ços tecnológicos são inseridos cada vez mais com a vantagem de poder voltar às telas
no cotidiano de todos. Inclusive fazendo-se anteriores, mantendo contato visual com os
tão extensiva a ponto de tomar-se difícil nega r alunos em tempo integral· já que não se faz
sua utilização. Assim sendo, é lógico pensa r necessário virar-se de costas para escrever.
que se as tecnologias são projetadas pra Outra questão destacada é a da colaboração.
beneficiar a sociedade, devemos tentar extrair Por ser um dispositivo desprovido de qual·
o máximo de suas potencialidades. quer fio, o tablet pode ser passado de mão em
Levando em conta o produto final que aqui mão de forma prática. Além de permitir que
será produzido, é válido citar alguns dos os estudantes trabalhem juntos, o aparelho
benefícios potenciais que o dispositivo é permite também o compartilhamento via
capaz de proporcionar a um materia l com fins internet. Todos os arquivos, desenhos, notas
didáticos. e apresentações podem ser enviadas aos
participantes de forma rápida.
De acordo com Demetri Orlando (2010), dire-
tor de tecnologia informaciona l da instituição Em entrevista ao website do lg, Edgard Corna-
Buckingham Browne & Nichols School e con- chione, professor da FEA/USP e coordenador
sultor de pesquisa estratégica em tecnologia, de e-learning da Fipecafi afirma que a geração
tablets são vantajosos no ensino por diversos atual lê mais em tela, portanto é benéfica
fatores. Primeiramente, o dispositivo permite a conversão do livro didático para tablets.
uma forma de interação mais natural· o usu- Quando há condições de se oferecer para o
ário controla a tela diretamente com o toque estudante alternativas para compreensão
ou com uma caneta, o que facilita o registro do conteúdo que o papel não suporta, am·
do fluxo de idéias. Na questão do transporte, bos, aluno e mestre saem em vantagem, ele
o tablet se destaca por ser um dispositivo pe- afirm a. Assim, Cornachione destaca a vanta-
queno e leve· diferente de grande parte dos gem da interatividade. Esse recurso permite
laptops. Isso facilita muito seu uso. melhoran- que o dispositivo se transforme em mais
do até mesmo a saúde e a qualidade de vida que um simples suporte para a informação,
dos alunos, que carregam menos peso. O uso tornando-se uma ferramenta que proporciona
do tablet otimiza a absorção e memorização a manipulação do conteúdo· o que estimula e
de conteúdos para os estudantes que são envolve os estudantes com o conteúdo.

Trabalho de Conclusão de Curso· Patriàa Bianco - Maico Amorim 39


TRANSPOSI ÇÃO OE U MA A POSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

t possível pontuar mais algumas vantagens que o dispositivo pode


trazer à educação. Além de seu peso reduzido e portabilidade, a maio·
ria dos tablets possuem bateria s de longa duração. O Motorola Xoom
e o iPad, por exemp lo, possuem baterias que resistem até 10 horas de
utilização contínua16 • A memória interna permite que sejam armaze·
nadas vários livros, textos, revistas, apresentações e etc, poupando o
usuário de transportar esse volume de material impresso. O dispositi·
vo proporciona a inserção de imagens dinâmicas, interações, vídeos e
áudio entre conteúdo textual. No caso de revistas digitais, por exem·
pio, isso permite infinitas possibilidades de interatividade.
As lojas de aplicativos para tablet ainda permitem que sejam dispo·
nibilizadas atua lizações para os programas. No caso dos livros, isso
torna possível atua lizar o conteúdo de forma prática· processo que
demanda ria a compra de outro lívro, no caso do impresso. O Vade
Mecum de direito· lívro que compila a constituição, os códigos e leis
gerais· é exem plo disso. A publicação demanda o lançamento de di-
versas edições dura nte o ano, por causa da frequência de atualizações
sofridas. O Vade Mecum da ed itora Sa raiva· a terceira maior vende·
dora de livros didáticos ao governo (PEREIRA; OLIVEIRA, 2011) ·por
exemplo, já está na 12ª ed ição do ano•1. O aplicativo que contém toda
a informação do livro para utilização em tablets e smartphones, lança-
do pela Akobyx Software há aproxim adamente um ano, proporcionou
ao leitor uma saída muito oportuna. Além de promover as atualizações
necessárias e consta ntes dos códigos, o aplicativo poupa o usuário
de transportar um livro de 1992 páginas (dados da 12ª edição de 2011
da publicação, da Ed itora Saraiva), e permite que se pesquise por
palavra-chave dentro da publicação.
Outra relevância no assunto é a multifuncionalidade. Além de utilizar
o tablet como material didático, por exemplo, o aludo pode navegar na
web, utilizar aplicativos, entre tantos outros. Referente à sustentabili·
dade, é possível pontuar a vantagem da economia de papel. Utilizan·
do tablets no lugar de impressos poupa-se a impressão, teoricamente,
poupando o meio-ambiente. Tal questão será abordada de forma mais
significativa no tópico a segu ir.

16 · DAQUI NO. F. Comparação de Tablets 2011: quem é quem nesta corrida tecnológica Leia mais em: http://www.tecmundo.
com. br/ 8633-compa racao·de-ta blets-2011-quem·e·quem-nesta·c orrida·t ecnologica .htm#ixzz1c8BDqkJ7Disponível em:< htt p://
www.tecmundo.com. br/ i nfogra fico/ 86 33-co mpa rac ao·de·t able ts· 2011·quem-e· quem·nesta· corrida·tecnologica .htm >
17 • htt p :/ /www. Iivrariasaraiva.com .br/ produto/ 3546 316/ ?pac_íd=120421&gclid=CKmTnafrjqwCFQX17QodBF6zdw

40 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

2.3.2. Desmaterialização
Llssitzky, no ensaio "Our Book" (1926), já previa o futuro do livro e das
mídias. Considerando a quantidade de papel gasta pela impressão de
livros, Lissistzky defende a tendência de sua desmaterialização. Ele
afirma que "a ideia que move as massas hoje é chamada materialis·
mo, mas o que rea lmente caracteriza o presente é a desmaterializa-
ção"; exemplificando, o autor cita o caso do aumento de correspon-
dência. Com ele, o número de cartas cresce· e assim a quantidade de
papel utilizado aumenta em igual proporção. Então, surge a ligação
telefônica para aliviar o que ele chama de "tensão". "A quantidade de
material uti lizada está dimi nuindo, nós estamos desmaterializando.
Enormes quantidades de material estão sendo substituídas por ener-
gia dissipada." O autor cria tais analogias para demonstrar que apesar
da necessidade de o livro ser palpável, sem suporte de sons ou figuras
faladas, é preciso esperar revoluções em sua fabricação para que se
chegue ao áp ice da produção.
Essa capacidade de previsão de Lissitzky é bastante interessante pois,
hoje em dia, pode-se verificar revoluções semelhantes. Vive-se em
uma fase de tra nsição do material impresso ao digital, assim corno
previu Lissitzky há 85 anos. Ta l teoria também se mostra bastante
atual pela questão da sustentabilidade, assunto de importância na
atualidade.
O impacto da humanidade sobre o ambiente em que se vive é urna
questão que há vários anos preocupa uma relevante parcela da popu-
lação mundial. Na concepção de Enrique Leff (apud CALGARO, 2006):
"A crise amb iental veio questionar a racionalidade e os paradigmas
teóricos que impulsionaram e legitimaram o crescimento econômico,
negando a natureza. A sustentabilidade ecológica aparece assim como
um critério normativo para a reconstrução da ordem econômica, como
uma condição para a sobrevivência humana e um suporte para chegar
a um desenvolvimento duradouro, questionando as próprias bases da
produção."
O conceito de desmaterialização previsto por Lissitzky conecta-se exa-
tamente com a questão da produção levantada por Leff: ela trata da
minimização da qua ntidade de recursos utilizadas em um produto, em
todas as suas fases (p rojeto e gestão), visando diminuir seu impacto
sobre o amb iente (MANZINI; VEZZOLI, 2002).
Segundo Manz ini e Vezzoli (2002), minimizando é possível diminuir
o gasto energético e poupar o ambiente de seu custo econômico e
ambiental. Existem li nhas de referência para que essa minimização
seja eficaz. São elas:
• Minlrnizaro conteúdo material de um produto;
• Minimizar as perdas e os refugos;
• Minlmizaro consu mo de energia para a produção;
• Minimizar o consu mo de recursos no desenvolvimento dos produtos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 41


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Como o foco do trabalho é o livro e a desma· papel do papel consumido pelo material didá-
terialização de sua matéria prima - o papel - tico fornecido pela instituição.
dirige-se a atenção à minimização da primeira
Dados de 2002, publicados no jornal O Estado
fase citada pelos autores: o conteúdo mate·
de São Paulo (apud ARRUDA; SIQUEIRA,
ria l.
2004), demonstram que os livros escolares
Primeiramente, conceitua-se, de acordo com (vend idos da pré-escola até o ensino superior)
Mazini e Ve zzoli, a miniaturização: "o ava nço ultrapassa m 65°/o do mercado editorial. São
tecnológico permitiu(...) reduzir drasticamen- aproximadamente 53 milhões de pessoas ma-
te a matéria necessária para uma determ inada triculadas nesse período escolar. De acordo
função". Os autores também comentam a com a Câmara Brasileira do livro, a indústria
vantagem da multifuncionalidade, quando um do livro faturou R$ 2,267 bilhões no país em
único produto "absorve em si os serviços que 2001. Deste total, somente o mercado de
vários outros produtos oferecem". Assim sen- livros didáticos movimentou R$ 1 bilhão. Mais
do, pode-se pontuar algumas das indicações recentemente, em seu relatório de adminis·
dadas pelos autores para a minimização do tração e demonstrações contábeis 2010, a
conteúdo material de um produto: a desmate· Ed itora Saraiva contabiliza que, em 2009, o
rialização, a digitalização e a miniaturização. faturam ento do mercado editorial brasileiro
fo i de R$ 3,8 bilhões. Desse valor, 44,7°/o são
Levando tal questão ao contexto deste proje·
ge rados exclu sivamente pelo mercado de li·
to, vem à tona a discussão sobre o material
vros didáticos, somando R$ 1,7 bilhões. Como
escolar. De acordo com "O Livro Verde", de
ilustra o gráfico abaixo:
Elizabeth Rogers e Thomas M. Kostigen (apud
ALMEIDA, 2010) o papel é a maior fo nte de Mercado Editorial no Brasil - 2009
desperdício nas escolas. Uma escola joga Composição do Faturamento Bruto: RS 3.8 bilhões
fora aproximadamente 38 toneladas de papel
0,3
por ano. Segundo dados do relatório "Países
Ricos, Pobre Água", da organização não gover·
na mental WWF (World Wildlife Foundation), a 0 ,5
confecção de uma folha de papel de tamanho
A4 consome cerca de 10 litros de água. Aniela 1,7
Almeida contabiliza:
0,5
"Uma classe formada por 30 alunos, cuja lista
de material pede que cada estudante com pre
100 folhas de papel sulfite por ano, consu-
miria cerca de 3 mil folhas e, portanto, 30 mil
litros de água. O volume é equivale nte ao de
três caminhões pipa. Se considerar que no Bllh ões !ll·:!l:•miilIJ!·!:{;·liaf.~·li•itltiiE[;.·?l·
Brasil tem mais de 7 milhões de alunos ma-
triculados somente no ensino médio, a água Gráfico 1. Mercado Editorial no Brasil • 2009. Campo·
consumida para fabricar 100 folhas de sulfite sição do Faturamento Bruto.
para cada aluno seria suficiente para encher Como mostra o gráfico, a produção de livros
quase 2,7 mil piscinas olímpicas ou para da r didáticos é a maior do país na área editorial,
de beber a toda a população da China, duran· deixando clara a grande quantidade de mate·
te 3 dias." ri al e energia consumidos por esse mercado.
Vale ressaltar que a lógica de Almeida leva em Portanto, desmaterializando parte dessa
conta apenas a quantidade de papel do ma· produção pode-se aliviar significativamente
terial escolar adquirida pelo aluno por conta o Im pacto ambienta l causado pela impressão
própria para seus estudos, como: cadernos, do materi al.
blocos de notas, etc. Portanto, a conta não
agrega o impacto ambiental do consumo de

42 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Aqui podemos relacionar, portanto, o já citado conceito de minimização


de impacto ambiental ao nosso projeto. Ao se adaptar uma apostila
impressa de forma trad icional - com papel não reciclado e sistema de
quadricromia - para tablet computers, a impressão é desmaterializada e
seu impacto ambiental evitado.
Para exemplificar, é possível calcular o número aproximado de páginas
que a desmaterialização da apostila aqui trabalhada - 32 páginas em
formato A4 ·proporcionaria. Levando em consideração apenas a área de
Curitiba, onde o colégio Dom Bosco distribui o material para aproxima-
damente 600 alunos
600 [alunos) x 32 [páginas)= 19200 páginas impressas
A conta mostra uma economia anual de quase 20.000 páginas somente
na região da capita l paranaense.
Considerando o estudo da WWFque afirma que cada página A4 impressa
consome 1 litro de água, seriam quase 20000 litros de água poupados por
ano; sem contar a quantidade de árvores, o consumo energético e trans-
porte poupados. Esses nú meros consideram ainda, apenas a apostila que
nos foi cedido pela instituição. Caso haja interesse por parte do colégio de
adaptar todo seu material didático, essa conta seria radicalmente maior.
Ainda inserido no comentado conceito de minimização, outra possibi-
lidade que a adaptação ao tablet permite é a aplicação do princípio de
multifuncionalldade. Em apenas um aparelho, é possível somar diver-
sas funções, como o armazenamento de centenas de obras literárias,
inclusive materi al didático. Além das outras muitas funcionalidades que
o toblet suporta.
~necessário levar em consideração, entretanto, que a produção de
tablet computers demanda material e gasto energético. Segundo rela-
tório da organização não governamental GNP (Green Press lnitiative)
·órgão que anali sa o impacto ambiental da indústria editorial - du·
rante o seu ciclo de vida um iPad emite 130 kg de gases que nocivos à
atmosfe ra. Já a produção de um livro emite aproximadamente 4 kg de
tais gases. Ou se ja, para que a emissão de poluentes do iPad equili·
bre-se ao da produção do livro imp resso, o usuário deve ler aproxima·
damente 32 e- books. "Se o usuário ainda faz uso de revistas e jornais
para o dispositivo, esse número pode se tornar muito menor"· afirma-
·Se. Já o Ki ndle, da Amazon, emite durante seu ciclo de vida 168 kg de
gases. Assim, seu propri etá ri o deve fazer uso de 42 livros para que o
valor de em issão seja equ ilib rado ao do impresso.
Calcular com exatidão os benefícios ambientais do tablet sobre o
livro impresso, ou vice-versa. torna-se complicado pois muitos fatores
envolvidos na estimativa são variáveis. Quanto maior o número de e-
·books o usuário de um tablet baixar, por exemplo, menor é seu impac-
to sobre ambie nte. Contudo, o livro impresso pode ser compartilhado,
trocado e reutilizado, o que estende seu ciclo de vida. O gráfico 2,
retirado do re latório da GNP, demonstra a quantidade de livros digitais
que devem ser consum idos para que o dano ambiental do iPad seja
equilibrado ao dos livros impressos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 43


TRANSPOSIÇÃO DE UMA APOSTILA DO ColtGIO DOM Bosco PARA TABLET COMPUTER

usuário que, por exemplo, substitui o uso de um


UNIDADES
CONSUMIDAS laptop18 pelo iPad estará economizando energia.
..... Isso porque o primeiro demanda 63,5 watts por
hora da bateria, que dura no máximo 7 horas. Já
o segundo demanda 25 watts por hora da bate·
ria, que dura até 10 horas. Isso significa que o
E-books uso do tablet economiza aproximadamente 40%
têm menor de energia frente ao laptop por hora· conse·
impacto quentemente poupando produção energética.
Segundo Büchel & Cooke (2010), da escola de
negócios IMD · localizada na Suíça - os tabl ets
podem ser uma boa saída ecologicamente
correta para a educação. Após a utilização de
Indefinido iPads em um programa de ensino, os autores
concluíram que o dispositivo tem muito poten·
cial. Büchel & Cooke afirmam que em programas
extensos de ensino da IMD, os alunos chegam
a receber material de até 1000 páginas impres·
sas. o que é bastante custoso para a instituição.
Livros impressos Assim, "o uso do iPad pode mais que cobrir seu
têm menor custo em uma primeira utilização" ·já que o
impacto aparelho é devolvido após o término do curso.
"Ele [o iPad] constitui um gasto único, e não
Grãflco 2 . Comparativo de impacto ambiental
encre e-books e libros impressos. Fonte: GNP repetitivo [como o impresso]". Os autores desta·
(Green Press lnitiative) cam o fato de a utilização do dispositivo poupar
o corte de árvores e a energia necessária para
Apesar de dispor dos dados do relatório da
produzir. transportar e imprimir o papel. Assim,
GNP, percebe-se que os dados da agressão
permitindo a contribuição do sistema de ensino
dos tablets ao ambiente são ainda muito
com o meio-ambiente.
rasos. Como é citado no próprio documento,
as fabricantes do aparelho não disponibilizam Büchel & Cooke levantam uma questão bas·
muitas informações sobre o assunto. Outro tante interessante · a reutilização do dispositi-
ponto falho que se pode notar é a falta de vo tablet. Após utilizá· lo durante certo perío·
especificação das comparações. É relatado do, o estudante devolve o aparelho para que
que um livro produz aproximadamente 4 kg de outro aluno possa fazer uso. Assim, o ciclo
gases nocivos em sua produç.ão. Entretanto, de vida do produto é estendido, e o número
não se específica nem formato, nem nú mero de páginas impressas economizadas muito
médio de páginas nem o tipo da impressão maior. Segundo o relatório da GPI, infere-se
·se colorido ou preto e branco· desse livro. que esses são os dois principais fatores para
Fatores esses que certamente influenciam no que a utilização tablet torne-se vantajosa ao
nível de agressão ao ambiente. ambiente.

Ainda deve-se levar em consideração que os Neste trabalho, a transformação de apostilas


usuários de tab/ets possuem, cada qual, sua para o meio digital foi considerada adequa·
forma de utilizar o dispositivo. Além da substí· da ao momento atual, no qual uma parcela
tuição do papel impresso pelo digital, há de se significativa das pessoas vem se tornando
levar em conta o uso da multiíuncionalidade do mais consciente da necessidade de escolhas e
aparelho. Além da função de e·reader. a maioria atitudes sustentáveis. Apesar de vivermos em
dos tablets possibilitam funções que por vezes uma sociedade onde o consumo é exagerado,
suprem a necessidade de um computador. Um tB · Consideramos um laptop de 13 polegadas da mesma
fabricante · a Apple.

44 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

a cada dia as novas gerações são mais estimuladas a desenvolver


consciênc ia amb iental. A possibilidade da digitalização do material
didático torna·se viável, se sistematizada de forma responsável.
Valendo-se dos benefícios que os tablets oferecem, é possível tornar
o sistema de educação mais moderno e, ao mesmo tempo, menos
agressivo ao amb iente.
Com o avanço tecnológico, a tendência é de que o tempo torne os
dispositivos eletrô nicos ain da mais sustentáveis. Assim, corno já
previa Lissitzky há 85 anos, estaremos mais próximos de alcançar o
desenvolvimento necessário para suprir parte da demanda da produ·
ção materia l impresso, "aliviando a tensão"· e o impacto ambiental
·causado por ela.

2.3.3. Considerações sobre a leitura em tela


O mercado, corno anteriormente citado, afirm a que "Serão necessárias mais pesqui-
aquecido pelo emergente nicho de tablet com· sas com os participantes "Geração Google" -
puterse e·readers, foi inundado de materi ais estudantes nascidos depois de 1993, quando
desenvolvidos para esses aparelhos. Desta surgiu a navegação na internet- assim que
forma, a demanda de revistas digitais, livros eles passarem pelo sistema pós-secundário
e periódicos adaptados para eles aumen tau. de educação" para que seja possível chegar a
Grandes empresas brasileiras vem lançando conclusões realmente relevantes.
títulos especialmente projetados para supor·
Em 1997 o Ph.D. em interação homem·compu-
tes tablets e semelhantes. A Editora Abril,
tador Jakob Nielsen realizou um estudo onde se
maior gráfica de revistas da América Latina
concluiu que, em vez de ler, 79º/o das pessoas
em volume de produção•? por exemp lo, já lan·
apenas ''escaneiam" - ou seja, passam os olhos
çou 27 de suas revistas para plataforma i Pad e
·pelo texto presente nas páginas apresentadas
24 para plataforma Android, sendo que o total
na tela do computador. Nielsen pontua que tal
de títulos da editora é de 42. Corno o ocorrido
fenômeno pode ocorrer pelo fato de que ler em
com o surgimento do computador pessoa l, a
tela é cansativo, já que tal texto não apresenta
leitura de textos longos em tela entrou, nova-
a mesma legibilidade (i.e., facilidade na distin·
mente, em voga.
ção de uma letra da outra· LIEBERMAN, 1967)
É sabido que, grande parte das pessoas que o texto impresso. Também é colocado como
prefere realizar tais leituras longas em uma das principais razões o fato de não haver
material impresso a fazê-las em te las. a "sensação" de produtividade· já que o leitor
Segundo Rarnírez leyvarn (2003 apud CU LL, não troca de páginas, entre outros. A mesma
2011), estudos realizados na Universidad Na- pesquisa foi atualizada em 2005, quando
cional Autónoma de México (U NAM) revelaram estudos realizados pela empresa de tecnologia
que a maioria dos estudantes prefere ler na Clear Type, da Microsoft, provaram que houve
versão impressa. Dos mesmos estudantes, uma melhora de 5°/o na velocidade de leitura em
63°/o afirmaram que não conseguem passar tela. O que, segundo Nielsen, "já é um passo
mais de urna hora lendo na tela do computa- adiante".
dor. Entretanto, foi descoberto em um estudo
Com a popularização de e-readers e dos tablet
na China que enquanto 73°/o das mulheres
computers, Nielsen publicou em 2010 outro
preferem o texto impresso, apenas 51ºlo dos
estudo focado especificamente na velocidade
homens o fazem (LIU; HUANG, 2008 apud
de leitura em tela em tais dispositivos. Os
CULL, 2011). Inferindo que há uma mudança
resultados de tal estudo apontam uma grande
de hábitos, mesmo que regiona lizada, o autor
melhora na velocidade de leitura em cam-
19 • http://www.grupoabril.eom.br/institucional/perfil.shtml pa ração aos resultados do primeiro estudo,

Tra balho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 45


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

de 1997. A leitura em papel continuou sendo mente no computador, é algo pouco relaxante
a mais râpida. Entretanto, a leitura no iPad pois, muitas vezes "remete ao trabalho". Ao
demonstrou-se ser apenas 6,2°/o mais lenta mesmo tempo, podemos pontuar a enorme
que a na versão impressa, enquanto a leitura diferença da aceitação da leitura em tela em
no Kindle foi 10,7°/o mais lenta. 1997 à aceitação em 2010 ·o que compactua
com o que Cull defende, como citado ante-
Os usuários ainda foram questionados sobre
riorm ente: há a necessidade de realizar testes
- dentre o iPad, o Kindle, o livro impresso e o
com as gerações mais novas. A denominada,
computador - qual seu suporte preferido para
pelo autor, "Geração Google". Os avanços
a leitura. O iPad, o Kindle e o livro impresso
tecnológicos aplicados às telas também são
mantiveram uma média parecida e próxima. Já
relevantes nesse contexto. A melhoria de
o computador foi o que pior pontuou.
defin ição e contraste otimizam e facilitam o
Compilando tais estudos e conclusões, po- ato da leitura. Sendo assim, podemos verificar
demos perceber que a leitura em tela não é que os usuários vêm tornando-se muito mais
considerada a mais confortável pelos usuá- habituados a elas.
rios. Para muitos ler em e-readers, e principal-

2.3.4. Interatividade e educação


Como anteriormente citado, uma dos destaques do tablet é a intera-
tividade que ele perm ite. Segundo o sociólogo, doutor em educação
e professor Marcos Si lva (2001), o termo "interatividade" surgiu na
década de 70. Entretanto, só virou moda em meados da década de 80,
com a chegada do computador com múltiplas janelas, que permitiam
ao usuário o "adentramento labiríntico e manipulação de conteúdos".
Para Silva, interatividade é um conceito de comunicação, que "pode
ser empregado para significar a comunicação entre interlocutores
humanos, entre humanos e máquinas e entre usuário e serviço." Ele
defende que para que haja interatividade, dois pontos se fazem ne-
cessário: a existência de um em issor e um receptor da mensagem, e a
possibilidade da interferência ou manipulação dessa mensagem pelo
receptor.
Para Lemos (2000, apud PICANÇO et ai., 2001), interatividade é um
caso específico de interação, compreendida como um tipo de relação
tecno-social. Ou seja, como um diálogo entre homem e máquina, atra-
vés de interfaces gráficas, em tempo real. Laurie Brady (2004), profes-
sora da Universidade de Tecnologia de Sidney, defende que a interati-
vidade é uma forma de relação cognitiva, modificada pelos aspectos
estruturais do media dor (computa dor).
A denominação dada à discipli na que projeta a interatividade desiste-
mas é design da interação. Para Dave Wood, cientista da computação
e PhD em design de míd ias, o design da interação ainda está delimi-
tando suas fronteiras interdisc iplinares e bases teóricas. Ele envolve
áreas como design de produto, design gráfico e ciência da compu-
tação. (SAFFER 2007, apud WOOD) No início do desenvolvimento de
interfaces gráficas para o computador, era de responsabilidade do
designer gráfico somente organizar e refinar as relações visuais de seu
layout. Entretanto, essa perspectiva mudou com o passar do tempo.
Percebeu-se que o foco do design de interface não era o designer,

46 Design UFPR
MATE~tAl DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

e sim o usuário. "O fator humano é a razão de e comunicação em Ensino a Distância, o uso
ser do processo de design", afirma Wood. Ou de ferramentas virtuais altamente eficazes
seja, o papel do designer gráfico é mediar à permite interações multidirecionais. Isso
produção de conteúdo interativo e o usuário. possibilita a construção de uma nova lógica
Quanto melhor compreendido o usuário pelo comunicacional que substitui a tradicional,
designer. melhor a usabilidade do sistema. permitindo o receptor de criar livremente. As-
A tela touch screen. grande diferencial do sim, com a intervenção do usuário, a fixação
suporte trabalhado em nosso projeto, permite da mensagem transmitida é influenciada por
que a interação humano-computador seja esta interação.
realizada pelo tato. Ela é capaz de é "reconhe· Aliando as conclusões de Brady ·que pon-
cer toques simultâneos - reconhecer gestos de tua a interatividade como fator modificador
toque - e oferecer uma interação mais rica na na absorção de conteúdo, às de Erthal - que
manipulação dos objetos." (ERTHAL, 2008). defende que a interação através de tela touch
Para Ana Amélia Erthal, mestre em comu- screen é mais rica - é possível inferir que os
nicação, a tecnologia do toque incentiva a tablets destacam-se como uma ferramenta in-
mudança do comportamento corporal. Através teressante, do ponto de vista da interativida-
da interação com mídias e interfaces digitiais, de. Em matéria ao Uol Crianças (seção do site
desenvolve-se uma de notícias uol.com.br dedicado à crianças e
inédita sensação para os hábitos sensoriais. pais), Eduarda Porto de Souza (2011) destaca
que o dispositivo é um« grande catalisador
As pessoas atualmente sentem a necessidade
do aprendizado mental e desenvolvimento
de explorar novas sensorialidades produzidas
motor da criança e traz um balanço entre
pela tecnologia do toque, "projetando eletro-
educação e entretenimento (...)O iPad não
nicamente o sistema nervoso, criando exten-
sões tecno-sensoriais - ou simplesmente tra- é apenas um brinquedo, mas um baú cheio
duzindo mil palavras em um gesto."(ERTHAL, deles. "
2008). Luciana Allan. Diretora do Instituto Crescer
Quanto maior o controle do usuário sobre o Para a Cidadania e doutoranda na Faculda-
sistema, maior é seu aprendizado e satisfa- de de Educação da USP (2011), afirma que a
ção. (BRADY, 2004) Portanto, o nível de intera- experiência de utilização de aplicativos para
tividade proporcionado a um sistema afetará a tablets em sala de aula é apresenta grande
forma como ele será recebido pelos usuários. potencial educacional. Além de ricos em
Para a Brady, de forma similar, o aumento conteúdo, eles propiciam o aprimoramento
do processamento ativo de informação deve dos conhecimentos em rede, pois permitem
resultar no aumento da aprendizagem. Essas compartilhamento de conteúdo na internet.
são afirmações bastante interessantes quan- «Toda essa experiência é riquíssima e essen-
do alocadas no âmbito escolar, já que, nesse cial para prepararmos cidadãos conscientes,
trabalho, projeta-se para estudantes. Após re- com melhor instrução e antenados com as exi-
alizar um estudo avaliativo da importância da gências do mercado de trabalho. Ela destaca
interatividade em softwares voltados para a que a escola está ,sim, tornando-se cada vez
mais interativa.
educação, a professora Laurie Brady concluiu
que, sozinho, o computador não pode fazer Entretanto, o uso do dispositivo deve ser
um aluno aprender. Entretanto, pode propor- dosado. No caso da utilização de livros
cionar oportunidades de interação, aumentan- interativos, os tablets não devem substituir
do a efetividade de seu aprendizado. completamente o livro de papel. segundo
Desprendendo mais tempo explorando e des· educadores ouvidos pela Folha de S. Paulo.
(2011 apud BEDINELLI, 2011) ambos, livro
cobrindo possibilidades interativas, o usuário
acaba fixando melhor o conteúdo. Para Eliane eletrônico e tradicional, devem conviver. O
Duarte, mestre em tecnologia da informação primeiro funciona com uma proposta diferente

Trabalho de Conclusão de Curso · Patricia Bianco • Maíco Amorím 47


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

do segundo. "Quando você dá um iPad para a criança, ela brinca com


aquilo. Leitura não é exata mente o que ela está querendo", afirma llan
Brenman, doutor em educação pela USP e escritor de livros infantis.
Aliadas às potenciais vantagens da interatividade na educação, a faci·
tidade no manuseio de dispositivos dotados de tela touch screen pelas
novas gerações cria um ambiente favorável à utilização de tablets na
educação. Permitindo a interação, a exploração e observação, entre·
tém-se o leitor. No caso dos estudantes, esse entretenimento pode
resultar em melhores resultados.

48 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

2.3.5. Usabilidade em tablet computers


A usabilidade é um atributo considerado parte da área de interação
humano-co mputador (Human Computer lnteraction - HCI), que estuda
como e porque as pessoas utilizam, ou não, as tecnologias da infor-
mação. A ela ca be a fun ção de estudar como sistemas computacionais
interativos são projetados, implementados e utilizados. (MORAES;
SANTA ROSA, 2008). Preece (1994 apud MORAES; SANTA ROSA, 2008)
defende que a HCI visa "desenvolver e aprimorar sistemas computa-
cionais nos quais os usuários possam executar suas tarefas com segu-
rança, eficiência e satisfação". Esse coletivo de aspectos denomina-se
usabilidade.
Surgido no início dos anos 80, o termo usabilidade refere-se à facilida-
de e à eficácia de uso que um produto ou sistema é capaz de oferecer
a um grupo de usuários específicos. Segundo Moraes e Santa Rosa
(2008), a partir da segunda metade da década de 80 a usabilidade
tomou força como ferramenta para o desenvolvimento e testagem
de softwares e sistemas quanto à "facilidade de uso, à facilidade de
aprendizagem, à isenção de erros, à memorização e à satisfação do
usuário". Nielsen (2003 apud MORAES; SANTA ROSA, 2008) caracte-
riza usabilidade como o atributo qualitativo que mede a facilidade de
uso de uma interface. Com o crescente desenvolvimento de sistemas
computadori zados, a usabi lidade, além de requisito essencial, tornou-
-se um diferencial competitivo. Considerando o impacto da conver-
gência digita l nas relações homem-máquina, cabe aos designers
da interação o desenvolvimento de interfaces adequadas para cada
variável: público-a lvo, situação de uso e dispositivo. (MORAES; SANTA
ROSA. 2008).
Os dispositivos para os quais se destina o desenvolvimento da inter-
face aqui proposta são os tablet computers. Esses aparelhos foram os
primeiros di spositivos dotados de grande tela touch screen que alcan-
çaram grande público. A experiência possibilitada pela interação multi
touch presente nesses dispositivos decorre, entretanto, em caracterís-
ticas de usabilidade diferenciadas. O recurso touch screen consolidou-
-se no cotidiano há relativamente pouco tempo - principalmente em
resoluções grandes. como as dos tablets. Isso torna a disponibilidade
de estudos de referência na área mais difíceis de encontrar. Aqui será
abordado, portanto, a síntese de conceitos e diretrizes dos dois estu-
dos sobre a usabilidade em tablet considerados mais relevantes:
Usabilityof iPad Apps and Websites - 2nd Edition, Nielsen (2010)

iOS Human Interface Guidelines, Apple (2011)

O primeiro, trata-se do estudo do realizado por Jakob Nielsen, consi-


derado o guru da usabilidade na web', em parceria com Raluca Budiu.
Foi publicado cerca de um mês após o lançamento do primeiro iPad
(2010). Ele identificou, em aplicativos diversos, uma série de proble-
mas de usabilidade. No início de 2011, foi lançada a segunda edição
do material. Nele, relata-se que a maioria dos problemas de usabili
1- http://www.nytimes.cDm /library/tech/ 98/07 /cyber/articles/13usabílity.html

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 49


TRANSPOSIÇÃO OE UMAAPOSTllA DO CoLtGIO DOM Bosco PARA TABLET COMPUTER

dade detectados na primeira edição foram teúdos. Elas serão utilizadas tanto no desen·
ocasionados principalmente pelo não-envolvi- volvimento do protótipo quanto na análise de
mento de usuários no processo de design dos similares.
aplicativos (isso graças ao sigilo imposto pela
Apple, fabricante do iPad). A segunda edição 2.3.5.1. Sobre o uso do iPad
verifica quais problemas persistiram e quais
foram resolvidos. além de identificar novos. Nielsen e Budiu citam que os usuários ge-
ralmente utilizam o dispositivo com fins de
A pesquisa foi realizada por meio de testes consumo de mídia. A produção de conteúdo
de usabilidade e análises de experts. Durante foi relatada como baixa sendo, por exemplo,
a testagem, utilizou-se a metodologia think para responder e-mails. Tal preferência está
aloud, que consiste em solicitar aos partici- relacionada à dificuldade da utilização do
pantes que fale em voz alta tudo o que estiver teclado digital toque para a digitação. Tal
pensando. (SANTA ROSA; MORAES, 2010). As questão será discutida em tópicos futuros.
tarefas definidas aos participantes incluíam a
utilização de web sites, aplicativos e revistas. Do total de parti cipantes, metade afirmou
carregar o iPad consigo em tempo integral.
Já a publicação iOS Human Interface Guideli· A outra metade afirmou utilizá-lo mais em
nes faz parte do suporte que a Apple fornece casa ou em viagens longas. Para os autores,
aos desenvolvedores de aplicativos para o iOS o dispositivo não pode ser classificado como
· sistema operacional dos dispositivos mó· um dispositivo pessoal, como é um smartpho-
veis produzidos pela empresa. O documento ne, por exemplo. Isso se dá pois o iPad ainda
revela diretrizes para a criação dos aplicati- é considerado como novidade: ainda em fase
vos, entretanto a metodologia utilizada para a de teste, é raro cada integrante de uma família
geração dessas informações não é divulgada. possuir um próprio. Outro fator é o interesse
Este manual é bem mais sintético e direto que que o ele desperta o das pessoas, o que leva
a pesquisa de Nielsen e Budiu, apresentan- ao seu compartilhamento. Isso influencia
do as diretrizes sem revelar pesquisas com tanto no contexto d e uso do dispositivo,
usuários. quanto nos seus requisitos de sistema. Por
Aqui, será abordado sinteticamente o conteú- exemplo: se um iPad é compartilhado de
do que considerado relevante ao projeto. Am- entre duas ou mais pessoas. o processo de
bas as citadas publicações abordam questões troca de usuários de aplicativo como o email
mais amplas, por se destinarem ao projeto de deve ser facilitado ao máximo. Diferente do
aplicativos. No projeto apresentado, não será smartphone em que o usuário dificilmente faz
desenvolvido um aplicativo em si, e sim uma logoff de suas redes sociais ou e-mails.
publicação digital. Essa questão será retoma·
da antes da documentação do projeto. 2.3.5.2. Experiência Inicial
Com base na estrutura do estudo de Nielsen e Os autores denominam "Experiência Ini-
Budiu, o texto será categorizado da seguinte cial" a prim eira tela com que o usuário faz
forma: contato quando abre um aplicativo. No caso
• Sobre o uso do iPad das publicações, é recorrente a inserção de
• Experiência Inicial vídeos, gráficos animados ou sons em suas
páginas de abertura· recursos que podem ser
• Interface multi touch
atrativos no princípio. Entretanto, afirma-se
• Affordance que ele se tornam problemas quando existe
• Navegação frequência na utilização da publicação, além
• Orientação de revelarem-se potencialmente inconvenien-
tes. Os autores defendem que o usuário deve
O tópico será concluído com uma lista de
ser informado da presença de tais recursos, e
heurísticas, retiradas da compilação dos con-
ter o controle sobre sua inicialização e finali·

50 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

zação. O mesmo vale para sua uti lização ao to sugerem a utilização de indicações visuais
longo do material. Sobre a experiênc ia inicial, que contribuam para a compreensão.
o manual da Apple comenta apenas que o
aplícativo deve possibilitar interação imediata 2.3.5.5. Affordance
do usuário.
Para Nielsen e Budíu, a diferenciação das áre-
as de comando (aquelas que desencadeiam
2.3.5.3. Instruções uma ação) geralmente causam confusão para
,
E comum encontrarmos instruções nas pá- o usuário. Para que sejam mais bem identi-
ginas iniciais das publicações. Entretanto, ficadas, essas áreas devem apresentar sua
por muitas vezes elas são ignoradas pelos função de forma visual - estratégia que deve
usuários - especialmente por aqueles que se ser mantida em todo restante da comunicação
consideram experientes no uso do dispositivo. visual do projeto.
Mesmo assim, sua presença não é dispen-
Já o manual da Apple sugere que sempre que
sável. Os usuários que ainda não se sentem
possível, realismo e metáforas visuais devem
seguros na utilização do sistema podem
se adicionados no layout dos objetos interati-
utilizá-las. Nielsen e Budiu indicam, portanto,
vos. Ta is recursos facilitam a compreensão por
que as instruções sejam elabo radas da forma
parte dos usuários. Contudo indica-se que,
mais simples possível, minimizando o esforço
no caso do uso de metáforas, a função não se
cognitivo para sua compreensão. A divisão
limite ao objeto físico em questão: as pastas
das instruções entre o essencial para o início
de organização dos arquivos no computador,
do uso e o aprofundamento, e o uso de ima-
por exemplo. O número de arquivos que elas
gens e animações são itens de re levâ ncia no
suportam é ilimitado, o que não acontece
desenvolvimento da página de instruções.
no objeto real pasta, que é limitada. O
documento ainda releva a importância do
2.3.5.4. Interface multi touch feedback imediato em telas com touch: um
A área de toque foi um dos mais recorren- botão, por exemplo, deve de alguma forma
tes problemas de usabilidade identificado reagir quando tocado pelo usuário.
(NIELSEN; BUDIU). Os autores, batizaram tal
problema de "fat-finger". A interação através 2.3.5.6. Navegação
de touchscreen exige que as áreas de coman-
O formato e o peso do iPad assemelham o
do sejam grandes o suficiente para o dedo
dispositivo aos livros físicos. Isso acabou
humano. Para evitar ações equivocadas, deve·
acarretando no desenvolvimento de uma
-se levar em consideração também a distância
navegação digital que remete ao gesto real de
entre duas áreas de comando distintas.
virar páginas. Essa navegação "deslizante",
O manual de desenvolvimento da Apple que ocorre com o movimento do toque sobre
sugere que se considere o recurso multi touch, a tela, acabou sendo adotada na maioria das
que permite o uso de gestos. O documento publicações digitais, que de fato buscam essa
afirma que o recurso permite maior sensação semelhança com a versão física. Assim, a mu-
de controle, pois possibilita que os usuá ri os dança de páginas deslizante tornou-se uma
"toquem" os objetos - difereciando-o da convenção. (NIELSEN; BUDIU)
interação por meios intermediários, como é a
Co ntudo, essa navegação demanda uma
do mouse. Quanto ao tamanho das áreas de
atenção especial quando são inseridos recur-
comando (ou "alvos"), sugere que possua m
sos interativos nas páginas. Nielsen e Budiu
no mínimo 44X44 pixeis.
observam que o gesto de deslizar normalmen -
Quanto ao uso de gestos, Nielsen e Bud iu afir- te ocorre partindo do toque na extremidade
mam que o recurso reflete em um baixo nível correndo para o centro da tela. Para que não
de descoberta por parte dos usuários. Portan- ocorram conflitos entre os comandos do

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Pat riàa Bianco - Maico Amorim 51


TRANSPOSIÇÃO OE UMAAPOSTllA DO CoLtGIO DOM Bosco PARA TABLET COMPUTER

recurso interativo e os de navegação, deve-se te redirecionado à ela. ~interessante que o


considerar uma área de reserva de ao menos usuário possa retornar ao sumário a partir de
2 centímetros na extremidade da página. Ig- qualquer página da publicação.
norar essa recomendação pode causar sérios
As páginas iniciais dos artigos devem ser bem
problemas de usabilidade, já que o usuário
elaboradas, pois podem ser o único contato
provavelmente encontrará dificuldades para
do usuário com o conteúdo. Portanto, seu
mudar de página. Isso ou obriga o leitor a
conteúdo deve ser elaborado de forma a per-
procurar outra forma de navegação, ou leva mitir fácil compreensão do leitor o conteúdo
a desistência. Além da área de reserva, outra das próximas páginas. Para o caso de ações
solução para este problema é a adição de um acidentais ou indesejadas, é essencial apre-
comando no layout que possibilite a troca de
, . sença de um botão de retorno.
pagina.
Outra convenção utilizada pela maioria das 2.3.5.7. Orientação
publicações digitais é a diferença entre o
gesto deslizante vertical e horizonta 1. Vertica 1- Um dos recursos peculiares do iPad é a possi-
mente, navega-se dentro de um mesmo artigo bilidade de alteração na orientação da página
ou matéria. Horizontalmente, entre todos os (pa isagem ou retrato). O estudo de Nielsen e
artigos ou matérias disponíveis na publica- Budiu e o manual da Apple trazem as mesmas
ção. Este recurso também deve ser sinalizado recomendações para esse caso. O usuário
visualmente no layout muda a orientação da tela de forma ilógica,
exceto quando recebe alguma indicação ou
Para os autores, é importante também dis- busca melhor visualização de uma imagem ou
ponibilizar ao usuário meios alternativos vídeo, por exemplo. De uma forma geral, não
de navegação. A primeira edição do estudo há relatos preferência específica entre alguma
indicou que grande parte dos usuários das orientações. (NIELSEN; BUDIU) Ambos os
tem dificuldades de situar-se dentro da estudos, entretanto, indicam que forçar uma
publicação. Em publicações físicas, essa única orientação não é uma prática interes-
sensação ocorre pelo tato das páginas. Para sante, pois pode quebrar o fluxo de utilização
suprir essa falta, a maioria dos sistemas do sistema.
revela visualizações em miniatura das
páginas. Através delas, os usuários podem se A diretriz principal para o layout é o manti-
situar, acessando-as através do toque. mento de uma lógica semelhante em ambas
as orientações, evitando que o usuário pense
Mesmo com este recurso, contudo, é interes- ter sido levado a outro conteúdo. Para recur-
sante que a publicação possua seu próp rio sos que são disponíveis apenas em determi-
sumário. Nele, devem estar presentes infor- nada orientação, faz-se necessária a notifica-
mações que possibilitem a com pree nsão ção ao usuário. Independente da orientação,
dos assuntos abordados em cada artigo ou a forma de navegação deve manter-se sempre
matéria presente. De preferência esse sumário a mesma.
deve permitir a navegação di reta: clicando
sobre uma matéria, deve ser imediatamen-

52 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

2.3.6 Compilação de diretrizes


Transcrevendo o texto em forma de diretrizes objetivas, visando aplicação na fase
do desenvolvimento projetual , obtém-se a seguinte lista:
t. Experiência inicial
• Iniciar imediatamente;
• Disponibilizar instruções;
• Minimizar o esforço cognitivo para compreensão das instruções.
2. Orientação
• Possibilitar ambas as orientações;
• Manter lógica semelhante entre as orientações.
3. Requisitos para interação multi touch
• Possuir alvos grandes e distantes o suficiente para facilitar o toque;
• Indicar visualmente o uso de gestos.
4. Affordance
• Indicar visualmente alvos que desencadeiam ações;
• Manter consistência na forma de diferenciação;
• Fazer uso de metáforas visua is;
• Proporcionar feedback aos comandos do usuário.
5. Navegação
• Posicionar objetos interativos afastados das extremidades, evitando o com-
prometimento da navegação por gesto;
• Fornecer formas alternativas de navegação;
• Possuir um sumário com hiperlinks para os conteúdos;
• Permitir acesso ao sumário a partir de qualquer página;
• Desenvolver conteúdo escaneáve/2 para o sumário;
• Possuir botão de retorno;
• Manter consistência na forma de navegação;
• Indicar visualmente a posição do usuário dentro da publicação.
6. Layout
• Fornecer informações sobre o conteúdo dos artigos na primeira página;
• Concentrar as informações mais relevantes no topo das páginas.

2 -Segundo Jakob Nielsen (1997) "escanear" é o ato de passar os olhos pelo texto na tela ,
sen1 efetivan1ente realizar sua le itura.

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 53


3. DESENVOLVIMENTO PROJETUAL
TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

3.1. Processo de design


A base do processo de design é o modelo de Garrett (2003), que
decompõe o projeto em níveis de experiência do usuário, que vão
do abstrato (estratégia) ao concreto (superfície). A esse modelo
adicionamos as orientações de Nielsen (1995), que defendem o
design iterativo. Isto é, um processo cíclico e centrado no usuário. Tal
processo fundamenta-se na ideia de desenvolver-se um sistema que
é aperfeiçoado por aproximações sucessivas. O Gráfico da página ao
lado sintetiza o processo.

56 Design UFPR
PROCESSO DE DESIGN
EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE DESIGN .....

ESTRATÉGIA ESCOPO ESTRUTURA ESQUELETO SUPERFÍCIE


INTERFACE DE SOFTWARE
·iilecesSié!àêies·é!ó'üsuâno ·· ·.. ··· · ...................................................... .......... -·· ...... ... .... ,.............................................................. . .. ···-. ··-····-··········
§
M
Especificações Funcionais
,
Design de Interação
-

Design da Interface: Design Visual:


Objetivos do site de origem externa, 'conjunto defuncionalldades': desenvolvimento de fluxos de como na IHC tradiciona~ design dos tratamento gráfico dos elementos da
t! identificados por meio de pesquisa aplicação para facilitar as tarefas do elementos da interface para facilitar a interface (a "cara" do site~
descrições detalhadas defuncionali·
~
IO com o usuário, pesquisas etno/tecno/ dades que o site deve incluir para ir ao usuário. definindo como o este inter- interação do usuário com as funcion-
l.j
~ psicográficas. etc. encontro das necessidades do usuário. age com as funcionalidades do site. alidades.
!!!
UJ Design da Informação:
·->
z No sentido Tufteano: design da apre-
V'I
oo sentação da informação para facilitar a
o SISTEMA DE HIPERTEXTO compreensão.
'í). Ob)IKNos m s:it• Requlsi~os df: Conteúdo: Arqu.'utura daln~ Otsif,n da Ne.v~&il(.io: Oe'SÍ&ft VtlU.M::
~
e:<: Metas de negócio, criativas ou ourras Definição dos elementos do conteúdo Design estruwral do espaço da infor- design dos elementos da interface tratamento visual do texto. elemen-
UJ
metas de origem interna para o site necessários ao site para ir ao encontro mação para facilitar o acesso intuitivo para facilitar a movimentação do tos gráficos da página e componentes
~ das necessidades do usuário. ao conteúdo. usuário em meio à arquitetura da
informação.
de navegação
5

z
l.j
Identificação de stakeholder Identificação dos requisitos/ Fragmentação do conteúdo As últimas etapas devem seguir o processo de Design
~ (Schmeer, 1999) oportunidades do sistema
o
Envolvimento de educadores
Iterativo (Nielsen, 1995) representado abaixo.
UJ
o Questionário e entrevistas brainstorming para definição da arquitetura
o ................................................
~g
com stakeholders por meio de card sorting
.. ....... ........ .. ..•..••...••...•...••..... Detalhamento das fu ncionali-
\>"-ol OTIPAc;EAf
Análise de similares dades do sistema
e.. ....... ,,, , ,, .. ... . .. ..... .... ....
oo Compilação e análise das

~ informações
~
i :.4

~ ~
~
DESIGN "'...
C)

e e:
T -...~
:z ITERATIVO
(N IELSEN, 1995)
"'
J>
li>
;::
e;
t
"))

-f+.(
l.iSf RESUL1,.o
º'
TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

3.2. Pesquisa da hábitos do usuário


A pesquisa com os usuários visa o levantamento de dados sobre os
hábitos do consum idor fina l de nosso produto. A pesquisa foi aplicada
via internet, no formato de questionário. Nosso público é composto
por estudantes de ensino méd io, ou seja, adolescentes de 13 a 18
anos.
O formulário de pesquisa, que pode ser verificado na seção de ane-
xos, compreendeu, em sua maior parte, perguntas fechadas de cunho
pessoal - abrangem relaciona men to interpessoal, rotina de estudo e
lazer, formas de utilização e relação com o material didático, hábitos
de realização de tarefas, de utilização da internete de uso de disposi·
tivos móveis.
Os resultados gerados possibilitaram que compreendêssemos melhor
os costumes desses jovens, ou seja: sua rotina de estudos, de inte·
ração com tecnologias, a comunicação com amigos e professores e a
forma de obtenção de informação, sendo possível iniciar o projeto de
forma mais segura, tendo noções das preferências do usuário.

3.2.1. Resultados e conclusões


Os resultados da pesquisa indica m que a utilização da tecnologia está
inserida no cotidiano da maior parte dos estudantes. Do total de 50
participantes, 29 afirmaram utilizar o computador mais de uma vez por
dia, e a forma de comunicação que mais utilizam é através de redes
sociais. Na questão sobre o que mais fazem ao navegar na internet, as
duas opções que foram mais selecionadas foram "Usa e atualiza suas
redes sociais" (selecionado por 45 participantes) e "Usa programas de
bate-papo" (selecionada por 33).
Tais informações podem ser visualizadas a seguir.

58 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

2. Com que frequência


você usa o computador?

Menos de 3 w:ms por semana l 2%

De 3 a S vezes por semana 4 8%

MalS de 5 vere.s por semana 3 6~

Todos os dias 13 26%


Todos os <fias. mais de uma -..ez 29 58
o lÕ .l, 10 :' }0 '' '° .,
AMCÇT'Q4-[M .

3. O q ue você mais faz quando


está online?

Usa programas de bate-papo


Usa e atualiza suas redes sociais

faz buscas na web

Lê !>lo~. revistas digitais e sites

Utiliza a web para estudar


Assiste vldeos
Joga em rede
S lC 15 10 l lO ll .il •5
QUE)TÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA ftESPOSTA AMO!il~A:it>!

Os dados também reve lam que 46°/o, ou seja, 27 candidatos utilizam


ainda internet pelo celular, e 39 consideram-se moderada ou considera·
velmente dependentes do aparelho.

4. Você acessa internet no seu celular?

Sim. acesso em 3G 16 32%

Sim, acesso em wi-fi 10 20%

Sim, acesso em GPRS 1 2%


N~o acesso internet no celular 22 44%

Não possuo celular 1 2%


15 .,
' l<>
" lO
" "'
AM-OSTRM;EM

s. Você se considera depe ndente do seu celular?


Sim. me considero dependente 13 26%

Moderadamente dependente 26 52%

NAo sou dependente 10 20%

Não possuo celular l 2%


•• ,, 'º " ,. ., "' •
Af.l t"'-Q~fM

Analisando os dados é possível inferir que a maioria dos estudantes

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianca - Maico Amorim 59


TRANSPOSI ÇÃO OE U MA A POSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

de hoje passa ao menos parte de seu dia conectado - atualizando


seus perfis na web e relacionando-se com outros jovens. No referente
aos seus estudos, a maioria dos participantes utiliza apostilas como
principal material de apoio (54º/o) e 40°/o deles (20 respostas de 50)
fa zem uso de duas a três delas simultaneamente. Verifica-se que a
frequência de troca do material é alta: 50º/o dos questionados o fa z
todo bimestre.

7. Que tipo de material didático você


utiliza em aula?

Livros fornecidos pela instituição 14 28%


Livros indicados pela institu~ào 18 18%
Apostilas 27 S4%
-~-----
o is ,, 'º lS ••
10
' "' " .
AM.OSTRAGE.~

8 . Em média quantos(as) utiliza simultaneamente?

A~nas 1 18 36%

De 2 a 3 20 40%

De4a5 s 10%

Mais de S 7 14%
O \ lU 11 :U ~'t 40 4'1

M10~TllAG(M .

Em uma esca la de 1a5(onde1 significa "muito insatisfeito" e 5


"multo satisfeito") 23, ou seja, dos 50 entrevistados revelaram estar
"moderadamente satisfeitos" (número 3) com a qualidade do material
didático fornecido por seus colégios.

9. Você está satisfeito com o material didático


que sua escola fornece ou indica?
Pouco satisfeito l 2

2 4

3 23
4 15
Muito satisfeito 5 06
1 ' '
o

Nos estudos em casa, as opções mais selecionadas para o esclare-


cimento de dúvidas foram "pesquisa na web" (45 ocorrências) ou no
material didático (38 ocorrências). Em seus trabalhos escolares, a
principal fonte de pesquisa foi também identificada como a pesquisa
na web, com 45 ocorrências. Em seguida tem-se a Wikipédia, com 27
ocorrências, e livros e enciclopédias com 23. Entre eles, o meio de pes-
quisa preferido é a web, com 46 das respostas.

60 Desi gn UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

9. Quando está estudando em casa, como


normalmente esclarece dúvidas?

Pesquisa no propno material d1dlltk o


Anota e persuntll para o pmí1>sso1
em uma próJllma oponunldade
~quba em dlcion6rlos. li\lros e afins
Pesquisa na wel>
o • ao ·~ )O ;s o ~s o
QUESTÃO QUE PERMíl E MAIS DE UMA RESPOSTA M<O>ntA"..E"' .

10. Que fontes de pesquisa você geralmente


consulta para fazer trabalhos escolares?

li•nos e encidop~dias
Jornais e revistas •
Pesquisa na web
W!klpedia
' •l ,, ,, ~~ w ~

QUESTÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA RESPOSTA .,"""" '" .

Sobre o uso de tecnologias no aprendizado, entre o total de 50 entre-


vistados, 41 afirmam que as escolas onde estudam possuem portais
on -line. Os portais são web sites onde são disponibilizadas informa-
ções, tarefas, aulas e resultados. Deste total de 41 alunos, apenas dez
revelaram que os portais servem apenas para visualização de notas
e resultados. Os outros 31 afirmam que, em tais web sites, são dis-
ponibilizados diversos conteúdos. Isso demonstra que o esforço de
integração da internet na rotina de estudos dos adolescentes.
Contudo, como pode ser verificado no gráfico abaixo, do total de 41
estudantes que estudam em colégios que possuem portais, 28°/o (14
alunos) afirmou raram ente acessá-los. Sete (14°/o) afirmaram acessá-
· lo até 3 vezes no mês, nove (18°/o) acessam uma vez na semana, seis
(12o/o) até 3 vezes no período e apenas 5 (10%) acessam o portal do
colégio realmente com frequência: mais de três vezes por semana. Não
é possível generalizar a freq uência de acessos à esses portais através
da pesquisa. Isso porque os alunos questionados estudam em colé-
gios muito diferentes, portanto existem variáveis que não permitem a
inferência exata de dados. Entretanto, os resultados apontam que há
uma tendência de os portais serem pouco à moderadamente acessa-
dos.

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 61


TRANSPOSIÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

12. Sua escola possui um portal on-line


no qual disponibiliza conteúdo?

Sim, onde e disponibiliza diversos conteúdos :51 62%

Sim, mas apenas para 1 10 20%


visualizaç3o de notas e resultados
N3o possui 9 18%
o •S
l 10 I~ 20 25 JO }S
"'
AMO~lRAGCM .

13. Com qual frequência você acessa esse portal?

Raramente 14 28o/o

Até 3 vezes por mês 1 7 14%

Uma vez por semana 9 18%

Até 3 vezes na semana 6 12%

Mais de 3 vezes por semana 5 10%


o s 1n IS lO l~ .SO l! .40 45

AMOSTRAGEM •

Na questão do uso do computador em sala de aula, 54°/o dos entrevis·


tados responderam que suas escolas disponibilizam computadores
para utilização apenas em aulas específicas. Apenas 10º/o possuem
computadores disponíveis o tempo todo, e 26ºk afirmaram que não
têm computadores disponíveis. Entre os 10º/o (s entrevistados) que
responderam "outro" destacam-se as respostas: "a escola tem com·
putadores mas nunca os utiliza" e "cada aluno recebe um netbook"
(citado por três).

14. Sua escola disponibiliza computadores


para uso em sala de aula?
Sim, temos computadores 10%
dispomveis em todas as aulas 7

Sim, mas apenas em aulas especificas 27 S4%

Não temos computadores disponíveis 13 26%

Outro
o
5
s 10 15 20 lS ;o JS •• ..
A"DSTROGHl .
10%

Em relação à utilização de telas touchscreen, a maioria· 61°/o dos


participantes· afirma que gosta de utilizá-las. Na sequência, 30°/o (15
entrevistados) afirmam que não fazem questão de possuir dispositivos
equipados com ela. Sobre a utilização de tablets, 42°/o dos entrevis·
tados tem ou gosta ria de te r um, já possuindo alguma experiência em
sua utilização. Apenas dois entrevistados consideram o recurso difícil
de utilizar, e somente um nunca o experimentou.

62 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

15. Qual a sua experiência com aparelhos dotados


de telas sens!veis ao toque (Touchscreen)?

Gosto multo de utilizá-los .ll 61%

Acho legal mas nao ~ quest3o de ter um 15 30%

AchO eles dlffcels de usar 3 6%


Nunca experlmentel nenhum 2%
aparelho com tela touchscreen 1
o l •• 5• • •5
" 'º " " •'!lf- '-'~lM •

16. Qual a sua e><periência com computadores tab!ets?

Tenho um e gosto muito 6 10%


Tenho um mas n~o gosto muito o 0%

Gosto muito de utiliza-tos. com certeza teria um 17 34%

Acho legal mas não faço questao de ter um 10 2D%

Acho eles difíceis de usar 2 4%

Nunca experimentei 16 32'!1>


l~' .o
' " "

Mais específica ao contexto do projeto, questiona-se na última


pergunta o uso de ta blets para o estudo. Do total de respostas,
48º/o apontam o interesse dos entrevistados pela inserção do
dispositivo em sa la de aula. Doze (24º/o) dos entrevistados
responderam que só poderiam opinar se testassem, oito (t6°/o)
afirmaram gostar da idéia mas não sabem se se adaptariam e
quatro (8°/o) acreditam que a utilização de tal tecnologia para
os estudos não da ria certo.

17. O que acha de usar um tablet para seus estudos?

Acho õôma ideia, faciLitaria muito minha vida 24 48%

Gosto da ideia mas não sei se me adaptaria 8 16%

Só experimentando pra saber 12 2.4%

Acho que não daria certo 4 8%


Outro 2 4%
o
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Trabalho de Conclusão de Curso· Patriàa Bianco - Maico Amorim 63


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Dos dois entrevistados que optaram por "outro" destaca-se a seguinte


opinião: "Com certeza é uma ótima ideia. além de diminuir o consumo
de energia por impressão gráfica, diminui também o peso do transpor-
te, além de oferecer uma pesquisa muito mais rápida dinãmica e atra·
ente. porém acho que com o avanço da tecnologia, é indispensável
para a inserção dos tablets na escola a melhoria do monitor, pelo fato
de ser cansativo e prejud icar a leitura e pesquisa de alunos que ficam
,
muito tempo na escola, como eu que fico quase 12 horas." E interes-
sante ressaltar essa opinião, pois demonstra que mesmo com apenas
16 anos o(a) jovem já demonstra preocupações com o meio ambiente
e possui consciência da potenciali dade do tablet computer no estudo.
No geral, a pesquisa revela certa "dependência" tecnológica dos ado-
lescentes. O uso da internet é algo diário e rotineiro, que se estende
com o uso de celulares que se conectam a internet. Segundo a sexta
edição do estudo " Este jovem brasileiro", realizada em 2010 pelo
Portal Educacional, e publicada pelo site da Revista Época, 99°/o dos
l0,5 mil alunos de 13 a 17 anos consultados possuem computador em
casa. Dos entrevistados, 40°/o usam a internet de 2 a 4 horas por dia
durante a sema na, mas 15°/o ficam conectados por mais de 8 horas.
Nos finais de semana, o tempo que passam conectados é maior, e as
redes sociais são a categoria mais acessada. Mais de 20°/o dos partici-
pantes acreditam que seu grau de utilização da internet está acima do
normal, ou consideram-se dependentes. Como anteriormente citado,
os estudantes de hoje vivem em um contexto diferente do da escola,
no referente a tecnologia. Aliando os dados do estudo à pesquisa de
hábitos realizada, conclui-se que o perfil do atual estudante de nível
médio indica a aceitação da inserção de novas tecnologias no proces-
so de aprendizagem e estudo.

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3.3. Análise de similares


De acordo com Cybis, Betiol e Faust (2007 apud PADOVANI; SPINILLO;
GOMES, 2009), a aná li se de similares é uma técnica de identificação
dos pontos fortes e fracos de produtos competidores que é realizada
antes do desenvolvimento de um sistema. Para Nielsen (1993 apud
PADOVANl ;.SPIN ILLO; GOMES) é interessante realizar a análise das
soluções de interface encontradas pelos competidores, visando a deli-
mitação de uma lista de abordagens que parecem funcionar e daque-
las que devem ser evitadas.
O objeto de aná lise de nosso projeto não serão sites da web, entretan-
to os objetivos de análise destes encaixam-se em nosso contexto. Por-
tanto, cabe citar a síntese dos objetivos gerais da análise de similares
de web sites proposta por Padovani, Spinillo e Gomes:
(a) identificar tendências de solução para os diversos elementos da
interface;
(b) identificar as melhores práticas nos web sites concorrentes;
(c) identificar deficiências recorrentes nos web sites concorrentes;
(d) produzir uma listagem de características desejáveis para o futuro
website, assim como de aspectos desfavoráveis a serem evitados.
Como é um produto relativamente recente no mercado, não tivemos
acesso a materiais didáticos interativos para tablet, tornando-se
impossíve l utilizar esse materia l como objeto de análise. Portanto,
optamos por realiza r a aná lise do material que mais se assemelha ao
resultado do projeto que será apresentado, as publicações digitais.
Apresentando grande número de opções, as revistas digitais fazem
uso frequente de recursos audiovisuais e interativos, apresentando
forma de navegação parecida ou idêntica com a qual trabalharemos.
Na questão técnica, há ainda a semelhança do aplicativo. Boa parte
das revistas digitais hoje disponíveis para download são criadas atra-
vés da mesma ferramenta que será utilizada em no desenvolvimento
de nosso material: o Adobe Digital Publishing. Possibilitando assim a
compilação de boas e más utilizações dos recursos, permitindo que
façamos uso daquilo que é considerado mais adequado no desenvol-
vimento de nosso projeto.
É interessante destacar que, segundo Withrow, (2007 apud
PADOVANl ;SPINILLO; GOMES, 2009) o propósito da análise não é
atingir alto nível de especificidade, caracterizando minuciosamente as
características gráficas do ob jeto analisado. Nesse caso, o fator tempo
acaba gerando um " balanço negativo" na questão custo-benefício.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 65


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

3.3.1. Modelo de análise


Não foi possível encontrar um mod elo de análise desenvolvido
especificamente para avaliar publicações em tablets. Portanto, para
a realização da análise, serão utilizadas as heurísticas delimitadas a
partir da compllação dos estudos de Nielsen e Budiu (inserir ref.) e no
manual de diretrizes de desenvolvimento de aplicativo, fornecido pela
Apple (inserir ref.)

3.3.2. Objetivos
A análise visa verificar a aplicação das diretrizes compiladas nas publi-
cações digitais brasileiras.
Portanto, ela será focada no comportamento das publicações em
relação a tais diretri zes. O objetivo é a identificação das melhores
soluções e a detecção daquelas em descompasso. Assim, gerando
tendências que se rão ap licadas no desenvolvimento projetual.

3.3.3. Aplicativo vs. Publicação Digital


Antes de iniciar a aná li se, faz -se necessário diferenciar aplicativo de
publicação digitais. Essa questão será novamente analisada no tópico
"4.2. Parâmetros do sistema", entretanto para que seja possível a
compreensão da análise a diferenciação será brevemente abordada
.
aqui.
Aplicativos para tab lets são programas desenvolvidos especificamente
para o sistema operacional utilizado pelo dispositivo. Permitem a inte-
ração e navegação através do toque, pois são utilizados em aparelhos
dotados de te la touchscreen. Os ap licativos abrangem diversas clas-
ses de programas: podem ser jogos, organizadores pessoais, editores
de texto, leitores de e-books, bate-papos, etc. Entre essas classes de
aplicativos, existe uma que é de maior relevância para o contexto do
projeto: as para a publicação de revistas digitais.
As revistas digitais necessitam de um software para que possam ser
adquiridas e utilizadas nos tablets- esses softwares são os aplica-
tivos. Fazendo uma analogia, as publicações são os "hóspedes" do
aplicativo, que é o "Hotel" . Ele encarrega-se da cobrança pela venda
dos edições e pelo lançamento de novas edições. Também é função
do aplicativo exibir a pu blicação no tablet
O projeto de conclusão de curso apresentado não visa a confecção de
um aplicativo, e sim a de uma publicação. Portanto, serão analisadas
aqui publicações digita is. Devido à necessidade do aplicativo, alguns
dos recursos disponíveis são pré-definido. Ou seja, a diferenciação no
desenvolvimento das publicações se dá pela forma de exploração dos
recursos.

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3.3.4. Definição da amostra


A amostra foi delimi tada de acordo com os resultados da avaliação
iMonitor, realizada pela instituição MCPheters & Company (2011). O
estudo ava lia 2500 aplicativos em mais de 50 países relatando as
melhores práticas e inovações para tablets. Os critérios utilizados para
a avaliação foram:
• Navegação
• Recursos para otimizar a experiência do usuário
• Funciona li d ade
• Falhas
• Interatividade
• Orientação
• Recursos multimídia
A metodologia utilizada na avaliação não é disponibilizada gratuita·
mente, assim não sendo possível especificar os processos de análise.
A tabela a seguir apresenta o resultado da pesquisa no Brasil:
Para compor a amostragem, foram selecionadas as cinco publicações
que obtive ram ma ior média: Veja, Galileu, Mundo Estranho e ALFA e
Época.

Top 10MagaiZJine .Apps: Braizjl


• ' .sign ·unction
ting ting · •
!Revista VE..JA Editora Abri W~ng S8% ,.. ~ '4.f
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Revista Gai!r1 Edtlara GlobO SA .tiôObe :989-" 14 4.'5 4.! ~

1"'1D® Esqnho fditoq.Abri w~


. . ng $% ·~ s ~ -4
RevisraAlFA EditoraA.bd WoodMng SS.Y. 13. 4.5 4..5 -4
RevG!aÉpnc• Editor.I Glo.bo SA Adobe-
Arelé Editorial
:95-%. 13- 4.õ -• 3.5

Revisl:a FUT! S/A Woodwing :95'% IS 4.5 <


~ 3.5'
!EX.A.UE Editoa AIWil WoodMng 9S% 1~ 4.5 4.! 3.'5-
TV tMQ 1 ril• foc-Pad 1V !.llQWiM! u~rnifl!d ~ 12,S ..~ 3.: 4.~
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NEGÓCIOS EcfitQQ Globo SA Ado'.b@ sa-.c. 12.!1 4 !l 3,6'
Rev i!>ta R.ACAR Edil!JR Alri WoodMng :93% '12.5 .. 4.-E

Ta bela 2. Resultados da avaliação iMonitor, realizada pela instituição MCPheters & Company (2011).

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 67


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Para a análise de similares, foram avaliadas as edições disponíveis


gratuitamente de cada título. Em gera l, elas são as primeiras edições
digitais de cada. A seguinte tabela especifica a amostra:

Amostra

Publicação Edição Data

Veja 2231 24/08/2011

Galileu 238 Não localizada

Mundo Estranho 111 Maio de 2011

Alfa Edição 4 Dezembro de 2010

Época 675 Não localizada

Tabela 3. Demonstrativo da amostra selecionada.

3.3.5. Resultados
Dentro da compilação das diretrizes de Nielsen e Budiu e do manual
da Apple, as aná lises estão divididas em 6 diretrizes. Cada uma delas,
por sua vez, aprese nta subtópicos. Para melhor visualização, as consi-
derações de cada subtóp ico são apresentados da seguinte forma:
• Visão geral: ap resenta um resumo de como a amostra se com-
porta em relação à diretriz em questão e algumas considerações
consideradas relevantes
• Exemplos adequados
• Exemplos inadeq uados

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3.3.5.1. Experiência Inicial


a) Iniciar-se imediatamente
Nielsen e Budiu (2010) definem experiência inicial como o primeiro contato do usuário com o
conteúdo desejado. No caso das revistas digitais, foi considerada como experiência inicial o
momento após o toque na capa da edição, que executa a ação de abrí-la.

Exemplos adequados
. ,
Ve1a e Epoca
De toda a amostra, apenas as duas iniciaram-se im ed iatamente, exibindo uma página muito
semelhante a da revista impressa.

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A nova infância do
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Imagens 1 e 2. Screenshot das telas de Nofitl.&:er1clldot por multo ttMt,O,

aberturas que se iniciam imediatament e.


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Exemplos inadequados
Mundo Estrano, Galileu e Alfa
As três revistas exibem recursos audiovisuais em suas capas. O uso desses recursos é
considerado válido, por ser um dos potenciais dos tablets. Entretanto, é necessário que o
usuário tenha o controle sobre seu início. Os três exemplos permitem que se pause o vídeo com
um toque, porém, deveriam ta mbém ser acionadas desta forma. Isso evitaria que o audiovisual
se acionado toda vez que a ca pa da revista é exibida. Desta forma, evitaria também possíveis
inconvenientes aos usuários, depende ndo do contexto em que elee estejam.

Imagens 3, 4 e 5. Screenshot das telas de aberturas que apresent am recursos audiovisuais sem controle
da ini áação por parte dos usuários.

Trabalho de Conclusão de Cu rso· Patriàa Bianco - Maico Amorim 69


TRANSPOSI ÇÃO OE U MA A POSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

b) Apresenta instruções de uso e visa a minimização do esforço cogn i-


tivo

Visão geral
Toda as revistas apresentam, em seu início, algum tipo de gu ia visual explicativo para a navega-
ção e interação.

Exemplos adequados
Galileu, época e Veja
Galileu e Época por serem as únicas que exibem a existência das barra de navegação que só
são ativadas através do toque. A Veja, por fazer o uso de animação em looping para exemplifi·
car um dos gestos, o que acreditamos minimizar o esforço cognitivo demandado para a com-
preensão.

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Imagens 6, 7 e 8. Exemplos de in struções visuais que possuem pon tos positivos.

Exemplos inadequados
Alfa
A revista apresenta um vídeo no lugar das instruções. Nele, uma mod elo demonstra as formas
de interação com a interface. O vídeo só se inicia com o comando do usuário, entretanto, ele é
exibido em pequenas dimensões e tem longa duração (1m15). A modelo manipula a interface
de diversas maneiras diferentes, a eficácia do recurso é questionada. Caso o usuário necessite
de uma consulta rápida visando sanar dúvidas, o processo torna -se muito lento.

MANUAL DE INTRUÇÕES M ANUAL DE INTRUÇÕES

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Imagens 9 e 10. Screenshot s do vídeo inst rucional da revista Alfa.

]Q Desi gn UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

3.3.5.2. Orientação
a) Possibilitar ambas orientações
b) manter uma lógica semelhante entre as orientações
Visão geral
Para esta diretriz encontramos uma grande variedade de comportamento entre as revistas. Por
entendermos como um importante requ isito, es tenderemos esta análise pouco mais que as
outras, a fim de apresentarmos a ma ioria dos casos encontrados.

Exemplo adequados
Alfa
A revista que apresentou o melhor resu ltado nesta questão fo i a Alfa, que realmente permite
a interação com o conteúdo a parti r de q ua lq uer orientação e não solicita em momento algum
que ela seja alterada.

A única observação que fazemos é que e m poucos mo mentos o conteúdo do layout vertical
apresenta-se diferente do horizo nta l. Percebemos que o conteúdo de uma orientação estava
atrasado em relação ao outro.

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Imagem 11 e 12. Exemplos de boa


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Imagens 13 e 14- O conteúdo

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da horizontal corresponde ao
conteúdo da pãgina vertical
anterior.

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Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 71


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Exemplo inadequados
Veja, Época, Galileu e M undo Estranho

Revista veía oferece a opção de mudar a orientação, porém, a leitura das matérias só se torna
possível quando exibida verticalmente. No layou t horizontal o usuário é informado sobre a
necessidade de virar o tablet para visua liza r o conteúdo. Ou seja, a revista obriga a interação
através apenas de uma orientação.

As lições de
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Imagens 15 e 16. Revista veja solicitandno


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ser rotacionada para leitura na vert ical.

A revista época apresentou o maior problema ide ntificado. A segunda página da revista (ima·
gem 19) exibe a indicação que a leitura só é possível na "para melhor visualização do conteú·
do". A inconsistência ocorre nas diversas
,
solicitações do próprio material para que se vire para
orientação horizontal para "ver mais". E válido também citar que a revista se mantém mais
consistente na horizontal. Chegamos a esta conc lusão por não encontrarmos nenhuma solicita·
ção de mudança na orientação (para vertical, neste caso) ao navegarmos nesta orientação.

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Imagem 17, 18 e 19. Página que indica o travamento do ipad na posição vertical e exemplos de páginas da
revista época que solicitam rotação da orientação.

72 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

A navegação na revista Galileu se dá somente pela orientação vertical. Ao ser rotacionada para
a horizontal, uma mensagem é exibida para que se retorne à vertical.
Eventualmente a revista indica que na horizontal será exibido algum conteúdo extra, como
infográficos, imagens e vídeos.
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pottun.ty.11. lll.lr\.4. Llila IUnCb. Lk tllW'iiPQl'llCo axn.u"J....b
pdo fin•n<~U lluud DMlLIS. M - dr Mural •
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Llm outro ~ u.mbbn dwwwi • """"'9.0 00....,.
.....p1u.... d;o - - fcdtr.ol. a.. - que....,._
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niúo cmdidillO.a Presidénca d.a RqdJka pelo PSOB.
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wm-nll m<'m dt C'Ofttl'O"'tftl~ ~ dft'tt'WJ p~ r«Olhld.lt
noa ln-.."\'t!llp,Jo Jonm qw..i:ioo;idft ~ma A a\iin·
Imagens 20 e 21. Exemplo de imagem exibida tk-id.aJ: d .is Jl14.."llliiocrtl ~ An~ loi ...1doud.l pio. WIU
J)C'ftcl• ~Li Pr ~. J-X. r-inho dt' ~ . N, ntlo na 11ront~
na horizontal e exemplo da mesma pâgina com
o <:onteúdo, na vertical.

Por disponibilizar o conteúdo em ambas orientações, consideramos a revista Mundo Estranho


como uma das mais bem resolvidas nesse se ntido. Porém, ainda podemos pontuar um pro·
blema. O exemplo abaixo mostra o layout da revista na orientação vertical, que exibe o texto,
a imagem e uma indicação animada para que mude a orientação. Na horizontal temos um
infográfico interativo, que comp lementa a informação daquela página. Porém, se acessarmos a
página já na horizontal, perdemos a indicação. O problema surge justamente por serem conte·
údos complementares. Ou seja as informações se desconectam dependendo da orientação do
tablet. O mesmo problema aparece também em outros momentos na mesma revista .

... G>
____
Existem super-heróis

____
__- ·-
ele verdade?,.. =:...~
---·--
---·--·____
________ ___.
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1 ....

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CM'!•••

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. .-•11n1•
, . . . . .ll(J'!ll

-·-
Imagem 22. O Layout apresenta uma Imagem 23. O layout não indica que há conteúdo
indicação para que o usuário mude complementar na outra orientação.
a orientação.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 73


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

3.3.5.3. Interação multi touch


a) Possui alvos que facilitam o toque
Visão geral
Praticamente toda a amostra atendeu a esta diretriz. As "áreas tocáveis"(alvos) não apresenta·
ram problemas de proximidade ou tamanho.

Exemplos adequados
-
E interessante destacar a solução que a revista Mundo Estranho apresenta em um de seus
infográficos. Os alvos são aparenteme nte peq uenos, porém, utilizam-se do recurso padding -
um espaço invisível ao redor que amplia a área de toque (Nielsen, 2011). Neste caso, funciona
como uma margem de erro.

....,:....__..............
LIGADA
~ - ....
~
~º~~
_
........ ...
·•~."5.'loellt

....
Ol~N~«40

.......
. --
.........,.....
.
\ "
----
·-·---

Imagem 24. Revista Mundo Estranho


fazendo uso de padding.

Exemplos Inadequados
Apenas o índice da Veja apresenta um prob lema.
Alguns links, que redirecionam o usuário para
sua respectiva matéria, encontram-se muito
próximos em alguns momentos

Maíl~il
El Bett}'
Pttr" rieu..-
,~::0-------
....... daS.Uoa
O.Ui
Kololot.

t,_.,c..,.,..
Sobl01tce
Ntlmem
lbW
Ytla E-.
·--
Imagem 25. Exemplos de links mui·
to próximos.
...
",,....

]4 Design UFPR
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b) Sinaliza visualmente o uso de gestos


Visão geral
Todas as publicações analisadas apresenta ram indicativos visuais para o uso de gestos na inte·
ração. Entretanto, aqui se verifica somente sua presença, a eficácia de tais indicativos necessi·
taria de um estudo mais aprofundado pa ra ser mensurada. Percebemos que as publicações não
fazem o uso de gestos mais complexos, possíveis na interação multi touch do iPad. Os gesto
utilizados são:
• swipe ·gesto horizontal semelha nte ao ato de passar páginas
• scroll · semelhante ao swipe, mas na vertical.
Gestos como ampliar, reduzir e arrasta r objetos não foram encontrados.

Exemplos adequados
Todas as publicações analisadas apresentaram indicati vos visuais para o uso de gestos na
interação. Entretanto, aqui se ve rifica aqui somente sua presença, a eficácia de tais indicativos
necessitaria de um estudo mais aprofundado para ser mensurada.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 75


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

3.3.5.4. Affordance
a) Indica visualmente alvos que desencadeiam ações
b) Mantém consistência na forma de diferenciação
Visão geral
Todas as publicações possuem algum siste ma de ind icação, que é apresentado na página de
instruções já mostradas anteriormente. Na maioria dos casos, estes sistemas mantêm-se con-
sistentes ao longo da publicação.

Exemplo inadequado
Revista Alfa
O único exemplo inadequado encontrado foi o caso da revista Alfa que eventualmente faz uso
de um ícone novo, não apresentado anteriorm ente.

1

[ 'l'! ==,,,,º==~u )
-
....._ - --.... • -" .....- -- -
~~ § ~ (({~]tll

- ·- - --
--
--· ...-· -·
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...... !MI••
~- 4111C:OM•
TUll-IW•

c1t-.ir.1i,
TilqwjOlllf•
W"'tiloi"
ffl\i•

(CONES DE NAVEGAÇÃO

D 9 e D o,.,...
.,..
Glf•r o

Imagem 26. Apresentação


dos ícones de navegação da
revista Alfa.

A RECEITA CLOONEY
Combinando btazO"S o jaQUGlas (QUa'iQ wmpre fiSO.#OS} com acossórios mais modcmos. o
ator de Holtywood consagrou um modelo de elegância informal

!ti o
e
o
o
e
o ,.._.. • ..,.~C01Mc......._.clt

. . . . ~M~-lltlOI
Imagem 27. ícone em des·
conformidade.

]6 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

e) Usa de metáforas visuais

Visão geral
Segundo ambas as diretrizes estudadas, o recurso de metáforas facilita a compreensão do
usuário sobre como interagir com os objetos. O uso de metáforas visuais não foi detectado com
frequência na amostra. Inferimos que isso pode ser justificado pelo fato da linguagem gráfica
utilizada ter se originado das suas versões impressas. Em materiais desenvolvidos para a web,
por exemplo, convencionou-se o uso de preenchimentos gradientes para representar volume
em objetos que funcionam como botões.

Exemplos adequados
Época
A amostra que faz uso deste recurso é a revista Época. No exemplo abaixo, o leve preenchimen-
to gradiente sugere que a interatividade dos objetos.

Prtmeiro=au
Fala Mundo
-~filtoM.Ol'Uflll4

Imagem 28. O leve preenchimento gra·


diente sugere que tais objetos possam
.•• ser pressionados .
,.•••

~
.,..
Ml!Oc.....
............
IHI•••
~
;

. .. CMM •ntJMco rtJolW111WICl\'111 n.- "°''*
ctit
twlllr ag alllll Anol~a. t.1111:.nlO SCMOI'*'•tlf H
8't0•, l.lllOl.I tO~,,~ • •• gt!iwi--... Mo noNrQ.
Rrnt~. 0. l\ ~ .oon't 11• IH~r.ca•
• .,.., c.111 lolf p;ir;a «ibrW a1Jl;lrt• lnt••-
~lldO ot. noN~ • lnutllltd.t Off•001Wi. u
«onteetM 11• dclooe O! r«!ll'ttu!•\ no Cl!l'llfO

Exemplo inadequado
Veja
A presença de um slider sugere que o con teúdo possa ser alterado pela manipulação daquele
objeto. Porém, tal objeto não apresenta reação alguma. A ação só ocorre se o gesto for feito
sobre as imagens exibidas abaixo dele.

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f'-'-"'°-•''*'"""141~-.wwoit
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-.•-•ta•--_....,,..
_ n.. ....._ _ Imagem 29. Revista Veja. O Falso
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.. ... .. .
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..-........-~·
............-...,_.....,...... (-
..
.." slider pode confundir o usuário.

--·--· ···--·--· ,... llll·..,.·-·~-·


"""'°tií..- ...................

ICltlllll-0---------------- sm•m-0---------------- ...._


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- -·-· --··-
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••

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 77


TRANSPOSI ÇÃO OE U MA A POSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

d) Proporciona feedback aos comandos do usuário


Visão geral
As diretrizes da Apple sugerem o uso de animações su ti s como feedback às ações dos usuá·
rios. Tal recurso foi encontrado em toda a amostragem. Raramente uma ação ocorreu sem, no
mínimo, ser precedido por um fade in, que rapidamente mostra o progresso da ação.

Exemplos adequados
Veja e Alfa
Consideramos como exemplos de bom uso do feedback casos como o da revista Veja e Alfa.
Neles, os objetos que desencadeia m ações (exibir imagens diferentes, nestes casos) possuem
duas características diferentes em seus estados de repouso e de atividade. Após tocados eles
tornam-se diferentes para indicar que estão ativos. No caso da revista alfa o objeto altera sua
cor. Na Veja, ganha um contorno.

A RECEITA a.GONEY
Co~~...,-s · ~~MIV• ~uoQçom a~~ mais, moda~o
HoltfNood <OftS31tbJ UI!. mc:ddo~ ~ ~ai
-·---
otot~
Netrtraidade de fachada
DQ... ..,..........._ ....,..*>u.-
, ,....,_,..,.~~ -....,~'
K'WG ......nol.&. ........ ~~de'('(IU,
& O . , W.Jo)_.~,. ...........
camin.. )oi.li•,_..._ *- • •u,m..
o '°'"--...
....... ilf'I.. . llQ(. . . . . . . . . . . .

. ,. _. ...._......
f'erftlllllle;o.. r.a-UoC....... ~

e ,,............,..,.... .....
Ml.\naotPSO Pfl1.••'f*" 0..WtWW
· ~·!Wml

o o . ..... " ~ . ... Nfll; _......_


~~

e
o
--- ------ ~ ---··--·

Imagens 30 e 31. Quanto tocados, os objetos


alteram suas características para informar aos
usuários que estào at ivos.

]8 Desi gn UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

Exemplo inadequado
No caso do índice da Veja, além das áreas se rem muito próximas, não ocorre reação alguma ao
toque dos usuários. Ele é imediata mente levado para a respectiva página. Acreditamos que, se
ocoresse uma sutíl animação, alte ração de cor, preenchimento, etc., antes do usuário ser leva-
do à página, ele teria um feed back sobre estar ou não seguindo o caminho desejado.

l~d1$em1M
Datas
Holo1ote

Nu111ero1
Radar
Veja Eia

P• rtidos Dtrr•1<11~1l"' rr 1n·tl1t:1'1


C>fnlU tJt. IM.\4J(f

Con,.-.;so o n"'"' ''"' /VJf'O "IN#fllN1r;,~f;•


Imagem 32. Revista Veja, os links no índice não
fornecem nenhum t ipo de feedback aos usuários.

Trabalho de Conclusão de Cu rso · Patriàa Bianco - Maico Am orim 79


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5.Navegação
a) Margem de 2cm para objetos interativos
Visão geral
Na s revistas Veja, Galileu e Mundo Estranho nenhum objeto que interferiu no fluxo de navega-
ção.

Exemplos adequados
,
Epoca
Um bom exemplo de uso de margem é encontrado na rev ista Época. A página exibe uma ima·
gem com recurso panorâmico· que perm ite ao usuário arrastar para explorá-la livremente. Para
que não a navegação não fosse prejudicada, fo i inseri da uma margem de seu lado direito.

Dois pontos:

Claro que tenho


umas coisas fora
do lugar, mas
ísso nunca me
preocupou tt
Cllo--

l magen 33. A margem lateral previne conflitos entre a navegação e o objeto interativo.

80 Design UFPR
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Exemplos inadequados
Alfa
Foram detectados problema no fluxo de navegação causados por objetos ínterativos apenas
revísta Alfa. Durante a execução do vídeo que é exíbído na capa da publicação, o gesto swi-
pe (usado para mudar de página) não realiza ação alguma. Para passar à próxima página,
é necessário antes cancelar a exibição do vídeo. O problema também ocorre quando, nas
páginas da revista, existem objetos que perm item interação através do mesmo gesto usado
na mudança de páginas.Isso ocorre quando há interatividade acionada pelos recursos abaixo,
cujas nomenclaturas foram retiradas do softwa re Adobe Digital Publishing*:
• Interação em carrossel: qua ndo gesto swipe permite navegação entre uma informação,
dentro da própria página.
• Interação panorâmica: quando informação (como imagens e texto) pode ser arrastada
para que seja exibido mais conteúdo.
• Interação 360º: quando a imagem permite ser rotacionada, mostrando todos seus ângulos
de visão.
Pelo uso de um carrossel e de uma imagem 360º, a navegação é comprometida no exemplo
abaixo:

f>uJ - :J'.• :: . ~ 1

SOGRA, MÃES, FILHOS E AFINS -

1;;t/1u
li,o"'lo crn
111U1iir,iu nss.oi. no-·
~lm'1'ila seus o.tMol MM Ot Atttatt HX letO. lrJA..n

ll'-- -··-~
e.o.- llJJ Ja3> -

• •
[• •1

l oque nat Imagens para ampU~la'I

lmagen 34. A imagem 360


conflita com D gesto de
navegação.
..

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 81


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

b) Fornece formas alternativas de navegação


Visão geral
As alternativas de navegação são recursos que dependem do aplicativo que a publicação usa
para ser executada. Dentre as amostras, utilizam-se 2 aplicativos distintos.

Exemplos adequados
Especificamente nesse caso, todos os exemplos são adequados pois não avaliamos a efetivi-
dade das navegações alternativas. Abaixo, diferenciam-se as possibilidades permitidas pelos
aplicativos onde as amostras foram desenvolvidas
Época e Galileu
As revistas Época e Galileu, que são "hospedadas" pelo mesmo aplicativo, permitem os seguin-
tes recursos:
• Slider
• Sumário
• Visão panorãmica

Imagens 35, 36, 37. Recursos de navegação das revistas Época e Galileu.

82 Design UFPR
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Veja, Mundo Estranho e Alfa


As revistas que utilizam outro aplicativo corno plataform a, permitem os seguintes recursos:
• Sumário
• Carrossel

~
......
·~ DAVID KOÜfii
~UANTAS Ele~ <lenom"- ~

·a-
·--·--- ESJ:ÉCIES
<lt)C(o9t!ObCO. ldfPOIJ ....,. MiU
•Olioll011-~C9UI
\MI\ conllto c:onin avtixlff

D --
-·-·- DE
~.-..illl'lf~

-
·----
ANIMAIS
EXISTEM?

--·-- ____
.... -... .. __.,.
-----...... ,_..
•-...-... °"'"" --
--QI--
ª--
--~
~·- 1

'
Imagens 38 e 39. Recursos de navegação das revistas Veja, Mundo Estranho e Alfa.

A tabela a seguir compila as formas de navegação:

b) Formas de navegação Mundo


Veja Galileu Alfa Época
alternativas Estranho

Slider

Sumârio

Visão panorâmica

Carrossel

Tabela 1f. Comparativo dos recursos de navegação. Si m D Não

Todas as revistas analisadas trazem ao menos duas form as diferentes de navegação, portanto,
seguem as orientações definidas nas diretrizes.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 83


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c) Possui um sumário com hiperlinks para os conteúdos, que pode ser


acessado a partir de qualquer página
Visão geral
Mesmo apresentando o uso de dois aplicativos diferentes, a navegação em sumário apareceu
em toda a amostra. Entretanto, avalia-se aqui a presença de um sumário próprio da publicação,
e não de seu aplicativo. O sumário da própria publicação, semelhante ao sumário da revista
impressa, só não foi encontrado na Ga lileu.

Exemplos adequados
Mundo Estranho
Consideramos interessante a solução da revista Mundo Estranho, que explora a oportunidade
de não se restringir ao espaço físico (como ocorre na revista impressa) e exibe o sumário com o
uso de imagens e textos que podem contribuir para a incitação ao conteúdo.

•UlffeuE •
EUa.eTe
o,....,.. clM """"'*
11m•••t ai •IJlllt

llGITAL
f
JUSllNT S
C9NTAtfM
NSNGUEM
ACREINTA
•tu.e
Qa M-louolrK

................
dlt.llcl..,..t•

--
OldSllttll

Imagem 40. O Sumário da revista Mundo Estranho não se restringe


ao tamanho padrão da tela, fazendo bom uso de imagens, com tama-
nhos de alvos adequados.

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d) Manter consistência na forma de navegação


Visão geral
Há duas maneiras distintas de navegação dentro da amostra. A primeira ocorre através da si·
mulação do uso revista impressa, com o gesto swipe: a navegação é feita apenas na horizontal.
Ela é identificada nas revistas Veja e Alfa. Para mudar de artigo/matéria é necessário realizar
o gesto usando dois dedos, do contrário, e necessá rio passar por todas as páginas de uma
matéria para chegar até a próxima. A outra forma de navegação é utilizada nas revistas Galileu,
Época e Mundo Estranho. O gesto swipe (hori zontal), navega entre os artigos e o gesto scroll
(verticaO, entre o conteúdo do mesmo artigo/ matéria.

Exemplos adequados
Para definir qual sistema é mais eficaz ou gera menos problemas de usabilidade, seria neces-
sário um estudo específico. Acreditamos que cada um deles apresenta vantagens e desvanta·
gens: o primeiro pode ser melhor por remeter à experiência prévia do usuário, já que simula a
navegação de uma revista impressa. Contudo, o gesto com 2 dedos pode não ser tão intuitivo
ou pode gerar acidentes que façam com que o usuário se perca no conteúdo. Já o segundo sis·
tema pode ser menos intuitivo no princíp io, porém pode ser capaz de evitar possíveis acidentes
do gesto de dois dedos. Pontua-se como vantagem a possibilidad e de visualização da revista
em forma de árvore, como no exemplo aba ixo:

G
~

--
~~~~
:-···:
-=

Imagem 41. Visualização da ârvore da publicação.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 85


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

e) Indica visualmente a posição do usuário dentro da publicação


Exemplos adequados
Para auxiliar na localização horizonta l, consideramos o modelo utilizado pela veja como apro-
priado para a mídia. A revista faz uso de sinalizadores semelhantes ao já existente na interface
do sistema operacional do iPad. Para a vertical, a Mundo Estranho apresentou a melhor solu-
ção. Além de indicar que há continuação da matéria, apresenta também o número da página
atual e o número total de páginas.

Es •1
·········-·
AílSIOLOCIA ©
DO SOFRIMENTO
Como é o cerim•ial
para a visita ele 11111
chefe de Estado?

(§) ,,/I
)i
n
o "'"""
,.,.._.,. __ ·-
l:ÓlflllllJ {M!~

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..!_ t••
...............
E E

..........
-~·-·
·~----
d11Nb•......,.1n ~---·--··-
......................................
................-.. • 11
-·-
= =..-
-
Imagem 42. Revista Veja, informa a posição Imagem 43. Revista Mundo Estranho Além da
horizontalmente. seta que indica a continuidade do conteúdo há
a refe rencia numérica.

Exemplos inadequados
A revista Época faz o uso apenas de uma seta para indica r a continuação da matéria. No entan·
to, seu sistema permite que se acesse uma matéria já em uma página de seu "interior". Desta
forma, pode ocorrer de o usuário não identificar as páginas antecedentes, além de não saber a
extensão total de páginas.

Imagem 44- Revista Época, o sinal não atende


todas as demandas de localização.

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3.3.6. Conclusões
A tabela aba ixo resume as informações acima descritas, de forma sin-
tética, auxiliando a visua lização. Pra cada diretriz analisada, especifi-
ca-se qua l revista a atende, a atende parcialmente ou não a atende.

ITENS ANALISADOS AMOSTRA


Mundo
Categoria Diretrizes Veja tpoca Galileu Alfa
Estranho

Inicia-se imediatamente
• • o o o
Experiência
inicial
Apresenta instruções de uso

Minimização do esforço cognitivo para entendi·


mento das instruções.
• •o o• •o
~
•o
'

Orientação
Possibilitar ambas orientações
o o • ~

1
manter uma lógica semelhante entre as orien·
tações o o • ~ ~

Interação
Possui alvos que facilitam o toque
~
• • • •
• • • • •
multi touch
Sinaliza visualmente o uso de gestos

Indica visualmente os a !vos


• • • • •
Affordance
Mantem consistência nas indicações visuais dos
alvos

Usa de metáforas visuais


•o • o• o ~
~
•o
Proporciona feedback aos comandos do usuário
• • • o• •
Margem de 2cm para objetos interativos
• • • •
Fornece formas alternativas de navegação
• • o• • •
Navegação
Possui um sumário com hiperlinks para os
conteúdos
• • o • •
Permite o acesso do sumário a partir de qual·
quer página
• • •o •
Indica visualmente a posição do usuário dentro
da publicação
• • • •
Ü NÃO ATENDE

~ ATENDE PARCIALMENTE
• ATENDE COMPLETAMENTE

Trabalho de Conclusão de Curso - Patricia Bianco · Maico Amorim 87


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

É possível observa r que a tendência é que a amostra atenda a maioria


dos criterios ava liados. Contudo, conclui-se que algumas das diretrizes
são atendidas por menor número de similares. É o caso, por exemplo,
das instruções visuais. Mesmo sendo apresentada por todas as cinco
revistas ava liadas, apenas a revista "Veja" atende, parcialmente, a
diretriz de diminuição do esfo rço cognitivo do usuário. Acreditamos
que o "não-cumprimento" desta nessecidade atribua-se à criteriosa
elaboração que as instruções visuais demandam. Outra diretriz que
se destaca por apresentar apenas uma publicação que a atende é a
que aconselha o uso de metáforas visuais. Apenas apresentada, de
forma parcial, pela revista Época, o uso desse tipo de recurso não foi
encontrado em nenhum outro material da amostra. Como citado, per-
cebemos que a tendência da amostra foi seguir a mesma linguagem
gráfica utilizada em suas versões impressas. Por ser mais utilizado no
meio da web, é possível que seus criadores não tenham pensado no
recurso no processo de desenvolvimento da versão digital da revista.
Como o tablet possibilita interação, inferimos que o uso de metáforas
visuais possa contribuir para o affordance e, consequentemente, para
a usabilidade.
É possível destacar, ainda, o prob lema da consistência na visualização
de ambas as orientações. Os crit ério s "possibilita ambas orientações"
e "manter uma lógica semelhante entre as orientações", obtiveram
ambos duas revistas com "não atende" e uma com "atende parcial-
mente". O tempo demandado na produção de dois layouts pode ser
o motivo destas in consistências. No caso de periódicos produzidos
com grande frequência, por exemplo, a confecção do dobro de layouts
pode conturbar o fluxo de trabalho.
Através a análise de similares, é possível perceber que boa parte das
orientações de Nielsen e Budiu (2011) e da Apple (2009), são de fato
respeitadas. Por elas serem verifi cadas na amostra, consideramos seu
conteúdo relevante para o desenvolvimento de nosso projeto. A pes-
quisa nos muniu de uma estrutura base para o desenvolvimento proje-
tual, atém de ter contribuído para a identificação de boas práticas, as
quais podem ser rep licadas no projeto. Mesmo com algumas questões
que cada pub licação pode repensar, individualmente, consideramos a
amostra bem resolvida diante das diretrizes analisadas. Porém acredi-
tamos que, pelos próprios estudos de usabilidade ainda estarem em
desenvolvimento, possíveis questões deixaram de serem abordadas.
No entanto, não há fundam entação teóri ca para um maior aprofunda-
mento. Acreditamos que esta modalidade de projeto evoluirá com o
tempo e novas diretri zes deverão ser consideradas futuramente.

88 Design UFPR
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3.4. Síntese de requisitos e restrições


do sistema
O tablet computer é um dispositivo dotado de sistema operacional
próprio. Os mais utilizados atualmente são o iOS (sistema operacional
dos dispositivos móveis da Apple) e o Android (sistema operacional
dos dispositivos móveis da Google). Ambos trabalham com o sistema
de ap licativos: o usuário tem acesso à uma loja (AppStore para o pri-
meiro; Market para o segundo) onde pode fazer download de softwa-
res desenvolvidos especialm ente para os dispositivos. Esses aplica-
tivos possuem as mais diversas naturezas: entretenimento, leitura,
jogos, organização pessoa l, música, educação, entre muitos outros.
Em nosso caso, interessam especialmente aqueles voltados à leitura
de revistas digitais. Atualm ente, na hora de fazer o download de revis-
tas digitais, os usuários deparam-se com aplicativos já nomeados com
o título das revistas: se ele pretende baixar a revista Veja, por exem-
plo, ele fará download de um aplicativo nomeado como "Veja". Isso,
entreta nto, pode pa ssar a equ ivocada impressão de que o aplicativo é
a revista. Na verdade, a revista é desenvolvida através do aplicativo,
que fica "d isfa rçado" dentro dela.
O aplicativo da revista Veja, por exemplo é o Tablet Pub/ishing, da
Woodwing. Já o da revista tpoca, é o Digital Pub/ishing, da Adobe.
Essas são as principais ferramentas através das quais são desenvol·
vidas as revistas digita is atua lmente, pois são extensões do Adobe
ln Design: softwa re muito usado no mercado profissional de editora-
ção. Essa integra ção perm ite que o desenvolvimento técnico para o
meio digital seja semelhante ao já praticado para o meio impresso.
Não há grandes transformações no fluxo de trabalho, apenas a adição
de novas práticas.

3.4.1. Requisitos
Entre as citadas ferramentas de desenvolvimento de publicações
digitais, optamos por trabalhar com o Adobe Digital Publishing1•
Essa ferramenta surgiu com a atualização da suíte CS5 de softwares
gráficos da Adobe, e denominada CS5.5. Lançada no início de 2011, a
atualização foi rea lizada visando melhorar a exportação e o desenvol-
vimento de materia1digital. Para o Adobe ln Design, software focado
no desenvolvimento ed itori al, a atualização disponibilizou o citado
Adobe Digital Publishing Suite (Adobe DPS): extensão do lnDesign que
permite a criação e distrib uição de publicações digitais para tablet.
Atua !mente, o DPS é utilizado como aplicativo por várias publicações
no mercado. Segundo o site da Adobe>, são mais de 700 publicações
diferentes que fa zem uso da ferramenta (Adobe Digital Publishing
Gallery, 2011), incluindo as revistas digitais da Conde NasP: um dos
1• AOOSE Digital Publishing. 2011. Oisponlvel em <http://www.adobe.com/br/products/digitalpubllshingsuite/> Acesso em 11
nov. 2011
2 • OIGITALPublishing Galk!ry. 2011. Disponlvel em <htlp://blogs.adobe.com/digítalpublishinggallery/> Acesso em n. nov.
2011
3 ·CONDE nast. 2011. Disponlvel em <http://www.condenast.com/> Acesso em 11 nov. 2011

Trabalho de Conclusão de Curso· Patriàa Bianco - Maico Amorim 89


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

maiores grupos internaciona is de ed ições de revistas, que publica


títulos de renome como a The New Yorker, a Vogue e a Wired. No Brasil,
utilizam o Adobe DPS os sete títulos de revistas para tablet de uma das
grandes editoras do país, a Editora Globo 4 • Isso, aos poucos, otimiza
a experiência do usuário: quanto mais publicações que utilizam o DPS
são consumidas, maior é a hab ili dade do leitor na operação de seu
sistema.

3.4.2. Restrições
O Adobe Digital Publishing, entretanto, impõe algumas restrições ao
desenvolvimento projetua l. A navegação, por exemplo, já é convencia·
nada pelo aplicativo: o gesto na horizontal permite a navegação entre
os capítulos presentes no material, enquanto o na vertical permite a
exploração do conteúdo deste capítulo. O aplicativo não permite a in·
serção de novas funcionalidades como o destaque de texto, a criação
de notas, a barra de pesquisa ou a possibilidade de zoom· função
ativada pelo gesto de "p inça" permitida pela maioria dos sistemas
operacionais dos tab lets.
As formas alternativas de navegação tamb ém são predefinidas pelo
aplicativo: a visua lização do sumário da publicação no canto esquerdo
(img. 45), o slider na ba se (img. 46) e a visualização do conteúdo total
no ícone na extre midade su perior direita. (img. 47)

Imagens 4 5 Imagens 46 Imagens 47

4 · EDITORA Globo: quem somos. Disponfvel em <http://editoraglobo.globo.com/índex empresa.htm> Acesso em 11 nov. 2011

90 Desígn UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

3.4.3. Diretrizes de desenvolvimento


Para a estruturação do desenvolvimento projetual, baseamo-nos na estrutura descritiva de
elementos da experiência do usuário em web sites desenvolvida por Garrett (2003). Ela auxiliará
na lógica da documentação, além de permitir fácil relação destas com o processo de design
(item 4.1). A compilação das diretrizes de usabilidade do iPad de Nielsen (2010) e do manual
de desenvolvimento da Apple (20XX) foram alocadas nos níveis de Garrett, permitindo assim a
abordagem das metodologias consideradas no desenvolvimento projetual. Ainda inclusos nes·
sa estruturação estão os stakeholders que, segundo Schmeer (1997 apud KNOBBE; MARTINS,
2008),
"é um processo sistemático de coleta e análise de informações qualitativas para determinar quais in·
teresses devem ser levados em consideração no desenvolvimento ou implementação de um projeto".
Abaixo, são compiladas as diretrizes e recomendações dos citados modelos, adicionadas dos
stakeholders: informações coletadas na pesquisa de hábitos do usuário, nas reuniões com os
membros da editora Dom Bosco e em conversas inform ais com estudantes e educadores.

Necessidades do usuário tações.


• Passível de implementação; • Minimizar o esforço cognitivo para com-
• Preferência por plataforma existente; preensão das instruções.
• Iniciar imediatamente; • Possuir alvos grandes e distantes o sufi-
ciente para facilitar o toque;
• Disponibilizar instruções;
• Indicar visualmen te o uso de gestos.
Especificações funcionais
• Posicionar objetos interativos afastados
• Fornecer formas alternativas de navega- das extremidades, evitando o comprometi·
ção; mento da navegação por gesto;
• Possuir um sumário com hiperllnks para • Desenvolver conteúdo escaneável para
os conteúdos; , .
o suma no;
• Permitir acesso ao sumário a partir de • Indicar visualmente a posição do usuário
qualquer página;
dentro da publicação.
• Possuir botão de retorno; • Fornecer informações sobre o conteúdo
• Manter consistência na forma de navega- dos artigos na primeira página;
ção; • Concentrar as informações mais relevan-
• Possibilidade de pesquisa no material tes no topo das páginas.
(busca por palavra-chave)
Visual
• Facilitar o processo de busca na internet
• Indicar visualmente alvos que desenca-
• Marcação do texto em highlight deiam ações;
• Relatório de respostas para o professor • Manter consistência na forma de diferen-
(monitoramento de feedback) ciação;
Arquitetura da informação • Fazer uso de metáforas visuais;
• Manter exatamente a mesma arquitetura • Proporcionar feedback aos comandos do
, .
da apostila originai usuano.
Design da Informação A seguir será documentado o desenvolvi-
• Possibilitar ambas orientações; mento projetual baseado na estrutura acima
• Manter lógica semelhante entre as orien- proposta.

Trabalho de Conclusão de Curso· Patriàa Bianco - Maico Amorim 91


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

3.5. Desenvolvimento do protótipo


O desenvolvimento projetua l se deu pela transformação da forma de
apresentação da citada apostila (item 4.3) para tablet computers. Foi
acordado com a Editora Dom Bosco que o conteúdo do material não
seria alterado, mantendo a estrutura original do documento (capí·
tulos, sub-capítulos e exercícios). Ou seja, não pudemos alterar a
arquitetura da informação. Entretanto, nos foi permitida livre criação
da forma de apresentação das informações: layout, diagramação de
textos e imagens. Assim, o desenvolvimento gráfico ficou sob nossa
responsabilidade no processo.Do formato impresso aproveitou-se so-
mente o conteúdo textual e imagético, desenvolvido previamente por
professores e pedagogos.
O desenvolvi mento do protótipo resulta na delimitação de uma iden·
tidade visua l que pode ser replicada em outros materiais didáticos
da instituição. O desenvolvim ento do material de física em específico
deu-se pela disponibilidade da Editora Dom Bosco, que optou por nos
fornecer esse tema.
Caso haja interesse fu turo do colégio Dom Bosco em transformar seu
material didático to tal ou parcialmente para a mídia tablet, o layout
aqui desenvolvido pode ser utilizado para qualquer outra matéria.
Como já citado em "pa râmetros do sistema", o desenvolvimento do
protótipo deu-se através da extensão do Adobe lnDesign denominada
Adobe Digital Publish ing. Extraindo o conteúdo da apostila cedida
pelo Dom Bosco, fomos capazes de prototipar um material inserido em
um contexto real de uso.
Nos tópicos a seguir, serão explicadas as escolhas do desenvolvimen-
to gráfico do material, apresentando conceito, diretrizes e alternativas.

3.5 .1. Estratégia


Uma das questões acordadas com a Editora Dom Bosco foi de o
projeto ser passível de implementação. A escolha de uma plataforma
já existente foi necessá ri a para viabilizar tal requisito. No item 4.2 Pa·
râmetros do siste ma, discorremos sobre as atuais plataformas disponí·
veis. No projeto, trabalhamos com o tablet iPad da Apple, combinado
com o software lndesign da Adobe, e de sua extensão Adobe Digital
Publishing Suite (Adobe DPS). Esse software é atualmente considerado
pela editora como uma ferramenta possível de ser utilizada no desen·
volvimento interno de materi al digital.
A necessidade de aprese ntação das instruções de utilização dá-se
pelo fato de que possivelmente muitos dos possíveis usuários não tem
experiência previa com materiais de mesma espécie. A utilização das
instruções guia os pri meiros contatos do usuário com o material. Sua
presença é de grande relevância, portanto seu desenvolvimento será
comentado no tópico que aborda a arquitetura da informação.

92 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

3.5.2. Escopo
Conforme citado, das dificuldades na utilização de publicações digi-
tais, destaca-se o senso de loca lização do usuário e a forma de nave-
gação do material. Ou seja, como o leitor situa-se e como ele navega
dentro do conteúdo disponível. Para otimizar a usabilidade destas
questões, as diretrizes Indicam que o sistema deve conter formas
alternativas de navegação. No projeto, portanto, é permitido tanto o
uso do sistema de navegação nativo da plataforma (função embutida
no DPS), quanto do próprio material. A intenção desta combinação é
ter como resultado um sistema mais intuitivo, que facilite a localização
e a navegação da publicação. Em resumo, são utilizados os seguintes
sistemas de navegação:

3.5.2.1. Sumários da publicação


• Sumário do próprio do material. É apresentado no início da
publicação, e perm ite que o leitor visualize todo o conteúdo abordado
e sua paginação, como aquele trazido por grande parte dos materiais
editoriai s impressos. A versão digital, contudo, possibilita a inserção
de hipe rlin ks que redirecionam o usuário para seus respectivos conte·
údos, otimizando sua utilização.
• Sumário individual de cada capítulo. É apresentado na página
inicial dos capítulos, sendo que cada um deles apresenta um próprio.
É uma lista dos conteúdos apresentados no capítulo, e também tem
hipertlnks para redirecionar o usuário. Esta lista, além de facilitar a
navegação, perm ite que o usuário tenha consciência o conteúdo do
capítulo sem ter de explorá -lo.
Para facilitar a navegação, o acesso ao sumário da publicação é possí-
vel a partir de qua lquer página. Assim, ao necessitar trocar de capítulo,
o usuário não é obrigado a voltar toda a navegação realizada para
visualizar o sumário.
Sumários do aplicativo (funções embutidas no DPS)
• Sumário simplificado. É uma modalidade de sumário que exibe
as páginas in leiais dos capítulos, com breves descrições sobre os
mesmos. Pode ser acessado de qualquer página da publicação.
• Visão panorâmica. É uma opção bastante interessante, somen-
te permitida pela plataforma selecionada (DPS). Ela consiste na exibi-
ção de min iatu ras de todas as páginas da publicação representadas
em estrutura de árvore (Garrett, 2002), permitindo a navegação direta
através dela (as miniaturas são hiperlinks).
• Slider. O slider permite que os usuários naveguem pelas
primeiras páginas dos capítulos, simplesmente deslizando o dedo a
partir da barra de navegação da plataforma (DPS).

Tra balho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 93


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Segundo as diretrizes de usabilidade para o iPad de Nielsen (2011),


a presença da função "voltar" é indispensável. Sua necessidade se
faz pela alta probabilidade de acidentes que a utilização da interface
multitouch gera. Se acidentalmente o usuário tocar em links que o
direciona para outro conteúdo da publicação, a função "voltar" per-
mite que ele retorne à página anterior. O DPS, aplicativo selecionado
corno plataforma, já ap resenta esta função em urna de suas barras de
ferramentas, como verificado na imagem abaixo:

Imagem 48. Destaque do botão voltar.

A ferramenta "busca" também é considerada importante. Contudo não


é possível disponibilizá-la no projeto por questões técnicas, citadas no
item "4.2.2. Restrições do sistema". Com isso se perde a possibilidade
de locallzar palavras especificas ou frases. Consideramos isto corno
urna das piores restrições definidas pela plataforma, identificada tam-
bém em outras plataformas utilizadas para desenvolvimento de publi-
cações digitais para tablets. A função de pesquisa por palavra não foi
encontrada em nenhuma das publicações utilizadas pela equipe.
Não foi possível inserir a função de busca na própria publicação,
entretanto, foi inserida a função de busca na web. Isso se deu pela
verificação realizada pela pesq ui sa de hábito com os usuários, que
mostrou que ferramentas de busca na web são muito utilizadas pelo
público-alvo. Entre 50 entrevistados, 45 afirmaram realizar pesquisas
online para esclarecer dúvidas surgidas durante o estudo. Portanto,
foi inserida no material a ferramenta de busca do Google. Ela pode
ser acessada diretamente da página onde o usuário encontra-se, sem
necessitar que ele saia do aplicativo onde está a apostila: é aberto um
"pop-over" sobre o material, que continua aberto em background.

94 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

3.5.2.2. A apostila de Física Moderna do Colégio Dom Bosco


Para o desenvolvimento do projeto, foi utilizada como base uma apostila de apoio no ensino
médio do colégio Dom Basco. A publicação é um caderno de 32 páginas, cujo conteúdo abor-
da a introdução à Física Moderna. Ele é entregue aos alunos do primeiro e/ou segundo ano
do ensino médio do colégio Dom Basco e seus parceiros. O material, escrito pelo professor de
física Paulo Maniesi, nos foi ced ido em formato aberto (arquivo editável do lnDesign) para que
pudéssemos extrair seu conteúdo textua l e imagético.
Seu conteúdo é composto pelos seguintes quatro capítu los:
1- Como surgiu a física moderna;
1 - Radiação do corpo negro;
3 - Efeito fotoelétrico;
4 - Dualidade onda partícula;
e tais capítulos seguem a seguinte estrutura:
• Introdução ao tema
• Panorama geral do tema.
• Delimitação específica do tema
• Conteúdo didático do te ma.
• Atividades a serem realizados em sa la de aula.
• Testes a serem realizados pelo aluno em casa.
Pode-se observar na imagem a seguir um pouco do que é o material:

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páginas da apostila de Física


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Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 95


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PA RA TA BLET COM PUTER

3.5.3. Estrutura
Como anteriorm ente citado, não faremos grande intervenção na arqui-
tetura da i nfonmação já proposta no material impresso. Os capítulos,
sub-capítulos e a sequência de apresentação é mantido conforme o
original. Na seção "4.3. A apostila de Física Moderna do Colégio Dom
Bosco" foi aprese ntada a estrutura do conteúdo da apostila trabalha-
da. Na versão digital, a arquit etura pode ser representada da seguinte
maneira:

DIAGRAMA DE ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO

' ( ' CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 ) CAPÍTULO 4 '


SUMÁRIO Como surgiu a Radiação do Efeito - Dualidadeonda
ABER: : J- l
física moderna corpo negro fotoelétrico partícula
, J , I

CONTEÚDO CO NTEÚDO CONTEÚDO CONTEÚDO


INSTRUÇÕES - DO
CAPITULO 1
.... DO
CAPITU LO 2
.... DO
CAPITULO 3
.... DO
CAPÍTULO 4
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LEGENDA
NAVEGAÇÃO POR GESTO
HORllOllTA11'4E>llt VERTICALMENTE
Por padrão da plataforma Ent.r• a.s s.ç6e:t. Enut o conteudo
HIPERLINKS Adobe DPS, os gestos de navegação da publiu~io duseç6es
realizam as seguintes ações:

3.5.4. Esqueleto
Anterior à geração de alternativas para o layou t do protótipo, fe z-se ne-
cessária a compreensão da diferença entre as dimensões dos objetos
na imagem a presentada pelo computador e daquelas apresentadas na
tela do tablet utilizado (no caso, o iPad). Em nosso projeto, a unidade
padrão para o desenvolvimento é o pixel: o menor elemento em um
dispositivo de exib ição · um monitor, por exemplo. O pixel não corres·
ponde exata mente a nenhuma outra unidade de medida, não sendo
possíve l afi rmar, por exemplo, que n pixeis sempre corresponderá a
n centímetros. Essa comparação depende da tela que o exibe. A tela
do computador exibe 72 pixeis (ou pontos) por polegada (dpO. já o
iPad exibe 132 pixe is por dpi. Ta l diferença faz com que um objeto de
1oox100 pixeis, por exemplo, tome-se menor em relação ao monitor
quando exibido no iPad.
Para compree nder melhor essa relação de diminuição, geramos uma
grade cujos mód ulos possuem 2ox20 pixeis.

96 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

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• módulo de 20x20px::: Smm

Imagem 50. Grid.

Tendo as dimensões da tela tanto na unidade de pixeis quanto de cen·


tímetros, permitiu a compreensão de que cada módulo da grade é exi·
bido com aproximadamente 5x5mm. O conhecimento desta relação se
faz extrema mente importante no caso de projetos voltados a interfaces
touchscreen, por ter de consid erar o tamanho dos objetos interativos.
As diretrizes (NIELSEN; BUDIU 2011, APPLE, 2009) aconselham que
cada alvo deve ter no mínimo 1cmx1cm, ou seja, 40X40 pixeis.

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 97


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Após tal entendimento, foi possível iniciar o estudo de posicionamen-


to dos eleme ntos pad rões (aqueles presentes em todas as páginas)
dentro do espaço compositivo. O primeiro fator que consideramos, foi
a área ocupada pelas barras de ferramentas do plataforma Adobe DPS.
A imagem abalxo exe mplifica ta is barras.

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As barras só são exibidas quando o


usuário to ca em algum ponto não inte-
rativo da tela. Para que elas não se so-
breponh am a informações relevantes
do layout, foi considerada uma área
de reserva abaixo delas. Assim, quan-
do ativas, não escondem nenhum
elemento im portante do material.

lmg 51. Barras de navegação da plataforma Adobe DPS.

98 Design UFPR
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Outra área de reserva que, de acordo com as citadas diretrizes de usa-


bilidade, deve ser respeitada é a dos objetos interativos. Para que eles
não comprometa m a navegação, devem ser posicionados ao menos
a 2 cm das bordas da página. Com isso, a grade compositiva ganha a
seguinte configuração.

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Imagem 52. Área de reserva para informações relevantes. Área de reserva para
objetos interativos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 99


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Com a área útil delimitada, partimos então pa ra os estudos das páginas. Seguindo a ordem da
arquitetura da informação, as primeiras páginas seriam a de abertura e instruções. Estas, po-
rém, serão exibidas na seção "superfície", por não possuírem ob jetos interativos relevantes. A
próxima página da arquitetura é a do sumári o. Ela apresenta o título de cada capítulo presente
no material e, tocando neles, o usuário é levado à página relativa. Para facilitar esta tarefa, os
alvos foram planejados como grandes tarjas, que aceitam o toque em qualquer ponto de suas
dimensões.

Sumário
Capítulo 1

Capítulo 2

® Capítulo 3

Capítulo 4

Instruções

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Sumário

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Capítulo 2
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Capítulo 3

Capítulo4

Instruções

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I magem 53. Wireframe


do sumário. ®

100 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Como as próximas páginas da arquitetura necessitam de um item


extra: barra de navegação, planejamos então a área ocupada por ela.
Atendendo uma das diretrizes, definimos que deveria ser posicionada
na parte superior dos layouts, por contém informações relevantes para
a navegação e localização.


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Imagem 54- Em destaque: ârea ocupada pela barra de ferramentas da publicaçàD.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 101


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PA RA TA BLET COM PUTER

Com sua dimensão e posição definida, posicionamos os elementos que a compõe:


• Botão de acesso ao sumário da apostila
• Botão de acesso ao Google
• Indicação do capítulo anterior
• In dicação do capftulo atual
• Indicação do capítulo posterior
• Indicativo visual de posicionamento dentro da apostila.
O Gráfico a seguir apresenta o posicionamento de cada item citado .

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Imagem 55. Composição da barra de
ferramentas.

102 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Em seguida, estruturamos as páginas iniciais de cada capítulo. Uma área foi reservada para
uma imagem ilustrativa, que representa o tema ap resentado no capítulo, outra para um sumário
secundário, com links para o conteúdo. Segundo Nielsen e Budiu (2011), esta página se faz re-
levante pelo sistema de navegação. Como horizontalmente navega-se apenas entre as páginas
iniciais dos capítulos, apresentar o conteúdo em forma de sumário auxilia o usuário a localizar
o conteúdo desejado sem que ele tenha que exp lorar o conteúdo do capítulo. Disponibilizar
links contribuem com a navegação e o foco na tarefa.

UNKPARACO'ln:úOO

UNKPARACO'ln:úDO

UNKPARACCl'ln:úDO

UNKPARA CCl'ITBJDO

ILUSTRAÇÃO

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UllCPARA COHTSDO

UllC PARA COHTEU>O

UllC PARA CONTEIDO

LINK PAAACONTEIDO

Imagem 55. Wireframe da pâgina de


abertura dos capítulos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 103


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Como as próximas páginas da arquitetura são referentes ao conteú-


do dos capítulos, definimos estruturas padrões para a composição
de seus layouts, ou seja: o posicionamento das imagens, textos e
objetos in te rativos presentes na apostila. Para isso, consideramos
a necessl~dade de uma boa correspondência entre o layout para as
duas posi~ções possíveis de uti lização do dispositivo: horizontal e
vertical. Após alguns estudos, verificou -se que dividindo o espaço
horizontal em três colunas e o vertical em duas, é possível diagramar a
mesma qua ntida~de de texto, permitin do versatilidade no posiciona-
mento de imagens. O esquema abaixo apresenta possíveis configura-
ções.

. •• ~11u:1 • ...,. •• 41;.


- a


- --
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-.... . . ...

e
"

Imagem 56. Exemplos de possibilidade de composição com texto e imagens.

104 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

3.5.5. Superfície
Com a estrutura definida, apresentaremos agora exemplos do desdo-
bra mento visual das páginas, ainda seguindo a arquitetura da informa-
ção.
A páglna de abertura foi desenvolvida de forma bem objetiva: apresen-
ta apenas a ide ntificação do material, a indicação do sumário e uma
ani mação exemp li fi cando o gesto necessário para acessar as instru-
ções.

Primeira vez?
Veja antes as Instruções.
va para baixo. v
L---)\...,
SUMÁRIO>
'

Imagem 57. Página de abertura

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Am orim 105


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Uma das seções do projeto que se demonstrou de grande importância


foi a das instruções. Sua presença é necessária para que o usuário
entenda como funciona o siste ma de ícones que representam intera-
tividade utilizados no mate rial, além da sistemática de gestos para a
navegação. Para ta l representação de gestos, foram geradas as seguin-
tes alternativas:

C.ptu Cep1lulu r ;Jo V

1 2 2

Passe o dedo na
c"l'~"'º C.J>lUID capitulo Horizontal
o o o Para navegar
entre os
capítulos

Imagem 58. Frames do ícone animado.


Percebemos, contudo, que nenhuma delas resolvia por completo o
problema apresentado. A representação pictórica do gesto swipe de
navegação vertica l, por exemplo, confundia o usuário. Isso porque,
para o usuário navegar para baixo no material, o gesto realizado deve
ser para cima. Essa é uma convenção da navegação da interface tou-
chscreen, na qual os usuários inexperientes apresentam dificuldades.
A solução encontrada foi a utilização de animações nos ícones que
representam os gestos. Facilitando dessa forma a cognição do usuá-
rio: mesmo a trajetória da representação da mão sendo de baixo para
cima, a página passa para a de baixo. Esse ícone animado foi aplicado
já na capa da apostila, na indicação que informa ao usuário que o
gesto swipe na vertical (de baixo para cima) levava às instruções.

Imagem 59. Frames do ícone animado.

106 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Na definição de seu layout, primeiramente todos os ícones da instru-


ção foram aglomerados na mesma página. Entretanto, percebemos
que havia muita informação, o tornava a leitura complexa, dificultando
o processo de cogn ição do usuário.

SUm6rlo rllp Ido


-\\ Toqua na tela paia axlblrJ
'() asbarrasdanawgeção


' - --Volte pera pá~ina anlerior '-""1)
' -- - -- Visualiza suas outras apostil.as Váao
sum.irio C",oogle .....,
da apostila .sem sair
Navegação Interação daaposüla

Passe o dedo na

1 2 Toque peru ~ar
horlzontsl para ou troa canteúdo9
na~rentte Saibaam
os capitulas

DasllzQ o dedo
ho~zontalmonlB
para wir mela
-
q..,capítulo

..
V

1 ~n wrtlcol
par.a a..ançar D1tsfi1a o dedo Osnumero.w hdcar1cnda
no conte~clo wirtioolmanto - " ' IOtil-ITO cio coptulo
2 pai~ Yfll" m;;iia AMta.•him••
oi~ psaCIOfam illot•

Você pode usar


seu tablet
~---Oesize o dedo para
encontrar nipidomenbl Tllulo como quiser
um """' coptulo Ooocrlyllo do cooteúdo
Minittur1 dl
p6ginil inicigl
doe oopftulo•

• 1 '

Imagem 60. Primeira opção para instruções

Para solucionar esse problema, decidimos dividir as instruções em


múltiplas páginas. Como é apontado nas diretrizes de usabilidade
(NIELSEN; BUDIU 2011, APPLE, 2009), as informações necessárias
para a navegação básica devem ser priorizadas na hierarquização. O
resultado fi nal foi a disposição dos itens em 3 páginas, posicionando
as informações de navegação básica em seu início, chegando até as
de navegação avançada em seu Fim.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianca - Maico Amorim 1O7


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

.-

----·_-.............
"Q ....... - _
..
~~......

·-
i;;

e 1oqL• r"' tf'Jl pera ti:libir


a t.l'lldll n•veg•çi o

---
---- --

.... ....
~~-
@@1'1!!1,8
Imagem 61. Primeira página
das instruções, onde se instrui
aos usuários os comandos
V~· básicos de navegação. Os
.:....J gestos de swipe na horizontal
e vertical são indicadas com
ícones animados.

Na'o'egação 1nte1açao
l t, .... ....."' .....
1

~
--t i'wOilldoN

.........
"
. ...
~

~ 1,c1110o
ft O -

- ,..,._"'..'
611 lt . .. ...,,. ""•

l
\\ "
•wa ,,...
te
Ottlb•1 d1do
• '"'
..-.-"'"''
" •@lli!!i,8 Imagem 62. Segunda página
'"
V das instruções. Nela, indica·se
ao usuário como utilizar a barra
de navegação do aplicativo
(Adobe Digital Publishing)

...-_ Vho
Yocépodeusar
seu tablet
como quiser

-------
. . . .........

OI~!

..::. foquu oqui c11~


QllOltH Ir l!O • um• r.o

.......................J
'fDCt ~ ...t "O do uptUto
A111t.1.11Mmm
Imagem 63. Terceira. e última.
, . . . , .• ...-..nY111•
""• página das instruções. Aqui o
usuário é instruído da.s formas
de interação e navegação mais
avançadas.

108 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

A última página das instruções apresenta um link que redireciona o


usuário ao sumário da apostila. Esse sumário apresenta o título de
cada capítulo presente no material. tocando neles. o usuário é levado
à página relativa. Como recurso auxiliar à nagevação, foi delimitada
uma paleta de cores para diferenciação dos capítulos. Ela surgiu do lo-
gotipo da instituição, especificamente da linha curva abaixo do nome.

oOll4 Sumário Interativo

A ToquenostituJocpara
" r 1r 801 capítulOI

q Dualidade da Onda -partícula

Instruções

Imagem 64. Sumário com a delimitação das cores por capitulo

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 109


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

As páginas iniciais dos ca pítulos têm como cor predominante a mesma


do sumário. Para informar sobre os links, é aplicado um dos ícones
apresentados nas instruções visuais.

lmg 65 Utilização de ícone para identificar os alvos. Nesse caso, foi adicionado a frase "toque nos tít ulos
para acessá·los" na intenção de reforçar o significado do ícone.

110 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

Com os grids e a paleta de cores defi nidas, foram criados os layouts do conteúdo de dois capí-
tulos:
• Capítulo 2: Radiação do Corpo Negro
• Capítulo 4: Dualidade Onda-pa rtícula
Destaca-se que para cada página desenvolvida foram criados dois layouts: vertical e horizontal.
Para os outros capítulos foram apenas desenvolvidas as páginas iniciais, mostrando um aviso
de "não há conteúdo para ser exib ido". Todos os layouts criados são exibidos na seção de
apêndices.
No caso de áreas que permitem seleção, ou seja, que se mantém
ativas após o toque, foi adicionado um contorno no alvo, visando dar
feedback e situar o usuário.
'
(
.
Dll.a!C8Ge D11 On1'e- P1rt•c.-e ( 011~hé11d~

OcS Ore.· ~-S
-
Leitura complementar Leitura complementar
louts-Yn:tor· Aetre--Raymond d.é Brôglia. Louis·Victor -Pie~· Raymond de Brog;ia..
D l.OuiS de Btogie fl 892· 1Jl87f o Louis de Brog6e {18S2-1987J

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Corpo negro
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Emmplo1 de Cotpo neorD Corpo negro
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....""""f!llPJll'_,.,..,,.,...
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Exempklt de ccrpo neQtO

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1
· 0...ãiodirÕ9 O. Dnd• P.oftit:°'I• < Cki.iló-0. ti• Ona..o P.;~..
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Comprovando a dualidade onda - partlcula Comprovando a dualidade on da -particula


........_.._. ••_ O uª O O
.. ...,,,....._...
.....,., ___
,.._ - • """"'..,'''9"i'·
~dO !)de rup;tt. O VA A
V 0 O cm:111111 .llUl1.H* •• '-""
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Q:

.,.
V

Imagens 66, 67, 78, 79, 80 e 81. Exemplos de recursos interat ivos

Trabalho de Conclusão de Cu rso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 111


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Foi desenvolvido um gráfico interativo no material, como exemplo de


uma das potencia lidades do dispositivo: a interatividade. Esse gráfico
provê feedback imediato para o usuário: enquanto ele interage com o
valor do comprimento de onda (mn), altera-se a temperatura (k) e a cor
da luz percebida.


< Radiação do Corpo Negro >
Ob~ a cur\'a ponlllhada no grMico a stgtt.lr.
Como coclsequênclas da Jl"i de \o\'le11, quanlo roa.lor a temperatura de um corpo negro. nteo0r o compnmmto de
onda que ele: emite.

Gráfico
Interativo .. - "'"'
•<;Ti li

i
.!
-- ....:o
lO
--!0:0 Q
1 - """
A
lO:O

"'
O>ol'llMCflllOllE ONQ,.I, (Nn ) 'l•J

6/7
V


< Radiação do Corpo Negro >

O~ a curv• pan~llud> no gr46co • "&ulr.


Cuiuo cooliequ.t'u<i~ da Jri de \o\'ie11. quru•to n1alor a tempcraturo J.i; um 'Ofl>O negro. n1enot o comprunmto de
nnda que d ..- emite.

Gráfico
Interativo

Q
.8.

6/7
V

Imagens 82 e 83. Gráfico interativo da Lei de Wien.

112 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Os alvos localizados na ba rra de navegação da apostila que permitem


o acesso ao Google e ao sumãrio da publicação são representados
com metãfora visual. Eles possuem um degrade que remete a um rele-
vo, lembrando um botão que pode ser apertado. Essa metãfora auxilia
a compreensão de que a ãrea é tocãvel.

Imagem 84. Metáfora visual utilizada nos botões do google e


do sumário.

Como considerações finais, é interessante destacar os signos utili-


zados para facilitar a localização do usuãrio dentro do conteúdo. Na
barra de navegação da apostila, situada na parte superior do layout,
foram posicionadas duas setas, uma apontando para a direita e outra
para a esquerda. Elas indicam qual o próximo capítulo e qual o ante-
rior, respectivamente. Também se indica o posicionamento do usuãrio
através de quatro boli nhas localizadas sobre o nome do capítulo, na
barra de navegação. Como o material possui, ao todo, quatro capítu-
los, existem quatro delas. O capítulo atual aciona a marcação, tornan-
do-a branca.

Imagem 85. Indicações da localização do usuário na barra de navegação da apostila. A imagem refere-se ao
segundo capítulo: por isso está branca a segunda indicação.

Imagem 86. Já nesta imagem, o capítulo ativo é o terceiro. Por isso a terceira indicação está ativa.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 113


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Dentro do conteúdo de cada capítulo, a página é indicada no canto


inferior direito. Esse número é seguido da indicação do número total
de páginas dentro do capítulo. A seta para baixo indica que há mais
páginas para navegar.


Corpo negro
.... ......................................................_, ........... ..........
Exemplos de corpo negro
,,._, __
.. .

Pode·S<' afirmar que"'" corpo nt·


gro absorw toda a energia nuliattk uiMPAD!. INC/,NOéCtNit
incidente, mdtpentlentemenlc do
compri111enro de onda e da direção de
inddincia. Trotando-se de um emis-
sor perfâto. para dada 1?111pemt11m
e 1!1n dado comprimento de onda, é a
s11perficit que ernire mais energia. E
de é isótropo. ou stja, a mdiação que
t11111e pode dtpe11tkr da tempcrotum
t do tí1111pri111e11ro de 011do, mas 1ulo
depende da direção. emirfndo lguol-
111mte em roda$ as direções.

Utilizada em experlmenrM ele corpo negro, por apresentar componamenro pró-


ximo, n ponto de servir como padrtlo de tempemtuni. Tem aproveitamento na
construção de plrómetros ópticos.

Imagem 8 7. Numeração de página.

3.5.6. Conclusões
O protótipo foi concluído com a produção das instruções, do sumá-
rio, do layout básico da página (barra de navegação e indicações
para situar o usuá ri o) e do desenvolvimento gráfico de dois capítulos
completos. Algumas dificuldades técn icas que ocorreram na utilização
da plataforma Adobe Digital Publishing, já que foi a primeira vez que
utilizamos a ferrame nta. Isso, acrescido do fato de todo o material
necessitar da confecção de dois layouts (horizontal e vertical), acabou
tornando o processo de produção um pouco mais lento que o espera-
do. A compilação de diretrizes rea lizada na fundamentação teórica foi
essencial para que pudéssemos projetar baseados em guide/ines já
estabelecidas. Para verificar se a interface é realmente eficaz, neces-
sita-se de testagem co m o usuário. Esse processo é documentado a
seguir.

114 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

3.6. Testes de usabilidade

O teste de usabilidade é um método empregado na ergonomia e na


interação humano-computador, que visa testar e avaliar a usabilidade
de produtos e sistemas a partir da observação dos usuários durante a
interação. Seu principal objetivo é melhorar a facilidade de uso de um
produto. (SANTA ROSA; DE MORAES, 2010). Para Jeffrey Rubin, (1994)
tais testes são processos nos quais participantes representativos
avaliam o grau de eficiência de um produto no relativo à sua usabili-
dade. Os testes são mais eficientes quando realizados durante a fase
de desenvolvimento do produto, assim possibilitando a identificação
precoce de deficiências.
Os testes de usabilidade devem ser realizados com seu público-alvo,
especia lmente com pessoas que ou utilizaram produto semelhante
em um passado recent e, ou necessitarão dele em futuro próximo.
(KUN IAVSKY, 2003 apud SANTA ROSA; DE MORAES, 2010). De modo a
evitar uma análise de comportamento idiossincrático, Dumas e Redish
(1999, apud SANTA ROSA; DE MORAES, 2010) aconselham a partici·
pação de duas ou três pessoas no teste. Nielsen (1995, apud SANTA
ROSA; DE MORAES, 2010) sugere que a participação de cinco pessoas
seja a mais recomendada, pois possui a melhor relação custo x bene-
fício. Com esse número de envolvidos, é possível obter-se a detecção
de 85º/o dos problemas apresentados, segundo o pesquisador. Como
mostra o gráfico abaixo, não vale a pena envolver mais usuários no
teste, pois para descobrir 90º/o das deficiências seria necessário o
dobro de participantes .

....
o 100%
·-
"O

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.o
V
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.,
o.
., 75º'6
"O

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-
·-
"O

.o
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....
.,E"'
-e
.o
o.
25ºAi

3 6 9 12 15

Número de usuários testados

Gráfico 3. Número de usuários testados e problema de usabilidade per·


cebidos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 115


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

José Guilherme Santa Rosa e Anamaria de Após o teste, se faz necessária a entrevista
Moraes sugerem que os testes normalmente com o participante: essa será a oportunidade
possuem uma estrutura com características fina 1para que o pesquisador atinja sua meta.
em comum: "A entrevista pretende expor o processo de
pensamento e raciocínio atrás de cada uma
1. Objetivo principal.
das ações dos participantes".
2. Os participantes representam usuários
reais. 3.6.1. Participantes
3. Os participantes realizam tarefas reais. Colocadas as recomendações dos experts no
assunto, as adaptamos ao nosso contexto. Em
4. Observa-se e registra-se o que os partici-
nosso caso, o público-alvo engloba estudan-
pantes fazem e dizem.
tes de ensino médio, entre 13 e 18 anos. Es-
5. Analisam-se os dados, diagnosticam-se colhemos trabalhar com o número de partici-
os problemas reais e, então, recomendam-se pantes recomendados por Nielsen, somando
alterações para consertar tais problemas. 5 envolvidos. Procuramos avaliar usuários que
A meta do pesquisador durante o teste é já possuem certa experiência com telas touch
screen, no intuito de diminuir o efeito de
compreender o porquê dos erros do usuá ri o.
Os autores recomendam que os testes sejam "estréia", no qual o usuário perde o foco da
filmados. Para tal, não há necessidade de ati vidade pelo fator novidade. Este efeito foi
muitos equipamentos: uma câmera de vídeo percebido por e Raluca Budiu e Jakob Nielsen
(2010), na primeira edição do relatório sobre a
é suficiente para registrar todas as tentativas
e erros do usuário. Os autores chamam o loca l usab ilidade no iPad.
de realização das filmagens de "laboratório Como um adendo, decidimos adicionar uma
de usabilidade". Antigamente, eram utiliza- testagem com 2 adultos, com idades entre 25
dos laboratórios formais para a testagem. a 65 anos. Eles representam a parcela de pro-
Entretanto.devido ao custo, atualmente os fessores, que também farão uso do sistema
ambientes são mais informais - o que é inte- em sa la de aula.
ressante pois acaba remetendo ao contexto
de uso habitual do usuário. 3.6.2. Laboratório de
Para a realização do teste, o avaliador deve usabilidade
estipular ao usuário tarefas a serem realiza- Como os participantes envolvidos em nossa
das, relacionadas aos objetivos e expectativas testagem são, em sua maioria, menores de
da pesquisa - que devem ser realistas relevan- idade, decidimos facilitar o processo para o
tes para o usuário. A utilização do recurso de usuário e realizar os testes em suas residên-
cenários também é viável, visando a elimina- cia s. Assim, não há a necessidade de loco-
ção de algumas artificialidades. O cenário é moção dos estudantes, que, em geral, não
uma breve contextualização, em linguagem possuem veículos próprios. Santa Rosa e De
apropriada ao usuário, que deve ser entregue Moraes afirmam que o ambiente informal de
ao avaliado por escrito. Os autores exe mpli- testagem, que remete ao contexto de utiliza-
ficam: "Você acabou de chegar no seu escri- ção real, é bem vindo. Portanto, como nosso
tório depois de umas curtas férias. Verifique produto será também utilizado em casa,
quantos e-mails têm à sua espera. Se tiver acred itamos que essa decisão não afetará os
mensagens de seus familiares, leia-as". resultados da pesquisa.
Recomenda-se a realização de um teste-piloto
anterior à realização das análises efetivas. As·
3.6.3. Equipamentos
sim, testam-se as tarefas, cenários, calcula-se O teste será realizado em um iPad, entregue
o tempo médio de realização e configura-se o ao usuário pelos avaliadores. Para registro
equipamento. dos testes usaremos uma câmera de vídeo
digital, suportada por um tripé.

116 Design UFPR


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3.6.4. Método de avaliação avali ar, no teste com os usuários, a compreen·


são do conteúdo de física apresentado no ma·
O método de avaliação desenvolvido foi teria!. O conteúdo pedagógico do material é
baseado nas diretrizes suge ridas por Santa de responsabilidade do Colégio Dom Bosco e
Rosa e De Moraes (2010). O objetivo pri nci pa 1 de seus desenvolvedores. O foco do trabalho
do teste com o usuário realizado é detectar é o desenvolvimento das potencialidades do
problemas da interação usuário· aplicativo. uso da apostila no tablet computer, portanto
Inicialmente, os usuários são questionados procurou-se identificar problemas apenas na
sobre sua idade, série do colégio e sobre sua usabilidade e na apresentação do conteúdo.
experiência de uso de tablets: alta, moderada
ou baixa. Na condução do teste, cinco tare- 3.6.5. Delimitação das tarefas e
fas numeradas são entregues por escrito ao
entrevista
usuário, que deve realizá-las em sequência. O
tablet é fornecido já com o aplicativo dese n- As tarefas definidas ao usuário abrangem,
volvido aberto, exibindo a capa. O usuário é principalm ente, três características da usabili-
deixado sozinho no ambiente, para que não dade do sistema:
haja interferência, verbal ou presencia l, do • Instruções - Avalia a compreensão das
pesquisador. A realização das tarefas é regis· instruções iniciais de navegação;
trada em vídeo, para futura avaliação. • Navegação - Avalia a localização do
Após o teste realiza-se uma entrevista: méto· usuário dentro do conteúdo, e se consegue
do interrogativo mais flexível para coleta de trocar de capítulo com facilidade;
dados. De Moraes (2002 apud SANTA ROSA; • Exercícios - Avalia a compreensão da for-
DE MORAES, 2010) a classifica como: ma de realização dos exercícios propostos.
• não diretiva (sem estruturação do proble· • Portanto, foram definidas as seguintes
ma pelo pesquisador); tarefas, em forma de cenário:
• focalizada (descrição livre, mas baseada 1-"Você recebeu esse tablet da escola para
em hipóteses e em certos temas); usar em seus estudos. Essa apostila de física
• semi-estruturada (aplicada a partir de veio junto com ele. Abra as instruções de uso
perguntas abertas); para entender como ela funciona."
• clínica (que visa a interpretação sócio- 2- "Você tem que realizar uma atividade sobre
· psicológica da situação ou da personali· um conceito físico, a Lei de Wien. Vá até a pá-
dade dos sujeitos através de suas verba li· ginas capítulo 2 - Radiação do Corpo Negro
zações. e dê uma olhada na página."
De acordo com os autores, "a entrevista 3 - "Você ficou cu rios o para saber mais sobre
pretende expor o processo de pensamento e o Prêmio Nobel. Abra o Google e pesquise
raciocínio por trás de cada uma das ações dos sobre ele.
participantes." (SANTA ROSA; DE MORAES,
2010).
Em seguida, volte para a apostila. "

A entrevista é gravada em áudio. ln icialmen· 4 • a) "Vá até o gráfico interativo da lei de


te, deixa-se o participante dizer tudo que lhe Wien, localizado no final do capítulo, interaja
vem a cabeça. As perguntas devem co meçar com ele."
a partir de tópicos de nível gera l, passando b) "Vá para a próxima página. Como tarefa
para aos específicos. O foco da entrevista é de casa, você deve realizar os exercícios que
a compreensão de problemas e dificuldades. estão nela. (Pode chutar as respostasO"
(KUNAVIAVSKY 2003 apud SANTA ROSA; DE
5 ·"Na próxima aula, você irá realizar o expe-
MORAES, 2010)
rim ento "Comprovando a dualidade onda-
É importante salientar que não pretendemos -partícula" em sala. Vá até o final do capítulo

Trabalho de Conclusão de Curso. Patriàa Bianco · Maico Amorim 117


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

4 e anote nessa folha qua l dos materiais você pode levar."


A entrevista compõe-se das seguintes perguntas:
t - O que você achou da apostila, no geral?
2 ·Do que você mais gostou? E o que menos gostou?
3- Achou difícil utilizar o material?
4 ·Você achou fácil se localizar dentro do conteúdo?
s· Você gostaria de usar uma apostila nesse formato para seus estu-
dos?
6 ·Quais suas sugestões para melhorar o aplicativo?

3.6.6 Aplicação do teste


O teste foi realizado através da captação das realização das tarefas
em vídeo, seguida da entrevista gravada em áudio. Como comentado,
o "laboratório de usab ilidade" (SANTA ROSA; DEMORAES, 2010) foi a
própria residência do usuário. A câmera foi colocada sobre uma mesa
e posicionada no tripé de forma a captar a imagem de cima. Isso per-
mitiu o enquadramen to do tablet e da mão do usuário, como exempli-
fica a imagem 88.
No início do teste, o iPad foi deixado sobre a mesa com a apostila

Imagem 88. screenshot do vídeo de teste

118 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

já aberta, exibindo a capa. O conjunto de folhas contendo as tarefas foram deixadas ao lado.
A única instrução dadas ao estudante foi a da necessidade de cumprimento das tarefas, na
ordem enumerada. A partir do mome nto que ele estava acomodado na cadeira, iniciava-se a
gravação. Corno citado, o usuário foi de ixado sozinho no ambiente, para que não houvessem
interferências.
A última página do conjunto de tarefas entregue ao usuá rio exibia um aviso, informando-o que
o teste estava "quase no fim" e que poderia chamar a equipe no outro ambiente. Nesse mo-
mento então, era realizada a entrevista.

3.6. 7. Análise dos dados


A análise dos dados gerados pelos testes com os usuários, con-
siderando os dados quantitativos e qualitativos e as observações
e comentários dos participantes, foi utilizada para diagnosticar e
documentar, recomendar soluções para os problemas de usabilidade
encontrados. (SANTA ROSA; DE MORAES, 2010)

3.6.7.1. Análise dos vídeos


A análise dos vídeos procedeu, em um primeiro momento, na observa-
ção das ações (gravadas em vídeo) de cada participante, seguida da
cronometragem do tempo que cada um tornou para realizar as tarefas
propostas. Para que o tempo contab ilizado apresentasse maior fide-
lidade, foi descontado aquele que o usuário tornou para ler a tarefa
(entregue a ele por escrito) . Assim, foi sornado apenas o tempo em
que se notou que o usuário prestava atenção no dispositivo. Para não
influenciar os resultados, os casos de desistência· quando a tarefa
não foi cumprida pelo usuário - não estão presentes na tabela. A infor-
mação, da mesma forma, é de grande relevância, pois revela um ponto
crítico na usabilidade da interface. Assim, mesmo desconsiderada no
cálculo dos dados estatísticos de tempo., ela será levada em conta na
análise gera 1.
Os usuários foram classificados na tabela de acordo com seu tempo
total, colocando o menor tempo em primeira posição, e o maior em
última. Desta forma, foram nomeados corno "usuário A" até "usuário
E". Esses dados geraram três diferentes modalidades de estatística:
a média, a med iana e a range (FERREIRA, 2002). Esses dados são
gerados visando futuras aplicações, caso seja dada continuação ao
projeto. A seguir, elas são definidas:
• Média: sorna de todos os tempos do usuário, dividida pelo número de tarefas (cinco).
• Mediana: apresenta o tempo exatamente no meio, ou a média dos tempos do meio, se
par.
• Range: revela o menor e o maior tempo levado pelos usuários para cada tarefa.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 119


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

1 usuARlo TMEMt TAREFA2 TAREM 3 TAREFA 4 TAREFAS TOrAI. 1


A 00:42 00:15 00:40 01:02 00:58 03:37
8 00:23 00:51 00:37 00:39 01:40 04:10
e 01:20 00:12 00:36 01:51 00:59 04:58
D 01:26 03:12 01:50 07:08
E 01:10 00:35 00:34 03:18 02:00 07:37
f 00:28 02:44 01:48 00:26 10:26

M{DIA 00:49 01:00 00:37 01:58 01:19 06:19


MEDIANA 00:42 00:43 00:37 01:49 01:19 05:54
RANGE 00:23 00:12 00: 34 00:39 00:26 o:z:14
01:20 02:44 00:40 03:18 02:00 10:26

Para a análise de desempenho dos usuários, os principais dados


considerados são os dados da range e os casos de desistência. A
range revela qua l usuário obteve o melhor e qual obteve o pior tempo
em cada tarefa. Seus vídeos serão reavaliados, para que tomemos
nota das dificuldades e erros daquele que apresentou maior tempo.
Tais informações permitirão a compreensão do porquê há a diferen-
ça de tempo demandado entre os usuários avaliados (melhor e pior
tempos). Acreditamos priorizar a ava liação dos usuários que necessi-
taram de mais tempo para rea lizar a tarefa e dos casos de desistência
possibilita focar a análise nos casos que potencialmente apresentam
maior número de erros.

As tabelas a segu ir com pilam essas informações, que serão utilizadas


como base para a de limitação de diretrizes de readequação. Divididas
por tarefa, elas a presentam os dados do usuário que obteve o pior
desempenho em cada uma delas.

A primeira coluna das tabela s registram a ação realizada pelo usuário.


A segunda e terce ira informam se a ação foi produtiva ou improdutiva,
ou seja, se ela colabora ou não para a realização da tarefa. A quarta
coluna apresenta uma interpretação da possível causa do problema,
inferida pela observação do vídeo da tarefa. A última coluna categoriza
a natureza desse problema, baseando-se nos elementos da experi-
ência do usuário desenvolvida por Garrett (2003). Abaixo, recorde de
uma das ta belas para exemplificar o método. Na seção de apêndices
anexamos as tabelas das tarefas analisadas.

Tarefa 2 - Usuário F
IAçlo PftldullVI lmpiadutlva PaulYel Problem C.tlpda 1
Tenta avançar para baixo O Usuário não compreende/ memori- Estrutura
X za o gesto correto para navegar entre
os capítulos.
Avança para a direita o/
Retorna ao sumário O usuário não compreende a arquite- Estrutura
X tura da informação e onde se localiza
nela.
Toca no capítulo 1 Diflculdade para diferenciar entre os Esqueleto I
X títulos dos capítulos. Superfície
Retorna ao sumário com swipe Retorna por não compreender sua Estrutura
X posição dentro da arquitetura da
informação.

120 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Como anteri ormente citado, foram também avaliados os casos onde


houveram desistências por parte do usuário. Das três desistências
identificadas, só uma possi bili ta ava liação. Nos demais casos não foi
possíve l identifica r se houve intenção do usuário em completar a ta-
refa. Por exe mplo, depois de rea lizar a tarefa 2 , o usuário F envolve-se
num processo, ao que parece, de exploração do material. Quando ele
volta à rea lização das tarefas, simplesmente ignora a tarefa 3 e passa
direto para a 4. Portanto, apresenta -se abaixo o registro da desistência
do usuário D.

Desistência da Tarefa 3 - Usuário D


Açlo Pnldutlva lmpNldutlva Passivei Prable• Catepria
para entrar no google, sai do Não localiza o botão dentro da interfa- Supelf"1<:ie
aplicativo X ceda apostila
abre o navegador padrão do ipad X 1

tenta pesquisar mas falha por não


X
ter conexão com a internet
1
procura por wn tempo como retor- Não há um ícone para identificara Supeif"Kie
X
nar para a apostila aplicativo.
desiste e chama a avaliadora .,/

Os problemas de usa bilidade foram agrupados de acordo com a


classificação baseada em Garrett. Gerando assim a base para a delimi-
tação de diretrizes de refinamento. Esse agrupamento é mostrado
abaixo:

Esqueleto - Quadro síntese de problema s compilad os


Dificuldade para diferenciar entre os tftulos dos capítulos.
Dificuldade em identificar o capítulo pela página inicial.
Dificuldade em se localizar na arquitetura da informação
Falta a função na interação/ O tratamento visual indica a presença de ação
A Seta é interpretada como botão e não como indicação/ A representação animada do gesto não cwnpre corretamente sua
função.
O usuário não reconhece a presença do objeto interativo/ O usuário não memo riza o gesto correto de navegação

Estrutura - Quadro síntese de problemas compilados


O Usuário não compreende / memoriza o gesto correto para navegar entre os capítulos.
O usuário não compreende a arquitetura da informação e onde se localiza nela.
Retoma por não compreender sua posição dentro da arquitetura da informação.
O usuário não reconhece a presença do objeto interativo/ O usuário não memoriza o gesto correto de navegação

Superfície - Quadro síntese de problemas com pila dos


O usuário não reconhece a presença do objeto interativo/ O usuário não memoriza o gesto correto de navegação
A Seta é interpretada como botão e não como indicação
A representação do termômetro parece mais relevante visualmente que o slider.
Não localiza o botão do Google dentro da interface da apostila
Não há um !cone para identificar o aplicativo.
Dificuldade para diferenciar entre os títulos dos capítulos.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco · Maico Amorim 121


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Acreditamos que a aplicação desse método seja suficiente para iden-


tificação de grande pa rte dos problemas de usabilidade. Entretanto,
o método idea l consistiria no registro das ações de todos os partici-
pantes, gera ndo seis tabe las como as apresentadas para cada uma
das tarefas. Isso anularia a possibilidade da geração de uma análise
idiossincrática, citada por Dumas e Redish (1999, apud SANTA ROSA;
DE MORAES, 2010).

3.6.7.2. Análise das entrevistas pós-teste


Poucos usuários fizeram comentários realm ente relevantes ao desen-
volvimento projetual. Todos eles afi rmaram que gostariam de utilizar
uma apostila em tablet na sala de aula e elogiaram a interatividade
do materia l. Percebemos, entretanto, que alguns dos usuários fizeram
comentários contrastantes a seu desempenho no teste. Mesmo de-
monstrando dificuldades na realização das tare fas gravadas em vídeo,
declararam na entrevista que não tiveram problemas e que achavam o
sistema muito bom. Santa Rosa e De Moraes (2010) afirmam que isso
ocorre com usuários com menor exp eriência, que atribuem o insucesso
à si mesmos. De fato, isso ocorreu com os usuários que declararam
possuir expe riência moderada com o dispositivo.
É interessante destacar a entrevi sta do usuário A. Com alta experiência
no uso de tablets, ele declarou que o projeto segue uma tendência
mundial da conversão de mídia para o meio digital. Segundo o estu-
dante, a utilização do material didático em um dispositivo tecnológico
é muito interessa nte pois compactua com o contexto em que se vive
atualmente. Elogia o layo ut o acesso fácil ao google e a navegação
que, segundo ele, é muito mais fácil do que a dos livros tradicionais, já
que não se faz necessá rio "ir e vir" para voltar ao sumário e encontrar a
página desejada. O único problema que ressalta é a falta de uma visu-
alização gera l das páginas. Contudo, essa visualização se faz possível
através de um dos ícones do própri o aplicativo, mostrado abaixo:

___._ __ _
--
--....--·=l:
C"'.J....=~- =-~...!:.:
-

Figura 89. ícone --


-·-------

-·-
·- ••
que mostra todas
as pags. da publi· '•
cação. .• - •

122 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Portanto, a observação do estudante é considerada um problema das


instruções: a explicação da função do ícone deve ser revista, tornando-
-se ma is visível.
Outro usuário comenta que a forma de navegação do sistema poderia
ser mais bem exp licada. Ela refere-se à arquitetura da publicação:
swipe horizontal para mudar de capítulo, e swipe vertical para navegar
dentro de um mesmo.

3.6.7.2. Conclusões
Era considerado pela equipe que se fossem seguidas as guidelines es-
tudadas, seriam prevenidos boa parte dos problemas de usabilidade
da interface. Entretanto, com a realização dos testes com os usuários,
percebemos que ainda restaram várias questões a serem revistas.
Caso seja realizado o refinamento sugerido pelas diretrizes alcançadas
pelo processo projetual aqui documentado, acreditamos que ainda
seja necessária outra testagem antecedente à implementação do
projeto.

3.6.8. Diretrizes de readequação


Abaixo, são compiladas em forma de diretrizes os problemas identifi-
cados no teste de usabilidade.
» Melhorar a diferenciação entre os títulos dos capítulos.
» Facilitar a identificação do capítulo pela página inicial.
» Facilitar o entendimento de como funciona a arquitetura da informa-
ção.
» Tornar interativo os objetos que parecem permitir interação.
» Tornar a seta de ind icação da barra de navegação um alvo, redirecio-
nando o usuário ao capítulo indicado.
» Melhorar a representação do gesto swipe (o ícone atual apresenta
animação).
» Melhorar a affordance dos objeto interativo.

» Facilitar a memorização do gesto correto de navegação.

» Facilitar o entendimento do gesto de navegação entre os capítulos


(swi pe na horizontal).
» No gráfico interativo, melhorar a indicação de que a interação é
realizada pelo slider.
» Melhorar a diferenciação do botão do Google.

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 123


lf· CONSIDERAÇÕES FINAIS
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Por tratar-se de um projeto inserido em um contexto muito recente,


encontra mos, em um primeiro momento, alguns problemas na delimi-
tação exata de sua extensão. Não tivemos acesso a qualquer processo
de pesquisa semelhante, e isso nos levou a almejar um projeto muito
mais extenso, o que seria impossível de realizar no tempo definido.
Por causa disso, tomamos alguns caminhos equivocados, o que atra-
sou um pouco o processo de produção. Contudo, conseguimos definir
objetivos e, por fim, alcançar um resultado relevante com o projeto.
Justificamos a importância da realização do projeto pelo bom "timing"
do contexto em que vivemos, delimitado no decorrer do trabalho.
Dentro do período de desenvolvimento do próprio projeto, pudemos
perceber que o contexto alterou-se constantemente, tomando pro-
porções cada vez mais relevantes. No início da pesquisa, o montante
de material que se encontrava era muito menor que o de hoje. Era
mais comum encontrar notícias dev escolas estrangeiras inciando a
inserção de tab lets no estudo. Hoje, vá rias escolas do ensino priva-
do brasileiro já inseriram ou estão movimentando-se no sentido de
inserir o dispositivo em sala de aula. E isso não restringe-se ao ensino
particular: o governo brasileiro também já apresenta interesse na no-
vidade, preparando-se para disponibilizar os tablets no ensino públi-
co. Portanto, acreditamos que a pesquisa aqui gerada seja relevante
especialmente para o momento atua l, no qual a inserção de tablets no
ensino ganha crescente importância na mídia.
Percebemos que, frente ao sucesso dos tablets, o meio da educação
potencializou as discussões sobre a inserção de tecnologia em seus
processos. Esperamos que isso reflita na quantidade de estudos
produzidas sobre o assunto. Por ser assunto de cunho recente, foi
relativamente difícil encontrar referencial teórico sobre experiência do
usuário em tablets. Mais especificamente, referencial sobre publica-
ções (revistas, livros e outros materiais editoriais) voltados à mídia.
Contudo, acreditamos que devido a notoriedade que o assunto vem
ganhando, essa necessidade seja suprida em pouco tempo.
Acreditamos que o desenvolvimento de nosso projeto encaixa-se na ori-
gem de uma discussão que ganhará ainda maior relevância em um futuro
próximo. O trabalho aborda algumas das considerações essenciais para
o início do desenvolvimento de outros materiais do gênero, e neste ponto
encontra-se uma de seus pontos fortes. O projeto consiste na abordagem
das questões iniciais a serem avaliadas para o desenvolvimento de pu-
blicações digitais, sendo a navegação uma das mais relevantes. Portan-
to, nele apresentamos o estudo, a análise, a aplicação e a validação de
questões que supomos importantes em um processo de transposição de
material do meio impresso ao digital.
A modalidade que o projeto apresenta pode ser considerada como uma
"novidade", sendo esta a primeira vez que projetamos esse tipo de ma-
terial. Como tudo que envolve o projeto ainda é recente, os softwares de
criação de material para tablets ainda revelam pequenos defeitos em seu
sistema. Isso, adicionado de nossa inexperiência na operação, acabou
dificultando o desenvolvimento técnico do protótipo. O processo projetu-

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 12 7


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

ai, por esse motivo, tornou-se mais lento em alguns momentos- Contudo,
superados os fatores dificu ltantes, acreditamos que a confecção do pro-
jeto nos acrescentou muito na compreensão do processo como um todo.
Essa noção que adquirimos, por vezes, superou até mesmo a importância
do desenvolvimento do protótipo em si. Com o conhecimento absorvido,
tanto na área projetuat como na de pesquisa, podemos nos considerar
aptos à projetar, no futuro, materia is da mesma espécie. Acreditamos
que o crescente consumo e va lo ri zação dos dispositivos dotados de teta
touchscreen, acabará gerando uma grande demanda de mão de obra de
desenvotvin1ento de conteúdo para eles. Tornando esse novo nicho de
mercado muito interessante para designers gráficos, em todos os âmbi-
tos do desenvolvimento: projeto gráfico, programação e pesquisa com o
usuário.

O resultado apresentado por esse traba lho de conc lusão de curso, em


nossa opinião, represen ta o iníc io de uma potencia l bem-sucedida im-
plementação do material didát ico em tablet s pelo colégio Dom Basco. S
instituição apresenta uma boa infraestrutura, e já iniciou a inserção dos
tablets em sala de aula. Para ta l, entretanto, ainda se faria necessário
maior refinamento visual, inciando pela adequação do material através
diretrizes de readaptação apresentadas. A seguir, fariam-se necessárias
novas testagens com o usuário, no intuito de verificar a usabilidade do
sistema. O processo de impleme ntação poderia ser implementado, por
fim, após a observação do comportamento do material em contexto real:
por ser uma tecnologia inovadora, seria interessante verificar se sua inser-
ção é realmente benéfica.

128 Design UFPR


5. AP!NDICES I ANEXOS
Resultados da pesquisa
,,, .
com os usuar1os
Idade dos
participantes

13 anos 3
14 anos 2
15 anos 6
16 anos 15
17 anos 11
18anos 13

AMOSTRAGEM

Quanto ao hábito de uso de meios digitais

1. Quais meios você mais utiliza


para se comunicar com seus amigos?

Telefone
SMS
Celular
Bate Papo
Redes Sociais

QUESTÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA RESPOSTA AMOSTRAGEM

2. Com que frequê ncia


você usa o computador?

Menos de 3 vezes por semana 1 2º/o

De 3 a 5 vezes por semana 4 8%

Mais de S vezes por semana 3 6o/o

Todos os dias 13 26%


Todos os dias, mais de uma vez 29 58
s 10 15 20 25 10 3> 40 45

AMOSTRAGEM
3. O que você mais faz quando
está online?

Usa programas de bate-papo


Usa e atualiza suas redes sociais
Faz buscas na web
Lê blogs. revistas digitais e sites
Utiliza a web para estudar
Assiste vídeos
Joga em rede
10 15 20 25 j() .. o 45

QUESTÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA RESPOSTA AMOSTRAGEM

Quanto ao uso do celular


4 . Você acessa internet no seu celular?

Sim. acesso em 3G 16 32%


1
Sim. acesso em wi-fi 10 20%

Sim, acesso em GPRS 1 2%

Não acesso internet no celular 22 44o/o

Não possuo celular 1 2%


J 10 l~ 10 is JD l~ •• 4~
'
AMOSTRAGEM

s. Você se considera dependente do seu celular?


Sim, me considero dependente 13 26%

Moderadamente dependente 26 52%

Não sou dependente 10 20%

Não possuo celular 1 2%


J ; 10 lS 20 15 jO j~ 40 45

AMOSTRAGEM

6. Quais conteúdos você mais


acessa no celular?

Programas de bate-papo
Redes sociais
Faz buscas na web
Lê blogs, revistas digitais e sites 1
Assiste vídeos

Joga em rede 1
o 5 1') 15 20 75 30 35

QUESTÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA RESPOSTA AMOSTRAGEM


Quanto ao material didático

7. Que tipo de material didático você


utiliza em aula?

Livros fornecidos pela instituição 14 28%

Livros indicados pela instituição 18 180/o

Apostilas 27 54%

AMOSTRAGE"I

8. Em média quantos(as) utiliza simultaneamente?

Apenas 1 18 36%

De 2 a 3 20

De 4a s 5 10%

Mais de s 7 14%
s 1() 15 20 25 30 3~ 40 4~

AMOSTRAGEM

9 . Você está satisfeito com o material didático


que sua escola fornece ou indica?

AMOSTRAGEM

e 45

40

35

30

25 23

20
15
15

10
6
4
s 2

o 1 2 3 4 5
muito muito
insatisfeito satisfeito
Quanto aos hábitos de estudo

10. Quando está estudando em casa, como


normalmente esclarece dúvidas?

Pesquisa no próprio material didático


Anota e pergunta para o professor
em uma próxima oportunidade
Pesquisa em dicionários, livros e afins
Pesquisa na web
o !~ 30 '

QUESTÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA RESPOSTA ~ '-IOSTRAGEM

11. Que fontes de pesquisa você geralmente


consulta para fazer trabalhos escolares?

Livros e enciclopédias
Jornais e revistas
Pesquisa na web
Wikipedia

QUESTÃO QUE PERMITE MAIS DE UMA RESPOSTA AMOSTRAC.EM

Quanto ao uso de tecnologias no ensino

12. Sua escola possui um portal on-line


no qual disponibiliza conteúdo?

Sim, onde e disponibiliza diversos conteúdos 31 62o/o


Sim. mas apenas para 10 20%
visualização de notas e resultados
Não possui l 9 18%
J 10 15 20 15 30 35 40 45

AMOSTRACEM

13. Com qual frequência você acessa esse portal?

Raramente 14 28%

Até 3 vezes por mês 7 14%

Uma vez por semana 9 18%

Até 3 vezes na semana 6 12%

Mais de 3 vezes por semana 5 10%


5 10 15 20 25 30 35 40 45
AMOSTRAGEt-'
14. Sua escola disponibiliza computadores
para uso em sala de aula?
Sim. temos computadores 10%
disponíveis em todas as aulas 7
Sim, mas apenas em aul.as específicas 27 54%

Não temos computadores disponíveis 13 260/o

Outro J 5
o lO 15 20 25 ~o 40 4S l
AMOSTRAGEM .

15. Qual a sua experiência com aparelhos dotados


de telas sensíveis ao toque (Touchscreen)?
Gosto muito de utilizá-los r 31 61%

Acho legal, mas não faço questão de ter um 1 15 30%

Acho eles difíceis de usar r3 6%


Nunca experimentei nenhum 1 2°/o
aparelho com tela touchscreen
o , 'º 15 10 25 30 35

AMOSTRAGEM

16. Qual a sua e><periência com computadores tablets?

Tenho um e gosto muito 6 10%

Tenho um mas não gosto muito o 0%

Gosto muito de utiliza-los, com certeza teria um 17 34°/o

Acho legal mas não faço questão de ter um 10 20%

Acho eles difíceis de usar 2 4%

Nunca experimentei 16 32%


o s 10 15 20 25 30 35
"º -5
AMOSTRAGE~'

17. O que acha de usar um tablet para seus estudos?

Acho ótima ideia, facilitaria muito minha vida 24 48%

Gosto da ideia mas não sei se me adaptaria 8 16%

Só experimentando pra saber 12 24%

Acho que não daria certo 4 8%

Outro 2 4%
10 15 20 25 30 35 L
" 5 "º
AMOSTRAGEM
MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Tabelas de anáUse das tarefas.

Tarefa 1 - Usuário C
IAçlo Produtiva Improdutiva Pollfwl Problema c.ta111d1
Acessa às instruções tocando a A Seta é interpretada como botão e Esqueleto/
seta e não pelo gesto não como indicação / A representa· Superfície
X
ção animada do gesto não cumpre
corretamente sua função.
Tenta avançar tocando a seta ASeta é interpretada como botão e Superfície
X
novamente não como indicação
Avança conforme o gesto indicado ./

Toca no centro da tela para exibir a ./


barra de navegação
Avança conforme o gesto indicado ./

Retoma à página anterior X Sensibilidade da interface mulli-touch Sistema


Toca no botão indicado e vai ao ./
índice

Tarefa 3 - Usuário A
IAçlo Produtiva Improdutiva P'ossiwl Plllblema Cll pda
Toca no botão do google ./
Busca o termo solicitado, acessa ./ 1
na wikipedia
Tenta sair do navegador pela seta X relativo ao aplicativo, impossível de Plataforma
que realiza a função "voltar", onde ser resolvido
deveria ser no botão "concluir"
Localiza o botão ·concluir" e fecha ./
o navegador Interno

Tarefa 4 - Usuário E
IAç1o Produtiva Improdutiva Potslwl Plllbl••• c111pd1
avança pelas páginas do capítulo ./

retorna até a pagina solicitada na ./


tarefa
avança para o próximo capítulo X
pelo gesto swipe
retorna para a página anterior ./

tenta interagir com o gráfico pelo X A representação do termômetro Superfície


termometro parece mais relevante visualmente
que o slider.
identifica a forma de interação ./

interage diversas vezes com o ./


gráfico
Avança para a página dos exer- ./
cícios
Toca na caixa de entrada de texto ./
digita algumas palavras ./
tenta minimizar o teclado de diver- X Problema relativo ao iOS do iPad. não Plataforma
sas maneiras pode ser resolvido
localiza a forma correta ./ 1

seleciona uma das opções ./


reconhece e toca no botão de ./
enviar respostas

Trabalho de Conclusão de Curso - Patricia Bianco · Maico Amorim 135


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGIO DOM Basco PARA TABLET COMPUTER

Tarefa 2 - Usuário F
[Açlo Produtlv1 lmprodUtlVI Pl:ltlfwt Plobllml Cri pd1
Tenta avançar para baixo O Usuário não compreende / memori · Estrutura
X za o gesto correto para navegar entre
os capítulos.
Avança para a direita .,/

Retoma ao sumário O usuário não compreende a arquite · Estrutura


X tura da informação e onde se localiza
nela.
Toca no capítulo 1 Dificuldade para diferenciar entre os Esqueleto/
X
títulos dos capítulos. Superfície
Retoma ao sumário com swipe Retoma por não compreender sua Estrutura
X posição dentro da arquítetura da
informação.
Toca no capítulo 2 .,/

Retoma ao sumário com swipe Dificuldade em identificar o capítulo Esqueleto/


X
pela página inicial. Superfície
toca no capítulo 3 X Usuário explorando a apostíla
Retoma ao sumário com swipe X Usuário explorando a apostila
Toca nas instruções X Usuário explorando a apostila
Tenta tocar na indkação de cont~ A Seta é interpretada como botão e Superfície
X
nuação não como indicação
Toca acidentalmente na seta que Função da plataforma, impossível de
X
leva a próxima pagina ser alterada
Descobre a função da seta e expio· .,/
ra, navegando entre páginas
Para no sumário .,/
Retomas às instruções X Usuário explorando a apostila
Sobe até a capa X Usuário explorando a apostila
Toca na seta que indica a presença A Seta é interpretada como botão e Superfície
X
das instruções não como indicação
Navega pelo stider .,/

Tenta avançar tocando nas setas A Seta é Interpretada como botão e Superfície
que indicam a continuação do X não como indicação
conteúdo
Toca nas instruções X Dificuldade em se localizar na arquite- Esqueleto/
retorna à página inkial X tura da informação Superfície
tenta tocar no título X
Retoma às instruções X
Navega para segunda página das
X
instruções
Navega para terceira página das
X
instruções
Tenta avançar a uma próxima
X
página
toca no link para o sumário .,/

toca no capítulo 1 X
avança para página falsa .,/

navega para a página inicial do .,/


capítulo 2, pelo ge sto swipe
Retoma ao capítulo 1 X
retorna ao sumário X
toca no link para o capítulo i X
avança para página falsa X
navega para a página Inicial do .,/
capitulo 2, pelo gesto swipe

136 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

Tarefa 5 - Usuário E
(Açio Produtlwl Improdutiva Putlfvel Prolllwi• C1111pri1
avança até o capítulo 4 com o
v'
gesto swipe
toca no link soUdtado v'
tenta avançar para páginas laterais O usuário não reconhece a presen· Estrutura I
X ça do objeto ínteratívo I O usuário Esqueleto I
não memoriza o gesto correto de Superfície
navegação
avança acidentalmente para o Problema relativo à sensibilidade da Plataforma 1
X
capítulo anterior interação muiti touch
tem dificuldades para retornar Problema relativo à sensibilidade da Plataforma
com o gesto swipe X
interação muiti louch
lenta retornar utílizando a seta falta a funçã o na interação / O Esqueleto/
que indica o próximo capítulo X tratamento visual indica a p<esença Superfíáe
de ação
retorna à págína solicitada com o
v'
gesto swipe
compreende a interação com o .,/
gráfico
explora a interação v'

anota na folha os materiais soli· 1


v'
citados
tenta minimizar o teclado de diver· Problema relativo ao iOS do iPad, não Plataforma
X
sas maneiras pode ser resolvido
localiza a forma correta .,/ 1

seleciona uma das opções v'


reconhece e toca no botão de
v'
enviar respostas

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriáa Bianca. Maico Amorim 137


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PA RA TA BLET COM PUTER

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138 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍD IA DIGITAL

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lnstruç6es lnstruçae.s


< Como Sllflll'U I Fl!ltCI tl,od!!rl'lll )

Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 139


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PA RA TA BLET COM PUTER


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140 Design UFPR


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Trabalho de Conclusão de Cu rso - Pat riàa Bianco - Maico Am orim 141


TRANSPOSI ÇÃO OE UMA APOSTILA DO COLtGI O DOM Basco PA RA TA BLET COM PUTER


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142 Design UFPR


MATERIAL DIDÁTICO EM MÍDIA DIGITAL

Neste capitulo :
Podar l!mJss1110
Obw r.11çao
Corpo n1;9ro
E;t:em plo.:1 d• COTPO ;.aqro
lei de Wivn
Hipóteses da Pfondl
leitura complemenlor
T(!!t: tr;ir'!!OplrUI qu6nt ic:o

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Trabalho de Conclusão de Cu rso - Pat riàa Bianco - Maico Amorim 143


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Trabalho de Conclusão de Curso - Patriàa Bianco - Maico Amorim 145


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